Categoria: MUNDO

  • Número de mortos nas cheias na Indonésia já ultrapassa os 800

    Número de mortos nas cheias na Indonésia já ultrapassa os 800

    Com mais de 650 desaparecidos e centenas de milhares de desabrigados, o governo indonésio é cobrado a decretar estado de emergência, enquanto organizações humanitárias afirmam que a medida é essencial para ampliar a resposta ao desastre.

    As inundações que devastaram a ilha de Sumatra, na Indonésia, alcançaram um número de vítimas ainda mais alarmante. A Agência Nacional de Gestão de Desastres do país (BNPB) informou nesta quarta-feira que o total de mortos subiu para 804, um salto significativo em relação ao balanço anterior, que contabilizava 631 vítimas. Mais de 650 pessoas seguem desaparecidas e centenas de milhares foram obrigadas a deixar suas casas.

    Mesmo diante da tragédia, que inclui milhares de feridos e destruição generalizada em várias regiões de Sumatra, o governo indonésio ainda resiste às pressões para decretar estado de emergência. A medida é considerada essencial por especialistas e organizações humanitárias, que afirmam que isso permitiria ampliar recursos e melhorar a coordenação dos esforços de assistência.

    A Indonésia decretou estado de emergência apenas em três ocasiões desde que existem registros: durante o terremoto e tsunami de 1992, no tsunami de 2004 que deixou dezenas de milhares de mortos e na pandemia de covid-19.

    A comparação com o Sri Lanka, que enfrenta enchentes e já declarou estado de emergência solicitando ajuda internacional, tem aumentado a cobrança sobre Jacarta. A Amnistia Internacional na Indonésia afirmou que a medida é “urgentemente necessária” para mobilizar forças nacionais e internacionais no apoio às vítimas.

    Segundo as autoridades locais, a catástrofe foi agravada pelo volume excepcional de chuva que atingiu a região por um período prolongado, levando rios ao transbordamento e causando destruição em larga escala.
     
     

    Número de mortos nas cheias na Indonésia já ultrapassa os 800

  • Irmão de ex-jogador italiano causa crise ao ofender turistas em pizzaria

    Irmão de ex-jogador italiano causa crise ao ofender turistas em pizzaria

    Vídeo em que Patrizio Pazzani insulta clientes viralizou e gerou reação internacional. Empresário pediu desculpas após repercussão, enquanto autoridades locais criticaram o comportamento e tentam reparar o desgaste diplomático.

    Patrizio Pazzani, 58, irmão do ex-jogador italiano Giampaolo Pazzini, provocou uma polêmica internacional após gravar e publicar um vídeo em que insulta turistas de Taiwan dentro de sua pizzaria em Montecatini Terme, na Toscana. O episódio ocorreu no início de novembro, quando um grupo de 16 visitantes pediu cinco pizzas e três cervejas, pedido que irritou o empresário e o levou a registrar a cena com comentários ofensivos.

    Segundo o jornal La Nazione, os turistas, que não falavam italiano, sorriram ao perceber que estavam sendo filmados porque imaginaram se tratar de um material promocional. No vídeo, Pazzani reclama: “São 16 pessoas, mas só pediram cinco pizzas e três cervejas. Que absurdo. Isso é demais.” Ele também teria afirmado que as pizzas eram “um pouco pequenas” e pedido que o grupo deixasse o estabelecimento enquanto comia. Em outro momento, segundo a imprensa italiana, o empresário usa a expressão “chineses de m*” para se referir aos visitantes. A gravação, posteriormente excluída, viralizou rapidamente e repercutiu na mídia taiwanesa.

    @simonapeselli #simonapeselli #intervistaapatriziopazzini #ilristoratorechiedescusa #nonvolevooffendereilpopolocinese #montecatiniterme suono originale – Simona Peselli

    O caso ganhou ainda mais repercussão porque Pazzani insistiu em relacionar China e Taiwan de forma depreciativa ao longo do vídeo. Diante da pressão internacional, ele publicou em 16 de novembro um pedido de desculpas no TikTok. “Não tive a intenção de insultar ninguém. Nós, italianos, somos um povo brincalhão. Já viajei para o Oriente, para a China, lugares lindos com pessoas maravilhosas”, afirmou. O vídeo de retratação já ultrapassa 880 mil visualizações.

