Categoria: MUNDO

  • EUA: Bilionário chinês usa barriga de aluguel para ter mais de 100 filhos

    EUA: Bilionário chinês usa barriga de aluguel para ter mais de 100 filhos

    Investigação do Wall Street Journal revela que empresário recorreu a clínicas norte-americanas para gerar dezenas de crianças, prática crescente entre elites chinesas, que já motivou decisões judiciais raras e debate sobre cidadania, ética e possível tráfico humano.

    Um bilionário chinês recorreu à barriga de aluguel nos Estados Unidos para ter mais de 100 filhos, em um fenômeno que vem crescendo entre membros da elite chinesa, segundo investigação do jornal Wall Street Journal. Um juiz do Tribunal de Família de Los Angeles negou a concessão de direitos parentais ao empresário Xu Bo sobre quatro crianças que ainda nasceriam por meio desse método, após identificar um padrão incomum de múltiplos pedidos apresentados em seu nome.

    A decisão foi tomada pela juíza Amy Pellman em uma audiência confidencial realizada em 2023. Trata-se de uma rejeição rara em um sistema que, em geral, aprova automaticamente a paternidade legal dos chamados pais intencionais em casos de barriga de aluguel.

    Durante a audiência, Xu Bo, criador de jogos eletrônicos de fantasia e residente na China, afirmou por videoconferência, com auxílio de um intérprete, que pretendia ter cerca de 20 filhos nos Estados Unidos, todos do sexo masculino, por considerá-los superiores, para herdar seu império empresarial. Segundo ele, parte dessas crianças estaria sendo criada por babás em Irvine, na Califórnia, à espera de autorização para viajar à China. O bilionário admitiu que ainda não havia conhecido os filhos, alegando excesso de trabalho.

    De acordo com relatos de pessoas presentes à audiência, citados pelo jornal, a juíza entendeu que o uso da barriga de aluguel por Xu Bo não parecia motivado pela intenção de formar uma família, mas por outros objetivos.

    O caso expõe a expansão de uma prática pouco regulamentada nos Estados Unidos. Cidadãos chineses, incluindo bilionários e altos executivos, recorrem a clínicas e agências norte americanas para ter filhos por meio de barriga de aluguel, aproveitando o fato de que crianças nascidas em solo americano recebem automaticamente a cidadania, conforme a 14ª Emenda da Constituição.

    Fontes do setor ouvidas pelo Wall Street Journal afirmam que alguns clientes chineses chegam a encomendar dezenas ou até centenas de filhos, pagando valores que podem chegar a 200 mil dólares por criança. Há empresários que se autodenominam “o primeiro pai da China” e compartilham imagens de dezenas de filhos em redes sociais como o Weibo, sugerindo a construção de verdadeiras dinastias privadas.

    Outro caso citado na reportagem é o de Wang Huiwu, executivo do setor educacional, que teria recorrido a modelos norte americanas e mulheres com doutorado em Finanças como doadoras de óvulos. O objetivo, segundo fontes próximas, seria gerar dez filhas e, futuramente, casá-las com líderes mundiais. A repercussão do caso levou à queda das ações da empresa ligada a Wang.

    Na China, a barriga de aluguel é proibida. Embora não exista uma proibição legal explícita para a contratação desse tipo de serviço no exterior, o tema tem sido alvo de crescente escrutínio social e político. Um porta voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos afirmou ao jornal que a prática pode gerar “graves crises éticas, familiares e sociais”.

    Dados citados por pesquisadores da Universidade de Emory indicam que o número de ciclos de fertilização in vitro realizados por gestantes para pais estrangeiros quadruplicou entre 2014 e 2019. Desse total, 41% estavam ligados a clientes chineses.

    O mercado norte americano de fertilidade, que envolve clínicas, advogados, agências de babás e empresas especializadas no transporte de recém nascidos, tem se expandido para atender à demanda asiática.

    Xu Bo é uma figura controversa na China, conhecido por publicações críticas ao feminismo e por afirmar que “ter mais filhos resolve todos os problemas”. Em 2024, uma conta no Weibo associada ao empresário afirmou que ele teria vencido processos judiciais nos Estados Unidos e recuperado a guarda de algumas crianças. A empresa que ele dirige, a Duoyi Network, confirmou em novembro do ano passado que Xu teria pouco mais de 100 filhos, mas negou que o número chegasse a 300.

    O fenômeno também passou a ser investigado em âmbito federal nos Estados Unidos. Em dezembro, o senador republicano Rick Scott apresentou um projeto de lei para proibir cidadãos de países como a China de recorrerem à barriga de aluguel em território americano. A proposta cita uma investigação por suposto tráfico humano envolvendo um casal sino americano com mais de duas dezenas de filhos nascidos por esse método.

