Categoria: Uncategorized

  • Alckmin participa da abertura da pré-COP em Brasília

    Alckmin participa da abertura da pré-COP em Brasília

    O evento será realizado em Brasília nesta segunda-feira, às 9h, com 72 delegações confirmadas. O objetivo do encontro é facilitar consensos antes do evento oficial, que será realizado de 10 a 21 de novembro em Belém.

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, vai participar da cerimônia de abertura oficial de abertura da Reunião MInisterial Preparatória da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a pré-COP.

     

    O evento será realizado em Brasília nesta segunda-feira, às 9h, com 72 delegações confirmadas. O objetivo do encontro é facilitar consensos antes do evento oficial, que será realizado de 10 a 21 de novembro em Belém.

     

    Também devem participar da abertura os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, entre outras autoridades.

    Alckmin participa da abertura da pré-COP em Brasília

  • Lula chega a Roma para encontro com papa Leão 14 e evento da ONU sobre a fome

    Lula chega a Roma para encontro com papa Leão 14 e evento da ONU sobre a fome

    Acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, o presidente chegou à capital italiana pouco depois das 10h (5h no horário de Brasília) e foi direto para a Embaixada do Brasil, na praça Navona, onde está hospedado.

    MICHELE OLIVEIRA
    ROMA, ITÁLIA (CBS NEWS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na manhã deste domingo (12) em Roma, onde, nesta segunda (13), será recebido pelo papa Leão 14 e participará de eventos na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

    Acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, o presidente chegou à capital italiana pouco depois das 10h (5h no horário de Brasília) e foi direto para a Embaixada do Brasil, na praça Navona, onde está hospedado.

    O primeiro compromisso oficial será a audiência com o papa, marcada para as 8h15 (3h15 em Brasília). Será o primeiro encontro entre os dois desde que o americano Robert Prevost foi eleito, em maio.

    Desde o primeiro mandato, iniciado em 2003, essa será a terceira vez que Lula será recebido como presidente por um papa no Vaticano. Antes, esteve com Bento 16, em 2008, e Francisco, em 2023. Como presidente, participou dos funerais de João Paulo 2o, em 2005, e de Francisco, em abril. Na posse de Leão 14, em maio, o Brasil foi representado pelo vice Geraldo Alckmin.

    À tarde, Lula estará na sede da FAO, que comemora 80 anos, para a abertura do Fórum Mundial da Alimentação. Está prevista ainda uma reunião sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa do Brasil lançada no G20 do Rio, no ano passado.

    Não há previsão de encontros entre o presidente e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. O petista deve voltar na própria segunda ao país.

    A comitiva do presidente é formada pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).

    Lula chega a Roma para encontro com papa Leão 14 e evento da ONU sobre a fome

  • Michelle chama Lula e Janja de 'casalzinho que demoniza Israel' em evento do PL em Goiás

    Michelle chama Lula e Janja de 'casalzinho que demoniza Israel' em evento do PL em Goiás

    “Nós não vamos aceitar mais essa esquerda maldita governando a nossa nação. Um casalzinho, que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas”, disse Michelle. “Vamos abrir os nossos olhos espirituais. Vamos entender que a mentira está dentro desse povo”, prosseguiu.

    A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez um discurso durante evento do PL Mulher neste sábado, 11, repleto de ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à atual primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, chamando-os de \”casalzinho que demoniza Israel\”.

    \”Nós não vamos aceitar mais essa esquerda maldita governando a nossa nação. Um casalzinho, que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas\”, disse Michelle. \”Vamos abrir os nossos olhos espirituais. Vamos entender que a mentira está dentro desse povo\”, prosseguiu.

    O discurso ocorreu em Rio Verde (GO) em um evento do PL Mulher, grupo do partido do qual Michelle é presidente nacional. A ex-primeira-dama ainda acusou Lula, Janja e outras lideranças de esquerda de frequentar igrejas para \”enganar o povo cristão\”.

    A mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é uma das vozes mais fortes na atual configuração da extrema-direita e tem sido cogitada como possível candidata ou vice em uma eventual chapa em 2026.

