Categoria: MUNDO

  • Alvo da Justiça, Netanyahu faz pedido formal de perdão a presidente de Israel

    Alvo da Justiça, Netanyahu faz pedido formal de perdão a presidente de Israel

    Netanyahu responde a um processo no qual é acusado de envolvimento em um esquema de corrupção; premiê tem sido acusado de prolongar a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza para se proteger contra uma eventual ordem de prisão ao permanecer no poder

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Alvo da Justiça em um processo que investiga suposto esquema de corrupção, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, fez um pedido formal de perdão ao presidente Isaac Herzog, informou neste domingo (30) o gabinete da Presidência.

    “O Escritório da Presidência está ciente de que se trata de uma solicitação extraordinária, que carrega implicações significativas. Após receber todos os pareceres relevantes, o presidente vai considerar o pedido de forma responsável e sincera”, disse o comunicado.

    Em vídeo divulgado nas redes sociais, Netanyahu, que sempre refutou as acusações, afirma que encerrar o caso imediatamente poderia fazer “avançar a tão necessária reconciliação [de Israel]”. Segundo ele, seu interesse pessoal era concluir o trâmite judicial até o fim, mas a “realidade e o interesse nacional” demandam outro cenário.

    Netanyahu responde a um processo no qual é acusado de envolvimento em um esquema de corrupção. Em 2019, foi indiciado por acusações relacionadas a suborno, fraude e quebra de confiança -todas as quais ele nega. O premiê já descreveu o julgamento contra ele como uma “caça às bruxas orquestrada pela esquerda” com o “objetivo de derrubar um líder de direita democraticamente eleito”.

    Um de seus aliados mais próximos, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu em carta no início deste mês que Herzog considerasse o indulto a Netanyahu. “Embora eu respeite plenamente a independência do sistema judiciário israelense e suas exigências, acredito que este caso contra Bibi [como o premiê israelense é conhecido], que lutou ao meu lado por tanto tempo, inclusive contra o Irã, seja uma perseguição política injustificada”, escreveu Trump na carta divulgada pelo gabinete de Herzog.

    Durante visita a Israel em outubro, Trump já havia defendido publicamente que Herzog concedesse o perdão a Netanyahu em um discurso no Parlamento, em Jerusalém. Na ocasião, o americano foi recebido com aplausos e elogiou o premiê por sua “grande coragem e patriotismo”.

    O julgamento do premiê começou em maio de 2020 e tem sido adiado várias vezes desde então. Em um dos processos, ele e sua esposa, Sara Netanyahu, são acusados de ter recebido presentes de luxo, incluindo charutos, joias e champanhe, avaliados em mais de US$ 260 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) de empresários bilionários em troca de favores políticos.

    Em outros dois casos, o primeiro-ministro responde por supostas tentativas de obter cobertura jornalística favorável em dois veículos de imprensa israelenses em troca de benefícios regulatórios ou políticos.

    Embora o cargo de presidente em Israel seja majoritariamente cerimonial, Herzog tem autoridade para conceder perdões em circunstâncias excepcionais.

    O premiê tem sido acusado de prolongar a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza para se proteger contra uma eventual ordem de prisão ao permanecer no poder. Mais de 68 mil palestinos já foram mortos no conflito, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo grupo terrorista.

    Além dos problemas domésticos, a imagem de Netanyahu sofreu novo desgaste no ano passado, quando o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra ele e seu ex-ministro de Defesa Yoav Gallant, juntamente com um líder do Hamas, por supostos crimes de guerra no conflito em Gaza.

    Alvo da Justiça, Netanyahu faz pedido formal de perdão a presidente de Israel

  • Corpos são achados em telhados, e número de mortos em incêndio em Hong Kong sobe para 146

    Corpos são achados em telhados, e número de mortos em incêndio em Hong Kong sobe para 146

    Fogo se espalhou por oito torres, alimentado por redes de proteção e andaimes de bambu usados na obra; governo criou fundo de auxílio às vítimas das tragédia

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O número de mortes no incêndio que destruiu prédios residenciais no distrito de Tai Po, em Hong Kong, subiu para 146, informou neste domingo (30) um representante da polícia.