    EUA: Bilionário chinês usa barriga de aluguel para ter mais de 100 filhos

  • Austrália acusa terrorista sobrevivente em ataque em Sydney de 59 crimes

    Austrália acusa terrorista sobrevivente em ataque em Sydney de 59 crimes

    Funerais das vítimas começam nesta quarta (17) em meio à indignação na Austrália. Naveed Akram saiu do coma e será ouvido; autoridades das Filipinas negam que os suspeitos tenham sido treinados em seu país

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A polícia da Austrália afirmou nesta quarta-feira (17) que Naveed Akram, 24, terá de responder por 59 acusações, que incluem assassinato, lesão com tentativa de assassinato e terrorismo pelo atentado cometido no último domingo (14) na praia de Bondi, em Sydney.

    Baleado por policiais durante o ataque, Akram saiu do coma no hospital em que foi internado. Ele deve falar por videoconferência a um tribunal local na manhã da próxima segunda (22). Seu pai, Sajid, 50, foi morto a tiros por agentes que chegaram à cena do ataque.

    A dupla matou 15 pessoas a tiros durante a celebração judaica do Hannukah, em um episódio que chocou a Austrália e expôs o aumento do antissemitismo no país. Outros 23 feridos continuam hospitalizados.

    Também nesta quarta (17), o conselheiro de Segurança Nacional das Filipinas, Eduardo Año, afirmou não haver evidências de que os dois atiradores tenham recebido algum tipo de treinamento terrorista enquanto estavam no país asiático. Em um comunicado, Año disse que a duração da estada deles (28 dias) não teria permitido nenhuma preparação significativa.

    O conselheiro declarou que o governo filipino investiga a viagem dos dois homens no período de 1º a 28 de novembro e está em contato com as autoridades australianas para determinar o propósito da visita. Ele classificou de desatualizados e enganosos relatos que retratam o sul das Filipinas como um bastião do extremismo islâmico.

    Registros de imigração mostram que a dupla desembarcou em Manila e viajou para Davao, em Mindanao, uma região que sofre há anos com a presença de extremistas islâmicos. A polícia australiana declarou que os atiradores parecem ter sido inspirados pelo Estado Islâmico.

    A polícia filipina e funcionários do hotel em que ficaram os suspeitos afirmam que ambos tiveram raras saídas do quarto -não teriam passado mais de uma hora seguida fora do hotel-, e não conversaram com outros hóspedes ou receberam visitas. O pai teria usado um passaporte indiano, e o filho, um australiano.

    Trabalhadores do hotel ouvidos pela polícia relataram que o comportamento de ambos não foi suspeito em nenhum momento. Eles se lembram de embalagens de fast food no lixo do quarto e de os dois terem chegado ao local apenas com uma mala grande e uma mochila.

    Desde o cerco de Marawi em 2017, uma batalha de cinco meses na qual o grupo Maute, inspirado pelo Estado Islâmico, tomou esta cidade do sul filipino e lutou contra as forças governamentais, as tropas federais degradaram significativamente os grupos afiliados ao EI, de acordo com Año.

    O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, enfrenta críticas de que seu governo de centro-esquerda não fez o suficiente para impedir a propagação do antissemitismo no país durante os dois anos da guerra Israel-Hamas. “Trabalharemos com a comunidade judaica, queremos eliminar e erradicar o antissemitismo de nossa sociedade”, disse Albanese a jornalistas.

    A gestão dele e os serviços de inteligência também estão sob pressão para explicar por que Sajid Akram teve permissão para adquirir legalmente os fuzis e espingardas usados no ataque.

    Chris Minns, primeiro-ministro (equivalente a governador) do estado de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, disse que convocará o Parlamento estadual na próxima semana para aprovar reformas na legislação local de armas.

    O governo estadual também analisará reformas que dificultem a realização de grandes protestos de rua após eventos terroristas, a fim de evitar mais tensões. “Temos uma tarefa monumental à nossa frente. É uma enorme responsabilidade unir a comunidade. Acho que precisamos de um verão de calma e união, não de divisão”, disse.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em um evento de Hanukkah na Casa Branca que estava pensando nas vítimas do “horrível ataque terrorista antissemita”. “Nós nos unimos ao luto por todos aqueles que foram mortos e estamos orando pela rápida recuperação dos feridos.”

    Os funerais das vítimas do ataque começaram nesta quarta. Um deles foi o do rabino Eli Schlanger, assistente na sinagoga Chabad Bondi e pai de cinco filhos. Ele era conhecido pelo trabalho para a comunidade judaica de Sydney por meio do Chabad, uma organização global que promove a identidade e conexão judaica. Schlanger viajava para prisões e se encontrava com pessoas judias que viviam nas comunidades de habitação pública de Sydney, disse o líder judeu Alex Ryvchin.

