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  • Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

    Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

    “A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução”, disse o vice-presidente; Comitê manteve nesta quarta-feira (5) Selic em 15% ao ano

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (6) que o governo espera uma redução da taxa de juros na próxima reunião do Copom.

    Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira (5) a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano.

    “A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução, ela retrai a atividade econômica, especialmente bens duráveis de custo mais alto, mas acho que será transitório. Estamos tendo grandes investimentos no Brasil”, disse, ao participar de evento em Minas Gerais. 

    Alckmin citou que o país tem uma safra agrícola recorde, com percentual 17% acima, queda do dólar e da inflação, como importantes indicadores econômicos.

    A próxima reunião do Copom será nos dias 9 e 10 de dezembro.

    Selic

    Em nota, o Banco Central informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais, o que levou à manutenção da taxa de juros.

    No Brasil, destacou o comunicado, a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.

    Foi a terceira reunião seguida em que o Copom manteve os juros básicos. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.

    Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

  • Ex-deputado Paulo Frateschi é morto pelo filho em São Paulo

    Ex-deputado Paulo Frateschi é morto pelo filho em São Paulo

    O ex-deputado pelo PT foi agredido em sua casa, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista

    Morreu na manhã desta quinta-feira (6), em São Paulo, o ex-deputado estadual pelo PT Paulo Frateschi. Ele foi agredido pelo próprio filho – Francisco Frateschi – em sua casa, no bairro da Lapa, zona oeste da capital.

    Segundo comunicado da polícia, Frateschi foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento a faca. O local do crime foi preservado para ser periciado. O caso foi registrado no 91º DP e as investigações continuam.

    Frateschi é membro histórico do PT. Quando estudante, se opôs e combateu a ditadura militar. Em 1969 foi preso e torturado pelo regime. Mais tarde, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, do qual é filiado desde os primeiros anos. Também exerceu o cargo de secretário municipal de Relações Governamentais nas gestões de Marta Suplicy e de Fernando Haddad.

    Presidente nacional do PT, Edinho Silva lamentou a morte de Frateschi, “companheiro e dedicado militante do nosso partido”, nas redes sociais.

    “Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo. Paulo Frateschi deixa um legado, marcado pela luta pela justiça e pela inclusão. Ele permanecerá vivo em nossos corações e nas ações que ele ajudou a inspirar”, afirmou.

    “A ausência do nosso querido Frateschi deixa uma lacuna irreparável entre amigos, familiares, companheiras e companheiros de luta. Manifestamos à família, aos amigos e a todos que com ele caminharam, a nossa mais sincera solidariedade. Paulo Frateschi presente, hoje e sempre”, completou.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também lamentou a morte do político. “Ex-presidente estadual do PT em São Paulo e dirigente histórico do partido, foi defensor incansável da democracia, com coragem e determinação”, afirmou Haddad.

    “Filiado ao partido desde os primeiros anos da legenda, exerceu mandato de deputado estadual e atuou em movimentos sociais em defesa dos trabalhadores e das liberdades públicas. Foi ainda secretário municipal de Relações Governamentais na minha gestão na Prefeitura de SP onde contribuiu com dedicação e excelência. Manifesto profunda solidariedade à companheira Yolanda, aos familiares e aos amigos”, completou.

    Ex-deputado Paulo Frateschi é morto pelo filho em São Paulo

  • Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

    Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

    A contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal; adesão ao acordo de ressarcimento continua disponível após a data

    Aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos diretamente nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até sexta-feira da próxima semana (14) para contestar os débitos não autorizados.

    O Ministério da Previdência Social (MPS) explica que a contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal.

    Onde contestar

    Os beneficiários podem contestar os valores descontados  de três formas, por meio de canais oficiais do INSS:

    • No aplicativo ou site Meu INSS, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da plataforma Gov.br.
    • Pelo telefone da Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h
    • Nos Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito.

    Processo

    Ao entrar no aplicativo ou site Meu INSS, o cidadão deve acessar o serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”.