    “Às 16h (5h no horário de Brasília), o número de mortos chegou a 146. Não podemos descartar a possibilidade de mais vítimas”, afirmou a porta-voz da polícia, Tsang Shuk-yin, em entrevista coletiva.

    O balanço de vítimas foi atualizado após a inspeção de mais três torres das oito que formam o complexo residencial Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po. Corpos foram achados nos telhados.

    O incêndio começou na quarta-feira (26) à tarde por causas ainda desconhecidas, aparentemente nas redes de proteção que cobriam a obra de reforma do complexo e que serviam para proteger da poeira e da queda de objetos.

    O fogo se propagou rapidamente para as demais torres, segundo as primeiras hipóteses, facilitado pelas redes, os painéis de espuma e o bambu que é usado em Hong Kong no lugar de metal para os andaimes.

    O governo de Hong Kong anunciou a criação de um fundo de auxílio às vítimas que já reúne US$ 38 milhões em doações de entidades e empresas. Na manhã de sexta no horário local, voluntários estavam rejeitando doações de roupas e mantimentos para as vítimas resgatadas, dado o volume de material doado.

    Na quinta (27), o Corpo de Bombeiros disse ter recebido relatos de que um incêndio havia começado em Wang Fuk Court, complexo habitacional composto por oito blocos e quase 2.000 unidades residenciais próximo à divisa do território autônomo chinês com o restante da China. O complexo faz parte de um programa de subsídios para casa própria do governo local e foi inaugurado em 1983.

    O incêndio mais mortal na cidade até então havia ocorrido em novembro de 1996, quando chamas causadas por uma soldagem durante reformas internas em um prédio comercial no distrito de Kowloon mataram 41 pessoas. Na época, uma investigação resultou em amplas atualizações nos padrões de construção e nas normas de segurança contra incêndio em prédios comerciais, lojas e residências.

    Corpos são achados em telhados, e número de mortos em incêndio em Hong Kong sobe para 146

  • Ataque a tiros em festa infantil deixa 4 mortos e 10 feridos nos EUA

    Ataque a tiros em festa infantil deixa 4 mortos e 10 feridos nos EUA

    Heather Brent, porta-voz do escritório do xerife do Condado de San Joaquin, disse que entre as vítimas há crianças e adultos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Quatro pessoas morreram e outras dez ficaram feridas após um ataque a tiros em um salão de festas na Califórnia, nos Estados Unidos, neste sábado (29), segundo autoridades locais.

    O ataque a tiros ocorreu em uma festa de aniversário infantil em Stockton, no norte da Califórnia. A informação foi divulgada pelo vice-prefeito de Stockton, Jason Lee, em uma publicação no Facebook.Motivação do ataque ainda era desconhecida pelas autoridades. “Estou em contato com funcionários e autoridades de segurança pública para entender exatamente o que aconteceu e vou insistir para obter respostas”, disse o vice-prefeito.

    Entre as vítimas há crianças e adultos, segundo Heather Brent, porta-voz do escritório do xerife do Condado de San Joaquin. Ele disse, durante entrevista no local do crime, que as primeiras informações “sugerem que este pode ter sido um ataque direcionado”.As autoridades não forneceram informações sobre o autor dos disparos. Ele conseguiu fugir do local, segundo emissoras de TV dos Estados Unidos.

    Ataque a tiros em festa infantil deixa 4 mortos e 10 feridos nos EUA

  • Suspeito de ataque a guardas nos EUA vivia isolamento profundo, diz agência

    Suspeito de ataque a guardas nos EUA vivia isolamento profundo, diz agência

    Rahmanullah Lakanwal tinha momentos de “isolamento profundo”, revelou documento do Comitê Americano para Refugiados e Imigrantes

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O imigrante afegão suspeito de atirar contra dois membros da Guarda Nacional dos EUA vivia “isolamento profundo”, segundo alertas encaminhados ao Comitê Americano para Refugiados e Imigrantes e divulgados hoje pela agência Associated Press.

