Categoria: MUNDO

  • Papais Noéis assaltam supermercado no Canadá: "Fome justifica os meios"

    Papais Noéis assaltam supermercado no Canadá: "Fome justifica os meios"

    Um grupo de Papais Noéis entrou em um supermercado de Montreal, no Canadá, e encheu os sacos de produtos alimentares, tendo depois todos fugido do local

    Vestidos de ‘uniforme’ vermelho e acompanhados por elfos, um grupo de Papais Noéis entrou em um supermercado de Montreal, no Canadá, na segunda-feira passada, dia 15 de dezembro, encheu os sacos de produtos alimentares e desapareceu. 

    Na verdade, foi um assalto… mas, supostamente, por uma boa causa. Isto porque, depois do furto, o grupo em questão emitiu um comunicado, no último fim de semana, onde esclarecia que a comida roubada seria distribuída pelos mais necessitados.

    No comunicado foi também explicado que a aventura ao estilo Robin Hood tinha como objetivo principal salientar a crescente crise do custo de vida, que tem tornado cada vez mais inacessíveis os bens de primeira necessidade.

    Vale destacar que neste episódio participaram cerca de 40 membros de um grupo que se intitula de “Robin des Ruelles” (Robin das Ruas, na tradução livre).

    A nota do grupo denominada “Quando a fome justifica os meios”, e citada pelo The Guardian, afirmava que as pessoas no geral estão trabalhando “cada vez mais para poder comprar alimentos nas redes de supermercados que se aproveitam da inflação como pretexto para obter lucros recorde”.

    “Não há outra forma de dizer: muitas empresas estão mantendo as nossas necessidades básicas como reféns”, lê-se, acrescentando que as empresas “continuam sufocando a população para desviar o máximo de dinheiro possível”.

    “Não se esqueçam: a fome justifica os meios. Feliz Natal”, escreveu o grupo.

    Por sua vez, o supermercado onde ocorreu o assalto pronunciou-se, dizendo que o furto em lojas é um ato criminoso e inaceitável. O porta-voz da rede de supermercados Metro referiu que os aumentos dos preços tem sido influenciado por diversos fatores exteriores à loja.

    Segundo o Conselho de Vendas do Canadá, os crimes deste tipo estão crescendo e representam mas de nove bilhões de dólares (cerca de 47 bilhões de reais) em perdas de vendas, no ano de 2024.

    “É importante ressalvar que, como vendedor, somos o elo final da cadeia de suprimentos”, disse esclarecendo que “os preços nas prateleiras refletem diretamente os custos dessa cadeia”.

    As autoridades informaram que estão investigando o assalto, mas que, até ao momento, ninguém tinha sido detido. 

    Veja o vídeo acima.

    Papais Noéis assaltam supermercado no Canadá: "Fome justifica os meios"

  • Governo Trump usa linguagem racista em publicações sobre imigração, dizem especialistas

    Governo Trump usa linguagem racista em publicações sobre imigração, dizem especialistas

    Imagens apelam para nostalgia de país idealizado e branco e convocam apoiadores a ‘defender o Ocidente’; estética é voltada para a juventude e coloca no centro do discurso narrativas que antes estavam à margem do debate

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Mais do que qualquer outra, a promessa feita por Donald Trump na campanha eleitoral de 2024 de que, se eleito, deportaria milhões de imigrantes dos Estados Unidos capturou o imaginário do eleitorado e da base do Partido Republicano.

    Apoiadores lotaram comícios com placas como “deportem todos agora”, “proteja a fronteira” e “deporte todos os ilegais”. O então candidato disse, entre outras coisas, que os imigrantes vindos da América Latina estariam envenenando o sangue da nação americana.

    A retórica de Trump, mais radicalizada do que no passado, encontrou nova expressão entre a base jovem do partido, que desenvolveu uma linguagem própria em fóruns de internet e em redes sociais. Para especialistas ouvidos pela Folha, essa linguagem é extremista, racista e com características em comum com a propaganda de regimes fascistas do século 20 -e vem sendo usada também na comunicação oficial do governo Trump.

    “Há um nível de racismo explícito e etnonacionalismo que, embora estivesse presente no primeiro mandato, foi muito exacerbado agora”, diz Joseph Nevins, geógrafo e especialista em imigração do Vassar College, no estado de Nova York. “Existe a ênfase na superioridade de grupos de pessoas que são, de modo geral, de ascendência europeia.”