    No aplicativo, ao clicar em “Não autorizei o desconto”, o beneficiário registra a contestação, e a entidade associativa que procedeu o desconto tem até 15 dias úteis para responder.

    Caso não apresente uma resposta, o sistema do INSS abre automaticamente a opção para os aposentados e pensionistas fazerem a adesão ao acordo de ressarcimento.

    Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS

    A adesão é gratuita e dispensa o envio de documentos adicionais.

    Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o aposentado ou pensionista deve clicar no aplicativo ou site Meu INSS, no campo “Consultar Pedidos” e avançar para “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um).

    O internauta deve rolar a tela, por exemplo, do celular ou do notebook até o último comentário e, no campo “Aceito receber”, selecionar “Sim”.

    Por fim, deve enviar a aceitação do acordo.

    Devolução dos valores

    Depois da adesão, os valores serão devolvidos pelo governo federal e depositados automaticamente na conta onde o beneficiário já recebe o benefício previdenciário.

    O valor será corrigido pela inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no período do desconto não autorizado das mensalidades associativas.

    O Ministério da Previdência Social (MPS) esclarece que não há necessidade de ação judicial.

    Mesmo após o encerramento do prazo para contestar os descontos, em 14 de novembro, a adesão ao acordo de ressarcimento continuará aberta e pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.

    Balanço

    Desde a abertura do sistema, em maio, 5,9 milhões de contestações já foram registradas por beneficiários que não reconheceram os descontos feitos pelas entidades associativas.

    O governo do Brasil já devolveu R$ 2,4 bilhões a 3,6 milhões de aposentados e pensionistas, o que representa 75,3% do total de beneficiários que estão aptos a aderir ao acordo de ressarcimento (4,7 milhões no total).

    Mensalidades associativas

    Os descontos de mensalidades de entidades associativas devem ser voluntários, ou seja, o débito é legalmente permitido somente se o aposentado ou pensionista decidir, de livre e espontânea vontade, associar-se a uma entidade, como um sindicato ou associação de classe.

    Ainda é preciso assinar um termo de autorização para que a mensalidade seja debitada de seu pagamento mensal do INSS. Porém, quase 98% dos beneficiários do INSS não autorizaram os descontos.

    Senado

    No Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS apura as fraudes envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas da autarquia federal.

    Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

  • Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

    Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

    Projeto aprovado amplia a faixa de isenção e cria desconto escalonado para quem ganha até R$ 7.350. Medida deve beneficiar trabalhadores da iniciativa privada, servidores e aposentados do INSS

    (FOLHAPRESS) – Trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de regimes próprios e servidores públicos com salários de até R$ 5.000 ficarão isentos do pagamento do Imposto de Renda a partir de 2026, conforme projeto aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (5).

    A medida, que ainda será sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cria um desconto escalonado do IR para salários entre R$ 5.000,01e R$ 7.350. Não haverá mudança para quem ganha mais.

    Cálculos feitos pela Contabilizei, empresa de contabilidade e consultoria, mostram que um trabalhador com salário de R$ 5.000 e sem dependentes vai deixar de pagar R$ 312,89 de imposto por mês. A diferença vai diminuindo até chegar a R$ 19,98 para quem ganha R$ 7.200. Os dados consideram valores a partir do salário mínimo de R$ 1.518 até salários de R$ 50 mil. Veja abaixo.

    Atualmente, não há desconto do IR para quem ganha até dois salários mínimos, o que dá R$ 3.036 por mês. A faixa de isenção oficial da tabela, no entanto, é de R$ 2.428,80 mensais, mas a Receita aplica um desconto-padrão de R$ 607,20 que zera o IR nestes casos.

    Além do Imposto de Renda para quem fica acima do limite de isenção, os trabalhadores também são obrigados a pagar as contribuições ao INSS. Elas são descontadas diretamente do salário mensal para quem tem carteira assinada pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

    Para fazer o cálculo do desconto do IR, no entanto, as empresas consideram qual é o tipo de desconto mais vantajoso sobre o salário bruto do profissional, se pela tabela completa, que considera do INSS e o número de dependentes, ou se pelo modelo simplificado, com desconto de R$ 607,20 da base de cálculo.

