Categoria: MUNDO

  • Senador polonês tenta 'calar' jornalista durante entrevista sobre guerra

    Senador polonês tenta 'calar' jornalista durante entrevista sobre guerra

    Senador tentou desligar o microfone de uma jornalista durante uma entrevista nos corredores do Parlamento. O momento está levantando questões sobre limites e responsabilidades

    Um senador polonês está causando polêmica depois de ter protagonizado um momento de tensão com uma jornalista, durante uma entrevista, tentando desligar o microfone da profissional.

    A situação aconteceu nos corredores do câmara baixa do parlamento do país [Sejm], esta quinta-feira (10). 

    A jornalista estaria fazendo questões sobre o possível envolvimento da Polônia nas conversas de paz entre a Ucrânia e a Rússia.

    Segundo a NDTV, a jornalista Justyna Dobrosz-Oracz do canal TVP Info estava questionando o senador sobre a Lei e Justiça relacionado ao assunto, quando a tensão escalou.

    Em imagens registadas pelo repórter de imagem do canal, o político é visto tentando colocar a mão no pescoço da repórter ao mesmo tempo que afirma: “Vou desligar o teu microfone”.

    “Não me toque, por favor”, responde a profissional de comunicação social, avisando o homem, ainda, para que “não invada o [seu] espaço”.

    A divulgação das imagens está gerando controvérsia dado que está levantando questões sobre os limites das relações entre os políticos e a comunicação social. Embora breve, o movimento brusco do homem, diz a NDTV, levanta questões sobre a liberdade de imprensa, a responsabilidade política e o tratamento dado aos jornalistas por parte dos representantes eleitos.

    Muitos nas redes sociais consideraram o comportamento do senador como inadequado e intimidatório, enquanto outros consideram que pode ter sido mal interpretado.

    Senador polonês tenta 'calar' jornalista durante entrevista sobre guerra

  • Somos o próximo alvo da Rússia numa guerra mundial, diz chefe da Otan

    Somos o próximo alvo da Rússia numa guerra mundial, diz chefe da Otan

    Ele defendeu a ampliação de gastos de defesa dos 32 membros da aliança, 30 deles europeus mais EUA e Canadá. Países como Alemanha e Polônia já vivem um expansionismo grande no setor

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em um discurso em tom dramático proferido nesta quinta-feira (11) em Berlim, o secretário-geral da Otan disse que é preciso se preparar para um conflito “na escala das guerras que nossos avós e bisavós enfrentaram” contra a Rússia. “Somos o próximo alvo”, disse Mark Rutte.

    O holandês é conhecido, desde quando foi premiê de seu país, por uma política combativa ante Vladimir Putin. Falando ao lado do ministro alemão Johann Wadephul (Relações Exteriores) em um evento da Conferência de Segurança de Munique na capital, ele alertou contra o que chamou de complacência das nações europeias.

    “Eu temo que muitos estão silenciosamente complacentes. Muitos não sentem a urgência, e muitos acreditam que o tempo está do nosso lado. Não está. O tempo para agir é agora”, afirmou.

    Ele defendeu a ampliação de gastos de defesa dos 32 membros da aliança, 30 deles europeus mais EUA e Canadá. Países como Alemanha e Polônia já vivem um expansionismo grande no setor.

    “O conflito está à nossa porta. A Rússia trouxe a guerra de volta à Europa, e precisamos estar preparados”, disse, adicionando a expectativa de que um embate com Moscou teria a escala da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais.
    Travados de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945, os conflitos começaram e foram centrados na Europa, devastando o continente. Na realidade, uma Terceira Guerra Mundial seria ainda pior, dado que ambos os lados têm armas nucleares. A invasão russa da Ucrânia, ocorrida em 24 de fevereiro de 2022, é a maior guerra em solo europeu desde então.

    “Se você ama a língua alemã e não quer falar russo, é crucial [estar pronto]. De outra forma, esse cara não vai parar na Ucrânia”, disse Rutte sobre Putin. “Eu parei de tentar entender o que se passa na cabeça dele há muito tempo e só olho os fatos.”

    Rutte buscou contemporizar as recentes declarações de Donald Trump, o presidente americano que ele se esforçou em agradar neste ano, de que a Europa tinha líderes fracos. Para ele, os EUA precisam da Otan tanto quanto a aliança precisa de seu principal membro, fundador do clube em 1949.

    Ele evitou crítica diretas ao americano, como de costume. “Acho que podemos estar na mesma página sobre a Ucrânia”, afirmou, acerca da iniciativa de paz de Trump que até agora parece encaminhar uma proposta mais favorável a Moscou do que a Kiev para resolver, se isso ocorrer, o conflito.

    Somos o próximo alvo da Rússia numa guerra mundial, diz chefe da Otan

  • Vídeo mostra momento em que paraquedista fica preso na asa de avião

    Vídeo mostra momento em que paraquedista fica preso na asa de avião

    O incidente aconteceu durante um salto em grupo na Austrália e deixou o paraquedista pendurado na aeronave após o disparo acidental do paraquedas de reserva. Ele conseguiu se soltar e pousar com ferimentos leves.

    O Gabinete Australiano de Segurança nos Transportes divulgou nesta quinta-feira um vídeo que registra o momento em que um paraquedista ficou preso na asa de um avião durante um salto em Queensland.

