Autor: REDAÇÃO

  • FGTS retido por saque-aniversário pode ser liberado para 13 milhões em 2026, diz ministro

    FGTS retido por saque-aniversário pode ser liberado para 13 milhões em 2026, diz ministro

    Os valores poderão ser pagos ainda no primeiro trimestre de 2026; segundo ministro Luiz Marinho, há a estimava que 13 milhões de trabalhadores serão beneficiados

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, deve solicitar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a liberação do dinheiro retido no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para quem aderiu ao saque-aniversário e foi demitido. Ele estima que 13 milhões de trabalhadores serão beneficiados.

    Segundo Marinho, os valores poderão ser pagos ainda no primeiro trimestre de 2026. Ao todo, os profissionais podem receber R$ 6,5 bilhões.

    “Tem a possibilidade, no começo do ano, de a gente criar condição, discutir com o presidente de novo e liberar esse recurso também para essas famílias”, disse nesta quinta-feira (27), durante apresentação dos dados de emprego e desemprego pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

    Marinho afirmou que, neste ano, não é mais possível fazer a liberação porque o governo pagou R$ 12 bilhões em FGTS retido para 12,1 milhões de profissionais em março e a lei impede a repetição da medida.

    Os beneficiados serão cotistas que aderiram saque-aniversário desde 2020, quando a modalidade foi criada, e foram demitidos neste ano. Para quem foi desligado entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro deste ano, o dinheiro já foi pago.

    A retenção do dinheiro do FGTS na rescisão ocorre quando o trabalhador adere ao saque-aniversário. Pela lei, ele não pode acesso aos valores quando é desligado da empresa e fica dois anos sem acesso ao saldo do seu fundo caso seja demitido sem justa causa. É possível apenas sacar a multa de 40% sobre o FGTS.

    MUDANÇAS NO SAQUE-ANIVERSÁRIO

    Em outubro, o governo Lula alterou as regras do empréstimo ligado ao saque-aniversário do FGTS. A partir de então, a antecipação dos valores está limitada a até cinco anos, com parcelas de até R$ 500 por ano -o que dá R$ 2.500-, conforme determinou o Conselho Curador do FGTS.

    As alterações entraram em vigor em 1º de novembro e incluem ainda limitação a quantidade de operações por trabalhador por ano, prazo para fazer empréstimo após aderir ao saque-aniversário e valor mínimo de antecipação do saque.

    O MTE estima que R$ 84,6 bilhões vão deixar de sair do fundo para as instituições financeiras e serão repassados aos trabalhadores até 2030. Para quem já tinha empréstimo ativo, nada mudou. Novas contratações, no entanto, foram afetadas.

    De 2020 a 2025, as operações envolvendo o empréstimo do saque-aniversário somaram R$ 236 bilhões. O FGTS tem hoje 42 milhões de trabalhadores ativos, dos quais 21,5 milhões de trabalhadores já aderiram à modalidade (51%), segundo dados de agosto. Ao somar os inativos, o total chega a 29 milhões. Sete em cada dez fizeram empréstimos.

    Hoje, a média de empréstimo é de 7,9 saques-aniversários por trabalhador, com a maoria das antecipações sendo de R$ 100. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que muitos antecipam para apostar em bets.

    Na ocasião, o ministro, que também é presidente do conselho curador, criticou mais uma vez o saque-aniversário, lei que tentou revogar logo que assumiu o ministério, no início de 2023.

    “A antecipação do saque acabou se transformando em uma armadilha grande para o trabalhador. Tanto que no começo do ano liberamos R$ 12 bilhões para 12 milhões que ficaram com o fundo bloqueado na demissão”, disse.

    “Depender da minha vontade política, já tinha acabado com o saque-aniversário puro e simples. Revogava a lei, ponto e acabou.”

    FGTS retido por saque-aniversário pode ser liberado para 13 milhões em 2026, diz ministro

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  • PL suspende salário de Bolsonaro após prisão

    PL suspende salário de Bolsonaro após prisão

    O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma trama golpista para reverter o resultado das eleições em 2022

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O PL anunciou, nesta quinta-feira (27), a suspensão das atividades partidárias e do pagamento do salário de Jair Bolsonaro (PL), que hoje ocupa a presidência de honra da legenda, devido a sua condenação no STF (Supremo Tribunal Federal).