    O prefeito de Montecatini, Claudio Del Rosso, também se pronunciou sobre o episódio. Ele declarou: “Todos nós conhecemos o protagonista deste vídeo e sabemos que ele é alguém que pode fazer piadas em qualquer situação e com qualquer pessoa. Tenho certeza de que não havia intenção de ofender, mas ele cometeu um erro, um erro grave. As desculpas são necessárias.” O prefeito reforçou que reconhece China e Taiwan como países distintos e informou que convidaria representantes diplomáticos asiáticos para um encontro a fim de reafirmar o espírito de hospitalidade da cidade.

    Nas redes sociais, internautas criticaram duramente o comportamento de Pazzani e defenderam os turistas. Usuários relataram que dividir pizzas é prática comum em restaurantes italianos. Uma pessoa escreveu: “A pizzaria deveria ser fechada, a falta de respeito foi ofensiva demais.” Outra comentou: “Meu marido e eu nunca conseguimos comer uma pizza inteira. Sempre pedimos uma e dividimos.”

    Irmão de ex-jogador italiano causa crise ao ofender turistas em pizzaria

  • Mulher chora em voo após passageiro enviar mensagem cruel sobre ela

    Mulher chora em voo após passageiro enviar mensagem cruel sobre ela

    Vanessa, passageira de um voo da Delta Airlines, relatou ter chorado por quase duas horas após ver uma mensagem cruel enviada pelo homem ao seu lado, que a chamou de “mulher enorme”. Em processo de perda de peso, ela disse que o comentário abalou sua autoestima.

    Uma mulher contou nas redes sociais como uma mensagem enviada por um passageiro ao seu lado arruinou sua viagem de avião e a fez chorar durante quase duas horas. A situação, segundo ela, mostrou como a crueldade de alguém pode afetar profundamente outra pessoa de forma inesperada.

    A passageira, Vanessa, viajava de Tampa, na Flórida, para Nova York em um voo da Delta Airlines quando o episódio aconteceu. “Acabamos de decolar e eu não consigo parar de chorar”, relatou ao descrever o que viu.

    De acordo com Vanessa, o homem sentado ao lado dela enviou uma mensagem dizendo “urgh, uma mulher enorme sentou ao meu lado”. “Eu vi, porque tenho olhos na cara, e agora me sinto presa pelas próximas duas horas”, contou.

    Ela explicou que está em processo de perda de peso nos últimos meses e que aquele comentário acabou abalando sua autoestima. “Perdi 60 libras [27 quilos] e estava me sentindo muito bem comigo mesma”, escreveu em um vídeo no TikTok, no qual pediu palavras de carinho aos seguidores.

    @soberspouse

     

    original sound – DJ Rehab

    Em publicações posteriores, Vanessa disse que o homem percebeu que ela tinha visto a mensagem e começou a digitar rapidamente outras frases para empurrar o comentário para fora da tela. “Viajar sendo uma pessoa gorda é muito difícil”, desabafou.

    O relato, publicado em 26 de novembro, viralizou e recebeu apoio de milhares de pessoas contrárias ao body shaming, prática de humilhar alguém com comentários sobre sua aparência física. Vanessa agradeceu o acolhimento e afirmou que o apoio recebido a ajudou a recuperar a confiança para seguir sua jornada de perda de peso.

     

     

    Mulher chora em voo após passageiro enviar mensagem cruel sobre ela

  • Não estamos mais próximos da paz na Ucrânia, diz Rússia após reunião com EUA

    Não estamos mais próximos da paz na Ucrânia, diz Rússia após reunião com EUA

    Apesar do governo russo classificar as negociações como úteis e construtivas para um acordo de paz, as questões territoriais continuam sendo um obstáculo entre os dois países

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Após cinco horas de conversas entre Rússia e Estados Unidos em Moscou, o assessor internacional de Vladimir Putin disse à imprensa que a paz na Ucrânia não está mais próxima -mas tampouco está mais distante. Segundo Iuri Uchakov, os dois lados não conseguiram chegar a um acordo a respeito de questões como a transferência de território.

