Categoria: MUNDO

  • Rússia acusa EUA de “pirataria” por bloqueio à Venezuela

    Rússia acusa EUA de “pirataria” por bloqueio à Venezuela

    Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que as ações norte-americanas representam uma retomada de práticas de anarquia na região e alertou para o risco de agravamento da crise.

    A Rússia acusou nesta quinta-feira (25) os Estados Unidos de promoverem atos de “pirataria” e “banditismo” no Mar do Caribe ao tentar bloquear a Venezuela, segundo informações da agência Reuters. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que as ações norte-americanas representam uma retomada de práticas de anarquia na região e alertou para o risco de agravamento da crise.

    A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, classificou o bloqueio como equivalente ao “roubo de propriedade alheia” e defendeu a necessidade de desescalada. Segundo ela, Moscou espera que o “pragmatismo e a racionalidade” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contribuam para a busca de soluções aceitáveis para todas as partes, dentro das normas do direito internacional. Zakharova também reiterou o apoio da Rússia aos esforços do governo de Nicolás Maduro para preservar a soberania, os interesses nacionais e garantir um desenvolvimento estável e seguro da Venezuela.

    As declarações ocorrem em meio a uma escalada de tensões envolvendo navios petroleiros ligados à Venezuela. Um dos casos mais recentes envolve o petroleiro Bella 1, que foi cercado pela Guarda Costeira dos EUA no último domingo (21), mas ainda não foi apreendido. Segundo a Reuters, as autoridades norte-americanas aguardavam a chegada de reforços para realizar a abordagem.

    A agência Bloomberg informou, citando uma fonte próxima à operação, que o Bella 1 não transportava petróleo e acabou retornando ao oceano Atlântico. O navio não deve voltar à Venezuela. De acordo com a Bloomberg, o petroleiro sancionado foi inicialmente abordado próximo a Barbados, no Caribe, e orientado a seguir para águas mais calmas devido às condições climáticas adversas. Um oficial dos EUA afirmou que existe uma ordem judicial de apreensão e que a Guarda Costeira não desistiu da operação.

    Um funcionário norte-americano ouvido pela Reuters, sob condição de anonimato, afirmou que agentes embarcados no porta-aviões Gerald Ford pertenciam a uma Equipe de Resposta de Segurança Marítima, mas estavam distantes demais do Bella 1 para realizar a abordagem naquele momento. A situação evidencia, segundo a agência, um descompasso entre o desejo do governo Trump de apreender petroleiros sancionados e os recursos limitados da Guarda Costeira, responsável pela maior parte dessas operações. Nas últimas semanas, dois petroleiros já foram apreendidos perto da Venezuela, ampliando a pressão sobre o governo Maduro.

    Ainda de acordo com a Reuters, a Casa Branca determinou que as forças militares dos EUA concentrem seus esforços quase exclusivamente em manter a Venezuela em um estado de “quarentena”, especialmente no setor de petróleo, por pelo menos dois meses.

    A ofensiva ocorre em um contexto de grande relevância energética. A Venezuela detém a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, com cerca de 303 bilhões de barris, segundo a Energy Information Administration (EIA). Apesar do potencial, a produção é limitada por infraestrutura precária e sanções internacionais. Grande parte do petróleo venezuelano é extra-pesado, exigindo tecnologia e investimentos elevados, mas é considerado adequado às refinarias norte-americanas, especialmente as da Costa do Golfo.

    Desde as sanções impostas em 2019, compradores passaram a recorrer a uma “frota fantasma” de navios-tanque. A China é a principal compradora do petróleo venezuelano, que representa cerca de 4% de suas importações. Em dezembro, os embarques devem superar 600 mil barris por dia, segundo analistas ouvidos pela Reuters.

    O mercado global segue abastecido, mas a manutenção do embargo pode retirar quase um milhão de barris diários da oferta, pressionando os preços. As ações contra petroleiros ocorrem paralelamente a operações ordenadas por Trump contra embarcações que, segundo os EUA, transportariam drogas ilegais. Desde setembro, ao menos 104 pessoas morreram em 28 ataques conhecidos. Em entrevista, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, afirmou que Trump pretende manter a pressão até que o governo venezuelano ceda.

