Categoria: ECONOMIA

  • Herdeiro de fundador da Casas Bahia é contra antecipação de herança para o irmão

    Herdeiro de fundador da Casas Bahia é contra antecipação de herança para o irmão

    Os herdeiros de Samuel Klein vêm brigando na Justiça há anos e trocam acusações mútuas em público e na Justiça; há ainda um possível novo herdeiro tentando provar que era filho do empresário

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Michael Klein, responsável pelo inventário de seu pai, Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, disse à Justiça que o pedido de antecipação de herança feito pelo irmão caçula, Saul, deve ser negado, e que ele deve ser condenado por litigância de má-fé, quando o pleito judicial é considerado abusivo.

    O inventariante de Samuel foi chamado a opinar sobre o pedido feito pelo irmão em meados de julho à 4ª Vara Cível de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Os advogados de Saul disseram no pedido que o empresário precisa antecipar o recebimento de sua parte do dinheiro para lidar com gastos médicos depois de passar por uma cirurgia abdominal que o levou a ficar sob cuidados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

    Para Michael Klein, Saul e o escritório que administra sua vida financeira estão tratando o inventário de uma “caça ao tesouro” e a “suposta condição médica de Saul foi utilizada como mero artifício para tentar justificar o pleito de antecipação de valores”.

    Os representantes de Saul afirmam que ele precisa de amparo material e tranquilidade para se recuperar. “A criticidade do quadro, aliada à idade avançada do paciente [71 anos], torna a situação bastante grave, a ensejar gastos elevados com cirurgias, internações, medicamentos, cuidadores, convênio de saúde etc.”

    Os advogados de Michael defendem na petição que Saul tem plano de saúde (não precisaria do dinheiro para pagar o hospital) e que suas despesas médicas ou outros gastos são bancados por seu administrador financeiro, o advogado Enzo Gorentzvaig, que foi o responsável pela internação do empresário.

    Michael juntou no processo o contrato firmado pela empresa de Gorentzvaig, a 360 Graus, em 2022, que prevê o custeio de despesas de Saul até R$ 100 mil mensais. O acordo com o advogado prevê que a empresa receberá 30% da parte de Saul na partilha e pode chegar a 50% se outras verbas ainda não listadas entrarem no valor final.

    Para os representantes de Michael, essa remuneração é a real motivação para o pedido de antecipação. Se a herança de Saul for paga, a 360 Graus receberá 30% do valor e não precisará mais bancar as despesas do herdeiro.

    Gorentzvaig diz que o valor mensal gasto pela empresa para manter Saul passa de R$ 100 mil. “Esse valor que a gente colocou no começo do nosso contrato, a gente achou que seria um valor razoável. Nem de longe é esse valor que ele tem de gasto por mês, é muito maior”, afirma.

    O advogado defende a remuneração prevista no contrato e diz que há quatro anos banca as despesas de Saul. “Eu, até agora, não ganhei R$ 1, muito pelo contrário. E eu só vou ganhar por conta do descaso do irmão dele com o Saul, essa é a verdade.”

    O contrato da 360 Graus com Saul Klein já foi alvo dos irmãos Michael e Eva, que pediram na Justiça acesso ao acordo. Eles afirmavam que Saul havia vendido seus direitos de herança para a empresa sem que se soubesse o conteúdo do contrato de prestação de serviços.

    Ao se manifestar contra a antecipação da herança, Michael diz que até o contrato com 360 Graus, Saul Klein insistia na homologação da partilha. Depois, ele teria passado a se opor à finalização. Esse argumento foi apresentado por Michael e Eva também ao pedir acesso ao contrato de Saul com a 360 Graus.

    A empresa que administra a vida financeira de Saul Klein tem Gorentzvaig e o empresário Antônio Carlos Fazio Junior, sogro dele, como sócios. Esse último, segundo Gorentzvaig, conheceu Saul quando ele ainda dirigia a Casas Bahia. Os dois teriam ficado amigos.

    “Esse inventário tem dez, 11 anos. Ele [Saul] levantou R$ 27 milhões em 2021, quando já estava com muito problema de liquidez. Esse dinheiro acabou há muito tempo e há quatro anos ele é 100% financiado por mim e pelo meu sogro”, diz Gorentzvaig.

    Essa antecipação de quinhão da herança também é citada pelos representantes de Michael na manifestação à Justiça. Eles dizem que Saul teve outro pedido de antecipação negado pela Justiça. Por isso, para o inventariante, a solicitação feita agora “afrontaria a coisa julgada.”

