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  • Brasileiros enviam 140 milhões de mensagens por dia ao ChatGPT, diz OpenAI

    Brasileiros enviam 140 milhões de mensagens por dia ao ChatGPT, diz OpenAI

    O primeiro estudo da OpenAI sobre o perfil do usuário brasileiro, divulgado nesta terça-feira (12), também mostra que desse número (cerca de 5,6% do total diário no mundo) 20% são comandos sobre comunicação escrita, 15% para aprendizado e 6% para programação

    (CBS NEWS) – O Brasil está entre os três países que mais usam o ChatGPT no mundo, com cerca de 140 milhões de mensagens enviadas por dia à ferramenta de inteligência artificial generativa lançada em 2022.

    O primeiro estudo da OpenAI sobre o perfil do usuário brasileiro, divulgado nesta terça-feira (12), também mostra que desse número (cerca de 5,6% do total diário no mundo) 20% são comandos sobre comunicação escrita, 15% para aprendizado e 6% para programação.

    A empresa não divulgou o número exato de usuários brasileiros da plataforma, hoje acessada por 700 milhões no mundo todo -taxa de adoção maior do que da internet ou de computadores pessoais.

    Intitulado “Desbloqueando Oportunidades Econômicas para o Brasil”, o relatório afirma que a adoção do ChatGPT é responsável por uma revolução na produtividade do país, citando como exemplos o uso por estudantes, empreendedores e pequenas e médias empresas.

    “A IA representa uma oportunidade para o Brasil manter o crescimento a longo prazo, acelerar sua transição para uma economia digital e alcançar a inclusão social e econômica plena”, afirma. A empresa, contudo, não divulgou dados que comprovem o aumento da produtividade na economia.

    Entre os principais temas, a OpenAI afirma que o uso para escrita e comunicação permite que profissionais redijam emails, textos de marketing e documentos em minutos em vez de horas. No Brasil, de acordo com o relatório, há um uso mais frequente dessa funcionalidade do que no resto do mundo.

    Além dos três usos principais do ChatGPT no país, aparecem também na sequência ideação criativa (5%) e tradução (2%).

    O estudo da OpenAI cita também um relatório da Microsoft, um de seus principais financiadores, que mostrou que 75% das micro, pequenas e médias empresas brasileiras afirmaram estar otimistas em relação ao impacto da inteligência artificial.

    O Brasil também está entre os cinco países com maior uso da API (interface de programação) do ChatGPT para a criação de programas personalizados.

    O relatório cita, por exemplo, a varejista Bemol, segunda maior usuária corporativa da OpenAI no país, e a empresa agrícola Solinftec, que conseguiu obter aumentos na produtividade por hectare usando tecnologia da empresa.

    Ainda há, no entanto, uma barreira geracional. 60% dos usuários no país têm até 34 anos, com 27% tendo entre 18 e 24 anos e 33% entre 25 e 34 anos. São Paulo é o estado com maior proporção de usuários, enquanto Tocantins foi o que mais cresceu nos últimos 90 dias. Os dados absolutos não foram divulgados.

    “O uso do ChatGPT pelos brasileiros já é amplo e impactante, mesmo nesta fase inicial. As evidências iniciais sugerem que a IA está complementando os trabalhadores em muitos casos, atuando como um multiplicador de força para o capital humano e acelerando a inovação. O desafio agora é escalar esses ganhos de forma equitativa e garantir que os benefícios cheguem a todos, não apenas aos que adotaram a tecnologia mais cedo”, afirma a empresa, hoje avaliada em US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão).

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  • Opep reafirma previsão para avanço da demanda global por petróleo em 2025

    Opep reafirma previsão para avanço da demanda global por petróleo em 2025

    Para 2026, a organização elevou sua projeção para a alta na demanda em 100 mil bpd, a 1,4 milhão de bpd, o que traria o consumo total para 106,52 milhões de bpd

    A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reafirmou sua previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,3 milhão de barris por dia (bpd). Se confirmada a projeção, o consumo global somaria 105,14 milhões de bpd em 2025, segundo relatório mensal divulgado nesta terça-feira, 11.

