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  • Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

    Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

    Ásia e Europa compensaram queda de 37,9% nas vendas para EUA; dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic)

    A diversificação das exportações para a Ásia e a Europa compensou os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos, três meses após a retaliação comercial do governo de Donald Trump. As vendas do Brasil para o exterior cresceram 9,1% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

    O crescimento ocorreu mesmo com a forte queda de 37,9% nas vendas para os Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

    Segundo o levantamento, as exportações somaram US$ 31,97 bilhões no mês passado, enquanto as importações atingiram US$ 25,01 bilhões, resultando em superávit comercial de US$ 6,96 bilhões. 

    A retração nas exportações para os Estados Unidos, impactadas pelo tarifaço implementado pelo governo norte-americano, levou a uma queda de 24,1% nas vendas para a América do Norte. Essa foi a única região com redução nas exportações em outubro.

    O principal fator do encolhimento das vendas para a América do Norte foi a queda de 82,6% nos embarques de petróleo, equivalente a perda de US$ 500 milhões. Também recuaram as vendas de celulose (43,9%), óleos combustíveis (37,7%) e aeronaves e partes (19,8%).

    “Mesmo produtos que não foram tarifados, como óleo combustível e celulose, sofreram queda”, informou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão.

    Outros mercados

    O recuo nas exportações para os Estados Unidos foi compensado pelo aumento das vendas para outras regiões, especialmente a Ásia, que teve alta de 21,2%, impulsionada pela China (33,4%), Índia (55,5%), Cingapura (29,2%) e Filipinas (22,4%).

    Entre os produtos, destacaram-se os aumentos nas exportações de soja (64,5%), óleos brutos de petróleo (43%), minério de ferro (31,7%) e carne bovina (44,7%).

    Na Europa, as vendas cresceram 7,6%, com forte avanço de minérios de cobre (823,6%), carne bovina (73,4%) e celulose (46,8%). Já a América do Sul apresentou alta de 12,6%, puxada pelos embarques de óleos brutos de petróleo (141,1%).

    Segundo Brandão, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm registrado redução constante nos últimos 3 meses. A queda foi de 16,5% em agosto, 20,3% em setembro e 37,9% em outubro.

    “Temos observado taxas de variação negativa cada vez maiores, na comparação com o mesmo mês do ano anterior”, explicou Brandão. 

    O diretor do Mdic destacou ainda que o movimento reflete não apenas os efeitos diretos das tarifas, mas também uma possível redução da demanda norte-americana.

    “A principal queda em termos absolutos foi no petróleo bruto, que não foi tarifado. Isso indica que há efeitos diversos influenciando a retração das exportações aos EUA”, completou.

    Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

  • TRE-SP aceita recurso de Marçal e rejeita ação que o tornou inelegível

    TRE-SP aceita recurso de Marçal e rejeita ação que o tornou inelegível

    Caso se refere a promessa de apoio feita por ex-candidato a quem enviasse Pix para sua campanha; pedido de vista interrompeu julgamento relativo a cortes monetizados em 2024

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) aceitou por unanimidade um recurso de Pablo Marçal (PRTB) hoje e rejeitou uma ação que o tornou inelegível por abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024.

    O ex-candidato à Prefeitura e São Paulo foi acusado após prometer gravar vídeos em apoio a candidatos a vereadores em troca de doações para sua campanha.

    Na ocasião, pediu Pix de R$ 5.000 para apoiar os candidatos. “Você conhece alguém que queira ser vereador e é candidato? Essa pessoa vai fazer o quê? Ela vai mandar um Pix para a minha campanha, de doação, Pix de R$ 5.000. Fez essa doação, eu mando o vídeo. Clicou aqui no formulário, cadastra, a equipe vai entrar em contato”, disse em vídeo publicado em setembro de 2024.

    Marçal foi condenado na primeira instância em fevereiro. A ação foi protocolada pelo PSB e pela coligação de Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário na campanha.

    A Justiça Eleitoral na ocasião determinou pena de inelegibilidade por oito anos em razão de abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação social e captação ilícita de recursos, mas ele recorreu.

