Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Foi em um quintal de terra batida, no centro de Bamako, capital do Mali, que Seydou Keïta (1921-2001) recebeu por 15 anos homens e mulheres em busca de um retrato profissional. O cenário era composto por pedaços de tecidos estampados e objetos garimpados no comércio local, como relógios, rádios e canetas, tudo iluminado apenas pela luz do sol. Por trás da câmera, Keïta tirava uma foto de cada um dos seus clientes – e, segundo o próprio, nunca errou um clique sequer. “Sempre soube encontrar a posição certa para meus personagens”, dizia, orgulhoso.
O malinês produziu uma vasta obra que é o legado de um dos mais poderosos intérpretes da África do século 20. A partir do dia 17 deste mês, sua trajetória será celebrada no Brasil com uma exposição inédita, a primeira do artista no País, no Instituto Moreira Salles de São Paulo. Nela estarão reunidos 136 trabalhos selecionados pelo brasileiro Samuel Titan Jr. e pelo francês Jacques Leenhardt, sociólogo especializado em arte africana.
Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Em agosto, a mostra segue para o Rio de Janeiro e ficará em cartaz até fevereiro de 2019. “Ele tinha uma capacidade única de visualizar e compor a cena a ser fotografada”, conta Titan à Vogue. “Esse olhar deu a ele não apenas uma excelente reputação local, mas o projetou para o mundo.”
A história de Keïta é digna de filme. Ele começou a fotografar ainda adolescente com uma Kodak Brownie Flash trazida do Senegal por um tio. Em 1939, aos 18 anos, já atuava como fotógrafo, abrindo seu ateliê três anos depois. Após uma década e meia à frente do estúdio caseiro, em 1962, tornou-se retratista oficial do governo socialista, então recém instalado no Mali, cargo no qual permaneceu por pouco tempo. Seguiu fotografando pessoas anônimas até 1977, quando se aposentou.
Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Nos anos seguintes, Keïta trabalhou como mecânico até sua ascensão no meio das artes, em 1990, quando foi descoberto pelo marchand francês André Magnin, que o lançou para o mundo ao lado de Malick Sidibé, outro grande nome da fotografia do país. Foi a partir daí que o trabalho dele foi levado a instituições como o Guggenheim, o MoMA e a Fundação Louis Vuitton.
Ao longo da vida, Keïta clicou mais de 10 mil fotos, das quais guardou todos os negativos. “Eles são memórias do que fiz durante a vida, porque sei que aqui (na África) tudo vai se transformar”, disse na década de 90 à documentarista francesa Brigitte Cornand. “As roupas já mudaram muito. Hoje as garotas só querem usar jeans.”
Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Em 2016, a estilista francesa Agnès B. fez uma coleção-cápsula de camisetas e lenços estampados com obras de Keïta para sua marca homônima. Entre as fotografias eleitas por ela está uma das preferidas do próprio autor, na qual uma mulher veste um look típico do país, apoiada em um rádio da época – imagem que poderá ser vista a partir deste mês na exposição. Instituto Moreira Salles: Avenida Paulista, 2.424, São Paulo. De 17 de abril a 29 de julho
Agnolotti de beterraba do Banana Verde (Foto: Tomaz Vello/Divulgação)
André Ligeiro não é de Touro, mas aprecia (e muito!) uma boa comida. Além de seus cliques superdescolados no Instagram, o fotógrafo gosta de mostrar lugares bacanas para vegetarianos — assim como ele — em São Paulo. Tem restaurante, bar, café… Pronta para organizar o seu roteiro? André jura que vale a pena. E a gente assina embaixo!RESTAURANTES
LAGOA TROPICAL (@lagoatropical) – Rua Borges Lagoa, 406, Vila Mariana
“Vegetariano com opções veganas, buffet à vontade e preço acessível, incluindo bebida e sobremesa.”
GREEN CHEF (@greenchef_sp) – Rua General Jardim, 550, Vila Buarque
50 tons de verde (Foto: Instagram/Reprodução)
“Restaurante vegetariano com opções veganas, buffet por quilo (em torno de R$ 38 o quilo), com suco cortesia.”
“97% vegano e 3% vegetariano, paga-se um valor fixo e come-se à vontade. Prove a feijoada de shimeji, meu prato favorito de lá!”
BANANA VERDE (@restbananaverde) – Rua Harmonia, 278, Vila Madalena
Banana Verde (Foto: Tomaz Vello/Divulgação)
“À la carte. Existe o cardápio vegetariano e o vegano, ambiente grande e superaconchegante.”