    No seu perfil no X, o Departamento de Segurança Interna (DHS), responsável pela corrente campanha de deportação em massa, frequentemente faz publicações de recrutamento, conclamando jovens a “proteger o Ocidente”, a “lutar pela América” e a “retornar” -nesse último caso, a um passado idealizado e branco, segundo analistas.

    “A estética é precisamente voltada para a juventude, tomando inspiração de conteúdos de extrema direita que, antes, eram marginalizados, mas agora estão no centro do discurso”, diz William Callison, cientista político e professor da Universidade da Cidade de Nova York.

    “Ao mesmo tempo, há a trajetória de uma política de extrema direita muito mais antiga, que valoriza um passado perdido, no mesmo sentido do fascismo, que falava em revitalização nacional”, prossegue. “Sente-se falta de algo que foi perdido, e muitas dessas postagens se inspiram diretamente em conteúdos supremacistas brancos da segunda metade do século 20.”

    Uma das publicações, por exemplo, diz: “Para onde, homem americano? A América precisa de você: junte-se ao ICE agora”, acompanhada de uma imagem do Tio Sam, personificação dos EUA, decidindo que caminho tomar. A frase é uma referência direta ao livro “Para onde, homem ocidental?” (Which Way Western Man, em inglês), do supremacista branco e neonazista americano William Gayley Simpson.

    O livro, publicado em 1978, elogia Adolf Hitler e diz que há uma conspiração judaica para destruir o homem branco e o cristianismo -ideia hoje presente na teoria da conspiração da grande substituição, que diz que brancos se tornarão minoria nos EUA e na Europa por meio da imigração. A ideia é repetida por uma série de figuras que orbitam o trumpismo, incluindo o influenciador Charlie Kirk, assassinado em setembro.

    “Então, nesse sentido, o que é a América? É a branquitude”, diz Callison. “São pessoas brancas em restaurantes comendo com suas famílias tradicionais, e o conservadorismo clássico se identifica com isso. Mas o que essa linguagem faz é pegar esse conservadorismo e dizer: ‘Precisamos proteger nossa cultura contra uma ameaça civilizacional. Estamos em perigo, estamos em declínio. Precisamos agir agora. E assim a linguagem se torna radical e caminha na direção do fascismo.”

    A maioria das publicações do DHS no X está atrelada à campanha de recrutamento do ICE, o serviço de imigração americano. Turbinado com um orçamento de US$ 30 bilhões em 2026 (um aumento de 200% em comparação com 2025), o ICE pretende atingir um contingente de 30 mil agentes para ampliar ainda mais as prisões e deportações realizadas pelo órgão.

    “Está claro que, em tamanho e objetivos, a política imigratória de Trump mudou de forma significativa de seu primeiro mandato para agora”, diz Nevins. “Métodos como entrar em igrejas, sinagogas, escolas, prender crianças nas frentes dos pais… antes, eram tabu. Há agora um nível de violência que não víamos antes, e um desejo de comunicar aos imigrantes: não há lugar seguro para vocês.”

    Governo Trump usa linguagem racista em publicações sobre imigração, dizem especialistas

  • Arquivos divulgados mostram fotografias de Jeffrey Epstein com crianças

    Arquivos divulgados mostram fotografias de Jeffrey Epstein com crianças

    Várias fotografias compartilhadas de Jeffrey Epstein que constam em arquivos foram agora divulgados pelo Departamento de Justiça norte-americano. Depois de fotos onde surgem várias figuras públicas, agora surgem imagens do pedófilo com crianças, que se acredita serem mais novas do que as menores que eram contratadas pelo magnata

    Nas últimas semanas, várias fotografias de Jefrrey Epstein e outras figuras conhecidas que constam em arquivos de investigações foram agora divulgados pelo Departamento de Justiça norte-americano. As mais recentes mostram o pedófilo com meninas menores de idade. 

    Entre as várias fotografias divulgadas surgem imagens de Jeffrey Epstein com uma criança em suas costas, outra no colo e há até uma fotografia, pendurada uma parede, onde aparece um bebê tomando banho.

    As fotografias emolduradas estavam exibidas em uma estante na propriedade de Epstein, na ilha de Litte St. James, nas Ilhas Virgens Americanas. 