    O PL Mulher é a plataforma de Michelle para se inserir na política e angariar o apoio deste grupo historicamente refratário ao bolsonarismo.

    Michelle chama Lula e Janja de 'casalzinho que demoniza Israel' em evento do PL em Goiás

  • Alexandre de Moraes vai a show de Alcione em Brasília e é ovacionado aos gritos de 'sem anistia'

    Alexandre de Moraes vai a show de Alcione em Brasília e é ovacionado aos gritos de 'sem anistia'

    Alcione abriu o show, cantou uma musica e, após isso, afirmou que Moraes havia ido ao camarim falar com ela. Grande parte do público, então, gritou “sem anistia” em referência à tentativa do bolsonarismo de aprovar no Congresso um perdão aos condenados por atos golpistas. Ela dedicou o show ao ministro.

    JOÃO GABRIEL E RANIER BRAGON
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes foi ao show da cantora Alcione na noite deste sábado (11), em Brasília, e foi ovacionado pelo público aos gritos de “sem anistia”.

    Moraes acenou para o público em retribuição.

    Alcione abriu o show, cantou uma musica e, após isso, afirmou que Moraes havia ido ao camarim falar com ela. Grande parte do público, então, gritou “sem anistia” em referência à tentativa do bolsonarismo de aprovar no Congresso um perdão aos condenados por atos golpistas. Ela dedicou o show ao ministro.

    No fim da apresentação, realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, novos gritos de “sem anistia” em direção a Moraes, que estava no camarote acompanhado de outras pessoas. O ministro, então, acenou diversas vezes em retribuição ao público.
    Alcione já manifestou admiração por Moraes, que é relator dos processos relativos à trama golpista ocorrida no governo de Jair Bolsonaro (PL) no final de 2022.

    “Adoro nosso ministro Alexandre de Moraes. Sempre falei para a minha irmã que, se tivesse conhecido ele há mais tempo, eu tinha casado com ele”, afirmou, antes de começar a cantar “Faz uma Loucura por Mim” em um show em março, em São Paulo.

    Alexandre de Moraes vai a show de Alcione em Brasília e é ovacionado aos gritos de 'sem anistia'

  • China ameaça retaliar: 'Não temos medo de brigar'

    China ameaça retaliar: 'Não temos medo de brigar'

    “A China é o único país que tem capacidade e condições de usar a mesma ferramenta contra os EUA – e já fez isso anteriormente”, diz o economista. Segundo Vale, até 1º de novembro, prazo dado por Trump para o início das novas tarifas, o mercado deve atravessar um período de forte volatilidade.

    O anúncio de um novo tarifaço sobre a China, feito na sexta-feira, 10, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem grandes chances de escalar para novas retaliações chinesas nos próximos dias, segundo o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sérgio Vale. Caso a taxa adicional de 100% seja mesmo confirmada, há “grandes chances” de a China anunciar medidas na mesma linha e proporção, afirma.

    “A China é o único país que tem capacidade e condições de usar a mesma ferramenta contra os EUA – e já fez isso anteriormente”, diz o economista. Segundo Vale, até 1º de novembro, prazo dado por Trump para o início das novas tarifas, o mercado deve atravessar um período de forte volatilidade.

    Por meio de um comunicado, a pasta chinesa afirmou que “as recentes contramedidas comerciais da China em relação aos EUA foram ações necessárias e defensivas”, e que “tomará medidas correspondentes para proteger seus direitos” caso os americanos insistam em suas ações. 
    “Ameaçar com tarifas elevadas a cada passo não é a maneira certa de lidar com a China”, disse o Ministério do Comércio. “A China insta os EUA a corrigirem suas práticas equivocadas o quanto antes.” O país afirmou ainda que não quer lutar, mas que não tem medo de lutar.
     

    Na sexta-feira, diferentes indicadores sofreram impacto assim que a retaliação foi anunciada. O petróleo caiu mais de 4% e o Ibovespa futuro registrou queda de 1,15%. As cotações de moedas digitais, como o bitcoin e o ethereum, encolheram 8,23% e 14,56%, respectivamente. Já o dólar futuro para novembro acelerou, com alta de 2,67%.

