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  • Dez presidentes brasileiros já foram presos; saiba o motivo de cada um

    Dez presidentes brasileiros já foram presos; saiba o motivo de cada um

    Entenda como foi a prisão de 10 presidentes do Brasil!

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A lista de presidentes do Brasil já presos aumentou nesta semana com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). O ex-mandatário foi alvo da ação depois de ter descumprido medida cautelar de não usar as redes sociais, mesmo por intermédio de terceiros, ao participar de manifestações no dia 3 de agosto.

    Com isso, ele é o décimo presidente do Brasil já preso. A lista tem, desde a redemocratização, mais três nomes: o presidente Lula (PT), Michel Temer (MDB) e Fernando Collor.

    Além desses casos, já foram presos na história republicana mandatários ou ex-mandatários suspeitos ou acusados de crimes políticos, em meio a crises e golpes.

    Entenda como foi a prisão de 10 presidentes do Brasil.

    LULA (2023-2026)

    Desde a redemocratização, Lula (PT) foi o primeiro a ser preso, depois de ter sido condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, em 2018. Preso por 580 dias, o petista posteriormente teve a pena anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    Antes de ser detido, Lula ficou alojado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, e se entregou após dois dias no local. O período na prisão foi cumprido integralmente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em uma sala adaptada.

    JAIR BOLSONARO (2019-2022)

    Em prisão domiciliar desde o dia 4 de julho por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. O ex-presidente falou com aliados, pelo celular, durante manifestações bolsonaristas no dia anterior.

    Moraes entendeu que a ação descumpria medida cautelar impedindo o uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros. O político é investigado em um inquérito que envolve um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atentado à soberania, dentre outros crimes.

    Ele também é réu em uma ação penal que investiga uma tentativa de golpe iniciada em 2022 para impedir a posse do presidente Lula.

    MICHEL TEMER (2016-2019)

    Michel Temer (MDB) foi preso preventivamente em duas ocasiões em 2019, por um total de dez dias, também em um desdobramento da Operação Lava Jato.

    Na primeira, foi detido em São Paulo e levado ao Rio de Janeiro. Na segunda, ficou na superintendência da PF na capital paulista. Conseguiu habeas corpus e não chegou a ser sentenciado nos processos.

    COLLOR (1990-1992)

    Collor foi condenado pelo STF em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena foi fixada na ocasião em oito anos e dez meses de reclusão. Em abril de 2025, ele foi preso também por decisão de Moraes. O ex-presidente foi liberado para cumprir pena em regime domiciliar em março do mesmo ano.

    A denúncia tinha sido apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) em agosto de 2015, no âmbito da Lava Jato. Ele foi acusado de receber propina de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

    A defesa sustentou ao Supremo que as acusações contra o ex-presidente são baseadas apenas em delações premiadas.

    JÂNIO QUADROS (1961)

    Jânio Quadros foi detido em 1968, durante a ditadura militar, por ter feito críticas ao regime. Por ordem do governo, ficou temporariamente “confinado” a Corumbá, que hoje integra Mato Grosso do Sul. Ele era natural de Campo Grande.

    Jânio havia tido seus direitos políticos suspensos em abril de 1964. Ele tomou posse três anos antes e renunciou depois de sete meses. O resultado foi uma grave crise política que desembocou no golpe de 64.

    JUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961)

    Com direitos políticos cassados pela ditadura, Juscelino Kubitschek foi aprisionado em um quartel após a edição do AI-5, em 1968, que endureceu o regime. Em seguida, passou um mês em prisão domiciliar.

    Conhecido pelo lema 50 anos em 5 e pela proposta de modernizar o Brasil, o político morreu vítima de um acidente de carro na via Dutra, no estado do Rio de Janeiro. A morte gerou luto oficial de três dias e cortejo fúnebre no cemitério do Campo da Esperança, em Brasília.

    CAFÉ FILHO (1954-1955)

    Café Filho assumiu o poder depois da morte de Getúlio Vargas, mas teve problemas de saúde e se afastou do cargo. Ao tentar voltar para o posto, teve a casa cercada pelo Exército.

    Ficou incomunicável em seu apartamento antes de ter seu impedimento votado pelo Congresso durante a crise que precedeu a posse de JK.

    WASHINGTON LUÍS (1926-1930)

    A Era Vargas teve dois ex-presidentes presos. O primeiro foi Washington Luís, que, deposto pelo levante liderado por Getúlio Vargas em 1930, foi detido e partiu para o exílio.

