Categoria: MUNDO

  • Polonesa que diz ser Madeleine McCann chora e reafirma: “Sou eu”

    Polonesa que diz ser Madeleine McCann chora e reafirma: “Sou eu”

    Julia Wandelt, de 24 anos, declarou novamente em tribunal que acredita ser Madeleine McCann, desaparecida em 2007, apesar de exames de DNA comprovarem que não há qualquer ligação entre elas

    Julia Wandelt, de 24 anos, voltou a chorar em tribunal ao afirmar diante do júri que é Madeleine McCann, a menina britânica que desapareceu em Portugal em 2007, aos três anos de idade. A jovem polonesa é acusada de perseguir a família McCann após alegar ser a própria Maddie. A promotoria, no entanto, insiste que é “extremamente óbvio” que ela não é a criança desaparecida.

    Durante a audiência, o promotor Michael Duck KC voltou a dizer que não há qualquer evidência que ligue Julia à família McCann. Em prantos, ela respondeu: “Acredito que sou. Não me importo se as pessoas disserem que não. Estou simplesmente exausta. Quero saber quem sou. Se eu não for, tudo bem. Só estou cansada”.

    O promotor apresentou em tribunal os resultados de testes de DNA que mostram que Julia não tem qualquer relação genética com Madeleine. Ao ser questionada se aceitava essa conclusão, ela respondeu: “Supondo que o teste seja da Madeleine, então sim”.

    Questionada sobre o motivo de os McCann não responderem às suas mensagens e ligações, Julia afirmou que “talvez não lhes fosse permitido”. “Ainda não consigo acreditar que os pais de uma criança desaparecida não queiram seguir uma pista”, disse, acrescentando que “desperdiçou três anos e meio tentando descobrir quem é” e que “não deveria estar no banco dos réus”.

    No primeiro dia do julgamento, Wandelt também chorou ao ser confrontada com o fato de não haver qualquer vínculo entre ela e os McCann. Na ocasião, tentou deixar a sala de audiências em prantos.

    O julgamento teve início em outubro e já contou com depoimentos de Kate e Gerry McCann, dos filhos gêmeos Amelie e Sean, e de amigos da família. Julia foi presa em fevereiro, no aeroporto de Bristol, no Reino Unido, e responde a quatro acusações de perseguição. Entre as ações atribuídas a ela estão ligações telefônicas, mensagens de voz, cartas e mensagens de WhatsApp enviadas aos pais de Madeleine.

    Em seu primeiro depoimento, Julia contou que começou a desconfiar da própria identidade na adolescência, quando fazia terapia por episódios de automutilação. Ela afirmou que sempre estranhou suas diferenças físicas em relação aos pais e que eles se recusavam a mostrar fotos de infância, a certidão de nascimento ou a fazer um teste de DNA.

    Durante outra sessão, a jovem relatou que chegou a ir até a casa da família McCann, em 7 de dezembro de 2024, para tentar falar com Kate e Gerry. “Disse ‘Kate’, ela se virou e começou a chorar. Eu também chorei”, contou Julia, afirmando que Kate se recusou a conversar e ameaçou chamar a polícia.

    Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007, enquanto dormia com os irmãos em um apartamento na Praia da Luz, no Algarve. O caso, que ganhou repercussão mundial, continua sem solução. Em 2023, o alemão Christian Brückner foi apontado como principal suspeito pelo Ministério Público português, mas ainda não foi formalmente acusado por falta de provas.

    Polonesa que diz ser Madeleine McCann chora e reafirma: “Sou eu”

  • Fotógrafo registra a 1ª imagem de um lince-ibérico branco: “Paralisado"

    Fotógrafo registra a 1ª imagem de um lince-ibérico branco: “Paralisado"

    Fotógrafo espanhol registra pela primeira vez um raro lince-ibérico branco em serra de Jaén. O animal, uma fêmea chamada Satureja, intriga cientistas por ter mudado de cor sem apresentar sinais de albinismo ou leucismo

    Um jovem fotógrafo espanhol registrou pela primeira vez um lince-ibérico branco. A descoberta, confirmada por especialistas, aconteceu no dia 22 de outubro, em uma serra na região de Jaén, na Espanha.

    Nas redes sociais, o fotógrafo Ángel Hidalgo Garrido, de 29 anos, contou que começou a fotografar a serra “há alguns meses” e acabou captando “algo em que não conseguia acreditar” em uma de suas câmeras: “O fantasma branco da floresta mediterrânea”.