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  • Trump mobiliza poderio inédito contra Maduro

    Trump mobiliza poderio inédito contra Maduro

    Meios militares deslocados para o Caribe são os mais ofensivos da história da região, mas não sugerem uma invasão terrestre; quando invadiram Granada, Panamá e Haiti, americanos empregaram mais homens, mas menos musculatura bélica

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Na longa história de intervenções dos Estados Unidos contra países da América Latina, houve mobilizações militares grandes, mas nada na escala de poder de fogo que Donald Trump ordenou para tentar derrubar o ditador Nicolás Maduro na Venezuela.

    O poderio aeronaval deslocado para o Caribe é o maior já visto na região. Hoje, só de mísseis de cruzeiro Tomahawk para uma improvável salva única, há cerca de 250 unidades em nove embarcações armadas com eles que operam na área até esta quarta-feira (17).

    Em comparação, no primeiro dia do ataque a Bagdá na guerra de 2003, Washington despejou estimados 40 Tomahawks sobre a capital iraquiana. E aqui só se fala deste simbólico armamento: há muito mais rondando Caracas.

    Só do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, podem voar até 65 aviões de ataque F/A-18 Super Hornet, cada um com até oito toneladas de carga bélica a cada decolagem. O gigante chegou no mês passado ao teatro de operações do Caribe, e são realizadas missões diárias de seus aviões, uma frota total de até 90 aparelhos.

    Trump também enviou bombardeiros de longo alcance B-52 e B1-B para lamber o espaço aéreo venezuelano em algumas ocasiões. Cada avião desses pode lançar de 20 a 24 mísseis de cruzeiro ar-terra por missão.

    Também foram levados ao Caribe dez caças avançados F-35C da Marinha, frota que está sendo reforçada com algo entre cinco a dez modelos F-35A da Força Aérea, que têm mais capacidade de carga. Eles estão estacionados na base reaberta em Porto Rico, ilha americana na região.

    Essas ações servem para intimidar e para testar as capacidades de defesa de Maduro, que possui baterias antiaéreas relativamente sofisticadas, como as S-300 russas, e material mais antigo. Uma ameaça para a frota americana são os mísseis antinavio russos, chineses e iranianos de que o ditador dispõe.

    Contra tudo isso, foi reforçado o componente de guerra eletrônica americano. Aos cerca de cinco EA-18G Growler que o Ford transporta foram adicionados ao menos outros seis desses caças em Porto Rico.

    Eles servem para interferir no funcionamento de radares e proteger aviões e mísseis de cruzeiro em um ataque. Para cobrir com maior precisão a região, o Corpo de Fuzileiros Navais instalou em outubro um dos 60 G/ATOR que comprou na ilha de Trinidad e Tobago, junto à costa venezuelana.

    Trata-se de um radar de detecção de alvos e ameaças em um raio de até 740 km, específico para cenários de guerra expedicionária por ser de fácil transporte -há um grupo com três navios e quase 3.500 fuzileiros navais e 1.900 marinheiros há meses treinando no Caribe. São a ponta de lança de um efetivo de cerca de 15 mil militares, a maioria da Marinha, quase 5.000 só no Ford.

    A desculpa para a instalação é a mesma dada no Pentágono para a chamada Operação Lança do Sul: combater o narcotráfico na região, o que vem até aqui sendo demonstrado por ataques com drones e até um “tanque voador” AC-130J Ghostrider baseado em El Salvador.

    As ações contra pequenos barcos, questionadas no Congresso dos EUA, já mataram quase cem pessoas. Mas Trump não mede palavras em sua pressão sobre Maduro, de quem disse que os dias estavam contados, apreendeu um petroleiro e determinou um bloqueio a navios sob sanção.

    A variedade de ativos ofensivos abre um leque de opções. A mais evidente é a de ataques pontuais contra instalações do regime e das Forças Armadas, suprimindo a defesa aérea, restando saber se haveria um componente por terra.

    Este poderia ser uma ação de forças especiais visando matar ou prender Maduro e ocupar pontos estratégicos do país, como infraestrutura energética e aeroportuária. Mas a Venezuela é grande e, se houvesse resistência, seria na forma de guerrilha.

    Já uma invasão terrestre mais ampla não parece estar no cardápio pelo número de homens mobilizados. Nas duas mais recentes incursões para derrubar adversários, havia menos canhões, mas mais soldados.

    Em 1983, a ilhota de Granada, então com 95 mil habitantes, viu cerca de 7.500 soldados americanos e de outros países vizinhos operando para tirar um governo pró-soviético do poder. Os recursos aeronavais foram grandes: um porta-aviões, três destróieres, duas fragatas e dois navios de assalto anfíbio.

    A Venezuela tem 28,5 milhões de habitantes, mas em favor da lógica de uma ação há o fastio dessa população com a ditadura de Maduro. Talvez os atuais estrategistas nos EUA acreditem ser possível virar a mesa sem uma ocupação de fato.