    COMO É O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA HOJE

    Salário bruto – Desconto do INSS – Imposto de Renda atual – Salário líquido hoje

    R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15
    R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27
    R$ 3.200 – R$ 277,41 – R$ 12,30 – R$ 2.910,29
    R$ 3.400 – R$ 301,41 – R$ 27,30 – R$ 3.071,29
    R$ 3.600 – R$ 325,41 – R$ 54,76 – R$ 3.219,83
    R$ 3.800 – R$ 349,41 – R$ 84,76 – R$ 3.365,83
    R$ 4.000 – R$ 373,41 – R$ 114,76 – R$ 3.511,83
    R$ 4.200 – R$ 397,60 – R$ 144,76 – R$ 3.657,64
    R$ 4.400 – R$ 425,60 – R$ 177,89 – R$ 3.796,51
    R$ 4.600 – R$ 453,60 – R$ 222,89 – R$ 3.923,51
    R$ 4.800 – R$ 481,60 – R$ 267,89 – R$ 4.050,51
    R$ 5.000 – R$ 509,60 – R$ 312,89 – R$ 4.177,51
    R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 357,89 – R$ 4.304,51
    R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 409,29 – R$ 4.425,11
    R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 464,29 – R$ 4.542,11
    R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 515,33 – R$ 4.663,07
    R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 562,63 – R$ 4.787,77
    R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 609,93 – R$ 4.912,47
    R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 657,23 – R$ 5.037,17
    R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 704,53 – R$ 5.161,87
    R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 751,83 – R$ 5.286,57
    R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 799,13 – R$ 5.411,27
    R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 846,43 – R$ 5.535,97
    R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,91 – R$ 5.629,50
    R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77
    R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73
    R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73
    R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73
    R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73
    R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73

    COMO FICA O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA EM 2026?

    Salário bruto – Desconto do INSS – IR (projeto de lei 1.087/2025)

    – Salário após a reforma do IR – Quanto o trabalhador deixará de pagar
    R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15 – já era isento
    R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27 – já era isento
    R$ 3.200 – R$ 277,41 – isento – R$ 2.922,59 – R$ 12,30
    R$ 3.400 – R$ 301,41 – isento – R$ 3.098,59 – R$ 27,30
    R$ 3.600 – R$ 325,41 – isento – R$ 3.274,59 – R$ 54,76
    R$ 3.800 – R$ 349,41 – isento – R$ 3.450,59 – R$ 84,76
    R$ 4.000 – R$ 373,41 – isento – R$ 3.626,59 – R$ 114,76
    R$ 4.200 – R$ 397,60 – isento – R$ 3.802,40 – R$ 144,76
    R$ 4.400 – R$ 425,60 – isento – R$ 3.974,40 – R$ 177,89
    R$ 4.600 – R$ 453,60 – isento – R$ 4.146,40 – R$ 222,89
    R$ 4.800 – R$ 481,60 – isento – R$ 4.318,40 – R$ 267,89
    R$ 5.000 – R$ 509,60 – isento – R$ 4.490,40 – R$ 312,89
    R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 71,62 – R$ 4.590,78 – R$ 286,27
    R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 149,65 – R$ 4.684,75 – R$ 259,64
    R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 231,28 – R$ 4.775,12 – R$ 233,01
    R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 308,95 – R$ 4.869,45 – R$ 206,38
    R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 382,88 – R$ 4.967,52 – R$ 179,75
    R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 456,81 – R$ 5.065,59 – R$ 153,12
    R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 530,74 – R$ 5.163,66 – R$ 126,49
    R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 604,67 – R$ 5.261,74 – R$ 99,86
    R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 678,60 – R$ 5.359,81 – R$ 73,23
    R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 752,53 – R$ 5.457,88 – R$ 46,60
    R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 826,45 – R$ 5.555,95 – R$ 19,98
    R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,90 – R$ 5.629,50 – R$ 0,00
    R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77 – não há diferença
    R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73 – não há diferença
    R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73 – não há diferença
    R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73 – não há diferença
    R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73 – não há diferença
    R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73 – não há diferença

