Categoria: MUNDO

  • Trump volta a sugerir ataques terrestres na Venezuela: "É mais fácil"

    Trump volta a sugerir ataques terrestres na Venezuela: "É mais fácil"

    O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a sugerir esta sexta-feira que o país vai iniciar ataques terrestres na Venezuela, indicando que essas operações serão contra “pessoas horríveis que estão trazendo drogas” para os Estados Unidos.

    E agora começamos por terra [os ataques]. E por terra é muito mais fácil. E isso vai começar a acontecer”, afirmou o chefe de Estado durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, ao ser questionado sobre a situação com a Venezuela.

    Em seguida, porém, acrescentou uma nuance importante: os ataques terrestres não precisam “necessariamente ser na Venezuela; nossos alvos são as pessoas que trazem drogas para o nosso país”.

    Trump afirmou que a administração norte-americana eliminou o tráfico de drogas “a níveis nunca antes vistos”, especificamente “96% das drogas que chegam por via marítima”. Ele ironizou os 4% restantes, em referência aos ataques realizados pelas forças dos Estados Unidos no Mar do Caribe contra navios que supostamente transportavam drogas, pelos quais Trump foi acusado de cometer “assassinatos extrajudiciais”.

    Entre risos e em tom de brincadeira, o presidente norte-americano disse que não gostaria de fazer parte desses 4% e, em seguida, perguntou aos presentes no Salão Oval: “Alguém quer ir pescar naquela região? Alguém quer ir pescar ali? Acho que não”.

    Os bombardeios norte-americanos contra mais de duas dezenas de embarcações já causaram mais de 80 mortes.

    Donald Trump também se recusou a revelar quais serão as próximas ações dos Estados Unidos em relação ao petróleo venezuelano, após a apreensão de um petroleiro com petróleo da Venezuela ao largo da costa do país latino-americano, na última quarta-feira.

    O ocupante da Casa Branca ainda fez críticas à Colômbia — cujo presidente, Gustavo Petro, ele afirmou que seria “o próximo” na luta contra o narcotráfico —, embora tenha diferenciado a situação da venezuelana. “A Colômbia tem, pelo menos, três fábricas de cocaína. É um país diferente. Não estamos satisfeitos com isso. Mas estamos combatendo”, afirmou.

    Trump volta a sugerir ataques terrestres na Venezuela: "É mais fácil"

  • Urso ataca treinador em parque na China para tentar roubar comida

    Urso ataca treinador em parque na China para tentar roubar comida

    O incidente ocorreu no último sábado, dia 6 de dezembro, quando um urso atacou o treinador durante um espetáculo no Parque Safari de Hanzhou, na China. Apesar do pânico, ninguém ficou ferido.

    Um urso atacou um treinador de animais durante um espetáculo no Parque Safari de Hangzhou, na província de Zhejiang, na China. O incidente ocorreu no último sábado, dia 6 de dezembro. 

    Tudo parecia estar ocorrendo bem durante uma apresentação ao vivo no Parque Safari de Hangzhou quando o urso se dirigiu a um dos treinadores e o atacou.

    No vídeo, compartilhado nas redes sociais, é possível ver vários colegas do homem terem que ajudá-lo e tentando que o urso o largasse. Aliás, um dos funcionários tenta atingir o urso com um par de bancos, mas sem sucesso.

    Um outro funcionário tenta agarrar no urso, mas rapidamente recua. Já uma treinadora tenta acertar-lhe com uma tabela de basquetebol. 

    Depois de momentos de pânico, o homem finalmente consegue soltar-se do animal, que foi levado pelos funcionários.

    Segundo o New York Post, o Parque Safari de Hangzhou confirmou que, apesar do susto, não houve relatos de ferimentos e revelou que o treinador teria um saco com maçãs e cenouras, motivo pelo qual o animal teria tido aquela reação. 