    O ex-presidente foi condenado de forma definitiva na última terça-feira a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma trama golpista para reverter o resultado das eleições em 2022. Com isso, Bolsonaro, que já estava preso preventivamente, também perde seus direitos políticos.

    “Infelizmente, por decorrência da lei e em razão da suspensão dos direitos políticos do nosso presidente de honra, Jair Bolsonaro, as respectivas atividades partidárias de nosso líder estarão igualmente suspensas, inclusive a sua remuneração, enquanto perdurarem os efeitos do acórdão condenatório na AP 2668 [ação penal da trama golpista]”, diz nota divulgada pelo PL.

    Em 2023, quando retornou ao Brasil dos Estados Unidos, Bolsonaro tinha uma renda mensal de quase R$ 86,5 mil. Do PL, recebia R$ 39.293, além das pensões militares (R$ 11.945) e da Câmara dos Deputados (R$ 35.223).

    O ex-presidente foi preso preventivamente no último sábado pela PF (Polícia Federal), sob a justificativa de risco de fuga e ameaça à ordem pública. Antes disso, desde agosto, estava em prisão domiciliar.

    Com a condenação definitiva no caso da trama golpista, Moraes também decidiu manter Bolsonaro preso na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, não encaminhando-o para o presídio, como temiam seus aliados.

    O advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, explica que trata-se de uma consequência da suspensão dos direitos políticos do condenado.

    “Não vai ter nada expresso [na lei] mesmo. Entendo que é consequência da suspensão dos direitos políticos. Quem tem direitos políticos suspensos não pode exercer cargo público/partidário e logo não pode receber salário”, afirmou.

    Bolsonaro assumiu o cargo oficialmente em abril de 2023, quando voltou ao Brasil. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também tem função partidária como presidente do PL Mulher. Ela não enfrenta nenhum processo no STF.

    Com o processo principal da trama golpista encerrado, auxiliares jurídicos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que a defesa pode entrar com uma ação de revisão criminal no STF.

    Embora as chances de que essa ação vingue sejam mínimas, ela deve ser distribuída para a relatoria de um dos ministros da Segunda Turma do tribunal, colegiado que tem ministros simpáticos a Bolsonaro entre seus integrantes.

    Dois deles, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, foram indicados pelo ex-presidente ao Supremo. Já Luiz Fux era, anteriormente, integrante da Primeira Turma e votou pela absolvição de Bolsonaro.

    Além deles, compõem a Segunda Turma os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

    A revisão criminal só pode ser apresentada pelas defesas após condenações definitivas de réus. A ação, que é autônoma, tem o objetivo de invalidar a decisão condenatória.

    O regimento do Supremo prevê que essas ações de revisão sejam distribuídas a ministros da turma que não julgou o condenado -ou seja, no caso de Bolsonaro iria para a Segunda Turma- e, em caso de recurso, seja julgada plenário da corte.

    PL suspende salário de Bolsonaro após prisão

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  • Macron diz a empresários brasileiros que assinatura de acordo UE-Mercosul pode ser no dia 20

    Macron diz a empresários brasileiros que assinatura de acordo UE-Mercosul pode ser no dia 20

    Lula já tinha comentado sobre o assunto em entrevista após o G20, em Joanesburgo; tratado comercial é ‘possivelmente o maior do mundo’, segundo presidente francês

    PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O polêmico acordo comercial União Europeia-Mercosul dominou as discussões do Brasil França Fórum, encontro de empresários em Paris organizado nesta quinta-feira (27) pelo grupo Lide, do ex-governador de São Paulo João Doria. À tarde, os participantes do evento defenderam o acordo em encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu.

    Segundo o ex-presidente Michel Temer, presente ao encontro, Macron disse acreditar que o acordo poderá ser assinado no dia 20 de dezembro, embora tenha reiterado sua oposição ao texto na forma atual.

    O empresário Luiz Fernando Furlan relatou que, entre as cláusulas que Macron citou querer ver incluídas no acordo, estão a proteção às chamadas denominações de origem controlada -marcas regionais notórias, como o queijo brie e os espumantes da região da Champagne- e a previsão de limites caso a entrada de produtos do Mercosul cause desequilíbrio em algum setor.

    Na semana passada, o presidente Lula anunciou que o acordo será formalmente assinado no próximo dia 20 em Brasília. O anúncio foi feito durante o encontro de líderes do G20, em Joanesburgo, na África do Sul.