    Para Vale, o tarifaço de Trump terá efeito inócuo nas demandas pretendidas pelo presidente dos EUA, mas piorará as condições econômicas dentro do país. \”Nada do que ele está propondo vai adiantar em termos de balança comercial, arrecadação ou industrialização dos EUA\”, afirma. \”Ele aprendeu a usar as tarifas como uma arma para fazer bullying contra outros países, mas está apenas afastando-os dos EUA, que está reduzindo seu comércio internacional, se tornando uma economia mais fechada e com maior inflação.\”

    TERRAS RARAS

    Esta semana, a China anunciou restrições às suas exportações de terras raras. O país extrai 70% desses minerais do mundo e realiza o processamento químico de cerca de 90% do fornecimento global. Trump chamou as restrições impostas pela China de \”sinistras e hostis\” e disse que elas \”tornariam a vida difícil para praticamente todos os países do mundo\”.

    \”Na verdade, Trump e as empresas americanas precisam das terras raras chinesas\”, afirma Vale. \”A capacidade de negociação dos EUA, neste caso, não é grande.\”

    No caso da soja, outra reclamação de Trump, o problema é outro. \”Seja por conta do combate à imigração, à alta dos fertilizantes e equipamentos por causa de tarifas, os EUA deixaram de ser competitivo\”, afirma. \”É natural que a China busque soja no Brasil e na Argentina.\”

     

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    China ameaça retaliar: 'Não temos medo de brigar'

  • China defende controle de terras raras; impacto será "muito limitado"

    China defende controle de terras raras; impacto será "muito limitado"

    O Ministério do Comércio da China defendeu hoje a legitimidade das novas restrições impostas esta semana à exportação de terras raras, assegurando que o impacto nas cadeias de abastecimento vai ser “muito limitado”.

    As medidas são “uma ação legítima do governo chinês para ajustar o sistema de controle das exportações em conformidade com as leis e regulamentos”, afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio em comunicado.

    “Os controles de exportação da China não são proibições de exportação, e serão concedidas licenças para pedidos que atendam aos critérios”, disse o porta-voz, acrescentando que Pequim informou antecipadamente os parceiros comerciais sobre as medidas “por meio de mecanismos de diálogo bilateral”.

    “As empresas não precisam se preocupar”, reforçou o porta-voz.

    Pequim reiterou que as restrições têm como objetivo impedir que as terras-raras e seus produtos derivados sejam usados na produção de itens militares ou de defesa, a fim de “defender a paz mundial, a estabilidade regional e cumprir suas obrigações internacionais de não proliferação”.

    O ministério afirmou ainda que a China avaliou detalhadamente o impacto potencial das novas restrições nas cadeias industriais e de suprimento e concluiu que esse impacto “é muito limitado”.

    Na quinta-feira, as autoridades chinesas anunciaram uma nova rodada de restrições à exportação de terras-raras, essenciais para a fabricação de tecnologia avançada, e adicionaram cinco novos metais à lista de produtos controlados.

    A China, que domina mais de 70% da produção mundial e quase 90% da transformação desse material estratégico, tem imposto restrições à exportação como instrumento de negociação desde que os Estados Unidos iniciaram a guerra tarifária, em abril. Ainda assim, recentemente, Pequim flexibilizou parte dessas medidas no contexto da trégua comercial entre as duas potências.

    As terras-raras têm sido um ponto de atrito nas negociações comerciais sino-americanas, com Washington acusando Pequim de atrasar deliberadamente a aprovação de licenças de exportação.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira a imposição de uma sobretaxa de 100% sobre importações da China a partir de novembro, em resposta a medidas comerciais que classificou como “extremamente hostis” por parte de Pequim.

    A partir de 1º de novembro — ou até antes, “dependendo de quaisquer ações ou mudanças futuras tomadas pela China” — os EUA imporão “uma tarifa de 100% sobre a China, além de qualquer tarifa já vigente”, declarou Trump na rede social Truth.