    “Às 15h50, no dia 6 de dezembro, durante a nossa demonstração de comportamento animal, ocorreu um incidente onde um urso preto tentou roubar comida de um treinador”, disse um porta-voz do parque. 

    E acrescentou: “Embora nem o treinador nem o animal tenham ficado feridos, a nossa resposta no local foi insuficiente, o que causou uma experiência desagradável aos visitantes. Pedimos as mais sinceras desculpas”

    Note-se que os ursos pretos asiáticos são nativos da China e são conhecidos pela sua força, agilidade e grande apetite.

    Urso ataca treinador em parque na China para tentar roubar comida

  • María Corina deixou Venezuela disfarçada e viajou de barco em mar revolto, diz imprensa

    María Corina deixou Venezuela disfarçada e viajou de barco em mar revolto, diz imprensa

    Vencedora do Nobel da Paz teve apoio de especialistas dos EUA em resgate para deixar seu país e chegar à Noruega; ela afirma que temeu pela vida durante operação e que ‘transição ordenada e pacífica’ em seu país está a caminho

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, deixou o seu país em uma operação secreta nesta semana que levou de 15 a 16 horas e incluiu o uso de peruca como disfarce, uma viagem de barco em mar revolto, além da participação de especialistas em resgate dos Estados Unidos, disseram autoridades à imprensa americana. Ela foi levada à Noruega, onde reencontrou a família após cerimônia do Prêmio Nobel da Paz.

    Bryan Stern, ex-integrante das forças especiais dos EUA e chefe da Grey Bull Rescue Foundation, que atua com resgates, descreveu a ação como uma das mais complexas e gratificantes já feitas por ele e sua equipe.

    Em entrevista à CBS News, Stern afirmou que a maior parte do trajeto ocorreu em alto-mar e com ondas altas que tornavam a navegação desconfortável, porém estrategicamente favorável. Isso porque o oceano agitado dificulta a detecção por radar, o que, para a equipe, foi uma vantagem.

    “Quanto mais alta a onda, mais difícil de ver. É assim que funciona”, afirmou ele à CBS, referindo-se à operação como uma tarefa árdua. “Estávamos todos bastante molhados. Eu e minha equipe estávamos encharcados até os ossos. Ela [María Corina] também estava com bastante frio e molhada.”

    Ainda à CBS, Stern disse que mais de 20 pessoas atuaram em diferentes frentes, incluindo inteligência, tradução, logística e navegação. Outros tantos colaboraram de forma indireta, alguns “sem saber que estavam ajudando” o transporte de María Corina.

    Ele disse que a operação foi organizada às pressas. A despeito dos meses de preparo prévio para ações em território venezuelano, foram apenas quatro dias de planejamento direto para a retirada da ativista.

    Vencedora da láurea por seu ativismo em prol da democracia, María Corina vive na clandestinidade e estava em local desconhecido. A operação começou na Venezuela, e Stern não quis revelar detalhes por questões de segurança.

    Após ser levada até um ponto de embarque, María Corina foi transferida para um barco que a conduziu a um ponto de encontro em mar aberto. No meio da noite, sob pouca lua e nuvens que dificultavam a visibilidade, Stern a recebeu para uma travessia de 13 a 14 horas até um local mantido em sigilo. De lá, ela embarcou rumo a Oslo, a capital norueguesa, também de acordo com a CBS.

    O resgate, disse, foi financiado por “alguns doadores generosos”, sem participação, segundo ele, do governo dos EUA. Stern disse que houve colaboração informal com militares americanos apenas para evitar incidentes, uma vez que embarcações em mar aberto poderiam ser confundidas com alvos.

    Nas últimas semanas, mais de 20 barcos que supostamente transportavam drogas foram bombardeados próximos à Venezuela pelas forças americanas, em ações que causaram a morte de mais de 80 pessoas.