    “Desde então, comecei a dedicar todo o tempo livre que tinha. Precisava ver aquela maravilha com meus próprios olhos. O tempo foi passando — horas, dias, semanas e até meses sem sucesso —, e muitas vezes pensei em desistir”, relatou.

    Mas, em uma manhã após uma noite de chuva, ele decidiu voltar ao local e avistou ao longe “uma silhueta branca que parecia emitir luz própria”.

    “Quando vi pela primeira vez um lince-ibérico branco, com a pelagem de inverno tão branca quanto a neve e aqueles olhos penetrantes, fiquei paralisado. Não conseguia acreditar no que estava vendo”, contou.

    Ángel disse ainda se sentir “muito sortudo por ter testemunhado esse momento” e por poder observar “esse magnífico lince em seu habitat natural”.

    Segundo o jornal espanhol El País, o animal já era conhecido pelo programa de recuperação do lince-ibérico na Andaluzia. Trata-se de uma fêmea chamada Satureja, nascida em 2021.

    Javier Salcedo, coordenador do plano de recuperação da espécie na Andaluzia, explicou ao El País que Satureja nasceu com a coloração normal, mas seu pelo começou a ficar branco com o tempo.

    “Não se trata de albinismo nem de leucismo. Estamos investigando o que pode ter acontecido. Acreditamos que possa estar relacionado à exposição a algum fator ambiental”, disse Salcedo.

    Ele acrescentou que a alteração ocorreu na melanina responsável pela pigmentação marrom e alaranjada, e não na que produz o pigmento escuro, por isso o lince mantém o padrão característico das manchas pretas.

    Fotógrafo registra a 1ª imagem de um lince-ibérico branco: “Paralisado"

  • 50 Best escolhe os melhores hotéis do mundo, e Copacabana Palace fica em 11°

    50 Best escolhe os melhores hotéis do mundo, e Copacabana Palace fica em 11°

    O prêmio é composto por mais de 800 votantes em 13 regiões geográficas, entre hoteleiros, jornalistas de viagem, educadores da área de hotelaria, viajantes de negócios e entusiastas de viagens

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Na terceira edição do 50 Best Hotels, O Copacabana Palace ficou em 11° lugar, sendo a melhor entrada e o melhor na América do Sul. O hotel Rosewood São Paulo foi eleito o 24º melhor do mundo, mantendo a posição de 2024.

    A 50 Best, organização que realiza anualmente os prêmios The World’s 50 Best Bars e The World’s 50 Best Restaurants com o melhor da gastronomia e coquetelaria internacional, anunciou os 50 melhores hotéis do mundo em 2025 em Londres nesta quinta (30).

    O “COPA”

    Desde a sua fundação, em 1923 pelo empresário Octávio Guinle, o Copa acompanhou o curso da história -e viu muito dela acontecer entre suas luxuosas paredes.

    A própria criação do hotel foi sugestão de Epitácio Pessoa, presidente do Brasil de 1919 a 1922, que queria colocar o Rio no mapa do mundo durante a grande Exposição do Centenário da Independência do Brasil.

    Em troca, entre outras vantagens do apoio presidencial, o Copa poderia até mesmo operar um cassino -que funcionou até a proibição do jogo no país em 1946.

    Após a compra do terreno na praia de Copacabana, a Avenida Atlântica foi alargada para abrigar o que seria o primeiro grande edifício em Copacabana, até então um bairro de casas e mansões.

    O mármore de Carrara, os cristais da Boêmia, as dificuldades em fazer as fundações e até uma ressaca história em 1922 forçaram o adiamento da inauguração para 13 de agosto de 1923, quase um ano após a Exposição do Centenário.

    Com isso, o Copa nascia com todos os temperos de um sucesso para o mundo.

    A obra do arquiteto francês Joseph Gire, inspirada nos hotéis europeus, como o Le Negresco em Nice e o Carlton em Cannes, viu o Rio passar por carnavais lotados de famosos (Baile do Copa sendo um dos eventos mais aguardados depois dos desfiles da Sapucaí), viradas de ano que recebem público recorde e, em 1989, foi reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional.

    Mesmo ano em que o hotel foi adquirido pelo grupo Orient-Express, hoje Belmond, e passou por várias reformas e revitalizações.

    As celebridades mudaram, o glamour se renovou, mas a casa do Jorge Ben não perdeu a majestade.

    O ROSEWOOD

    O hotel luxuoso fica na região movimentada e “badalada” da Avenida Paulista.