    Vale destacar, no entanto, que as crianças não foram identificadas. Aliás, os seus rostos encontram-se tapados para proteger as possíveis vítimas. De acordo com o New York Post, as crianças que aparecem nas imagens seriam muito mais novas do que as menores que o magnata contratava.

    Estas novas fotografias surgem também em um momento em que um denunciante acabou sendo declarado inocente pela divulgação de documentos, após ter dito que, em 1996, alertou o FBI para o interesse de Jeffrey Epstein em pornografia infantil. 

    Vale salientar que não está claro quem eram as crianças e poderiam ser vítimas do magnata norte-americano.

    As fotografias estão entre os milhares de registos de Jeffrey Epstein que têm vindo a ser divulgados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter promulgado uma lei que obriga a sua administração a tornar públicos os documentos. 

    O que tem sido divulgado até agora?

    Imagens da ilha privada

    No início do mês de dezembro, começaram a ser divulgadas fotografias e vídeos “inéditos” da famosa ilha privada de Epstein, no Caribe. 

    Nas imagens compartilhadas é possível ver várias divisões da mansão localizada em Little St. James, nas Ilhas Virgens Americanas. No meio das várias fotografias, há uma que chama à atenção, uma vez que se assemelha a um consultório de dentista e nas paredes há várias máscaras penduradas de figuras históricas.

    Donald Trump, Bill Clinton ou Bill Gates também surgem nas fotografias

    No dia 12 de dezembro, foram divulgadas mais fotografias pertencentes ao patrimônio de Jeffrey Epstein, que incluem personalidades como Donald Trump, Bill Clinton ou Bill Gates.

    As quase 20 novas imagens podem mostrar, no entanto, novos momentos em que Epstein – que morreu na prisão depois de um escândalo sexual que envolveu menores – se relaciona com figuras no topo, não só dos anos 90, como também dos dias de hoje – incluindo Trump, atualmente presidente dos Estados Unidos.

    Mais imagens de Bill Clinton… de Mick Jagger e Michael Jackson

    Na semana passada, surgiram imagens do ex-presidente norte-americano Bill Clinton relaxando em uma jacuzzi e fotografias de Jeffrey Epstein, criminoso sexual condenado, com celebridades como Mick Jagger e Michael Jackson, estão entre os milhares de arquivos divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Justiça.

    Vítimas de Epstein satisfeitas com divulgação (mas criticam falta de informação)

    Algumas das vítimas do criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein saudaram a divulgação, na sexta-feira, de milhares de arquivos do caso pelo Departamento de Justiça, mas questionaram a falta de mais dados e informações fundamentais.

    “Há muita informação, mas não tanta como gostaríamos de ver”, disse Dani Bensky, sobrevivente de Epstein, numa entrevista à NBC News.

    Bensky acrescentou que, apesar disso, a revelação confirma a veracidade das denúncias das vítimas: “Há uma parte de mim que se sente um pouco validada neste momento, porque penso que muitos de nós têm estado a dizer ‘não, isto é real, não somos uma farsa’”.

    Arquivos divulgados mostram fotografias de Jeffrey Epstein com crianças

  • Gata desaparecida há 443 dias volta a casa nos EUA. "Milagre de Natal"

    Gata desaparecida há 443 dias volta a casa nos EUA. "Milagre de Natal"

    Gabby, uma gata que desapareceu durante a passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos, regressou a casa este mês, depois de mais de um ano perdida. Reencontro com a família aconteceu após ser encontrado microchip, que “pode ser a diferença entre um desgosto ou uma reunião familiar feliz”.

    Uma gata que havia desaparecido durante a passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos, em setembro do ano passado, foi encontrada neste mês e devolvida à família.

    De acordo com uma publicação compartilhada no Facebook da Avery Humane Society, o animal, chamado Gabby, foi encontrado no dia 13 e encaminhado à organização.

    Os funcionários conseguiram identificar que a gata estava separada de sua família desde a passagem do furacão Helene, que deixou mais de 250 mortos nos Estados Unidos, tornando-se o segundo furacão mais letal desde o Katrina, que, em 2005, causou cerca de 1.800 mortes.