    O governo de Donald Trump sabia dos planos para o transporte de María Corina, embora não esteja claro o grau de envolvimento do presidente, de acordo com o The Wall Street Journal. Segundo a publicação, a operação foi tensa, e María Corina teve de usar uma peruca como disfarce em território venezuelano.

    O grupo teria passado por dez postos militares, sem que a ativista fosse identificada, de acordo com uma pessoa próxima da operação mencionada pelo Wall Street Journal.

    María Corina chegou à Noruega após a cerimônia do Nobel, na quarta-feira (10). Ao público, Jorgen Watne Frydnes, presidente do comitê, afirmou que a líder opositora havia enfrentado “uma jornada em situação de extremo perigo”. Sua filha recebeu o prêmio em nome da líder opositora e disse que a laureada “voltará muito em breve” à Venezuela.

    Em Caracas, a vice-líder do regime, Delcy Rodríguez, acusou María Corina de promover “interesses imperialistas dos EUA” para pilhar os recursos naturais venezuelanos. “O show fracassou. A senhora não apareceu”, disse ela. O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, por sua vez, afirmou que a opositora seria considerada foragida caso saísse do país.

    María Corina deixou Venezuela disfarçada e viajou de barco em mar revolto, diz imprensa

  • Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

    Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

    Letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados foram os indicadores avaliados na pesquisa

    O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11.

    A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

    O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

    Veja a lista:

    1 – Palestina

    2 – Mianmar

    3 – Síria

    4 – México

    5 – Nigéria

    6 – Equador

    7 – Brasil

    8 – Haiti

    9 – Sudão

    10 – Paquistão

    O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

    O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo – atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política – expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

    Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

    O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. “Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis”, afirma a Acled.

    Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. “A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia”, disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

    No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. “Esses eventos violentos resultaram – em uma estimativa conservadora – em mais de 240 mil mortes”, aponta a Acled.

    O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

    A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.

     

    Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

  • 'Arquitetos da IA' eleitos a Pessoa do Ano de 2025 pela Time

    'Arquitetos da IA' eleitos a Pessoa do Ano de 2025 pela Time

    A publicação definitivamente valoriza mais a influência do que a virtude…

    A revista Time nomeou os “Arquitetos da IA” como a Pessoa do Ano de 2025, com duas capas: uma mostrando o título como se estivesse em construção e outra homenageando a clássica foto de 1932 “Lunch atop a Skyscraper” (“Almoço no topo de um arranha-céu” em tradução livre), apresentando líderes da indústria de Inteligência Artificial como Mark Zuckerberg, da Meta, Elon Musk, da xAI, e Lisa Su, da AMD, entre outros. Este ano, a revista optou por destacar a ampla influência da IA ​​na sociedade, da mídia e da política ao ambiente de trabalho.

    “Este foi o ano em que todo o potencial da inteligência artificial se revelou, e quando ficou claro que não haverá volta ou como optar por não participar. Qualquer que fosse a pergunta, a IA era a resposta”, afirma Sam Jacobs, editor-chefe da Time.

    A revista Time publica uma edição anual especial com sua escolha para a Personalidade do Ano, acompanhada de uma foto de capa icônica. Nos últimos anos, esse título foi dado a pessoas como Greta Thunberg, Barack Obama e o Papa Francisco. No entanto, os destinatários nem sempre são o que você chamaria de honrosos… Alguns deles foram realmente controversos e chocantes.

    'Arquitetos da IA' eleitos a Pessoa do Ano de 2025 pela Time

  • EUA removem ministro do STF Alexandre de Moraes e esposa de lista de sanções Global Magnitsky

    EUA removem ministro do STF Alexandre de Moraes e esposa de lista de sanções Global Magnitsky

    O governo de Donald Trump removeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de sanções Global Magnitsky

    Os Estados Unidos removeram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de sanções Global Magnitsky, de acordo com documento divulgado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), órgão vinculado ao Departamento do Tesouro americano. Não foram informados os motivos da exclusão.