    Em 1989, quando derrubaram o ex-aliado Manuel Noriega no Panamá, então com 2,4 milhões de pessoas, os EUA usaram 300 aviões. Por terra, chegaram 27 mil soldados.

    Na mais recente ação de grande porte, autorizada pela ONU para restaurar o governo eleito no Haiti em 1994, os EUA mobilizaram 25 mil soldados para agir no país que tinha 7,4 milhões de habitantes. Dois porta-aviões participaram do cerco, embora um fosse o antigo USS America, que seria aposentado dois anos depois.

    Os golpistas haitianos se renderam sem confronto, e havia apoio internacional: três corvetas argentinas e uma fragata holandesa participaram das manobras.

    A linha do tempo de intervenções americanas a partir da Doutrina Monroe de domínio hemisférico, de 1823, inclui guerras, como no México, e apoio a golpes, como no Brasil.

    Trump declarou, em sua nova Estratégia de Segurança Nacional, estar disposto a reativar a política de uso da força na região, e Maduro é seu primeiro alvo -para temor dos vizinhos, ainda que desprezem a ditadura venezuelana.

    Trump mobiliza poderio inédito contra Maduro

  • Presidente do México pede à ONU que impeça o 'derramamento de sangue' na Venezuela

    Presidente do México pede à ONU que impeça o 'derramamento de sangue' na Venezuela

    Claudia Sheinbaum critica ausência de reação das Nações Unidas ao bloqueio naval anunciado por Trump contra regime; ela defende solução pacífica para crise venezuelana e rejeita qualquer tipo de intervenção externa no país sul-americano

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A presidente do México, Claudia Sheinbaum, pediu nesta quarta-feira (17) que a Organização das Nações Unidas (ONU) atue para “impedir qualquer derramamento de sangue” na Venezuela. A declaração ocorreu um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um bloqueio naval a petroleiros que entram ou saem do país sul-americano, o que aumentou a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.

    Sheinbaum afirmou não ter visto até o momento uma reação das Nações Unidas à medida anunciada por Washington. “[As Nações Unidas] devem assumir seu papel para impedir qualquer derramamento de sangue e sempre buscar soluções pacíficas para os conflitos”, disse a presidente em entrevista coletiva ao comentar a nova estratégia de pressão adotada por Trump contra Caracas.

    Na terça-feira, Trump anunciou em sua plataforma Truth Social a imposição de um bloqueio naval a petroleiros ligados à Venezuela. Além da medida, o presidente americano afirmou que a frota dos EUA no Caribe “só continuará crescendo” até que o regime venezuelano devolva ao país “o petróleo, as terras e outros bens” que, segundo ele, teriam sido roubados.

    Os EUA já haviam enviado, em agosto, uma flotilha naval ao Caribe sob a justificativa de intensificar o combate ao tráfico de drogas. Agora, Trump afirma que o bloqueio se apoia também na classificação, feita pelo seu governo, de que a ditadura de Maduro é uma organização terrorista internacional.

    Sheinbaum ressaltou que, independentemente das avaliações sobre o regime da Venezuela e sobre a liderança de Nicolás Maduro, a posição do México é clara. Segundo ela, o país deve manter uma postura de rejeição a qualquer tipo de intervenção externa ou interferência estrangeira.

    “Apelamos ao diálogo e à paz, não à intervenção, em qualquer disputa internacional. Essa é a nossa posição, baseada na convicção e na Constituição”, afirmou a presidente mexicana, ao defender uma solução pacífica para a crise.

    Presidente do México pede à ONU que impeça o 'derramamento de sangue' na Venezuela

  • Idoso é multado por cuspir folha que entrou acidentalmente na boca

    Idoso é multado por cuspir folha que entrou acidentalmente na boca

    Homem, de 86 anos, foi acusado de estar poluindo o ambiente, depois de ter cuspido uma folha que tinha acabado de cair em sua boca

    Um homem britânico, de 86 anos, foi multado depois de dois agentes da polícia o terem visto cuspindo para o chão em East Lindsey, Lincolnshire, na Inglaterra.

    Roy Marsh estava dando um passeio em um parque em Skegness quando uma forte rajada de vento fez com que uma folha entrasse em sua boca. 

    “Joguei fora”, recorda o idoso de 86 anos, lembrando à BBC o momento em que, em seguida, foi interpelado por dois agentes.

    Aquilo que o Rob pensou ser apenas um aviso, viria a se provar ser um castigo sério com o homem sendo multado em 256 euros (cerca de 1,6 mil reais). A multa viria a ser reduzida para 171 euros (quase 1 mil reais), após um apelo, mas ainda assim, Rob não se conseguiu se livrar da despesa.

    O episódio rapidamente ganhou repercussão por ser considerado desproporcional. O próprio vereador local, Adrian Findley, descreveu o caso como um dos muitos exemplos em que a polícia tem a mão muito “pesada” com a aplicação da lei na cidade. “Estão exagerando”, dispara.