    Participantes brasileiros saudaram a provável assinatura do acordo, enquanto os franceses trataram do tema com cautela. Alegando prejuízo a seus agricultores, a França ainda tenta barrar o acordo, ou pelo menos incluir “cláusulas de salvaguarda”, restrições adicionais e regras de reciprocidade que protejam os produtores locais.

    Nesta quinta, o Parlamento francês aprovou, pela segunda vez neste ano, uma resolução contrária ao acordo. A votação, porém, tem força meramente simbólica.

    A ministra francesa da Francofonia, Éleonore Caroit, disse que “a França ainda está negociando, porque precisamos ter cláusula de salvaguarda que são importantes para nosso setor agrícola”. Caroit, que também é deputada representante dos franceses na América Latina, pertence ao mesmo partido de Macron, o centrista Renascimento.

    Questionada pela reportagem, Valérie Pécresse, prefeita (uma espécie de governadora) da região Ile-de-France, que engloba Paris e periferia, propôs a realização de uma conferência em 2026 para discutir o tema. “O que realmente queremos é a reciprocidade. Mas acho que chegaremos lá”, disseconcluiu.

    Temer declarou seu apoio ao acordo, “não importa qual seja o governo”, lembrando que o tratado é negociado há mais de duas décadas. “O que importa é que o que nos interessa é o Brasil e, no particular, o Brasil conectado, acoplado com o Estado francês”, afirmou.

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  • Eduardo Costa relembra excesso de anabolizantes e fala de sequelas

    Eduardo Costa relembra excesso de anabolizantes e fala de sequelas

    Cantor Eduardo Costa diz que ainda sente efeitos do uso e que mudou a relação com o corpo; artista afirma que hoje prioriza saúde, voz e espiritualidade

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Eduardo Costa voltou a falar sobre um período em que, segundo ele, se deixou levar pela vaidade e pelo culto ao corpo. Aos 46 anos, o cantor contou que ainda lida com consequências do uso exagerado de anabolizantes, prática que adotou por anos e que, atualmente, considera um erro do qual se arrepende.

    A reflexão veio durante uma conversa no canal de André Piunti, no YouTube, onde Eduardo relembrou a fase em que buscava ficar cada vez mais musculoso. Ele afirmou que já não vê sentido naquele estilo de vida. “Hoje eu quero estar magro, vestir as roupas que gosto. Acho até deselegante aquele corpo fortão que eu tinha. Não tenho mais vontade nenhuma”, disse.

    O sertanejo contou que os efeitos colaterais continuam presentes, mesmo anos depois. “Pago muito caro até hoje pelos anabolizantes que usei e que ainda correm um pouco na minha veia. Me arrependo por que me levou para um lixo espiritual. Hoje dou muito mais valor à minha religiosidade”, declarou.

    A mudança de hábitos também teve impacto na aparência. Ele perdeu cabelo e precisou recorrer a um implante capilar em março deste ano. A voz, ponto central de sua carreira, também sofreu no período em que buscava ganhar massa muscular a qualquer custo. “Não vivo só da música, tenho outros negócios. Mas tudo existe por causa dela, da minha voz. É importante preservá-la”, afirmou.

    Eduardo Costa relembra excesso de anabolizantes e fala de sequelas

  • Abel diz que fica no Palmeiras; contrato vai até 2027 e não tem multa

    Abel diz que fica no Palmeiras; contrato vai até 2027 e não tem multa

    LIMA, PERU (UOL/FOLHAPRESS) – Abel Ferreira permanecerá no Palmeiras. Nesta quinta-feira (27), o comandante português confirmou que renovará com o clube, ainda que não tenha assinado, de fato, o documento. A informação foi confirmada pelo UOL.

    A presidente queria que eu ficasse, não tenho problema de dizer que vou continuar no Palmeiras, ponto. Não preciso de papel assinado. Ela sabe quem eu sou, eu sei quem ela é. Pelo cinco anos de relações que temos, não preciso de contrato para dizer que continuo ou não continuo no PalmeirasAbel Ferreira, ao ge

    AS CONDIÇÕES DO CONTRATO

    O novo vínculo já estava nas mãos de Abel Ferreira há algumas semanas. Restava apenas a decisão do treinador para sacramentar o contrato.