    No julgamento desta quinta-feira (6), o relator afirmou não haver prova suficiente para condenar o ex-candidato. O juiz Cláudio Langroiva Pereira afirmou que o vídeo em que Marçal pediu o Pix tem conteúdo ilícito, mas é insuficiente para justificar a condenação. Ele também considerou que a defesa comprovou a devolução dos valores recebidos.

    Segundo o magistrado, não foi possível identificar quantas doações foram realizadas para a campanha. “Embora o vídeo da campanha contenha a proposta ilícita, os elementos probatórios carregados aos autos não foram suficientes para demonstrar a amplitude da divulgação e o volume de recursos efetivamente movimentados em decorrência direta da oferta ou seu impacto concreto na campanha eleitoral de forma desequilibrada”, declarou Pereira.

    O TRE-SP também começou a analisar nesta quinta outro processo que tornou Marçal inelegível. Nessa segunda ação, também movida pelo PSB, ele foi acusado de criar um esquema de “cortes” de vídeos nas redes sociais. O partido afirmou à Justiça que Marçal monetizava eleitores que divulgassem os trechos nas redes sociais com brindes e prêmios em dinheiro. Neste caso, ele também recorreu após se tornar inelegível por oito anos.

    O relator aceitou parcialmente o recurso. Rejeitou a condenação por acusação captação ilícita de recursos e abuso do poder econômico, mas manteve a punição por uso indevido dos meios de comunicação social e a sanção de inelegibilidade de oito anos. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do juiz Regis de Castilho e será retomado no dia 4 de dezembro.

    TRE-SP aceita recurso de Marçal e rejeita ação que o tornou inelegível

  • Problemas com descontos no INSS era recorrente, diz ministro de Bolsonaro

    Problemas com descontos no INSS era recorrente, diz ministro de Bolsonaro

    A CPMI do Instituto Nacional do Seguro Social investiga as suspeitas de irregularidades nos descontos associativos; a Comissão ouviu Onyx Lorenzoni na condição de convidado

    O ex-ministro do Trabalho e Previdência Social do governo Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que as suspeitas de irregularidades nos descontos associativos são antigas e atravessam diferentes gestões.

    “O problema com descontos associativos era recorrente. Tem denúncias de problemas com acordos ou com procedimentos dos mais diferentes governos desde 2010, registrados pela imprensa brasileira”, comentou Lorenzoni ao depor à comissão, na condição de convidado, nesta quinta-feira (6).

    Lorenzoni comandou a pasta à qual o INSS está vinculado por oito meses, do fim de julho de 2021 a março de 2022. Hoje, ao depor, ele admitiu que já estava ciente do problema ao assumir a pasta. Tanto porque, de acordo com ele, a imprensa vinha noticiando “problemas” relacionados a cobranças não autorizadas em benefícios previdenciários desde ao menos 2010, como porque o pai de um de seus assessores já tinha sido vítima de descontos não autorizados e passou meses tentando reaver os valores devidos. 

    “Durante a transição [entre as gestões do ex-presidente Michel Temer e Bolsonaro], este assessor me disse que tínhamos a oportunidade de mudar isso. Então, fomos ao grupo de trabalho [que discutia as prioridades do novo governo para a] Previdência, contamos a história [do pai do assessor], lembramos de um episódio de 2018 e pedimos que fossem estudados modelos de aperfeiçoamento e de combate a eventuais fraudes”, contou Lorenzoni.Segundo o ministro, este foi o motivo para que uma das primeiras iniciativas do governo Bolsonaro tenha sido enviar ao Congresso Nacional, logo no início de 2019, a Medida Provisória (MP) 871, que deu origem a Lei 13.846, aprovada com a justificativa de coibir fraudes em benefícios, “incluindo descontos indevidos”, e conter as despesas previdenciárias.