    Para 2026, a organização elevou sua projeção para a alta na demanda em 100 mil bpd, a 1,4 milhão de bpd, o que traria o consumo total para 106,52 milhões de bpd.

    Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumentos de 100 mil bpd neste ano e de 200 mil bpd no próximo, projeta a Opep. Fora da OCDE, a expectativa é de acréscimos de 1,2 milhão de bpd tanto em 2025 quanto em 2026.

    Fora da Opep+

    A Opep manteve a previsão para o aumento da oferta da commodity entre os países fora da Opep+ em 2025, em 800 mil barris por dia (bpd), segundo o relatório mensal publicado nesta terça. De acordo com o cartel, as maiores contribuições deverão vir dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina.

    Para 2026, a Opep+ reduziu sua projeção de alta na oferta do petróleo fora do grupo em 100 mil bpd, a 600 mil bpd.

    Como resultado, a organização espera que a produção total fora da Opep+ some 54,01 milhões de bpd este ano e 54,64 milhões de bpd em 2026.

    Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ teve aumento de 335 mil bpd em julho ante junho, para uma média de 41,94 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.

    A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep.

    Opep reafirma previsão para avanço da demanda global por petróleo em 2025

  • Inflação fica em 0,26% em julho e vem abaixo das projeções

    Inflação fica em 0,26% em julho e vem abaixo das projeções

    O novo resultado surpreendeu o mercado financeiro ao ficar abaixo do piso das projeções. A mediana das expectativas era de 0,36%, com intervalo de 0,30% a 0,39%

    (FOLHAPRESS) – A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,26% em julho, o que significa uma leve aceleração ante a taxa de 0,24% em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    O novo resultado surpreendeu o mercado financeiro ao ficar abaixo do piso das projeções. A mediana das expectativas era de 0,36%, com intervalo de 0,30% a 0,39%.

    Com o novo resultado, o IPCA desacelerou a 5,23% nos 12 meses até julho. A taxa era de 5,35% até junho, quando o índice confirmou o primeiro estouro da meta contínua de inflação desde que o modelo entrou em vigor no país, em janeiro.

    Nesse sistema, perseguido pelo BC (Banco Central), o alvo é desobedecido quando o IPCA acumulado permanece por seis meses consecutivos de divulgação fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro é de 3%.

    O QUE VEM PELA FRENTE?

    Em um cenário de trégua do dólar e alívio de preços agropecuários, economistas vêm reduzindo as projeções para a inflação deste ano.

    A mediana das estimativas do mercado financeiro caiu a 5,05% para o IPCA de 2025, conforme o boletim Focus, divulgado pelo BC na segunda (11). A expectativa recuou pela 11ª semana consecutiva, mas ainda segue distante do teto de 4,5%.

    Economistas afirmam que o tarifaço de Donald Trump pode causar reflexos no IPCA.

    Exportações brasileiras de produtos como café, carnes, pescados, frutas e calçados não escaparam da sobretaxa do governo dos Estados Unidos, em vigor desde quarta (6).

    Em um primeiro momento, o tarifaço pode direcionar um volume maior de produtos para o mercado interno, aliviando preços no Brasil.

    Há, contudo, temor de que a guerra comercial se intensifique, elevando incertezas e pressionando a cotação do dólar.

    Uma eventual valorização da moeda americana seria um risco para o IPCA mais à frente, já que o câmbio impacta os custos de empresas.

    Inflação fica em 0,26% em julho e vem abaixo das projeções

  • Dólar abre em baixa com tarifas dos EUA e inflação em foco

    Dólar abre em baixa com tarifas dos EUA e inflação em foco

    Às 9h40, a moeda americana caía 0,56%, a R$ 5,411. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,26% em julho, abaixo das projeções de analistas

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar tinha baixa nas primeiras negociações desta terça-feira (12), conforme os investidores seguem à espera do plano de contingência do governo para empresas afetadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos, com dados da inflação brasileira e norte-americana também no radar.