    Rússia acusa EUA de “pirataria” por bloqueio à Venezuela

  • China acusa EUA de "acelerar cenário de guerra" com vendas de armas

    China acusa EUA de "acelerar cenário de guerra" com vendas de armas

    O Ministério da Defesa chinês acusou hoje os Estados Unidos de estarem a “acelerar o avanço para uma perigosa situação de guerra” no Estreito de Taiwan, após Washington aprovar novas vendas de armamento à ilha.

    O porta-voz Zhang Xiaogang afirmou que o conteúdo da Lei de Autorização de Defesa Nacional dos Estados Unidos para 2026 “interfere de forma flagrante nos assuntos internos da China” e “envia sinais gravemente equivocados” às forças pró-independência de Taiwan.

    Washington “violou seus compromissos” e “intensificou” as vendas de armas para Taipé, em uma dinâmica que “mina seriamente” a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, acusou o porta-voz.

    “Os Estados Unidos estão usando Taiwan como uma ferramenta para conter a China, mas essa estratégia está condenada ao fracasso”, declarou Zhang durante a coletiva de imprensa mensal do ministério.

    “Buscar a independência por meio da força leva à autodestruição”, afirmou, acrescentando que as autoridades da ilha “ignoram os interesses e a segurança da população”.

    Zhang também pediu a Washington que “atue com a máxima prudência nos assuntos relacionados a Taiwan” e adote “ações concretas para preservar a estabilidade das relações bilaterais e os laços entre os dois exércitos”.

    As declarações ocorrem em um momento de crescentes tensões entre China e Estados Unidos, à medida que Washington reforça o apoio político e militar a Taipé.

    Embora não mantenha relações diplomáticas formais com a ilha, os Estados Unidos são o principal fornecedor de armas de Taiwan e adotam uma política de ambiguidade estratégica quanto a uma eventual intervenção militar em caso de conflito.

    Pequim considera Taiwan uma “parte inalienável” de seu território e não descarta o uso da força para alcançar a “reunificação”, posição rejeitada por Taipé, que defende que apenas os taiwaneses podem decidir seu futuro político.

    China acusa EUA de "acelerar cenário de guerra" com vendas de armas

  • Putin sauda "entrada heroica" da Coreia do Norte na guerra da Ucrânia

    Putin sauda "entrada heroica" da Coreia do Norte na guerra da Ucrânia

    O Presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma mensagem de Ano Novo ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, na qual comemorou a “entrada heróica” dos soldados norte-coreanos na guerra da Ucrânia, informou hoje Pyongyang.

    A entrada heroica dos soldados do Exército Popular da Coreia nas batalhas para libertar a região de Kursk dos ocupantes e as atividades subsequentes dos engenheiros norte-coreanos em território russo demonstraram claramente a “amizade inabalável” entre Moscou e Pyongyang, afirma a mensagem citada pela agência estatal norte-coreana KCNA.

    A felicitação, enviada no último dia 18 de dezembro, também destaca o tratado de parceria estratégica assinado pelos líderes dos dois países no ano passado e defende o fortalecimento da “relação de amizade e aliança” entre as duas nações.

    Segundo os serviços de inteligência da Coreia do Sul, Pyongyang teria enviado cerca de 15 mil soldados para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. Em troca, o regime de Kim Jong-un teria recebido divisas, bens e tecnologia de Moscou. A agência estatal sul-coreana Yonhap informou ainda que o líder norte-coreano visitou, nesta quarta-feira, uma fábrica onde inspecionou o andamento da construção de um novo submarino de propulsão nuclear, equipado com mísseis guiados. Além disso, ele teria supervisionado um teste com mísseis antiaéreos que, de acordo com a agência, podem atingir alvos a até 200 quilômetros de altitude.