    De acordo com Lorenzoni, a proposta original previa que as entidades responsáveis por solicitar ao INSS o desconto das mensalidades de seus associados comprovassem as validades das autorizações anualmente, mas durante a tramitação da MP, o Congresso Nacional “usou de sua prerrogativa” e derrubou a proposta, aprovando a revalidação em três anos, a partir de 31 de dezembro de 2021. O então presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 13.846 em junho de 2019, sem vetar este ponto. Posteriormente, ao aprovarem outras MPs, os próprios parlamentares acabaram com a obrigatoriedade da revalidação, só retomada a partir de 2020, ainda no governo Bolsonaro.

    Em seu depoimento, Lorenzoni afirmou que, enquanto ministro do Trabalho e da Previdência, não tomou conhecimento de filiações em massa ou mesmo do desbloqueio em lotes de descontos de mensalidades associativas. “O INSS é uma autarquia autônoma. Isso não era da competência direta do ministro”, comentou, destacando que, já em 2019, o INSS adotou ações administrativas contra entidades denunciadas, cancelando as autorizações para que quatro associações investigadas oferecessem a possibilidade de associados pagarem suas mensalidades mediante descontos nos benefícios previdenciários. No ano seguinte, outras cinco entidades foram punidas.

    Questionado pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Lorenzoni garantiu que jamais recebeu informações de que dirigentes do INSS tenham cometido desvios de conduta ou recebido vantagens indevidas durante o período em que ele esteve à frente do ministério. Admitiu, contudo, que, em 2022, recebeu R$ 60 mil do empresário Felipe Macedo Gomes, então presidente de umas das entidades investigadas no âmbito da Operação Sem Desconto, a Amar Brasil Clube de Benefícios, mas assegurou que, até então, não conhecia Gomes e que o dinheiro foi doado para sua campanha eleitoral ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022.

    Gaspar também perguntou sobre o fato do filho do ex-ministro, o advogado Pietro Lorenzoni, ter prestado serviços a outra das entidades investigadas por suposto envolvimento na fraude contra aposentados e pensionistas, a União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap). Lorenzoni negou tráfico de influência, afirmando que o escritório do qual o filho é um dos sócios foi contratado pela competência da equipe, e que desconhecia os negócios do filho.

    Ao fazerem uma pausa para o almoço, o relator da comissão disse que as informações prestadas por Lorenzoni serão confrontadas com as de outros depoentes e com toda a documentação já disponível. “[Ainda] não consigo fazer um juízo de valor se ele falou ou não a verdade. Vamos confrontar isto com os documentos. Ele passou oito meses à frente do ministério e estas fraudes já existiam. [Por isso] vamos analisar as condutas de todos os ministros para saber quais providências foram tomadas”, comentou Gaspar, destacando que, embora não tenha se esquivado das perguntas, não esclareceu a questão do dinheiro que recebeu do ex-presidente da Amar Brasil, nem o fato de seu filho advogar para uma das entidades investigadas.

    “Poderia ser um depoimento mais aprofundado, mas ele trouxe dados e falou que durante sua gestão, os descontos associativos diminuíram. Ainda vou confrontar isso com os documentos que temos. O que posso dizer é que, durante a gestão dele, foram assinados seis Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com entidades que se mostraram fraudulentas. Mas como ele disse, o INSS é uma autarquia e ele não conhece as entidades e não participou das assinaturas. Temos que analisar até que ponto ele e outros ministros tiveram conduta omissiva diante de tudo aquilo que está posto”.

    Convocações

    Antes de ouvir Lorenzoni, os integrantes da CPMI do INSS aprovaram as propostas de que o colegiado peça ao ministro André Mendonça, relator da ação sobre os descontos ilegais de mensalidades associativas no Supremo Tribunal Federal (STF), as prisões preventivas de mais cinco investigados: Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios; Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT); Silas Vaz, secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) e de Domingos Sávio de Castro e Rubens Oliveira Costa, ligados ao empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o chamado Careca do INSS, apontado como principal operador do esquema.

    A CPMI também aprovou a acareação entre Antunes e o advogado Eli Cohen, um dos primeiros a apontar as fraudes nos descontos associativos de aposentados e pensionistas do Regime Geral da Previdência Social. A data para que os dois sejam ouvidos, frente a frente, ainda vai ser definida.