THAT VEGAN BRAND (@thatveganbrand) – Rua Aimberê, 91 – Perdizes
That Vegan Brand (Foto: Instagram/Reprodução)
“100% vegano. É um restaurante com alguns pratos feitos, sanduíches… Tem falafel enrolado na folha de couve e o preço é ótimo. E o melhor é que funciona até tarde (até 1h de terça a sabado e domingo até às 22h) e tem delivery.”
LOTUS – Rua Brigadeiro Tobias, 420, Centro
“É um buffet com muitas opções (algumas veganas), comida saborosa, mas eu não acho tão barato para quem come bastante, que é meu caso. O valor do quilo gria em torno de R$ 56.”
MOMO LAMEN (@momolamen) – Rua dos Estudantes, 34, Liberdade
“Na minha opnião, é o melhor lamen que já comi. A opção vegetariana vem com ovo e caldo de legumes. Se for vegano, é só pedir sem o ovo. A porção de edamame é uma delícia, vale para comer junto!”
BIRA CAFÉ (@biracafebar) – Rua Joaquim Távora, 955, Vila Mariana
Bira Café (Foto: Instagram/Reprodução)
“Tem opções vegetarianas e veganas. Lamen, bolinho de arroz…”
“É um rodizio japonês, só que vegano. Bem gostoso, mas eu ainda acho o preço um pouco salgado, em torno de R$ 70 por pessoa. A apresentação dos pratos, no entanto, é linda.”
PASTIFICIO PRIMO (@pastificioprimo) – Jardins, Pompeia, Pinheiros
“Existem várias unidades. É como se fosse um fast food de massas com opções veganas e vegetarianas (integral também). O prato custa em média R$ 25.”
APFEL JARDINS (@apfeljardins) – Rua Bela Cintra, 1343, Jardins
Apfel Jardins (Foto: Instagram/Reprodução)
“É um restaurante vegetariano orgânico, com opções veganas e sobremesa. Durante a semana custa em média R$ 38 para comer à vontade.”
HI POKEE (@hipokee) – Rua Augusta, 2052, Jardins
Hi Pokee (Foto: Instagram/Reprodução)
“Comida havaiana com opções prontas ou personalizadas. Vegetariano, vegano, como preferir… eu amo!”
SUPER NATURAL ORGÂNICOS (@supernatural_organicos) – Rua Augusta, 2992, Jardins
Super Natural Orgânicos (Foto: Instagram/Reprodução)
“Buffet livre, preço ok e a comida é muito saborosa, com sobremesa.”
SATORI (@restaurantesatori) – Praça Carlos Gomes, 60, Liberdade
“Menu macrobiótico com opção vegetariana. É simples e incrível.”
GOSHALA (@goshala_restaurante) – Rua dos Pinheiros, 265, Pinheiros
“Comi uma feijoada vegetariana e amei. Não vem nenhum tipo de carne de soja, mas sim tofu e legumes, uma delícia. O valor acompanha entrada, prato principal, suco e sobremesa.”
SORVETES SOROKO – Rua Augusta, 305, Consolação
“Tem várias opções de sorvetes veganos, com leite de soja ou até mesmo com fruta pura. Adoro a calda de chocolate vegano. É por quilo. Um show!”
VACA ATELIÊ CULINÁRIO (@vacaatelieculinario) – Avenida Professor Alfonso Bovero, 323, Perdizes
Vaca Ateliê Culinário (Foto: Acervo André Ligeiro)
“Pratos bem elaborados, deliciosos e com uma apresentação maravilhosa. Comi bolinhos do mar (não sei explicar exatamente o que são, mas contêm algas), 4 estágios da batata (esse era o nome do prato principal!) e sobremesas muito boas. O preço é alto, um lance mais gourmet, mas vale a pena.”
GULAB HARI (@gulabhari) – Rua Antonio Carlos, 429, Consolação
“Vegetariano e vegano com inspiração indiana. Incrível! R$ 42 o suco, a entrada, o prato e a sobremesa.”
LANCHES
BAR EXQUISITO (@barexquisito) – Rua Bela Cintra, 532, Consolação
“Eles têm opções de hambúrguer de berinjela, de grão de bico ou de soja – e você pode escolher queijo vegano ou queijo normal. O sanduíche tem um ótimo preço e ainda acompanha um potinho com guacamole e batata frita. No cardápio há outros pratos vegetarianos também.”
ANIMAL CHEF (@animal_chef) – Rua Augusta, 1036, Consolação
Animal chef (Foto: Instagram/Reprodução)
“Vegano <3. Eles têm um hambúrguer (que é um mix de feijão e grãos) no cardápio fixo, tipo um x-salada, e toda semana surge uma nova opção.”