    A autarquia local acrescentou que as ações de fiscalização são monitoradas de perto e que as patrulhas “não visam nenhum grupo demográfico específico” e “não são discriminatórias”.

    O caso de Marsh, note-se, não é um caso isolado no Reino Unido.

    Em outubro, uma mulher foi multada em 150 libras (cerca de 930 reais), em Londres, por despejar um pouco de café em uma sarjeta, antes de entrar em um ônibus. A mulher alegou que foi uma atitude espontânea, que tomou para evitar derrubar café durante o trajeto do transporte. 

    Idoso é multado por cuspir folha que entrou acidentalmente na boca

  • Rússia diz que tensão na Venezuela pode ter 'consequências imprevisíveis'

    Rússia diz que tensão na Venezuela pode ter 'consequências imprevisíveis'

    O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse esperar que se evite uma escalada ainda maior. Para Alexander Shchetinin, diretor do Departamento para a América Latina da pasta, a situação pode trazer riscos para todo o Hemisfério Ocidental e seria um erro crítico

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – A Rússia afirmou nesta quarta-feira (17) que as tensões em torno da Venezuela podem ter “consequências imprevisíveis para todo o Ocidente”, em referência à escalada do conflito entre o país latino-americano e os EUA.

    O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse esperar que se evite uma escalada ainda maior. Para Alexander Shchetinin, diretor do Departamento para a América Latina da pasta, a situação pode trazer riscos para todo o Hemisfério Ocidental e seria um erro crítico.

    Ele acrescentou que o povo venezuelano atravessa “tempos difíceis”. “Confirmamos nosso apoio às políticas do governo Nicolás Maduro, voltadas para a proteção dos interesses nacionais e da soberania da pátria”, falou.

    A manifestação da Rússia ocorreu logo após Donald Trump anunciar um bloqueio “total e completo” de todos os navios petroleiros venezuelanos sob sanção. Na rede Truth Social, o republicano disse que o governo venezuelano foi designado pelos EUA como “organização terrorista estrangeira” e justificou a decisão com acusações de terrorismo, tráfico de drogas, contrabando e tráfico de pessoas.

    Há uma semana, o presidente russo Vladimir Putin já havia falado com Maduro ao telefone para reafirmar seu apoio. O presidente russo disse ao líder venezuelano que “os canais de comunicação direta entre as duas nações permanecem permanentemente abertos” e garantiu que a Rússia continuará apoiando a Venezuela.

    Os dois líderes são aliados e anunciaram uma reaproximação em maio após um tratado de cooperação. Os países teriam assinado projetos russo-venezuelanos, especialmente nos setores econômico, energético e comercial -mas sem especificá-los.

    ENTENDA O BLOQUEIO

    Decisão foi anunciada uma semana após os EUA apreenderem um petroleiro na costa venezuelana. Isso, na prática, já vinha funcionando como um embargo informal. A partir de então, navios carregados com milhões de barris de petróleo permaneceram em águas venezuelanas para evitar o risco de apreensão.

    Ontem a Venezuela havia denunciado ao Conselho de Segurança da ONU o “roubo” daquela embarcação. Os EUA apreenderam o petroleiro como parte de suas operações militares no Caribe, e Washington afirma que o navio era usado em uma “rede ilegal de envio de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”. A Venezuela, por sua vez, chamou a ação de “ato de pirataria naval”.

    Ainda não está claro como o bloqueio será imposto na prática, nem se o governo americano usará a Guarda Costeira ou forças militares para interceptar embarcações. Nos últimos meses, os EUA deslocaram milhares de soldados e quase uma dúzia de navios de guerra para a região, incluindo um porta-aviões.

    O país repudiou a decisão do republicano ainda ontem. A declaração foi dada pela vice-presidente, Delcy Rodríguez, em um comunicado à imprensa publicado na mídia estatal venezuelana.

    Caracas argumenta que o bloqueio “revela as verdadeiras intenções” de Trump. “O presidente dos Estados Unidos pretende impor de maneira absolutamente irracional um suposto bloqueio militar naval à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa Pátria”, indicou.

    ESCALADA RETÓRICA E MILITAR

    Trump afirmou que a Venezuela está cercada por forças militares dos EUA. Segundo a CNN, o presidente disse que o país está rodeado pela “maior armada já reunida na história da América do Sul” e sugeriu que o contingente militar na região ainda pode aumentar.

    O presidente dos EUA passou a classificar o governo Maduro como “regime ilegítimo” ao justificar o bloqueio. Ele acusou Caracas de usar receitas do petróleo para financiar tráfico de drogas, terrorismo, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros.