    Ainda no início do próximo mês, segundo o republicano, Washington também imporá controles de exportação contra Pequim sobre “todo e qualquer software crítico”.

    “O anúncio de Donald Trump é um exemplo típico de ‘dois pesos, duas medidas’”, reagiu a China.

    O Ministério do Comércio chinês afirmou que as ações de Washington “prejudicam gravemente os interesses da China e minam (…) o clima das discussões econômicas e comerciais entre as duas partes”.

    “Ameaçar constantemente com tarifas elevadas não é a forma correta de cooperar com a China”, acrescentou o ministério.

    As novas medidas surgem pouco antes da reunião dos líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul, onde se esperava um possível encontro entre os presidentes dos dois países — algo que agora está em dúvida.

    China defende controle de terras raras; impacto será "muito limitado"

  • Lula viaja para Roma para abertura do Fórum Mundial da Alimentação

    Lula viaja para Roma para abertura do Fórum Mundial da Alimentação

    A Aliança foi estabelecida como uma proposta da presidência brasileira do G20 para apoiar e acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca no final da tarde deste sábado (11), na Base Aérea de Brasília, para a Itália. O presidente participa da abertura do Fórum Mundial da Alimentação, na segunda-feira (13), em Roma, evento promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Na sequência, participa da reunião presencial do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

    Copresidida por Brasil e Espanha, a Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza reunirá ministros, representantes de governos, agências da ONU, bancos multilaterais e organizações da sociedade civil. O encontro ocorrerá em formato híbrido e avaliará o progresso da iniciativa desde sua criação, em 2024.

    A Aliança foi estabelecida como uma proposta da presidência brasileira do G20 para apoiar e acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades.

     

    Entre os principais temas estão os avanços da Iniciativa de Implementação Acelerada (Fast Track), que apoia planos nacionais de combate à fome e à pobreza em países como Etiópia, Quênia, Haiti, Ruanda e Zâmbia, com mais de 80 manifestações de interesse por parte de parceiros financeiros e técnicos. 

    Como parte da iniciativa, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está apoiando ativamente o desenvolvimento de nove planos nacionais voltados para acelerar a ação contra a fome, a pobreza e os riscos climáticos.

    De acordo com o Itamaraty, a Aliança está prestes a contabilizar 200 membros, entre países e organismos como agências, programas, instituições universitárias e bancos de desenvolvimento – as principais fontes de financiamento de seus projetos e planos.

    Há, atualmente, 13 pedidos de novos integrantes no grupo, sendo sete do continente africano, dois da América Latina e Caribe, três do sudeste asiático e um do Oriente Médio.

    O presidente Lula também participará, em Roma, da inauguração do espaço onde funcionarão os mecanismos de apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, antes de retornar ao Brasil, ainda no dia 13.

    O convite para a participação de Lula no Fórum partiu do diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, em julho, quando o presidente brasileiro foi informado, por ligação telefônica, de que o Brasil saiu do Mapa da Fome. 

    O Fórum Mundial da Alimentação vai até o dia 18, período em que também serão comemorados os 80 anos de criação da FAO. Criado em 1945, o Fórum Mundial da Alimentação é uma plataforma global para acelerar a transformação dos sistemas agroalimentares, em consonância com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). 

    Estruturado nos pilares Juventude, Ciência e Inovação e Investimentos, o Fórum adota os “quatro melhores” (four betters) que orientam a gestão do diretor-geral, Qu Dongyu: melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e melhor vida.

    A edição de 2025 será marcada por uma série de atividades comemorativas e de reconhecimento de boas práticas em segurança alimentar e agricultura sustentável. 

    “Como parte da iniciativa, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está apoiando ativamente o desenvolvimento de nove planos nacionais voltados para acelerar a ação contra a fome, a pobreza e os riscos climáticos”, disse o Itamaraty.