    Rahmanullah Lakanwal tinha momentos de “isolamento profundo”, diz a agência. Ele passava longos períodos sozinho no quarto, sem falar com a esposa e os filhos. Também tinha dificuldade de manter um emprego.

    Um defensor da comunidade de imigrantes afegãos temeu que Lakanwal estivesse se tornando suicida. Segundo a Associated Press, o defensor mandou emails para o Comitê Americano para Refugiados e Imigrantes, organização sem fins lucrativos de apoio à comunidade, afirmando que estava preocupado com o fato de Lakanwal tão deprimido a ponto de se automutilar, mas que não viu nenhum indício de que cometeria violência contra outra pessoa.

    “Rahmanullah não tem sido funcional como pessoa, pai e provedor desde março do ano passado. Ele pediu demissão do emprego naquele mês e seu comportamento mudou drasticamente”, diz email enviado para o Comitê,

    Suspeito fazia longas viagens repentinas. “Isso evoluiu rapidamente para episódios ‘maníacos’ de uma ou duas semanas de duração, nos quais ele pega o carro da família e dirige sem parar”, detalhava o email.

    Lakanwal também tinha períodos de negligência no cuidado com os filhos. Em algumas ocasiões, quando a companheira o deixava com as crianças para visitar parentes, elas não tomavam banho, não trocavam de roupa e não se alimentavam adequadamente.

    Comitê Americano para Refugiados e Imigrantes diz que fez visita à família do suspeito em março de 2024. A comunidade, no entanto, não recebeu mais nenhuma atualização a respeito e ficou com a impressão de que o homem recusou a ajuda.

    Defensor diz ter ficado atônito ao saber do crime. Em condição de anonimato, ele relatou à agência que não conseguia conciliar a violência com a lembrança de Lakanwal brincando com seus filhos pequenos. O líder coopera com o FBI na investigação.

    Guardas foram alvo de ataque na quarta-feira (26). “[O atirador] levantou o braço com uma arma de fogo e atirou contra a Guarda Nacional”, afirmou Jeffrey Carroll, assistente executivo do Departamento de Polícia Metropolitana de Washington.

    Uma integrante da Guarda, Sarah Beckstrom, 20, morreu no dia seguinte após ficar internada. O segundo militar segue em estado grave desde o dia do ataque.

    O atirador foi detido e gravemente ferido. O presidente Donald Trump se referiu ao suspeito como “animal” e disse que ele “pagará um preço muito alto”. “Deus abençoe nossa grande Guarda Nacional e todos os nossos militares e policiais. Essas são pessoas verdadeiramente extraordinárias. Eu, como presidente dos Estados Unidos, e todos os associados à Presidência, estamos com vocês!”, escreveu o presidente na rede social Truth Social.

    Não há indícios sobre a presença de outros suspeitos. “O único suspeito envolvido neste incidente foi baleado durante a interação e levado para o hospital para tratamento”, disse Carroll.

    O diretor do FBI, Kashyap Patel, afirmou que a agência trata o ataque a soldados em Washington como um ataque terrorista. Em entrevista a jornalistas, ele disse que as autoridades já revistaram a casa do suspeito.

    Autoridades ainda não sabem dizer qual foi a motivação do atirador. A procuradora-geral, Pam Bondi, afirmou que ele enfrentará diversas acusações, como agressão com intenção de ferir e porte ilegal de arma. No entanto, novas acusações podem surgir dependendo da evolução do guardas feridos.

    Suspeito de ataque a guardas nos EUA vivia isolamento profundo, diz agência

  • Líder da extrema-direita francesa é agredido por idoso:

    Líder da extrema-direita francesa é agredido por idoso:

    Jordan Bardella, presidente do partido de extrema-direita francês Reagrupamento Nacional (RN), foi agredido durante uma sessão de autógrafos em Moissac, França. O agressor, um homem de 74 anos, atirou farinha e um ovo.