    Saul chegou a ter prisão preventiva pedida pela Polícia Civil de São Paulo, que começou a investigá-lo em 2020 em um processo em que jovens o acusam de crimes como estupro, lesão corporal e transmissão de doença venérea. O pedido foi negado pela Justiça em 2022.

    Na época, os advogados do empresário afirmaram que ele nunca cometeu crime algum e que o indiciamento e o pedido de prisão eram “atos discricionários da autoridade policial que não vinculam os demais atores processuais”. Gorentzvaig diz que Saul nunca foi condenado, não é alvo de inquérito e que sua inocência ainda será provada.

    Os herdeiros de Samuel Klein vêm brigando na Justiça há anos e trocam acusações mútuas em público e na Justiça. Além dos dois, outra irmã, Eva, também é herdeira do fundador da Casas Bahia. Há ainda um quarto possível herdeiro que morreu em 2021, tentando provar que era filho de Samuel.

    A coluna Painel S.A. mostrou nesta terça que promotora de Justiça Karla Bugarin pediu o arquivamento de processo em que Saul contestava a autenticidade das assinaturas do pai em contratos envolvendo a companhia e no testamento, datado de 13 de agosto de 2013.

    Saul acusava o irmão de ter falsificado as assinaturas do pai para favorecê-lo e a seus herdeiros na divisão da fortuna. Ele dizia que tinha direito a algo em torno de R$ 3 bilhões e não R$ 500 milhões.

    Herdeiro de fundador da Casas Bahia é contra antecipação de herança para o irmão

  • Tarifa de 50% atinge subprodutos do suco de laranja e prejuízo alcança R$ 1,54 bilhão

    Tarifa de 50% atinge subprodutos do suco de laranja e prejuízo alcança R$ 1,54 bilhão

    Os valores consideram o volume registrado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) na safra 2024/25, informou hoje em comunicado a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR)

    O setor exportador de suco de laranja do Brasil pode registrar perdas imediatas de R$ 1,54 bilhão, mesmo de fora da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. O prejuízo decorre da inviabilidade econômica das exportações de subprodutos, taxadas em 50%, que renderam US$ 177,8 milhões na safra passada (equivalentes a R$ 973,6 milhões). Soma-se a esse valor o impacto estimado da tarifa de 10% sobre o suco de laranja, calculado em US$ 103,6 milhões (R$ 566,7 milhões).

    Os valores consideram o volume registrado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) na safra 2024/25, informou hoje em comunicado a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

    Segundo a entidade, os subprodutos da cadeia citrícola são amplamente utilizados tanto pela indústria de bebidas quanto pela de cosméticos. Nos Estados Unidos, cerca de 58% do consumo de suco é composto por suco reconstituído – produto concentrado a 66% de partes sólidas, com consistência semelhante à do leite condensado. Após a importação, esse suco recebe água até atingir sua diluição natural, com cerca de 12% de partes sólidas.

    “Muitos desses produtos dependem de ingredientes como células cítricas – os gominhos da laranja – e óleos essenciais responsáveis pelo aroma, e esses insumos estão sobretaxados em 50%, o que inviabiliza a operação”, afirmou na nota o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto. “Isso pode ter efeito negativo na experiência do consumidor, prejudicar as empresas americanas e, por consequência, causar impacto em toda a cadeia brasileira.”

    Os óleos essenciais também são fundamentais para a indústria de cosméticos, pois conferem as notas cítricas aos perfumes. Os Estados Unidos respondem por fatias expressivas das exportações brasileiras desses insumos: cerca de 36% no caso do óleo essencial prensado, 39% para o óleo comum e quase 60% para o d-limoneno, utilizado em fragrâncias e solventes naturais. “Pode ser um impacto muito grande para esses setores”, reforçou Netto.

    Além do impacto tarifário, o setor enfrenta uma forte retração nos preços internacionais, consequência do aumento de 36% na oferta de frutas em relação à safra anterior, segundo dados do Fundecitrus. De acordo com a Secex, o preço médio da tonelada exportada para os Estados Unidos na safra passada foi de US$ 4.243. Na cotação de 7 de agosto, o valor caiu para US$ 3.387 – uma redução de 20,17%. Mantido o volume exportado, a perda estimada de receita com a desvalorização é de US$ 261,8 milhões, o equivalente a R$ 1,43 bilhão.

    Somando os efeitos das tarifas à queda nas cotações, as perdas totais do setor podem ultrapassar R$ 2,9 bilhões. “Embora o setor esteja aliviado por ter sido incluído na lista de exceções, os impactos são significativos, principalmente em um contexto de mercado desafiador como o deste ano”, avaliou Netto.