     

    Lula viaja para Roma para abertura do Fórum Mundial da Alimentação

  • Trump anuncia tarifa adicional de 100% sobre produtos da China a partir de 1º de novembro

    Trump anuncia tarifa adicional de 100% sobre produtos da China a partir de 1º de novembro

    Os Estados Unidos vão aplicar uma tarifa adicional de 100% sobre as importações da China e impor controlos de exportação sobre todo o software essencial fabricado nos EUA a partir de 1 de novembro

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (10) que vai impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos da China a partir do dia 1º de novembro. A tarifa dos EUA sobre produtos chineses em vigor atualmente é de 30%.

    Na mesma data, também serão aplicados controles de exportação para todos os tipos de software crítico, de acordo com a publicação de Trump na plataforma Truth Social.

    O presidente já havia adiantado mais cedo que avaliava um “aumento massivo” nas taxas e que não via motivo para se reunir com o líder da China, Xi Jinping, em três semanas na Coreia do Sul.

    As medidas, segundo o republicano, são uma resposta aos planos da China de “impor controles de exportação para todos os tipos de produtos”, em um movimento descrito por Trump como “obviamente um plano elaborado há muitos anos”. Ele acrescentou que as tarifas adicionais podem ser impostas até antes do dia 1º de novembro, a depender das ações ou mudanças de postura adotadas pela China.

    “Ninguém nunca viu nada parecido, mas, essencialmente, isso ‘entupiria’ os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo, especialmente para a China”, disse ele na publicação.

    Mais cedo, Trump havia dito que não via motivos para se encontrar com Xi Jinping. “Eu deveria me encontrar com o presidente Xi, na Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em português), na Coreia do Sul, mas agora parece não haver motivo para isso.”

    A Casa Branca e a embaixada chinesa em Washington não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

    Um porta-voz do representante de comércio dos EUA recusou-se a comentar, enquanto um porta-voz do Tesouro dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Os dois escritórios lideraram as negociações com Pequim sobre comércio.

    Em setembro, ao anunciar um acordo para manter o TikTok ativo nos EUA, Trump afirmou que pretendia se encontrar com o líder chinês para discutir comércio, drogas ilícitas e a guerra da Rússia na Ucrânia.

    No começo de outubro, o presidente americano voltou a falar do encontro e disse que a soja seria um dos principais tópicos da conversa com Xi Jinping. Pequim nunca confirmou publicamente a reunião entre os líderes.

    Na última quinta-feira (9), a China anunciou novas políticas de controle para a exportação de terras raras, tema crucial na disputa comercial envolvendo as potências. O novo movimento tem como objetivo aumentar o domínio chinês sobre a cadeia de produção de itens que utilizam os minerais raros oriundos do país asiático.

    Com o anúncio, que tem efeito imediato, o país quer restringir o uso para fins militares, proibir cooperação não autorizada entre nações estrangeiras e atingir a fabricação de chips de alta tecnologia.

    Na prática, a China cria um tipo de jurisdição extraterritorial ao exigir licença de exportação para produtos fabricados no exterior que utilizem terras raras de origem chinesa.

    Segundo o porta-voz do Ministério do Comércio, o objetivo principal é salvaguardar a segurança e os interesses da China.

    MERCADO REAGE MAL

    O ataque de Trump à China nesta sexta-feira teve um forte impacto nos preços das Bolsas americanas. O índice S&P 500, composto por ações de grandes empresas, fechou em queda de 2,71%.

    A Bolsa Dow Jones encerrou em queda de 1,90%, enquanto o Nasdaq, com forte presença de empresas de tecnologia, desvalorizou 3,56%. Na semana, os índices caíram 2,73%, 2,43%, e 2,53%, respectivamente.

    Os índices S&P 500 e Nasdaq registraram as maiores quedas percentuais desde 10 de abril.

    No mercado doméstico, o dólar disparou 2,39% e encerrou a semana cotado a R$ 5,503, patamar que não alcançava desde o último mês de agosto. A Bolsa, seguindo as demais praças acionárias globais, fechou em queda de 0,72%, a 140.680 pontos.

    O nervosismo dos investidores acompanhou tanto o embate do presidente dos Estados Unidos com a China quanto o temor sobre o equilíbrio das contas públicas do Brasil.