    Antes de se tornar presidente do Brasil em 1930, foi vereador em São Paulo, prefeito da cidade, deputado estadual e governador.

    ARTUR BERNARDES (1922-1926)

    Artur Bernardes perdeu a liberdade duas vezes. Primeiro em 1932, ao apoiar a Revolução Constitucionalista. Na ocasião, foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro. Depois, se exilou em Lisboa, mas voltou ao Brasil ao receber anistia em 1934.

    A segunda prisão ocorreu em 1939, após Vargas decretar o Estado Novo. Antes disso, teve liberdade de locomoção restrita ao Rio de Janeiro e Viçosa, em Minas Gerais, cidade onde nasceu em 1875.

    HERMES DA FONSECA (1910-1914)

    Então presidente do Clube Militar, Hermes teve a prisão decretada, em julho de 1922, pelo próprio presidente Epitácio Pessoa. Hermes havia contestado a repressão do governo contra grupos insatisfeitos com a eleição de Artur Bernardes para o Palácio do Catete.

    Após sofrer um infarto, o ex-presidente foi liberado, voltando a ser preso dias depois, com a revolta no Forte de Copacabana. Com o tenentismo em seu pé, Epitácio decretou estado de sítio.

    O ex-presidente seria libertado após um habeas corpus no Supremo em seu favor em janeiro de 1923. Doente, morreu em setembro daquele ano.

    Dez presidentes brasileiros já foram presos; saiba o motivo de cada um

  • Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

    Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

    São 272 lotes para o estado de São Paulo. Entre os destaques, estão um iPhone por R$ 410 e um Xbox por R$ 400

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Interessados em participar do leilão da Receita Federal do mês de agosto poderão apresentar seus lances a partir desta quinta (7), às 8h, e até segunda-feira (11), às 21h. São 272 lotes para o estado de São Paulo. Entre os destaques, estão um iPhone por R$ 410 e um Xbox por R$ 400. Os lances que foram selecionados serão apresentados na terça (12), às 10h.

    Para apresentar propostas, é preciso acessar o portal da Receita Federal e clicar em “Participar de leilão eletrônico”. Na tela seguinte, será preciso fornecer senha do portal Gov.br. Em seguida, clicar novamente em “Participar de leilão eletrônico da Receita Federal”, do lado esquerdo da tela, e selecionar o lote 0800100/000005/2025, de São Paulo.

    Dentro do sistema, será possível escolher o lote que deseja dar lance e clicar em “Incluir proposta”, aceitar os termos e as condições expressas pela Receita, digitar o valor da oferta e salvar.

    É possível agendar visitas aos lotes somente até esta sexta (8), nas cidades de Guarulhos, Bauru, Araraquara, São Paulo, São Bernardo do Campo, Barueri, Santos, Guarujá e Campinas. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital.
    O edital com todas as informações detalhadas sobre lotes e prazos está disponível no site oficial do leilão, em “Consultar leilões da Receita Federal”, na área de “Serviços”.

    O QUE É OFERTADO?

    Entre os destaques, no lote 95, é leiloado um iPhone 14 por R$ 410 no lance inicial. Dois iPhones 15 custam a partir de R$ 3.500 no lote 200 -no varejo, apenas uma unidade do modelo pode chegar a mais de R$ 4.000. Nos lotes 201 e 202, há iPhones 11 e 15 leiloados a partir de R$ 1.000 e R$ 4.000. No lote 203, três iPhones 15 com quatro fones de ouvido Airdots começam custando R$ 7.000 juntos.

    Ainda, dois iPhones 15 e vários smartwatches, fones de ouvido, tablets e acessórios eletrônicos diversos estão reunidos no lote 82, a R$ 9.750 no lance inicial. O lote 87 também reúne grande quantidade de iPhones, do 11 ao 14, começando em R$ 8.600.

    Dos lotes 231 a 262, smartphones de diversas marcas são leiloados a preços que variam de R$ 1.400 a R$ 3.680. Para todos estes, é vedada a destinação comercial, ou seja, só podem ser arrematados para uso pessoal.

    Na parte de videogames, um Xbox é encontrado a partir de R$ 400 no lote 223, e um Playstation 4 é leiloado a partir de R$ 1.000 no lote 26. Óculos de realidade virtual começam a R$ 2.000 no lote 48. Dois notebooks têm lances iniciais de R$ 500 no 228.

