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  • Selic no fim de 2026 segue em 12,25%, aponta Focus

    Selic no fim de 2026 segue em 12,25%, aponta Focus

    No último dia 10, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% pela quarta vez seguida

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,25%. Há um mês, estava em 12,0%. Considerando apenas as 88 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 12,25% para 12,13%. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 29.

    No último dia 10, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% pela quarta vez seguida. A decisão veio em linha com a mediana do Focus para a Selic no fim de 2025, que permaneceu estável nesse nível por 24 semanas seguidas.

    Na ata, o colegiado afirmou que “a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 46ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 9,75%. Há um mês, estava em 9,50%.

    Selic no fim de 2026 segue em 12,25%, aponta Focus

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  • Receita paga lote da malha fina de dezembro

    Receita paga lote da malha fina de dezembro

    Cerca de 263 mil contribuintes receberão R$ 605,99 milhões

    Cerca de 249 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco vão acertar as contas com o Leão. A Receita Federal paga nesta segunda-feira (29), o lote da malha fina de dezembro. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.

    Ao todo, 263.255 contribuintes receberão R$ 605,99 milhões. Desse total, R$ 309,6 milhões irão para contribuintes com prioridade legal no reembolso.

    As restituições estão distribuídas da seguinte forma: 

    • 178.030 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix;
    • 34.796 contribuintes de 60 a 79 anos;
    • 29.688 contribuintes sem prioridade;
    • 11.344 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
    • 5.310 contribuintes acima de 80 anos;
    • 4.087 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave.

    Aberta desde o dia 22, a consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

    Pagamento

    O pagamento será feito na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

    Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até 1 ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

    Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de 1 ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

    Receita paga lote da malha fina de dezembro

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  • Preços de imóveis avançam 17,14% em 12 meses no país, diz Abecip

    Preços de imóveis avançam 17,14% em 12 meses no país, diz Abecip

    Índice Geral do Mercado Imobiliário (IGMI-R) revela desaceleração nos aumentos de preços, com destaque para a queda nas capitais do Sudeste e Nordeste

    Os preços dos imóveis residenciais no País ficaram 17,14% mais altos nos últimos 12 meses encerrados em novembro. É o que mostra o Índice Geral do Mercado Imobiliário (IGMI-R), calculado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Considerando só o mês passado, na média os preços subiram 1,15%, depois de terem sido majorados em 2,52% em outubro.

    A desaceleração na velocidade de alta dos preços na margem, de outubro para novembro, de acordo com a Abecip, se deu de forma quase generalizada. A leitura regional do IGMI-R mostra que nove das dez capitais avaliadas registraram queda do indicador de um mês para outro. A exceção foi Goiânia, no Centro-Oeste, que apresentou aceleração: saiu de uma alta de 0,70% para 1,13% no período. Brasília acompanhou a tendência nacional, registrando forte recuo de 4,73% para 0,89%.

    No Sudeste, de acordo com o IGMI-R, foram observadas as menores variações em comparação às demais regiões. No Rio de Janeiro, a taxa caiu de 2,15%, em outubro, para 0,29%. Em Belo Horizonte, recuou de 2,14% para 0,56%. Em São Paulo, também houve desaceleração, com a variação caindo de 2,41% para 1,11%.

    No Nordeste, a desaceleração foi generalizada, com Recife vendo os preços dos imóveis residenciais desacelerando de 3,43%, em outubro, para 2,19% em novembro. Em Salvador, os preços que haviam subido 3,05% em outubro variaram 2% no mês passado. Em Fortaleza, a desaceleração foi menor, de 1,07% para 1,01%.

    As capitais do Sul seguiram o mesmo movimento de desaceleração: Porto Alegre, de 2,81% para 1,49%; e Curitiba, de 2,46% para 2,13%.

    Lançado em 2016, o IGMI-R resulta de uma parceria do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), com a Abecip. O indicador é calculado com base nos laudos de imóveis financiados pelos bancos.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Preços de imóveis avançam 17,14% em 12 meses no país, diz Abecip

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  • Prazo para sacar abono salarial acaba nesta segunda-feira

    Prazo para sacar abono salarial acaba nesta segunda-feira

    Cerca de 140 mil trabalhadores ainda não retiraram benefício; veja se você tem direito a receber o abono!

    Quem trabalhou com carteira assinada em 2023 ganhando até dois salários mínimos deve ficar atento. Acaba nesta segunda-feira (29) o prazo para sacar o abono salarial de 2025.

    Quem perder o prazo terá de aguardar uma convocação especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para ter acesso ao benefício, pago com recursos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

    Segundo o balanço mais recente do MTE, divulgado na semana passada,  141.628 trabalhadores ainda não tinham sacado o abono salarial PIS/Pasep. Segundo a pasta, restam R$ 145,7 milhões a serem retirados. 

    No calendário de 2025, 26.537.809 trabalhadores têm direito ao benefício. Desses, 26.396.181 (99,47%) já receberam, totalizando mais de R$ 30,7 bilhões pagos.

    O benefício é referente ao ano-base de 2023 e também inclui revisões de pagamentos dos cinco anos anteriores. Quem perder o prazo terá de aguardar a convocação especial do MTE para ter acesso ao benefício.