    Putin sauda "entrada heroica" da Coreia do Norte na guerra da Ucrânia

  • Trump alerta a infiltração de "mau Papai Noel" em conversa com crianças

    Trump alerta a infiltração de "mau Papai Noel" em conversa com crianças

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou a véspera de Natal conversando com crianças por telefone, perguntando que presentes esperavam receber e assegurando que não permitirá a entrada de um “mau Papai Noel” no país.

    Durante a tradicional iniciativa promovida pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), que permite às crianças “acompanhar” o trajeto do Papai Noel ao redor do mundo, Trump e a primeira-dama Melania Trump atenderam a várias ligações a partir do resort de Mar-a-Lago, na Flórida, onde passam o Natal.

    “Queremos ter certeza de que o Papai Noel está se comportando bem. O Papai Noel é uma pessoa muito boa”, disse Trump durante a conversa com duas crianças de Oklahoma, de 4 e 10 anos. “Mas queremos garantir que ele não está sendo infiltrado, que não está entrando no nosso país um Papai Noel mau”, acrescentou.

    Sem dar mais explicações, o presidente norte-americano manteve um tom bem-humorado durante as ligações, embora pouco depois tenha voltado ao tom combativo que marcou seus Natais anteriores.

    “Feliz Natal a todos, inclusive aos canalhas da esquerda radical que estão fazendo de tudo para destruir o nosso país — mas estão falhando miseravelmente”, escreveu Trump em uma mensagem publicada após os telefonemas.

    Durante a interação com as crianças, Trump brincou com a possibilidade de o Papai Noel não encontrar biscoitos à sua espera. “Acho que ele ficaria muito decepcionado”, disse a um menino de oito anos da Carolina do Norte. “Sabe, o Papai Noel tende a ser um pouco cheinho — sabe o que isso significa? Um pouco gordinho.”

    Trump também ironizou o tradicional pedaço de carvão que simboliza mau comportamento no Natal. Quando uma menina do Kansas disse esperar não receber carvão, Trump respondeu: “Você quer dizer carvão limpo e bonito?”.

    “Carvão é limpo e bonito. Por favor, lembre-se disso, a todo custo”, afirmou, em referência a uma de suas mensagens de campanha em defesa da indústria do carvão.

    Enquanto aguardava uma nova ligação, Trump comentou ainda a concentração da primeira-dama ao telefone: “Ela consegue se concentrar totalmente, sem me ouvir”.

    Como em anos anteriores, Trump voltou a usar a ocasião natalina para atacar adversários ou promover temas políticos. Em 2024, escreveu: “Feliz Natal aos lunáticos da esquerda radical”. Em 2017, ainda durante o primeiro mandato, acusou um alto funcionário do FBI de parcialidade e criticou a imprensa.

    Apesar disso, nas conversas com as crianças, mostrou-se animado. “Eu poderia fazer isso o dia inteiro”, afirmou, antes de dizer que precisaria voltar a “assuntos mais urgentes”, como os esforços para conter a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

     

    Trump alerta a infiltração de "mau Papai Noel" em conversa com crianças

  • Notícias falsas: Por que é tão fácil acreditar nelas?

    Notícias falsas: Por que é tão fácil acreditar nelas?

    A psicologia por trás da crença em falsidades

    As fake news são um tema polêmico. Parte da razão disso está relacionada ao orgulho e ao ego: todos nós gostamos de pensar que somos bons pensadores críticos e que somos imunes a absorver desinformação. No entanto, a realidade é que estamos pré-condicionados a acreditar em coisas que não são verdadeiras. Todos nós temos uma propensão a crer em mentiras, sem exceção.

    Notícias falsas: Por que é tão fácil acreditar nelas?

  • As previsões desse escritor realmente se concretizaram

    As previsões desse escritor realmente se concretizaram

    Júlio Verne imaginou o futuro e viu (quase) tudo se tornar realidade

    Júlio Verne não foi apenas um grande autor francês — ele foi um futurista, um sonhador e um contador de histórias cuja imaginação transcendeu os limites de sua época. Escrevendo no século XIX, Verne criou contos emocionantes de aventura e exploração, mas o que o diferenciava era sua incrível capacidade de prever o futuro. Suas obras pintavam um mundo movido por maravilhas tecnológicas, muitas das quais ainda não existiam, mas mais tarde realmente se concretizariam, como parte integrante do progresso humano.

    As previsões desse escritor realmente se concretizaram

  • Opositora venezuelana denuncia ameaças de "execução" de presos políticos

    Opositora venezuelana denuncia ameaças de "execução" de presos políticos

    A líder da oposição venezuelana e Nobel da Paz 2025, María Corina Machado, alertou hoje que recebeu nas últimas horas informações sobre ameaças de “execução extrajudicial” de presos políticos detidos na cadeia El Rodeo, na Venezuela.

    Em uma mensagem publicada em sua conta na rede social X, Machado afirma que essas ameaças são “feitas por agentes do aparato repressivo do regime e constituem crimes contra a humanidade, graves violações do direito internacional humanitário e um risco iminente para a vida de pessoas que estão sendo mantidas reféns pelo Estado”.

    “Tratam-se de atos diretos e repetidos de intimidação dirigidos a pessoas completamente indefesas, privadas de sua liberdade e sob custódia estatal”, declarou a ex-deputada, que responsabiliza o governo venezuelano por “qualquer dano físico e psicológico que possa ocorrer” em decorrência das referidas ameaças.

    Nesse contexto, a líder da oposição exige a “ação imediata” das organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, “incluindo mecanismos de proteção e verificação para evitar execuções extrajudiciais”.

    Machado também pede que “governos democráticos e aliados”, sem especificar quais, “ativem medidas urgentes de pressão diplomática e de monitoramento internacional”, além de emitirem “alertas formais para dissuadir o regime de levar adiante essas ameaças”.

    “Solicitamos proteção imediata para os presos políticos, acesso a observadores independentes e garantias efetivas de vida e integridade pessoal. Vidas estão em risco”, alertou.

    A organização não governamental Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) informou nesta semana que, segundo relatos de familiares e presos políticos, agentes penitenciários da prisão de El Rodeo ameaçaram os detentos de usá-los como “escudos humanos” em caso de “uma possível intervenção dos Estados Unidos na Venezuela”.

    “É importante ressaltar que o uso sistemático do medo e da intimidação como mecanismos de controle agrava o risco ao bem-estar físico e mental das pessoas privadas de liberdade”, afirmou a ONG.

    As informações surgem em meio ao aumento da tensão devido à presença aérea e naval determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Caribe e no Pacífico Oriental, e aos ataques a mais de 30 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, que teriam matado cerca de uma centena de tripulantes.

    A situação é vista pelo governo do presidente Nicolás Maduro como uma tentativa de mudança de regime na Venezuela.

    Maduro afirmou nesta quarta-feira que Caracas recebeu “apoio esmagador” do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), após Rússia e China criticarem as ações dos Estados Unidos durante uma reunião de emergência do órgão, convocada pela Venezuela após a apreensão de petroleiros venezuelanos.

    Opositora venezuelana denuncia ameaças de "execução" de presos políticos

  • EUA e Ucrânia apresentam nova versão de plano de paz com a Rússia

    EUA e Ucrânia apresentam nova versão de plano de paz com a Rússia

    A Ucrânia pleiteava aderir à Otan como salvaguarda contra futuros ataques russos, enquanto a Rússia sempre reiterou que isso seria inaceitável e apresentou esse ponto como um dos motivos que levaram à invasão.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou nesta quarta-feira (24) que uma nova proposta preliminar para encerrar a guerra com a Rússia, negociada entre Kiev e Washington, não exige formalmente que o país renuncie aos planos de ingressar na Otan, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

    A Ucrânia pleiteava aderir à Otan como salvaguarda contra futuros ataques russos, enquanto a Rússia sempre reiterou que isso seria inaceitável e apresentou esse ponto como um dos motivos que levaram à invasão.

    “Será a Otan quem decidirá se deseja ou não acolher a Ucrânia entre seus membros. E nossa decisão está tomada. Renunciamos a modificar a Constituição ucraniana para escrever nela que o país não se unirá à Otan”, afirmou Zelenski, em referência a um plano anterior elaborado pelos Estados Unidos que exigiria um compromisso legal de Kiev de não aderir ao bloco.

    A Ucrânia obteve várias concessões na versão mais recente do plano americano para pôr fim ao conflito, segundo Zelenski, embora ainda existam muitas dúvidas sobre a questão territorial e se Moscou aceitará os novos termos.

    As negociações ocorreram em Miami, e Zelenski afirmou que espera uma resposta russa ainda nesta quarta. “Teremos uma reação dos russos depois que os americanos conversarem com eles”, disse o líder a jornalistas.

    O ucraniano anunciou que o plano atualizado prevê congelar a frente de batalha nas linhas atuais e abre a possibilidade de criação de zonas desmilitarizadas. Zelenski afirmou que o acordo de 20 pontos, consensuado entre negociadores americanos e ucranianos, estava sendo analisado por Moscou.

    No entanto, é pouco provável que o Kremlin abandone suas rígidas reivindicações territoriais, incluindo a exigência de uma retirada total da Ucrânia da região de Donbass, região russófona mais desejada pela Rússia e berço do conflito atual.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que Moscou está “formulando sua posição” e não deu mais detalhes.

    O próprio Zelenski admitiu que há alguns pontos no documento atualizado de que não gosta. Ainda assim, Kiev conseguiu modificar a proposta americana original, de 28 pontos, que mantinha muitas das exigências russas.

    Nesse sentido, caiu o pedido para que a Ucrânia se retirasse imediatamente da área que controla na região oriental de Donetsk, que fica dentro de Donbass. Também foi descartada a possibilidade de que o território ocupado por Moscou seja reconhecido como russo.

    Quanto à frente de batalha, Zelenski afirmou que, nas regiões de Donetsk, Lugansk e Zaporíjia, a posição das tropas na data do acordo passará a seguir a linha de contato reconhecida de fato. Segundo ele, será criado um grupo de trabalho para definir o redesdobramento das forças necessário ao encerramento do conflito e para estabelecer os parâmetros de possíveis zonas econômicas especiais.

    Os detalhes tornados públicos sugerem que o plano abre caminho para iniciativas que a Ucrânia antes se recusava a considerar, como a retirada de suas forças e a criação de zonas desmilitarizadas.

    Embora não esteja explicitamente definido no documento, o plano permite, por exemplo, que a Ucrânia retire cerca de 20% de suas forças da região de Donetsk atualmente sob seu controle, onde poderia ser estabelecida uma zona desmilitarizada.

    “Estamos em uma situação em que os russos querem que nos retiremos da região de Donetsk, enquanto os americanos tentam encontrar uma solução”, declarou Zelenski. “Eles buscam uma zona desmilitarizada ou uma zona econômica livre, ou seja, um formato que satisfaça ambas as partes”, acrescentou.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem pressionando Moscou e Kiev para que cheguem a um acordo que ponha fim à guerra, quase quatro anos após o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

    Naquele mesmo ano, a Rússia anunciou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporíjia -apesar de não controlá-las integralmente- além da península da Crimeia, anexada em 2014.

    Putin não demonstrou disposição para fazer concessões e continua exigindo amplas retiradas das forças ucranianas. Zelenski, por sua vez, admitiu que pode ser obrigado a ceder em algumas de suas exigências, especialmente territoriais, caso queira evitar a perda do apoio militar dos EUA.

    A Ucrânia também sugeriu que Enerhodar, cidade controlada pelas forças russas e localizada nas proximidades da usina nuclear de Zaporíjia, se torne uma zona desmilitarizada.

    Zelenski disse que qualquer plano que envolva a retirada de tropas ucranianas para a criação de uma zona desmilitarizada ou de uma zona econômica livre deverá ser submetido a referendo nacional. A nova versão do documento também defende uma administração conjunta americana, russa e ucraniana da usina nuclear de Zaporíjia.

    Por fim, o líder ucraniano anunciou que a Ucrânia realizará eleições presidenciais após a assinatura de um eventual acordo de paz, algo que vem sendo exigido por Trump e Putin. O mandato de Zelenski terminou em maio de 2024, mas a Constituição do país não permite pleitos durante lei marcial.