    Os interiores, concebidos pelo designer francês Philippe Starck, oferecem experiências mais emocionais aos hóspedes, como através dos violões de Caetano Veloso e Gilberto Gil nas paredes.

    O cardápio do “jazz bar” Rabo di Galo, e do restaurante Taraz também fazem sucesso entre os hóspedes do mundo todo.

    OUTRO BRASILEIRO NO TOP 100

    O Hotel das Cataratas, no Parque Nacional do Iguaçu, foi considerado um dos 100 melhores do mundo pelo prêmio em sua lista ampliada de destaques de 2025.

    O estabelecimento brasileiro levou a 76ª colocação, à frente de ícones como o Plaza Athénée, em Paris.

    Inaugurado em 1958, o Hotel das Cataratas tem arquitetura e decoração inspirada no estilo colonial português, com um forte ar vintage, mas tons e detalhes mais discretos -resultados das amplas reformas conduzidas pelo grupo Belmond (que o administra desde 2007) que recriaram 184 acomodações e espaços de uso comum, como piscinas, restaurantes, jardins e a abertura de um novo spa.

    COMO FUNCIONA A VOTAÇÃO

    O prêmio é composto por mais de 800 votantes em 13 regiões geográficas, entre hoteleiros, jornalistas de viagem, educadores da área de hotelaria, viajantes de negócios e entusiastas de viagens.

    Cada um pode votar em qualquer hotel do mundo em que tenha se hospedado, independentemente de sua região de origem. Cada votante dá sete votos, classificando os hotéis em ordem de preferência, com base nas experiências de estadia durante o período de votação de dois anos.

    A votação é realizada individualmente e de forma estritamente confidencial em um site seguro, e permanece em sigilo até o anúncio da lista. Os votantes não têm acesso nem conhecimento sobre os votos dados pelos participantes de suas regiões; além disso, não são porta-vozes oficiais da marca 50 Best.

    Todos os anos, no mínimo 25% do painel é renovado. Todos os votantes, com exceção dos chairs, permanecem anônimos para eliminar qualquer possibilidade de lobby ou influência externa.

    A consultoria profissional Deloitte atua como auditoria independente oficial do The World’s 50 Best Hotels. A Deloitte recebeu acesso total e independente ao processo e aos dados de votação, e realizou procedimentos específicos para confirmar a integridade e autenticidade tanto do processo quanto da lista resultante.

    50 Best escolhe os melhores hotéis do mundo, e Copacabana Palace fica em 11°

  • Trump diz ter falado com Xi sobre trabalho conjunto para 'resolver' guerra da Ucrânia

    Trump diz ter falado com Xi sobre trabalho conjunto para 'resolver' guerra da Ucrânia

    Líderes se encontraram em Busan, na Coreia do Sul, para discutir tensões comerciais; norte-americano não detalhou como chinês respondeu às suas colocações

    BUSAN, COREIA DO SUL (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que conversou com o líder da China, Xi Jinping, sobre como os países podem ajudar na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de três anos.

    “A Ucrânia surgiu de forma muito enfática [no encontro]. Conversamos sobre isso por um bom tempo. E nós dois vamos trabalhar juntos para ver se conseguimos fazer algo. Concordamos que os lados estão travados e lutando”, disse.

    O americano afirmou ainda que a guerra não custa nada aos EUA, pelo contrário, gera lucro, mas um lucro que não o interessaria.

    “Mas, você sabe, nós enviamos armas para a Otan. Eles compram pelo preço cheio. Eles compram as armas, eles as entregam para quem quiserem. Mas acho que, em grande parte, elas acabam indo para a Ucrânia. E nós discutimos isso”, afirmou Trump. “Vamos trabalhar juntos para tentar resolver a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.”

    O americano não detalhou como Xi teria respondido às suas declarações.

    A fala ocorreu em conversa com repórteres a bordo do avião presidencial americano, o Air Force One, logo após o presidente embarcar rumo a Washington depois de um giro pela Ásia.

    Trump estava na Coreia do Sul para participar da cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em português) e para se encontrar com Xi para discutir as tensões comerciais que cercam os dois países, entre elas as tarifas sobre produtos chineses.

    Trump tem agido para negociar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Em sua passagem por Doha, no Qatar, parte do roteiro da viagem da última semana, o americano afirmou que não se encontrará com Putin até que haja um acordo de paz estabelecido.

    A imposição de sanções pelos EUA é outro fator que dificulta a comunicação entre os líderes. Dias antes, a Rússia criticou as sanções com relação ao seu setor petrolífero. O presidente russo, por sua vez, afirmou que não cederá à pressão dos americanos.