    Quem tem direito

    Podem receber o abono os trabalhadores que atendem aos seguintes critérios:

    •  Estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
    • Ter recebido até dois salários mínimos de remuneração média mensal no período trabalhado;
    • Ter exercido atividade remunerada por no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base;
    • Ter os dados corretamente informados pelo empregador no eSocial;
    • Empregados domésticos e jovens aprendizes não recebem abono salarial, porque o benefício exige vínculo empregatício com uma empresa, não com outra pessoa física.

    A consulta ao abono salarial pode ser feita a partir do dia 5 de cada mês pelos seguintes canais:

    • Carteira de Trabalho Digital (aplicativo ou site);
    • Portal Gov.br.

    Trabalhadores que entraram com recurso administrativo recebem o pagamento no dia 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte.

    O PIS é pago aos trabalhadores da iniciativa privada. O Pasep é pago a servidores públicos, militares e empregados de estatais.

    Onde sacar o benefício

    O pagamento do abono salarial é feito pela Caixa Econômica Federal ou pelo Banco do Brasil, conforme o tipo de vínculo do trabalhador.

    Na Caixa, que paga o PIS, o valor pode ser sacado por:

    • Crédito em conta corrente ou poupança;
    • Conta digital pelo aplicativo Caixa Tem.

    Quem não tem conta pode sacar em agências, lotéricas, terminais de autoatendimento, correspondente bancário Caixa Aqui e outros canais.

    No Banco do Brasil, que deposita o Pasep, o pagamento ocorre por:

    • Crédito em conta bancária;
    • Transferência via Pix ou TED;
    • Saque presencial em agências, no caso de não correntistas.

    Calendário escalonado

    O calendário de pagamento do Abono Salarial 2025 começou em 17 de fevereiro e segue até esta segunda, com datas definidas conforme o mês de nascimento do trabalhador.Para 2026, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) já aprovou a liberação de R$ 33,5 bilhões para o pagamento do benefício a 26,9 milhões de trabalhadores, com início previsto para 15 de fevereiro.

    Canais de atendimento

    Em caso de dúvidas, o trabalhador pode buscar informações:

    • Pelo telefone 158 (Alô Trabalho);  
    • Nas Superintendências Regionais do Trabalho;  
    • Pelo serviço Facilita Brasil.

    Quem trabalhou com carteira assinada em 2023 ganhando até dois salários mínimos deve ficar atento. Acaba nesta segunda-feira (29) o prazo para sacar o abono salarial de 2025.

    Prazo para sacar abono salarial acaba nesta segunda-feira

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  • Justiça paga R$ 2,3 bi em atrasados do INSS; veja quem tem direito

    Justiça paga R$ 2,3 bi em atrasados do INSS; veja quem tem direito

    O pagamento autorizado pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) contempla 183 mil processos já encerrados, sem possibilidade de recurso

    Um total de 152,3 mil segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que venceram ações na Justiça contra o órgão iniciarão 2026 com mais dinheiro no bolso. O Conselho da Justiça Federal (CJF) autorizou a liberação de R$ 2,3 bilhões em atrasados a aposentados, pensionistas e outros beneficiários da Previdência Social.

    O pagamento contempla 183 mil processos já encerrados, sem possibilidade de recurso. A liberação faz parte de um lote maior, de R$ 2,8 bilhões, que também inclui ações alimentares que envolvem servidores públicos federais. Ao todo, 236.603 beneficiários em 187.472 processos serão pagos neste lote.

    Quem tem direito a receber?

    Tem direito aos atrasados quem ganhou ação judicial contra o INSS relacionada à concessão ou revisão de benefícios, como: 

    • Aposentadorias (por idade, tempo de contribuição, invalidez ou da pessoa com deficiência);
    • Pensão por morte;
    • Benefício por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença);
    • Benefício de Prestação Continuada (BPC).

    Para receber neste pagamento, é necessário que:

    • O processo esteja totalmente encerrado (transitado em julgado);
    • O valor seja de até 60 salários mínimos (R$ 91.080 em 2025);
    • A ordem de pagamento do juiz tenha sido emitida em novembro de 2025.

    Os pagamentos são feitos por meio de requisições de pequeno valor (RPV), mecanismo usado para quitar dívidas judiciais de menor valor em prazo mais curto que os tradicionais precatórios.

    Quando o dinheiro cai na conta?

    As RPVs devem ser pagas em até 60 dias após a ordem de pagamento do juiz. O depósito é feito em conta aberta no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal, em nome do beneficiário ou de seu advogado.

    Antes do pagamento, o processo passa por uma fase de processamento, quando as contas são abertas. Após o depósito, o sistema do tribunal passa a indicar o status “Pago total ao juízo”.

    Como saber se você vai receber?

    A consulta deve ser feita no site do Tribunal Regional Federal (TRF) responsável pelo processo. É possível pesquisar usando:

    • Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do beneficiário;
    • Número do processo;
    • Dados do advogado, como o número da inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

    No campo “Valor inscrito na proposta”, aparece o valor a ser pago. As siglas indicam a modalidade: requisição de pequeno valor (RPF) ou precatório (PRF).