    As autoridades de Washington afirmam travar um “conflito armado” contra os cartéis de drogas, mas não apresentaram evidências concretas do envolvimento das embarcações atacadas, o que levou a ONU, especialistas e ONGs a questionarem as operações. A campanha americana destruiu 26 lanchas e afeta especialmente a Venezuela. Trump insiste que o objetivo é combater o narcotráfico, enquanto seu homólogo da Venezuela afirma que a campanha é um pretexto para tentar derrubar o governo em Caracas.

    Medida de ontem teve efeito imediato no mercado de petróleo. Os contratos futuros do petróleo bruto dos EUA subiram mais de 1% nas negociações asiáticas, para US$ 55,96 (R$ 308,30) o barril. No fechamento anterior, o preço havia atingido US$ 55,27 (R$ 304,50), o menor nível desde fevereiro de 2021.

    Rússia diz que tensão na Venezuela pode ter 'consequências imprevisíveis'

  • Queda de avião no México mata dez pessoas, incluindo três menores

    Queda de avião no México mata dez pessoas, incluindo três menores

    Tentativa de pouso de emergência terminou em colisão com armazém de combustível, explosão e incêndio em San Mateo Atenco, a cerca de 50 quilômetros da Cidade do México; entre as vítimas estão três crianças e autoridades já investigam as causas do acidente.

    Um avião particular tentou realizar um pouso de emergência no México, mas acabou atingindo um galpão e pegando fogo. Dez pessoas morreram, entre elas três crianças. O caso está sendo investigado pela Procuradoria-Geral do país.

    O acidente aconteceu na segunda-feira, quando a aeronave caiu em um campo de futebol no município de San Mateo Atenco, a cerca de 50 quilômetros da Cidade do México. Segundo a Associated Press, o piloto tentou fazer um pouso forçado no local após enfrentar problemas durante o voo.

    Durante a manobra, o avião atingiu parte de um galpão onde havia combustível armazenado. Com o impacto, a aeronave explodiu e foi tomada pelas chamas.

    Por causa do risco de novas explosões, a área precisou ser evacuada. Aproximadamente 130 pessoas foram retiradas das proximidades do local do acidente.

    “[A aeronave] girou como uma hélice quando se rompe”, relatou um dos moradores à Associated Press, explicando que, logo em seguida, foi possível ouvir a explosão. “Até um caminhão chegou a se mover e, depois disso, vimos a fumaça se espalhar.”

    Segundo a Associated Press, a Procuradoria-Geral do México abriu uma investigação para apurar as causas do acidente.

    Nas redes sociais, os bombeiros da Defesa Civil de Toluca, conhecidos como PC Bomberos Toluca, informaram que foram acionados para atender à ocorrência. Em publicação no Facebook, a corporação afirmou: “Para prestar apoio a um desastre ocorrido após a queda de uma aeronave de pequeno porte no cruzamento da Indústria Automotriz com a avenida Miguel Alemán, deslocamo-nos imediatamente ao local, em coordenação com os bombeiros de Metepec, San Mateo Atenco e Lightning, seguindo todos os protocolos de segurança necessários.”

    Queda de avião no México mata dez pessoas, incluindo três menores

  • Briga entre deputados interrompe sessão no Congresso da Cidade do México

    Briga entre deputados interrompe sessão no Congresso da Cidade do México

    Sessão precisou ser suspensa e transferida após confronto físico entre parlamentares da base governista e da oposição, com empurrões, socos e puxões de cabelo registrados em transmissão ao vivo.

    Uma sessão do Congresso da Cidade do México foi suspensa nesta segunda-feira, 15 de dezembro, após uma confusão generalizada entre deputados terminar em agressões físicas. O confronto, que incluiu empurrões, socos e puxões de cabelo, foi transmitido ao vivo pelos canais oficiais da Casa e registrado em imagens que circularam nas redes sociais.

    De acordo com a revista Veja, o episódio envolveu parlamentares ligados ao governo e membros da oposição e teve como estopim um desacordo sobre a dissolução do Instituto da Transparência. A tensão aumentou quando deputados do Partido da Ação Nacional, sigla conservadora e liberal que integra a oposição e está entre as maiores do país, ocuparam a tribuna.

    Segundo a TV Globo, os oposicionistas acusaram o partido governista Morena, sigla do Movimento Regeneração Nacional, de descumprir um acordo político relacionado à criação de um novo órgão de investigação. A partir daí, a discussão evoluiu rapidamente para agressões físicas.

    Em determinado momento, outros parlamentares tentaram separar as deputadas envolvidas, mas a confusão continuou, com o clima no plenário ficando cada vez mais tenso.

    Diante da situação, o presidente do Conselho de Administração, Jesús Sesma, decidiu suspender a sessão e transferir os trabalhos para outro local. A reunião só foi retomada depois que os deputados da oposição deixaram o plenário.

    Após o episódio, o porta-voz do Morena, Paulo García, afirmou que a oposição recorre com frequência à violência por falta de argumentos e incapacidade de sustentar o debate político.