    Pelos primeiros sinais disponíveis, o pêndulo da negociação parece ter voltado para o lado do Kremlin, dado que Putin passou o dia asseverando uma posição de força militar no país que invadiu em 2022, enquanto Volodimir Zelenski pedia para que a Ucrânia não fosse deixada de lado no debate.

    Pelo lado americano, participaram do encontro o enviado Steve Witkoff e o genro de Donald Trump Jared Kushner, que costuma envolver-se em acordos que possam gerar oportunidades de negócios apesar de não ter cargo formal. Já Putin estava acompanhado do negociador Kirill Dmitriev e do assessor internacional Iuri Uchakov.

    Em um evento mais cedo, Putin havia dito que a versão revisada da proposta de paz que havia sido desenhada por Witkoff e Dmitriev, favorável ao Kremlin, incluía pontos sugeridos pela Europa “absolutamente inaceitáveis”.

    Se os aliados de Zelenski quiserem sentar à mesa, disse, terão de aceitar as demandas maximalistas do Kremlin: concessão e reconhecimento territorial e neutralidade militar da Ucrânia, para começar.

    Os chefes das diplomacias de ambos os lados, Marco Rubio e Serguei Lavrov, estavam ausentes, o que vai alimentar o moinho de especulações acerca de seu peso no debate e as sugestões, no caso do americano, de que Witkoff e Kushner jogam em favor do Kremlin.

    Putin encontrou-se com os enviados no Kremlin, na sua sexta reunião com Witkoff neste ano, logo após dar declarações belicosas visando isolar os EUA dos aliados europeus de Volodimir Zelenski. O russo disse que “se a Europa quiser lutar contra nós, estamos prontos agora mesmo”.

    O russo busca uma posição de força, ao gosto da política defendida por Trump. Na véspera, anunciou avanços militares na Ucrânia e a tomada de um centro logístico vital para Kiev na região de Donetsk, 1 das 4 que quer ver reconhecidas como russas.

    Nesta terça, disse ter tomado mais duas vilas no sul do vizinho. E também ameaçou “isolar a Ucrânia do mar” após dois ataques contra petroleiros russos em poucos dias, e sugeriu que iria “tomar medidas” contra petroleiros de nações que apoiam Kiev, mas sem especificar quais.

    A Ucrânia negou a perda de cidade de Pokrovsk, que analistas de ambos os lados sugerem ter ocorrido. Seja como for, o clima otimista, verdadeiro ou não, esperava os americanos em Moscou com o presidente convencido pela linha-dura do Kremlin que pode impor condições por ter a melhor posição militar.

    Antes de se encontrar com Putin, a dupla americana se reuniu com Dmitriev. Fiel a seu estilo mascate, o russo postou nesta terça um vídeo defendendo o “túnel Putin-Trump”, uma obra que ligaria o Alasca à Rússia. Foi uma referência pouco sutil à sua defesa de oportunidades de negócios caso haja paz.

    Zelenski e os europeus temem ser escanteados novamente da discussão. Antes do encontro, ele havia dito que temia o desinteresse americano no conflito caso as negociações travassem, como já ocorreram em outras ocasiões desde que Trump mudou o sinal da política americana para a guerra e abriu contato com Putin.

    Nos EUA, Rubio confirmou a expectativa repetindo que “esta não é nossa guerra”. Já Trump afirmou a repórteres: “Não é uma situação fácil, posso te falar. Que confusão”. Ainda não houve manifestações após a longa reunião.

    O ucraniano havia reagido ao plano inicial, desenhado por Witkoff e Dmitriev, com apoio de aliados europeus, e conseguiu fazer o que chamou nesta terça de versão refinada em duas etapas, ocorridas nos dois últimos domingos em Genebra e, depois, na Flórida.

    Ele, que estava na Irlanda após visitar a França, escreveu no X que é vital manter os parceiros do continente à mesa nas negociações, algo a que Trump dá pouca importância.

    Para agravar sua situação, Zelenski enfrenta um enorme escândalo de corrupção no setor de energia de seu governo. A principal vítima até aqui foi seu poderoso chefe de gabinete, Andrii Iermak, que liderava as negociações de paz.

    Nesta terça, Zelenski disse que “esta é a melhor oportunidade para a paz” e que está pronto para discutir com os americanos os termos debatidos em Moscou. Ao mesmo tempo, afirmou que não haverá acordo sem “decisões difíceis” e que não permitirá que sejam feitos arranjos “pelas costas da Ucrânia”.

    Não estamos mais próximos da paz na Ucrânia, diz Rússia após reunião com EUA

  • Novo paciente tem remissão do HIV, aponta revista Nature

    Novo paciente tem remissão do HIV, aponta revista Nature

    Homem teve terapia antirretroviral descontinuada há seis anos; remissão aconteceu após transplante de células-tronco

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Um paciente de 60 anos está em remissão sustentada do HIV, sendo a sétima pessoa a alcançar esse estágio, aponta prévia de artigo científico aceito para publicação na revista Nature na segunda-feira (1°).

    Conforme a versão inicial do documento, revisado por pares, o homem, de Berlim, foi diagnosticado com HIV-1 subtipo B em dezembro de 2009. Ele permaneceu sem sintomas por cinco anos. Em abril de 2015, a sua condição se deteriorou e ele recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda.

    A terapia antirretroviral (ART), que diminui a carga viral no corpo até que o HIV não seja transmitido em relações sexuais, foi iniciada no paciente em paralelo ao tratamento da leucemia. Em outubro de 2015, para o tratamento da leucemia, o homem recebeu um transplante de células-tronco alogênicas, e teve remissão do câncer.

    O paciente teve a terapia antirretroviral descontinuada em 2018, o que significa que a remissão já é sustentada por seis anos. Para os pesquisadores, o caso demonstra uma potencial cura do HIV.

    A cura é excepcionalmente rara, aponta o artigo, documentada em apenas seis casos entre os estimados 88 milhões de indivíduos que adquiriram HIV desde o início da epidemia. Até agora, as curas bem-sucedidas estão limitadas a indivíduos que receberam transplantes alogênicos de células-tronco para cânceres hematológicos.

    Este caso é crucial, conforme o artigo, porque desafia o entendimento de longa data sobre o que é necessário para alcançar a cura ou remissão sustentada do HIV.

    Por muito tempo, o mecanismo principal para a cura sem terapia antirretroviral era a resistência ao vírus mediada pela mutação CCR5?32 homozigótica, variante genética rara que confere resistência natural à infecção pelo vírus HIV.

    Estes resultados demonstraram que a resistência ao HIV mediada por CCR5?32 não é essencial para uma remissão duradoura, ressaltando a importância de reduções efetivas do reservatório viral nas estratégias de cura do HIV. A análise após o transplante não detectou vírus competente para replicação no sangue ou nos tecidos intestinais do paciente.

    Neste caso, os autores sugerem que a chave para a remissão foi o tratamento agressivo da leucemia e os mecanismos imunológicos induzidos pelo transplante.

    A última pessoa a demonstrar sinais de remissão foi um homem conhecido como paciente de Genebra, em 2023, depois de receber um transplante de medula óssea.

    Todos os pacientes até então tem essa situação muito particular em comum: sofriam de câncer de sangue e se beneficiaram de um transplante de células-tronco que renovaram profundamente seu sistema imunológico.

    A primeira pessoa com HIV curada foi Timothy Ray Brown, também conhecido como “paciente de Berlim”. Nascido nos Estados Unidos, ele foi diagnosticado com HIV em 1995, quando vivia na Alemanha, e em 2006 recebeu o diagnóstico de leucemia.

    O segundo homem curado, Adam Castillejo, ficou conhecido como “paciente de Londres”. Ele tinha linfoma de Hodgkin e passou pelo transplante de medula com material de um doador com a mutação no gene em maio de 2016. Em setembro de 2017, Castillejo deixou de tomar drogas anti-HIV e seus exames de sangue não apresentaram mais sinais do vírus.

    Em fevereiro de 2022, pesquisadores anunciaram o terceiro caso de cura, dessa vez envolvendo uma mulher submetida a um tratamento diferente. A paciente, que como Brown tinha leucemia, foi atendida no Weill Medical College, em Nova York, e recebeu sangue do cordão umbilical de um doador com a mutação no CCR5 e células-tronco sanguíneas parcialmente compatíveis de um parente de primeiro grau.

    Pouco tempo depois, em julho, foi divulgado o quarto caso de cura do HIV. O homem de 66 anos, que não quis revelar sua identidade, recebeu o apelido de “paciente de City of Hope” (em tradução livre, cidade da esperança) em referência à unidade de saúde da Califórnia em que foi tratado.

    Novo paciente tem remissão do HIV, aponta revista Nature

  • Podemos atacar qualquer país que envie drogas aos EUA, não só Venezuela, diz Trump

    Podemos atacar qualquer país que envie drogas aos EUA, não só Venezuela, diz Trump

    Vamos atingir aonde os traficantes moram em breve, diz presidente americano em meio a crise militar; republicano protege secretário de Defesa, acusado de dar ordem de ‘matar todos’ em ofensiva contra embarcações

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente Donald Trump disse nesta terça-feira (2) que qualquer país que envie drogas aos Estados Unidos está sujeito a ataques das Forças Armadas americanas, não apenas a Venezuela. A fala vem em meio à campanha militar dos EUA nas águas da América Latina, ação com o objetivo explícito de combater o tráfico de drogas na região e o implícito de pressionar o ditador Nicolás Maduro a deixar o poder.

    “Se eles [traficantes] vierem de certo país, ou de qualquer país, ou se nós acharmos que eles estão construíndo locais de produção de cocaína ou fentanil, como a Colômbia, que faz muita cocaína… e nós gostamos muito disso”, disse Trump, em tom irônico. “De qualquer forma, qualquer um que faça isso e venda no nosso país está sujeito a ataques.”

    Em seguida, um repórter pergunta para Trump: “Não necessariamente só a Venezuela?”, ao que o presidente responde: “Não só a Venezuela. A Venezuela tem sido muito ruim para nós, mandaram assassinos para nosso país, esvaziaram suas cadeias no nosso país”, afirmou, em referência ao fluxo migratório de venezuelanos em direção aos EUA.

    Antes disso, o republicano disse que pretende ordenar ataques contra traficantes “onde eles moram” muito em breve, aumentando a especulação de que os EUA podem bombardear território Venezuelano diretamente -o equivalente a uma declaração de guerra.

    Ao longo da conversa com a imprensa em Washington, Trump buscou ainda proteger seu secretário de Defesa, Pete Hegseth. O chefe do Pentágono está sob intensa pressão depois das revelações de que teria dado a ordem de “matar todos” em um dos ataques no Caribe contra embarcações que os EUA afirmam, sem apresentar provas concretas, se tratarem de barcos carregando drogas.

    Uma ordem do tipo seria um crime de guerra, uma vez que o direito internacional não considera legítimos ataques contra combatentes que não representam perigo iminente -a menos que haja uma situação de guerra declarada, o que não é o caso. Para se proteger juridicamente, o governo Trump classificou grupos narcotraficantes da América Latina de terroristas, argumentando que pode agir contra eles da mesma forma que os EUA agem contra grupos radicais no Oriente Médio.

    Hegseth disse não se lembrar de ter visto sobreviventes no incidente em questão, em setembro, contrariando reportagem do jornal The Washington Post de que houve um segundo bombardeio com o objetivo de matar todos os ocupantes do barco. O secretário afirmou ter dado a ordem de eliminar os supostos traficantes, mas deixado o resto da operação a cargo de almirantes da Marinha.

    Ao mesmo tempo, o chefe do Pentágono defendeu “todas as decisões tomadas” por comandantes militares americanos, dizendo que, na “névoa da guerra”, nem sempre todas as informações estão disponíveis -mas que eliminar os barcos é a decisão acertada.

    “Vocês na imprensa, em suas salas climatizadas em Washington, não têm como entender isso”, disse Hegseth. “Vocês inventam histórias falsas no Washington Post de que eu mandei matar todo mundo, matérias sem base alguma na realidade, e aí querem fazer falas irresponsáveis sobre esses heróis americanos.”

    “Cerca de 20 milhões de pessoas invadiram nosso país nos últimos quatro anos, e ninguém sabe de onde elas vêm”, prosseguiu Hegseth, citando a gestão Joe Biden em tentativa de justificar a campanha militar americana no Caribe. “Eles trazem drogas e envenenam, de forma intencional, nosso povo, matando centenas de milhares de americanos.”

    “Então o presidente teve a coragem de classificar essas facções de organizações terroristas”, afirmou o secretário. “Muitos de nós servimos no Exército e lutamos contra terroristas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico. Como você trata grupos assim? Você dá um tapinha na cabeça e diz: ‘que isso não se repita’? Ou você elimina o problema diretamente por meio de um ataque cinético letal?”

    Sob Trump, os EUA promovem sua maior mobilização militar na América Latina em décadas. Mais de 80 pessoas já foram mortas em ataques contra barcos no Caribe e no Oceano Pacífico, e a possibilidade de um conflito militar com a Venezuela cresce a cada dia que Washington investe mais recursos militares na ofensiva, segundo especialistas.

    Ao final da conversa com jornalistas, Trump emendou um ataque a imigrantes da Somália que vivem nos EUA. Dizendo que a deputada democrata Ilhan Omar, nascida no país do leste da África, “odeia os EUA”, o presidente americano afirmou: “Os somalis não contribuem em nada para o nosso país. Eu não quero eles aqui. Existe uma razão para o país deles ser a porcaria que é. O país deles fede.”

    Podemos atacar qualquer país que envie drogas aos EUA, não só Venezuela, diz Trump

  • Papa Leão 14 pede que EUA busquem diálogo em vez de invadir Venezuela

    Papa Leão 14 pede que EUA busquem diálogo em vez de invadir Venezuela

    Papa Leão 14 disse que é preciso acalmar a situação buscando o “bem do povo acima de tudo”

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O papa Leão 14 pediu nesta terça-feira (2) aos Estados Unidos que favoreçam o diálogo com a Venezuela antes de qualquer operação contra seu território.

    Os dois países vivem um momento de tensão devido à mobilização militar do presidente Donald Trump, no Caribe. Declaração do papa foi durante uma coletiva de imprensa no avião que o transportava de Beirute a Roma.

    “É melhor buscar maneiras de diálogo, talvez pressão, até mesmo pressão econômica, mas buscando outra maneira de mudar, se for isso que os Estados Unidos decidirem fazer”, disse o papa Leão 14.

    Papa diz que as vozes nos EUA mudam. Segundo ele, é preciso acalmar a situação buscando o “bem do povo acima de tudo”, Leão 14 acrescentou que “nessas situações quem sofre é o povo, não as autoridades”.

    Papa Leão 14 pede que EUA busquem diálogo em vez de invadir Venezuela

  • Pombos são modificados com chips cerebrais para substituir drones na Rússia

    Pombos são modificados com chips cerebrais para substituir drones na Rússia

    Empresa russa Neiry testa pombos com neurochips e diz conseguir controlar voo das aves como drones comuns

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Com chips implantados no cérebro, pombos estão sendo controlados e testados como biodrones na Rússia.

    Segundo a agência estatal RIA Novosti, a empresa russa Neiry inseriu chips no cérebro de pombos. Esses eletrodos são conectados a um pequeno dispositivo preso às costas da ave, uma espécie de “mochila”, alimentada por energia solar.

    De acordo com a empresa, o sistema permite controlar remotamente o voo dos animais. Por meio de estímulos enviados aos implantes, seria possível induzir o pombo a voar na direção desejada.

    “Graças ao neurochip, o operador pode controlar o pássaro enviando instruções de voo, assim como acontece com drones convencionais. Não é necessário treinamento: qualquer animal se torna controlável remotamente após a operação.”

    O dispositivo emite sinais que influenciam os impulsos da ave, fazendo-a virar à esquerda ou à direita. A localização é acompanhada por GPS, e toda a parte eletrônica é alimentada por pequenos painéis solares instalados nas costas das aves.

    Com isso, os pombos poderiam executar tarefas tradicionalmente realizadas por drones. Vigilância, monitoramento de infraestrutura (linhas de energia, oleodutos e gasodutos), inspeções industriais ou ambientais, operações de busca e salvamento e vigilância urbana.

    POR QUE USAR POMBOS EM VEZ DE DRONES?

    Segundo a Neiry, por serem aves reais, os biodrones teriam autonomia superior, menor custo e um disfarce natural. Ao contrário de drones convencionais, pombos costumam passar despercebidos em ambientes urbanos.

    A empresa afirma ainda que todo o processo é feito de forma controlada e responsável. Após a cirurgia, os animais levariam uma “vida normal”, com risco mínimo de quedas, o que permitiria seu uso em áreas densamente povoadas.

    Além disso, o projeto é ambicioso e deve ser expandido para outras espécies. “O sistema foi testado até agora em pombos, mas pode ser adaptado para outras aves. Corvos poderão transportar cargas mais pesadas, gaivotas devem monitorar áreas costeiras e albatrozes poderão sobrevoar grandes extensões marítimas”, explicou a Neiry.

    EXPERIÊNCIAS CONTROVERSAS

    Atualmente, o projeto de biodrones está na fase final de preparação para testes-piloto. A empresa afirma que o custo dos pombos modificados é comparável ao de drones convencionais, porém com alcance e tempo de voo centenas de vezes maiores.

    Este não é o primeiro experimento da Neiry. A companhia já realizou testes em parceria com a Universidade Estatal de Moscou. Segundo a Forbes local, eles desenvolveram uma interface neural invasiva no cérebro de um rato, combinada a um sistema de inteligência artificial que permitiria ao animal “responder perguntas”.

    A empresa também implantou neurochips em vacas para aumentar a produção de leite. Com esses projetos, a startup já levantou milhões de rublos (moeda russa) em investimentos, com forte participação de investidores externos.

    Pombos são modificados com chips cerebrais para substituir drones na Rússia

  • Putin dispara: "Se a Europa quiser guerra, estamos prontos"

    Putin dispara: "Se a Europa quiser guerra, estamos prontos"

    O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Europa de não ter uma “agenda de paz” e de “interferir” nas propostas dos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, fazendo exigências “inaceitáveis” a Moscou

    Momentos antes de se reunir com os enviados especiais dos Estados Unidos, esta terça-feira (2), o presidente russo Vladimir Putin fez uma provocação: “Se a Europa quiser guerra, estamos prontos”.

    O líder russo falava em um fórum de investimento em Moscou pouco antes da hora agendada para o encontro com Steve Witkoff e Jared Kushner, que voaram até à capital russa para apresentar a nova versão do acordo de paz para a Ucrânia.

    Durante esse discurso, Putin frisou que não está planejando entrar em guerra com a Europa: “Já disse cem vezes”.

    “Não temos a intenção de fazer guerra com a Europa, mas se a Europa o desejar e começar, estamos prontos imediatamente”, afirmou Putin aos jornalistas, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

    No entanto, acusou os líderes europeus de “interferirem” nas propostas norte-americanas, insistindo que a Europa “não tem uma agenda de paz, estão do lado da guerra”, disse o líder russo.

    “A Europa está impedindo a administração dos Estados Unidos de alcançarem a paz com a Ucrânia”, acrescentou, citado pelo The Guardian, disparando ainda que as “exigências da Europa são inaceitáveis para a Rússia”. Putin não elaborou quais são as exigências inaceitáveis de que falava.

    Zelensky revela que plano de paz tem agora 20 pontos

    As declarações do presidente russo acontecem pouco depois de o seu homólogo ucraniano ter falado em uma coletiva de imprensa em Dublin, na Irlanda, onde revelou que o plano de paz que foi levado a Moscou tem agora 20 pontos, em vez dos 28 iniciais.

    Apesar de não se sentir preparado para revelar “todos os pontos do plano”, Zelensky confessou quais as “questões e desafios sensíveis e difíceis” do acordo: cedências territoriais, o uso dos ativos russos congelados (uma decisão que, diz o presidente, precisa de envolver os dirigentes europeus) e a aliança de países que pretende apoiar um futuro acordo de paz na Ucrânia.

    Durante o discurso, o presidente ucraniano mostrou-se confiante com a possibilidade de pôr um fim ao conflito, dizendo que “mais do que nunca há uma chance de acabar com esta guerra”. Confessou, no entanto, que este está sendo “um dos momentos mais desafiantes e, no entanto, ao mesmo tempo, otimistas” para a paz na Ucrânia.

    Sobre o encontro entre Washington e Moscou (que já estaria decorrendo), Zelensky afirmou que espera ser contactado imediatamente após a reunião, afirmando que está “preparado para apoiar todos os sinais [que trouxerem o fim da guerra]” e para se “encontrar com o presidente Trump”,

    Contudo, acrescentou que “tudo depende das conversas de hoje”. Zelensky contou ainda que pretende reagir ainda esta terça-feira às negociações “de acordo com os resultados” que saírem da reunião.

    “Nós temos de terminar com a guerra de tal maneira, que a Rússia não regresse, com a terceira invasão em dez anos”, acrescentou, frisando que é preciso um plano de paz “aberto e justo” e que não seja discutido “nas costas da Ucrânia”.

    “O nosso objetivo comum é pôr fim à guerra, não apenas obter uma pausa nos combates. É necessária uma paz digna”, reiterou o presidente ucraniano.

    Putin dispara: "Se a Europa quiser guerra, estamos prontos"

  • Mulher mostra como ficou rosto após lifting; "Prefiro continuar feia"

    Mulher mostra como ficou rosto após lifting; "Prefiro continuar feia"

    A norte-americana LeAnn Hawks, de 45 anos, decidiu revelar em detalhes o pós-operatório do lifting facial feito no México. As imagens, que mostram inchaço extremo e cicatrizes aparentes, chamaram atenção nas redes e reacenderam o debate sobre transparência nos procedimentos estéticos.

    Uma mulher de 45 anos que decidiu rejuvenescer o rosto por meio de cirurgia estética viralizou ao expor no TikTok o duro processo de recuperação. A norte-americana LeAnn Hawks, do Arizona, passou por um lifting facial completo em julho, além de blefaroplastia superior e inferior para remover o excesso de pele das pálpebras e uma transferência de gordura para o rosto e os lábios.

    O procedimento, realizado em uma clínica de Tijuana, no México, durou seis horas. Um dia após a cirurgia, ainda internada, LeAnn fez uma foto que só decidiu publicar um mês depois. A imagem chocou seus seguidores e acabou se tornando o ponto de partida para que ela mostrasse, com total transparência, como realmente é o pós-operatório desse tipo de intervenção estética.

    O que levou LeAnn a operar

    No vídeo, LeAnn explica que decidiu fazer a cirurgia porque, após perder peso, ficou com flacidez facial que, segundo ela, a fazia parecer mais velha. Além disso, anos de rotina intensa ao sol, sem cuidados adequados com a pele, deixaram marcas profundas.

    Ela conta que, antes de se submeter ao procedimento, tentou pesquisar informações sobre o pós-operatório, mas encontrou muito pouco. Essa falta de referências fez com que se assustasse ao ver o próprio rosto logo após a cirurgia. As imagens geraram comentários como “prefiro continuar feia”, reflexo do choque causado por sua aparência no início da recuperação.

    O impacto do pós-operatório

    Na foto divulgada, LeAnn aparece com o rosto extremamente inchado, a pele acinzentada e os pontos bem marcados. Ela admite que também se assustou, destacando que a internet costuma mostrar apenas os resultados finais, nunca o processo real.

    “Têm me perguntado se doeu muito. Nem sei se tenho coragem de mostrar isso”, diz no vídeo antes de exibir o registro do pós-operatório.

    Os primeiros sinais de melhora só começaram a surgir nove dias depois. LeAnn recorda o alívio que sentiu ao finalmente reconhecer seu próprio rosto por trás dos hematomas.

    A evolução

    A influenciadora tem compartilhado vídeos mostrando a evolução das cicatrizes e da cicatrização geral. Em um dos registros, ela usa uma música que questiona se valeu a pena. “Sim, valeu… se você for forte”, responde.

    Hoje, LeAnn segue em recuperação e continua atualizando seus seguidores sobre o progresso, transformando sua experiência em uma fonte de informação transparente para outras pessoas que consideram passar pelo mesmo tipo de cirurgia.
     
     

     

    Mulher mostra como ficou rosto após lifting; "Prefiro continuar feia"