    Diferença entre RPV e precatório

    • RPV: até 60 salários mínimos, paga em até 60 dias após a ordem judicial;
    • Precatório: acima desse limite, pago uma vez por ano. Os precatórios federais de 2025 foram liberados em julho.

    Herdeiros também podem receber?

    Herdeiros de beneficiários falecidos têm direito aos atrasados, desde que comprovem o vínculo legal e façam a habilitação no processo. Em caso de dúvida, a orientação é procurar o advogado da ação ou a Defensoria Pública da União.

    Qual TRF consultar?

    Cada estado é atendido por um TRF específico:

    TRF1: DF, GO, TO, MT, BA, PI, MA, PA, AM, AC, RR, RO e AP

    TRF2: RJ e ES

    TRF3: SP e MS

    TRF4: RS, PR e SC

    TRF5: PE, CE, AL, SE, RN e PB

    TRF6: MG

    Distribuição dos recursos por TRF

    TRF da 1ª Região (DF e 12 estados)

    Total geral: R$ 885.265.906,53Previdenciárias/assistenciais: R$ 736.597.721,8238.468 processos | 46.883 beneficiários

    TRF da 2ª Região (RJ e ES)

    Total geral: R$ 241.907.013,61Previdenciárias/assistenciais: R$ 176.759.801,597.936 processos | 11.353 beneficiários

    TRF da 3ª Região (SP e MS)

    Total geral: R$ 453.111.370,35Previdenciárias/assistenciais: R$ 350.271.441,4911.282 processos | 14.784 beneficiários

    TRF da 4ª Região (RS, PR e SC)

    Total geral: R$ 555.207.617,02Previdenciárias/assistenciais: R$ 477.853.769,3824.052 processos | 33.182 beneficiários

    TRF da 5ª Região (PE, CE, AL, SE, RN e PB)

    Total geral: R$ 418.398.758,48Previdenciárias/assistenciais: R$ 369.466.946,1818.686 processos | 30.961 beneficiários

    TRF da 6ª Região (MG)

    Total geral: R$ 266.819.407,47Previdenciárias/assistenciais: R$ 243.089.652,9712.596 processos | 15.181 beneficiários

    Justiça paga R$ 2,3 bi em atrasados do INSS; veja quem tem direito

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  • Jovens cansados de tela aumentam vendas de agendas e planners de papel

    Jovens cansados de tela aumentam vendas de agendas e planners de papel

    Gabriela diz que a escrita manual passou a ser uma forma de recuperar processos criativos e de organização que, segundo ela, ficaram limitados no ambiente digital. “Eu sinto que isso está limitando minha criatividade, de certa forma, e eu estou perdendo o hábito de escrever.”

    GABRIELA CECCHIN
    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “Eu quero ficar cada vez mais ‘off’ das telas”. Essa foi a decisão da publicitária Gabriela Brito, 27, que trocou plataformas como Notion e Trello, que usou durante cerca de três anos, por um planner, agenda física que permite visualizar a semana, o mês e o ano em páginas separadas.

    Gabriela diz que a escrita manual passou a ser uma forma de recuperar processos criativos e de organização que, segundo ela, ficaram limitados no ambiente digital. “Eu sinto que isso está limitando minha criatividade, de certa forma, e eu estou perdendo o hábito de escrever.”

    A virada do ano impulsiona a busca por planners, agendas e calendários físicos. Na Shop Figlia, fundada pela publicitária Marina Mie Murakoshi, 23, o planner é o principal produto da marca e concentra um pico de vendas no fim do ano, já que a empresa trabalha apenas com versões datadas.

    No lançamento mais recente, segundo a fundadora, as vendas registradas nos primeiros 12 minutos praticamente igualaram metade do volume alcançado em todo o ano anterior. Ao fim da primeira hora, o total já havia atingido o resultado do lançamento do ano passado.

    Para Marina, o planner físico tem sido buscado como ferramenta de organização, mas também como espaço de pausa em meio à rotina acelerada. A fundadora afirma que a marca tem observado um público interessado em planejamento sem rigidez excessiva, com foco em equilíbrio e bem-estar.

    “As pessoas buscam cada vez mais praticidade, com ferramentas que permitirão encontrar clareza sobre si, que possam acolher a rotina delas, e trazer equilíbrio do planejamento sem qualquer produtividade tóxica”, afirma.

    Na papelaria Organizando a Vida, dezembro e janeiro concentram a principal temporada do ano. A fundadora Deise Santos, 28, afirma que, nesse período, o faturamento da loja cresce entre 30% e 60%, impulsionado sobretudo por planners anuais e agendas datadas. Segundo ela, o aumento das buscas começa ainda na segunda quinzena de outubro e se mantém elevado até o início do ano seguinte.

    Já na Paperview, especializada em planners físicos, o fim do ano também concentra um aumento consistente na procura por produtos de auto-organização. Para a fundadora Angela Bufarah, 55, o planner passou a ocupar um espaço distinto das ferramentas digitais.

    “As novas tecnologias não competem com o planner físico, elas caminham juntas. Aplicativos e agendas digitais são ótimos para alertas e compromissos, mas o planner em papel é o espaço da pausa, da escrita à mão, da reflexão”, comenta.