    Para quem se interessa por drones, quatro deles são leiloados no lote 99, junto com demais componentes eletrônicos, como impressoras, rádios e antenas, a R$ 7.000 no total o lance inicial. No lote 137, dois drones são leiloados a partir de R$ 1.300, também com artigos de pesca e acessórios de carro.

    O leilão também tem joias. O lote 41 leiloa pulseira e colar da Van Cleef & Arpels a partir de R$ 30 mil; o lote 51 tem brincos Dolce & Gabanna por R$ 3.500 no lance inicial; e o 52 vende bracelete de couro da Versace por R$ 800 pelo menos. Ainda há uma pulseira Kenneth Jay Lane por R$ 500 no lote 42 e anel de prata Pyrrha por R$ 1.200 no lote 53, nos lances iniciais. Um relógio ainda na caixa da marca Garmin, do modelo Forerunner 265, é leiloado a partir de R$ 3.000 no lote 9.

    No setor de instrumentos musicais, uma guitarra Gibson Les Paul Standard 70th Anniversary 2022 começa a R$ 7.000 no lote 21. E um violão Taylor tem lances iniciais de R$ 16 mil no lote 25. Um disco de vinil aparece a R$ 200 no lote 227.

    Ainda há câmeras fotográficas Canon no lote 46, com um kit por R$ 3.420, e uma Insta360 no 45, a R$ 1.800. O lote 102 está cheio de equipamentos a R$ 31.400 no total no valor de partida.

    Na área de automóveis, entre os modelos mais recentes, um Volkswagen Fox 2024 fica a partir de R$ 18 mil no lote 166. Um Chevrolet Onix 2024 começa a R$ 24 mil no lote 167. E uma Opel Mokka 2018 está por R$ 20 mil no 195.

    Além disso, um Volkswagen Up 2016 e um Toyota Corolla 2004 são leiloados, juntos, a R$ 9.300 no lote 83. Um modelo Gol 2015 está no lote 84 a partir de R$ 5.100. Um Honda Civic 2011 é ofertado a partir de R$ 6.750 no lote 85. E dois Fiat Palio, um de 2003 e outro de 2008, são leiloados a partir de R$ 3.600 no lote 86.

    Um Uno Mille 1996 está a R$ 1.200 no lote 88; um Corsa 1996 a R$ 1.560 no lote 90; e um Ford Focus 2006 a R$ 1.900 no 91, todos nos lances iniciais. Já os lotes 154 e 155 leiloam veículos grandes -um com sete lugares- a R$ 48 mil e R$ 24 mil.

    Segundo o edital, os veículos estão estacionados há algum tempo, e por isso as baterias podem estar descarregadas, e os pneus, murchos. Alguns, inclusive, não têm bateria, chaves ou rodas. Além disso, a maioria dos veículos não está com o licenciamento em dia, o que impede a circulação até a regularização da documentação, conforme a legislação de trânsito.

    Multas, encargos e débitos fiscais serão de responsabilidade do proprietário do veículo à época da prática da infração. Serão emitidos novos documentos de licenciamento dos veículos em favor de quem arrematá-los, de acordo com o edital.

    CALENDÁRIO DO LEILÃO

    • Período de apresentação das propostas – 8h de 7 de agosto até 21h de 11 de agosto
    • Período de visitação – 4 e 8 de agosto
    • Sessão pública para classificar e ordenar propostas – 9h de 12 de agosto
    • Apresentação dos lances – 10h do dia 12 de agosto
    • Retirada de lotes arrematados – Em até 30 dias após leilão

    QUEM PODE PARTICIPAR?

    As pessoas físicas que desejarem participar precisam ter mais de 18 anos -ou ser emancipada-, CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e selo de confiabilidade prata ou ouro no portal Gov.br.

    As empresas interessadas devem ter o cadastro regular no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e também ter selo de confiabilidade prata ou ouro.

    Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

  • Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra prisão domiciliar e pede sessão presencial

    Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra prisão domiciliar e pede sessão presencial

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4), por decisão do ministro Alexandre de Moraes

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quarta-feira (6) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a revisão da decisão que colocou o ex-presidente em prisão domiciliar. De acordo com os advogados, a divulgação de imagens de Bolsonaro nas redes sociais e nos atos que pediram anistia no domingo (3) está fora do controle dele.

    “Insista-se, o ex-presidente nao foi proibido de dar entrevistas ou de se manifestar, e como ja alertado, nao detem controle sobre terceiros que possam repercutir o conteudo decorrente sem a sua participacao direta ou indireta. Trata-se de verdadeiro desdobramento incontrolavel, alheio a sua vontade ou ingerencia”, disseram os advogados.