    COMO É FEITA A COBRANÇA DO IR?
    O Imposto de Renda é um imposto pago sobre a renda dos trabalhadores. O desconto é feito todo mês, conforme tabela determinada por lei, atualizada e divulgada pela Receita Federal todos os anos. Para fazer o desconto do tributo, há direito de deduzir da base de cálculo a contribuição ao INSS e a dedução por dependentes, se houver. Há ainda a opção do desconto simplificado mensal.
    A cada ano, os contribuintes precisam fazer a declaração de IR à Receita. O documento, chamado de declaração de ajuste anual, é um ajuste final entre as partes para saber quanto foi recebido, quanto há de gasto dedutível e quanto deve ou não ser devolvido pelo fisco, se for o caso.
    Quem pagou mais imposto tem o direito de restituir. A restituição ocorre por meio de um calendário, conforme a data da entrega da declaração e uma fila de prioridades definidas por lei. Quem pagou menos imposto terá de acertar as contas e quitar a diferença com o fisco.
    No cálculo anual, há direito a outros abatimentos, como gasto com saúde e educação, além de dependentes e Previdência. Quem paga plano de previdência privada também consegue deduzir parte do valor e pagar menos imposto no ano.

    Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

  • Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

    Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

    Após manter a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva, o Banco Central reforçou o tom conservador e sinalizou juros altos por um período prolongado. A decisão elimina apostas em cortes até 2026 e pressiona as taxas futuras, apesar do alívio nos Treasuries

    Os juros futuros se ajustam nesta quinta-feira ao tom conservador do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve pressionar para cima as taxas mais curtas, com desinclinação da curva. O BC manteve a Selic em 15% ao ano pela terceira vez, em decisão unânime, e permaneceu no comunicado a frase sobre manter a taxa no nível atual por um “período bastante prolongado”.

    O recuo dos rendimentos dos Treasuries pode ajudar a aliviar a ponta longa da curva. A agenda do dia traz leilões do Tesouro de LTN e NTN-F às 11h, e os dados da balança comercial de outubro às 15h.

    Com isso, a curva deve apagar qualquer precificação que ainda existia de corte da Selic em dezembro, enfraquecer as apostas para janeiro e o mercado deve começar a colocar mais fichas para a reunião de março.

    “O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, disse o comunicado.

    O Rabobank mantém seu cenário-base de início de um ciclo de cortes da Selic somente a partir do segundo trimestre de 2026.

    Para o Citi, o comunicado “aponta para uma autoridade monetária “ainda mais comprometida” com objetivo de levar a inflação à meta de 3%”, mas mantém a previsão de que o Copom inicie um ciclo de cortes da Selic em janeiro de 2026.

    Já Daycoval avalia que a probabilidade de corte de juros em janeiro passe a ser pequena. O Barclays diz que o comitê não parece mais ter dúvidas sobre se a manutenção do juro básico no nível atual seria suficiente para a convergência da inflação à meta.

    A B.Side Investimentos afirma que o comunicado jogou um “balde de água fria” nos que esperavam qualquer tipo de flexibilidade. Para a XP, o Copom reconhece a melhora do cenário inflacionário, mas com bastante cautela.

    Os aluguéis residenciais aumentaram 0,57% em outubro, após terem subido 0,30% em setembro. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O índice acumulou uma alta de 5,58% nos 12 meses encerrados em outubro, ante um avanço de 4,04% nos 12 meses terminados em setembro.

    Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

  • Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

    Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

    O dólar é pressionado também por incertezas sobre tarifas do governo Trump, em análise pela Suprema Corte, e pelo impacto do shutdown, que já dura 38 dias, somado ao enfraquecimento político do presidente Donald Trump após derrotas republicanas regionais

    O dólar tende a recuar frente ao real, refletindo o tom conservador do Copom, que manteve a taxa Selic em 15% ao ano, pela terceira vez seguida em decisão unânime, reforçando a atratividade do carry trade brasileiro.

    O Copom sinalizou que deve manter o juro básico em 15% por um “período prolongado”, citando inflação resistente, atividade firme e incertezas fiscais e externas.

    O tom conservador praticamente elimina apostas de corte em dezembro e reduz chances para janeiro, com o mercado projetando início do ciclo apenas em março. Instituições como Citi, Barclays e XP destacam a postura mais dura e o compromisso do BC com a meta de 3%, enquanto a B.Side vê o comunicado como um “balde de água fria” para quem esperava flexibilidade.

    As altas de petróleo e do minério de ferro podem ajudar a sustentar também a moeda local bem como a desvalorização do dólar frente seus pares desenvolvidos e às principais divisas emergentes.

    Lá fora, os investidores aguardam decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE) às 9 horas. O mercado aposta em manutenção da taxa em 4%, pois acredita que o banco deve esperar novos indicadores e os impactos do Orçamento de 2026 antes de cortar juros.

    Também há expectativa por comentários de seis dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE). Ontem, a projeção de manutenção dos juros pelo Fed em dezembro ganhou força depois dos indicadores de serviços e de criação de emprego no setor privado acima das previsões sugerirem que a economia americana segue saudável.

    O dólar é pressionado também por incertezas sobre tarifas do governo Trump, em análise pela Suprema Corte, e pelo impacto do shutdown, que já dura 38 dias, somado ao enfraquecimento político do presidente Donald Trump após derrotas republicanas regionais.

    Mais cedo, a produção industrial alemã mostrou avanço menor que o esperado em setembro e balanços de Commerzbank e Air France abaixo das previsões pressionam também as bolsas europeias.

    O dólar à vista fechou ontem em baixa de 0,69%, a R$ 5,3614, acompanhando o enfraquecimento global da divisa e a notícia de que a China suspendeu tarifas aos EUA.

    Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

  • Pablo Marçal é denunciado por injúria e difamação contra Datena

    Pablo Marçal é denunciado por injúria e difamação contra Datena

    O Ministério Público Eleitoral de São Paulo denunciou o influenciador e ex-candidato à Prefeitura Pablo Marçal por injúria e difamação contra José Luiz Datena. O MPE aponta que Marçal fez acusações ofensivas durante transmissões no Instagram com objetivos eleitorais

    O Ministério Público Eleitoral (MPE) paulista formalizou denúncia contra o empresário e influenciador digital Pablo Marçal por injúria e difamação. Marçal foi candidato à Prefeitura da capital paulista em 2024, com uma campanha marcada por acusações e postura de embate direto contra alguns dos demais candidatos. 

    A denúncia do MPE está relacionada a transmissões ao vivo e publicações feitas por Marçal em seu perfil na rede social Instagram, quando “proferiu expressões e acusações ofensivas à honra e à reputação” do também candidato José Luiz Datena. Na ocasião o chamou de “agressor de mulheres”, “assediador sexual” e “comedor de açúcar”, além de afirmar que o jornalista “comprou o silêncio de uma menina” em um suposto caso de assédio sexual.

     

    Notícias relacionadas:

    • Justiça Eleitoral torna Pablo Marçal inelegível pela segunda vez.

    Na denúncia se considera que as declarações tinham intuito eleitoral. Segundo o promotor Cleber Masson, as ofensas, ocorridas em setembro de 2024, “configuram crimes de injúria e difamação com causa de aumento de pena por terem sido praticadas com finalidade de propaganda eleitoral e por meio de rede social. A denúncia requer, além da condenação, a fixação de valor mínimo para reparação dos danos morais causados à vítima”. 

    Procurado por meio de sua assessoria, Marçal não se manifestou até a conclusão desta reportagem.