    O uso do planner também aparece associado a autocuidado. A terapeuta ocupacional Lívia Lilla Delduque, 24, afirma que o papel ajuda a organizar prioridades e hábitos. “Consigo ampliar minhas atividades de autocuidado e a manter hábitos mais saudáveis”, comenta Lívia.

    Para alguns, o planner físico também traz sentimentos de controle e concretude. A engenheira civil Caroline de Jesus Rodrigues, 24, diz que fez a transição da agenda digital para o papel há cerca de três anos. “Dá uma sensação de profissionalismo anotar todas as suas metas e depois ticar o que você fez.”

    Já a servidora pública federal Camille Ghedin Haliski, 46, afirma que usa ferramentas digitais no trabalho, mas mantém o planner físico como referência pessoal. “Para os assuntos realmente importantes para mim, uso o planner físico.”

    A estudante de direito e professora de inglês Mayara Gisele Simões Araújo, 22, afirma que pretende seguir usando o Google Calendário para compromissos diários, mas recorre ao planner para ter uma visão mais ampla de metas e prioridades. “É um investimento grande, mas vai me ajudar muito”, diz.

    Nas papelarias consultadas pela reportagem, o preço dos planners variava de R$ 96 a R$ 329, com base no tamanho, no número de divisões internas, no nível de personalização e nos materiais para decoração.

    O interesse por produtos físicos chegou também às livrarias. Segundo Alexandre Martins Fontes, presidente da ANL (Associação Nacional de Livrarias) e responsável pela rede Martins Fontes, as vendas de agendas, calendários e planners crescem de forma acentuada no fim do ano.

    “Em outubro a gente vende três vezes mais do que a média que a gente vende de janeiro a setembro. Em novembro, cinco vezes mais. Em dezembro, dez vezes mais”, conta.
    Para ele, os números indicam que, apesar da consolidação das agendas digitais, o papel segue relevante no consumo cultural. “As pessoas continuam comprando planners, agendas e calendários físicos.”

    A livraria Martins Fontes passou a investir em materiais de papelaria nos últimos cinco anos. “Durante muito tempo, a gente só vendia livro. Hoje a livraria não é mais do que simplesmente um lugar onde você vai comprar um livro. É um lugar onde você encontra as pessoas, vai tomar um café.”

    Fontes diz que a aposta só se sustenta porque há demanda. “Se não tivesse mercado, nós não estaríamos aqui mostrando esses números para você.”

    Pensando nisso, além de agendas e cadernos, a rede estuda ampliar a oferta de outros itens analógicos. “Eu estou, para o ano que vem, fazendo um projeto de começar a vender um pouco de vinil também”, afirmou.

    Jovens cansados de tela aumentam vendas de agendas e planners de papel

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  • China mira supremacia em IA e revê até uso de camisinha ao buscar metas

    China mira supremacia em IA e revê até uso de camisinha ao buscar metas

    A economista-chefe para a China e diretora de Economia Asiática do Bank of America, Helen Qiao, elevou a previsão de crescimento do PIB chinês para acima do consenso, e agora espera avanço de 4,7% em 2026 e 4,5% em 2027.

    A China inicia em 2026 a execução de seu plano de desenvolvimento econômico e social de cinco anos com esforços para estancar a desaceleração exibida em dados recentes. Pequim tem a tarefa de manejar a fúria externa decorrente da sua máquina de exportações, sem abalar as conquistas comerciais no mercado global. O país mira manter seus principais pilares de sustentação do crescimento: o trincado setor imobiliário e o boom tecnológico. Ganhar independência em áreas críticas e arranhar a supremacia dos EUA estão no centro dos objetivos. O fomento à atividade engloba promessas para promover o consumo doméstico e, para isso, vale até métodos tradicionais: tributar camisinhas com propósito de ampliar a taxa de fecundidade.

    \”Em 2026, inicia-se um novo plano quinquenal. E o plano é ambicioso, como de costume\”, afirma Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. \”Na prática, não deve haver muitas mudanças no desenvolvimento focado em indústrias exportadoras, de crescente sofisticação e complexidade\”, pontua Sobral, ex-economista do Santander. \”Cada vez mais a China deve ser capaz de competir em setores que hoje ainda são dominados por países desenvolvidos e de apresentar inovações na fronteira entre academia e indústria. É uma versão da estratégia de desenvolvimento adotada pelos casos bem-sucedidos de desenvolvimento no leste da Ásia, com abrangência e escala muito maiores\”.

    A confiança do investidor na estratégia para alavancar inovação fica evidente nos ativos ligados a tecnologia de ponta. Nas estreias em bolsa, as ações da startup chinesa de chips MetaX saltaram quase 700% em meados de dezembro. A oferta pública inicial (IPO) levantou 4,20 bilhões de yuans, equivalente a US$ 596,4 milhões. A operação de ida à bolsa também foi exuberante para a Moore Threads, que projeta unidades de processamento gráfico para treinamento de IA, o que levou a empresa a alertar aos próprios investidores para que segurassem o entusiasmo. Qual será a nova Nvidia é uma reposta lançada ao futuro em meio ao debate sobre se a festa está virando bolha.