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4), por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O relator entendeu que ele descumpriu as determinações dadas por ele e referendadas pela Primeira Turma e, por isso, aplicou a medida.

    A defesa do ex-presidente também pede que o recurso apresentado seja analisado pelo colegiado em sessão presencial.

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato. No telefonema, o ex-presidente se limitou a dizer: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    “A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos. O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares –pela segunda vez– deve sofrer as consequências legais”, disse o magistrado.

    Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra prisão domiciliar e pede sessão presencial

  • Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

    Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

    A ideia do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é tentar salvar a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira (6) que realizará uma votação remota para contornar o bloqueio de aliados de Jair Bolsonaro (PL) ao plenário da Casa. A ideia é tentar salvar a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

    Essa faixa de isenção está em vigor por causa de uma MP (medida provisória) editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que elevou o valor isento de até R$ 2.259,20 para até R$ 2.428,80 -uma correção de 7,5%. A iniciativa isenta os contribuintes com renda mensal de até R$ 3.036 (equivalente a dois mínimos) porque se soma ao desconto simplificado de R$ 607,20.

    A MP que determina esses valores, no entanto, perderá a validade se não for aprovada pelo Congresso até segunda-feira (11). Um projeto de lei foi votado pela Câmara em junho para garantir a isenção, mas depende de aprovação pelo Senado até essa data. Se isso não ocorrer, a faixa de renda isenta voltará aos patamares anteriores a partir de terça (12).

    “Determinei que a sessão deliberativa do Senado Federal de amanhã, quinta-feira (7), às 11h, seja realizada temporariamente em sistema remoto. A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”, anunciou Alcolumbre por meio de nota.

    O presidente do Senado se manifestou depois de uma reunião com líderes de bancada aliados e de oposição em sua casa, em Brasília. No encontro, Alcolumbre defendeu sua prerrogativa de comandar sessões no plenário e recebeu apoio da maioria dos presentes.

    “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, afirmou Alcolumbre. Ele já havia classificado o movimento da oposição como uma ação arbitrária.

    “Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, declarou ele.

    O líder do PSB no Senado, Cid Gomes (CE), disse na saída da reunião que Alcolumbre tolerará a obstrução do plenário do Senado até quinta-feira (6).

    “Semana que vem, o que eu ouvi do presidente, é que ele não aceitará”, declarou o senador. “É como quem diz ‘por bem ou por mal semana que vem o plenário tem que estar livre’”, disse Cid Gomes.

    Davi Alcolumbre também disse aos senadores que não dará andamento ao pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Bolsonaristas têm recolhido assinaturas de apoio à proposta, mas ela depende de uma decisão do presidente do Senado para prosperar.

    Os líderes da base deixaram a casa de Alcolumbre, mas os de oposição continuaram no local. Eles reivindicavam uma reunião sozinhos com o presidente do Senado.

    Os plenários da Câmara e do Senado estão ocupados por deputados e senadores bolsonaristas desde terça-feira (5). O movimento veio depois de Moraes colocar Bolsonaro em prisão domiciliar.

    No domingo (3), durante atos por anistia a réus da trama golpista, o ex-presidente apareceu em vídeos exibidos por apoiadores. Bolsonaro, que é um dos réus nesse processo, estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas. Moraes deu a ordem de prisão no dia seguinte.

    Os aliados do ex-presidente pressionam para que as casas votem os projetos que chamaram de “pacote da paz”: a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o fim do foro especial.

    Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

  • Gilmar diz que Moraes tem apoio e confiança do STF após decisão de prender Bolsonaro

    Gilmar diz que Moraes tem apoio e confiança do STF após decisão de prender Bolsonaro

    Gilmar Mendes negou ainda que Moraes estivesse isolado na corte e elogiou a atuação do colega

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta quarta-feira (6) que não há desconforto na corte após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Questionado se havia algum incômodo com a decisão, ele respondeu: “nenhum”. “O Alexandre tem toda a nossa confiança e o nosso apoio”, completou.

    Gilmar negou ainda que Moraes estivesse isolado na corte e elogiou a atuação do colega durante a pandemia e a eleição de 2022, à frente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    “Não tem isolamento algum. Eu tenho muito orgulho de ter Alexandre de Moraes como colega. O Brasil teria se tornado um pântano institucional não fosse a ação de Moraes. O Brasil deve muito à atuação dele durante todo esse período”, completou.