    Já a China mantém discurso de neutralidade, afirmando que sua posição é “objetiva e imparcial”, mas sofre críticas por ter a Rússia como uma aliada histórica.

    Em agosto, ao ser questionado sobre um ataque russo que matou cerca de 20 pessoas em Kiev, o porta-voz Guo Jiakun afirmou que o diálogo e a negociação são as vias de resolução do conflito e defendeu a não escalada, sem condenar os ataques russos.

    O país publicou em 2023 um posicionamento oficial em que pedia a retomada das negociações de paz, o fim das sanções unilaterais e a proteção de civis e prisioneiros de guerra, entre outras resoluções.

    No ano passado, China e Brasil assinaram um consenso com seis pontos propondo uma solução política para a guerra, reiterando a necessidade de diálogo e negociação, pedindo esforços para aumentar a assistência humanitária e condenando o uso de armas de destruição em massa, por exemplo. O plano, no entanto, não avançou por falta de apoio de outros atores internacionais.

    Trump diz ter falado com Xi sobre trabalho conjunto para 'resolver' guerra da Ucrânia

  • Holanda pode ter premiê gay pela 1ª vez após disputa apertada contra ultradireita

    Holanda pode ter premiê gay pela 1ª vez após disputa apertada contra ultradireita

    Ron Jetten, 38, pode se tornar também o mais jovem no cargo após campanha contra ‘Trump holandês’; negociações para formar governo costumam levar meses e exigirão pelo menos quatro partidos para atingir maioria

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O líder centrista Ron Jetten, 38, pode se tornar o primeiro premiê abertamente gay e o mais jovem da história da Holanda. Ele ainda terá que negociar uma coalizão com um Parlamento fragmentado, mas o seu partido, Democratas 66 (D66), teve um desempenho expressivo nas urnas.

    O resultado final segue indefinido devido a uma disputa acirrada com a legenda de ultradireita, o Partido pela Liberdade (PVV), que ganhou as eleições em 2023. Liderado por Geert Wilders, que ficou conhecido como o “Trump holandês”, o PVV superava por pouco o D66 na manhã desta quinta-feira (30), com 99,7% das urnas apuradas.

    A diferença é tão pequena que os votos por correspondência dos holandeses que moram no exterior podem decidir as eleições, o que significa que o resultado final pode demorar vários dias para ser conhecido.

    Seja qual for o resultado definitivo, o líder da ultradireita não deverá ser premiê já que os principais partidos descartaram qualquer nova coalizão com ele, deixando Jetten com caminho livre para negociar o apoio de outras legendas para alcançar os 76 assentos necessários e formar um governo de coalizão.

    O líder centrista disse nesta quinta que está “muito confiante”, apesar da fragmentação de um Parlamento em que cinco grupos políticos obtiveram números expressivos de assentos.

    Segundo as projeções, o PVV teria conquistado 26 cadeiras das 150 do Parlamento, o que significaria uma queda de 11 em relação à vitória eleitoral impressionante de 2023. O D66 aparece empatado, também com 26 assentos, o que representaria o triplo de lugares em relação ao último pleito.

    O Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), de centro-direita, e a aliança entre o Partido do Trabalho (PvdA) e o Partido Verde (GL) teriam ficado em terceiro e quarto lugares, respectivamente, com 23 e 20 assentos. Em quinto, viria o Apelo Democrata-Cristão (CDA), com 19 cadeiras. Os lugares restantes estariam divididos entre outras dez siglas.

    Pelo menos quatro siglas serão necessárias para completar os 76 assentos necessários. Um cenário possível é um pacto incluindo o D66, os democratas cristãos conservadores, o VVD e a coalizão entre os verdes e trabalhistas.

    As negociações para formar um governo, que geralmente levam meses na Holanda, serão portanto particularmente complexas. A última gestão, por exemplo, precisou de 223 dias para ser formada.

    Os líderes partidários provavelmente se reunirão nesta sexta-feira (31) para decidir os próximos passos, podendo nomear um representante para iniciar as conversas de coalizão.

    A popularidade de Jetten aumentou com uma campanha focada em promessas de colocar fim à era política dominada por Wilders. O líder centrista cresceu em uma pequena cidade na província de Brabante, no sul da Holanda.

    Jetten já trabalhou para a rede ferroviária holandesa ProRail, foi deputado e ministro do Clima no governo do primeiro-ministro Mark Rutte. Ele está noivo do jogador de hóquei Nicolás Keenan.