    Na execução do plano, os gastos fiscais devem se recuperar no início do próximo ano, com aumento da emissão de títulos do governo central, diz a Capital Economics. \”Isso deve ajudar a evitar o aprofundamento da recente desaceleração, mas o crescimento em 2026 como um todo provavelmente será pelo menos um pouco mais fraco do que em 2025\”, observam analistas da consultoria. O investimento relacionado à IA, provavelmente, terá um forte aumento no próximo ano, mas as exportações devem contribuir menos para o crescimento, diz a Capital.

    A economista-chefe para a China e diretora de Economia Asiática do Bank of America, Helen Qiao, elevou a previsão de crescimento do PIB chinês para acima do consenso, e agora espera avanço de 4,7% em 2026 e 4,5% em 2027. \”Com sinais positivos surgindo das recentes negociações comerciais e com a implementação de estímulos, os riscos para nossa previsão estão inclinados para cima\”, pontua.

    \”A expectativa geral aponta para uma desaceleração gradual, mas controlada, do crescimento do PIB, com projeções de agências financeiras e instituições internacionais variando entre 4,0% e 4,6% para 2026, abaixo da meta informal de 5% que o governo chinês provavelmente buscará para combater a deflação\”, diz Igor Barenboim, economista-chefe da Reach Capital, que prevê uma expansão mais próxima de 4%.

    O mercado imobiliário é ponto crítico sobre a atividade econômica. E os sinais da reunião Conferência Central de Trabalho Econômico sugerem que o apoio político adicional será modesto. Nesse tópico, o desfecho para a problemática incorporadora China Vanke deve se tornar evidência sobre até que apoio de entes governamentais então dispostos a escorar o setor imobiliário.

    A SZMC, subsidiária integral da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais do município de Shenzhen, detém uma participação de 27,18%, sendo a maior acionista da incorporadora China Vanke, segundo a Fitch. A SZMC já injetou cerca de CNY29 bilhões (US$ 4,2 bilhões) na China Vanke de janeiro a novembro de 2025, apoiando o pagamento de dívidas no mercado de capitais. Mesmo assim, a empresa seguia em dificuldades.

    \”Não se trata do temido ´momento Lehman\’ da China. Mas o impacto psicológico da incapacidade da incorporadora imobiliária chinesa Vanke de pagar suas dívidas em dia não pode ser subestimado\”, diz a Yardeni Research. \”Os problemas da Vanke sugerem que as dificuldades do setor imobiliário estão longe de terminar, tornando as metas de crescimento do PIB do governo ainda mais distantes\”, avaliou a consultoria. A empresa carrega US$ 50 bilhões em dívidas, diz a Yardeni.

    Se o motor engasgado do setor imobiliário gera incertezas, a China tenta medidas antigas para manter o crescimento até mesmo em horizontes de longo prazo. A partir de 1 de janeiro, um imposto sobre valor agregado (IVA) passará a ser cobrado em medicamentos e produtos contraceptivos pela primeira vez em mais de três décadas. A intenção de incentivar as famílias a terem mais filhos, após décadas de limitação a um único filho, visa recalibrar o pêndulo demográfico, após o número de mortes ultrapassar o de nascimentos na China.

    China mira supremacia em IA e revê até uso de camisinha ao buscar metas

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  • Correios assinam contrato de empréstimo de R$ 12 bi com cinco bancos

    Correios assinam contrato de empréstimo de R$ 12 bi com cinco bancos

    O empréstimo tem garantia do Tesouro Nacional e está vinculado ao plano de reestruturação da companhia, que será apresentado pela diretoria dos Correios em entrevista na próxima segunda-feira (29).

    IDIANA TOMAZELLI
    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os Correios assinaram nesta sexta-feira (26) o contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões, concedido por um grupo de cinco bancos, dois deles controlados pelo governo federal. O extrato da operação foi publicado em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) na manhã deste sábado (27).

    O empréstimo tem garantia do Tesouro Nacional e está vinculado ao plano de reestruturação da companhia, que será apresentado pela diretoria dos Correios em entrevista na próxima segunda-feira (29).

    O aval da União sempre foi premissa de toda a operação e representa um compromisso do governo em honrar os pagamentos em caso de inadimplência da estatal. Isso torna praticamente nulo o risco de prejuízo aos bancos.

    Com a assinatura do contrato, os Correios finalmente receberão os recursos do empréstimo. Serão liberados R$ 10 bilhões neste ano e outros R$ 2 bilhões até o final de janeiro de 2026. A previsão é que a primeira parcela dos recursos entre no caixa da empresa na próxima segunda.

    A proposta de empréstimo foi apresentada por um grupo de cinco bancos, formado por Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Os três últimos entraram apenas recentemente nas negociações, enquanto a Caixa voltou a participar das conversas após a Casa Civil entrar no circuito para que a instituição integrasse o sindicato de bancos.

    Banco do Brasil, Caixa e Bradesco vão emprestar R$ 3 bilhões cada, enquanto Itaú e Santander, R$ 1,5 bilhão cada.

    O custo da operação ficou em 115% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), dentro do teto de 120% estipulado pelo Tesouro Nacional para conceder a garantia soberana. Uma primeira proposta, feita por um grupo distinto de bancos, foi rejeitada devido ao custo elevado, de 136% do CDI. Segundo o Tesouro, a diferença de taxas poderia gerar um custo extra de quase R$ 5 bilhões aos Correios ao longo do contrato.