    Como revelou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a decisão de Moraes de decretar a prisão de Bolsonaro irritou outros magistrados do STF.

    Gilmar falou com jornalistas na manhã desta quarta durante um evento da Esfera Brasil e da EMS sobre a indústria farmacêutica. Ele participou de uma mesa ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

    O ministro do STF mencionou ainda o plano golpista para matar Moraes, o que chamou de chocante. “Estamos falando de coisas extremamente sérias.”
    Gilmar criticou ainda a aplicação da Lei Magnitsky pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra Moraes. “Seria inadmissível que nós, nas nossas pretensões comerciais, exigíssemos mudanças de entendimento da Suprema Corte americana. Isso seria impensável. Da mesma forma, isso se aplica ao Brasil.”

    Questionado sobre o tarifaço de Trump, o decano do STF afirmou que “guerras tarifárias de vez em quando são normais”. “O que não é normal é a tentativa de valer-se das tarifas para obter mudanças institucionais. Isso significa afetar a soberania dos países, o que é claramente repudiado e claramente não aceito por nações maduras, como é o caso do Brasil”, disse.

    Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por entender que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeo para apoiadores durante manifestações no domingo (3), algo que foi registrado nas redes inclusive pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho. O ex-presidente estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas.

    A prisão desencadeou uma reação de bolsonaristas, inclusive com a obstrução dos plenários da Câmara e do Senado nesta terça-feira (5), primeiro dia de trabalho do Congresso após o recesso.

    O entorno de Bolsonaro também fez da medida do STF um mote para reforçar a tese de perseguição que já vinha sendo defendida. Eles alegam que o episódio demonstra que Bolsonaro é vítima. Dentro desse quadro, dizem ainda temer pelo quadro de saúde do ex-presidente.

    A decisão de Moraes recebeu críticas reservadas de seus colegas da corte. Ministros do STF se disseram surpreendidos pela prisão, decretada quando alguns deles investiam na pacificação com políticos aliados de Bolsonaro.

    A principal reclamação está relacionada à forma como a prisão foi decretada, sem aviso prévio aos demais colegas. Logo após a decisão se tornar pública, os celulares do ministros se encheram de notificações de políticos, juízes e jornalistas em busca de mais informações.

    A frustração também tinha relação com o momento da prisão. Falta um mês para o julgamento no STF sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, e a condenação de Bolsonaro é tida como certa.

    Para três ministros ouvidos pela reportagem, a prisão domiciliar poderia ser interpretada como uma antecipação da pena, e a conturbação política gerada por uma decisão dessas contra ex-presidente da República era considerada certa.

    Apesar do desconforto, a expectativa nesta quarta-feira (6) era que recurso contra a prisão domiciliar do ex-presidente fosse derrubado na Primeira Turma com o placar confortável de 4 a 1.

    Segundo o relato dos ministros, o respaldo que Moraes ainda tem se dá em boa parte porque a prisão de Bolsonaro já era considerada pelo Supremo. A avaliação interna é que o ex-presidente tentou coagir o tribunal ao acumular ataques contra os ministros.

    Um integrante do STF afirmou, sob reserva, que, se o réu fosse uma pessoa comum, a prisão teria sido determinada há meses.

    A prisão domiciliar acabou, portanto, sendo uma saída imprescindível para não desmoralizar o Supremo diante de sucessivos descumprimentos das medidas cautelares, na avaliação desse ministro.

    Dentro do Supremo, a decisão de Moraes de permitir a visita de familiares de Bolsonaro em sua prisão domiciliar sem aviso prévio foi bem recebida.
    A leitura é que as medidas cautelares contra Bolsonaro escalaram de acordo com o avanço do ex-presidente contra o STF. E a permissão rebate acusações de tortura ou violação dos direitos humanos contra o ex-presidente, como bolsonaristas tentam propagar.

    Gilmar diz que Moraes tem apoio e confiança do STF após decisão de prender Bolsonaro

  • Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

    Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

    Para o presidente do Banco Central (BC), a manutenção da administração pública do Pix é importante para impedir conflitos de interesses, caso o sistema fosse gerido por empresas privadas

    O Pix é estratégico e deve permanecer sob gestão pública, disse nesta quarta-feira (6) o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Em evento voltado para o setor de criptoativos, no Rio de Janeiro, ele declarou que falsas narrativas procuram prejudicar uma das infraestruturas mais importantes do Brasil.  

    “O Pix se revela uma infraestrutura estratégica e crítica para o país. É uma segurança para o país que ele possa ser gerenciado e administrado pelo Banco Central”, afirmou.