    Às 9h40, a moeda americana caía 0,56%, a R$ 5,411. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,26% em julho, abaixo das projeções de analistas.

    Na segunda (11), a moeda americana fechou em alta de 0,13%, cotado a R$ 5,443, e a Bolsa caiu 0,21%, a 135.623 pontos.

    O mercado do dia também seguiu monitorando o plano de contingência do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para empresas afetadas pelas sobretaxas de 50% impostas pelos Estados Unidos.

    A expectativa é que o governo Lula anuncie o plano de ajuda para empresas afetadas pelo tarifaço até terça-feira, como antecipado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

    Segundo apuração da Folha, o Executivo avalia cobrar das empresas que tomarem crédito a manutenção do emprego dos colaboradores. Ou seja, o empresário que tiver acesso a empréstimos a juros mais baratos não poderá demitir.

    O pacote também deve conter o chamado diferimento de impostos federais, como é chamada a postergação do pagamento de tributos, para dar alívio de caixa nesse momento inicial de maior dificuldade após a entrada em vigor do tarifaço. A proposta é que o adiamento seja de no máximo de 90 dias para que o seu impacto seja concentrado neste ano. As tarifas entraram em vigor na quarta-feira (6).

    As medidas da primeira fase do plano serão levadas a Lula em reunião nesta segunda com Alckmin e Haddad, responsáveis pela coordenação dessas medidas. A proposta que será entregue prevê as mesmas taxas de juros para todas as empresas. As notas técnicas que embasam as ações já estão prontas.

    Já as linhas de crédito estarão ligadas ao FGO (Fundo de Garantia de Operações), operado pelo Banco do Brasil, e o FGE (Fundo de Garantia à Exportação), administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Essas linhas serão disponibilizadas para bancos públicos e privados.

    Além do plano de contingência, o governo também aposta na via diplomática para tentar chegar a um acordo com os Estados Unidos, embora as iniciativas brasileiras não tenham tido sucesso até agora.

    O Brasil não pretende anunciar tarifas recíprocas, afirmou Lula em entrevista na semana passada, e não vai desistir das negociações comerciais, mesmo que não haja, no momento, interlocução.

    Haddad teria uma conversa com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na quarta-feira, mas o encontro foi cancelado, segundo disse o ministro em entrevista à GloboNews à tarde.

    Ele afirmou que o cancelamento foi informado por email e que não há nova data para a reunião. Segundo ele, o revés é resultado da articulação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.

    “De novo, a militância antidiplomática dessas forças de extrema-direita, que atuam junto à Casa Branca, tomaram conhecimento da minha fala, porque eu dei a público que eu ia me reunir com o Bessent na quarta-feira, e agiram junto a alguns assessores do presidente Trump, e a reunião com ele, que seria virtual na quarta-feira, foi desmarcada”, disse Haddad.

    “Recebemos essa informação um ou dois dias depois do anúncio que eu fiz. Em que o Eduardo, publicamente, deu uma entrevista [dizendo] que ia procurar inibir esse tipo de contato entre os dois governos, porque o que estava em causa não era questão comercial. [Ele] Deixou claro isso em uma entrevista pública”, acrescentou.

    Já o deputado minimizou as falas do ministro em nota divulgada logo após a entrevista, dizendo que não tem controle sobre a agenda de Bessent e que o secretário apenas cumpre as diretrizes determinadas pelo presidente Donald Trump.

    “Haddad prefere culpar terceiros pela própria incompetência, enquanto Lula só fala besteira por aí e inflama a crise diplomática. Há quase duas semanas, o presidente Donald Trump declarou emergência econômica nos EUA, apresentando de forma clara as razões. Até que o Brasil enfrente esses pontos, qualquer reunião será mera encenação -e, portanto, inútil”, afirmou.

    Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo tem liderado uma campanha de lobby em Washington por mais medidas contra o STF (Supremo Tribunal Federal), que tem julgado seu pai no âmbito da trama golpista de 2022.
    Eduardo se reuniu com autoridades do governo Trump e previu corretamente no início deste ano que Washington imporia amplas sanções ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

    À luz da prisão domiciliar do ex-presidente, aliado político de Donald Trump, é possível que os Estados Unidos imponham novas sanções ao Brasil. “Sei que [Trump] tem uma série de possibilidades em sua mesa, desde sancionar mais autoridades brasileiras, até uma nova onda de retiradas de vistos, até questões tarifárias”, disse Eduardo ao Financial Times em uma entrevista por vídeo.

    Por outro lado, há um alento no tarifaço para Gabriel Galípolo, presidente do BC (Banco Central): antes vista como desvantagem, a baixa dependência comercial do Brasil em relação aos EUA passou a ser considerada uma proteção após as sobretaxas.

    Segundo afirmou ele em evento na segunda, economistas têm entendido de que pode haver um aumento de oferta no mercado brasileiro com a tarifa dos EUA, o que tenderia a reduzir preços temporariamente.

    Da outra ponta, Trump assinou um decreto que prorroga por mais 90 dias a pausa nas altas tarifas impostas pelos EUA às importações chinesas, informou uma autoridade da Casa Branca.

    Uma trégua tarifária entre Pequim e Washington estava programada para expirar em 12 de agosto, mas o governo Trump deu a entender que o prazo poderia ser prorrogado.

    Dólar abre em baixa com tarifas dos EUA e inflação em foco

  • IA da rede social de Trump contradiz o próprio presidente dos EUA

    IA da rede social de Trump contradiz o próprio presidente dos EUA

    Lançado em versão beta, o Truth Search AI, da rede social de Donald Trump, tem contrariado o presidente dos EUA em temas como eleições de 2020, tarifas comerciais e o ataque ao Capitólio, classificando o episódio como insurreição violenta

    A chegada do Grok à rede social X estimulou outras plataformas digitais a integrarem bots de conversação para interagir com usuários, e nem a Truth Social rede social do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ficou de fora da tendência.

    Segundo o Washington Post, o bot de conversação Truth Search AI tem contrariado algumas declarações do próprio Trump. A ferramenta afirmou que tarifas são um imposto para a população norte-americana, que as eleições de 2020 não foram fraudadas e que investimentos de Trump em criptomoedas podem representar um potencial conflito de interesse. O bot também classificou o episódio de 6 de janeiro de 2021, no Capitólio, como uma insurreição violenta motivada por “alegações infundadas de fraude eleitoral”.

    “O próprio sistema de inteligência artificial deles é progressista demais para eles”, disse David Karpf, professor da Universidade George Washington, destacando que as tentativas da administração Trump de reescrever a narrativa e moldar percepções sobre o passado não têm obtido sucesso. Para ele, é possível tentar alterar a “verdade” atual, mas não apagar declarações antigas que permanecem registradas.

    O Truth Search AI foi lançado na semana passada, ainda em versão beta e em fase de testes. O Washington Post apurou que a ferramenta cita veículos de mídia conservadores, como Fox News e Newsmax, mas não revela as fontes exatas usadas para formular suas respostas.

    IA da rede social de Trump contradiz o próprio presidente dos EUA

  • Ipsos/Ipec: 75% dos brasileiros veem 'tarifaço' como decisão de natureza política

    Ipsos/Ipec: 75% dos brasileiros veem 'tarifaço' como decisão de natureza política

    A percepção de que a decisão de Trump tem motivação política é majoritária em todos os segmentos demográficos, mas se destaca especialmente entre os entrevistados de 45 a 59 anos (80%) e entre os moradores das Regiões Nordeste e Sudeste (77% em cada)

    Um levantamento feito pela Ipsos-Ipec mostra que 75% dos brasileiros veem o \”tarifaço\” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil como uma decisão de natureza eminentemente política. Segundo a pesquisa, somente 12% dos entrevistados acreditam que a medida se baseia em uma questão puramente comercial, enquanto 5% dizem tratar tanto de questões comerciais quanto políticas. Outros 8% optaram por não responder ao questionamento.