CAIXOTE BAR (@caixotebar) – Rua Augusta, 914, Consolação
Caixote Bar (Foto: Instagram/Reprodução)
“Diversos sabores de empanadas e coxinhas veganas. O ambiente é show para tomar uns drinks.”
RAW BURGER (@veggie_raw_burger) – Rua Augusta, 2052, Jardins
Raw Burger (Foto: Instagram/Reprodução)
“Opções deliciosas de hambúrgues veganos e vegetarianos e várias entradas incríveis.”
NOW BURGER (@nowburger) – Rua Apinajés, 847, Perdizes
“É uma hamburgueria com opção vegetariana/vegana. Você paga um valor e pode escolher todos os acompanhamentos do cardápio. É bem bom também e a vantagem é que fica aberto até tarde.”
HOLY BURGER (@holyburgersp) – Rua Doutor Cesario Mota Junior, 527, Vila Buarque
Holy Burger (Foto: Instagram/Reprodução)
“Eles têm uma ótima opção de hambúrguer vegetariano.”
BURGUER KING (@burgerkingbrasil) – Franquias espalhadas por todo o Brasil
“Se você está em um shopping e precisa comer algo, o Veggie Burger cumpre a função com louvor. Antes de conhecer, gastava bastante em franquias de buffet por quilo porque pegava muito carboidrato. O lanche do BK é uma delícia, boa dica até para não-vegetarianos.”
PIZZAS
POP VEGAN FOOD (@popveganfood) – Rua Fernando de Albuquerque, 142/144, Consolação
Pop Vegan Food (Foto: Instagram/Reprodução)
“Eu amo as pizzas deles. Já provei quase todas. É um pouco mais leve, tem opção de massa integral, sem trigo e outras coisas.”
“Dá para pedir o menu degustação para duas pessoas ou coisas separadas. Curti tudo o que comi. Aproveite e leve os pães do balcão para a casa.”
HOLY NUTS CAFÉ (@holynutscafe) – Inácio Pereira da Rocha, 246, Vila Madalena
Holy Nuts Café (Foto: Instagram/Reprodução)
“Eu fui em uma tarde, comi salada com hambúrguer vegano, tomei o milk shake, comi o pão de queijo sem queijo e outras coisas. Amei tudo. Ambiente gostoso.”
MATE POR FAVOR (@mateporfavor) – Rua Augusta, 1492, Consolação
“Tomei café da manhã, provei alguns salgados veganos, comi os chocolatinhos veganos e também dois bolos veganos maravilhosos. Ah, e o mate claro! Adorei.”
Sasha Meneghel contou com um auxílio de luxo durante os bastidores de uma sessão de fotos: o da mãe, Xuxa Meneghel. Na foto compartilhada no Instagram pelo fotógrafo, Jacques Dequeker, a rainha dos baixinhos ajuda a filha em uma pose e arruma o seu vestido. “Um dia inesquecível”, escreveu o profissional na legenda.
Até Sasha comentou e escreveu: “Amo muito essa foto”.
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
Thaila Ayala sensualiza no Instagram (Foto: Reprodução/Instagram)
Thaila Ayala postou uma imagem no Instagram, em que aparece esbanjando sensualidade. No clique em P&B, Thaila está com a blusa levantada, exibindo parte dos seios e do bumbum. “Cofrinho”, escreveu na legenda da imagem, feita pelo fotógrafo Edurado Bravin para o projeto “The White T-Shirt”.
Thaila Ayala foi modelo e teve sua carreira iniciada pelas mãos do competente booker Ney Alves, da Major Model Brasil
Alejandra Savoia, espanhola, recebeu convite para mostrar suas manchas nas costas (Foto: Reprodução/ Instagram/ @alejandrasavoia)
Camisetas de mangas compridas e vestidos longos eram as peças do dia a dia de Alejandra Savoia, 24 anos, para esconder as enormes manchas de nascença que tem espalhadas pelo corpo, inclusive no rosto.
Em entrevista ao site Self, a espanhola contou que, por mais que tivesse apoio de seus pais, sofria bullying na adolescência e olhares maldosos de quem passava por ela.
Alejandra resolveu parar de se esconder quando o namorado postou uma foto em seu respectivo Facebook, que foi visualizada por um fotógrafo local que ficou encantado com sua beleza, ano passado. Como em uma história de cinema, convidou Alejandra para ser sua modelo com apenas uma condição: que não escondesse as pintas das costas, o que foi prontamente atendido.