    Tarifa de 50% atinge subprodutos do suco de laranja e prejuízo alcança R$ 1,54 bilhão

  • Congresso aprova criação de programa para acelerar revisão de benefícios do INSS

    Congresso aprova criação de programa para acelerar revisão de benefícios do INSS

    A votação no Senado foi realizada sem o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). Quem presidiu a sessão foi o senador Humberto Costa (PT-PE)

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Senado aprovou nesta terça-feira (12) a medida provisória que cria um programa para acelerar a revisão de benefícios do INSS. A votação foi a última etapa de tramitação do texto no Congresso. Agora, a medida vai à sanção presidencial.

    O PGB (Programa de Gerenciamento de Benefícios) para o INSS tem o objetivo de reduzir o tempo de espera para perícia e agilizar a análise de benefícios previdenciários e assistenciais para combater pagamentos indevidos. A votação na Câmara foi na última semana.

    O projeto precisaria de uma nova votação pelos deputados se fosse alterado pelo Senado. Houve um acordo entre governistas e oposição para evitar mudanças. Opositores afirmavam que a proposta poderia prejudicar pessoas que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

    O Executivo se comprometeu a editar um decreto que reduza essa chance em troca da não alteração da proposta.

    O programa estabelece um pagamento extra aos servidores desses órgãos.

    Ainda assim, o governo federal afirma, no texto da medida, que a intenção é “reduzir o gasto público com o pagamento de benefícios que não preenchem mais as condições para a manutenção da prestação previdenciária ou assistencial”.

    Também integram o programa os serviços de perícia médica federal que são realizados nas unidades do INSS sem oferta de agendamento ou nas quais o agendamento só possa ser feito em 30 dias. A previsão de duração do PGB é de 12 meses, prazo que pode ser prorrogado uma vez.

    A votação no Senado foi realizada sem o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). Quem presidiu a sessão foi o senador Humberto Costa (PT-PE).

    Houve desentendimento entre Costa e a senadora de oposição Damares Alves (Republicanos-DF), que questionou se a proposta havia mesmo sido votada pelo plenário. A discussão durou alguns minutos até que a sessão pudesse prosseguir.

    A medida provisória é a 1.296 de 2025, que perderia validade nesta terça se não fosse aprovada. Esse tipo de medida é editada pelo governo e tem força de lei por até 120 dias, descontado o período do recesso Legislativo, a partir do momento de sua publicação. Só continua vigorando se for aprovada pelo Congresso dentro desse período.

    A fila de pedidos da Previdência chegou a 1,95 milhão no ano de 2024, alcançando o maior patamar desde o governo anterior, quando passou de 2 milhões.

    A medida provisória foi apresentada pelo governo Lula (PT) em abril. No fim daquele mês, uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União mirou um esquema de descontos associativos indevidos nas aposentadorias e pensões pelo INSS.

    Diante da crise, o governo prometeu ressarcir os aposentados e pensionistas pelos descontos indevidos, e abriu um prazo para contestação, além de recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que paralise as ações judiciais que cobram a devolução e autorize o pagamento por fora das regras fiscais.

    Congresso aprova criação de programa para acelerar revisão de benefícios do INSS

  • Brasil defendeu democracia melhor que EUA, diz professor de Harvard

    Brasil defendeu democracia melhor que EUA, diz professor de Harvard

    Steven Levitsky, autor do livro “Como as democracias morrem”, esteve no Senado Federal

    Autor de Como as democracias morrem, o professor de ciência política Steven Levitsky, da Universidade de Harvard, disse nesta terça-feira (12) que o Brasil respondeu melhor à tentativa de golpe de Estado do que os Estados Unidos.  

    Para ele, que participou do seminário Democracia em Perspectiva na América Latina e no Brasil, promovido pelo Senado, a resposta do Brasil à ameaça oferecida pela trama golpista que, segundo a Procuradoria Geral da República, foi liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro tem sido consideravelmente mais eficaz do que a resposta americana a medidas autoritárias de Donald Trump.

    “A Suprema Corte Brasileira fez o certo ao defender a democracia agressivamente”, afirmou ele, que comparou: “O Congresso e o Judiciário americanos abdicaram das suas responsabilidades ao encararem o autoritarismo”.  

    Levitsky considera que a grande ironia é que os Estados Unidos estão punindo o Brasil hoje por fazer o que os americanos deveriam ter feito. “Como cidadão americano, eu sinto vergonha dessa situação”

    O professor de Harvard se refere à interferência política de Trump no julgamento de Jair Bolsonaro, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% contra exportações brasileiras, além de uma investigação comercial contra o país e sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    Para Levitsky, a resposta americana a um presidente autoritário foi fraca por não haver memória coletiva de perda da democracia.