    Para Galípolo, a manutenção da administração pública do Pix é importante para impedir conflitos de interesses, caso o sistema fosse gerido por empresas privadas. 

    “É muito importante que o Pix permaneça e vai permanecer como uma infraestrutura pública digital que foi desenvolvida pelo Banco Central. Se a gente tivesse qualquer tipo de incumbente sendo gestor do Pix, vocês imaginam os conflitos de interesse que a gente poderia ter a cada decisão de se incluir ou retirar um novo participante do sistema?”, comentou o presidente do BC.

    Galípolo lamentou que o sistema de transferências instantâneas em funcionamento desde 2020 tenha se tornado alvo de fake news. “Infelizmente, a gente está num momento onde, muitas vezes, as coisas são complexas de compreender e elas são capturadas por algum tipo de debate onde as versões podem ser muitas vezes mais interessantes do que os fatos”, afirmou.

    Inclusão financeira

    O presidente do BC destacou os avanços sociais promovidos pelo Pix. Ele ressaltou que a ferramenta facilita a inclusão financeira, ao ampliar o acesso da população à infraestrutura bancária. Atualmente, ressaltou Galípolo, o Pix tem 858 milhões de chaves cadastradas, com 250 milhões de transações diárias, em média.

    O presidente do BC negou qualquer rivalidade entre o Pix e os outros meios de pagamento. Segundo ele, a ferramenta não está provocando prejuízos aos bancos porque as transações com cartões de crédito e de débito aumentaram mais nos últimos anos do que cresciam antes do Pix.

    “Os cartões de débito, pré-pago e, em especial, os de crédito, apresentam uma taxa de crescimento maior do que antes do advento do Pix. O que elimina qualquer ideia de rivalidade ou de que um estaria canibalizando o outro, a partir de alguma lógica que possa tentar ser apresentada”, destacou.

    De 2020 a 2024, o número de transações com cartões de crédito subiu 20,9%. Nos dez anos anteriores, de 2009 a 2019, a taxa de crescimento estava em 13,1%.

    InvestigaçãoDesde o mês passado, o Pix está incluído na investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil. Por meio do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, o governo de Donald Trump pediu esclarecimentos ao Brasil se o Pix impõe barreiras ao comércio e a instituições financeiras estadunidenses.

    O órgão quer investigar se as práticas brasileiras ligadas ao comércio digital e a tarifas preferenciais são “irracionais ou discriminatórias”. Para o escritório, o Brasil pode prejudicar a competitividade de empresas norte-americanas de comércio e serviços de pagamento eletrônico.

    Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

  • Motim bolsonarista inviabiliza Câmara e Motta só consegue abrir sessão após Lira intervir

    Motim bolsonarista inviabiliza Câmara e Motta só consegue abrir sessão após Lira intervir

    A paralisação de parlamentares de extrema-direita em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inviabilizou o funcionamento da Casa por 30 horas

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) só conseguiu voltar à mesa da presidência da Câmara na noite desta quarta-feira (6) após longa negociação mediada por seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL).

    O motim bolsonarista em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inviabilizou o funcionamento da Casa por 30 horas.

    No movimento, parlamentares da oposição ocuparam as mesas dos plenários da Câmara e Senado na terça-feira, impedindo a realização de sessões. Em esquema de revezamento, eles passaram a madrugada no local, que foi isolado pela polícia legislativa, com permissão de entrada apenas de parlamentares.

    Com o motim, os bolsonaristas buscaram pressionar a cúpula do Congresso a pautar a anistia ao ex-presidente e aos participantes do 8 de Janeiro, além do impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que decretou a prisão, e amarras à atuação da corte, principalmente em relação a investigação e processos contra parlamentares.

    Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), passaram o dia em reunião com o PL e com os demais partidos na tentativa de um acordo para desocupação dos plenários de votações, o que não ocorreu.

    Em razão disso, o presidente da Câmara anunciou que abriria a sessão de votação no plenário da Casa às 20h30 desta quarta, o que só ocorreu após as 22h, após intervenção de Lira.

    Motta chegou a ameaçar durante o dia os bolsonaristas de suspensão do mandato por seis meses, mas, ao final, adotou um tom conciliador, no sentido de “resgatar a respeitabilidade da Casa”.

    “[É preciso] não deixarmos que projetos individuais possam estar a frente daquilo que é maior do que todos nós, que é nosso povo. (…) O país precisa estar em primeiro lugar. (…) O que aconteceu nessa casa não foi bom, não foi condizente com nossa história”, afirmou, após sentar de volta na cadeira de presidente da Casa.