    O prazo do contrato é de 15 anos, dos quais os três primeiros de carência (período inicial em que a empresa não pagará prestações).
    Inicialmente, o pleito dos Correios era um crédito de R$ 20 bilhões, montante considerado necessário para bancar o plano de reestruturação da empresa em 2025 e 2026.

    Uma primeira proposta, que atendia integralmente ao valor de R$ 20 bilhões, foi apresentada por Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra. No entanto, o Tesouro travou a contratação e rejeitou conceder a garantia soberana por considerar a taxa de juros muito elevada.

    Com a revisão das condições e a redução do valor, o órgão do Ministério da Fazenda deu sinal verde à operação, respaldado por um decreto que abre caminho para a concessão da garantia soberana. A medida foi antecipada pela Folha de S.Paulo.

    O ato permitiu que os técnicos avaliassem o pedido de aval dos Correios levando em consideração as medidas de ganho de receitas e corte de despesas previstas no plano de reestruturação, mas que ainda não foram implementadas. É diferente do rito habitual, no qual o Ministério da Fazenda analisa a fotografia atual da saúde financeira dos entes ou das estatais -e pelo qual a estatal não conseguiria atestar a capacidade de pagamento necessária para obter a garantia.

    Essa é a primeira vez desde o governo Dilma Rousseff (PT) que a Fazenda abre uma exceção para conceder aval soberano a um empréstimo. Na gestão da ex-presidente, licenças excepcionais permitiram o endividamento de estados já em péssimas condições financeiras, que depois deram calote nos financiamentos.

    Em outro ato, o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou um limite específico de R$ 12 bilhões para a contratação da operação de crédito pelos Correios. O colegiado é responsável por regular os limites de crédito do setor público. A medida foi necessária porque o espaço disponível para novos empréstimos estava praticamente esgotado e seria insuficiente para absorver a transação.

    Como o valor contratado ficou abaixo dos R$ 20 bilhões, os Correios vão precisar de um novo crédito ou aporte do Tesouro em 2026, ano eleitoral, para conseguir implementar seu plano de reestruturação.
    As medidas incluem a regularização de dívidas com fornecedores e bancos, um novo PDV (programa de demissão voluntária) para desligar 15 mil empregados em 2026 e 2027 e a reformulação de cargos e salários e do plano de saúde da companhia, entre outras iniciativas.

    Em paralelo, os Correios tentam fechar um novo ACT (acordo coletivo de trabalho) com os empregados, já que o atual prevÊ uma série de benefícios acima do estabelecido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A condição não é irregular nem ilegal, mas a companhia considera ser incompatível com sua atual situação financeira.

     

    A estatal propôs, no âmbito da mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), limitar algumas cláusulas consideradas de maior impacto nas despesas ou na produtividade, mas a categoria rejeitou a proposta e deflagrou greve nacional.

    A negociação deve ir a dissídio coletivo, uma ação judicial que tem o objetivo de resolver o conflito quando as partes envolvidas (empregador e funcionários) não conseguem chegar a um consenso sobre as condições de trabalho. Significa, na prática, que o TST vai definir quais cláusulas prevalecerão. O julgamento está marcado para terça-feira (30).

    Correios assinam contrato de empréstimo de R$ 12 bi com cinco bancos

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  • BC se vê sob ataque no caso Master e calcula próximos passos

    BC se vê sob ataque no caso Master e calcula próximos passos

    A autarquia se prepara para um embate jurídico sobre as decisões tomadas no escopo da fiscalização sobre o Master e até para uma eventual tentativa de transformar o BC em investigado. Apesar disso, dirigentes demonstram confiança no processo por terem verificado números do Master que, segundo eles, confirmariam uma fraude bilionária nos balanços.

    FÁBIO PUPO
    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Atuais membros da direção do Banco Central avaliam que estão sob ataque após terem decretado a liquidação do Banco Master. Em meio a questionamentos de outras autoridades sobre o processo, os integrantes calculam os próximos passos a serem dados.

    A autarquia se prepara para um embate jurídico sobre as decisões tomadas no escopo da fiscalização sobre o Master e até para uma eventual tentativa de transformar o BC em investigado. Apesar disso, dirigentes demonstram confiança no processo por terem verificado números do Master que, segundo eles, confirmariam uma fraude bilionária nos balanços.

    Investigadores afirmaram que o Master teria fabricado cerca de R$ 12 bilhões em créditos falsos, depois repassados ao BRB (Banco de Brasília).

    Procurados por meio da assessoria de imprensa, BC e Master não comentaram.

    O Banco Central decretou a liquidação do Master em 18 de novembro por encontrar no banco tanto problemas de liquidez como “graves violações” às normas do sistema financeiro. Os problemas estavam sobretudo em ativos na parte de crédito do balanço, que na prática foram vistos como inexistentes.

    A análise pelo BC demandou meses de discussão e diversas reuniões com representantes do Master. A liquidação foi anunciada um dia depois que Vorcaro se reuniu com a autarquia e comunicou que viajaria ao exterior para fechar negócio com novos compradores para o banco: a Fictor, empresa pouco conhecida no setor, em conjunto com investidores dos Emirados Árabes cuja identidade não foi revelada.