    “Diferentemente do Brasil, da Argentina, da China, da Coreia do Sul e da Alemanha, a sociedade americana não tem memória coletiva de autoritarismo. A gente não tem experiência com autoritarismo”

    Ameaças

    O professor de Harvard ponderou que, diferentemente do passado, em que as liberdades eram revogadas pelas armas dos militares, as democracias hoje “morrem na mão de pessoas eleitas”.

    “São pessoas que atacam as instituições democráticas para subverter tudo. Esses autocratas são populistas”, afirmou.

    Esses líderes populistas, como o pesquisador classifica, teriam como estratégia se impor sobre instituições como o Congresso Nacional ou o Judiciário. “Isso pode levar a crises e a quebra das democracias”, reiterou o professor de Harvard.

    Resiliência e desafios

    Entre esses líderes, o pesquisador exemplificou com presidentes como Jair Bolsonaro, no Brasil, e Javier Milei, atual mandatário na Argentina. No entanto, Levitsky observa que as democracias latino-americanas têm se mostrado resilientes. 

    “Havia muitas razões para esperar que as democracias latino-americanas falhassem na última década. O ambiente internacional está muito menos favorável às democracias do que na década de 1990”, apontou.

    O pesquisador em ciência política ressalta que as condições mudaram drasticamente no Século 21, quando o poder, o prestígio e a autoconfiança do Ocidente liberal declinaram. 

    “Os poderes ocidentais não mais promovem as democracias consistentemente ou energeticamente, como no passado. Essas mudanças no ambiente internacional dramaticamente aumentaram o poder autocrata”, contextualizou o professor, que considera ter se tornado muito mais fácil ser um autocrata hoje do que há 30 anos. 

    No contexto das democracias latino-americanas, ele pontua grandes desafios domésticos, como economias estagnadas, aumento de crime e da violência e escândalos de corrupção. 

    “Isso gerou muito descontentamento em toda a região. Esses problemas foram exacerbados pela Covid-19”.

    Poder de erosão

    Outro poder de erosão da confiança pública nos poderes constituídos teve relação com a expansão das redes sociais. 

    “Não é surpreendente que a satisfação com as democracias caiu drasticamente na América Latina na última década”, considerou ele, que citou que 28% dos latino-americanos não estão satisfeitos com as democracias. 

    O autor avalia que, em 1995, havia dez democracias plenas na América Latina, com eleições diretas e respeito aos direitos humanos.

    “Em 2005, eram 13 democracias plenas, mas, em 2015, só havia 12. Hoje, de acordo com a minha contagem, há 12 democracias, apesar de um ambiente internacional menos favorável”.

    Descontentamentos

    O pesquisador entende que populistas e autocratas têm sido eleitos na América Latina por conta de diferentes tipos de descontentamentos. “Isso ocorre por causa das desigualdades sociais que criam lacunas entre a elite e as massas. Além disso, quando os Estados são ineficazes e fracos, é quase impossível para os gestores governarem bem, independentemente das suas intenções”.

    Levitsky aponta que, mesmo com governos eleitos bem-sucedidos, quando falham na entrega de serviços, as pessoas se frustram. “Parte da população começa a acreditar que todos os partidos políticos são os mesmos”.

    Antigos guardiões

    Para ele, no século passado, os partidos políticos e a mídia serviam como guardiões da democracia. Hoje, autocratas encontram espaços ou até criam seus próprios partidos, e as campanhas online mudaram características dos períodos eleitorais. 

    “Eles podem até ser ignorados pela mídia convencional. Os políticos, hoje em dia, não precisam mais de mediadores. Eles podem responder diretamente aos eleitores deles e inclusive violar normas”

    Como salvar as democracias

    Levitsky entende que a proteção à democracia, diante de líderes autocratas, exige que as nações tenham uma reação institucional do Estado mais forte. Ele exemplifica que essa abordagem foi desenvolvida depois da guerra na Alemanha.

    “Dar o poder às entidades de banir candidatos, mesmo sendo muito arriscado, porque o processo pode ser errado”, diz ele, que cita que erros desse tipo podem ter ocorrido na Venezuela e outros países, como Peru e na Guatemala. 