    Briga entre deputados interrompe sessão no Congresso da Cidade do México

  • E-mails revelam Epstein orientando bilionário acusado de abuso sexual

    E-mails revelam Epstein orientando bilionário acusado de abuso sexual

    Mensagens divulgadas pelo Congresso dos Estados Unidos indicam que Jeffrey Epstein sugeriu o uso de ex-agentes de segurança para abordar uma mulher que acusava o investidor Leon Black de abuso, durante a negociação de um acordo de confidencialidade em 2015.

    Documentos divulgados pelo Congresso dos Estados Unidos revelam que Jeffrey Epstein atuou diretamente para ajudar o bilionário Leon Black a lidar com uma acusação de abuso sexual e a silenciar a mulher que o denunciava.

    E-mails trocados em 2015 mostram que Epstein aconselhou Black a recorrer a ex-agentes de segurança para abordar a mulher com quem o empresário manteve um relacionamento extraconjugal e que, naquele momento, negociava um acordo de confidencialidade após acusá-lo de conduta sexual imprópria.

    Em uma das mensagens, datada de 21 de setembro de 2015, Epstein sugeriu que Black escolhesse a melhor forma de “entregar a mensagem” e mencionou a possibilidade de usar antigos agentes ligados à imigração ou até à Scotland Yard para ir até a residência da mulher e apresentar a posição do empresário. Em outro e-mail, afirmou que haveria pessoas do mesmo perfil disponíveis em Nova York, caso ela viajasse aos Estados Unidos, acrescentando que preferia ex-agentes a integrantes do FBI ou da imigração. Segundo o texto, a abordagem deveria ser feita por um homem e uma mulher.

    As mensagens fazem parte de um conjunto de documentos tornados públicos pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes, responsável também pela recente divulgação de fotos que mostram Epstein ao lado de bilionários e outras figuras influentes. De acordo com a CBS News, os e-mails foram trocados quando Leon Black soube que Guzel Ganieva, modelo russa com quem manteve um relacionamento por cerca de seis anos, planejava viajar de Londres para Nova York com a intenção de confrontá-lo.

    Embora o nome de Ganieva não apareça explicitamente nos e-mails, a emissora afirma que os detalhes deixam claro que Epstein se referia a ela. Um porta-voz de Leon Black não contestou essa interpretação, enquanto advogados da modelo se recusaram a comentar.

    Minutos depois de uma das mensagens sobre a abordagem, Epstein enviou novas orientações à assistente e ao advogado de Black. Em um dos e-mails, recomendou que a assistente criasse uma conta de e-mail separada para tratar do assunto, já que a correspondência estava sendo feita por meio de servidores da Apollo Global Management, empresa fundada por Black. Nos documentos divulgados pelo Congresso, não há outros e-mails que tratem diretamente dessa disputa.

    Segundo registros judiciais, Leon Black e Guzel Ganieva se conheceram em uma festa em Nova York, em 2008, e mantiveram um relacionamento extraconjugal por cerca de seis anos e meio. Após o fim da relação, Ganieva acusou o empresário de abuso sexual, acusações que Black, hoje com 74 anos, sempre negou. Foi nesse contexto que os e-mails envolvendo Epstein teriam sido trocados, enquanto os advogados de Black negociavam um acordo de confidencialidade.

    O acordo foi assinado em 2015. Pelo documento, Black concordou em pagar a Ganieva 100 mil dólares por mês durante 15 anos, perdoar uma dívida de um milhão de dólares e repassar dois milhões de libras esterlinas para que ela regularizasse sua situação no Reino Unido.

    Em 2021, Ganieva voltou a se manifestar publicamente e afirmou que foi coagida a assinar o acordo de confidencialidade. Ela também disse ter sido vítima de difamação depois que Black alegou que ela tentou extorqui-lo ao ameaçar tornar o relacionamento público. Os advogados do bilionário classificaram o processo como “uma obra de ficção” e sustentaram que os pagamentos tinham apenas o objetivo de garantir discrição sobre o caso.

    Ainda em 2015, cerca de dois meses após a assinatura do acordo, Epstein voltou a procurar Black por e-mail para solicitar pagamentos adicionais por serviços de consultoria financeira. Em uma das mensagens, afirmou que havia feito muitas coisas pelo amigo, algumas conhecidas e outras que, segundo ele, “precisariam permanecer desconhecidas”.

    A relação financeira entre Epstein e Leon Black passou a ser investigada, inclusive internamente, pela Apollo Global Management. Segundo advogados do empresário, após a análise de mais de 60 mil documentos, a empresa concluiu que Black pagou Epstein apenas por assessoria tributária. Black deixou a companhia em março de 2021, dois meses após o fim da investigação interna, alegando problemas de saúde.