    Problemas com descontos no INSS era recorrente, diz ministro de Bolsonaro

  • Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR

    Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR

    Quem ganha até R$ 7.350 por mês vai se beneficiar com a medida; a sanção deve ocorrer nos próximos dias para que a isenção possa valer já em 2026

    O plenário do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), contemplando quem ganha até R$ 5 mil. Encaminhado pelo governo federal em março ao Congresso, o texto foi aprovado em outubro pela Câmara e, após a votação pelo Senado, poderá ser sancionado. 

    A sanção deve ocorrer nos próximos dias para que a isenção possa valer já em 2026. A principal mudança é que o projeto isenta quem ganha até R$ 5 mil mensais e aumenta a taxação dos mais ricos.

    O governo calcula que cerca de 25 milhões de brasileiros vão pagar menos impostos, enquanto outros 200 mil contribuintes terão algum aumento na tributação.  

    Confira abaixo as principais mudanças a partir da aprovação do projeto:  

    Quem vai deixar de pagar o Imposto de Renda? 

    Atualmente, a isenção do IR alcança apenas quem ganha até R$ 3.076 (dois salários mínimos). A nova legislação isentará, a partir de janeiro do ano que vem, o imposto de renda sobre rendimentos mensais de até R$ 5 mil para pessoas físicas. 

    Quais faixas de renda vão passar a pagar menos imposto? 

    Para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá uma redução parcial dos valores a serem pagos – quanto menos ganhar, maior a redução.  

    Os contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 não serão contemplados pela medida.  

    Quem vai pagar mais imposto? 

    Para compensar a perda de arrecadação com a isenção, o projeto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil por mês. O texto também estabelece a tributação para lucros e dividendos remetidos para o exterior com alíquota de 10%. 

    Contribuintes pessoas físicas de alta renda recolhem hoje, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais, incluindo distribuição de lucros e dividendos. Trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de IR sobre seus ganhos. 

    A partir de quando vai valer a mudança? A nova regra vai valer a partir do ano que vem, caso seja sancionada até dia 11 de novembro. O governo já sinalizou que irá sancionar a medida até esta data.  

    Dessa forma, a partir de janeiro de 2026, quem ganha até R$ 5 mil deixa de pagar ter o imposto descontado e, quem ganha até R$ 7.350, pagará menos.

    Na prática, a isenção terá impacto na declaração do IRPF 2027, com o ano-base 2026.  

    Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR

  • Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

    Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

    “A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução”, disse o vice-presidente; Comitê manteve nesta quarta-feira (5) Selic em 15% ao ano

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (6) que o governo espera uma redução da taxa de juros na próxima reunião do Copom.

    Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira (5) a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano.

    “A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução, ela retrai a atividade econômica, especialmente bens duráveis de custo mais alto, mas acho que será transitório. Estamos tendo grandes investimentos no Brasil”, disse, ao participar de evento em Minas Gerais. 

    Alckmin citou que o país tem uma safra agrícola recorde, com percentual 17% acima, queda do dólar e da inflação, como importantes indicadores econômicos.

    A próxima reunião do Copom será nos dias 9 e 10 de dezembro.

    Selic

    Em nota, o Banco Central informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais, o que levou à manutenção da taxa de juros.

    No Brasil, destacou o comunicado, a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.

    Foi a terceira reunião seguida em que o Copom manteve os juros básicos. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.

    Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

  • Ex-deputado Paulo Frateschi é morto pelo filho em São Paulo

    Ex-deputado Paulo Frateschi é morto pelo filho em São Paulo

    O ex-deputado pelo PT foi agredido em sua casa, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista

    Morreu na manhã desta quinta-feira (6), em São Paulo, o ex-deputado estadual pelo PT Paulo Frateschi. Ele foi agredido pelo próprio filho – Francisco Frateschi – em sua casa, no bairro da Lapa, zona oeste da capital.

    Segundo comunicado da polícia, Frateschi foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento a faca. O local do crime foi preservado para ser periciado. O caso foi registrado no 91º DP e as investigações continuam.