    “A democracia só vai estar segura quando os políticos convencionais, esquerda, centro e direita, trabalharem ativamente para manter extremistas do lado de fora”

    Esse caminho foi seguido pela Bélgica e pela Finlândia, em 1930, quando a esquerda e a direita se uniram para derrotar os fascistas. “Recentemente, a gente encontrou coalizões democráticas que se juntaram para acabar com forças que não são liberais na França. Se as entidades não vão proteger a democracia, os políticos precisam fazer isso”

    Se instituições e políticos falharem, o pesquisador defende que o guardião da democracia deve ser a sociedade civil. “Os líderes precisam, de maneira enérgica, defender normas democráticas. Todos os tipos de líderes precisam defender a democracia publicamente, Precisam repetidamente lembrar o cidadão que existem linhas que nunca podem ser ultrapassadas”

    Coletânea

    Além da palestra e de discursos de parlamantares, o seminário lançou a coletânea Democracia Ontem, Hoje e Sempre, composta por quatro livros reeditados pelo Conselho Editorial do Senado. 

    Foram lançados os livros 1964 Visto e Comentado pela Casa Branca, de Marcos Sá Corrêa, Sessenta e Quatro: anatomia da crise, de Wanderley Guilherme dos Santos, Explode um Novo Brasil – diário da campanha das Diretas, do jornalista Ricardo Kostcho; e 1964: Álbum Fotográfico de um Golpe de Estado, organizado por Heloisa Starling, Danilo Marques e Livia de Sá.

    Brasil defendeu democracia melhor que EUA, diz professor de Harvard

  • Lula lança hoje pacote bilionário para empresas afetadas por tarifaço

    Lula lança hoje pacote bilionário para empresas afetadas por tarifaço

    Medida provisória cria linha de crédito inicial de R$ 30 bilhões para companhias prejudicadas pelas tarifas dos EUA. Pacote prioriza pequenas empresas, preservação de empregos e busca de novos mercados, além de apoio jurídico contra a taxação no país norte-americano.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresenta nesta quarta-feira (13) um pacote de socorro às empresas brasileiras prejudicadas pelo tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump. Em entrevista à Band News, Lula adiantou que a medida provisória criará uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para companhias que tiveram prejuízos com as novas taxas.

    Segundo o presidente, o valor inicial poderá ser ampliado, caso haja necessidade. O plano dará prioridade às pequenas empresas e a setores de alimentos perecíveis, como produtores de espinafre, frutas, mel, além de fabricantes de máquinas. “As grandes empresas têm mais poder de resistência. Vamos mostrar que ninguém ficará desamparado pela taxação do presidente Trump”, afirmou Lula.

    A proposta também prevê ações para preservar empregos e buscar mercados alternativos para os produtos atingidos. “Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas e mandar a outros países a lista das companhias que vendiam para os Estados Unidos. Nosso lema é: ninguém larga a mão de ninguém”, disse.

    Além do crédito, o governo apoiará empresários interessados em recorrer à Justiça americana contra as tarifas. “Não dá para aceitar a taxação do Trump sem reagir. Existem leis nos Estados Unidos e podemos abrir processos”, declarou o presidente.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que os recursos virão por meio de crédito extraordinário ao Orçamento, mecanismo fora do teto de gastos usado em situações emergenciais, como no socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. Haddad disse que as medidas foram construídas em diálogo com o setor produtivo e estão “100% prontas” para atender às demandas das empresas afetadas.

    Lula lança hoje pacote bilionário para empresas afetadas por tarifaço

  • Trump avalia entrar com ação contra presidente do Fed por gastos com reforma

    Trump avalia entrar com ação contra presidente do Fed por gastos com reforma

    O mandatário dos EUA já chamou Powell de “idiota” e “burro”, afirmou que ele era o responsável pela economia não subir da forma como a população pretendia e também era o culpado pelo déficit enfrentado pelo país

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou nesta terça-feira (12) que avalia permitir “uma grande ação judicial” contra o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, por causa da reforma do prédio do banco central.

    “Estou considerando permitir que uma grande ação judicial contra Powell avance por causa do trabalho horrível e grosseiramente incompetente que ele fez ao gerenciar a obra dos prédios do Fed”, afirmou Trump em post publicado na sua rede social Truth Social.

    Horas depois, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou que Trump estuda entrar com o processo contra Powell. Um porta-voz do Fed não fez comentários ao ser procurado pela agência de notícias Reuters.

    Autoridades da Casa Branca disseram que estão investigando a reforma de dois prédios históricos pelo Fed, sugerindo que a supervisão deficiente e uma possível fraude aumentaram o custo desnecessariamente e que o projeto é inadequadamente ostensivo.

    No fim de julho, Trump visitou a sede do Fed e questionou Powell sobre os custos da reforma do prédio, previstos em US$ 2,5 bilhões.

    O BC dos EUA diz que as despesas extras se devem principalmente ao aumento dos custos de mão de obra e materiais, bem como a desafios inesperados, incluindo a remoção de amianto.

    Um parecer da Suprema Corte emitido em maio em um caso não relacionado sobre funcionários de outros órgãos governamentais independentes apoia a ideia de que o Fed é único e que a lei não permite que o presidente remova um presidente do Fed devido a diferenças sobre a direção da política monetária.

    Na visita de Trump à sede do Fed, ele e Powell divergiram sobre os custos do projeto. Dirigindo-se a Powell, Trump retirou um documento de seu paletó que dizia que os gastos haviam superado os US$ 3,1 bilhões (R$ 17 bilhões).

    “Estamos dando uma olhada, e parece que são cerca de US$ 3,1 bilhões, aumentou um pouco ou muito. Os US$ 2,7 bilhões agora são US$ 3,1 bilhões”, disse Trump enquanto Powell balançava a cabeça negativamente.

    O presidente então ofereceu a Powell um documento que segundo ele continha detalhes sobre a nova estimativa, mas o chefe do Fed disse a Trump que a revisão incluía um edifício que já havia sido concluído.

    “Você está incluindo a renovação do [edifício] Martin. Esse é todo o nosso capital. Você acabou de adicionar um terceiro edifício, é isso que é. Isso é um terceiro edifício”, rebateu Powell. “Ele foi construído cinco anos atrás.”

    Trump então mudou de assunto e disse que o governo “vai dar uma olhada”.

    “Vamos ver o que está acontecendo. E ainda tem um longo caminho. Você espera mais [gastos] adicionais?”, perguntou.

    “Não esperamos. Estamos preparados para eles. Temos uma pequena reserva que podemos usar. Mas não, não temos. Esperamos terminar em 2027. Estamos bem avançados, como pode ver”, disse Powell.

    Desde que foi empossado em 20 de janeiro, o republicano subiu o tom das críticas e passou a atacar diretamente Powell, que foi nomeado pelo próprio republicano em sua primeira gestão em 2018.

    O mandatário dos EUA já chamou Powell de “idiota” e “burro”, afirmou que ele era o responsável pela economia não subir da forma como a população pretendia e também era o culpado pelo déficit enfrentado pelo país.

    Trump cogitou nomear a si próprio para o cargo e afirmou que deve substituir Powell até abril de 2026, um mês antes do término do mandato do presidente do Fed. Ao mesmo tempo, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o processo para substituição de Powell foi aberto.

    Trump avalia entrar com ação contra presidente do Fed por gastos com reforma

  • Dólar despenca após dados de inflação no Brasil e nos EUA; Bolsa dispara

    Dólar despenca após dados de inflação no Brasil e nos EUA; Bolsa dispara

    A moeda americana chegou a cair a 0,94%, a R$ 5,391, a caminho de fechar no menor nível desde junho de 2024

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar apresenta uma firme queda nesta terça-feira (12), com os investidores repercutindo dados da inflação brasileira e norte-americana. Às 15h55, a moeda americana caía 0,94%, a R$ 5,391, a caminho de fechar no menor nível desde junho de 2024.

    A queda do dólar no Brasil segue o exterior. O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de outras seis divisas fortes, caía 0,40%, a 98.111 pontos.

    No mesmo horário, a Bolsa disparava 1,82%, a 138.093 pontos. O desempenho do Ibovespa acompanha uma alta de mais de 10% das ações da Sabesp, que divulgou na última segunda (11) um lucro líquido de R$ 2,13 bilhões no segundo trimestre deste ano.

    O BTG Pactual também teve uma forte disparada na Bolsa, de mais de 12%, após um lucro de R$ 4 bi ser registrado pelo banco.

    O mercado do dia repercute os dados das inflações dos Estados Unidos e do Brasil. Na manhã desta terça, o Escritório de Estatísticas Trabalhistas do Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em julho, depois de ter registrado aumento de 0,3% em junho.

    Em 12 meses, o índice de inflação chegou a 2,7%, mesmo patamar de junho e ligeiramente abaixo da alta de 2,8% esperada na pesquisa da Reuters.
    No chamada núcleo do índice, quando se exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, os preços ao consumidor aumentaram 0,3%, maior avanço desde janeiro. Na base anual, cresceu 3,1% em julho, frente a 2,9% em junho.

    O resultado consolida as expectativas de que, após dados de emprego fracos para julho, as autoridades do Fed (banco central dos EUA) poderão retomar os cortes de juros em seu próximo encontro, em setembro.

    Operadores projetam quase 90% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa em setembro, de acordo com dados da LSEG.

    Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a aposta de corte de juros pelo Fed enfraquece o dólar globalmente. “A perspectiva de taxas mais altas aqui e as apostas de cortes nos Estados Unidos reforçam o diferencial de juros brasileiro”, diz.

    Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,26% em julho. É a menor taxa para julho desde 2023 (0,12%).

    O novo resultado ficou abaixo do piso das projeções do mercado financeiro. A mediana das expectativas era de 0,36%, com intervalo de 0,30% a 0,39%.

    Com o novo resultado, o IPCA desacelerou a 5,23% nos 12 meses até julho. A taxa era de 5,35% até junho, quando o índice confirmou o primeiro estouro da meta contínua de inflação desde que o modelo entrou em vigor no país, em janeiro.

    Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, apesar do resultado melhor do que o esperado, a inflação brasileira continua longe da meta do Banco Central, o que reforça juros mais altos. “As projeções de cortes de juros pelo BC continuam sendo para o fim do ano, e a nossa taxa de juros deve continuar elevada”, afirma.

    No cenário doméstico, os investidores também continuam atentos ao plano de contingência ao tarifaço de Trump sobre as importações brasileiras e as negociações tarifárias entre os países.

    A expectativa é que o governo Lula anuncie o plano de ajuda para empresas afetadas pelo tarifaço nesta terça-feira, como antecipado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

    Segundo apuração da Folha de S.Paulo, o Executivo avalia cobrar das empresas que tomarem crédito a manutenção do emprego dos colaboradores. Ou seja, o empresário que tiver acesso a empréstimos a juros mais baratos não poderá demitir.

    O pacote também deve conter o chamado diferimento de impostos federais, como é chamada a postergação do pagamento de tributos, para dar alívio de caixa nesse momento inicial de maior dificuldade após a entrada em vigor do tarifaço. A proposta é que o adiamento seja de no máximo de 90 dias para que o seu impacto seja concentrado neste ano. As tarifas entraram em vigor na quarta-feira (6).

    O governo também aposta na via diplomática para tentar chegar a um acordo com os Estados Unidos, embora as iniciativas brasileiras não tenham tido sucesso até agora.

    Na última segunda-feira (11), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que a reunião que ele teria nesta quarta (13) com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, para discutir a sobretaxa de 50% imposta ao Brasil foi cancelada.

    O Departamento do Tesouro dos EUA chegou a enviar ao Ministério da Fazenda brasileiro um link do aplicativo Zoom para a conversa, mas voltou atrás.

    Em entrevista à GloboNews, o ministro atribuiu o cancelamento à atuação de forças de extrema direita que mantêm interlocução com a Casa Branca e citou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA.

    Em nota conjunta com o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo, Eduardo negou a interferência.

    Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo tem liderado uma campanha de lobby em Washington por mais medidas contra o STF (Supremo Tribunal Federal), que tem julgado seu pai no âmbito da trama golpista de 2022.

    Eduardo se reuniu com autoridades do governo Trump e previu corretamente no início deste ano que Washington imporia amplas sanções ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

    À luz da prisão domiciliar do ex-presidente, aliado político de Donald Trump, é possível que os Estados Unidos imponham novas sanções ao Brasil. “Sei que [Trump] tem uma série de possibilidades em sua mesa, desde sancionar mais autoridades brasileiras, até uma nova onda de retiradas de vistos, até questões tarifárias”, disse Eduardo ao Financial Times em uma entrevista por vídeo.

    Enquanto as negociações entre Brasil e EUA não avançam, o governo Lula busca estabelecer outras pontes na frente comercial.

    Na segunda, Lula conversou por cerca de uma hora com o líder da China, Xi Jinping. A conversa foi um pedido do brasileiro.

    Segundo comunicado do Planalto, os líderes conversaram sobre a conjuntura internacional e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia e concordaram sobre o papel do G20 e do Brics (bloco formado atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã) na defesa do multilateralismo.

    Xi Jinping teria dito ao presidente Lula que “a China está pronta para trabalhar com o Brasil para estabelecer um exemplo de unidade e autossuficiência entre os principais países do Sul Global”, de acordo com relatos chineses da conversa.

    Na ponta internacional, a China e os Estados Unidos firmaram um novo acordo que prorroga por mais 90 dias a pausa tarifária entre os países, informaram autoridades na noite da última segunda.

    Uma trégua tarifária entre Pequim e Washington estava programada para expirar nesta terça, mas o governo Trump já havia dado a entender que o prazo poderia ser prorrogado.