(Foto: Reprodução/ Instagram/ @alejandrasavoia)
“No começo, senti que não deveria ter feito isso porque é uma coisa pessoal. Mas me senti melhor porque era uma coisa que estava escondendo toda a minha vida e, com um simples upload de uma foto, me senti muito livre e natural”, explicou Alejandra em entrevista para a publicação assim que o fotógrafo divulgou as imagens em seu Instagram.
A top model canandense Coco Rocha nos bastidores do desfile da Le Lis Blanc (Foto: divulgação)
Ela foi descoberta aos 14 anos e convidada a ingressar no mundo das modelos. Por um olheiro e durante uma apresentação de dança irlandesa. Dança, por sinal, desde a infância e até hoje uma de suas maiores paixões e a maneira mais prazerosa que encontra para se exercitar e manter a forma. A outra é correr atrás da filha Iori, de dois anos e três meses e que a acompanha por boa parte das viagens que faz ao redor do mundo. Conheça um pouco da vida da top canadense Coco Rocha, 28 anos, queridinha de fotógrafos como Steven Meisel e estilistas como Stella McCartney e Christian Lacroix, Emanuel Ungaro e Marc Jacobs.
Essa é sua primeira vez no Brasil? COCO ROCHA Não, deve ser a quarta ou quinta, mas conheço pouquíssimo do país. É sempre do aeroporto para alguma sessão de fotos ou desfile. Depois, hotel e aeroporto de novo. Já cheguei a ficar menos de 24 horas por aqui! Mas morro de vontade de vir e passar férias mais longas com a minha família.
Como definiria seu estilo? CR Não tenho um estilo, na verdade sou avessa a qualquer rótulo. Um dia, como hoje, por exemplo, posso estar mais casual punk e toda de preto. Amanhã posso levantar romântica e querer usar um vestido. Se vestir sempre do mesmo jeito ou colocar o guarda-roupa abaixo só porque agora a onda são os anos 80 não faz minha cabeça. Acho que a única coisa que nunca abro mão no meu look é meu iPhone. Ele é minha peça coringa.
Tem algum hobbie? CR Cozinhar. Se fosse estudar algo, certamente faria uma faculdade para me tornar chef. Sou totalmente apaixonada pelo ofício. Adoro fazer lasanhas, batatas assadas, frangos com especiarias. E também amo comer, claro. A culinária tailandesa e indiana estão entre as minhas favoritas.
Você tem uma filha de dois anos. Como concilia a maternidade com sua rotina frenética de modelo? CR Sou uma felizarda e, sempre que viajo, carrego meu bebê comigo. Tenho a sorte também do meu marido [Jamen Conran] ser um dos meus managers então vivo a vida em família por onde quer que eu vá. Gosto muito de mostrar o mundo para a minha filha, dividir experiências, estar sempre presente. Poucas mulheres no planeta têm um privilégio desses.
Você sempre levantou bandeiras contra a ditadura sobre o peso das modelos e no combate a anorexia. Já sofreu com isso também? CR Não gosto de usar essa expressão contra a anorexia e nem colocar este termo no meu discurso. O que prezo é que as garotas devem ser saudáveis e respeitar seu corpo. Você simplesmente não pode dizer para uma menina que praticamente acaba de sair da infância e que é magra que deve comer hambúrguer para ganhar curvas e trabalhar mais. E muito menos para uma que não seja magérima que ela deva fazer dietas e exercícios até a exaustão para se encaixar em outro determinado perfil. Se você faz isso com uma garota que está na escola, já é errado. Com uma modelo então, que tenta ganhar sua vida com isso, pode ser ainda mais trágico. Algumas pessoas são magras e ponto. Eu sou assim e não posso fazer nada para mudar meu corpo, mesmo que o padrão do que é considerado bonito mude daqui a pouco. E, se você é modelo e te obrigam a fazer algo parecido, realmente o melhor a fazer é abandonar este ofício.
Como você lidava com as críticas no início de carreira e como reage a elas hoje em dia, se é que elas ainda acontecem? CR Aprendi com o tempo que há pessoas más. Outras que simplesmente não sabem o que dizem e por isso falam qualquer coisa sem pensar que podem te machucar. Há ainda algumas no nosso meio que, por falarem outros idiomas, simplesmente não sabem como se expressar e acabam dizendo coisas complicadas de maneiras nada construtivas. Leva-se muito tempo para notar essa diferença. Quando comecei, com 14, me abalava e muito. Hoje, saio dando risada.