    O presidente do partido de extrema-direita francês Reagrupamento Nacional (RN), Jordan Bardella, foi agredido na tarde de sábado, 29 de novembro, durante uma sessão de autógrafos em Moissac, França.

    A informação foi divulgada pelo Le Parisien, que cita o partido, as autoridades e até o governante local. 

    Segundo o jornal, o autor do crime foi um homem de 74 anos, que se encontrava na fila com outras pessoas para terem a sua cópia do mais recente livro de Bardella, “Ce que veulent les Français” (na tradução livre, “O que os Franceses Querem”) autografado pelo próprio. O suspeito teria depois saído da fila para atirar farinha e um ovo ao também eurodeputado, conseguindo atingi-lo.

    O partido descreveu o incidente como um “murro, mas com um ovo”.

    Pode ver o vídeo do momento na nossa galeria.

    Bardella foi escoltado para fora do evento, regressando cerca de vinte minutos depois, já limpo.

    Nas redes sociais, o presidente do RN (ao qual também pertence Marine Le Pen) agradeceu pela “recepção calorosa” durante a sessão de autógrafos, deixando depois uma mensagem (indireta) sobre o incidente.

    “Quanto mais avançamos, mais nos aproximamos do poder e mais a violência da extrema esquerda, a intolerância e a pura estupidez são desencadeadas. Mas um vento de liberdade, orgulho nacional e patriotismo sopram por França e eles não conseguirão detê-lo”, escreveu o eurodeputado.

    Tanto Jordan Bardella como o RN apresentaram queixa às autoridades do sucedido e o suspeito foi preso por agressão a um representante público.

    Na terça-feira, 25 de novembro, Bardella já tinha sido alvo de uma agressão semelhante. Um rapaz de 17 anos jogou farinha contra o eurodeputado, durante uma visita do mesmo a uma feira agrícola em Vesoul. O jovem foi detido e ficou sob custódia policial, acabando por ser, mais tarde, libertado.

    Vale destacar que frequentemente políticos de extrema-direita são criticados por promoverem discursos de ódio com minorias.

    Líder da extrema-direita francesa é agredido por idoso:

  • Trump diz em rede social que espaço aéreo da Venezuela está fechado

    Trump diz em rede social que espaço aéreo da Venezuela está fechado

    Autoridades norte-americanas ficaram surpresas com o anúncio de Trump; governo venezuelano chama declaração de “ameaça colonialista”

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “fechado em sua totalidade” por companhias aéreas. A declaração foi dada a Truth Social, rede social criada pelo próprio Trump. “O espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela está fechado em sua totalidade”, postou e estendeu o aviso a traficantes de drogas e de pessoas.

    Segundo a agência Reuters, autoridades norte-americanas ficaram surpresas com o anúncio de Trump e não tinham conhecimento de nenhuma operação militar dos EUA em andamento para impor o fechamento do espaço aéreo venezuelano.

    Horas depois, o governo da Venezuela se manifestou em comunicado, condenando a afirmação de Trump. O governo classificou os comentários de Trump de “ameaça colonialista” contra a soberania do país e incompatível com o direito internacional.

    A escalada de Trump em ações e discursos contra a Venezuela do presidente Nicolás Maduro vem trazendo novos episódios nos últimos meses. Os Estados Unidos já posicionaram navios de guerra no Mar do Caribe, próximo ao país sul-americano, sob o pretexto de combater o tráfico internacional de drogas. Já abateram pequenas embarcações e provocaram mortes.

    Há cerca de duas semanas, Trump disse que poderia iniciar conversas com Maduro, mas não deu detalhes. Na última sexta-feira (28), no entanto, afirmou que poderá ordenar ações terrestres contra os narcotraficantes que diz combater. Em resposta, Maduro pediu aos integrantes da Força Aérea que estejam em “alerta, prontos e dispostos” a defender os direitos da Venezuela.

    Trump diz em rede social que espaço aéreo da Venezuela está fechado

  • Justiça anula caso e preso no corredor da morte é libertado após 27 anos

    Justiça anula caso e preso no corredor da morte é libertado após 27 anos

    Um homem que passou 27 anos no corredor da morte por ter sido condenado pelo suposto homicídio da filha da sua namorada, em 1998, agora foi libertado sob fiança

    Um norte-americano que passou 27 anos no corredor da morte por ter sido condenado pelo homicídio da filha da sua namorada, em 1998, foi libertado após o pagamento de uma fiança de 150 mil dólares (cerca de 800 mil reais).

    A condenação de Jimmie Duncan foi anulada no início deste ano, quase três décadas depois de ter sido considerado culpado de estuprar e afogar Haley Oliveaux, de 23 meses. A menina era filha de Allison Layton Statham, sua namorada à época, noticiou a Associated Press.

    O juiz Alvin Sharp, do Quarto Tribunal Distrital Judicial, considerou que os indícios que levaram à condenação de Duncan “não eram cientificamente defensáveis” e que a morte da menina aparentava ter sido o resultado de um “afogamento acidental”.

    “A presunção de que ele é culpado não é grande”, redigiu Sharp, na sexta-feira.

    Os advogados de defesa argumentaram que a decisão concedeu “provas claras e convincentes de que Duncan é, de fato, inocente”, ao mesmo tempo que apontaram que a libertação do homem “representa um passo significativo para a absolvição total”.

    Saliente-se, contudo, que a anulação está sendo avaliada pelo Supremo Tribunal do Louisiana.

    A mãe de Haley, que esteve presente na audiência, admitiu estar convencida da inocência do ex-namorado. Isto porque, de acordo com Allison Layton Statham, a menina tinha histórico de convulsões, o que torna plausível a hipótese de um afogamento acidental.

    “Haley morreu porque estava doente”, defendeu, apontando que as vidas da sua família e de Duncan “foram destruídas pela mentira” inventada pelos procuradores e pelos peritos forenses.

    “A história de terror que divulgaram e que profanou a memória da minha bebê me deixa furiosa”

    Vale destacar que a acusação foi feita com base na análise de marcas de mordidas e em uma autópsia realizada por dois especialistas que, posteriormente, foram associados a pelo menos 10 condenações sem fundamento.

    Um vídeo gravado durante as perícias mostra um dos peritos pressionando com “força um molde dos dentes de Duncan no corpo da criança – criando as mordidas”, segundo um documento apresentado pela defesa. Mais tarde, um especialista nomeado pelo Estado, que não tinha visto as imagens, testemunhou que as marcas eram compatíveis com os dentes do suspeito.

    “Não fui informada de nada que pudesse exonerar Duncan. Se tivesse sido, as coisas teriam sido muito diferentes para Duncan e para as nossas famílias”, assinalou Statham.

    Apesar de as provas com base em mordidas serem consideradas pseudociência, os procuradores continuam tentando restabelecer a condenação de Duncan, justificando que a decisão do júri popular, em 1994, deveria ser suficiente.

    Jimmie Duncan, que foi descrito pela sua equipe como um “prisioneiro modelo”, que ajudou outros a obter o diploma do ensino médio, era um dos 55 reclusos no corredor da morte no estado do Louisiana, na prisão de Angola. Em março, foi feita a primeira execução em 15 anos.

    Justiça anula caso e preso no corredor da morte é libertado após 27 anos

  • Ucrânia: Zelensky considera 'viável' alcançar acordo 'nos próximos dias'

    Ucrânia: Zelensky considera 'viável' alcançar acordo 'nos próximos dias'

    Zelensky disse que a delegação ucraniana para as negociações já está nos Estados Unidos para “continuar o diálogo com base nos pontos de Genebra”, que foram definidos na última semana

    O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que considera “viável” alcançar “nos próximos dias” um acordo para um “fim digno” da guerra com a Rússia.

    “Os norte-americanos estão mostrando uma abordagem construtiva e é possível que nos próximos dias sejam concretizados os passos para determinar como pôr um fim digno à guerra” afirmou Zelensky, no seu habitual discurso ao fim de cada dia.

    Zelensky destacou que a delegação ucraniana para as negociações já está nos Estados Unidos para “continuar o diálogo com base nos pontos de Genebra”, em uma referência às discussões que decorreram no fim de semana passado na cidade suíça e que também envolveram os aliados europeus de Kyiv.

    “A diplomacia continua ativa (…). A delegação ucraniana tem as diretrizes necessárias e espero que os representantes trabalhem de acordo com as claras prioridades ucranianas”, afirmou.

    Um responsável governamental dos Estados Unidos, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP), indicou entretanto que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o enviado especial do Presidente Donald Trump, Steve Witkoff, vão se encontrar neste domingo com a delegação ucraniana na Florida.

    Estarão acompanhados por Jared Kushner, genro do Presidente Trump.

    Estes contatos surgem após a apresentação por Donald Trump, nos últimos dias, de um plano para pôr fim à guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

    A proposta inicial de Washington, composta por 28 pontos, previa a cedência de territórios à Rússia, a redução de efetivos do exército da Ucrânia e a consagração da neutralidade ucraniana na sua Constituição, entre outros aspectos que são rejeitados por Kyiv.

    No mesmo discurso, Zelensky também falou sobre o ataque russo “em grande escala” da noite passada com drones e mísseis que visou as infraestruturas elétricas ucranianas. “A Rússia não muda de tática e continua tentando infligir este tipo de dor à Ucrânia antes do inverno”, lamentou o chefe de Estado ucraniano.

    No entanto, salientou Zelensky, o país está reagindo. “O importante é que estamos respondendo (…). Foram abatidos 19 mísseis, incluindo balísticos. Quase 560 drones também foram neutralizados, incluindo quase 300 Shahed (de fabricação iraniana). Infelizmente, nem todos foram abatidos. Trabalhar para reforçar as defesas antiaéreas é a prioridade número um”, frisou.

    Nesse sentido, o líder ucraniano voltou a pedir a colaboração dos aliados, porque “nenhum país pode enfrentar isto sozinho”.

    O objetivo é, prosseguiu, “aumentar a qualidade da nossa defesa antiaérea” e, para isso, “contamos com o apoio dos nossos parceiros”.

    A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

    Ucrânia: Zelensky considera 'viável' alcançar acordo 'nos próximos dias'

  • Campanha para brasileira não ser deportada dos EUA bate meta de R$ 160 mil

    Campanha para brasileira não ser deportada dos EUA bate meta de R$ 160 mil

    Bruna Caroline Ferreira foi presa por agentes de imigração nos Estados Unidos, que afirmaram que a brasileira é uma “imigrante criminosa ilegal” que já havia sido presa antes por agressão e não tem visto válido desde 1999

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – A campanha de arrecadação para custear a defesa da brasileira Bruna Caroline Ferreira, presa por agentes de imigração nos Estados Unidos, bateu a meta de US$ 30 mil (cerca de R$ 160 mil). Ela é mãe do sobrinho de 11 anos da secretária de imprensa e porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

    Campanha hospedada na plataforma GoFundMe é gerida por Graziela, irmã de Bruna. Na página, ela informa que o valor arrecadado será destinado a cobrir os honorários advocatícios, visando que ela permaneça no país, e as despesas necessárias para “dar à Bruna a melhor chance possível de voltar para casa a tempo das festas de fim de ano”.

    A meta foi batida na quinta-feira (27), dia do feriado de Ação de Graças, nos EUA. Graziela afirmou que a família estava grata pelo apoio recebido de conhecidos e estranhos. “Esta época de festas traz muitas emoções, mas escolhemos nos concentrar nas bênçãos -e cada um de vocês são uma delas. Obrigado por nos darem força e por acreditarem na causa de Bruna”, acrescentou.

    A arrecadação teve ao menos 657 doações e já ultrapassou US$ 35 mil (cerca de R$ 186 mil). A maior contribuição, registrada há oito dias, foi de US$ 5.000 (R$ 26,7 mil), feita por uma pessoa que preferiu não se identificar.

    Segundo Graziela, Bruna chegou aos EUA com os pais em 1998, ainda quando era criança. A irmã afirmou que a brasileira “sempre manteve seu status legal, cumpriu todas as exigências e nunca deixou de fazer o que é certo”. O advogado da família de Bruna também diz que ela havia se inscrito no programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA, na sigla em inglês), que oferece isenção de deportação e permissão de trabalho para imigrantes trazidos para os EUA quando crianças, informou a agência de notícias Reuters.

    Bruna foi detida no início do mês perto de Boston. Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna disse a veículos locais que ela é uma “imigrante criminosa ilegal” que já havia sido presa antes por agressão e não tem visto válido desde 1999. A brasileira está detida no Centro de Processamento do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos) no estado da Louisiana e aguarda deportação, segundo o órgão.

    O advogado dela, Todd Pomerleau, nega histórico criminal da cliente. Em entrevista à ABC News, Pomerleau disse que Bruna nunca respondeu por nenhum crime e pediu para o ICE a provar as acusações.

    Bruna entrou nos EUA ainda criança e era protegida por esse status. A brasileira, segundo a defesa, estava no processo de obtenção do green card, o visto permanente para imigrantes no país, e vivia, enquanto isso, sob as regras do DACA. O mecanismo tem sido alvo de ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, desde seu primeiro mandato. A secretária-assistente de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, chegou a dizer em entrevista que o programa não protegia os beneficiários de deportações.

    Prisão aconteceu quando brasileira ia buscar o filho. Segundo o advogado de Bruna, ela e o irmão da porta-voz de Trump, Michael Leavitt, já foram noivos, e agora dividiam a guarda do menino. Michael contou à imprensa local que o filho não fala com a mãe desde a detenção, admitiu que é uma situação difícil e disse que só quer o melhor para a criança.

    Pessoa próxima disse que o menino de 11 anos vive com o pai desde que nasceu. Em entrevista à CNN americana, a fonte, que não foi identificada, contou que eles moram em New Hampshire e que Karoline Leavitt e Bruna não se falam há muitos anos. Procurada pela imprensa, a secretária de Trump não quis se pronunciar.

    Campanha para brasileira não ser deportada dos EUA bate meta de R$ 160 mil

  • Ataque de drone russo em Kiev deixa um morto e sete feridos

    Ataque de drone russo em Kiev deixa um morto e sete feridos

    Pelo menos dois prédios residenciais, uma casa e vários veículos foram danificados

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Um ataque de drone russo na capital ucraniana na madrugada de sábado deixou pelo menos uma pessoa morta e sete feridas, além de causar danos materiais significativos, informaram as autoridades.

    Jornalistas da AFP ouviram fortes explosões por volta da meia-noite no centro de Kiev, que o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, atribuiu a Moscou.

    “A morte de uma pessoa foi confirmada, provavelmente um homem”, afirmou o chefe da administração militar da cidade, Timur Tkachenko, na plataforma de mensagens Telegram. Ele também relatou “sete feridos, incluindo um adolescente”.

    Sua administração lamentou posteriormente que o “ataque terrorista cínico da Federação Russa” tenha atingido nove locais em cinco distritos da capital. Esta é “uma tentativa dos russos de simplesmente aterrorizar a população civil”, declarou Tkachenko.

    O prefeito de Kiev havia indicado anteriormente que um jovem de 13 anos estava entre os feridos e pediu aos moradores que permanecessem em abrigos.

    Pelo menos dois prédios residenciais, um deles com 25 andares, uma casa e vários carros foram danificados, disseram as autoridades.

    No início desta semana, fortes explosões abalaram Kiev durante a noite, quando drones e mísseis russos atingiram a capital, provocando incêndios em prédios residenciais. As autoridades da cidade indicaram que sete pessoas morreram.

    A Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, desencadeando o pior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

    Ataque de drone russo em Kiev deixa um morto e sete feridos