    Frateschi é membro histórico do PT. Quando estudante, se opôs e combateu a ditadura militar. Em 1969 foi preso e torturado pelo regime. Mais tarde, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, do qual é filiado desde os primeiros anos. Também exerceu o cargo de secretário municipal de Relações Governamentais nas gestões de Marta Suplicy e de Fernando Haddad.

    Presidente nacional do PT, Edinho Silva lamentou a morte de Frateschi, “companheiro e dedicado militante do nosso partido”, nas redes sociais.

    “Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo. Paulo Frateschi deixa um legado, marcado pela luta pela justiça e pela inclusão. Ele permanecerá vivo em nossos corações e nas ações que ele ajudou a inspirar”, afirmou.

    “A ausência do nosso querido Frateschi deixa uma lacuna irreparável entre amigos, familiares, companheiras e companheiros de luta. Manifestamos à família, aos amigos e a todos que com ele caminharam, a nossa mais sincera solidariedade. Paulo Frateschi presente, hoje e sempre”, completou.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também lamentou a morte do político. “Ex-presidente estadual do PT em São Paulo e dirigente histórico do partido, foi defensor incansável da democracia, com coragem e determinação”, afirmou Haddad.

    “Filiado ao partido desde os primeiros anos da legenda, exerceu mandato de deputado estadual e atuou em movimentos sociais em defesa dos trabalhadores e das liberdades públicas. Foi ainda secretário municipal de Relações Governamentais na minha gestão na Prefeitura de SP onde contribuiu com dedicação e excelência. Manifesto profunda solidariedade à companheira Yolanda, aos familiares e aos amigos”, completou.

    Ex-deputado Paulo Frateschi é morto pelo filho em São Paulo

  • Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

    Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

    A contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal; adesão ao acordo de ressarcimento continua disponível após a data

    Aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos diretamente nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até sexta-feira da próxima semana (14) para contestar os débitos não autorizados.

    O Ministério da Previdência Social (MPS) explica que a contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal.

    Onde contestar

    Os beneficiários podem contestar os valores descontados  de três formas, por meio de canais oficiais do INSS:

    • No aplicativo ou site Meu INSS, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da plataforma Gov.br.
    • Pelo telefone da Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h
    • Nos Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito.

    Processo

    Ao entrar no aplicativo ou site Meu INSS, o cidadão deve acessar o serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”.

    No aplicativo, ao clicar em “Não autorizei o desconto”, o beneficiário registra a contestação, e a entidade associativa que procedeu o desconto tem até 15 dias úteis para responder.

    Caso não apresente uma resposta, o sistema do INSS abre automaticamente a opção para os aposentados e pensionistas fazerem a adesão ao acordo de ressarcimento.

    Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS

    A adesão é gratuita e dispensa o envio de documentos adicionais.

    Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o aposentado ou pensionista deve clicar no aplicativo ou site Meu INSS, no campo “Consultar Pedidos” e avançar para “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um).

    O internauta deve rolar a tela, por exemplo, do celular ou do notebook até o último comentário e, no campo “Aceito receber”, selecionar “Sim”.

    Por fim, deve enviar a aceitação do acordo.

    Devolução dos valores

    Depois da adesão, os valores serão devolvidos pelo governo federal e depositados automaticamente na conta onde o beneficiário já recebe o benefício previdenciário.

    O valor será corrigido pela inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no período do desconto não autorizado das mensalidades associativas.

    O Ministério da Previdência Social (MPS) esclarece que não há necessidade de ação judicial.

    Mesmo após o encerramento do prazo para contestar os descontos, em 14 de novembro, a adesão ao acordo de ressarcimento continuará aberta e pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.

    Balanço

    Desde a abertura do sistema, em maio, 5,9 milhões de contestações já foram registradas por beneficiários que não reconheceram os descontos feitos pelas entidades associativas.

    O governo do Brasil já devolveu R$ 2,4 bilhões a 3,6 milhões de aposentados e pensionistas, o que representa 75,3% do total de beneficiários que estão aptos a aderir ao acordo de ressarcimento (4,7 milhões no total).