    Para o senador Ron Wyden, que investiga há quatro anos as relações econômicas entre Black e Epstein, as novas revelações levantam dúvidas ainda mais graves. “Nunca considerei as explicações de Black convincentes, e cada nova informação torna ainda mais perturbadoras as questões sobre o que realmente motivou seus pagamentos a Epstein e se investigações anteriores esconderam a verdade”, afirmou à CBS News.

    E-mails revelam Epstein orientando bilionário acusado de abuso sexual

  • Trump ordena bloqueio de petroleiros sob sanção ao redor da Venezuela

    Trump ordena bloqueio de petroleiros sob sanção ao redor da Venezuela

    Donald Trump ordenou bloqueio total de petroleiros sob sanção dos EUA na Venezuela, classificou o regime de Nicolás Maduro como organização terrorista e anunciou cerco militar. A medida paralisa exportações de petróleo, ameaça Cuba e abre caminho para possíveis ataques diretos autorizados pela Casa Branca.

    (CBS NEWS) – Em mais um passo em direção a uma guerra entre Washington e Caracas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta terça-feira (16) um bloqueio total de petroleiros sob sanção dos EUA ao redor da Venezuela e disse que o país está “completamente cercado” pelas Forças Armadas americanas.

    A definição de quais petroleiros estão sob sanção é pouco clara. Na prática, a medida deve impedir a entrada ou saída de águas venezuelanas de quase todos os cargueiros de petróleo não ligados à americana Chevron. Apesar de sanções americanas contra o setor petrolífero venezuelano, a empresa opera no país latino-americano com anuência de Washington -medida adotada pelo governo Joe Biden com o objetivo de reduzir o preço de gasolina nos EUA e mantida pelo governo Trump.

    No último dia 11, o governo Trump capturou no Caribe o petroleiro “Skipper”, cargueiro de bandeira da Guiana que saía de um porto venezuelano carregado de petróleo, sob acusação de que o navio fazia comércio com o Irã, país sob sanção dos EUA. Desde então, as exportações de petroléo da Venezuela despencaram, e navios com pelo menos 11 milhões de barris estão parados na costa venezuelana.

    A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, e as exportações da commodity são cruciais para a economia do país e a sobrevivência do regime -sem elas, a ditadura pode viver grave crise de arrecadação. As remessas do combustível que o regime de Maduro envia a Cuba também devem acabar, agravando a crise energética pela qual a ilha passa e desestabilizando ainda mais o país -objetivo que também motivaria o cerco americano à Venezuela, segundo a imprensa americana.

    O secretário de Estado, Marco Rubio, filho de cubanos exilados, fez carreira na política com base em sua defesa de mais pressão americana para remover o Partido Comunista do poder em Cuba. O chefe da diplomacia americana é uma das vozes mais fervorosas na Casa Branca a favor de uma intervenção militar que remova Maduro do poder e, assim, fragilize o regime em Havana.

    Trump também classificou nesta terça a ditadura de Nicolás Maduro de uma organização terrorista internacional, abrindo caminho para ataques diretos contra a Venezuela. Isso porque o presidente dos EUA tem poderes amplos para atacar membros ou bases de grupos terroristas sem precisar pedir autorização do Congresso -a Constituição americana determina que somente o Legislativo tem poder de declarar guerra.

    Assim, ao designar o regime de Maduro como grupo terrorista, a Casa Branca pode justificar ataques em solo venezuelano -algo que Trump já disse que deve fazer em breve- sob o argumento de que se trata de operações semelhantes às realizadas pelos EUA há anos em países do Oriente Médio para combater grupos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda.

    Alguns senadores democratas e republicanos tentam, sem sucesso até aqui, aprovar uma lei impedindo Trump de atacar a Venezuela sem antes consultar o Congresso.

    “A Venezuela está completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul”, disse Trump nesta terça em publicação na sua rede social, a Truth Social. “Essa armada vai aumentar, e o choque contra [a Venezuela] será maior do que jamais viram -até que eles devolvam aos EUA todo o petróleo, terras e outros recursos que roubaram de nós.” Não está claro a que petróleo ou terras Trump se refere.

    “O regime ilegítimo de Maduro está usando esses campos petrolíferos roubados para financiar a si próprio, além de terrorismo de drogas, tráfico humano, assassinatos e sequestros. Pelo roubo de nossos recursos e muitas outras razões, classifico o regime venezuelano de uma organização terrorista e ordeno o bloqueio total e completo de todos os petroleiros sob sanção que entram ou saiam da Venezuela”, prosseguiu Trump.

    “Não permitiremos que um regime hostil roube nosso petróleo, terra ou outros bens, que devem ser devolvidos aos EUA imediatamente”, concluiu o presidente.

    A campanha militar dos EUA na América Latina contra embarcações que Washington acusa, sem provas, de transportarem drogas em direção a território americano já matou quase cem pessoas em águas do Caribe e do Pacífico. Além disso, o governo Trump deslocou entre 12 mil e 16 mil soldados para a região, além de caças, navios de guerra e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford.

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