    Vorcaro foi preso no mesmo dia da reunião com o BC, quando tentava embarcar em um jatinho. Segundo a defesa do banqueiro, a viagem seria para assinar o negócio com os árabes. Para a PF, era um modo de facilitar a fuga do país. Após dez dias, ele foi solto por uma juíza federal.

    Mesmo certos da decisão e dizendo ter todos os elementos que comprovariam a correta atuação no caso, diretores do BC veem a possibilidade de uma tentativa de questionar a liquidação, sob o argumento de que haveria um plano de reestruturação pronto e apresentado, o que tornaria a medida desnecessária. Pesam contra essa argumentação, porém, as fraudes apontadas pelos investigadores.

    O BC se vê hoje diante da necessidade de explicar a decisão ao STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Dias Toffoli marcou uma acareação entre representantes do caso para a próxima terça-feira (30).

    Uma convocação já era esperada, em parte, uma vez que um despacho do magistrado em 15 de dezembro já havia determinado oitivas de investigados e do BC em até 30 dias. A diretoria da autarquia até citava, em conversas informais, que o compromisso poderia alterar planos e viagens para o fim do ano.

    Na véspera de Natal, no entanto, Toffoli surpreendeu ao marcar uma acareação, o que causou estranheza entre juristas por ser um instrumento usado para confrontar versões diferentes após depoimentos anteriores. Toffoli não colheu depoimentos individuais dos envolvidos.

    A acareação será feita entre Vorcaro; Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do BC; e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília, estatal do Distrito Federal que negociou a compra do Master, barrada pelo BC).

    O ministro determinou a acareação dentro de um processo sigiloso pelo qual é responsável no tribunal. Desde o começo de dezembro, diligências e medidas ligadas à investigação sobre o Master e Vorcaro têm que passar pelo crivo de Toffoli, por decisão do próprio magistrado.

    Conforme publicou a Folha de S.Paulo, a acareação terá como um de seus focos justamente a atuação do BC. A audiência pode levar o órgão regulador para o centro das investigações.

    Toffoli teria indicado a integrantes de seu gabinete que pretende esclarecer o momento em que o BC tomou conhecimento das suspeitas sobre o Master, as medidas na fiscalização do mercado de títulos bancários e determinar eventuais responsáveis por falhas nesse processo. Até o momento, ele não teria dado sinais de que pretende anular a liquidação do banco.

    O assunto Master chegou ao STF após pedido da defesa do banqueiro. A solicitação foi feita após um envelope com documentos de um negócio imobiliário relacionado ao deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) ter sido encontrado em uma busca e apreensão.

    O caso Master tem colocado em xeque a atuação de ministros do STF no caso. No fim de novembro, no mesmo dia em que a Justiça mandou soltar o banqueiro da prisão, Toffoli embarcava em jatinho para Lima junto com o advogado de um diretor do Master para ver um jogo de futebol. Além disso, o escritório ligado à família de Moraes tem contratos milionários com o banco.

    Paralelamente, o TCU (Tribunal de Contas da União) também analisa o caso. O ministro Jhonatan de Jesus determinou que o BC se explicasse sobre o caso e sugeriu que a decisão do BC pode ter sido extrema e precipitada. O questionamento não recebeu objeções de outros ministros do tribunal por enquanto.

    Segundo o despacho, a ação da autoridade monetária sugere que o BC pode ter demorado para buscar alternativas de mercado para o Master. Além disso, avalia que o BC poderia ter considerado soluções menos onerosas. O BC já formulou sua resposta ao TCU.

    BC se vê sob ataque no caso Master e calcula próximos passos

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  • Governo libera novo pagamento do saque do FGTS a partir de segunda (29); veja quem tem direito

    Governo libera novo pagamento do saque do FGTS a partir de segunda (29); veja quem tem direito

    O governo afirma que a maioria dos trabalhadores, cerca de 87%, receberá o dinheiro diretamente na conta bancária cadastrada no aplicativo do FGTS. Já os 13% que não têm conta cadastrada poderão sacar o valor nos caixas eletrônicos da Caixa, nas casas lotéricas ou nos pontos Caixa Aqui.

    JÚLIA GALVÃO
    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo federal começa, na próxima segunda-feira (29), a liberar o novo saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário e foram demitidos sem justa causa.

    Nessa data, será iniciado o pagamento da primeira parcela, de até R$ 1.800, procedimento que deve ser finalizado até terça-feira (30). A segunda parcela, destinada a valores maiores, está prevista para ser paga até 12 de fevereiro. A medida deve beneficiar cerca de 14,1 milhões de pessoas e terá custo estimado de R$ 7,8 bilhões, segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

    O governo afirma que a maioria dos trabalhadores, cerca de 87%, receberá o dinheiro diretamente na conta bancária cadastrada no aplicativo do FGTS. Já os 13% que não têm conta cadastrada poderão sacar o valor nos caixas eletrônicos da Caixa, nas casas lotéricas ou nos pontos Caixa Aqui.