    Mensalidades associativas

    Os descontos de mensalidades de entidades associativas devem ser voluntários, ou seja, o débito é legalmente permitido somente se o aposentado ou pensionista decidir, de livre e espontânea vontade, associar-se a uma entidade, como um sindicato ou associação de classe.

    Ainda é preciso assinar um termo de autorização para que a mensalidade seja debitada de seu pagamento mensal do INSS. Porém, quase 98% dos beneficiários do INSS não autorizaram os descontos.

    Senado

    No Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS apura as fraudes envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas da autarquia federal.

    Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

  • Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

    Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

    Projeto aprovado amplia a faixa de isenção e cria desconto escalonado para quem ganha até R$ 7.350. Medida deve beneficiar trabalhadores da iniciativa privada, servidores e aposentados do INSS

    (FOLHAPRESS) – Trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de regimes próprios e servidores públicos com salários de até R$ 5.000 ficarão isentos do pagamento do Imposto de Renda a partir de 2026, conforme projeto aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (5).

    A medida, que ainda será sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cria um desconto escalonado do IR para salários entre R$ 5.000,01e R$ 7.350. Não haverá mudança para quem ganha mais.

    Cálculos feitos pela Contabilizei, empresa de contabilidade e consultoria, mostram que um trabalhador com salário de R$ 5.000 e sem dependentes vai deixar de pagar R$ 312,89 de imposto por mês. A diferença vai diminuindo até chegar a R$ 19,98 para quem ganha R$ 7.200. Os dados consideram valores a partir do salário mínimo de R$ 1.518 até salários de R$ 50 mil. Veja abaixo.

    Atualmente, não há desconto do IR para quem ganha até dois salários mínimos, o que dá R$ 3.036 por mês. A faixa de isenção oficial da tabela, no entanto, é de R$ 2.428,80 mensais, mas a Receita aplica um desconto-padrão de R$ 607,20 que zera o IR nestes casos.

    Além do Imposto de Renda para quem fica acima do limite de isenção, os trabalhadores também são obrigados a pagar as contribuições ao INSS. Elas são descontadas diretamente do salário mensal para quem tem carteira assinada pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

    Para fazer o cálculo do desconto do IR, no entanto, as empresas consideram qual é o tipo de desconto mais vantajoso sobre o salário bruto do profissional, se pela tabela completa, que considera do INSS e o número de dependentes, ou se pelo modelo simplificado, com desconto de R$ 607,20 da base de cálculo.

    COMO É O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA HOJE

    Salário bruto – Desconto do INSS – Imposto de Renda atual – Salário líquido hoje

    R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15
    R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27
    R$ 3.200 – R$ 277,41 – R$ 12,30 – R$ 2.910,29
    R$ 3.400 – R$ 301,41 – R$ 27,30 – R$ 3.071,29
    R$ 3.600 – R$ 325,41 – R$ 54,76 – R$ 3.219,83
    R$ 3.800 – R$ 349,41 – R$ 84,76 – R$ 3.365,83
    R$ 4.000 – R$ 373,41 – R$ 114,76 – R$ 3.511,83
    R$ 4.200 – R$ 397,60 – R$ 144,76 – R$ 3.657,64
    R$ 4.400 – R$ 425,60 – R$ 177,89 – R$ 3.796,51
    R$ 4.600 – R$ 453,60 – R$ 222,89 – R$ 3.923,51
    R$ 4.800 – R$ 481,60 – R$ 267,89 – R$ 4.050,51
    R$ 5.000 – R$ 509,60 – R$ 312,89 – R$ 4.177,51
    R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 357,89 – R$ 4.304,51
    R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 409,29 – R$ 4.425,11
    R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 464,29 – R$ 4.542,11
    R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 515,33 – R$ 4.663,07
    R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 562,63 – R$ 4.787,77
    R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 609,93 – R$ 4.912,47
    R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 657,23 – R$ 5.037,17
    R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 704,53 – R$ 5.161,87
    R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 751,83 – R$ 5.286,57
    R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 799,13 – R$ 5.411,27
    R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 846,43 – R$ 5.535,97
    R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,91 – R$ 5.629,50
    R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77
    R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73
    R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73
    R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73
    R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73
    R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73

    COMO FICA O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA EM 2026?