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  • Brasil e União Europeia devem assinar acordo do Mercosul em dezembro

    Brasil e União Europeia devem assinar acordo do Mercosul em dezembro

    O chanceler Mauro Vieira afirmou que Ursula von der Leyen pretende assinar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul no dia 20 de dezembro, durante a cúpula do bloco no Rio de Janeiro. O tratado, negociado por 25 anos, eliminará tarifas e ampliará o comércio entre os blocos

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pretende assinar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul no dia 20 de dezembro. A informação foi dada a jornalistas na quarta-feira (5), após reunião entre Von der Leyen e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Belém (PA).

    Segundo Vieira, a dirigente europeia reafirmou sua convicção de que o acordo será formalizado até o fim do ano, coincidindo com a cúpula do Mercosul, que acontecerá no Rio de Janeiro. O encontro reunirá os chefes de Estado dos países-membros do bloco: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

    O chanceler classificou a conversa com Von der Leyen como “excelente” e destacou que a presidente da Comissão Europeia esteve em Belém para participar de reuniões preparatórias para a COP30, conferência do clima da ONU que será realizada na cidade em 2025.

    Mauro Vieira também afirmou esperar que a crise política e humanitária da Venezuela seja debatida durante o encontro entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), previsto para os dias 9 e 10 de novembro, em Santa Marta, na Colômbia.

    De acordo com o ministro, a ausência de alguns líderes europeus não deve afetar a relevância do evento, já que o número de participantes confirmados é semelhante ao de reuniões anteriores.

    O acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi concluído em dezembro de 2024, após mais de 25 anos de negociações, e aguarda a validação final para entrar em vigor. O tratado prevê a eliminação gradual das barreiras alfandegárias entre os dois blocos ao longo de dez anos, com prazos de até 15 anos para produtos considerados sensíveis.

    A expectativa é que o acordo abranja cerca de 90% dos bens comercializados entre as partes e estabeleça regras para evitar monopólios de importação e exportação.

    Trata-se do maior acordo comercial e de investimentos do mundo, cobrindo um mercado que representa 25% do PIB global e cerca de 780 milhões de pessoas.

    As relações entre Brasil e União Europeia ganharam novo impulso desde o retorno de Lula à Presidência, em 2023, após um período de tensões diplomáticas durante o governo de Jair Bolsonaro. A retomada das negociações e a conclusão do acordo em 2024 simbolizam a reaproximação entre os blocos e a ampliação das parcerias estratégicas entre o Brasil e os países europeus.

    Brasil e União Europeia devem assinar acordo do Mercosul em dezembro

  • Paralisação nos EUA ameaça voos para o Brasil e causa atrasos gerais

    Paralisação nos EUA ameaça voos para o Brasil e causa atrasos gerais

    Com a redução de 10% no tráfego aéreo americano, companhias como American, Delta e United alertam para atrasos e cancelamentos em voos para o Brasil. A crise foi causada pela paralisação do governo dos EUA e pela falta de controladores de tráfego aéreo em aeroportos do país

    As companhias aéreas dos Estados Unidos alertaram os passageiros para possíveis atrasos e cancelamentos de voos a partir desta sexta-feira (7), em razão da paralisação parcial do governo norte-americano. A medida ocorre após a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciar uma redução de 10% no tráfego aéreo em 40 dos maiores aeroportos do país, como forma de garantir a segurança durante o impasse político em Washington.

    A FAA enfrenta escassez de pessoal, já que muitos controladores de tráfego aéreo estão trabalhando sem receber e alguns começaram a faltar. Isso tem provocado atrasos em voos de diversas companhias, especialmente em hubs como Nova York, Chicago e Atlanta. No último fim de semana, o Aeroporto Internacional de Newark Liberty, em Nova Jérsia, registrou atrasos de várias horas.

    A Southwest Airlines informou que ainda avalia os impactos da decisão e garantiu que comunicará diretamente os clientes sobre alterações nos voos. A companhia pediu ao Senado americano que resolva o impasse orçamentário o quanto antes para restaurar a operação plena do sistema aéreo nacional.