    Dos 14,1 milhões de trabalhadores que podem realizar o saque, parte tem o saldo comprometido com empréstimos bancários e, por isso, não poderá receber o valor integral. Além disso, o MTE afirma que há trabalhadores que têm todo o saldo comprometido e não possuem valores disponíveis para saque. A consulta do saldo pode ser feita diretamente no aplicativo do FGTS.

    Desde 2020, o saque-aniversário já liberou cerca de R$ 192 bilhões do FGTS. Desse total, 40% foram pagos diretamente aos trabalhadores, enquanto 60% foram destinados aos bancos, que anteciparam os valores por meio de empréstimos. Atualmente, cerca de 40 milhões de trabalhadores aderiram ao saque-aniversário, e 28,4 milhões deles têm empréstimos ativos nessa modalidade.

    COMO É A DIVISÃO DA PRIMEIRA E DA SEGUNDA PARCELA?

    Primeira parcela (dezembro): R$ 3,9 bilhões, com liberação de até R$ 1.800 limitado ao saldo disponível no FGTS por conta vinculada. O valor será creditado automaticamente na conta cadastrada no aplicativo do FGTS.

    Segunda parcela (fevereiro): R$ 3,9 bilhões, liberados como saldo remanescente para trabalhadores que possuíam valor superior a R$ 1.800 para receber. A segunda parte do pagamento ocorrerá até o dia 12 de fevereiro de acordo com calendário a ser divulgado pela Caixa Econômica Federal.

    QUEM TEM DIREITO À NOVA RODADA DE SAQUES?

    Tem direito o trabalhador que optou pelo saque-aniversário e teve o contrato de trabalho suspenso ou rescindido durante a vigência da sistemática da modalidade, no período de 1º de janeiro de 2020 a 23 de dezembro de 2025, e que possua saldo disponível na conta de FGTS relativa ao contrato.

    Os valores serão liberados nos casos em que a rescisão contratual tenha ocorrido pelos seguintes motivos:

    Despedida sem justa causa; Despedida indireta, de culpa recíproca e de força maior; Rescisão por falência, falecimento do empregador individual, empregador doméstico ou nulidade do contrato; Extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários; Suspensão total do trabalho avulso.

    QUEM NÃO PODERÁ SACAR?

    Desde o dia 23 de dezembro, os optantes pelo saque-aniversário ou que vierem a optar pela modalidade e forem demitidos não poderão acessar o saldo do FGTS, que permanecerá retido.

    PRECISO SAIR DO SAQUE-ANIVERSÁRIO PARA TER ACESSO AOS VALORES RETIDOS?

    Não. O trabalhador pode continuar na modalidade do saque-aniversário. No entanto, após 23 de dezembro de 2025, aqueles que estão na modalidade do saque-aniversário e forem demitidos terão seus saldos retidos, podendo sacar apenas a multa rescisória.

    PARTE DO MEU SALDO ESTÁ COMPROMETIDO COM EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. POSSO SACAR O RESTO?

    Sim, é possível retirar o valor que está disponível na conta, que não foi comprometido com empréstimos bancários de antecipação do saque do FGTS. Já o trabalhador que comprometeu todo o seu saldo não tem nada para receber.

    JÁ ESTOU EM OUTRO EMPREGO. POSSO RECEBER?

    Sim, o trabalhador poderá acessar os valores relativos ao vínculo do qual foi demitido na vigência da opção pelo saque-aniversário, mesmo que já tenha um novo emprego.

    NÃO ESTOU CADASTRADO NO APLICATIVO DA CAIXA. COMO POSSO RECEBER?

    Caso o trabalhador não tenha a conta bancária cadastrada, poderá sacar os recursos nos terminais de autoatendimento da Caixa, casas lotéricas e Caixa Aqui com cartão cidadão e senha. Caso o trabalhador não tenha o Cartão Cidadão, ainda assim, poderá realizar o saque de até R$ 1.500 com uso apenas da senha cidadão nos canais de autoatendimento, que também permite o saque por biometria digital até o limite de R$ 3.000.

    E OS CASOS DE RESCISÃO POR ACORDO ENTRE O TRABALHADOR E O EMPREGADOR?

    Nesses casos o trabalhador tem direito a sacar 80% do saldo disponível. É possível consultar se tem direito por meio dos seguintes canais:

    Agências da Caixa; 0800 726 0207 – Opção 4 “FGTS”; App FGTS – Opção “Informações Úteis”.

    COMO POSSO SABER QUANTO VOU RECEBER?

    O trabalhador pode consultar o extrato de suas contas do FGTS no aplicativo. Os valores liberados podem ser identificados pelos códigos SAQUE DEP 50S ou SAQUE DEP 50A.

    COMO FUNCIONA O SAQUE-ANIVERSÁRIO?

    Quem opta por essa modalidade recebe um saque anual, no mês de aniversário. O trabalhador continua com o direito de usar o dinheiro do fundo nas situações previstas na lei, como aposentadoria e para compra da casa própria ou pagamento de financiamento habitacional, por exemplo. Porém, se for demitido sem justa causa, o trabalhador terá direito apenas ao saque da multa rescisória, de 40%.

    Governo libera novo pagamento do saque do FGTS a partir de segunda (29); veja quem tem direito

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