Você também já declarou ser contra o photoshop e ao excesso de retoques das imagens de moda, certo? CR Não sou contra. O photoshop é um valioso aliado para retocar a pele cansada, tirar as olheiras de noites mal dormidas em vôos intermináveis e também para apagar uma pinta aqui outra ali. Mas mudar um nariz, trocar uma parte do corpo de uma mulher pela parte do corpo de outra, isso sim me parece construir uma sociedade insana. A modelo se fere com isso. O público enxerga algo mentiroso e inatingível. Ninguém ganha com isso.
Como é sua rotina e como lida com a maternidade? CR Nada me faria mais feliz do que viver sendo exclusivamente mãe. Me levanto às 5h30 para ficar com minha filha. Faço café da manhã para ela, brincamos, dançamos juntas ao som de Barbara Streisand, Liza Minelli e Beyonce. Depois comemos, brincamos e começamos tudo de novo. Não há nada mais mágico na minha vida do que isso. Além disso, cuidar dela é uma ótima maneira de manter a forma. São 12kg de peso que levanto a cada minuto!
Você planeja ter mais filhos? Sim, quero, mas ainda não sei quando. Acho que essas coisas não se planejam, simplesmente acontecem.
Se você imaginar sua vida daqui dez anos, o que gostaria de estar fazendo? CR Quero estar cercada da minha família e seguindo com minha agência própria de modelos, incentivando e apoiando outras meninas a terem sucesso e a construir carreiras felizes.
A coleção pré-fall mescla peças esportivas com outras glamourosas (Foto: Divulgação)
Nem estúdio de fundo infinito, nem top models ou bloggers consagradas como protagonistas. Um vasto time de dançarinos – e o début de modelos como Achok Majak, Elibeidy, Bakay Diaby, Nicole Atieno e Keiron Berton Caynes – marcam a campanha “Soul Scene”, que lança a nova coleção pré-fall Gucci.
O ensaio de moda, fotografado em clima de festa cool e com de pista de dança animadíssima, teve como inspiração a exposição londrina “Made You Look” de 2016, visitada por Alessandro Micheli, diretor criativo da marca, e que retratava a masculinidade e o dandismo negro. O trabalho de Malick Sibidé, fotógrafo de Mali e um dos integrantes da exibição, serviu também como um dos principais fios condutores para a construção das imagens da nova campanha Gucci.
A campanha foi inspirada nos retratos do artista Malick Sidibe´ (Foto: Divulgação)
Os cliques de Sibidé, capturados na noite dos jovens de Bamako, sua cidade natal, retratavam a autoexpressão de homens e mulheres, que desafiavam pela arte e dança, as convenções da sociedade. O autor das fotos da Gucci é o britânico Glen Luchford, amigo de longa data da grife e que recupera neste trabalho o espírito do movimento underground negro da Inglaterra da década de 60.
Os acessórios altamente decorados que devem se tornar hit (Foto: Divulgação)
Entre as tendências representadas no shooting estão looks super 80’s, sendo o sportswear a grande estrela da festa. Joggings, leggings e outras manias do universo esportivo revezam-se pela pista de dança. Ganham a companhia de peças paetizadas e até meias-calças logotipadas. Os acessórios, como não poderiam deixar de ser, roubam a cena. Ganham patches, mensagens de amor, grandes proporções e devem, em breve, se tornar o mais puro desejo.
O Met Museum está com a exposição“Irving Penn, Centennial” em cartaz em NY, comemorando o centenário do nascimento do fotógrafoIrving Penn (1917-2009). Com quase 70 anos de carreira, ele gostava de fotografar dentro do estúdio e clicou personalidades como Audrey Hepburn, Nicole Kidman, Elsa Schiaparelli e Marcel Duchamp, além de fotografias de moda“>moda, beleza“>beleza e arte no geral. A expô fica até o dia 30/07 com mais de 200 cliques de sua obra – pra conferir uma prévia é só acessar a galeria acima!
Programa pro feriado: a exposição“Henri Cartier-Bresson, primeiras fotografias” está em cartaz até 25/06 na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp! São 58 fotografias do francês, escolhidas pelo curadorJoão Kulcsár, de seus primeiros 4 anos de trabalho – conhecidos como “momento decisivo”. O fotógrafoHenri Cartier-Bresson se consagrou como um dos nomes mais influentes da área no século 20. Quer conhecer mais? Clica na galeria pra conferir!
“Henri Cartier-Bresson, primeiras fotografias”
Até 25/06, de segunda a sexta, das 10h às 20h Centro Cultural Fiesp: av. Paulista, 1313, Cerqueira César, SP
(11) 3146-7406
Entrada gratuita