Categoria: MUNDO

  • Lula e Trump devem se encontrar em breve, diz Mauro Vieira

    Lula e Trump devem se encontrar em breve, diz Mauro Vieira

    As relações entre Brasil e Estados Unidos atravessam um período de instabilidade desde que o governo Trump decidiu impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros

    O Brasil e os Estados Unidos devem realizar uma nova reunião em novembro, dando continuidade à retomada do diálogo entre os dois países após meses de tensão diplomática, disse nesta quinta-feira (16) o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A declaração foi feita após encontro com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na Casa Branca, em Washington.

    Segundo o chanceler, o encontro — que durou cerca de uma hora — ocorreu em clima de “excelente descontração e troca de ideias”, com foco principal nas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

    “Foi muito produtivo, com muita disposição para trabalhar em conjunto e traçar uma agenda bilateral de comércio”, disse Vieira em entrevista a jornalistas. 

    A reunião teve duas etapas: uma conversa privada entre os dois ministros e, em seguida, a participação de diplomatas e representantes comerciais de ambos os governos. Vieira confirmou que as equipes técnicas devem começar a negociar “em breve” medidas para tentar reverter as tarifas de 50% aplicadas por Washington desde agosto.

    Possível encontro

    Vieira também afirmou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se encontrar nos próximos meses, embora a data e o local ainda não estejam definidos.

    “Está mantido o objetivo de que os líderes se reúnam proximamente. Há interesse de ambas as partes para que isso aconteça o quanto antes”, declarou o ministro.

    Inicialmente, a expectativa era de que o encontro pudesse ocorrer durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, no fim de outubro. No entanto, segundo o chanceler, as agendas dos presidentes devem determinar o momento mais adequado para a reunião.

    Contexto

    As relações entre Brasil e Estados Unidos atravessam um período de instabilidade desde que o governo Trump decidiu impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a uma suposta “politização” do Judiciário brasileiro e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

    Além do tarifaço, Washington também aplicou sanções financeiras e consulares a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. As ações foram vistas em Brasília como retaliação política.

    O encontro entre Vieira e Rubio é o primeiro de alto nível desde que Trump reassumiu a Presidência dos Estados Unidos, em janeiro. A reunião sinaliza um esforço de reaproximação entre os dois países, iniciado após uma breve conversa entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, em Nova York.

    Próximos passos

    De acordo com o Itamaraty, Mauro Vieira e Marco Rubio devem manter contato direto nas próximas semanas para definir a agenda de reuniões técnicas. A expectativa é que, até novembro, sejam traçadas as bases para uma negociação ampla sobre tarifas e cooperação comercial.

    “O importante é que prevaleceu uma atitude construtiva, com aspectos práticos para a retomada das negociações entre os dois países”, destacou o chanceler. “Há boa química entre os governos, e o diálogo está aberto.”

    Lula e Trump devem se encontrar em breve, diz Mauro Vieira

  • Hamas culpa governo Netanyahu por corpos de reféns desaparecidos

    Hamas culpa governo Netanyahu por corpos de reféns desaparecidos

    O grupo terrorista afirmou que alguns corpos de israelenses foram enterrados em túneis destruídos por Israel em ataques com bombas e drones

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O Hamas divulgou um comunicado nesta quinta-feira (16) responsabilizando o governo de Benjamin Netanyahu pela dificuldade em achar os corpos de 21 reféns que ainda faltam ser entregues a Israel.

    Alguns dos corpos foram enterrados em túneis destruídos por Israel, diz grupo. Outros estão sob os escombros de prédios que foram bombardeados e destruídos.

    Extremistas também indicam que ataques israelenses mataram os reféns. “O exército de ocupação nazista que matou esses prisioneiros é o mesmo que causou seu sepultamento sob os escombros”, afirma o Hamas em outro trecho.

    Atraso para liberar a passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, também atrapalha as buscas, segundo o grupo. “Portanto, qualquer atraso na entrega dos corpos é de total responsabilidade do governo Netanyahu, que está obstruindo e impedindo o fornecimento dos meios necessários para tal”.

    ISRAEL DEVOLVE PRISIONEIROS PALESTINOS

    O Ministério da Saúde de Gaza informou que Israel devolveu, até o momento, 120 corpos de palestinos. Segundo a entidade, grande parte dos corpos tinha sinais de tortura.

    Como parte do acordo de cessar-fogo, Israel devolveu à Palestina os corpos de 120 pessoas. 90 destes foram entregues nesta quarta-feira (15), em duas levas de 45, e os outros 30 foram devolvidos nesta quinta-feira.