    Ele também afirmou que a oposição tem todo direito de se manifestar, mas que isso tem que ser feito obedecendo nosso regimento e nossa Constituição. “O que aconteceu ontem e hoje não pode ser maior do que o plenário”.

    Para sentar em sua cadeira, Motta saiu de seu gabinete, que fica ao lado do plenário, e demorou mais de seis minutos para atravessar o mar de deputados bolsonaristas que ocuparam a Mesa da Câmara desde esta terça-feira em protesto contra a decretação da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Ele chegou a andar de volta ao gabinete após chegar perto da cadeira e ela não ser cedida pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). Após muita conversa e empurra-empurra, foi praticamente arrastado de volta para a cadeira pelo deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), líder da bancada do MDB.

    À tarde, deputados que participaram de reunião com o presidente da Câmara haviam dito que ele baixaria um ato, apoiado pela maioria dos demais partidos, com previsão de suspensão do mandato por seis meses de deputados que permanecessem ocupando a mesa do plenário e impedindo a realização de sessões.

    “Houve consenso para retomar o espaço da cadeira do presidente da Câmara. [Hugo Motta] Deixou claro que quem impedir que ele assuma a presidência da Câmara vai ser suspenso e pode ter o nome enviado para o Conselho de Ética para um processo de cassação”, disse o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ao deixar a reunião.

    De acordo com deputados que participaram da reunião com Motta nesta quarta, o entendimento geral era que uma negociação com os deputados bolsonaristas não poderia se dar sob chantagem, mas somente depois que o comando da Câmara for restabelecido.

    Antes de se reunir com os líderes de partidos, durante a tarde, o presidente da Casa havia estado com os líderes da oposição, deputado Zucco (PL-RS), e com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), na tentativa de que os bolsonaristas encerrassem o protesto, mas não houve acordo.

    De acordo com parlamentares do PL, Sóstenes e Zucco se retiraram após Motta dizer que não colocaria em votação o projeto da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

    SENADO

    No Senado, Alcolumbre anunciou no início da noite que realizará sessão virtual nesta quinta-feira.

    “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, afirmou Alcolumbre, em nota.

    A reunião de Alcolumbre com líderes de partidos políticos terminou no início da noite e, depois, ele seguiu conversando com a oposição isoladamente.

    De acordo com relatos, obteve o respaldo dos demais partidos para realizar sessões presenciais na Casa a partir da semana que vem e afirmou descartar a votação de impeachment de ministro do STF, uma das principais bandeiras do bolsonarismo.

    “Semana que vem, o que eu ouvi do presidente é que ele não aceitará [obstrução], é como quem diz ‘por bem ou por mal semana que vem o plenário tem que estar livre’”, disse o senador Cid Gomes (PDT-CE).

    De acordo com senador, assim como Motta sinalizou, a postura de Alcolumbre também é a de não ceder.

    “O presidente disse que questão de impeachment [de ministro do STF] é atribuição, prerrogativa, dele. Da presidência do Senado. Para usar as palavras dele, ‘não há hipótese de que eu coloque para votar essa matéria’”, acrescentou Cid.

    “E tanto faz um requerimento feito pela, com todo respeito, associação dos catadores de lixo de São Paulo como a assinatura de 80 senadores. O processo não diz respeito ao quórum do Senado. Esse movimento de buscar assinaturas ele deixou claro que não influenciará na decisão dele.”

    Motim bolsonarista inviabiliza Câmara e Motta só consegue abrir sessão após Lira intervir

  • Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

    Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,463, com recuo de R$ 0,043 (-0,78%). Exceto na primeira hora de negociação, a cotação operou em baixa e fechou próxima às mínimas do dia.

    A entrada em vigor da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros nos Estados Unidos não interferiu no mercado financeiro nesta quarta-feira (6). O dólar fechou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês. A bolsa de valores subiu mais de 1% e atingiu o maior nível em duas semanas.

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,463, com recuo de R$ 0,043 (-0,78%). Exceto na primeira hora de negociação, a cotação operou em baixa e fechou próxima às mínimas do dia.

    No menor nível desde 8 de julho, a moeda norte-americana caiu 2,46% apenas nos quatro primeiros pregões de agosto. Em 2025, a divisa recua 11,6%.