    EUA e Ucrânia apresentam nova versão de plano de paz com a Rússia

  • Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e promete resposta adequada

    Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e promete resposta adequada

    Israel acusou hoje o grupo radical palestino Hamas de violar o cessar-fogo, depois de um engenho explosivo ter ferido um soldado israelita durante uma operação em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, prometendo “responder em conformidade”.

    A recusa pública e contínua [do Hamas] em se desarmar constitui uma violação flagrante e, hoje, mais uma vez, suas intenções violentas e violações foram confirmadas com a detonação de um artefato explosivo improvisado que feriu um oficial das Forças de Defesa de Israel”, diz um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

    “Israel responderá de acordo”, advertiu Netanyahu.

    O governo reitera que o Hamas deve cumprir os acordos firmados no âmbito da trégua, que “incluem sua retirada do governo em Gaza, a desmilitarização do enclave e um processo de desradicalização”.

    O Exército israelense informou hoje, em comunicado, que um artefato explosivo foi detonado contra um veículo blindado durante uma operação “para limpar a área de Rafah de infraestruturas terroristas”, causando “ferimentos leves” a um soldado, que foi levado a um hospital.

    Os militares também identificaram hoje um responsável financeiro do braço armado do Hamas que foi morto há duas semanas em uma operação de suas forças na Faixa de Gaza.

    Abdel Hay Zaqout foi morto em 13 de dezembro em um ataque aéreo “enquanto estava em seu veículo ao lado de Raed Saad”, durante “uma operação conjunta das Forças de Defesa de Israel e do Shin Bet [serviço secreto interno]”, afirmou Avichay Adraee, porta-voz do Exército israelense.

    Segundo comunicado publicado por Avichay Adraee na rede social X, Raed Saad foi “um dos arquitetos” do ataque mortal do Hamas em 7 de outubro de 2023, em Israel, e Abdel Hay Zaqout “foi responsável pela arrecadação e transferência de dezenas de milhões de dólares para o braço armado do Hamas, a fim de garantir a continuidade da luta contra Israel” ao longo do último ano.

    Uma frágil trégua está em vigor na Faixa de Gaza desde 10 de outubro, com Israel e o Hamas se acusando mutuamente de violações, após dois anos de uma guerra devastadora no território palestino, que causou mais de 70 mil mortes, segundo números do Ministério da Saúde local, sob controle do Hamas, considerados confiáveis pela Organização das Nações Unidas.

    Em 7 de outubro de 2023, o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense matou mais de 1.200 israelenses.

    Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e promete resposta adequada

  • Vulcão Kilauea entra em erupção e imagens impressionam; vídeo

    Vulcão Kilauea entra em erupção e imagens impressionam; vídeo

    O vulcão Kilauea voltou a entrar em erupção e a força da erupção foi tal que chegou a desativar uma das câmaras de observação ao vivo do Observatório Vulcânico do Havai. Este vulcão está em erupção periodicamente há um ano.

    O vulcão Kilauea, no Havaí, voltou a entrar em erupção, e as imagens divulgadas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) são impressionantes.

    Na terça-feira, 23 de dezembro, o vulcão Kilauea entrou novamente em erupção, atingindo uma altura superior a 305 metros. Por volta das 21h45, no horário local, a lava no lado sul do vulcão alcançou cerca de 280 metros de altura.

    De acordo com os cientistas, a força da erupção foi tão intensa que chegou a desativar uma das câmeras de observação ao vivo do Observatório Vulcânico do Havaí.

    Segundo o USGS, o Kilauea é “um dos vulcões mais ativos do mundo” e está em erupção de forma periódica há um ano — desde 23 de dezembro de 2024.

    Veja as imagens em direto no vídeo abaixo.

    A primeira erupção do vulcão Kilauea aconteceu em 1959, quando os jatos de lava atingiram uma altura de 600 metros.

    Veja acima o momento da erupção:

    Vulcão Kilauea entra em erupção e imagens impressionam; vídeo