    A troca de restos mortais faz parte do acordo de cessar-fogo. Até o momento, o Hamas devolveu 10 corpos -Israel identificou nove como sendo de israelenses e um deles não era um refém. Ainda faltam 19 corpos para serem encontrados e devolvidos.

    Na segunda-feira, o Hamas libertou 20 reféns vivos. Em troca, Israel libertou quase 2.000 palestinos que estavam detidos em prisões.

    Dias após acordo, os dois lados trocam acusações de quebra do cessar-fogo. Israel argumenta que o Hamas não cumpriu sua parte por não ter devolvido todos os corpos de israelenses. Por outro lado, o Hamas alega que ataques de Israel continuam na Faixa de Gaza.

    Hamas culpa governo Netanyahu por corpos de reféns desaparecidos

  • Israel devolve 120 corpos e palestinos denunciam sinais de tortura

    Israel devolve 120 corpos e palestinos denunciam sinais de tortura

    O Ministério da Saúde de Gaza afirma que teriam sido identificados sinais de espancamento e havia corpos algemados e vendados; Israel não entregou uma lista com os nomes dos mortos

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O Ministério da Saúde de Gaza informou que Israel devolveu, até o momento, 120 corpos de palestinos. Segundo a entidade, grande parte dos corpos tinham sinais de tortura.

    Como parte do acordo de cessar-fogo, Israel devolveu à Palestina os corpos de 120 pessoas. 90 destes foram entregues nesta quarta-feira (15), em duas levas de 45, e os outros 30 foram devolvidos nesta quinta-feira (16).

    O Ministério da Saúde de Gaza afirma que alguns dos que foram devolvidos nesta quinta-feira (16) tinham sinais de tortura. Teriam sido identificados sinais de espancamento e havia corpos algemados e vendados.

    Nesta quarta-feira (15), médicos do Hospital Nasser, em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, disseram à CNN que todos os corpos tinham sinais de tortura. Segundo os profissionais, todos eles estavam braços e pernas algemados, alguns estavam vendados, alguns tinham marcas de tiro e outros teriam sido atropelados por tanques.

    Israel não entregou uma lista com os nomes dos mortos. Os corpos estavam numerados e até o momento apenas quatro foram identificados por familiares. Não há informações sobre quando ou como estas pessoas morreram.

    Organização palestina cobra devolução e identificação de todos os palestinos mortos. O Centro Palestino para Pessoas Desaparecidas e Forçadamente Desaparecidas alegou que a falta de identificação dos corpos levanta suspeitas de sequestro e manipulação dos registros das vítimas.

    O número total de palestinos mortos em Israel é incerto. A organização Campanha Nacional pela Recuperação dos Corpos de Mártires calcula que há ao menos 735 corpos em Israel.

    HAMAS DEVOLVEU CORPOS DE REFÉNS

    A troca de restos mortais faz parte do acordo de cessar-fogo. Até o momento, o Hamas devolveu 10 corpos -Israel identificou nove como sendo de israelenses e um deles não era um refém. Ainda faltam 18 corpos para serem encontrados e devolvidos.

    Segundo o Hamas, foram devolvidos todos os corpos encontrados. O grupo extremista afirma que para encontrar os que faltam serão necessários esforços extensos. A Cruz Vermelha, que faz a mediação da troca de corpos e reféns, já havia dito que a entrega de corpos pode levar semanas.

    Na segunda-feira, o Hamas libertou 20 reféns vivos. Em troca, Israel libertou quase 2.000 palestinos que estavam detidos em prisões.

    Dias após acordo, os dois lados trocam acusações de quebra do cessar-fogo. Israel argumenta que o Hamas não cumpriu sua parte por não ter devolvido todos os corpos de israelenses. Por outro lado, o Hamas alega que ataques de Israel continuam na Faixa de Gaza.

    Israel devolve 120 corpos e palestinos denunciam sinais de tortura

  • Nova cúpula Trump-Putin coloca em dúvida mísseis para a Ucrânia

    Nova cúpula Trump-Putin coloca em dúvida mísseis para a Ucrânia

    Donald Trump anunciou que houve “progressos significativos” e uma “conversa produtiva” sobre um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia e que irá encontrar-se em breve com Putin

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Um dia antes de um esperado encontro com Volodimir Zelenski na Casa Branca, o presidente Donald Trump recebeu um telefonema de Vladimir Putin que durou cerca de duas horas nesta quinta-feira (16). O resultado não poderia ser mais decepcionante para o ucraniano.

    Trump anunciou que houve “progressos significativos” e uma “conversa produtiva” sobre um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia e que irá encontrar-se em breve com Putin em uma nova cúpula -os líderes haviam se reunido há dois meses no Alasca.

    O local do encontro também não poderia ser mais incômodo para Zelenski: Budapeste, a capital da Hungria governada pelo líder europeu que lhe é mais hostil e próximo de Putin e Trump, o premiê Viktor Orbán. Ao mesmo tempo, o país é membro da Otan, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

    Zelenski esperava receber boas notícias nesta sexta, como fruto de sua reaproximação com um Trump cada vez mais frustrado com a falta de avanço nas negociações -em especial após o sucesso momentâneo do cessar-fogo na Faixa de Gaza.

    O principal prêmio que desejava era o anúncio do fornecimento do míssil de cruzeiro Tomahawk, que pode atingir quase 2.000 alvos militares, 76 bases e todas as cidades importantes na Rússia europeia, um armamento ao qual não tem acesso.

    Ao chegar a Washington, o ucraniano preferiu não passar recibo. “Vemos que Moscou se apressará a retomar o diálogo assim que ouvir a palavra Tomahawk”, afirmou, dizendo acreditar numa boa conversa com Trump. Eles retomaram os contatos após o infame episódio em que o americano o humilhou na primeira reunião na Casa Branca, no fim de fevereiro.

    Putin já havia dito que a aproximação proposta por Trump com a Rússia desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, estaria rompida se o míssil fosse entregue. Segundo Iuri Uchakov, assessor internacional do russo, ele repetiu a afirmação nesta quinta ao republicano.

    A Folha de S.Paulo ouviu de uma pessoa próxima do Kremlin que o objetivo principal de Putin era interromper esse processo envolvendo os Tomahawk, não tanto pelo efeito em si dos mísseis -que não podem mudar a guerra exceto se forem entregues às centenas, algo impossível tecnicamente-, mas por falta de lançadores terrestres de um modelo hoje 100% naval, e a Ucrânia não receberia navios de guerra.

    Esse observador ressalva, contudo, que Trump não disse de forma peremptória que vetaria o míssil, como de resto já sugeriu por temer uma escalada no conflito. Então, sustenta, é melhor esperar a sexta para tirar conclusões.

    Um sinal acerca das intenções dos EUA que preocupa o Kremlin é a crescente pressão de Washington sobre a Índia, segunda maior compradora de petróleo russo depois da China. Na quarta-feira (15), Trump chegou a dizer que o país asiático pararia de receber o produto, algo que não foi nem confirmado, nem desmentido.

    Isso dito, o americano parece repetir seu padrão negocial às expensas de Kiev, mesmo já tendo admitido o risco de ser enrolado pelo russo. Antes da cúpula em agosto no Alasca, um telefonema de Putin o fez abandonar sem pestanejar um ultimato que havia dado ao Kremlin para aderir a um cessar-fogo. Depois, reuniu-se com Zelenski e anunciou que os rivais iriam se encontrar, o que nunca ocorreu.

    Putin, por sua vez, elogiou o americano pela negociação entre Israel e o Hamas sobre Gaza, apesar da fragilidade do arranjo em vigor. “Acredito, de fato, que o sucesso no Oriente Médio ajudará em nossas negociações para alcançar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia”, escreveu o americano em um post na sua rede, a Truth Social.

    A primeira reunião preparatória da cúpula deve ocorrer já na semana que vem, e deve envolver o secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler Serguei Lavrov. O local ainda não está definido, mas poderá ser a Turquia do também ambíguo Recep Tayyip Erdogan.

    Para a cúpula em si, será necessário um esquema especial para o encontro, já que a União Europeia, da qual os húngaros são membros, não permite sobrevoo de aviões russos devido a sanções decorrentes da guerra.

    Já a questão do mandado de prisão contra Putin, emitido pelo Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra, deve ser menos contenciosa: Budapeste abandonou em abril o tratado que estabeleceu a corte e, ainda que a medida só seja efetiva em 2026, não parece haver risco para o russo.

    Enquanto isso, a guerra segue com a forte troca de ataques contra a infraestrutura energética em ambos os lados, com a vantagem russa que caracteriza a assimetria do conflito.

    Na Ucrânia, só na madrugada desta quinta, foram 320 drones, 283 deles interceptados, e 37 mísseis, dos quais só cinco foram abatidos segundo Kiev. Estações de energia e de distribuição de gás foram atingidas novamente, e o governo anunciou que terá de manter um esquema de rodízio no fornecimento de eletricidade nas principais cidades.

    Os ucranianos, por sua vez, atingiram mais uma refinaria de petróleo, na região de Saratov, durante uma barragem em que a Rússia disse ter derrubado 51 drones.

    Nova cúpula Trump-Putin coloca em dúvida mísseis para a Ucrânia

  • 'Não teremos escolha a não ser matá-los', diz Trump em ultimato ao Hamas

    'Não teremos escolha a não ser matá-los', diz Trump em ultimato ao Hamas

    “Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”, disse Donald Trump na tarde desta quinta-feira (16)

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O presidente dos EUA, Donald Trump, deu um ultimato ao Hamas na tarde desta quinta-feira (16) em relação ao acordo de paz com Israel pelo cessar-fogo em Gaza.

    O QUE ACONTECEU

    Republicano já tinha feito ameaças nesta quarta-feira (15). Trump disse que Israel poderia retomar os combates em Gaza caso o Hamas não cumpra os termos do acordo para o cessar-fogo da guerra.

    “Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los. Agradecemos a sua atenção a este assunto!”, afirmou Donald Trump

    HAMAS PROMOVE MORTES E ACUSA CLÃS DE SEREM ALIADOS DE ISRAEL

    Dias após o cessar-fogo em Gaza entrar em vigor, o grupo extremista Hamas assassinou pessoas em ruas da Cidade de Gaza, publicando vídeos das mortes nas redes sociais. Em um dos vídeos das “execuções públicas”, é possível ver oito homens ajoelhados e vendados sendo baleados pelos extremistas. As vítimas estão desarmadas e ajoelhadas no chão, e o assassinato é testemunhado por outras pessoas.

    Imagens foram publicadas pelo canal de TV al-Aqsa, de propriedade do Hamas, em uma rede social. Os vídeos foram verificados pelo canal britânico BBC, que apontou que as imagens foram gravadas na área central da Cidade de Gaza.

    Grupo extremista acusou as vítimas de serem de clã que colabora com Israel. Segundo a agência de notícias RFI, os mortos são membros de clãs e milícias rivais, todos de famílias tradicionais de Gaza, que “se mantêm fortemente armadas”.

    Autoridade Palestina afirmou que os atos são “crimes hediondos”, cometidos “fora da estrutura da lei e sem julgamento justo”. Uma nota assinada pelo presidente Mahmoud Abbas condenou as execuções.

    Não há até o momento um número oficial de mortos. Segundo o portal israelense Ynet, ao menos 52 pessoas de um só clã, o Dagmoush, teriam morrido. A Autoridade Palestina mencionou “dezenas” de vítimas.

    Autoridade Palestina também diz que Hamas tenta controlar a Faixa de Gaza, “obstruindo a reconstrução”. “Restaurar o estado de direito e as instituições legítimas é o único caminho para acabar com o estado de caos”, diz a nota.

    Israel afirma que não existe vácuo na Faixa de Gaza e que o Hamas voltou a ser a autoridade local. O grupo extremista teria assumido o que restou das maiores cidades do território. Isso porque, segundo o que foi determinado pelo acordo, os militares israelenses deixaram esses pontos, recuando para a chamada “Linha Amarela”, traçada no acordo com os EUA.

    ANOS DE GUERRA ABRIRAM ESPAÇO PARA CLÃS LOCAIS

    Ao menos quatro grandes clãs se opõem à hegemonia do Hamas no enclave, segundo agência de notícias Reuters. O desgaste vivido ao longo de dois anos de guerra abriu espaço para que inimigos de longa data se impusessem.

    Um dos maiores deles é o de Doghmosh, que se envolveu em disputas com o Hamas no domingo e na segunda-feira, segundo fontes locais. Seus membros têm afiliações com grupos extremistas diferentes, alguns deles com o próprio Hamas, e outros com o Fatah. O paradeiro do líder do clã, Mumtaz Doghmosh, é desconhecido desde antes do 7 de outubro.

    Na área de Rafah e na parte sul de Gaza, o comando tem sido disputado pelo clã de Abu Shabab, de origem beduína. A estimativa das forças locais é de que eles tenham cerca de 400 homens, que teriam sido recrutados em troca de “salários atrativos”, segundo a Reuters.

    Na região de Khan Younis, o comando é disputado pelo clã Al-Majayda, que também teve confrontos recentes com o Hamas. Apesar das brigas recentes, o grupo divulgou um comunicado na segunda-feira afirmando que apoia a campanha do Hamas para “manter a lei e a ordem em Gaza” e pedindo que os membros do clã cooperem com os extremistas.

    Na Cidade de Gaza, mais precisamente na vizinhança de Shejaia, opera o clã de Rami Hellis. O grupo é declaradamente oposto ao Hamas e opera em uma região que ainda está controlada pelo Exército de Israel.

    Apesar da oposição que a maioria dos clãs faz ao Hamas, nenhum deles assume ter ligação direta com Israel. Não há informações precisas sobre quantos membros de quais clãs foram mortos nas execuções públicas feitas pelo Hamas após o fim do cessar-fogo.

    EXECUÇÕES MOSTRAM FRAGILIDADE DE CESSAR-FOGO

    Acordo proposto por Trump e aceito pelos dois lados previa o desarmamento total do grupo extremista. Outro ponto importante do acordo é a entrega dos corpos de reféns por parte do Hamas, o que foi parcialmente cumprido.

    Quatro corpos foram entregues até o momento e, segundo Israel, um deles não era de um refém israelense. O governo de Netanyahu afirmou nesta quarta-feira que o quarto corpo entregue seria de um palestino. Outros 24 corpos – 25, caso a informação sobre o corpo errado se confirme – são esperados pelas famílias dos reféns.

    Forças do Egito entraram na Faixa de Gaza para auxiliar nas buscas pela localização dos restos mortais. A informação e do canal saudita Al Arabiya. Segundo a imprensa israelense, a expectativa é que mais quatro corpos sejam transferidos ao Exército de Israel.

    'Não teremos escolha a não ser matá-los', diz Trump em ultimato ao Hamas

  • Saiba o que é e o que faz a CIA, agência que Trump autorizou a atuar na Venezuela

    Saiba o que é e o que faz a CIA, agência que Trump autorizou a atuar na Venezuela

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirma que autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a realizar operações secretas dentro da Venezuela

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. Nicolás Maduro, o presidente do país, respondeu com um pedido de “respeito à soberania nacional”.

    O QUE É A CIA

    A CIA (Agência Central de Inteligência) fornece informações sobre as nações para o governo americano. Eles chamam esse trabalho de “inteligência”, por isso o nome da agência, mas que também pode ser definido como espionagem. É com esses dados, sobre outros países e questões relevantes ao mundo, que o governo -tanto o presidente quanto o Conselho de Segurança Nacional -toma decisões estratégicas.

    Eles se consideram a primeira linha de defesa dos Estados Unidos. Segundo o próprio lema da agência, eles conquistam o que outros não conseguem e vão a lugares onde outros não alcançam.

    O trabalho da CIA é definido em três pilares. Focados na segurança nacional dos Estados Unidos, eles: coletam informações sobre países estrangeiros, fazem análises e conduzem ações -às vezes secretas- a pedido do presidente.

    A agência é categórica em dizer que não faz recomendações políticas e que não em função de aplicar leis. Eles afirmam que atuam como uma fonte independente de informação que trabalha em parceria com o Departamento de Defesa e agências policiais em ações de alta complexidade, inclusive de contraterrorismo.

    Eles são líderes em missões de segurança que podem abranger diversos tipos de investigações. O site oficial lista “contraterrorismo, contrainteligência, crime organizado, tráfico de drogas e controle de armas, entre outros”. Isso é feito com “análise de imagens e coleta de fontes abertas, além de pesquisa e desenvolvimento técnico”.

    A agência é representada por um brasão que tem diversos símbolos. A águia reforça o poder de vigilância de seus agentes; o escudo, a defesa que eles promovem ao país; e a rosa-dos-ventos, as informações que eles coletam sobre tudo o que acontece no mundo.

    TENSÃO ENTRE OS EUA E A VENEZUELA

    As tensões entre Washington e Caracas se intensificaram desde que Trump retornou à Casa Branca em janeiro. Neste mês, o governo Trump determinou a suspensão de qualquer diálogo diplomático com a Venezuela. Estados Unidos e Venezuela não mantêm relações diplomáticas desde o primeiro mandato de Trump (2017-2021).

    A todo momento, a gestão Trump busca vincular o governo Maduro ao narcotráfico. O presidente norte-americano já acusou Maduro de comandar a gangue Tren de Aragua, que seu governo designou como organização terrorista em fevereiro. O republicano também comparou as mortes de milhares de norte-americanos por overdose a mortos de guerra ao tentar justificar a intensa atividade militar no Caribe.

    Presidente da Venezuela nega as alegações dos EUA de que drogas estavam sendo produzidas no seu país. O líder também afirma que os norte-americanos esperam tirá-lo do poder porque estariam “buscando uma mudança de regime por meio de ameaça militar”.

    Trump confirmou que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. A confirmação ocorreu horas após o jornal The New York Times divulgar que o governo dos EUA permitiu secretamente que a agência conduzisse operações “secretas e letais”.

    Autorização para operações ocorreu por dois motivos, segundo Trump. O primeiro seria porque a Venezuela estaria libertando muitos prisioneiros, que estariam cruzando a fronteira e entrando nos EUA – sem detalhar qual fronteira estaria sendo utilizada. Apesar das declarações, não há evidências que a Venezuela tenha intencionalmente direcionado pessoas a migrarem ao país. O segundo motivo seria a grande quantidade de drogas que entram nos Estados Unidos, vindas da Venezuela, muitas delas por via marítima.

    Trump, porém, se negou a responder se a CIA poderia “remover” o presidente venezuelano. O republicano ainda afirmou ao jornalista que fez o questionamento: “É ridículo me fazer essa pergunta. Na verdade, não é uma pergunta ridícula, mas não seria ridículo se eu a respondesse?”

    Saiba o que é e o que faz a CIA, agência que Trump autorizou a atuar na Venezuela

  • Homem, que vivia desde os 4 anos nos EUA, morre após ser preso pelo ICE

    Homem, que vivia desde os 4 anos nos EUA, morre após ser preso pelo ICE

    Ismael Ayala-Uribe, um homem de 39 anos, de origem mexicana que vivia nos Estados Unidos desde os quatro anos, morreu semanas após ter sido preso pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE)

    Um homem de 39 anos, que imigrou com a família do México para os Estados Unidos quando tinha apenas quatro anos, morreu semanas após ter sido preso pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) norte-americano.

    Segundo a Sky News, Ismael Ayala-Uribe morreu em um hospital da Califórnia no final de setembro após ter ficado doente enquanto estava em um centro de detenção de imigrantes. 

    Citada pela publicação britânica, a mãe de Uribe, Lucia, contou que o filho tinha febre e uma tosse persistente nas semanas antes de morrer. O homem ainda foi tratado pela equipe médica do centro de detenção, mas acabou por voltar à sua cela.

    Depois, foi transportado para um hospital para uma cirurgia para remover um abcesso nas nádegas, mas morreu antes de ser operado. 

    A sua família nunca foi informada que Uribe estava no hospital e só souberam da sua morte após um agente bater à porta da casa da família. 

    “Foram eles que nos notificaram que ele tinha morrido”, contou o irmão, José Ayala, à Sky News. “Nós nem sabíamos que ele estava no hospital ou que tinha uma cirurgia marcada. Então, bateram à nossa porta pouco depois das 5h30 da manhã”.

    O homem acredita que o irmão “ainda estaria vivo se nunca tivesse sido preso” e destacou que “ele adoeceu enquanto estava detido e parecia que não estavam cuidando dele”.

    Ismael Ayala-Uribe mudou-se do México para os Estados Unidos com a família quando tinha apenas quatro anos. Estava no país com o estatuto DACA – um programa que protege temporariamente da deportação jovens imigrantes que chegaram ao país ainda crianças – mas perdeu-o em 2016, quando foi condenado por conduzir embriagado.

    Foi preso pelos agentes do ICE em agosto, em um local de lavagem de carros, onde trabalhava há 15 anos. Depois, passou cinco semanas preso em um centro de detenção em Adelanto.

    Segundo o seu advogado, Uribe era um homem saudável e não tinha qualquer necessidade médica. No entanto, a mãe contou foi percebendo que o filho estava adoecendo a cada visita que lhe fazia, de oito em oito dias.

    “Ele começou com muita febre”, explicou. “Ele disse que não estavam ouvindo ele. A última vez que o vi, ele estava com o rosto abatido, me disse que não estava bem, disse que não aguentava mais”.

    “Me sinto impotente por não ter podido fazer nada para ajudar o meu filho. Nunca imaginei que iria enterrar um dos meus filhos. É uma sensação terrível, tiraram-me um pedaço do coração”, desabafou.

    ICE frisa que “não é negado atendimento” a imigrantes (e recorda detenções de Uribe)

    Em comunicado, o ICE defendeu que “Ismael Ayala-Uribe, 39, do México, era um imigrante ilegal sob custódia do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA” e “foi declarado morto às 2h32 da manhã do dia 22 de setembro”.

    Segundo a nota, o homem foi “avaliado por um médico” do centro de detenção, em 18 de setembro, “recebeu medicação e voltou para o seu dormitório”. 

    Depois, a 21 de setembro, foi encaminhado para um hospital “para uma avaliação mais aprofundada de um abcesso na nádega e foi agendada para uma cirurgia no abcesso”. 

    No entanto, pelas 1h48 desse dia, Uribe – que era “hipertenso e apresentava taquicardia anormal” – perdeu a consciência e, apesar dos esforços, “foi declarado morto às 2h32 pela equipa médica”. A causa da morte ainda está sob investigação.

    O ICE frisou que o homem “entrou nos Estados Unidos em data e local desconhecidos” e que foi “condenado por condução sob efeito do álcool em duas ocasiões”.

    Segundo a nota, “ele foi condenado pela sua primeira condução sob o efeito do álcool (DUI) em 23 de setembro de 2015 e “sentenciado a três anos de liberdade condicional”.

    Menos de quatro anos depois, em 12 de junho de 2019, “foi condenado pela segunda vez” e “sentenciado a 120 dias de prisão mais cinco anos de liberdade condicional”.

    Na nota, o serviço frisou estar empenhado “em garantir que todos aqueles sob a sua custódia residam em ambientes seguros e humanos” e defendeu que “em nenhum momento durante a detenção é negado atendimento de emergência a um estrangeiro ilegal detido”.

    Homem, que vivia desde os 4 anos nos EUA, morre após ser preso pelo ICE

  • Presidente de Portugal promulga pacote anti-imigração

    Presidente de Portugal promulga pacote anti-imigração

    Marcelo Rebelo de Sousa sancionou a nova Lei dos Estrangeiros, que endurece regras de imigração em Portugal e afeta diretamente os brasileiros. A norma exige visto obtido no país de origem e impõe restrições ao reagrupamento familiar, alinhando o país às diretrizes migratórias da União Europeia

    (CBS NEWS) – O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou nesta quinta-feira (16) a nova Lei dos Estrangeiros. “Considerando que o diploma agora revisto e aprovado por 70% dos deputados corresponde minimamente ao essencial das dúvidas de inconstitucionalidade suscitadas pelo presidente da República e confirmadas pelo Tribunal Constitucional, o presidente da República promulgou o diploma (…) que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional”, disse Rebelo de Sousa em nota.

    A restrição à imigração era uma das promessas de campanha da Aliança Democrática, coligação de centro-direita que governa Portugal, liderada pelo premiê Luís Montenegro. A primeira versão da nova Lei dos Estrangeiros tinha sido aprovada no parlamento em 17 de julho. No dia 24 do mesmo mês, Rebelo de Sousa a encaminhou ao Tribunal Constitucional para uma “fiscalização preventiva”. Em 8 de agosto a corte declarou a inconstitucionalidade de trechos da Lei -que foi vetada no mesmo dia pelo presidente.

    Foi preciso assim que o governo redigisse uma nova versão, que foi aprovada na Assembleia da República no dia 30 de setembro. A aprovação, por 160 votos contra 70, só foi possível por um acordo entre o governo e o Chega, partido da ultradireita portuguesa. A esquerda liderada pelo Partido Socialista votou contra. Faltava apenas a promulgação por parte do presidente, que veio nesta quinta.

    Embora mais branda que a versão anterior, a segunda redação da lei dificulta a vida dos brasileiros que moram ou pretendem morar em Portugal. Um estrangeiro que vive no país só pode trazer a família depois de um ano de residência legal, e precisa comprovar a coabitação com o cônjuge por pelo menos um ano antes da mudança. O reagrupamento familiar só é imediato em caso de família com filhos menores de idade ou declarados incapazes.

    O espírito da nova regulamentação é adequar Portugal às normas de imigração recomendadas pela União Europeia. Isso significa que, ao contrário do que ocorria antes, os imigrantes não poderão mais entrar como turistas em solo luso e obter a documentação a posteriori. Portanto, deverão obter visto de estudante ou de trabalhador no país de origem. Os vistos para procura de emprego serão restritos a profissionais considerados “altamente qualificados”.

    A nova lei abre brechas para acordos bilaterais entre os países, que poderão negociar canais específicos para seus cidadãos. Isso poderia beneficiar os milhares de brasileiros que trabalham na indústria do turismo portuguesa, em hotéis ou restaurantes.

    Em paralelo à Lei dos Estrangeiros o governo português deve apresentar à Assembleia da República, na semana que vem, o texto da nova Lei da Nacionalidade, que deverá igualmente afetar os brasileiros. Entre outras coisas, ela poderá aumentar o prazo para que estrangeiros residentes em Portugal possam reivindicar um passaporte português. Hoje brasileiros e cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) podem fazer isso depois de cinco anos de residência legal. Com a nova norma, o prazo pode subir para sete anos.

    A discussão sobre a Lei da Nacionalidade está prevista para a próxima quarta-feira (22).

    Presidente de Portugal promulga pacote anti-imigração

  • Maratonista descobre câncer após confundir sintomas com refluxo ácido

    Maratonista descobre câncer após confundir sintomas com refluxo ácido

    Zack Van Aarde, britânico de 41 anos e atleta de ultramaratonas, acreditava sofrer apenas de azia, mas exames revelaram um tumor de seis centímetros no esôfago em estágio avançado. Em tratamento, ele lançou uma campanha on-line para custear despesas e inspirar outras pessoas a não ignorarem sintomas persistentes

    O britânico Zack Van Aarde, de 41 anos, sempre levou uma vida ativa e saudável. Apaixonado por corrida, participava de ultramaratonas e mantinha uma rotina intensa de treinos. No início de 2024, começou a sentir crises frequentes de azia e queimação no peito. Os sintomas pareciam indicar apenas refluxo ácido, mas acabaram revelando um câncer agressivo no esôfago.

    Ao procurar um clínico geral, Zack recebeu um tratamento comum, com medicamentos de venda livre para aliviar a acidez estomacal. Acreditando que se tratava de algo passageiro, continuou com sua rotina de treinos. No entanto, o desconforto persistiu e foi acompanhado de fadiga e perda de peso. Ele só procurou atendimento de emergência quando começou a vomitar sangue.

    Os exames realizados revelaram um tumor de seis centímetros no esôfago. O diagnóstico confirmou um câncer em estágio quatro, já com metástase. A notícia surpreendeu a família, e os médicos iniciaram imediatamente o tratamento com sessões de quimioterapia a cada duas semanas. Zack também passou a realizar exames de sangue semanais e a relatar sua experiência nas redes sociais.

    Sem emprego desde o diagnóstico, o corredor criou uma campanha on-line para custear o tratamento. Ele prometeu correr uma milha, o equivalente a 1,6 quilômetro, para cada 10 libras doadas. A iniciativa mobilizou amigos e atletas de todo o Reino Unido. “Não quero desistir. Quero continuar me movimentando e mostrar aos meus filhos que vale a pena lutar”, escreveu em uma das postagens.

    O câncer de esôfago é mais comum em homens acima dos 50 anos, mas pode atingir pessoas mais jovens. Os sintomas iniciais, como azia, refluxo, dificuldade para engolir e perda de peso, costumam ser confundidos com problemas digestivos simples, o que atrasa o diagnóstico.

    Maratonista descobre câncer após confundir sintomas com refluxo ácido

  • Câmera registra policial resgatando mulher segundos antes de trem passar

    Câmera registra policial resgatando mulher segundos antes de trem passar

    Uma mulher distraída com fones de ouvido atravessou os trilhos fora da faixa de pedestres e não percebeu a aproximação do trem. Um policial que estava na estação de Kayseri agiu rapidamente e a puxou no último segundo, evitando que fosse atingida

    Uma mulher foi salva por um policial segundos antes de ser atropelada por um trem na estação de Kayseri, na Turquia, na terça-feira (14).

    De acordo com a imprensa turca, a mulher usava fones de ouvido e decidiu atravessar os trilhos sem olhar para os dois lados. Por causa do som alto, ela não percebeu a aproximação do trem.

    Imagens de segurança registraram o momento em que um policial que estava na estação percebe o perigo e puxa a mulher para trás no último instante, evitando a tragédia.

    Segundo as autoridades locais, a travessia ocorreu fora da faixa destinada a pedestres. O maquinista chegou a acionar os freios, mas, devido à velocidade, não teria conseguido parar a tempo de evitar o impacto.

    A Autoridade de Transportes de Kayseri informou que a mulher não se feriu e foi liberada após receber atendimento no local.

    Veja o vídeo acima.

    Câmera registra policial resgatando mulher segundos antes de trem passar