     

    O mercado de ações teve um dia de ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 134.568 pontos, com alta de 1,04%. Subindo pela terceira vez seguida, com alta de 1,59% na semana, o indicador está no nível mais alto desde 23 de julho.

    Apesar de o tarifaço do governo Donald Trump passar a valer hoje, o dólar continuou a cair com o aumento das chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) cortará os juros a partir de setembro. Nesta quarta-feira, uma diretora regional do Fed disse que os juros básicos nos Estados Unidos devem cair nos próximos meses.

    Juros menores em economias avançadas estimulam a migração de capitais especulativos para países emergentes, como o Brasil. Nem a imposição de uma tarifa adicional de 25% para a Índia pelo governo Trump reverteu a queda do dólar.

    * com informações da Reuters

    Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

  • Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

    Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

    Nem todo mundo está ficando mais rico – veja como seu país se compara.

    O quanto as pessoas ao redor do mundo ficaram mais ricas (ou mais pobres) no último ano? O Relatório Global de Riqueza do UBS de 2025 revela como o patrimônio líquido mediano mudou entre 2023 e 2024 em dezenas de países. O foco na mediana fornece uma imagem mais clara da situação financeira do cidadão “típico”, ao contrário das médias que podem ser distorcidas por bilionários. Alguns países tiveram ganhos de dois dígitos, enquanto outros lutaram contra a inflação, a desvalorização da moeda ou a desaceleração do crescimento.

    Clique na galeria para ver onde a riqueza cresceu mais rapidamente e onde não.

    Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

  • Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

    Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

    “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula, lembrando que o Brics tem dez países no G20.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (6) que vai conversar com os representantes dos países que integram o Brics sobre a taxação dos Estados Unidos aos produtos desses países. Em entrevista à agência de notícias Reuters, ele informou que pretende ligar para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e para o presidente da China, Xi Jinping.

    “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula, lembrando que o Brics tem dez países no G20, o grupo que reúne 20 das maiores economias do mundo.

    No Brasil, entraram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Também nesta quarta-feira, o  presidente americano, Donald Trump,

    publicou um decreto impondo tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia, com o argumento de que o país importa direta ou indiretamente petróleo russo.

     

    Prioridades

    Segundo Lula, a prioridade do governo brasileiro, nesse momento, é ajudar as empresas brasileiras a encontrar novos mercados para seus produtos e cuidar da manutenção dos empregos. 

    O texto da medida provisória (MP) com as ações planejadas pelo governo em resposta ao tarifaço deve ser enviado ao Palácio do Planalto pelo Ministério da Fazenda ainda nesta quarta-feira (6).

    Lula ressaltou que não vê abertura para negociação com Trump neste momento. 

    “Eu não liguei porque ele não quer telefonema. Não tenho por que ligar para o presidente Trump, porque nas cartas que ele mandou e nas suas decisões ele não fala em nenhum momento em negociação, o que ele fala é em novas ameaças”, disse Lula. 

    Lula reafirmou que quer fazer tudo o que for possível antes de “tomar outra medida que signifique que as negociações [com os Estados Unidos] acabaram”. 

    “Eu estou fazendo tudo isso [negociando] quando poderia anunciar uma taxação dos produtos americanos. Não vou fazer porque não quero ter o mesmo comportamento do presidente Trump. Eu quero mostrar que quando um não quer, dois não brigam, e eu não quero brigar com os Estados Unidos”. 

    O presidente lembrou que o Brasil recebeu o comunicado da taxação de forma totalmente autoritária. 

    “Não é assim que estamos acostumados a negociar”, afirmou.  

    Intromissão

    O presidente Lula afirmou que não é admissível que o presidente americano resolva “dar pitaco” no Brasil 

    “Não é uma intromissão pequena, é o presidente da República dos Estados Unidos achando que pode ditar regras em um país soberano como o Brasil. Não é admissível que os Estados Unidos e nenhum país grande ou pequeno resolva dar um pitaco na nossa soberania”, afirmou.

    “Ele que cuide dos Estados Unidos, do Brasil, cuidamos nós. Só tem um dono esse país, e só um dono que manda no presidente da República, é o povo, o povo que elegeu, o povo que pode tirar”.

    O presidente também citou trechos da decisão de Trump que criticam a legislação brasileira sobre as grandes empresas de tecnologia americanas, as big techs. 

    “Esse país é soberano, tem uma Constituição, tem uma legislação. É nossa obrigação regular o que a gente quiser regular de acordo com os interesses e a cultura do povo brasileiro. Se não quiser regulação, saia do Brasil”, disse Lula.

     

    Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos