Categoria: MUNDO

  • Grupo com 90 homens é investigado por trocar fotos íntimas de mulheres

    Grupo com 90 homens é investigado por trocar fotos íntimas de mulheres

    A Guardia Civil apura a existência de um grupo de WhatsApp em que dezenas de homens teriam compartilhado imagens íntimas de suas parceiras sem consentimento. A denúncia surgiu após um cartaz ser colado em praça pública por uma associação feminina, expondo o caso e pressionando por investigação.

    Um grupo de WhatsApp formado por cerca de 90 homens é alvo de investigação após denúncias de que imagens íntimas de diversas mulheres estavam sendo compartilhadas sem qualquer autorização. O caso veio à tona em Castro Urdiales, cidade da região da Cantábria, na Espanha, depois que um cartaz denunciando o grupo foi afixado em uma praça pública por uma associação feminina da cidade.

    A Secretaria da Igualdade do governo municipal recebeu a denúncia e acionou a Guardia Civil, que já iniciou as investigações. Segundo a emissora Antena 3, a primeira informação sobre o grupo foi repassada por uma prostituta que preferiu manter o anonimato. Ela contou que foi contratada por um dos integrantes para produzir vídeos e fotos íntimas mediante pagamento. Ao usar o celular do cliente, percebeu que havia um grupo onde diversos homens compartilhavam imagens privadas de suas parceiras.

    A testemunha afirmou que reconheceu fotos de várias mulheres que não tinham conhecimento nem autorizado a divulgação do conteúdo. O caso gerou forte indignação entre os moradores, que classificaram a situação como “lamentável” e reflexo de um uso cada vez mais nocivo das redes sociais.

    Tanto a prefeitura quanto a Guardia Civil confirmam que o caso está sendo investigado, mas afirmam que, por enquanto, não podem fornecer detalhes adicionais, já que ainda buscam reunir mais informações sobre o grupo e identificar todas as vítimas.
     
     

    Grupo com 90 homens é investigado por trocar fotos íntimas de mulheres

  • Noiva morre afogada durante sessão fotográfica por causa de vestido

    Noiva morre afogada durante sessão fotográfica por causa de vestido

    A morte de Maria Pantazopoulos, de 30 anos, chocou Canadá e Grécia depois que a noiva afundou durante uma sessão “Trash the Dress” em um rio de Montreal. O vestido encharcado se tornou pesado demais, e a família agora pede reforço de segurança no local para evitar novas tragédias.

    Uma mulher morreu afogada poucos dias depois do casamento enquanto fazia uma sessão de fotos do tipo “trash the dress”, prática que se popularizou entre noivas ao redor do mundo.

    Maria Pantazopoulos, de 30 anos, havia se casado em 9 de junho de 2012 com Billy, seu namorado de infância. Animada com a tendência de posar com o vestido de noiva em cenários inusitados, ela contratou o fotógrafo Louis Pagakis e escolheu o rio Ouareau, perto de quedas-d’água em Montreal, como cenário.

    Segundo o The Mirror, a sessão começou normalmente até que Maria decidiu entrar na água para algumas fotos. O vestido, pesado por si só, rapidamente absorveu grande quantidade de água e se tornou impossível de sustentar. O fotógrafo tentou ajudá-la, mas não conseguiu. Ele ainda se lembra das últimas palavras dela: “Não consigo mais. É muito pesado.”

    O corpo da noiva foi encontrado horas depois por mergulhadores. A família afirmou em comunicado que Maria jamais colocaria sua vida em risco e que confiava plenamente no trabalho do fotógrafo. Eles também pediram que as autoridades reforcem a segurança do local para evitar novas tragédias.

    Outros casos já haviam ocorrido. Em 2015, a recém-casada Amy Zuno também acabou submersa durante uma sessão semelhante. Ela havia mergulhado de um barco usando o vestido, que a puxou para baixo. Diferentemente de Maria, Amy conseguiu ser resgatada e afirmou não se arrepender da foto arriscada.

    Noiva morre afogada durante sessão fotográfica por causa de vestido

  • Ressonância de Trump vira alvo de debate após divulgação da Casa Branca

    Ressonância de Trump vira alvo de debate após divulgação da Casa Branca

    A publicação dos resultados do exame do presidente reacendeu questionamentos sobre sua saúde e abriu nova rodada de especulações em Washington, enquanto o governo tenta conter críticas e explicar por que o procedimento e seus detalhes ficaram semanas sob sigilo.

    A Casa Branca colocou fim às especulações sobre a saúde de Donald Trump ao divulgar, nesta segunda-feira, o laudo completo da ressonância magnética realizada no mês passado. O exame vinha sendo alvo de rumores desde que o presidente, de 79 anos, recebeu o diagnóstico de insuficiência venosa crônica, em julho, condição que gerou dúvidas sobre um possível declínio físico ou cognitivo.

    O documento, assinado pelo capitão da Marinha Sean Barbabella, médico oficial da presidência, afirma que a ressonância integrou o check-up anual de rotina. Os exames foram direcionados para as regiões cardiovascular e abdominal e, segundo o relatório, não apresentaram qualquer anormalidade. Barbabella descreve Trump como estando em “excelente saúde” e ressalta que órgãos e vasos sanguíneos avaliados têm aparência “muito saudável e bem vascularizada”.

    O médico reforça que a investigação por imagem serviu como medida preventiva e não foi motivada por sintomas novos. Ele também declarou que a função cardiovascular do presidente é considerada “perfeitamente normal”, sem sinais de obstruções, inflamações ou alterações estruturais. O mesmo, afirma, foi constatado na região abdominal.

    A publicação do laudo ocorre um dia depois de Trump ter protagonizado um momento tenso com repórteres no voo de retorno a Washington. Ao ser questionado se a ressonância teria incluído o cérebro, o presidente se irritou e rebateu mencionando um suposto teste cognitivo recente:
    “Não faço ideia. Foi apenas uma ressonância. Não foi no cérebro porque eu fiz um teste cognitivo e tirei nota máxima. Nota perfeita, algo que você não conseguiria fazer”, declarou.

    Segundo a Casa Branca, a insuficiência venosa crônica que Trump trata é considerada uma condição comum e benigna, que pode causar desconfortos como dor e inchaço nas pernas, mas não interfere no desempenho de suas funções.

    Ressonância de Trump vira alvo de debate após divulgação da Casa Branca

  • Globi, o peixe que age como “cachorro” e virou sensação nas redes; assita

    Globi, o peixe que age como “cachorro” e virou sensação nas redes; assita

    Vídeos de Globi, um peixe que busca carinho, interage com humanos e até “pede” atenção à dona, viralizaram e já somam milhões de visualizações, enquanto internautas se dividem entre encantamento e críticas ao tamanho do aquário

    Animais costumam conquistar facilmente os corações dos internautas, e não faltam vídeos fofos ou divertidos protagonizados por eles nas redes sociais. Mas Globi chama atenção por um motivo diferente: ele não é um cachorro, nem um gato. Globi é um peixe.

    E, segundo sua cuidadora, Kam, ele não é um peixe qualquer.

    Enquanto a maioria dos peixes vive de forma independente no aquário, Globi gosta de interagir com humanos. Kam publica vídeos mostrando o animalzinho preto nadando até ela em busca de carinho e atenção. “O melhor amigo do homem é o Globi”, diz a cuidadora, que reforça que o “gordinho” é seu peixe favorito.

    Os vídeos fazem sucesso. Kam tem cerca de 55 mil seguidores, mas é Globi quem mais viraliza: algumas publicações chegam a três milhões de visualizações. Nos comentários, internautas o descrevem como “um cãozinho em forma de peixe”, enquanto outros brincam dizendo que, na verdade, ele quer é comida.

    Em um dos vídeos mais vistos, Globi se aproxima do dedo da dona para comer e, depois disso, fica rondando a mão dela como se pedisse mais carinho.

    Apesar do sucesso, há quem critique a relação, afirmando que o aquário é pequeno demais e que o peixe deveria ser devolvido ao habitat natural.

    Conheça Globi no vídeo acima.

    Globi, o peixe que age como “cachorro” e virou sensação nas redes; assita

  • Casa Branca exibe nova decoração de Natal com foco na família; veja

    Casa Branca exibe nova decoração de Natal com foco na família; veja

    Melania Trump revelou os enfeites natalinos de 2025, com cores da bandeira dos EUA, homenagem ao acolhimento familiar e uma réplica gigante da Casa Branca em gengibre, enquanto a residência oficial passa por reformas milionárias.

    A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, apresentou nesta segunda-feira, 1º de dezembro, as decorações de Natal da Casa Branca para 2025. O tema escolhido foi Casa é onde está o coração.

    As imagens divulgadas nas redes sociais mostram a decoração em meio às reformas que seguem em andamento na residência oficial, incluindo a construção de um novo salão avaliado em cerca de 200 milhões de dólares, o equivalente a mais de 170 milhões de euros.

    A ornamentação natalina privilegia as cores vermelho, branco e azul, em referência à bandeira norte-americana. No Salão Vermelho, por exemplo, a árvore de Natal é decorada com borboletas azuis e envolta por uma fita branca com a inscrição Promover o futuro, além de enfeites com a frase Seja o melhor, que remete à campanha pública de conscientização liderada por Melania.

    A lareira desta sala foi dedicada ao acolhimento familiar, uma das causas defendidas pela primeira-dama, segundo comunicado da Casa Branca.

    Na Sala Leste, a decoração celebra o 250º aniversário dos Estados Unidos. Já no Salão de Jantar está exposta a Casa de Gengibre de 2025, uma réplica da Casa Branca com mais de 54 quilos.

    Neste Natal, vamos celebrar o amor que temos dentro de nós e compartilhá-lo com o mundo ao nosso redor. Afinal, onde quer que estejamos, podemos criar uma casa cheia de possibilidades infinitas, escreveu Melania Trump ao apresentar o projeto.

    Veja as imagens acima. 

     
     
     

     
     
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    Casa Branca exibe nova decoração de Natal com foco na família; veja

  • Em novo ataque à imprensa, governo Trump lança página para expor jornalistas críticos

    Em novo ataque à imprensa, governo Trump lança página para expor jornalistas críticos

    A Casa Branca lançou campanha para expor veículos e jornalistas críticos ao governo Trump, listando “infratores da mídia” em seu site. A iniciativa, apresentada como checagem de fatos, amplia ataques à imprensa já comuns em seu mandato. Vários veículos citados enfrentam processos bilionários movidos pelo presidente.

    (CBS NEWS) – A Casa Branca lançou nesta segunda-feira (1º) uma campanha para expor veículos de mídia e jornalistas por reportagens que desagradam ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovando medidas de ataque à imprensa profissional que têm sido habituais em seu segundo mandato.

    A página, dentro do site do governo, lista os “infratores de mídia da semana” sob uma tarja em que se lê “Enganador. Enviesado. Exposto” e a marca de três veículos de imprensa, como o jornal The Boston Globe, a rede CBS News e o site britânico The Independent.

    A página também nomeia os repórteres que assinam as reportagens que desagradam ao governo -cada jornalista citado tem uma página própria listando o que a Casa Branca chama de infrações.

    Reportagens sobre o vídeo de congressistas democratas pedindo às Forças Armadas que não cumpram ordens ilegais foram classificadas, por exemplo, como deturpadas. Trump acusou os legisladores no vídeo de comportamento sedicioso que seria “punível com a morte”, em publicação na rede Truth Social -o site diz que as reportagens “subversivamente insinuam” que Trump deu ordens ilegais e que as notícias deturparam falas dele afirmando que ele pediu a execução dos rivais.

    A publicação de Trump sobre o assunto, na ocasião, foi a seguinte: “COMPORTAMENTO SEDICIOSO, punível com a MORTE! Isso é realmente ruim e perigoso para nosso país. Suas palavras não podem ser permitidas. 

    COMPORTAMENTO SEDICIOSO DE TRAIDORES!!! PRENDAM ELES???”

    A campanha da Casa Branca tenta dar roupagem de checagem de fatos às acusações, categorizando veículos de imprensa e repórteres e listando o que seriam “acusações, infrações e a verdade”. Ao fim, há uma busca por sites, jornais e emissoras acusados, e uma tabela de classificação -nesta segunda-feira, o jornal The Washington Post encabeçava a lista.

    “O Washington Post tem orgulho de seu jornalismo correto e rigoroso”, afirmou um porta-voz do jornal em texto sobre o assunto.

    O presidente americano tem feito uma série de ataques pessoais a jornalistas e institucionais à cobertura da imprensa desde que retornou ao governo, em janeiro deste ano -uma prática comum do republicano desde sua campanha ao primeiro mandato, em 2016.

    Vários dos veículos citados são também alvo de processos bilionários de Trump na Justiça, entre elas a BBC, cujo diretor pediu demissão após acusações de manipulação em reportagem sobre o presidente, e o New York Times, que o republicano processa em US$ 15 bilhões por difamação. Outros grupos de mídia têm cedido à pressão e feito acordos, caso da Paramount, controladora da CBS, que aceitou pagar US$ 16 milhões para encerrar processo.

    Na semana passada, Trump chamou uma repórter de idiota após ela perguntar por que o presidente culpava seu antecessor, Joe Biden, pela entrada de afegãos no país, dias depois que um cidadão do Afeganistão que havia trabalhado para os EUA matou uma integrante da Guarda Nacional, em Washington, a poucas quadras da Casa Branca.

    Em outubro, veículos de imprensa abandonaram a cobertura do Pentágono depois de o Departamento de Defesa obrigar as empresas de comunicação a assinarem nova política de imprensa que proíbe jornalistas de acessar ou solicitar informações que o departamento não disponibilize, além de revogar as credenciais de quem não a assinasse.

    “Hoje, nos juntamos a praticamente todas as outras organizações de notícias ao recusar concordar com os novos requisitos do Pentágono, que restringiriam a capacidade dos jornalistas de manter a nação e o mundo informados sobre importantes questões de segurança nacional”, escreveram as redes de notícias ABC, CBS e NBC, além da Fox News, rede conservadora e amigável a Trump que, notavelmente, teve por anos como comentarista o atual secretário de Defesa, Pete Hegseth.

    Em março, alguns meses após reassumir o cargo, Trump também chamou as redes CNN e a MSNBC de “corruptas e ilegais” e “braços do Partido Democrata”. Em fevereiro, o presidente barrou a Associated Press da cobertura do Salão Oval da Casa Branca porque a agência de notícias não passou a usar o termo “golfo da América” para se referir ao golfo do México.

    Em novo ataque à imprensa, governo Trump lança página para expor jornalistas críticos

  • Seul recupera restos mortais de 25 soldados em zona desmilitarizada

    Seul recupera restos mortais de 25 soldados em zona desmilitarizada

    A Coreia do Sul recupera restos mortais de 25 soldados da Guerra da Coreia após retomar escavações suspensas desde 2022. Objetivo é identificar vítimas por DNA, devolver os corpos às famílias e reduzir tensões na Zona Desmilitarizada enquanto cresce o alerta para novos conflitos na península.

    O Ministério da Defesa da Coreia do Sul retomou as escavações para localizar e identificar restos mortais de soldados que lutaram na Guerra da Coreia, conflito ocorrido entre 1950 e 1953. Após um mês e meio de trabalho, as autoridades confirmam que 25 conjuntos de restos mortais já estão em análise, além de 1.962 objetos pessoais recuperados nos locais de busca.

    A pasta informou que a maior parte dos restos mortais pertence a militares sul-coreanos. Em comunicado, o governo destacou que o objetivo do projeto é devolver às famílias os soldados que lutaram no conflito, além de reforçar ações práticas voltadas à promoção da paz na Zona Desmilitarizada.

    O programa de escavações havia sido iniciado em 2018 como parte de um acordo para reduzir tensões militares entre Coreia do Sul e Coreia do Norte, mas acabou suspenso em 2022 por questões de segurança, após o aumento das divergências entre os dois países. O trabalho ocorre em áreas como Arrowhead Ridge e White Horse Ridge, regiões estratégicas durante a guerra.

    Agora, os restos mortais serão submetidos a exames de DNA mais detalhados para tentar identificar individualmente os soldados e permitir sua devolução às famílias.

    A retomada das escavações ocorre em um momento de alerta. Nesta semana, o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, afirmou que a situação na fronteira com a Coreia do Norte é muito perigosa e pode gerar confrontos acidentais a qualquer momento sem diálogo entre as partes.

    Coreia do Sul e Coreia do Norte continuam tecnicamente em guerra há mais de 70 anos, já que o conflito dos anos 1950 terminou com um armistício, e não com um tratado de paz.

     

    Seul recupera restos mortais de 25 soldados em zona desmilitarizada

  • Otan admite ataques preventivos contra guerra híbrida da Rússia

    Otan admite ataques preventivos contra guerra híbrida da Rússia

    A tensão entre Rússia e Otan aumentou após sugestão de ataques preventivos contra Moscou pelo chefe militar da aliança. O Kremlin classificou a fala como irresponsável. Enquanto Trump tenta mediar acordo de paz na Ucrânia, Zelenski busca apoio europeu. O conflito segue violento, com novos ataques em Dnipro.

    (CBS NEWS) – A tensão entre a Rússia e a Otan subiu mais um degrau nesta segunda-feira (1º), com o chefe do Comitê Militar da aliança ocidental sugerindo ataques preventivos para dissuadir Moscou de prosseguir com a chamada guerra híbrida contra a Europa.

    “No ciberespaço, estamos reagindo. Estamos pensando em se mais agressivos ou proativos, em vez de reativos. Como a dissuasão é alcançada, por retaliação, ataque preventivo, isso é algo que temos de analisar profundamente”, disse o almirante italiano Giuseppe Cavo Dragone ao jornal britânico Financial Times.

    O comitê que ele lidera é o principal órgão de assessoramento militar da aliança, responsável por dar as diretrizes de ação do clube de 32 membros liderado pelos Estados Unidos.

    Guerra híbrida é o nome dado a ações como sabotagem e ataques hacker, que por não serem diretas, podem ser negadas pelos adversários. Países europeus dizem que a Rússia está por trás de uma série desses atos no continente, como a explosão numa ferrovia polonesa na semana passada, o que o Kremlin descarta como russofobia e paranoia.

    Com efeito, a chancelaria russa protestou contra a fala de Dragone. A chamou de “extremamente irresponsável” e escalatória, demonstrando um desejo de confronto.

    Na semana passada, o presidente Vladimir Putin disse que a ideia de que Moscou queira atacar a Otan, o que poderia provocar a Terceira Guerra Mundial, era “ridícula”. Para ele, os membros europeus da aliança estimulam a continuidade da Guerra da Ucrânia, iniciada pelo russo em 2022, para minar seu país.

    Dragone citou a operação Sentinela Báltico, iniciada no começo deste ano, como um exemplo sobre como proatividade militar pode funcionar sem necessariamente levar a um conflito maior.

    Em 2023 e 2024, o mar Báltico foi palco de diversos incidentes de danos a cabos submarinos de energia e dados, atribuídos a navios ligados à Rússia e à China, até aqui sem provas. De todo modo, a Otan lançou uma missão constante de patrulha que zerou os incidentes.

    Houve intercorrências, como no caso em que um avião francês ficou na mira de radares de baterias antiaéreas russas em Kaliningrado, e as usuais interceptações de aeronaves de lado a lado seguem semanais, mas por ora só isso. “Isso significa que a dissuasão está funcionando”, afirmou o italiano.

    A troca de ameaças ocorre no momento em que o governo de Donald Trump corre para tentar fechar um acordo que estabeleça a paz na Ucrânia, um trabalho cuja complexidade já derrubou o prazo que o americano havia imposto para uma solução, na quinta-feira passada (27).

    Ao longo do fim de semana, ucranianos e americanos se reuniram na Flórida. O lado de Kiev está particularmente em dificuldades, já que na sexta (28) o principal assessor do presidente Volodimir Zelenski, Andrii Iermak, foi demitido após agentes anticorrupção fazerem uma batida em sua casa.

    Ele vinha tratando da revisão de uma proposta pró-Putin que havia sido delineda pelo negociador americano Steve Witkoff e o russo Kirill Dmitriev. O texto foi modificado, mas Moscou rejeitou as alterações, embora se mantenha aberta a discuti-las.

    Nesta terça (2), Witkoff se encontrará em Moscou com Putin, na sexta reunião entre os dois neste ano. Ele talvez esteja acompanhado pelo influente Jared Kushner, genro de Trump que participou das conversas do fim de semana nos EUA.

    O temor na Europa é uma reversão dos termos mais amenos ajustados na semana passada, dado que Witkoff é percebido como simpático ao Kremlin.

    Em busca de apoio, Zelenski viajou nesta segunda a Paris, onde se encontrou com o presidente Emmanuel Macron. O francês tem buscado liderar uma reação à investida de Trump justamente por temer o que chama de capitulação forçada de Kiev, mas até aqui os recursos europeus são limitados ante o cacife do americano.

    Enquanto a guerra híbrida é debatida e a diplomacia busca uma saída, o conflito em si segue seu curso violento. Nesta segunda, um ataque com mísseis matou três pessoas e feriu cerca de uma dúzia de moradores de Dnipro (Ucrânia).

    Otan admite ataques preventivos contra guerra híbrida da Rússia

  • Mais de 240 mulheres denunciam recrutador por dopá-las em entrevistas

    Mais de 240 mulheres denunciam recrutador por dopá-las em entrevistas

    As vítimas relatam que Christian Nègre oferecia bebidas adulteradas e conduzia entrevistas em locais sem banheiro, provocando reações extremas. Apesar das evidências, o caso não avançou na Justiça francesa desde 2018.

    Mais de 240 mulheres acusam um funcionário do setor de Recursos Humanos do Ministério da Cultura da França de dopá-las durante entrevistas de emprego, em um esquema que teria se estendido por nove anos. O caso, revelado em 2018, ainda não chegou aos tribunais.

    De acordo com The Guardian, ma das vítimas é Sylvie Delezenne, hoje com 45 anos, que relatou ao jornal The Guardian que sempre sonhou em trabalhar no ministério. Em 2015, ela ficou animada quando foi contatada pelo LinkedIn por Christian Nègre, representante de RH do órgão. Convidada a ir a Paris, Sylvie participou de uma entrevista que, segundo ela, se transformou em uma experiência humilhante e traumática.

    Logo na chegada, Nègre lhe ofereceu um café. Sylvie lembra que apertou o botão da máquina para escolher a bebida, mas foi o recrutador quem retirou o copo e o entregou minutos depois, após ter se afastado para cumprimentar um colega. Em seguida, sugeriu que continuassem a entrevista caminhando pelos jardins das Tulherias.

    Durante o passeio, Sylvie começou a sentir sintomas estranhos: tremores, suor excessivo, coração acelerado e uma urgente necessidade de ir ao banheiro. Ela afirmou ter pedido para fazer uma pausa, mas Nègre ignorou. Desesperada e sem condições físicas de continuar andando, acabou se agachando perto de um túnel próximo ao Rio Sena. “Ele se aproximou, tirou o casaco e disse: ‘Eu te cubro’. Eu achei aquilo muito estranho”, relatou.

    De volta para casa, Sylvie percebeu que estava com sede intensa e os pés tão inchados que sangravam. Por anos, ela acreditou que o episódio tinha sido culpa sua e passou a evitar Paris e novas buscas de emprego. “Eu tinha pesadelos e acessos de raiva. Me sentia inútil”, afirmou.

    A verdade só veio à tona quatro anos depois, quando a polícia entrou em contato informando que seu nome estava em uma lista apreendida no computador de Nègre, junto com fotos de suas pernas. Foi então que descobriu que não era a única: o funcionário havia dopado pelo menos 240 mulheres.

    O método se repetia. O recrutador oferecia café ou chá durante a entrevista e adulterava a bebida com um diurético forte e ilegal. Em seguida, conduzia as candidatas para áreas externas, longe de banheiros, prolongando a conversa até que a necessidade fisiológica se tornasse incontrolável. Muitas acabaram urinando em público, envergonhadas e vulneráveis, enquanto Nègre registrava reações e, em alguns casos, tirava fotos.

    O caso foi descoberto em 2018, quando uma colega o denunciou por tentar fotografar as pernas de uma mulher dentro do escritório. A investigação revelou um documento chamado “Experiências”, onde ele registrava datas, reações das vítimas e imagens. Em 2019, Nègre foi afastado do ministério e proibido de ocupar cargos públicos, tornando-se réu por diversos crimes, incluindo administração de substâncias ilícitas com intenção de agressão sexual.

    “Não se trata apenas de uma fantasia sexual. É sobre poder e domínio sobre os corpos das mulheres por meio da humilhação e do controle”, afirmou Louise Bériot, advogada que representa parte das vítimas.

    O caso lembra outros episódios de “submissão química” investigados na França, como o de Gisèle Pelicot, drogada por anos pelo próprio marido, que a entregava inconsciente a desconhecidos para estupros.

    Mais de 240 mulheres denunciam recrutador por dopá-las em entrevistas

  • Bar dos EUA oferece cerveja grátis por denúncia de imigrantes ilegais

    Bar dos EUA oferece cerveja grátis por denúncia de imigrantes ilegais

    O Old State Saloon, em Idaho, causou forte repercussão ao prometer um mês de cerveja grátis a quem ajudasse o ICE a localizar e deportar imigrantes irregulares. A iniciativa dividiu opiniões, gerou boicotes nas redes e reforçou o clima de tensão migratória no país.

    Um bar do estado de Idaho, nos Estados Unidos, provocou polêmica ao anunciar nas redes sociais que ofereceria “cerveja grátis” a quem ajudasse o Serviço de Imigração e Controle Aduaneiro dos EUA, o ICE, a localizar e deportar imigrantes em situação irregular.

    “Alerta: qualquer pessoa que ajude o ICE a identificar e finalmente deportar um ilegal de Idaho recebe cerveja grátis durante um mês no Old State Saloon”, diz a publicação feita no X, antigo Twitter. O bar, localizado na cidade de Eagle, afirmou ainda que pode ampliar o benefício por “vários meses” caso várias pessoas sejam deportadas. Para participar, segundo o anúncio, é necessário enviar provas como fotos e vídeos.

    O próprio Departamento de Segurança Interna republicou o anúncio e recebeu como resposta do bar: “Vamos lá. Deportem todos”.

    Notícias ao Minuto © Reprodução X/ Old State Saloon

    A postagem rapidamente atraiu curtidas, comentários e críticas. Um dos usuários sugeriu até a criação de um ranking para premiar o “deportador do ano” em 2025. Segundo o jornal New York Post, um homem chamado Ryan Spoon, vice-presidente do Comitê Republicano do condado de Ada, já teria sido “premiado” após enviar informações que levaram à detenção de uma pessoa pelo ICE.

    O influencer conservador Bo Loudon também apoiou a iniciativa e a classificou como “incrível”. “É por isso que amo os Estados Unidos”, escreveu.

    Mas houve forte reação contrária. Muitos usuários pediram boicote ao estabelecimento, que passou a receber uma onda de avaliações negativas no Google. O próprio bar publicou prints afirmando que a “esquerda” estaria promovendo os ataques. Na biografia oficial, o Old State Saloon se define como “odiado por todos os liberais do mundo” e como o “berço do mês incrível da heterossexualidade”.

    Em 2024, o proprietário já tinha anunciado que o bar promoveria o chamado “Mês da Incrível Heterossexualidade” durante junho, oferecendo descontos e bebidas grátis para homens, mulheres e casais heterossexuais no mesmo período em que ocorre o Mês do Orgulho LGBTQIA+. No site do bar, há inclusive produtos com frases como “Make America Straight Again”.

    Desde que reassumiu a presidência em janeiro, Donald Trump vem implementando seu plano de campanha para promover a maior operação de deportação em massa da história do país, o que aumentou o clima de medo entre comunidades de imigrantes em diversas regiões dos Estados Unidos.
     
     

     

    Bar dos EUA oferece cerveja grátis por denúncia de imigrantes ilegais