    Salário bruto – Desconto do INSS – IR (projeto de lei 1.087/2025)

    – Salário após a reforma do IR – Quanto o trabalhador deixará de pagar
    R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15 – já era isento
    R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27 – já era isento
    R$ 3.200 – R$ 277,41 – isento – R$ 2.922,59 – R$ 12,30
    R$ 3.400 – R$ 301,41 – isento – R$ 3.098,59 – R$ 27,30
    R$ 3.600 – R$ 325,41 – isento – R$ 3.274,59 – R$ 54,76
    R$ 3.800 – R$ 349,41 – isento – R$ 3.450,59 – R$ 84,76
    R$ 4.000 – R$ 373,41 – isento – R$ 3.626,59 – R$ 114,76
    R$ 4.200 – R$ 397,60 – isento – R$ 3.802,40 – R$ 144,76
    R$ 4.400 – R$ 425,60 – isento – R$ 3.974,40 – R$ 177,89
    R$ 4.600 – R$ 453,60 – isento – R$ 4.146,40 – R$ 222,89
    R$ 4.800 – R$ 481,60 – isento – R$ 4.318,40 – R$ 267,89
    R$ 5.000 – R$ 509,60 – isento – R$ 4.490,40 – R$ 312,89
    R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 71,62 – R$ 4.590,78 – R$ 286,27
    R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 149,65 – R$ 4.684,75 – R$ 259,64
    R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 231,28 – R$ 4.775,12 – R$ 233,01
    R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 308,95 – R$ 4.869,45 – R$ 206,38
    R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 382,88 – R$ 4.967,52 – R$ 179,75
    R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 456,81 – R$ 5.065,59 – R$ 153,12
    R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 530,74 – R$ 5.163,66 – R$ 126,49
    R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 604,67 – R$ 5.261,74 – R$ 99,86
    R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 678,60 – R$ 5.359,81 – R$ 73,23
    R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 752,53 – R$ 5.457,88 – R$ 46,60
    R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 826,45 – R$ 5.555,95 – R$ 19,98
    R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,90 – R$ 5.629,50 – R$ 0,00
    R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77 – não há diferença
    R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73 – não há diferença
    R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73 – não há diferença
    R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73 – não há diferença
    R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73 – não há diferença
    R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73 – não há diferença

    COMO É FEITA A COBRANÇA DO IR?
    O Imposto de Renda é um imposto pago sobre a renda dos trabalhadores. O desconto é feito todo mês, conforme tabela determinada por lei, atualizada e divulgada pela Receita Federal todos os anos. Para fazer o desconto do tributo, há direito de deduzir da base de cálculo a contribuição ao INSS e a dedução por dependentes, se houver. Há ainda a opção do desconto simplificado mensal.
    A cada ano, os contribuintes precisam fazer a declaração de IR à Receita. O documento, chamado de declaração de ajuste anual, é um ajuste final entre as partes para saber quanto foi recebido, quanto há de gasto dedutível e quanto deve ou não ser devolvido pelo fisco, se for o caso.
    Quem pagou mais imposto tem o direito de restituir. A restituição ocorre por meio de um calendário, conforme a data da entrega da declaração e uma fila de prioridades definidas por lei. Quem pagou menos imposto terá de acertar as contas e quitar a diferença com o fisco.
    No cálculo anual, há direito a outros abatimentos, como gasto com saúde e educação, além de dependentes e Previdência. Quem paga plano de previdência privada também consegue deduzir parte do valor e pagar menos imposto no ano.

    Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

  • Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

    Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

    Após manter a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva, o Banco Central reforçou o tom conservador e sinalizou juros altos por um período prolongado. A decisão elimina apostas em cortes até 2026 e pressiona as taxas futuras, apesar do alívio nos Treasuries

    Os juros futuros se ajustam nesta quinta-feira ao tom conservador do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve pressionar para cima as taxas mais curtas, com desinclinação da curva. O BC manteve a Selic em 15% ao ano pela terceira vez, em decisão unânime, e permaneceu no comunicado a frase sobre manter a taxa no nível atual por um “período bastante prolongado”.