    Trump anuncia tarifa adicional de 100% sobre produtos da China a partir de 1º de novembro

  • Funcionária fantasma de Motta acumulou salário na Câmara com o de médica em prefeituras

    Funcionária fantasma de Motta acumulou salário na Câmara com o de médica em prefeituras

    Louise Figueiredo de Lacerda é médica nas prefeituras de João Pessoa e Alhandra (PB), cidade a 40 km da capital da Paraíba, e seguia registrada como secretária parlamentar do presidente da Câmara

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Uma funcionária fantasma mantida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), passou a acumular outros dois empregos públicos com as funções que deveria exercer no gabinete, mesmo após a Folha de S.Paulo revelar em julho que ela cursava faculdade em período integral e que chegou a morar em outro estado enquanto estava contratada para atuar como assessora.

    Louise Figueiredo de Lacerda é médica nas prefeituras de João Pessoa e Alhandra (PB), cidade a 40 km da capital da Paraíba, e seguia registrada como secretária parlamentar do presidente da Câmara. A exoneração dela passou a constar do site da Câmara após Motta ser questionado pela Folha de S.Paulo.

    Em julho, a Folha de S.Paulo mostrou que Motta mantinha três funcionárias fantasmas em seu gabinete. Louise, que é filha de um aliado político do presidente da Câmara, era uma delas, a única que havia sido mantida mesmo após a reportagem.

    Na época, ela estudava medicina na Faculdade Nova Esperança, em João Pessoa. Desde então, Louise se formou e conseguiu dois empregos como médica, sem abrir mão do cargo no gabinete de Motta.

    Ela começou no gabinete de Motta em agosto de 2018 com um salário de R$ 2.800, além de R$ 1.800 em auxílio. Ao todo, recebeu cerca de R$ 240 mil para trabalhar para o deputado desde aquele ano até este mês.

    Desde agosto de 2025, Louise também é contratada pela Prefeitura de João Pessoa como médica, com salário de R$ 9.400 mensais. Ela recebeu o pagamento em agosto e setembro, enquanto manteve o cargo no gabinete de Motta.

    Não há informação sobre quanto ela recebe em Alhandra, onde foi contratada em 18 de setembro deste ano, de acordo com sistema do Ministério da Saúde. A sua carga horária lá é de 20 horas semanais.

    O cargo de secretária parlamentar tem jornada de 40 horas semanais e proibição de exercer outra função pública. Não há necessidade de bater o ponto com biometria na Câmara, e Louise é contratada para auxiliar o deputado no estado, na Paraíba, sem qualquer controle efetivo de jornada.

    Procurado na quarta-feira (8), Motta afirmou que Louise não fazia mais parte do seu gabinete. No site da Câmara, atualizado após o contato da reportagem, consta que ela trabalhou até terça (7). O ato de demissão ainda não foi publicado nos boletins administrativos da Câmara.

    Em julho, o presidente da Câmara disse, por meio de sua assessoria, que prezava pelo “cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.

    Louise disse nesta quinta (9) à reportagem que não está mais no gabinete de Motta “tem um tempinho”, mas afirmou não se lembrar o mês em que foi exonerada.

    Ela negou ainda ter um vínculo com a Prefeitura de Alhandra. Questionada sobre quando saiu de lá, disse que “não vinha ao caso”. No sistema do Ministério da Saúde consta que ela ainda está ativa. Hoje, seu único vínculo é com a Prefeitura de João Pessoa, afirmou.

    Em julho, ela desligou o telefone ao ser informada sobre o tema da ligação, não respondeu aos questionamentos da Folha de S.Paulo e bloqueou o número da reportagem no WhatsApp.

    A Prefeitura de João Pessoa informou que ela foi contratada em 31 de julho, “passando a atuar em uma Unidade de Saúde da Família a partir de agosto do mesmo ano, exercendo regularmente suas funções”.

    “No ato da assinatura do contrato, a médica declarou não possuir outro cargo público inacumulável”, acrescentou a gestão municipal.