    Já líder ultradireitista Wilders, conhecido por sua postura anti-islâmica, obteve uma vitória surpreendente nas eleições de 2023, quando seu partido entrou no governo pela primeira vez, mas fracassou ao tentar formar uma gestão e abandonou sua própria coalizão em junho depois que a aliança rejeitou seu plano de imigração -o movimento foi o responsável por desencadear a nova eleição.

    A eleição holandesa foi amplamente vista como um teste para verificar se a ultradireita poderia expandir seu alcance ou se já atingiu seu pico em partes da Europa.

    Holanda pode ter premiê gay pela 1ª vez após disputa apertada contra ultradireita

  • Após Argentina, Paraguai também anuncia reforço da fronteira por risco de fuga do CV

    Após Argentina, Paraguai também anuncia reforço da fronteira por risco de fuga do CV

    Conselho de Defesa Nacional mite alerta sobre possível fuga de membros da facção para países vizinhos; ministra argentina Patricia Bullrich solicita manual de reconhecimento de sinais que caracterizam grupos narcoterroristas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Após a Argentina, o governo do Paraguai também anunciou o reforço do controle das fronteiras. A medida acontece na esteira da operação Contenção, no Rio de Janeiro, com objetivo de conter a expansão do Comando Vermelho. Mais de 2.500 policiais invadiram o Complexo do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos e mais de 100 presos.

    Em um comunicado assinado nesta quarta-feira (29), o Codena (Conselho de Defesa Nacional) do Paraguai, afirmou que foi emitido um alerta para a tríplice fronteira sobre a possibilidade de membros do Comando Vermelho fugirem a países vizinhos.

    O conselho anunciou que, diante dessa situação, as autoridades adotaram medidas extraordinárias de prevenção e vigilância em toda a faixa fronteiriça do leste do Paraguai.

    Entre as medidas citadas, o Codena afirmou que será reforçado o controle migratório e do trânsito na fronteira, aumento do patrulhamento e monitoramento de zonas fronteiriças, a fim de prevenir entradas ilegais, intensificação de operações de emergência e ações conjuntas com os governos do Brasil e da Argentina.

    A ministra de Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich afirmou pelas redes sociais, também na quarta-feira, que as fronteiras do país estão sendo reforçadas para “proteger os argentinos de qualquer ‘desmobilização’ que possa ser gerada pelos conflitos no Rio de Janeiro. A segurança do nosso país vem sempre em primeiro lugar”.

    No comunicado, a ministra solicita à Secretaria de Segurança Nacional “envio aos agentes posicionados na fronteira o manual de reconhecimento de sinais que caracterizam esses grupos narcoterroritas” com objetivo de facilitar as possíveis identificações.

    “Ao mesmo tempo, que sejam ativados os contatos com as forças policiais do Brasil e do Paraguai para uma tarefa conjunta, com o objetivo de garantir o intercâmbio de informações e as capacidades operacionais”, pede a ministra.

    Após Argentina, Paraguai também anuncia reforço da fronteira por risco de fuga do CV

  • Furacão Melissa segue para Bermudas após rastro de destruição no Caribe

    Furacão Melissa segue para Bermudas após rastro de destruição no Caribe

    Ao menos 23 pessoas morreram no Haiti, 1 na República Dominicana e 5 na Jamaica, segundo autoridades; tempestade, agora na categoria 2 após recorde de intensidade, pode atingir leste do Canadá no sábado

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Após avançar pelas Bahamas na madrugada desta quinta-feira (30), o furacão Melissa -agora de categoria 2- ganhou velocidade enquanto avança pelo Atlântico em direção às Bermudas. Enquanto isso, autoridades e equipes de resgate seguem tentando contabilizar os mortos deixados pelo rastro de destruição no Caribe.

    Autoridades informaram que pelo menos 23 pessoas morreram no Haiti, 1 na República Dominicana e 5 na Jamaica. O Melissa foi o terceiro furacão mais intenso já registrado no Caribe e, por ter avançado lentamente, foi particularmente destrutivo, segundo o serviço meteorológico AccuWeather.

    Na noite de quarta-feira (29), o Melissa trouxe ventos fortes, chuvas intensas e ressaca no mar enquanto se deslocava para o nordeste pelo arquipélago das Bahamas. O governo local já havia retirado cerca de 1.500 pessoas da rota da tempestade, naquela que classificou como uma das maiores operações do tipo de sua história.

    A previsão é de que o furacão siga acelerando em sentido nordeste e passe por Bermudas na noite desta quinta-feira, antes de enfraquecer na sexta-feira (31), segundo o serviço de previsão meteorológica da Flórida.