    “Quando a examinamos, descobrimos que ela tinha um microchip. Investigamos um pouco e constatamos que ela havia desaparecido durante o furacão Helene — há 443 dias. Hoje, depois de todo esse tempo, ela finalmente voltou para o seu lugar e foi reunida com sua família”, diz a mensagem publicada nas redes sociais.

    O furacão Helene começou a causar destruição na costa da Flórida em 26 de setembro de 2024 e deixou marcas em seis estados norte-americanos, com a maioria das mortes registrada na Carolina do Norte. Antes de atingir a categoria de furacão, o sistema passou como tempestade por Cuba e pelo México.

    “Isso me deixa muito feliz”: as reações e a importância do microchip
    O reencontro de Gabby com sua família comoveu usuários nas redes sociais, com alguns comentários afirmando que se tratava de “um milagre de Natal”.

    “Eu não estou chorando, vocês é que estão”, escreveu uma pessoa na seção de comentários, dizendo que eram “lágrimas de felicidade”.

    “Isso me deixa muito feliz”, comentou outro usuário do Facebook.

    A organização aproveitou a história para reforçar a importância do uso de microchips em animais de estimação. “Eles são mais do que apenas um número; são uma salvação. Em momentos de caos, desastres naturais ou mesmo acidentes do dia a dia, podem ser a única forma de trazer um animal perdido de volta para casa. Mas o microchip só funciona se as informações associadas a ele estiverem atualizadas”, alertou.

    A instituição destacou ainda que o microchip “pode ser a diferença entre a dor da perda e um reencontro feliz”.

    Esse “milagre de Natal”, porém, não foi o único registrado neste período. Na Califórnia, um cachorro também se reencontrou com sua família — cinco anos depois de ter desaparecido. Choco, o cão em quem a tutora Patricia Orozco nunca deixou de pensar, foi encontrado do outro lado do país, no estado de Michigan, a cerca de 3.700 quilômetros de distância. Assim como Gabby, Choco tinha um microchip, que permitiu identificar seus donos.

    “Ele continua sendo o mesmo cão amoroso”, contou a tutora.

    Gata desaparecida há 443 dias volta a casa nos EUA. "Milagre de Natal"

  • Zelensky lamenta "sinais negativos" de Moscou durante negociações de paz

    Zelensky lamenta "sinais negativos" de Moscou durante negociações de paz

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou hoje a necessidade de negociações de paz construtivas nos Estados Unidos, mas lamentou que “apenas cheguem sinais negativos” da parte russa.

    Estamos fazendo progressos bastante rápidos, e nossa equipe na Flórida tem trabalhado com o lado americano. Representantes europeus também foram convidados. É importante que essas negociações sejam construtivas, e muito depende de a Rússia sentir a necessidade real de encerrar a guerra, e não de se envolver em jogos retóricos ou políticos”, escreveu Zelensky na rede X.

    As conversas estão em andamento em Miami, na Flórida, entre o enviado do Kremlin, Kirill Dmitriev, e os representantes da Casa Branca Steve Witkoff e Jared Kushner, sobre o plano de paz para a Ucrânia. Os encontros ocorrem após uma reunião realizada na sexta-feira com a delegação ucraniana e também com representantes europeus.

    Na mensagem, o presidente ucraniano criticou que, “infelizmente, os sinais reais vindos da Rússia continuam sendo apenas negativos”.

    Zelensky relatou que seguem ocorrendo “ataques nas linhas de frente, crimes de guerra russos nas regiões fronteiriças”, além de bombardeios contra a infraestrutura energética, acrescentando que “o mundo não pode permanecer em silêncio diante de tudo isso”.

    Ao mesmo tempo, afirmou que há um sentimento generalizado de que, após o trabalho realizado pela equipe ucraniana nos Estados Unidos — liderada pelo secretário do Conselho de Segurança Nacional, Rustem Umerov —, “seria aconselhável realizar consultas em um contexto mais amplo” com os parceiros europeus.

    No sábado, o líder ucraniano revelou uma proposta dos Estados Unidos para um novo formato de negociação, com reuniões diretas entre enviados de Moscou e de Kiev, mas a Rússia já descartou essa possibilidade.

    “Ninguém falou seriamente sobre essa iniciativa ainda e, pelo que sei, não se está trabalhando nisso”, afirmou nesta segunda-feira o conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, citado pelas agências russas Interfax e TASS.

    Ushakov acrescentou que o negociador russo Kirill Dmitriev falará apenas com representantes norte-americanos nos encontros previstos em Miami.

    Antes de se reunirem com Dmitriev, enviados do presidente norte-americano, Donald Trump, conversaram na sexta-feira, também em Miami, com Rustem Umerov e com representantes da Alemanha, França e Reino Unido.

    Antes da rodada de contatos com representantes de Kiev e Moscou, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, alertou na sexta-feira que Washington não pode impor a paz na Ucrânia.

    A nova rodada de negociações em solo norte-americano ocorre após o presidente russo, Vladimir Putin, afirmar na sexta-feira que “a bola está totalmente do lado dos adversários ocidentais, principalmente do chefe do regime de Kiev e de seus patrocinadores europeus”.

    Putin também disse que Moscou já aceitou compromissos durante as negociações com Washington, apesar de reafirmar que pretende atingir seus objetivos militares na Ucrânia e de rejeitar a presença de tropas da OTAN no país vizinho como parte de garantias de segurança a Kiev.

    Antes dessa nova rodada de contatos, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os negociadores “estão perto de chegar a um acordo” e aconselhou os líderes ucranianos a agirem rapidamente.

    Zelensky também relatou, na semana passada, avanços rumo a um entendimento entre Kiev e Washington sobre o conteúdo de um plano a ser proposto a Moscou, mas alertou ao mesmo tempo que a Rússia está se preparando para mais um ano de guerra em 2026.

    A proposta de Washington passou por várias versões e, inicialmente, foi acusada de atender às principais exigências do Kremlin, incluindo a cessão de regiões parcialmente ocupadas pela Rússia na Ucrânia. Kiev também teria de abrir mão da adesão à OTAN e de seus planos de ampliação do contingente militar.

    Os detalhes do novo acordo, revisado por Kiev, ainda não são conhecidos, mas, segundo Zelensky, envolvem concessões territoriais da Ucrânia em troca de garantias de segurança do Ocidente.

    Zelensky lamenta "sinais negativos" de Moscou durante negociações de paz

  • EUA capturam terceira embarcação em águas internacionais perto da Venezuela, diz agência

    EUA capturam terceira embarcação em águas internacionais perto da Venezuela, diz agência

    A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia dependente de exportações dessa commodity.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Os Estados Unidos interceptaram uma terceira embarcação em águas internacionais perto da costa da Venezuela neste domingo (21), de acordo com relatos de funcionários do governo feitos à agência de notícias Reuters.

    Se confirmada, essa seria a segunda operação do tipo realizada pelo governo de Donald Trump apenas neste fim de semana, aumento ainda mais a pressão sob o regime de Nicolás Maduro. No sábado (20), os Estados Unidos já haviam apreendido outro barco, poucos dias depois de Trump anunciar um “bloqueio total” a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela.

    Os funcionários, que falaram sob condição de anonimato, não informaram qual embarcação foi interceptada nem divulgaram a localização exata da operação.

    A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia dependente de exportações dessa commodity.

    EUA capturam terceira embarcação em águas internacionais perto da Venezuela, diz agência

  • Clinton minimiza ficheiros Epstein e acusa Trump de desviar atenções

    Clinton minimiza ficheiros Epstein e acusa Trump de desviar atenções

    Um porta-voz do ex-presidente norte-americano Bill Clinton afastou hoje qualquer ligação à rede de tráfico infantil liderada por Jeffrey Epstein e acusou o atual líder da Casa Branca, Donald Trump, de tentar desviar atenções sobre o escândalo.

    Entre cerca de 4.000 arquivos divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Justiça, dentro do prazo estabelecido por lei para sua publicação, várias fotos mostram Jeffrey Epstein na companhia de superestrelas como Michael Jackson, Mick Jagger e do ex-presidente Bill Clinton.

    No entanto, alguns rostos foram obscurecidos, assim como grandes trechos de documentos, incluindo uma lista de 254 “massagistas” com os nomes ocultados e 119 páginas de um documento judicial de um tribunal de Nova York, que apareceram totalmente riscadas, sem explicação.

    Em reação, Angel Ureña, porta-voz de Bill Clinton, criticou o fato de a Casa Branca ter mantido os arquivos em sigilo por meses para depois divulgá-los em uma sexta-feira à noite, sugerindo que a motivação não seria a proteção do ex-presidente democrata.
    “Trata-se de se proteger do que está por vir, ou do que tentarão esconder para sempre”, afirmou.

    Em uma mensagem publicada na rede X, Ureña declarou que as autoridades norte-americanas “podem divulgar quantas fotos granuladas de mais de 20 anos quiserem”, mas enfatizou que “isso não tem nada a ver com Bill Clinton”.

    O porta-voz destacou que “há dois tipos de pessoas” nesse caso: o primeiro grupo não sabia de nada e rompeu relações com Epstein antes que seus crimes viessem a público; o segundo manteve contato com ele mesmo após as denúncias.
    “Nós estamos no primeiro grupo”, declarou.

    “Nenhuma tentativa de atraso por parte do segundo grupo vai mudar isso. Todos, especialmente os seguidores do MAGA, esperam respostas, não bodes expiatórios”, acrescentou, em referência ao movimento de apoio a Donald Trump, que também manteve proximidade com Epstein.

    O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, acusou nesta sexta-feira o Departamento de Justiça de violar a lei após a divulgação parcial dos arquivos relacionados ao criminoso sexual condenado.

    Segundo Schumer, faltam documentos nos arquivos e muitos dos que foram divulgados sofreram censura, com rostos desfocados em fotografias e trechos de documentos suprimidos — inclusive materiais do grande júri, considerados fundamentais para identificar os responsáveis pelos abusos.

    Alguns políticos republicanos também criticaram as ações do Departamento de Justiça, como o deputado do Kentucky Thomas Massie, que liderou a campanha de aprovação do projeto de lei ao lado do democrata Ro Khanna.

    Ambos ressaltaram que a legislação foi criada especificamente para impedir a censura por parte do Departamento de Justiça.

    Nesta sexta-feira, novos arquivos sobre Jeffrey Epstein — que se suicidou em 2019 — também foram divulgados, incluindo materiais do grande júri relacionados ao seu caso e ao de sua cúmplice e ex-companheira, Ghislaine Maxwell.

    Entre os documentos recém-publicados estão várias apresentações em PowerPoint que promotores federais apresentaram aos membros do grande júri para formalizar as acusações contra Epstein e Maxwell.

    Uma dessas apresentações, datada de 18 de junho de 2019, contém diversas anotações telefônicas com mensagens manuscritas como “Tenho uma garota para ele” ou “ela tem garotas para o Sr. J.E.”.

    Em uma das anotações, alguém registrou que Epstein havia recebido uma ligação do atual presidente dos Estados Unidos, embora não haja mais detalhes sobre o motivo do telefonema.

    Questionado pela imprensa na sexta-feira, Donald Trump se recusou a comentar o caso.

    No entanto, sua equipe rapidamente se apropriou de uma foto que mostraria Bill Clinton (1993–2001), cujos vínculos com Epstein já eram conhecidos, em um ambiente que aparenta ser uma banheira de hidromassagem, imagem parcialmente ocultada por um retângulo preto.

    Ex-próximo de Jeffrey Epstein e frequentador dos mesmos círculos sociais, Donald Trump sempre negou ter conhecimento do comportamento criminoso do empresário e afirma que rompeu relações com ele antes do início das investigações oficiais.

    Embora tenha declarado durante a campanha presidencial de 2024 que apoiava a divulgação dos arquivos de Epstein, Trump resistiu por muito tempo a fazê-lo, classificando o caso como uma farsa orquestrada pelos democratas.

    No entanto, o líder republicano acabou cedendo à pressão do Congresso e até de parte de seus próprios apoiadores, sancionando em novembro uma lei que exige transparência sobre o caso por parte de sua administração.

    Clinton minimiza ficheiros Epstein e acusa Trump de desviar atenções

  • Rússia descarta negociações diretas com Kiev e Europa

    Rússia descarta negociações diretas com Kiev e Europa

    A Rússia descartou hoje, por enquanto, a possibilidade de iniciar um novo formato de conversações de paz para a Ucrânia que inclua negociações diretas com Kiev e representantes europeus.

    Ninguém falou seriamente sobre essa iniciativa ainda e, pelo que sei, não se está trabalhando nisso”, afirmou o conselheiro diplomático do Kremlin (Presidência), Yuri Ushakov, citado pelas agências de notícias russas Interfax e TASS.