    A Prefeitura de Alhandra não respondeu aos questionamentos da reportagem.
    Louise entrou no gabinete de Motta em agosto de 2018. Na época, cursava faculdade de farmácia. No ano seguinte, foi aprovada em uma faculdade de medicina e passou seis meses em Mossoró (RN), mesmo contratada para atuar no gabinete na Paraíba.

    No começo de 2020, conseguiu a transferência para uma instituição em João Pessoa, na qual se formou no início de julho. No período, ela ainda foi aprovada para ingressar num curso de extensão em outra faculdade da capital paraibana.

    Louise é filha do ex-vereador Marcílio Lacerda (Republicanos-PB), do município de Conceição (PB).

    Seu pai foi vereador por três mandatos em Conceição. Em 2024, ele se candidatou pelo Republicanos para a prefeitura da cidade. O tio, Nilson de Lacerda, foi prefeito de Conceição e é suplente de deputado estadual, também pelo Republicanos. O presidente da sigla no estado é Motta.

    Há três semanas, Nilson postou em seu perfil no Instagram uma mensagem de parabéns a Motta pelo seu aniversário. Nela, ele diz que o presidente da Câmara é “um grande amigo que me inspira com atitudes, motiva com palavras e ensina com o exemplo”.

    As outras duas funcionárias fantasmas demitidas após reportagem da Folha de S.paulo acumulavam trabalhos.

    Gabriela Pagidis é fisioterapeuta e atendia em duas clínicas particulares em Brasília. Já Monique Magno acumulava o cargo de secretária parlamentar com o de assistente social na Prefeitura de João Pessoa.

    Além desses três casos, a Folha de S.Paulo revelou que Motta emprega em seu gabinete o caseiro de sua fazenda em Serraria (PB), cidade de 6.000 habitantes a 131 km de João Pessoa e a 225 km de Patos (PB), sua base eleitoral.

    O Metrópoles revelou que a chefe de gabinete de Motta, Ivanadja Velloso, tem procurações para movimentar a conta corrente de diversos funcionários do gabinete do parlamentar. O presidente da Câmara tem se recusado a responder sobre o caso a jornalistas.

    Funcionária fantasma de Motta acumulou salário na Câmara com o de médica em prefeituras

  • Dólar dispara 2% com mercado atento a risco fiscal e fim da guerra entre Israel e Hamas

    Dólar dispara 2% com mercado atento a risco fiscal e fim da guerra entre Israel e Hamas

    Governo Lula anunciou novo modelo de crédito imobiliário, que pode aumentar popularidade do presidente; Trump diz não ver razão para se encontrar com Xi Jinping e avalia ‘aumento massivo’ em tarifas

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar está em forte disparada nesta sexta-feira (10), com investidores temerosos sobre o equilíbrio das contas públicas no país.

    A manhã contou com o lançamento do novo crédito imobiliário do governo federal, considerado estratégico para aumentar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às vésperas das eleições de 2026.

    A medida segue a esteira da derrubada da MP dos Impostos no Congresso Nacional, e o mercado, pesando a possibilidade de aumento de gastos por parte do Executivo e a de uma reeleição, vê riscos para os ativos brasileiros e busca proteção no dólar.

    Na ponta internacional, o fim da guerra entre Israel e Hamas e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, também influenciam nas cotações.

    Às 13h51, a moeda disparava 2,11%, cotada a R$ 5,488. No pico da sessão, chegou a 5,495. Já a Bolsa marcava queda de 0,98%, a 140.318 pontos.

    O novo modelo de crédito imobiliário, antecipado pela Folha e divulgado pelo governo federal nesta sexta-feira, prevê a liberação total dos depósitos compulsórios da poupança para ampliar o acesso da classe média à casa própria pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

    As novas regras devem injetar, de forma imediata, pelo menos R$ 20 bilhões em recursos para a contratação de financiamentos para a compra da casa própria. O desenho ainda aumenta o valor máximo dos imóveis financiados por meio do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), que permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para a compra da casa própria. Desde 2018, esse teto é de R$ 1,5 milhão, e agora é de R$ 2,25 milhões.

    A Caixa, além disso, volta a financiar até 80% do valor da casa própria no sistema de amortização SAC (Sistema de Amortização Constante), no qual as parcelas são maiores no início e menores no fim, por causa da diminuição progressiva dos juros.

    O novo modelo deverá ter “plena vigência” a partir de janeiro de 2027.

    As mudanças são vistas como uma forma de alavancar a popularidade do governo Lula antes das eleições de 2026. Como divulgado pela pesquisa Genial/Quaest na véspera, o presidente mantém a liderança nas simulações de primeiro e segundo turno para o próximo ano.

    “Estamos a 12 meses da eleição, e ainda há muito o que acontecer até lá. Os investidores tendem a reagir positivamente quando há, digamos, notícias que mostram fraqueza do governo atual. O mercado acredita que uma mudança de governo pode levar a uma gestão mais responsável fiscalmente”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

    Com as medidas possivelmente colaborando para a popularidade do presidente, o sentimento é reverso -e investidores preferem fugir do risco de investir em ativos brasileiros.

    “O volume de negociações está um pouco maior que o normal por conta da tensão fiscal, mas dentro do esperado para um momento como esse”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.

    Na análise de André Galhardo, economista-chefe da consultoria Análise Econômica, o novo desenho injeta estímulos que podem aquecer a economia a um nível que o mercado não precificava até então.

    “Apesar da taxa Selic em 15%, o mercado imobiliário pode manter um ritmo de crescimento da economia num patamar talvez um pouco mais forte do que o precificado. Com consequência, as taxas de juros futuras sobem neste momento, talvez até precificando uma taxa Selic alta por um período mais prolongado”, afirma.

    O novo crédito imobiliário segue a esteira da derrubada da MP (medida provisória) dos Impostos na Câmara dos Deputados na quarta-feira, uma medida que o governo considerava importante para sustentar a arrecadação e reduzir despesas obrigatórias em ano eleitoral.

    A derrubada da medida deve causar um bloqueio nas despesas de 2025, incluindo emendas parlamentares, e obrigar um ajuste de R$ 35 bilhões no PLOA (projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026. Para governistas, esse era justamente o objetivo de partidos do centrão e da bancada ruralista: restringir o espaço fiscal de Lula no ano em que ele deve buscar a reeleição.

    Ao retirar do horizonte uma fonte de arrecadação para os próximos anos, o Congresso torna mais desafiadora a tarefa do governo de cumprir as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal.

    Isso, “somado à percepção de que os gastos públicos continuam aumentando às vésperas das eleições, faz com que o real fique pressionado perante moedas mais seguras”, diz Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.

    “A questão fiscal saiu da pauta recentemente, e o real estava se fortalecendo apoiado no diferencial de juros [entre Brasil e EUA] e na expectativa de enfraquecimento global do dólar. Mas não dá para ignorar o endividamento brasileiro por muito mais tempo.”

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já afirmou que apresentará “várias alternativas” ao presidente.

    Ao mesmo tempo, o fim da guerra entre Israel e Hamas derruba os preços do petróleo no mercado internacional, fortalecendo o dólar ante moedas de países de forte exportação da commodity, como o Brasil.

    O barril do Brent, referência global de preços, caía 1,75%, cotado a US$ 64,08 na Bolsa de Londres.

    “Essa queda também reforça a pressão sobre moedas de países considerados menos seguros”, diz Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank.

    Além disso, o mercado também avalia os dados da confiança do consumidor dos Estados Unidos. A Pesquisa de Consumidores da Universidade de Michigan mostrou que o índice pouco se alterou, ficando em 55,0 este mês em relação a uma leitura final de 55,1 em setembro. Economistas consultados pela Reuters projetavam que o índice cairia para 54,2.

    O relatório mostrou estabilidade em outubro, com as famílias parecendo não se importar com a paralisação parcial do governo, embora as preocupações com o mercado de trabalho e a inflação continuem.

    Dólar dispara 2% com mercado atento a risco fiscal e fim da guerra entre Israel e Hamas