    Não consta multa rescisória no documento, válido até dezembro de 2027. Presidente do Palmeiras, Leila Pereira já havia confirmado que havia um acordo verbal com Abel Ferreira para a renovação.

    “Verbalmente, está tudo certo. Como falei, independentemente do resultado do jogo [final da Libertadores], o meu planejamento é continuar com a nossa comissão técnica e diretor de futebol [Anderson Barros]. É quando termina o meu mandato, até quando eu posso garantir”, disse Leila durante o Summit CBF, na última quarta-feira (26).

    Apesar da confirmação de Abel Ferreira, o Palmeiras ainda não dá o acordo como certo. Vai aguardar o momento que o documento for assinado.

    Se Abel permanecer, de fato, o Verdão também não espera nenhuma outra saída por parte da comissão técnica. O UOL apurou que João Martins e companhia também devem permanecer. O próprio auxiliar já afirmou que todos caminham juntos.

    TUDO SOBRE A DECISÃO

    No sábado, a partir das 16h, o Posse de Bola Especial, com Eduardo Tironi, traz as últimas notícias antes da final e análises de Arnaldo Ribeiro, José Trajano, Juca Kfouri, Danilo Lavieri e Mauro Cézar Pereira -os dois últimos direto de Lima- sobre as possibilidades de título de Flamengo e Palmeiras.

    Depois do jogo, é a vez do Fim de Papo Especial, com Domitila Becker, que trará entrevistas, bastidores e análises de Casagrande, Fabiola Andrade, José Trajano e Alicia Klein, além do ambiente da final com os enviados a Lima.

    Abel diz que fica no Palmeiras; contrato vai até 2027 e não tem multa

  • Ex-presidente do Peru é condenado a mais de 11 anos de prisão por tentativa de autogolpe

    Ex-presidente do Peru é condenado a mais de 11 anos de prisão por tentativa de autogolpe

    Vindo do movimento sindical de esquerda, ex-líder do país vizinho tentou fechar Congresso em 2022; crise política do Peru faz com que nenhum presidente tenha cumprido todo o mandato em quase uma década

    BUENOS AIRES, ARGENTINA (CBS NEWS) – A Justiça do Peru condenou nesta quinta-feira (27) a 11 anos e cinco meses de prisão o ex-presidente Pedro Castillo pelo crime de conspiração após uma tentativa fracassada de autogolpe em 2022. Ele foi absolvido do crime de abuso de autoridade.

    A decisão foi tomada pela Câmara Criminal Especial da Suprema Corte, presidida pelo juiz José Neyra Flores e composta pelos magistrados Iván Guerrero López e Norma Carbajal Chávez. A audiência começou alguns minutos depois das 11h (no horário de Brasília).

    No dia 7 de dezembro de 2022, Castillo antecipou-se a uma sessão em que o Congresso analisaria um terceiro processo de destituição dele e leu uma mensagem ao país anunciando a dissolução do Legislativo e a convocação de uma Assembleia Constituinte.

    Após sua manobra fracassada, ele foi afastado e levado para o presídio de Barbadillo, um pequeno centro de detenção para presidentes dentro da sede da Diretoria de Operações Especiais da Polícia, ao leste de Lima.

    A Constituição do Peru permite que o presidente dissolva o Congresso sob certas condições. Este mecanismo foi discutido após Castillo tentar fechar o Parlamento e instaurar um estado de exceção antes da análise de uma moção de vacância.

    Castillo exacerbou a instabilidade política que já afetava o país, já que desde a saída de Ollanta Humala, em 2016, vários presidentes enfrentaram crises e destituições.

    Com sua queda, o Congresso destituiu Castillo e empossou Dina Boluarte, que também foi removida este ano. O Parlamento, então, escolheu o líder do Congresso, José Jeri, como o novo presidente do país menos de uma hora após votarem unanimemente pela remoção de Boluarte. Ele deve completar o atual mandato até as eleições de 2026.

    Antes do início da audiência, Castillo pediu à Câmara Criminal Especial que declarasse nulo e sem efeito o julgamento oral do golpe.

    A decisão encerra oito meses de audiências contra o ex-presidente e outros sete processados, incluindo a ex-primeira-ministra Betssy Chávez, asilada desde 3 de novembro na embaixada do México em Lima. Ela também foi condenada a mais de 11 anos de prisão.