    O recuo dos rendimentos dos Treasuries pode ajudar a aliviar a ponta longa da curva. A agenda do dia traz leilões do Tesouro de LTN e NTN-F às 11h, e os dados da balança comercial de outubro às 15h.

    Com isso, a curva deve apagar qualquer precificação que ainda existia de corte da Selic em dezembro, enfraquecer as apostas para janeiro e o mercado deve começar a colocar mais fichas para a reunião de março.

    “O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, disse o comunicado.

    O Rabobank mantém seu cenário-base de início de um ciclo de cortes da Selic somente a partir do segundo trimestre de 2026.

    Para o Citi, o comunicado “aponta para uma autoridade monetária “ainda mais comprometida” com objetivo de levar a inflação à meta de 3%”, mas mantém a previsão de que o Copom inicie um ciclo de cortes da Selic em janeiro de 2026.

    Já Daycoval avalia que a probabilidade de corte de juros em janeiro passe a ser pequena. O Barclays diz que o comitê não parece mais ter dúvidas sobre se a manutenção do juro básico no nível atual seria suficiente para a convergência da inflação à meta.

    A B.Side Investimentos afirma que o comunicado jogou um “balde de água fria” nos que esperavam qualquer tipo de flexibilidade. Para a XP, o Copom reconhece a melhora do cenário inflacionário, mas com bastante cautela.

    Os aluguéis residenciais aumentaram 0,57% em outubro, após terem subido 0,30% em setembro. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O índice acumulou uma alta de 5,58% nos 12 meses encerrados em outubro, ante um avanço de 4,04% nos 12 meses terminados em setembro.

    Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

  • Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

    Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

    O dólar é pressionado também por incertezas sobre tarifas do governo Trump, em análise pela Suprema Corte, e pelo impacto do shutdown, que já dura 38 dias, somado ao enfraquecimento político do presidente Donald Trump após derrotas republicanas regionais

    O dólar tende a recuar frente ao real, refletindo o tom conservador do Copom, que manteve a taxa Selic em 15% ao ano, pela terceira vez seguida em decisão unânime, reforçando a atratividade do carry trade brasileiro.

    O Copom sinalizou que deve manter o juro básico em 15% por um “período prolongado”, citando inflação resistente, atividade firme e incertezas fiscais e externas.

    O tom conservador praticamente elimina apostas de corte em dezembro e reduz chances para janeiro, com o mercado projetando início do ciclo apenas em março. Instituições como Citi, Barclays e XP destacam a postura mais dura e o compromisso do BC com a meta de 3%, enquanto a B.Side vê o comunicado como um “balde de água fria” para quem esperava flexibilidade.

    As altas de petróleo e do minério de ferro podem ajudar a sustentar também a moeda local bem como a desvalorização do dólar frente seus pares desenvolvidos e às principais divisas emergentes.

    Lá fora, os investidores aguardam decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE) às 9 horas. O mercado aposta em manutenção da taxa em 4%, pois acredita que o banco deve esperar novos indicadores e os impactos do Orçamento de 2026 antes de cortar juros.

    Também há expectativa por comentários de seis dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE). Ontem, a projeção de manutenção dos juros pelo Fed em dezembro ganhou força depois dos indicadores de serviços e de criação de emprego no setor privado acima das previsões sugerirem que a economia americana segue saudável.

    O dólar é pressionado também por incertezas sobre tarifas do governo Trump, em análise pela Suprema Corte, e pelo impacto do shutdown, que já dura 38 dias, somado ao enfraquecimento político do presidente Donald Trump após derrotas republicanas regionais.

    Mais cedo, a produção industrial alemã mostrou avanço menor que o esperado em setembro e balanços de Commerzbank e Air France abaixo das previsões pressionam também as bolsas europeias.

    O dólar à vista fechou ontem em baixa de 0,69%, a R$ 5,3614, acompanhando o enfraquecimento global da divisa e a notícia de que a China suspendeu tarifas aos EUA.

    Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE