Categoria: MUNDO

  • Rússia faz novo mega-ataque à Ucrânia e provoca apagões em meio a negociação de paz

    Rússia faz novo mega-ataque à Ucrânia e provoca apagões em meio a negociação de paz

    O Exército ucraniano afirma que foram lançados 653 drones e 51 mísseis contra seu território durante a madrugada; 585 drones e 30 mísseis foram derrubados, ainda segundo os militares. Mais tarde, as Forças Armadas de Kiev disseram ter atingido uma refinaria de petróleo em Riazan, próximo a Moscou, sem fornecer mais detalhes.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Rússia realizou novo mega-ataque com drones e mísseis contra a infraestrutura energética da Ucrânia neste sábado (6) em diversas regiões do país. Houve apagões e cortes no fornecimento de energia em várias delas, em um momento crítico de aproximação do inverno no hemisfério norte e em meio a negociações entre Moscou e os Estados Unidos para o fim do conflito.

    O Exército ucraniano afirma que foram lançados 653 drones e 51 mísseis contra seu território durante a madrugada; 585 drones e 30 mísseis foram derrubados, ainda segundo os militares. Mais tarde, as Forças Armadas de Kiev disseram ter atingido uma refinaria de petróleo em Riazan, próximo a Moscou, sem fornecer mais detalhes.

    O ataque afetou o fornecimento de energia em Zaporíjia, Lviv, Chernihiv e Dnipropetrovsk. A usina nuclear de Zaporíjia chegou a ficar sem fornecimento de eletricidade de fontes externas por cerca de meia hora, de acordo com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

    Em mensagens no aplicativo Telegram, a pasta responsável pelo desenvolvimento de comunidades afirma que ao menos 9.500 pessoas ficaram sem aquecimento e 34 mil, sem água.

    Um centro ferroviário próximo a Kiev também foi atingido pelo ataque, com um armazém e vagões danificados, de acordo com a empresa pública de trens. Não houve feridos, segundo a companhia.

    “A Rússia continua a ignorar qualquer esforço de paz e, em vez disso, ataca infraestrutura civil crucial, incluindo nossos sistemas de energia e ferroviais”, afirmou o chanceler ucraniano, Andrii Sibiha.

    O Kremlin intensificou, nas últimas semanas, ataques contra instalações de geração e distribuição de energia da Ucrânia. Ao mesmo tempo, enviados do governo de Donald Trump mantêm negociações diplomáticas em Moscou na tentativa de avançar para uma solução do conflito.

    As conversas continuam neste sábado (6), mas, até o momento, não há previsão de acordo no horizonte. O presidente russo, Vladmir Putin, endureceu ainda mais sua posição em relação às negociações atuais, a terceira tentativa de Trump de acabar com a guerra.

    De acordo com relatos ouvidos pela Folha, o Kremlin rejeitou todas as ideias mais favoráveis a Kiev, como a negociação territorial a partir das linhas de batalha atuais -o que deixaria cerca de 15% da vital área da região de Donetsk ainda sob controle ucraniano.

    Aliados europeus da Ucrânia e dos EUA, que têm defendido um acordo favorável a Kiev e com punições a Moscou, estão na prática apartados das discussões. Mesmo entre si, têm também mostrado discordâncias sobre os termos da paz, até aqui ditada por Putin.

    O principal deles é o plano da Comissão Europeia de tomar R$ 1,3 trilhão de reservas russas congeladas, a maior parte na Bélgica, para lastrear um empréstimo visando cobrir as despesas ucranianas em 2026 e 2027.

    Os belgas são contrários, dizendo que isso irá expor o país a processos internacionais. O premiê Bart de Wever causou furor na quinta (4) ao dizer que “é uma ilusão achar que a Rússia pode perder a guerra”.

    Sem uma derrota, Moscou inevitavelmente será reintegrada ao sistema econômico global e poderá pedir a devolução de seu dinheiro. Nesse caso, segundo a proposta inicial dos europeus, quem bancará o empréstimos serão os próprios países do bloco continental.

    A chefe da política externa da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou neste sábado que os EUA continuam como o principal aliado do bloco. Além dos desdobramentos da negociação, até aqui sem avanços, a declaração sucede ainda a divulgação de um documento estratégico de política externa do governo Trump em que a Europa é apontada como vítima de um “apagão civilizatório”, indicando que o continente pode, no futuro, deixar de ser considerado um aliado confiável.

    Rússia faz novo mega-ataque à Ucrânia e provoca apagões em meio a negociação de paz

  • Influencer é preso após postar selfie em frente a incêndio com 159 mortos

    Influencer é preso após postar selfie em frente a incêndio com 159 mortos

    Segundo o jornal Global Times, além de posar diante da tragédia, Kenny fez declarações ofensivas, chamando os mortos de “pecadores” e afirmando que o incêndio seria uma forma de “retribuição”, que não mereceria qualquer solidariedade. As falas provocaram forte reação nas redes sociais, onde usuários classificaram o comportamento do influenciador como cruel e desrespeitoso.

    O influenciador digital Kenny, de 26 anos, foi detido em Hong Kong após publicar vídeos e fotos zombando das vítimas do incêndio que devastou um complexo residencial no distrito de Tai Po, considerado o mais mortal da história moderna da cidade. Conhecido no YouTube pelo canal “Kowloon King”, o chinês registrou imagens sorrindo e fazendo o sinal de “V” em frente ao prédio em chamas, onde 159 pessoas morreram no início deste mês.

    Segundo o jornal Global Times, além de posar diante da tragédia, Kenny fez declarações ofensivas, chamando os mortos de “pecadores” e afirmando que o incêndio seria uma forma de “retribuição”, que não mereceria qualquer solidariedade. As falas provocaram forte reação nas redes sociais, onde usuários classificaram o comportamento do influenciador como cruel e desrespeitoso.

    A polícia de Hong Kong prendeu Kenny sob suspeita de “cometer um ato com intenção sediciosa”, crime previsto nas leis locais. Ele já era conhecido por atitudes polêmicas e, de acordo com a imprensa chinesa, é integrante do grupo chamado “White Card Alliance”, que incentiva seus membros a ultrapassar limites e promover ações consideradas transgressoras. Caso seja condenado, Kenny pode pegar até sete anos de prisão.

    Enquanto o caso envolvendo o influenciador repercute, as autoridades continuam investigando as causas do incêndio em Tai Po. As chamas atingiram um complexo de oito edifícios construídos nos anos 1980, que passavam por reformas. A tragédia mobilizou mais de 800 bombeiros, que trabalharam por mais de 24 horas para controlar o fogo.

    As primeiras apurações revelaram que os materiais instalados nas paredes externas das torres não atendiam às normas de resistência ao fogo, o que favoreceu a propagação rápida das chamas. Investigadores também encontraram painéis de espuma plástica altamente inflamável próximos aos elevadores de uma das torres, agravando o cenário.

    A polícia prendeu dois diretores e um consultor ligados à empresa responsável pela obra no local. Eles são suspeitos de homicídio culposo por “negligência grosseira”, por supostamente não assegurarem condições adequadas de segurança durante a reforma.

    O incêndio chocou Hong Kong e levantou discussões sobre a fiscalização de reformas em prédios antigos e o uso de materiais inadequados em construções. A detenção do influenciador reacendeu o debate sobre limites da liberdade de expressão e responsabilidades de criadores de conteúdo em situações de tragédia.

    Influencer é preso após postar selfie em frente a incêndio com 159 mortos

  • Rússia rescinde acordos militares com Portugal, Canadá e França

    Rússia rescinde acordos militares com Portugal, Canadá e França

    O Governo da Rússia anunciou a rescisão de três acordos de cooperação em matéria de defesa, assinados entre 1989 e 2000 com Portugal, Canadá e França.

    A decisão foi formalizada por meio de um decreto emitido pelo primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, na sexta-feira, citado pela agência de notícias oficial russa TASS.

    O documento afirma que a decisão inclui o tratado entre Rússia e Portugal para cooperação militar, assinado em 4 de agosto de 2000, além de um acordo de 1989 entre a antiga União Soviética e o Canadá, e um protocolo de 1994 com a França.

    O governo argumentou que os três acordos perderam relevância estratégica no contexto atual e, por isso, foram rescindidos simultaneamente, sem qualquer consideração sobre possíveis substitutos ou mecanismos alternativos de cooperação.

    A ordem governamental também determina que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia é responsável por notificar formalmente Portugal, Canadá e França sobre a decisão, a fim de concluir o procedimento diplomático necessário.

    Segundo o decreto, essa notificação constitui a etapa final para o encerramento definitivo dos acordos.

    A revogação dos pactos reflete o crescente afastamento da Rússia em relação ao Ocidente em questões de segurança e cooperação técnica.

    Em julho, Mishustin já havia rescindido um acordo de cooperação técnico-militar com a Alemanha, acusando Berlim de adotar uma “política abertamente hostil” e uma “postura militarista cada vez mais agressiva”.

    Portugal e França apoiam um plano apresentado pela Comissão Europeia para direcionar a Kyiv receitas provenientes dos cerca de 235 bilhões de euros em ativos russos congelados na União Europeia (UE).

    Na sexta-feira, o embaixador russo na Alemanha, Serguei Nechayev, alertou que o uso de ativos soberanos russos congelados na Europa para financiar a Ucrânia terá “consequências significativas” para a UE.

    “Qualquer transação com ativos soberanos da Rússia sem o consentimento do país seria um roubo. E é evidente que o roubo de fundos estatais russos terá consequências de longo alcance”, afirmou Nechayev.

    A Ucrânia tem recebido ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro de 2022.

    Os aliados de Kyiv também impuseram sanções a setores-chave da economia russa, numa tentativa de reduzir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

    A ofensiva militar russa em território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939–1945).

    Rússia rescinde acordos militares com Portugal, Canadá e França

  • Rússia avisa UE para consequências do uso dos seus ativos congelados

    Rússia avisa UE para consequências do uso dos seus ativos congelados

    O embaixador russo na Alemanha, Serguei Nechayev, avisou hoje que a utilização de ativos soberanos russos congelados na Europa para financiar a Ucrânia terá “consequências consideráveis” para a União Europeia (UE).

    “Qualquer transação com ativos soberanos da Rússia sem o consentimento do país seria um roubo. E é evidente que o roubo de fundos estatais russos terá consequências de longo alcance”, afirmou Nechayev, em comunicado, num momento em que Berlim e Bruxelas tentam convencer a Bélgica a apoiar o plano.

    O diplomata argumenta que a reputação internacional da União Europeia “pode ser destruída”, prevendo “processos judiciais intermináveis” e um “caminho para a anarquia jurídica” que, em sua visão, colocará em risco os alicerces do sistema financeiro global, afetando primeiramente a própria Europa.

    A Comissão Europeia apresentou um plano para direcionar a Kyiv receitas provenientes dos cerca de 235 bilhões de euros em ativos russos congelados na UE, dos quais 210 bilhões estão depositados na câmara de compensação Euroclear, com sede na Bélgica.

    No entanto, Bruxelas enfrenta resistência do governo belga, que teme consequências legais e financeiras para a Euroclear caso a UE avance com o mecanismo.

    O chanceler alemão, Friedrich Merz, viaja nesta noite à Bélgica para tentar convencer o seu homólogo, Bart De Wever, dos méritos da proposta europeia.

    Porém, a visão do Kremlin é bastante diferente e, segundo o embaixador russo em Berlim, a intenção de recorrer aos ativos congelados apenas demonstra que a UE não dispõe dos “recursos consideráveis” necessários para manter apoio militar prolongado a Kyiv.

    Rússia avisa UE para consequências do uso dos seus ativos congelados

  • Barco atingido por duplo ataque dos EUA escoltava navio rumo ao Suriname

    Barco atingido por duplo ataque dos EUA escoltava navio rumo ao Suriname

    O barco alvo de um ataque duplo por parte das forças armadas dos Estados Unidos em águas internacionais no Caribe, em 02 de setembro, acompanhava um navio com destino ao Suriname, avançou a CNN.

    De acordo com a emissora norte-americana, o almirante Frank Bradley afirmou, em uma audiência privada com duas comissões do Senado — a Câmara Alta do Parlamento — que a lancha navegava ao lado de um navio maior que seguia para o Suriname.

    Segundo fontes que pediram anonimato, Bradley argumentou que, de acordo com relatórios dos serviços de inteligência, é possível que o navio maior estivesse transportando drogas com destino final aos Estados Unidos.

    A administração do presidente Donald Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, estão enfrentando críticas devido a essa operação, na qual 11 pessoas morreram.

    Na semana passada, o jornal Washington Post revelou que dois sobreviventes do primeiro ataque, que estavam agarrados à embarcação em chamas, foram mortos em um segundo ataque autorizado por Hegseth.

    Na quinta-feira, o congressista democrata Jim Himes afirmou que o ataque matou “marinheiros náufragos” após assistir a um vídeo do Pentágono exibido aos membros do Congresso.

    Segundo Himes, o vídeo mostrava “dois indivíduos claramente em perigo, sem qualquer meio de transporte, que foram mortos pelos Estados Unidos”.

    De acordo com as Forças Armadas, o barco foi atingido quatro vezes: a primeira dividiu a embarcação ao meio, e as outras três mataram dois sobreviventes que tentavam se agarrar a uma parte do barco antes de ele afundar.

    O almirante Frank Bradley relatou que, antes do segundo ataque, os sobreviventes acenaram com um objeto no ar, mas não ficou claro se estavam se rendendo ou pedindo ajuda.

    Desde setembro, o Exército norte-americano já realizou pelo menos 22 ataques aéreos contra embarcações, principalmente no Mar do Caribe, que resultaram em 87 mortes — sem apresentar qualquer prova de ligação dessas pessoas ao narcotráfico.

    Nesta semana, a família de um pescador colombiano denunciou uma possível “execução extrajudicial” perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, relacionada a outro ataque ocorrido no Oceano Pacífico, em setembro.

    Os Estados Unidos realizaram, na quinta-feira, mais um ataque aéreo no Pacífico contra uma embarcação supostamente utilizada por traficantes de drogas, matando quatro pessoas, segundo anunciou o Exército norte-americano.

    Trump declarou, na quarta-feira, que as operações militares em torno da Venezuela vão “muito além” de uma campanha de pressão contra o presidente Nicolás Maduro, e insistiu que “em breve” poderão começar operações terrestres semelhantes às que vêm sendo realizadas em águas internacionais.

    Barco atingido por duplo ataque dos EUA escoltava navio rumo ao Suriname

  • Trump faz "dancinha" após sorteio da Copa do Mundo; vídeo

    Trump faz "dancinha" após sorteio da Copa do Mundo; vídeo

    O Village People encerrou a cerimônia do sorteio do Mundial2026, que aconteceu em Washington DC. Ao som de “YMCA”, Donald Trump não se inibiu e mostrou os seus já habituais passos de dança.

    Já não é novidade que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é fã dos Village People, especialmente da música “YMCA”. Foi justamente essa música que encerrou a cerimônia do sorteio da Copa do Mundo de 2026, realizada nesta sexta-feira, em Washington, D.C.

    Com a música tocando, Donald Trump não se conteve e exibiu os já habituais passos de dança que o caracterizam, divertindo quem estava ao seu lado, como Melania Trump e o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

    O primeiro-ministro do Canadá e a presidente do México também estavam sentados ao lado do líder norte-americano.

    A música “YMCA”, vale lembrar, esteve presente em vários comícios do republicano durante a campanha para as eleições presidenciais do ano passado.

    No dia de sua posse, em 20 de janeiro de 2025, ele fez, inclusive, o que já está sendo chamado de “Dança do Trump”.

    Vale recordar que o presidente dos Estados Unidos recebeu o primeiro Prêmio da Paz da FIFA durante o sorteio da Copa do Mundo de 2026, uma distinção recentemente criada.

    A Copa do Mundo de 2026 será realizada entre 11 de junho e 19 de julho do próximo ano nos Estados Unidos, Canadá e México.

    Trump faz "dancinha" após sorteio da Copa do Mundo; vídeo

  • Brasil tem mais milionários que Suécia e Noruega, diz banco

    Brasil tem mais milionários que Suécia e Noruega, diz banco

    O Brasil aparece à frente de nações desenvolvidas como Suécia (85 mil milionários), Noruega (83 mil), Áustria (77 mil) e Irlanda (65 mil)

    BRASÍLIA, DF (UOL/CBS NEWS) – O Brasil figura entre os 20 países com o maior número de milionários no mundo, segundo o Global Wealth Report 2025, divulgado pelo banco suíço UBS.

    País tem 433 mil adultos com patrimônio investível [termo utilizado para descrever ativo ou investimento que pode ser adquirido com o objetivo de obter lucro no futuro] superior a US$ 1 milhão. Ele ocupa a 19ª posição global, superando potências regionais e se consolidando como o maior mercado da América Latina em termos de riqueza acumulada.

    O Brasil aparece à frente de nações desenvolvidas como Suécia (85 mil milionários), Noruega (83 mil), Áustria (77 mil) e Irlanda (65 mil). O levantamento mostra que, mesmo com instabilidade econômica, alta da taxa de juros e desvalorização cambial nos últimos anos, o número de brasileiros milionários permaneceu elevado. O grupo abrange indivíduos com ativos financeiros e investimentos significativos, sem considerar imóveis residenciais como critério principal.

    No topo do ranking mundial de milionários está Estados Unidos. O país tem cerca de 23,8 milhões de pessoas com patrimônio de pelo menos US$ 1 milhão em 2025, quase 40% de todos os milionários do planeta. Em seguida vêm a China (6,3 milhões) e França, Japão, Alemanha e Reino Unido, com entre 2,6 e 3 milhões de milionários cada.

    VEJA O RANKING COMPLETO:

    1 – Estados Unidos (23,83 milhões)
    2 – China (6,32 milhões)
    3 – França (2,89 milhões)
    4 – Japão (2,73 milhões)
    5 – Alemanha (2,67 milhões)
    6 – Reino Unido (2,62 milhões)
    7 – Canadá (2,09 milhões)
    8 – Austrália (1,9 milhões)
    9 – Itália (1,34 milhões)
    10 – Coreia do Sul (1,3 milhão)
    11 – Holanda (1,26 milhão)
    12 – Espanha (1,2 milhão)
    13 – Suíça (1,12 milhão)
    14 – Índia (917 mil)
    15 – Taiwan (759 mil)
    16 – Hong Kong (647 mil)
    17 – Bélgica (549 mil)
    18 – Suécia (490 mil)
    19 – Brasil (433 mil)
    20 – Rússia (426 mil)

    Apesar do dado expressivo, o Brasil ainda tem baixa densidade de milionários quando comparado a países europeus ou à elite asiática. São 2,5 milionários para cada mil adultos, enquanto países como Suíça, Singapura e Hong Kong superam 100 por 1.000. Isso reforça o cenário de concentração de renda: uma pequena parcela da população detém a maior parte da riqueza do país.

    Brasil também mantém mercado interno relevante para serviços exclusivos, consumo de luxo, investimentos privados e soluções personalizadas de gestão de patrimônio. A tendência, segundo o UBS, é de crescimento gradual dessa base de clientes de alta renda nos próximos anos, acompanhando a recuperação da economia global e a expansão de oportunidades em setores como tecnologia, agronegócio e infraestrutura.

    Na América Latina, o Brasil aparece muito à frente de outros países da região. O México, por exemplo, tem cerca de 318 mil milionários, enquanto Chile e Argentina aparecem com números abaixo de 100 mil. O relatório reforça a posição do país como principal polo de riqueza e negócios da região, embora ressalte os desafios de instabilidade política e desigualdade estrutural.

    Brasil tem mais milionários que Suécia e Noruega, diz banco

  • Maduro pede apoio de brasileiros em meio a tensões com Trump

    Maduro pede apoio de brasileiros em meio a tensões com Trump

    Ditador exibe boné do MST e diz ao ‘povo do Brasil’ para sair às ruas e apoiar ‘paz e soberania’ na Venezuela; tensão aumenta com mobilização militar dos EUA no Caribe

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Nicolás Maduro pediu apoio ao povo brasileiro nesta quinta-feira (4) durante um programa de televisão ao vivo. O ditador venezuelano recebeu um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e disse: “A vitória nos pertence. Viva a unidade do povo do Brasil, viva a unidade com o povo venezuelano”.

    Com o boné vermelho em mãos, Maduro saudou o movimento e pediu que os brasileiros apoiem seu regime. “Povo do Brasil, saiam às ruas para apoiar a Venezuela em sua luta pela paz e soberania. Digo-lhes toda a verdade: temos o direito à paz com soberania. Viva o Brasil”, exclamou o ditador.

    O pedido faz alusão ao momento de tensão entre a nação venezuelana e os Estados Unidos. Ainda nesta quinta (4), um novo ataque americano contra uma lancha no oceano Pacífico matou mais quatro pessoas, segundo autoridades dos EUA, fazendo o número de mortos ao longo da ofensiva na região subir para 87.

    Sob Donald Trump, os EUA realizam a maior mobilização militar na América Latina em décadas, no que o republicano afirma ser uma “guerra às drogas”. Membros linha-dura do governo Trump, como o secretário de Estado, Marco Rubio, defendem uma intervenção militar com o objetivo de derrubar do poder o ditador Nicolás Maduro. Os EUA já deslocaram imenso poder de fogo para as águas ao redor da Venezuela.

    Maduro confirmou nesta semana que conversou com o presidente americano no dia 23 de novembro. A ligação havia sido reportada pela imprensa americana e foi confirmada por Trump no último domingo (30).

    “Conversei com o presidente dos EUA, Donald Trump. Posso dizer que a conversa foi em tom de respeito”, disse Maduro. “Inclusive, posso dizer que foi um diálogo cordial entre o presidente dos EUA e o presidente da Venezuela.”

    “Se essa chamada significa que estamos dando passos em direção a um diálogo respeitoso, Estado a Estado, país a país, que seja bem-vindo o diálogo, a diplomacia, porque sempre buscamos a paz”, disse o ditador venezuelano.

    Nos bastidores, Rubio vem pressionando Trump a abandonar o diálogo e aprovar o uso da força militar para derrubar o regime venezuelano, de acordo com a imprensa americana.

    Já outras vozes na Casa Branca pedem que o presidente reconsidere a proposta supostamente feita por Maduro: uma participação significativa do governo americano na indústria de petróleo da Venezuela em troca de permanecer no poder.

    As forças americanas que hoje estão próximas da Venezuela incluem o porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo. Ao mesmo tempo em que deixa aberta a possibilidade de negociar com Maduro, Trump também vem dizendo que, em breve, pode ordenar ataques aéreos contra alvos em solo na Venezuela -uma ação que seria, na prática, uma declaração de guerra.

    Maduro pede apoio de brasileiros em meio a tensões com Trump

  • Putin e Modi renovam aliança estratégica em tempos de Trump

    Putin e Modi renovam aliança estratégica em tempos de Trump

    Russo e indiano prometem novos negócios na área de defesa e compra de petróleo, apesar da pressão do americano; na prática, há limitações e o movimento é mais simbólico, já que ambos precisam dos EUA para conviver com a China

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Os governos da Rússia e da Índia assinaram um acordo de parceria estratégica nesta sexta-feira (5) desenhado para posicionar os dois países do Brics, bloco que inclui o Brasil, no bravo novo mundo de regras bagunçadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    Ambas as nações lidam com pressões diversas vindas da Casa Branca, com o republicano visando fazer a Índia comprar menos petróleo russo e com isso financiar a Guerra da Ucrânia, mas evitaram ao máximo o choque direto com Trump.

    Os russos contam com a russofilia do americano para lograr um acordo favorável ou apenas seguir em frente com sua guerra na Ucrânia sem que Kiev tenha ajuda dos EUA, e os indianos negociam um fim ao tarifaço imposto a eles.

    “Em temos de complexidade geopolítica, os laços Rússia-Índia resistem”, disse o comunicado selado em Nova Déli no segundo dia de visita de Vladimir Putin a Narendra Modi, premiê que recebeu o russo em alto estilo e com promessas de reforçar o papel de seu país como o maior comprador de armas de Moscou, enquanto o líder do Kremlin enfatizou a questão do petróleo.

    Com as sanções ocidentais à Rússia, os indianos elevaram sua compra da commodity e, do fim de 2022 até novembro de 2025, seu país virou destino de 38% do óleo russo. Trump resolveu puni-los por financiar Moscou, dobrando para 50% a sobretaxa de importação aos produtos do país em agosto, gerando a ira de Modi.

    Em relação à Rússia, o americano está em uma ofensiva por um acordo de paz que parece favorecer Putin, ou um desengajamento da guerra que também agrada o Kremlin. Mas no fim de outubro aplicou sanções contra as duas maiores petroleiras russas, o que obrigou uma redistribuição das exportações por empresas secundárias.

    Isso, mais a queda no preço do barril e o rublo mais forte, derrubou a receita de Moscou com petróleo. Em novembro, ela caiu quase 34% em comparação com o mesmo mês de 2025, ainda que o fluxo de exportação siga estável. Em 2025, a queda ronda os 50%, segundo análise do banco Goldman Sachs.

    “Estamos prontos para manter o envio ininterrupto de combustíveis para a economia indiana”, disse Putin nesta sexta, sem citar o momento de crise e os já generosos descontos no produto devido ao ambiente mais restrito de negócios energéticos. O russo também ventilou a construção de uma central nuclear em Kundankulam.

    Desde os tempos da União Soviética, a Índia é uma grande compradora de armas de Moscou, mas nos últimos anos tem buscado diversificar seu arsenal, trocando a aquisição de caças russos por franceses, por exemplo.

    Segundo o Instituto Internacional para Estudos da Paz de Estocolmo (Suécia), de 2020 a 2024, a fatia russa na lista de compras bélicas de Nova Déli foi de 38%, ante 76% do quadriênio anterior. O papel da França se firmou, e Paris chegou a 33% do mercado indiano.

    A Índia é o segundo maior importador de defesa do mundo, com 8,3% do mercado segundo o Sipri. Perde apenas para a Ucrânia, que saiu do zero em 2020 para 8,8% agora, cortesia da guerra iniciada em 2022 por Putin.

    O conflito foi tema das conversas, e Modi manteve sua posição de que “o mundo precisa ter paz”. Ele voltou a se colocar como mediador eventual, mas esse é um papel hoje reservado a Trump.

    Putin ofereceu a retomada de parcerias militares, inclusive visando exportação “para países amigos”, como já ocorreu no passado com os caças multifuncionais Su-30, que a Índia primeiro comprou de Moscou e depois fabricou, e refinou, em casa. Deu certo, e agora a quase ex-aliada russa Armênia será a primeira cliente do avião feito pelos indianos.

    “Em resposta às aspirações da Índia por autossuficiência, a parceria está agora sendo reorientada para pesquisa conjunta e desenvolvimento, assim como produção de plataformas avançadas de defesa”, disse o russo.

    Não houve, contudo, nenhum anúncio efetivo. O motivo são os limites atuais da indústria russa, comprometida pela produção para a guerra e tolhida de materiais mais sensíveis por sanções.

    Esse tipo de questão já ocorreu antes. Putin gostaria que os indianos comprassem e montassem no país o Su-57, seu caça de quinta geração que só foi vendido para a Argélia, 15 anos depois de seu primeiro voo.

    O projeto é simbólico, pois era conjunto com a mesma Índia e usando o caso de sucesso do Su-30 como base. Nova Déli iria fazer a versão de dois lugares do avião, que Moscou não usa, mas caiu fora no meio do caminho e foi comprar material francês. Será notável se voltar ao Su-57 agora.

    Mais futuro parece ter um negócio já adiantado de arrendamento de um submarino de propulsão nuclear russo pelos indianos, e há outras parcerias já em curso, como o míssil BrahMos.

    Subjacente a tudo isso está a China, a rival estratégica dos EUA. Aqui o cipoal de interesses é denso. Rival histórica e com diversas desconfianças atuais em relação a Pequim, Moscou hoje vive uma relação “sem limites”, como definido por Putin e Xi Jinping 20 dias antes da guerra em 2022.

    O namoro instável de Trump com o russo pode ser visto como uma tentativa de afastá-lo da órbita chinesa. Já em relação à Índia, o efeito foi contrário. Nova Déli são grandes rivais na Ásia e quase se enfrentaram militarmente nos últimos anos. Mas a pressão de Trump levou Modi a reaproximar-se cautelosamente de Xi, visitando o chinês neste ano.

    Com tudo isso e a necessidade de buscar acomodação de Trump, os atores tentam se posicionar entre os polos conflitantes. A Índia tem uma posição privilegiada, pois é uma gigante econômica em ascensão, tem a maior população do mundo ainda com bônus demográfico e de quebra é uma potência nuclear.

    Putin e Modi renovam aliança estratégica em tempos de Trump

  • Erupção vulcânica pode ter contribuído para disseminação da peste negra na Europa

    Erupção vulcânica pode ter contribuído para disseminação da peste negra na Europa

    A hipótese para a disseminação da doença consta de um novo estudo, publicado nesta quinta-feira (4) no periódico Communications Earth & Environment, da Nature

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Atividades vulcânicas podem ter contribuído para o alastramento da peste negra na Europa no século 14, doença que devastou parte da população do continente. A hipótese consta de um novo estudo, publicado nesta quinta-feira (4) no periódico Communications Earth & Environment, da Nature.

    Estima-se que a pandemia de peste negra tenha vitimado milhões de pessoas à época. Alguns estudos apontam mais da metade dos habitantes europeus, porém uma pesquisa mais recente, de 2022, sugeriu que esses dados são superestimados.

    Os autores da nova pesquisa afirmam que erupções vulcânicas levaram a quedas de temperaturas entre 1345 e 1347. Esse cenário, por sua vez, impactou as plantações de grãos, fazendo com que trocas comerciais entre regiões da Ásia e da Europa fossem intensificadas. Teria sido nesse contexto que navios, carregados de grãos, teriam carregado pulgas infectadas com a bactéria para países europeus.

    Outras pesquisas apontaram que a Yersinia pestis tem origem em roedores selvagens na Ásia Central e chegaram à Europa pela região do mar Negro. No entanto, existem poucas evidências sobre quais fatores influenciaram a disseminação da doença entre Ásia Central e Europa a partir de 1347, questão que o novo estudo buscou responder.

    Para isso, a pesquisa se baseou em análises de paleoclimatologia, área que busca entender o clima da Terra em diferentes momentos da história. No estudo, os autores se atentaram a relatos históricos sobre uma erupção vulcânica -ou um conjunto de erupção, não se tem certeza- que ocorreu próximo do ano de 1345.

    Os cientistas encontraram evidências de que pouco depois desse fenômeno vulcânico houve registros de ondas de frio na Europa, especialmente na região do mar Mediterrâneo. Anéis azuis em árvores na região dos Pirineus, na Espanha, foram cruciais para essa conclusão. Eles são indicativos de que houve uma anomalia no desenvolvimento dessas árvores, pois suas madeiras não se consolidaram plenamente.

    Segundo os autores, seria essa queda abrupta na temperatura, sobretudo em meados de 1345 e 1346, que causou tal falha na constituição das árvores, dando origem aos anéis. Fontes históricas analisadas no estudo também contêm relatos de verões particularmente frios nesses anos.

    “Os dados dos anéis das árvores me dão confiança de que minhas fontes escritas estão relatando fatos ao descreverem anomalias meteorológicas”, afirmou Martin Bauch, do Instituto Leibniz para a História e Cultura da Europa Oriental (Alemanha), autor do novo estudo.

    “Por outro lado, as fontes escritas podem trazer afirmações sobre as estações do ano para as quais os anéis de crescimento não fornecem nenhuma informação”, acrescentou ele.

    FOME E A PESTE NEGRA

    O distúrbio climático associado à erupção vulcânica teve relação com um encolhimento na produção de grãos. Esse cenário, por sua vez, culminou com uma onda de fome intensa entre 1345 e 1347, especialmente na região ao redor do Mediterrâneo. Os autores argumentam que, por causa disso, algumas potências marítimas na península italiana, como Gênova, Veneza e Pisa, solucionaram o problema ao importar grãos de mongóis dos arredores do mar Negro em 1347.

    “Essa mudança no comércio de grãos de longa distância, impulsionada pela fome, não apenas impediu que grandes partes da Itália morressem de fome, mas introduziu a bactéria da peste por meio de cargas de grãos nos portos do Mediterrâneo e alimentou sua rápida dispersão por grande parte da Europa”, afirmam os autores no artigo.

    Concluir que uma mudança climática temporária causada por atividades vulcânicas acelerou a disseminação da peste negra na Europa é relevante por apontar como diversos fatores influenciam a propagação de doenças.

    Na avaliação de Bauch, é importante entender a peste negra como um sistema complexo, em que diferentes elementos estiveram interligados. “A bactéria da peste não se altera fundamentalmente, assim como seus efeitos nocivos e a velocidade de sua disseminação. Com esse estudo, esperamos questionar pressupostos como ‘mesmo patógeno mesmo impacto’.” Ou seja, um patogeno não necessariamente teria o mesmo desfecho em todo contexto uma vez que outros aspectos influenciam a disseminação do doença.

    Erupção vulcânica pode ter contribuído para disseminação da peste negra na Europa