    O Melissa poderá ainda atingir ou passar perto da ponta sudeste de Terra Nova, no leste do Canadá, no início da manhã de sábado (1º). Ainda não se sabe, no entanto, se a tempestade ainda terá a força de um furacão ao atingir a costa.

    O Melissa chegou a alcançar a categoria 5, o nível máximo na escala de intensidade, e, na Jamaica, tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo em 90 anos na terça-feira (28), com ventos próximos de 300 km/h, segundo análise da agência de notícias AFP com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). Depois, perdeu força.

    A devastação provocada pelo Melissa atingiu níveis sem precedentes, afirmou na quarta-feira o principal representante da ONU na Jamaica. Segundo ele, mais de um milhão de pessoas -cerca de um terço da população do país- foram diretamente afetadas pela tempestade.

    Autoridades jamaicanas informaram que a prioridade era restabelecer os serviços de energia e telecomunicações e desobstruir as estradas bloqueadas e alagadas para permitir uma avaliação mais precisa dos danos.

    Os problemas de comunicação e os cortes de energia dificultavam os esforços de resposta e emergência. Quase 80% do país estava sem eletricidade na manhã de quarta-feira, informou Dana Morris Dixon, ministra da Informação da Jamaica.

    Dayton Campbell, membro do Parlamento jamaicano, relatou que “diversas comunidades foram isoladas” e que, em algumas delas, “a maioria dos edifícios foi danificada”. Segundo ele, “o que estamos vendo acontecer no leste de Westmoreland é devastador”, em referência a uma área costeira no oeste da ilha.

    Cinco corpos foram encontrados em St. Elizabeth, uma paróquia no sudoeste da Jamaica que ficou praticamente debaixo d’água. Entre as vítimas estavam 4 homens e 1 mulher, disse o superintendente Coleridge Minto, chefe da polícia local. “Tudo foi levado pelas águas da enchente, então a situação é, de fato, muito ruim”, afirmou, destacando “uma necessidade urgente de ajuda”.

    A capital, Kingston, escapou dos piores danos e seu principal aeroporto estava programado para reabrir na quinta-feira. Todos os 25 mil turistas que estão na Jamaica foram localizados e poderão começar a deixar o país em poucos dias, afirmou Edmund Bartlett, ministro do Turismo da Jamaica, citado pelo New York Times.

    A tempestade levou horas para atravessar a Jamaica, o que reduziu seus ventos para a categoria 3, para depois subir novamente para 4. Cerca de cinco horas após tocar o solo de Cuba, o furacão havia perdido força novamente, atingindo a categoria 2.

    Em Cuba, pelo menos 241 comunidades permaneceram isoladas e sem comunicação após a passagem da tempestade pela província de Santiago, segundo informações preliminares da mídia estatal. As inundações e os deslizamentos decorrentes afetaram cerca de 140 mil moradores.

    Em toda a região leste do país, as autoridades haviam retirado cerca de 735 mil pessoas antes da chegada do furacão, em uma das maiores operações preventivas já realizadas na ilha. O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, alertou na terça-feira que o furacão causaria “danos significativos” e pediu que a população obedecesse às ordens de retirada.

    A tempestade não atingiu diretamente o Haiti, o país mais populoso do Caribe, mas o castigou com dias de chuva. Segundo autoridades citadas pelo jornal New York Times, pelo menos 23 morreram no país, em grande parte devido às inundações em Petit-Goave, uma cidade costeira a 64 km a oeste da capital, onde um rio transbordou.

    Pelo menos 10 crianças morreram e outras 12 pessoas estão desaparecidas, informou a agência de gestão de desastres do Haiti, acrescentando que mais de mil casas foram inundadas em todo o país e quase 12 mil pessoas foram levadas para abrigos de emergência.

    Cientistas afirmam que os furacões estão se intensificando mais rapidamente e com maior frequência como resultado do aquecimento das águas oceânicas causado pelas emissões de gases de efeito estufa.

    Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência do aquecimento global. Outro órgão ligado à ONU, o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), já afirmou em relatório que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças foi causada pela ação humana.

    Muitos líderes caribenhos têm pedido que nações ricas e altamente poluentes ofereçam reparações na forma de ajuda ou alívio da dívida de países da região.
    O Departamento de Estado anunciou que os Estados Unidos enviarão equipes de resposta a desastres para os países caribenhos afetados pelo furacão Melissa. Em anos anteriores, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) liderava os esforços de resposta a desastres relacionados a furacões no Caribe. Mas o governo Trump fechou a agência no início deste ano.