    A percepção de que a decisão de Trump tem motivação política é majoritária em todos os segmentos demográficos, mas se destaca especialmente entre os entrevistados de 45 a 59 anos (80%) e entre os moradores das Regiões Nordeste e Sudeste (77% em cada). Esses índices superam os observados nas demais regiões: Norte/Centro-Oeste (71%) e Sul (72%).

    A crença de motivação política também é mais acentuada entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno de 2022 e entre aqueles que votaram em branco ou anularam o voto (79% em cada um dos grupos). Já entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, esse índice cai para 73%.

    Reação

    A pesquisa revela que o Brasil está dividido sobre como reagir às tarifas impostas pelos Estados Unidos, com posições fortemente influenciadas pelo voto no segundo turno de 2022. Em relação à proposta de reavaliar a parceria comercial e se distanciar dos EUA, 47% discordam, sendo 30% totalmente e 17% em parte, enquanto 46% concordam, 28% totalmente e 18% em parte. A polarização política é evidente: 61% dos eleitores de Lula defendem o distanciamento, contra 65% dos eleitores de Bolsonaro que se opõem.

    A ideia de retaliar “na mesma moeda”, aplicando tarifas igualmente altas sobre produtos americanos, também divide: 49% concordam (33% totalmente e 16% em parte) e 43% discordam (13% totalmente e 30% em parte). Neste cenário, 61% dos eleitores de Lula apoiam a retaliação, enquanto 56% dos eleitores de Bolsonaro são contrários.

    O ponto de maior consenso é a busca por novos parceiros comerciais. Para 68% dos entrevistados, o País deveria priorizar acordos com nações como China e União Europeia, sendo 45% totalmente e 23% em parte. O apoio é mais alto entre eleitores de Lula (75%), mas também é majoritário entre os de Bolsonaro (59%).

    Há também preocupação de que o embate com os Estados Unidos possa isolar o Brasil internacionalmente: seis em cada dez concordam com essa afirmação, sendo que essa preocupação é mais forte entre eleitores de Bolsonaro (70%) do que entre os de Lula (53%).

    Consumo

    No campo do consumo, caso o tarifaço prejudique a economia, a principal reação declarada pelos brasileiros seria priorizar produtos nacionais (39%). Já 22% afirmam que deixariam de comprar produtos americanos. Outras reações citadas incluem apoiar políticos que defendam o distanciamento dos EUA e acordos com outros países (9%), cancelar ou adiar viagens para os Estados Unidos (5%) e manifestar críticas à medida adotada por Donald Trump em redes sociais ou espaços públicos (3%). Do total, 10% dizem que não tomariam nenhuma medida e 13% preferiram não responder.

    Imagem dos EUA

    Segundo a pesquisa, antes da imposição das tarifas, a imagem dos Estados Unidos era predominantemente positiva: 48% a avaliavam como ótima ou boa. Outros 28% a consideravam regular, enquanto 15% tinham uma visão ruim ou péssima. Já 8% não souberam ou preferiram não responder.

    Após o anúncio das tarifas mais altas sobre produtos brasileiros, a percepção piorou de forma significativa: 38% da população dizem que sua imagem dos Estados Unidos mudou para pior. Para 51%, ela permaneceu igual, e apenas 6% afirmam ter melhorado sua visão sobre o país.

    O impacto negativo foi mais intenso entre os eleitores de Lula, dos quais 52% passaram a ter uma imagem pior dos EUA. Entre os eleitores de Bolsonaro, esse índice cai para 26%, enquanto 60% afirmam que a percepção permaneceu a mesma. A piora também é mais acentuada entre católicos (42%) do que entre evangélicos (32%).

