Um atentado terrorista provocou 12 mortos, incluindo um dos atiradores, na praia de Bondi, em Sydney, Austrália. O ataque foi dirigido à comunidade judaica durante a celebração do Hanukkah. Veja as imagens.
Onze vítimas e um atirador morreram neste domingo em decorrência de um tiroteio, considerado um “ataque terrorista” pelas autoridades, na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália.
O chefe da Polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, informou que há registro de 12 mortos, incluindo um dos atiradores, além de 29 feridos, entre eles dois policiais. O incidente foi oficialmente classificado como terrorismo.
“Hoje, às 21h36, declarei este incidente como terrorista”, anunciou.
O governador de Nova Gales do Sul, Chris Minns, afirmou que “este ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney”.
“No primeiro dia de Hanukkah, o que deveria ter sido uma noite de paz e alegria, celebrada por essa comunidade com famílias e apoiadores, foi destruído por este ataque horrível”, lamentou.
“Um ataque contra os judeus australianos é um ataque contra todos os australianos”
Presente na mesma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, lamentou o “devastador atentado terrorista em Bondi, durante a celebração do Hanukkah à beira-mar”.
“Este foi um ataque direcionado contra os judeus australianos no primeiro dia do Hanukkah, que deveria ser um dia de alegria, uma celebração da fé. Trata-se de um ato de maldade, antissemitismo e terrorismo que atingiu o coração da nossa nação”, afirmou, ressaltando que “um ataque contra os judeus australianos é um ataque contra todos os australianos”.
Israel denuncia “vil ataque terrorista contra os judeus”
Em comunicado, o presidente de Israel, Isaac Herzog, denunciou o que classificou como um “vil ataque terrorista contra judeus que acendiam as primeiras velas” da celebração religiosa.
“Nosso coração está com eles. O coração de toda a nação de Israel bate forte neste momento, enquanto rezamos pela recuperação dos feridos e por aqueles que perderam a vida”, declarou em nota oficial.
“Reiteramos repetidamente nossos alertas ao governo australiano para que aja e combata a enorme onda de antissemitismo que assola a sociedade australiana”, acrescentou.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o governo australiano de ter “colocado lenha na fogueira do antissemitismo” no país.
“Há três meses, escrevi ao primeiro-ministro australiano para dizer que sua política estava alimentando o antissemitismo”, afirmou Netanyahu, referindo-se a uma carta enviada a Anthony Albanese em agosto, após o anúncio de Camberra de que reconheceria um Estado palestino.
“O antissemitismo é um câncer que se espalha quando líderes permanecem em silêncio e não agem”, criticou Netanyahu, em discurso durante um evento no sul de Israel, alinhando-se a declarações de outros líderes políticos do país.

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