Suspeito do caso Maddie tenta confrontar procurador após deixar prisão

Christian Brückner, único suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, viajou até Braunschweig para tentar encontrar o procurador Hans Christian Wolters. Ele afirma ser perseguido pela mídia e responsabiliza o investigador pelas acusações que enfrenta

Christian Brückner, considerado pelas autoridades alemãs o principal e único suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, no Algarve, voltou a ganhar destaque na imprensa europeia. Segundo a Sky News, após ser libertado da prisão no dia 17 de setembro, ele teria viajado até Braunschweig, na Alemanha, para tentar confrontar o procurador Hans Christian Wolters, responsável pela investigação do caso desde 2020.

Brückner, de 47 anos, cumpre atualmente medidas restritivas determinadas pela Justiça alemã, como o uso de tornozeleira eletrônica, apresentação regular ao serviço de liberdade condicional e proibição de deixar o país. Ele está vivendo em Neumünster, a cerca de três horas de distância da cidade onde procurou Wolters.

De acordo com a Sky News, Brückner pediu para se reunir com o procurador porque acredita estar sendo perseguido pela mídia em razão das acusações. “Estou sendo perseguido pela imprensa e a culpa é dele. Quero que ele assuma a responsabilidade”, teria dito. O pedido foi recusado.

O alemão deixou a prisão de Sehnde, onde cumpria pena de sete anos por ter estuprado uma turista de 72 anos em 2005, também na Praia da Luz, a mesma localidade onde Madeleine McCann desapareceu dois anos depois durante férias com a família.

O nome de Brückner surgiu como suspeito no caso Maddie apenas em 2020, quando a promotoria alemã afirmou haver provas concretas de seu envolvimento. Registros telefônicos o colocam na região no dia do desaparecimento da menina britânica de três anos.

Em setembro de 2024, durante outro julgamento, um ex-companheiro de cela relatou que o alemão confessou ter raptado uma criança. O testemunho reforçou a convicção do procurador Wolters, que declarou, ao anunciar a libertação de Brückner: “Ele não é apenas o principal suspeito, é o único suspeito. Não há mais ninguém.”

O caso Madeleine McCann, que mobiliza autoridades britânicas, portuguesas e alemãs há 17 anos, permanece oficialmente sem solução.

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