    Com isso, os produtos chineses seguem com tarifa de 30% para entrar nos EUA, enquanto os produtos norte-americanos terão cobrança de 10% ao serem importados para a China.

    Dólar despenca após dados de inflação no Brasil e nos EUA; Bolsa dispara

  • Lula sanciona isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos

    Lula sanciona isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos

    A proposta foi aprovada em junho pela Câmara dos Deputados e na na última quinta-feira (7) pelo Senado

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.191, que isenta do pagamento do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, o que equivale a R$ 3.036. A isenção vai valer a partir de maio do mês-calendário 2025.  

    A proposta foi aprovada em junho pela Câmara dos Deputados e na na última quinta-feira (7) pelo Senado. 

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025, editada pelo governo federal. O relator da matéria foi o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).  

    Isenção até R$ 5 milA proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil está em tramitação na Câmara dos Deputados, aguardando votação no plenário. Já aprovado em Comissão Especial, o texto prevê ainda uma redução do IR para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

    Se for aprovada na Câmara dos Deputados, a matéria seguirá para análise no Senado.

     

    Lula sanciona isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos

  • Aprovação da isenção do Imposto de Renda pode ficar para dezembro, afirma Lira

    Aprovação da isenção do Imposto de Renda pode ficar para dezembro, afirma Lira

    Relator condicionou decisão ao presidente da Câmara, ressaltando que pode haver mudanças na compensação para desonerar rendas de até R$ 5 mil

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O deputado Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto de lei de isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), o PL 1087/2025, afirmou nesta terça-feira (12) que a proposta pode ser aprovada pela Câmara em dezembro. “Dependendo das variações e sugestões de proposta, esse texto pode ficar com mais urgência ou menos urgência, com prazo de setembro ou ou prazo de dezembro”, sinalizou.

    Ele condicionou a mudança a uma decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Uma coisa é uma comissão [aprovar o texto], outra é no plenário. Tenho dito isso a todos os líderes ao presidente, a quem cabe fazer a pauta e colocar [para votar]”.

    Segundo ele, a extensão do prazo depende da retomada do rito de votação no plenário da Câmara após a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares bolsonaristas na semana passada e possíveis encaminhamentos para a compensação da isenção de IRPF.

    “O principal problema é a forma de compensação”, disse, indicando que pode haver mudanças no texto aprovado na comissão especial”, disse. “A gente tem que ter um binômio entre texto e voto”, observou.

    Lira participou de almoço com deputados da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo) e pediu apoio deles para aprovar um texto “mais retilíneo”. “Temos diferentes visões a respeito do mérito do projeto, que vamos procurar buscar com apoio dos deputados, a frentes e todos os deputados, e que a gente possa chegar a um texto mais justo, mais retilíneo”, disse.

    Aprovação da isenção do Imposto de Renda pode ficar para dezembro, afirma Lira

  • Opep reafirma previsão para avanço da demanda global por petróleo em 2025

    Opep reafirma previsão para avanço da demanda global por petróleo em 2025

    Para 2026, a organização elevou sua projeção para a alta na demanda em 100 mil bpd, a 1,4 milhão de bpd, o que traria o consumo total para 106,52 milhões de bpd

    A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reafirmou sua previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,3 milhão de barris por dia (bpd). Se confirmada a projeção, o consumo global somaria 105,14 milhões de bpd em 2025, segundo relatório mensal divulgado nesta terça-feira, 11.

    Para 2026, a organização elevou sua projeção para a alta na demanda em 100 mil bpd, a 1,4 milhão de bpd, o que traria o consumo total para 106,52 milhões de bpd.

    Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumentos de 100 mil bpd neste ano e de 200 mil bpd no próximo, projeta a Opep. Fora da OCDE, a expectativa é de acréscimos de 1,2 milhão de bpd tanto em 2025 quanto em 2026.

    Fora da Opep+

    A Opep manteve a previsão para o aumento da oferta da commodity entre os países fora da Opep+ em 2025, em 800 mil barris por dia (bpd), segundo o relatório mensal publicado nesta terça. De acordo com o cartel, as maiores contribuições deverão vir dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina.

    Para 2026, a Opep+ reduziu sua projeção de alta na oferta do petróleo fora do grupo em 100 mil bpd, a 600 mil bpd.

    Como resultado, a organização espera que a produção total fora da Opep+ some 54,01 milhões de bpd este ano e 54,64 milhões de bpd em 2026.

    Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ teve aumento de 335 mil bpd em julho ante junho, para uma média de 41,94 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.

    A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep.

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