    O levantamento foi realizado entre 1º e 5 de agosto de 2025, com 2.000 brasileiros de 16 anos ou mais, e tem margem de erro de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

    Ipsos/Ipec: 75% dos brasileiros veem 'tarifaço' como decisão de natureza política

  • Madrugada de hoje terá pico da chuva de meteoros; entenda

    Madrugada de hoje terá pico da chuva de meteoros; entenda

    Fenômeno atinge maior intensidade na madrugada de 12 para 13 de agosto. Melhor observação será nas regiões Norte e Nordeste, com céu limpo e longe de luzes artificiais, apesar da interferência da Lua quase cheia

    A chuva de meteoros Perseidas, um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, terá seu pico de atividade na madrugada de terça, 12, para quarta-feira, 13. O fenômeno é provocado pela passagem do cometa 109P/Swift-Tuttle e, em condições ideais, pode gerar entre 25 e 100 meteoros por hora.

    Embora seja mais visível no hemisfério norte, as Perseidas também poderão ser observadas no Brasil, com maior intensidade nas regiões Norte e Nordeste, onde o radiante, ponto de origem aparente dos meteoros na constelação de Perseu, fica mais alto no horizonte. No Sul e no Sudeste, a observação será mais difícil devido à baixa elevação da constelação e à presença da Lua quase cheia, que reduz o contraste no céu.

    Para aumentar as chances de visualização, especialistas recomendam buscar locais afastados da poluição luminosa e com boa visibilidade para o horizonte norte. Utilizar obstáculos naturais ou construções para bloquear a luz da Lua também pode ajudar.

    As Perseidas começaram em 17 de julho e seguem ativas até 24 de agosto. O pico previsto para esta semana deve concentrar a maior parte dos meteoros visíveis a olho nu.

    Madrugada de hoje terá pico da chuva de meteoros; entenda

  • Em telefonema, Lula e Xi discutem 'parceria estratégica bilateral' entre o Brasil e a China

    Em telefonema, Lula e Xi discutem 'parceria estratégica bilateral' entre o Brasil e a China

    Lula e Xi falaram sobre “a parceria estratégica bilateral” entre o Brasil e a China e “saudaram os avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países”

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, na noite desta segunda-feira, 11, informou a Secretaria de Comunicação Social (Secom), em nota. A ligação durou cerca de uma hora.

    Lula e Xi falaram sobre “a parceria estratégica bilateral” entre o Brasil e a China e “saudaram os avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países”.

    Os dois líderes também se comprometeram “a ampliar o escopo da cooperação para setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites”, segundo a nota da Secom. “Ambos os presidentes também destacaram sua disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias.”

    “A atual conjuntura internacional e os esforços recentes pela paz entre Rússia e Ucrânia” também foram discutidos, de acordo com o comunicado.

    O líder chinês ainda informou que enviará “uma delegação de alto nível” à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em novembro. Xi disse que “vai trabalhar com o Brasil para o êxito da conferência”, segundo a Secom.

    Em telefonema, Lula e Xi discutem 'parceria estratégica bilateral' entre o Brasil e a China

  • 'FT': Eduardo Bolsonaro prevê nova onda de sanções dos EUA ao País por julgamento de Bolsonaro

    'FT': Eduardo Bolsonaro prevê nova onda de sanções dos EUA ao País por julgamento de Bolsonaro

    Eduardo Bolsonaro afirma que “Moraes queimou todas as suas opções” e que o presidente dos EUA, Donald Trump, “ainda não. Trump ainda tem a opção de dobrar sua aposta com base na reação de Moraes”

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 11, em entrevista ao Financial Times, que os Estados Unidos devem intensificar a pressão contra o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, impondo novas sanções a ministros que não encerrem o julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, réu acusado de coordenar um golpe de Estado. Eduardo lidera uma campanha de lobby em Washington para que os EUA tomem medidas contra a corte brasileira para evitar uma eventual prisão do ex-presidente.

    “Eu sei que Trump tem uma série de possibilidades sobre a mesa, desde sancionar mais autoridades brasileiras, até uma nova onda de revogação de vistos, até questões tarifárias”, disse Eduardo ao FT. Segundo ele, Washington deve ampliar penalidades após o governo americano já ter aplicado sanções ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo.

    Eduardo Bolsonaro afirma que “Moraes queimou todas as suas opções” e que o presidente dos EUA, Donald Trump, “ainda não. Trump ainda tem a opção de dobrar sua aposta com base na reação de Moraes”. Entre as possíveis retaliações, ele cita a chance de sanções contra a esposa de Moraes, “que é seu braço financeiro”, além de revogação de vistos a aliados do ministro. A ameaça de retaliações já havia sido estendida a aliados de Moraes na semana passada, em publicação feita pela Embaixada dos EUA no Brasil.

    Ao FT, o deputado destacou ainda que pretende ainda levar o tema à Europa para pressionar por sanções contra a corte brasileira no Parlamento Europeu. “Eu quero levar as sanções dos EUA à atenção dos parlamentares europeus para que ele possa ser sancionado lá”, afirmou.

    Apesar das críticas internas, que acusam sua campanha de prejudicar exportações e empregos no Brasil, Eduardo defende que sua atuação visa “salvar a democracia” e admite estar preparado para “as pessoas da esquerda que possam me insultar e criticar”.

    'FT': Eduardo Bolsonaro prevê nova onda de sanções dos EUA ao País por julgamento de Bolsonaro

  • Motta diz não haver clima para anistia ampla e fala da gravidade de plano para matar autoridades

    Motta diz não haver clima para anistia ampla e fala da gravidade de plano para matar autoridades

    Para que seja pautada, Motta afirmou que a anistia, assim como o fim do foro privilegiado, tem que conquistar maioria no colégio de líderes, órgão que discute o que será votado a cada semana

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, em entrevista à revista Veja, que não há ambiente entre os deputados para uma anistia ampla, geral e irrestrita -expressão que bolsonaristas têm usado para se referir a uma medida que livre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu acusado de golpismo, de uma condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    “O que eu sinto, do contato que tenho com os parlamentares, é que há uma certa dificuldade com anistia ampla, geral e irrestrita. Até porque nós tivemos o planejamento de morte de pessoas, isso é muito grave. Não sei se há ambiente para anistiar quem agiu dessa forma, penso que não”, afirmou Mottta nesta segunda-feira (11).

    O presidente da Câmara acrescentou ainda, porém, que a anistia “deve ser amplamente debatida” -tanto seu conteúdo como a possibilidade de ser levada para a votação no plenário.

    Para que seja pautada, Motta afirmou que a anistia, assim como o fim do foro privilegiado, tem que conquistar maioria no colégio de líderes, órgão que discute o que será votado a cada semana. Há um acordo entre PL e o centrão para que as medidas sejam levadas ao plenário, mas o PT, por exemplo, se opõe.

    “Quando tiver uma maioria construída, jamais essa presidência irá obstruir as pautas de votação”, afirmou Motta. “O colégio de líderes é o foro adequado, sempre procuramos trazer a pauta de consenso, como sempre foi no colégio e seguirá sendo”, disse ainda, ressaltando que ele não tem “preconceito com nenhuma pauta”.

    Na opinião dele, a tomada das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado por bolsonaristas, na semana passada, acabou fazendo com que as pautas da oposição perdessem apoio, já que “a larga maioria, mais de 400 parlamentares, não concordam com esse formato de obstrução”.

    Como resultado do motim, o centrão e o PL se aliaram para pressionar que a mudança de foro e uma proposta para blindar congressistas contra ações do STF sejam levadas para a votação nesta semana.

    Motta ainda criticou Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do mandato nos EUA, de onde comanda uma campanha para que Donald Trump pressione as autoridades brasileiras a livrar Bolsonaro.

    “Não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas tragam danos à economia do país [de origem]. Isso não pode ser admitido”, afirmou o presidente da Câmara, referindo-se ao tarifaço.

    “Eduardo Bolsonaro poderia até estar defendendo politicamente algo que ele acredita, defendendo a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas nunca atentando contra o país. Quando isso acontece, eu penso que nem os seus eleitores, nem os seus apoiadores concordam”, completou.

    Ele acrescentou, porém, que o caso de Eduardo será tratado no Conselho de Ética como qualquer outro.

    Motta diz não haver clima para anistia ampla e fala da gravidade de plano para matar autoridades