    Os Estados Unidos removeram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de sanções Global Magnitsky, de acordo com documento divulgado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), órgão vinculado ao Departamento do Tesouro americano. Não foram informados os motivos da exclusão.

    Além do ministro, também foram retirados da relação de sancionados sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e a empresa de estudos jurídicos Lex, pertencente à família do ministro.

    EUA removem ministro do STF Alexandre de Moraes e esposa de lista de sanções Global Magnitsky

  • Alemanha convoca embaixador russo após acusar país de ações de desinformação e espionagem

    Alemanha convoca embaixador russo após acusar país de ações de desinformação e espionagem

    Porta-voz do governo alemão menciona tentativa de interferência eleitoral e ação contra espaço aéreo do país; Berlim também defende empréstimo bilionário à Ucrânia usando ativos russos congelados, segundo agência

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em mais um episódio de tensão diplomática entre um país da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, e a Rússia, o governo da Alemanha convocou nesta sexta-feira (12) o embaixador russo em Berlim após identificar um aumento significativo de “atividades híbridas ameaçadoras” que teriam sido conduzidas por Moscou.

    Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão, os casos incluem campanhas de desinformação, espionagem, ataques cibernéticos e tentativas de sabotagem.

    Ele atribuiu à Rússia duas operações digitais que, segundo ele, representaram ameaça à Alemanha. Segundo o porta-voz, um ataque cibernético contra a segurança aérea de seu país, registrado em agosto de 2024, foi conduzido pelo grupo russo APT28, uma organização de ciberespionagem. Ele ainda acusou Moscou de tentar influenciar e desestabilizar as eleições gerais alemãs que ocorreram em fevereiro.

    “Chamamos o embaixador russo ao Ministério das Relações Exteriores e deixamos claro que estamos monitorando muito de perto as ações da Rússia e que tomaremos medidas contra elas”, afirmou. O governo alemão não detalhou quais ações poderá adotar, mas disse que vê o caso com preocupação.

    Paralelamente ao aumento das tensões, autoridades diplomáticas europeias afirmaram que a Alemanha vê como indispensável a aprovação de um empréstimo de reparações para a Ucrânia baseado no uso de ativos russos congelados. O tema deverá ser discutido na próxima cúpula da União Europeia.

    Segundo pessoas com conhecimento do assunto mencionadas pela agência Reuters, Berlim se comprometeria com € 50 bilhões em garantias, dentro de um pacote total estimado em € 210 bilhões. A Alemanha também apoia a utilização de ativos russos congelados em outros países europeus para financiar o mecanismo.

    As mesmas autoridades alertaram que a falta de acordo na cúpula enviaria “um sinal desastroso para a Ucrânia” e representaria “um fracasso da própria Europa”.

    Alemanha convoca embaixador russo após acusar país de ações de desinformação e espionagem

  • Apocalipse próximo? Como os bilionários estão se preparando para o fim do mundo

    Apocalipse próximo? Como os bilionários estão se preparando para o fim do mundo

    Do que têm medo os mais ricos do mundo?

    Preparar-se para o apocalipse não é uma obsessão recente. De filmes de Hollywood a profecias antigas, a ideia de um evento apocalíptico sempre cativou a imaginação humana. No entanto, hoje em dia, não são apenas os teóricos da conspiração que estão estocando suprimentos. Em todo o mundo, algumas das pessoas mais ricas estão investindo secretamente em bunkers subterrâneos, complexos fortificados e refúgios remotos.

    Para o que exatamente eles estão se preparando? Seria a instabilidade dos mercados globais, o aumento das tensões geopolíticas, um desastre climático ou a ascensão da inteligência artificial incontrolável? Ninguém sabe ao certo. Mas uma coisa é certa: a elite está se preparando para cenários que a maioria das pessoas prefere não imaginar.

    Apocalipse próximo? Como os bilionários estão se preparando para o fim do mundo

  • Família acusa ChatGPT de incentivar mortes nos EUA: "Validou delírios"

    Família acusa ChatGPT de incentivar mortes nos EUA: "Validou delírios"

    A família de Suzanne Adams, que foi morta pelo filho, está processando a OpenAI e a Microsoft, alegando que o ChatGPT “validou os delírios paranóicos de um usuário sobre a sua própria mãe”

    Os herdeiros de Suzanne Adams, uma idosa de 83 anos morta pelo filho, processaram a OpenAI e a Microsoft, alegando que o ChatGPT incentivou o homem, com problemas mentais, a matar a mãe e a tirar à própria vida. O caso aconteceu no Connecticut, nos Estados Unidos, em agosto.

    Segundo conta a agência de notícias The Associated Press (AP), Stein-Erik Soelberg, um ex-funcionário do setor tecnológico, espancou e estrangulou a mãe até à morte, suicidando-se a seguir, na casa onde viviam juntos. 

    O homem, de 56 anos, acreditava que estava sendo vigiado através de uma impressora e que tinha sido alvo de várias tentativas de envenenamento.

    Agora, a família avançou com um processo, em um tribunal da Califórnia, alegando que a OpenAI “projetou e distribuiu um produto defeituoso que validou os delírios paranóicos de um usuário sobre a sua própria mãe”.

    “Ao longo destas conversas, o ChatGPT reforçou uma única mensagem perigosa: Stein-Erik não podia confiar em ninguém na sua vida — exceto no próprio ChatGPT”, lê-se no processo, que deu entrada no tribunal na quinta-feira (11).

    “Ele fomentou a sua dependência emocional enquanto pintava sistematicamente as pessoas à sua volta como inimigas”, acrescenta. “Disse-lhe que a mãe o estava vigiando. Disse-lhe que os entregadores, os funcionários das lojas, os polícias e até os amigos eram agentes que trabalhavam contra ele. Disse-lhe que os nomes nas latas de refrigerante eram ameaças do seu ‘círculo de adversários’”.

    Homem compartilhou conversas com o chatbot no Youtube

    Soelberg tinha ainda uma conta no YouTube, onde divulgou vários vídeos das suas conversas com o chatbot. Nessas conversas, é dito a ele que não tinha problemas mentais e confirmadas as suspeitas de que as pessoas à sua volta estavam conspirando contra ele. No entanto, não há nada específico sobre a possibilidade de matar a mãe ou dar um fim à própria vida. 

    Segundo o processo, a OpenAI recusou-se a fornecer o histórico completo das conversas à família, mas o documento indica que “a realidade artificial que o ChatGPT construiu para Stein-Erik, Suzanne — a mãe que o criou, abrigou e apoiou — deixou de ser a sua protetora” e “tornou-se uma inimiga que representava uma ameaça existencial à sua vida”.

    “O ChatGPT alimentou os delírios mais sombrios do meu pai”

    Em comunicado, citado pela AP, o filho de Soelberg, Erik Soelberg, afirmou que deseja que as empresas sejam responsabilizadas por “decisões que mudaram a família para sempre”.

    “Ao longo de meses, o ChatGPT alimentou os delírios mais sombrios do meu pai e o isolou completamente do mundo real”, disse em comunicado. “Colocou a minha avó no centro desta realidade artificial e delirante.”

    Com a ação, a família pretende uma indenização em valor indeterminado e uma ordem judicial que obrigue a OpenAI a implementar medidas de segurança no ChatGPT.

    Contactada pela AP, a OpenAI afirmou tratar-se de uma “situação dolorosa” e garantiu analisar o processo “para compreender os detalhes” no caso. No entanto, lembrou que tem aumentado o acesso a recursos e linhas de apoio em situações de crise.

    Família acusa ChatGPT de incentivar mortes nos EUA: "Validou delírios"

  • Leão 14 já se posicionou sobre temas polêmicos, como papel de Maria, monogamia e casamento

    Leão 14 já se posicionou sobre temas polêmicos, como papel de Maria, monogamia e casamento

    Publicações iniciadas no pontificado de Francisco e aprovadas por papa atual buscam esclarecer temas que dividem católicos; doutrinas e relatório pós-sinodal indicam continuidade entre os papados de argentino, morto em abril, e de americano

    MILÃO, ITÁLIA (CBS NEWS) – O Vaticano divulgou nas últimas semanas documentos que aprofundaram, em estudos e análises internas, temas polêmicos da Igreja Católica, alguns deles divisivos entre religiosos e fiéis.

    Publicadas em novembro, duas notas sobre questões doutrinárias reúnem princípios e orientações sobre o casamento, a monogamia e o papel de Maria, mãe de Jesus. Já um relatório pós-sinodal, que saiu no último dia 4, tratou do acesso das mulheres ao diaconato.

    Embora os dois primeiros textos tenham sido aprovados pelo papa Leão 14 e o terceiro tenha sido liberado por ele para publicação, as atividades que resultaram nos três documentos tiveram início ainda no pontificado de Francisco, morto em abril aos 88 anos.

    Essas publicações autorizadas por Leão 14 indicam mais uma linha de transição entre os dois papados do que sinais do que deverá compor o legado do americano Robert Prevost, eleito em maio. Também a primeira exortação apostólica assinada pelo atual pontífice, sobre os pobres, começou a ser escrita por Francisco.

    De toda forma, Prevost afirmou, no fim de julho, que deve seguir algumas políticas de Francisco, como o acolhimento de católicos gays e mais abertura para mulheres em cargos de liderança, mas que não pretende promover grandes mudanças na doutrina católica. Entenda a seguir os três documentos recentes.

    O REDENTOR É UM SÓ

    Publicada em 4 de novembro, a nota doutrinal “Mater populi fidelis” (mãe do povo fiel, em latim) traz questões que fundamentam a devoção a Maria, esclarecendo quais títulos são corretos e quais devem ser evitados para se referir à mãe de Jesus.

    Ao longo de 80 parágrafos, o texto diz que “mãe dos fiéis”, “mãe espiritual” e “mãe do povo fiel” são os mais indicados. Por outro lado, chamar Maria de “corredentora” é visto como “inconveniente” e “inoportuno”.

    A redenção é entendida como o ato de Jesus de redimir, de salvar a humanidade com sua crucificação e morte. O papel de Maria é alvo de estudos, e chamá-la de corredentora, por ela ter acompanhado Jesus na cruz, no ato de redenção, é um debate polêmico, ao qual o Vaticano busca colocar fim.

    “Levando em consideração a necessidade de explicar o papel subordinado de Maria a Cristo na obra da redenção, é sempre inoportuno o uso do título de corredentora para definir a cooperação de Maria”, diz o texto, assinado pelo cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, chefe do Dicastério para a Doutrina da Fé que foi um forte aliado do papa Francisco.

    “Este título corre o risco de obscurecer a única mediação salvífica de Cristo e, portanto, pode gerar confusão e desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã.”

    O termo, segundo o documento, tem origem no século 15 como “correção à invocação de redentora (como abreviação de mãe do redentor) que Maria vinha recebendo desde o século 10”.

    Em outro trecho é explicado que a obra da redenção foi “perfeita e não necessita de acréscimo algum”. “Nossa Senhora não quis tirar nenhum título a Jesus. Ela não pediu para ser uma quase-redentora ou corredentora: não. O redentor é um só e este título não se duplica”, diz o documento.

    A nota lembra que os papas Francisco e Bento 16 foram contrários ao uso do “corredentora”, enquanto João Paulo 2o pronunciou o termo ao menos sete vezes.

    Com o novo texto, o Vaticano buscou reforçar o papel de Maria como intermediária entre Deus e a humanidade, descartando uma possível concorrência com a Santíssima Trindade (Deus, Jesus e Espírito Santo). Mas parte dos católicos entendeu como um “rebaixamento” da sua importância.