    A associação Airlines for America, que representa as principais empresas do setor, declarou estar em contato com o governo federal para tentar minimizar os efeitos das restrições. “Estamos trabalhando para entender todos os detalhes e faremos o possível para reduzir os impactos sobre os passageiros e a carga”, afirmou a entidade.

    Entre os voos que podem ser afetados estão também os que partem dos Estados Unidos para o Brasil, operados por companhias como American Airlines, Delta e United. Passageiros com viagens marcadas para cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, devem checar o status dos voos antes de se deslocar aos aeroportos.

    O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, alertou que a situação pode se agravar na próxima semana caso o governo não consiga liberar o pagamento dos salários dos controladores. “Se o problema persistir, enfrentaremos um caos aéreo nacional”, afirmou.

    O impasse orçamentário entre democratas e republicanos gira em torno dos subsídios de saúde e da aprovação do novo orçamento federal.

    Paralisação nos EUA ameaça voos para o Brasil e causa atrasos gerais

  • Moraes avalia futuro de Bolsonaro e analisa ala da Papuda com presos vulneráveis

    Moraes avalia futuro de Bolsonaro e analisa ala da Papuda com presos vulneráveis

    Alexandre de Moraes enviou sua chefe de gabinete à Papuda para inspecionar a possível cela de Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos por tentativa de golpe. A visita acendeu o alerta no governo do DF, que pediu avaliação médica antes de eventual prisão do ex-presidente

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou sua chefe de gabinete ao Complexo Penitenciário da Papuda para inspecionar as instalações onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode cumprir pena pela trama golpista. A visita ocorreu na última semana e contou com a presença da juíza Leila Cury, titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

    Alexandre de Moraes é o responsável por definir onde Bolsonaro e outros condenados no caso devem cumprir suas penas. Uma das possibilidades é a Papuda, presídio de Brasília conhecido pela superlotação. Além do ex-presidente, também foram condenados o ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos, o tenente-coronel Mauro Cid, os ex-ministros Walter Braga Netto, Paulo Sérgio, Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Anderson Torres.

    A chefe de gabinete de Moraes, Cristina Kusahara, visitou três áreas da Papuda, com destaque para o PDF 1 (Penitenciária do Distrito Federal nº 1), onde há uma ala de segurança máxima chamada Fox, destinada a presos com vulnerabilidade. O local já abrigou figuras como o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. A unidade passa por obras para substituir vasos sanitários das celas, em preparação para possíveis novos detentos.

    Cristina também visitou o 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, conhecido como “Papudinha”, onde o ex-ministro Anderson Torres ficou preso em 2023. O gabinete de Moraes não comentou a visita, e o Tribunal de Justiça do DF informou que as inspeções da juíza Leila Cury são rotineiras.

    Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de golpe de Estado em 2022, tornando-se o primeiro ex-presidente da história do Brasil condenado por esse crime. A sentença abriu debate sobre onde ele deve cumprir pena. Embora tenha direito a prisão em unidade militar, o STF e o Exército avaliam que essa opção pode gerar aglomeração de apoiadores.

    A Polícia Federal mantém uma cela pronta em sua superintendência em Brasília, enquanto a defesa do ex-presidente tenta garantir que ele cumpra prisão domiciliar, citando problemas de saúde como câncer de pele e crises de soluço.

    O governo do Distrito Federal foi alertado sobre a possível transferência de Bolsonaro para a Papuda e, na segunda-feira (3), o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, enviou um ofício a Moraes pedindo que o ex-presidente passe por uma avaliação médica antes do cumprimento definitivo da pena.

    O documento solicita que uma equipe especializada avalie se Bolsonaro tem condições clínicas para permanecer no presídio, considerando as limitações médicas e nutricionais da unidade prisional.

    Moraes avalia futuro de Bolsonaro e analisa ala da Papuda com presos vulneráveis