    Ushakov comentava as declarações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que disse no sábado que Washington teria proposto a realização de negociações de paz conjuntas com representantes da Ucrânia e da Rússia e, possivelmente, de países europeus.

    Para reforçar essa posição, Ushakov afirmou que o negociador russo Kirill Dmitriev, que está nos Estados Unidos, conversará apenas com representantes norte-americanos.

    “Ele falará com os nossos parceiros, com quem já nos reunimos repetidamente, os parceiros norte-americanos. Não sei se há ucranianos lá”, declarou, segundo as agências Europa Press e EFE.

    Ushakov acrescentou que Dmitriev informará Moscou sobre as consultas realizadas na cidade norte-americana de Miami com representantes da Casa Branca, Steve Witkoff e Jared Kushner.

    “Dmitriev retornará a Moscou, apresentará seu relatório e discutiremos o que fazer a seguir”, afirmou o conselheiro, também citado pela agência France-Presse (AFP).

    Uma eventual mesa-redonda com todas as partes seria a primeira em seis meses, mas Zelensky demonstrou ceticismo quanto aos possíveis resultados.

    “Não tenho certeza de que algo novo surgirá”, disse o presidente ucraniano aos jornalistas no sábado, lembrando que reuniões anteriores realizadas na Turquia, durante o verão, resultaram apenas em trocas de prisioneiros.

    Antes de se reunirem com Dmitriev, representantes do presidente Donald Trump conversaram na sexta-feira, também em Miami, com o principal negociador ucraniano, Rustem Umerov, além de representantes da Alemanha, França e Reino Unido.

    Sobre as mudanças que os europeus pretendem introduzir no plano de paz de Trump, Ushakov avaliou que elas não contribuem para o sucesso das negociações.

    “Isso não é uma previsão. Tenho certeza de que as propostas feitas ou que estão sendo feitas por europeus e ucranianos certamente não melhoram o documento nem aumentam as chances de alcançar uma paz duradoura”, afirmou.

    Moscou apoiou o plano inicial de Trump por atender às suas principais exigências, incluindo a cessão de territórios por Kyiv, a rejeição da adesão à OTAN e da presença de uma força internacional, além da redução do efetivo militar ucraniano.

    O plano, no entanto, foi posteriormente alterado após conversas com ucranianos e europeus, e seus termos atuais não são conhecidos.

    Dmitriev afirmou no sábado que as negociações em Miami estavam sendo construtivas e que continuariam ao longo deste domingo.

    Já Umerov disse anteriormente que as conversas com seus homólogos norte-americanos terminaram com o compromisso de avançar nos esforços para alcançar uma solução definitiva para a guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

    Rússia descarta negociações diretas com Kiev e Europa

  • Ataque a tiros deixa mortos e feridos na África do Sul

    Ataque a tiros deixa mortos e feridos na África do Sul

    Homens armados mataram dez pessoas e feriram outras dez perto de Joanesburgo, anunciou hoje a polícia sul-africana.

    O motivo do ataque ocorrido em Bekkersdal, a cerca de 40 quilômetros a sudoeste da capital econômica da África do Sul, ainda não foi esclarecido.

    “Algumas vítimas foram baleadas aleatoriamente na rua por homens armados não identificados”, informou a polícia em comunicado.

    Brenda Muridili, porta-voz da polícia da província de Gauteng — que inclui Joanesburgo e a capital sul-africana, Pretória —, afirmou à agência France-Presse (AFP) que as autoridades ainda não dispõem de “informações detalhadas” sobre a identidade das vítimas.

    No dia 6 de dezembro, homens armados abriram fogo em um alojamento de trabalhadores em Pretória, matando 11 pessoas, entre elas uma criança de três anos. Segundo a polícia, o local abrigava um bar clandestino.

    A África do Sul enfrenta um problema endêmico de criminalidade e corrupção, alimentado por redes organizadas. Tiroteios são frequentes, muitas vezes associados à violência de gangues e ao consumo de álcool.

    Embora muitas pessoas possuam armas de fogo legalmente para proteção pessoal, o número de armas ilegais em circulação é significativamente maior.

    Entre abril e setembro, cerca de 60 pessoas foram mortas por dia no país, que tem uma população de 63 milhões de habitantes, de acordo com dados da polícia sul-africana.

    Ataque a tiros deixa mortos e feridos na África do Sul

  • Coreia do Norte quer ambições nucleares do Japão impedidas "a todo o custo"

    Coreia do Norte quer ambições nucleares do Japão impedidas "a todo o custo"

    A Coreia do Norte advertiu hoje que as ambições nucleares do Japão “devem ser impedidas a todo o custo”, após um membro do gabinete da primeira-ministra japonesa ter sugerido que Tóquio deveria possuir armas nucleares.

    O comentário de Pyongyang, divulgado pela agência de notícias oficial KCNA, foi motivado por declarações de um integrante da equipe da primeira-ministra do Japão, a nacionalista Sanae Takaichi, que contradizem a doutrina oficial de renúncia às armas nucleares.

    “Acho que deveríamos possuir armas nucleares”, afirmou o membro do gabinete de Takaichi em declarações divulgadas na quinta-feira pela agência japonesa Kyodo. Embora não tenha sido identificado, ele foi descrito como alguém envolvido na formulação da política de segurança.

    “No fim das contas, só podemos contar conosco mesmos”, acrescentou o integrante do governo japonês, aliado dos Estados Unidos.

    As declarações divulgadas pela Kyodo foram criticadas pela Coreia do Norte, que considerou que elas revelam a ambição do Japão de possuir armas nucleares.

    Essa ambição “deve ser impedida a todo custo, pois provocará uma grande catástrofe para a humanidade”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

    “Não se trata de um lapso nem de uma afirmação impensada, mas reflete claramente a ambição de longa data do Japão pela nuclearização”, acrescentou.

    Para Pyongyang, caso o Japão passe a dispor de armas nucleares, “os países asiáticos sofreriam uma terrível catástrofe nuclear e a humanidade enfrentaria um desastre de grandes proporções”.

    O comunicado não menciona o próprio programa nuclear da Coreia do Norte, que realizou diversos testes de bombas atômicas em violação às resoluções da ONU.

    Pyongyang afirma que seu arsenal nuclear é uma dissuasão necessária diante do que considera uma ameaça militar dos Estados Unidos e de seus aliados, como o Japão.

    O Japão é o único país que sofreu ataques nucleares, quando os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945.

    Embora o integrante do gabinete da primeira-ministra japonesa tenha afirmado que expressava uma opinião pessoal e que não havia discutido o tema com Takaichi, as declarações foram duramente criticadas pela oposição.

    O Partido Democrático Constitucional (PDC), maior força de oposição, exigiu na sexta-feira a sua demissão.

    “É extremamente grave que alguém com esse tipo de opinião esteja próximo da primeira-ministra”, afirmou o líder do PDC, Yoshihiko Noda, citado pela agência espanhola EFE.

    Diante da polêmica, o governo japonês reafirmou que a postura antinuclear do país permanece inalterada.

    O ministro das Relações Exteriores, Toshimitsu Motegi, declarou na sexta-feira que a missão de Tóquio é “liderar os esforços da comunidade internacional para alcançar um mundo livre de armas nucleares”.

    O porta-voz do governo, Minoru Kihara, também garantiu que o Japão mantém os conhecidos “três princípios não nucleares”: não produzir, não possuir e não permitir armas nucleares em seu território.

    Esses princípios foram estabelecidos em 1967 pelo então primeiro-ministro Eisaku Sato e posteriormente ratificados pelo Parlamento, segundo a EFE.

    No entanto, Kihara havia admitido em novembro que o Partido Liberal Democrático (PLD), no poder, pretende debater em 2026 uma possível revisão dos princípios nucleares, devido à rápida mudança no ambiente de segurança.

    Há vários anos, o Japão percebe um cenário de segurança cada vez mais complexo, que considera ter se agravado com a aproximação entre a Rússia e a Coreia do Norte, apontada como a principal ameaça regional.

    Recentemente, Takaichi comprometeu-se a antecipar a meta de elevar os gastos com defesa para 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

    A polêmica também coincide com o agravamento das relações entre Tóquio e Pequim, após Takaichi afirmar, em novembro, que um eventual ataque chinês contra Taiwan poderia justificar uma intervenção das Forças de Autodefesa do Japão.

    Coreia do Norte quer ambições nucleares do Japão impedidas "a todo o custo"