    UNIÃO ÚNICA E EXCLUSIVA

    Também assinada pelo cardeal Fernández, a nota doutrinal “Una caro” (uma só carne, em latim) é, como diz seu subtítulo, “um elogio à monogamia”.

    Publicada em 25 de novembro, foi motivada por debates travados com bispos do continente africano, inclusive dentro do Sínodo da Sinodalidade, de 2021 a 2024, sobre a prática da poligamia entre católicos, entendida como parte da cultura local.

    O texto nasceu também da “constatação que diversas formas públicas de uniões não monogâmicas -às vezes chamadas de ‘poliamor’- crescem no Ocidente”.

    Segundo a nota, foi levado a sério “o atual contexto global do desenvolvimento do poder tecnológico”, que leva o ser humano a se considerar “uma criatura ilimitada”. “Dessa forma, o valor do amor exclusivo, reservado a uma única pessoa, é facilmente obscurecido.”

    Com 156 parágrafos, o documento reforça que a exclusividade conjugal, entre “um só homem e uma só mulher”, surge não como uma limitação, “mas como a condição de possibilidade de um amor sobrenatural que, além da carne, se abre ao eterno”.

    Apesar de não aprofundar a questão do divórcio, ressalta que as duas propriedades do casamento, unidade e indissolubilidade, são interligadas. “A indissolubilidade deriva como característica de uma união única e exclusiva. […] A unidade-união, aceita e vivida com todas as suas consequências, torna possível a permanência e a fidelidade que a indissolubilidade exige”, diz a nota.

    O documento, que percorre como o casamento foi visto ao longo do tempo do ponto de vista teológico, por papas e filósofos, não chega a ser uma surpresa ou controverso, mas chama a atenção por abordar temas íntimos e a sexualidade, definida por Francisco, como lembra o texto, como “um presente maravilhoso criado por Deus”.

    Em um dos trechos, a nota afirma que a sexualidade não “se limita a garantir a procriação”, mas ajuda a enriquecer e fortalecer “a união única e exclusiva” e o sentido de pertencimento mútuo.

    ELAS, AINDA NÃO

    Nos documentos finais do Sínodo da Sinodalidade, o tema do diaconato feminino foi aquele que atraiu mais votos contrários dos participantes, entre bispos, cardeais e leigos, incluindo mulheres. Em meio à divisão, o papa Francisco pediu que uma comissão especial analisasse a fundo o tema. O resultado desse trabalho foi divulgado no último dia 4.

    O relatório, assinado pelo cardeal italiano Giuseppe Petrocchi, afirma que a pesquisa histórica e a investigação teológica excluem “a possibilidade de prosseguir na direção da admissão de mulheres ao diaconato entendido como grau do sacramento da ordem”. Sua publicação foi um pedido do papa Leão 14.

    Apesar de a avaliação ser “sólida”, ela não permite, diz o texto, “formular um julgamento definitivo, como no caso da ordenação sacerdotal”. Ou seja, apesar de não dar sinal verde para que mulheres sejam nomeadas como diaconisas, esse trecho indica que o debate pode continuar.

    Os diáconos, que hoje só podem ser homens, inclusive casados, são o primeiro degrau na hierarquia católica, abaixo de sacerdotes e bispos. Eles podem realizar batizados, casamentos e funerais, mas não podem celebrar a eucaristia, ouvir a confissão ou realizar a unção dos enfermos.

    Para o cardeal Petrocchi, antes de avançar na questão do acesso às mulheres ao diaconato, é preciso fazer uma “análise crítica rigorosa e ampliada” sobre o diaconato em si mesmo, “sobre sua identidade sacramental e sua missão eclesial”, esclarecendo aspectos estruturais e pastorais que atualmente não estão totalmente definidos”.

    Leão 14 já se posicionou sobre temas polêmicos, como papel de Maria, monogamia e casamento