    O tribunal também concluiu que a decretação de que o cargo de Castillo estava vago era legalmente válida, conforme estabelecido pelo Tribunal Constitucional.

    O Ministério Público pedia 34 anos de prisão para Castillo e 25 anos para Chávez.

    Castillo foi professor de escola rural e sindicalista e venceu, contra todas as expectativas, a eleição em 2021. Sua chegada ao governo gerou expectativa de reformas e de um projeto de distribuição de renda e inclusão social, mas ele fracassou, com acusações de corrupção em meio à sua tentativa frustrada de dissolver o Congresso para evitar uma destituição.

    Além dele, o Peru tem outros três ex-presidentes presos: Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Martín Vizcarra.

    Na quarta-feira (26), a Justiça condenou Vizcarra a 14 anos de prisão por aceitar subornos quando era governador regional. O político governou o país sul-americano de 2018 a 2020, com um discurso anticorrupção.

    Ex-presidente do Peru é condenado a mais de 11 anos de prisão por tentativa de autogolpe

  • Motta indica relator de PL do devedor contumaz após pressão do governo e de parlamentares

    Motta indica relator de PL do devedor contumaz após pressão do governo e de parlamentares

    A decisão de discutir a proposta surgiu por Hugo Motta ser pressionado após operação da Justiça Federal contra crimes de sonegação de impostos; a PL do devedor contumaz é defendida pelo governo Lula para sufocar o crime organizado

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (27) que Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) será o relator do projeto de lei do devedor contumaz. A proposta visa punir empresas que não pagam tributos reiteradamente e sem justificativa, utilizando a inadimplência como estratégia competitiva.

    Antonio Carlos Rodrigues, que agora terá a tarefa de relatar o projeto de lei, é da ala do PL mais ligada ao centrão. Ele foi ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff (PT). A decisão de Motta ocorre no mesmo dia em que uma operação que investiga fraude fiscal no setor de combustíveis tem como alvo o Grupo Fit -a ex-Refit, da refinaria de Manguinhos, do empresário Ricardo Magro. Segundo os investigadores, a Refit é o maior devedor contumaz do país, com débitos de R$ 26 bilhões.

    “A segurança pública também passa pela segurança econômica. Por isso, a Câmara avança no combate às fraudes no setor de combustíveis com um combo de projetos estruturantes, cada um com seu relator já designado. Atenção a eles!”, escreveu Motta, nas redes.

    Motta também anunciou relatores de outros três projetos que tratam do tema. Ele escolheu o deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA) para relatar projeto que garante acesso da ANP às notas fiscais na cadeia de combustíveis; Alceu Moreira (MDB-RS) para o que endurece pena para adulteração de combustíveis; e Junior Ferrari (PSD-PA) para o que cria o operador nacional de sistema de combustíveis, para monitorar os combustíveis no país.

    “Nosso compromisso é fortalecer o Estado, proteger o consumidor e fechar as portas para quem vive de fraude”, disse Motta, em publicação nas redes.

    Motta vinha sendo cobrado por entidades, lideranças, políticos e integrantes do governo federal para pautar o projeto, que estava parado na Casa. O texto foi aprovado no Senado em setembro mas, desde então, não havia avançado na Câmara. Nesta quinta, a pressão aumentou, com declarações de integrantes do governo Lula (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), além de presidente de partidos do centro.

    Do mesmo partido de Motta, o governador de São Paulo afirmou nesta quinta que o projeto “é fundamental” para combater fraudes. “Quando você tem operações desse tipo e que escancaram esse tipo de esquema, aqueles projetos que muitas vezes encontram barreiras no Congresso ganham força”, disse.

    Em reunião na quarta (26) entre a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) e Motta, o presidente da Câmara ouviu dos governistas o pedido para estabelecer um calendário de votações até o final de ano de pautas consideradas prioritárias para o Palácio do Planalto, entre elas o PL do devedor contumaz.

    Nesta quinta, Gleisi e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltaram a pedir a aprovação do tema. Gleisi disse que a nova operação reforça o “pedido de urgência” que o governo apresentou à Câmara para aprovar a matéria.

    “O Brasil precisa ter um instrumento legal contra os esquemas bilionários de fraude e sonegação fiscal do crime organizado, que foram expostos na Operação Carbono Oculto. Foi depois dessa operação, liderada pela Polícia Federal e Receita Federal, que o projeto foi aprovado no Senado e chegou à Câmara. Não temos tempo a perder na luta contra esses criminosos”, escreveu a ministra, nas redes sociais.

    Haddad afirmou à imprensa que a proposta não é um projeto da oposição ou do governo. “Estamos há três anos militando junto ao Congresso Nacional. Por ocasião da Carbono Oculto, nós tivemos a aprovação no Senado de um projeto combinado com o governo federal. Não é um projeto de oposição e situação.”
    O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também cobrou que a Câmara tratasse do tema, em publicação nas redes sociais.

    “É urgente que a Câmara avalie o projeto de lei contra os chamados devedores contumazes, que já passou pelo Senado. Trata-se de ferramenta fundamental para combater a fraude organizada e a concorrência desleal”, escreveu Kassab.
    Além de Kassab, o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), também se manifestou pelo avanço da discussão na Câmara. “Precisamos aprovar o projeto que pune o devedor contumaz. Temos de fechar o cerco contra aqueles que, de forma sistemática, querem driblar o pagamento de contribuições, fundamentais para manutenção de serviços para toda a sociedade”, escreveu, em publicação nas redes.

    O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que conversou com o presidente nacional da sigla, Edinho Silva, que irá submeter à executiva nacional do partido para fechar questão a favor do projeto de lei. “Entendemos que, na próxima terça-feira, deve ser convocado o Colégio de Líderes e pautada a votação no mesmo dia”, disse o petista.

    Motta indica relator de PL do devedor contumaz após pressão do governo e de parlamentares

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  • Repórter do SBT é assaltada antes de entrar ao vivo

    Repórter do SBT é assaltada antes de entrar ao vivo

    Fabíola Corrêa, do Alô Você, foi alvo de bandido nesta quinta-feira (27); “Dizia o tempo todo que iria atirar na minha cara”, afirmou a profissional contratada pelo SBT

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – A repórter Fábiola Correia, do SBT, foi assaltada quando se preparava para entrar ao vivo no Alô Você, apresentado por Luis Bacci.

    Ela, o cinegrafista e o motorista da equipe estavam próximos ao carro da emissora, aguardando o início da transmissão, quando foram surpreendidos por um assaltante armado. Toda a ação foi registrada pela câmera, que estava ligada para o momento ao vivo.

    O criminoso se aproximou exigindo os celulares dos profissionais. Nervosa e sob forte ameaça, Fábiola não conseguia lembrar a senha do aparelho. Em um trecho do vídeo, ela aparece dizendo: “Meu Deus, como é que vou saber a senha?”.

    Mesmo abalada, Fábiola entrou ao vivo e comentou o susto. “Tô ainda nervosa. Bate um desespero”, desabafou durante sua participação no programa.

    Segundo a repórter, a ameaça era constante. “Dizia o tempo todo que iria atirar na minha cara”, afirmou.

    A jornalista relatou que o assaltante agiu com extrema violência. “Mandou que eu entregasse o meu aparelho celular. Entreguei e ele apontou a arma cada vez mais perto de mim, pedindo a senha, pedindo cartão bancário, com bastante truculência, agressividade. Falava o tempo todo que ia atirar, mesmo eu respondendo às ordens dele, obedecendo a tudo que estava me mandando fazer”, contou.

    Repórter do SBT é assaltada antes de entrar ao vivo

  • Lula envia para o Congresso projetos que criam a Unind e UFEsporte

    Lula envia para o Congresso projetos que criam a Unind e UFEsporte

    Os projetos de lei que criam duas novas instituições de ensino superior no país: a Universidade Federal Indígena (Unind) e a Universidade Federal do Esporte (UFEsporte), foram encaminhados ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (27). A previsão é que as unidades entrem em funcionamento em 2027.

    Para Lula, enquanto os colonizadores do país tentaram destruir a lembrança dos povos indígenas, a Unind vem para devolver a cidadania e o respeito a essas populações.

    “Esta universidade é uma coisa necessária para dar a vocês um direito que nunca deveria ter sido tirado”, disse o presidente. 

    Além de demarcar territórios, segundo Lula, é dever do Estado dar condições para que os indígenas vivam com decência e não sejam violentados na sua cultura.

    “Nós queremos que os povos indígenas sejam tanto quanto os outros povos que vivem nesse país, tratados com respeito, com carinho e ter o que eles merecem ter: o direito à dignidade, à vida, a trabalho, o direito à sua cultura, a comer e a fazer o que eles quiserem. Essa universidade é para isso”, afirmou.

    O professor da Universidade de Brasília, Gersem Baniwa, que é indígena, disse que a criação da Unind é o início da derrubada definitiva da “última fronteira da colonização, que é o muro da violência cognitiva e epistêmica”, imposto por processos educativos colonialistas, homogeneizantes e eurocêntricos. Segundo ele, ela será também instrumento de autodeterminação dos povos.

    “A universidade indígena é parte de um projeto civilizatório que reconhece os povos indígenas como produtores de conhecimento, com epistemologias próprias, modos de viver e cosmopolíticas próprias, que foram sistematicamente negadas pelas instituições coloniais”, afirmou Baniwa.
    “Ela é resposta concreta às desigualdades históricas no acesso à formação superior, garantindo que jovens indígenas possam permanecer em seus territórios e estudar a partir de suas referências socioculturais e sistemológicas”, acrescentou.

    Papel do Estado

    No caso da UFEsporte, o presidente Lula argumentou que não é possível permitir que o esporte no país sobreviva “por conta do milagre” individual de cada atleta. Segundo ele, os patrocínios são importantes, mas a iniciativa privada “só entra no jogo quando o cara já é famoso”.

    “Ninguém vai conseguir fazer um Pelé na universidade”, brincou Lula.

    “O que a gente vai fazer é dar condições científicas e técnicas para aperfeiçoar aquilo que a pessoa já tem. A pessoa nasce com aquele dom, o que precisa é ter chance. Tem atleta que não tem um tênis para correr, que não tem as calorias e proteínas necessárias para se alimentar. Essas pessoas terão muito menos chance de ser um atleta de alto rendimento. E de quem é o papel? É do Estado”, explicou.

    Para a atleta paralímpica, Verônica Hipólito, o esporte é transversal e, por isso, a nova universidade deve ser inclusiva, acessível e diversa. “Quando a gente também fala sobre a universidade do esporte, nós estamos falando que todas as pessoas vão poder ter uma formação digna”, disse.

    “Dizem sempre que nós somos incapazes de estar em qualquer lugar, incapazes de estar no esporte, na educação, na gestão; mas nós somos muito capazes e quem mostra isso todos os dias é o esporte, porque o esporte é transversal. O esporte é educação, é saúde, o esporte é sobre mobilidade, sustentabilidade, o esporte é sobre tudo”, acrescentou.

    Incentivo ao esporte

    Lula também sancionou o texto que transforma a Lei de Incentivo ao Esporte em política pública permanente, nessa quarta-feira (26). A lei foi publicada hoje no Diário Oficial da União e institui regras atualizadas para execução dos incentivos fiscais para o setor.

    A nova legislação aumentou o índice de deduções no Imposto de Renda (IR) em doações ou patrocínios para o setor esportivo. A partir de 2028, a dedução para pessoas jurídicas passará de 2% para 3%. Os projetos voltados para inclusão social seguem com possibilidade de 4% de dedução, enquanto as pessoas físicas podem deduzir até 7% do IR.

    Unind

    A Universidade Federal Indígena (Unind) ficará em Brasília, como uma estrutura multicampi dedicada à formação superior de povos indígenas de todas as regiões do país. A iniciativa, vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI), envolveu um processo de escuta e consulta a lideranças, educadores, jovens, anciãos e organizações indígenas, em 20 seminários regionais, em 2024.

    A universidade terá processos seletivos próprios, com o objetivo de ampliar o ingresso de candidatos indígenas conforme a diversidade linguística e cultural. Com a oferta inicial de 10 cursos e previsão de oferecer até 48 cursos de graduação, a Unind atenderá aproximadamente 2,8 mil estudantes indígenas nos primeiros quatro anos de implantação.

    Os cursos de graduação e de pós-graduação a serem ofertados serão voltados às áreas de interesse dos povos indígenas, com ênfase em gestão ambiental e territorial, gestão de políticas públicas, sustentabilidade socioambiental, promoção das línguas indígenas, saúde, direito, agroecologia, engenharias e tecnologias e formação de professores.

    Segundo o Ministério da Educação (MEC), estão inclusos, ainda, cursos em áreas consideradas estratégicas para o fortalecimento da autonomia dos povos indígenas, para a atuação profissional nos territórios e a inserção profissional indígena em diferentes setores do mercado de trabalho.

    Pensada para responder “às desigualdades históricas de acesso à educação superior”, a Unind tem como pilares a autonomia dos povos indígenas, com a promoção de ensino, pesquisa e extensão sob uma perspectiva intercultural; a valorização de seus saberes, línguas e tradições; a produção de conhecimento científico em diálogo com práticas ancestrais; o fortalecimento da sustentabilidade socioambiental; e a formação de quadros técnicos capazes de atuar em áreas estratégicas para o desenvolvimento dos territórios indígenas.

    UFEsporte

    Já UFEsporte é resultado da articulação entre o MEC e o Ministério do Esporte com o propósito de integrar a formação acadêmica, a qualificação profissional e o desenvolvimento do esporte ao nível de excelência e em âmbito nacional, formando gestores, atletas e fomentando o esporte de alto rendimento no país.

    A sede será em Brasília e haverá, também, parceria com a Universidade Aberta do Brasil, para cursos à distância. Também estão previstos com centros de excelência em todas as regiões do país, utilizando, inclusive, as infraestruturas construídas para as Olimpíadas de 2016 no Brasil.

    Serão oferecidos cursos de bacharelado, tecnólogos e pós-graduação, com ênfase em ciência do esporte, educação física, gestão de esporte e lazer comunitário, medicina esportiva e reabilitação, gestão e marketing esportivo, nutrição esportiva, além de outras áreas estratégicas para gestão de entidades e formação de atletas de diversas modalidades.

    Segundo o MEC, a proposta da UFEsporte também é demanda dos setores esportivos e fundamentada em estudos de impacto e possibilidade de crescimento no setor. A iniciativa prevê o fomento à acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, com formação para o paradesporto, e valorização da diversidade esportiva, considerando modalidades, culturas e regiões do país.

    A proposta também incorpora diretrizes de inclusão e direitos humanos. Entre elas, o compromisso com a equidade de gênero no esporte, com incentivo às modalidades femininas; o enfrentamento à misoginia, promovendo igualdade de oportunidades e remuneração; a equidade étnico-racial, ampliando o acesso e a permanência de pessoas negras e indígenas; o combate ao racismo no esporte, com formação crítica e atuação profissional qualificada.

    Segundo o Levantamento sobre Diversidade no Futebol Brasileiro de 2023, 41% das pessoas negras e 31% das indígenas relatam ter sido vítimas de racismo no exercício de suas funções. Os dados são do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

    Outro estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, apesar de 57% dos jogadores da elite do futebol serem pretos ou pardos, a presença de profissionais negros em cargos de liderança continua sub-representada, com apenas 12,5% dos treinadores das Séries A e B em 2024.

    Lula envia para o Congresso projetos que criam a Unind e UFEsporte

  • Defesa diz que Bolsonaro não usou celular durante visita de Nikolas

    Defesa diz que Bolsonaro não usou celular durante visita de Nikolas

    STF deu prazo para ex-presidente explicar suposto uso de aparelho; visita de Nikolas foi autorizada, mas a utilização de celulares estava proibida, como é regra para visitas à presidiários

    A defesa de Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (27) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente não usou aparelho celular durante a visita que foi realizada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) no dia 21 de novembro, data na qual ele ainda cumpria prisão domiciliar.

    A manifestação dos advogados foi enviada ao STF após o ministro dar prazo de 24 horas para a defesa explicar imagens que mostram o deputado utilizando o celular durante o encontro com Bolsonaro.

    Segundo Moraes, a visita do parlamentar foi autorizada, mas a utilização de celulares estava proibida. A medida é válida para o ex-presidente e para visitantes. O suposto uso do aparelho foi flagrado por veículos de imprensa e também foi denunciado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que enviou ao Supremo uma notícia-crime contra Nikolas.

    Segundo a defesa, o ex-presidente não usou o celular nem fez contato visual com o aparelho do parlamentar. 

    “O peticionário reafirma que sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar”, afirmou a defesa.

    Atualmente, Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em uma sala localizada na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. A pena foi definida na ação penal da trama golpista.

    Defesa diz que Bolsonaro não usou celular durante visita de Nikolas

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