    O último fenômeno com força comparável foi o chamado “furacão do Dia do Trabalho”, que devastou o arquipélago de Florida Keys, nos Estados Unidos, em 1935, com ventos também próximos de 300 km/h. Desde o início dos registros oficiais da NOAA, em 1842, poucas tempestades atingiram níveis semelhantes de intensidade ao tocar terra.

    Entre todas essas categorias, apenas o tufão Goni, que atingiu as Filipinas em 2020, provocou ventos mais fortes e pressão mais baixa do que Melissa próximo à costa, embora os dados da NOAA não confirmem se essa intensidade se manteve no momento do impacto.

    Na série histórica, o recorde absoluto de ventos mais fortes pertence ao furacão Patricia, que se formou no Pacífico antes de atingir o México em outubro de 2015, com rajadas de 343 km/h, e com o tufão Nancy, em 1961, que registrou a mesma marca.

    Furacão Melissa segue para Bermudas após rastro de destruição no Caribe

  • Hamas afirma que entregará mais dois corpos de reféns nesta quinta

    Hamas afirma que entregará mais dois corpos de reféns nesta quinta

    Grupo terrorista havia suspendido devolução de cadáveres após ofensiva que matou centenas, segundo palestinos; Tel Aviv bombardeou o território nesta quinta (30); não há registros de mortos ou feridos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O braço armado do grupo terrorista Hamas anunciou que entregará os corpos de mais dois reféns nesta quinta-feira (30), dois dias após o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ordenar novos ataques aéreos contra a Faixa de Gaza.

    Tel Aviv justificou a ofensiva afirmando que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo, acusando o grupo de ter forjado a recuperação dos restos mortais de reféns.

    Os bombardeios mataram 104 pessoas, segundo autoridades palestinas ligadas ao Hamas, e representaram o episódio mais grave desde a entrada em vigor do acordo, escancarando a fragilidade da trégua estabelecida na região no último dia 10.

    Em resposta, o Hamas suspendeu a entrega de um corpo que estava prevista para ocorrer naquele mesmo dia. Israel então anunciou, nesta quarta-feira (29), ter retomado o cessar-fogo em Gaza. Diante do novo comprometimento, as Brigadas al-Qassam afirmaram que devolveriam os dois cadáveres às 16h (11h de Brasília) -segundo o Exército de Israel, a Cruz Vermelha busca os corpos, como tem feito desde o início da trégua.

    Ainda nesta quinta, segundo testemunhas relataram à Reuters, aviões israelenses realizaram dez ataques aéreos em Khan Yunis, no sul de Gaza, enquanto tanques bombardearam áreas a leste da Cidade de Gaza, no norte. Nenhum ferido ou morto foi relatado.

    O Exército israelense afirmou ter realizado “ataques precisos” contra “infraestruturas terroristas que representavam uma ameaça às tropas” nas áreas ainda ocupadas por Israel.

    Dos 28 cadáveres de reféns que permaneciam em poder do Hamas, 15 foram devolvidos às autoridades israelenses e puderam ser velados por suas famílias. O grupo terrorista afirma ter dificuldade de recuperar os 13 restantes sob o argumento de que os corpos estão sob escombros de construções atingidas por bombardeios de Tel Aviv.

    Na terça, o gabinete de Netanyahu afirmou que o Hamas entregou, na véspera, um caixão com parte dos restos mortais de Ofir Tzarfati, cujo corpo já havia sido parcialmente recuperado pelo Exército, em vez de corpos de reféns ainda não devolvidos.

    Tzarfati foi sequestrado nos ataques de 7 de outubro de 2023. Segundo o governo, uma parte dos seus restos mortais já havia sido recuperada em uma operação militar há aproximadamente dois anos.

    O Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, principal associação de famílias dos sequestrados, acusou o Hamas de ter quebrado o acordo de cessar-fogo em vigor desde o último dia 10 e pediu que o governo agisse “com firmeza contra essas violações”.

    Pelo acordo firmado, o Hamas libertou em 13 de outubro os 20 reféns vivos que ainda mantinha desde o ataque do 7 de Outubro. A facção deveria, segundo o acordo, ter entregado também os corpos de 28 reféns mortos.

    Hamas afirma que entregará mais dois corpos de reféns nesta quinta

  • Indiano preso injustamente por 40 anos nos EUA agora pode ser deportado

    Indiano preso injustamente por 40 anos nos EUA agora pode ser deportado

    Após ser absolvido por um assassinato cometido em 1980, Subramanyam Vedam, que passou 40 anos preso injustamente nos EUA, enfrenta agora o risco de deportação por uma antiga condenação por drogas, emitida quando ele tinha apenas 20 anos

    Subramanyam Vedam, de 64 anos, vive um novo pesadelo jurídico após ser libertado em agosto deste ano, depois de passar quatro décadas preso injustamente nos Estados Unidos. Condenado em 1983 pelo assassinato de seu colega de universidade, Thomas Kinser, em 1980, o indiano foi absolvido recentemente graças a novas provas de balística que haviam sido ocultadas pela promotoria.

    Vedam foi libertado da prisão na Pensilvânia no início de outubro, mas, em vez de voltar para casa com a irmã, acabou detido novamente — desta vez por agentes de imigração, devido a uma antiga ordem de deportação emitida em 1999.

    Natural da Índia, ele chegou legalmente aos Estados Unidos com apenas nove meses de idade e cresceu no Estado da Pensilvânia, onde sua família se estabeleceu na década de 1960. Na juventude, influenciado pelo movimento da contracultura dos anos 1970, Vedam passou a usar drogas. Em 1980, pediu carona ao amigo Kinser para comprar LSD em Lewisburg — o colega desapareceu e foi encontrado morto nove meses depois.

    Sem testemunhas e sem um motivo claro para o crime, a promotoria o transformou em principal suspeito. Ele foi condenado à prisão perpétua sem direito a condicional, além de responder por acusações de posse e venda de LSD.

    Durante os 40 anos de prisão, Vedam concluiu diversos cursos universitários, atuou como tutor de outros detentos e manteve um comportamento exemplar — tendo recebido apenas uma punição disciplinar em todo o período, por tentar levar arroz para dentro do presídio.

    Agora, seus advogados tentam impedir a deportação sob as rígidas políticas de imigração dos Estados Unidos. Eles argumentam que a antiga condenação por drogas, da época em que Vedam tinha 20 anos, não deve se sobrepor à injustiça de quatro décadas de encarceramento.

    “Quarenta e três anos de prisão injusta compensam qualquer erro de juventude”, afirmou a advogada de imigração Ava Benach à NBC News. “Ele construiu uma vida notável, mesmo atrás das grades.”

    Enquanto aguarda a decisão da Justiça de imigração, Subramanyam Vedam permanece sob custódia do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA), na Pensilvânia.

    Indiano preso injustamente por 40 anos nos EUA agora pode ser deportado

  • Trump ordena "início imediato" de testes de armas nucleares dos EUA

    Trump ordena "início imediato" de testes de armas nucleares dos EUA

    Donald Trump ordenou o início de testes nucleares nos Estados Unidos em resposta às recentes demonstrações de poder militar da Rússia e da China. A decisão, anunciada antes de seu encontro com Xi Jinping, reacende tensões globais e marca uma nova escalada na corrida armamentista

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ordenou ao Departamento de Defesa o início de testes com armas nucleares americanas. A medida foi divulgada poucas horas antes de um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, e ocorre em resposta a recentes ações da Rússia e da China no setor militar.

    “Devido aos programas de testes conduzidos por outros países, solicitei ao Departamento de Defesa que inicie imediatamente os nossos próprios testes de armas nucleares, em condições de igualdade”, escreveu Trump na Truth Social, sua rede social.

    O republicano destacou que os EUA detêm o maior arsenal nuclear do mundo. “Detesto ter que tomar essa decisão, mas não tenho alternativa. A Rússia está em segundo lugar, e a China, embora ainda distante, estará no mesmo patamar em cinco anos”, afirmou.

    O anúncio vem após o presidente russo, Vladimir Putin, ter comemorado o sucesso de um teste com o míssil de cruzeiro Bourevestnik, com propulsão nuclear e alcance ilimitado, que segundo ele seria capaz de escapar de qualquer sistema de defesa. Além disso, Putin revelou nesta semana um novo teste com o drone submarino Poseidon, também movido a energia nuclear e capaz de transportar ogivas atômicas.

    Durante visita a um hospital militar, o líder russo afirmou que o drone opera em grande profundidade e velocidade, o que, segundo ele, o torna “impossível de ser interceptado”.

    Trump criticou as ações de Moscou, chamando os testes russos de “inadequados” e pediu que Putin “ponha fim à guerra na Ucrânia”. O Kremlin não respondeu publicamente à declaração.
     

     
     
     
     
     

    Trump ordena "início imediato" de testes de armas nucleares dos EUA