    O caso aconteceu em 20 de setembro, quando um Cessna Caravan decolou do Aeroporto de Tully com um piloto e 17 paraquedistas, entre eles 16 em formação. De acordo com o ATSB, o incidente começou quando o primeiro paraquedista subia pela porta lateral e a alça do paraquedas reserva prendeu na aba da asa, acionando o equipamento de forma acidental.

    Arrastado para trás pela abertura súbita do paraquedas, o homem teve as pernas lançadas contra o estabilizador da aeronave, que ficou seriamente danificado. O paraquedas acabou enrolado na estrutura e o paraquedista permaneceu suspenso do lado de fora.

    Treze integrantes do grupo decidiram saltar imediatamente. Outros dois ficaram na aeronave e viram o colega utilizar uma faca para cortar as 11 linhas do paraquedas reserva. Depois de se soltar, ele conseguiu abrir o paraquedas principal e pousar em segurança, sofrendo apenas ferimentos leves nas pernas.

    O piloto, equipado com um paraquedas de emergência, chegou a se preparar para abandonar a aeronave durante a descida caso perdesse o controle. Após reduzir cerca de 750 metros de altitude, percebeu que ainda tinha condições de aterrissar e retornou com segurança a Tully.

    Segundo o comissário-chefe do ATSB, Angus Mitchell, o episódio reforça a importância de cuidados rigorosos durante a preparação do salto e da atenção às alças de segurança. Ele também destacou que portar uma faca com gancho, embora não seja obrigatório, pode ser decisivo para salvar vidas em casos de acionamento prematuro de paraquedas.

    Vídeo mostra momento em que paraquedista fica preso na asa de avião

  • Marido de finalista do Miss Suíça é acusado de matar e ocultar o corpo

    Marido de finalista do Miss Suíça é acusado de matar e ocultar o corpo

    O Ministério Público de Basileia apresentou denúncia formal contra Thomas, acusado de matar a modelo Kristina Joksimovic e desmembrar o corpo para ocultar o crime. Um ano após o caso que chocou o país, o julgamento ainda não tem data marcada.

    Kristina Joksimovic, modelo e cantora que chegou à final do Miss Suíça em 2023, foi encontrada morta em 2024 em um crime que chocou o país. Segundo a imprensa internacional, ela voltava para casa, em Binningen, quando foi brutalmente atacada pelo marido, Thomas.

    De acordo com as investigações, após matá-la, o homem desmembrou o corpo, decapitou a vítima e triturou partes dos restos mortais com produtos químicos em um equipamento industrial na tentativa de eliminar qualquer evidência. O crime só veio à tona porque o pai de Kristina encontrou cabelos e fragmentos de pele da filha em sacos de lixo.

    Thomas, então com 41 anos, foi preso no dia seguinte. À polícia, afirmou que encontrou a esposa morta e que teria desmembrado o corpo em um momento de pânico, versão que nunca convenceu os investigadores. O casal tinha dois filhos.

    Um ano após o crime, o Ministério Público de Basileia-Campiña concluiu a investigação e apresentou denúncia por homicídio e perturbação da ordem pública. Em comunicado, as autoridades afirmam acreditar que Thomas matou a esposa dentro da residência da família. O acusado permanece detido e é considerado inocente até decisão judicial.

    O julgamento ainda não foi marcado. As autoridades destacam que o réu se recusou a liberar acesso ao seu celular, que pode conter informações importantes sobre a motivação, o planejamento e a cronologia do crime.

    Além de modelo e cantora, Kristina havia sido coroada Miss Noroeste da Suíça em 2007. A morte da jovem continua a repercutir amplamente no país.

    Marido de finalista do Miss Suíça é acusado de matar e ocultar o corpo

  • María Corina Machado surge em público em Oslo após meses escondida

    María Corina Machado surge em público em Oslo após meses escondida

    Líder da oposição venezuelana, vencedora do Nobel da Paz, fez sua primeira aparição pública em quase um ano ao saudar apoiadores na varanda de um hotel em Oslo. Ela deixou a Venezuela de forma clandestina e promete retornar ao país em breve.

    A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, apareceu em público pela primeira vez diante de uma multidão em Oslo, na Noruega, depois de passar vários meses escondida na Venezuela.

    A opositora não conseguiu chegar a tempo da cerimônia oficial de entrega do Nobel. A filha dela, Ana Corina Sosa, recebeu o prêmio e leu o discurso em seu nome. Mesmo assim, Machado havia indicado que chegaria à capital norueguesa horas mais tarde. O Instituto Nobel, porém, anunciou depois que ela também não participaria dos demais eventos, incluindo o tradicional banquete.

    De acordo com a BBC, María Corina Machado surgiu na varanda do Grand Hotel de Oslo por volta das 2h30 da madrugada, horário local, sendo recebida por dezenas de apoiadores que gritavam palavras como “corajosa” e “liberdade”. Pouco depois, ela desceu para a rua, onde abraçou simpatizantes.

    Foi a primeira aparição pública da líder opositora em quase um ano. Machado foi acusada na Venezuela de traição à pátria e conspiração. Na manhã desta quinta-feira, ela voltou a ser vista deixando o hotel. A agenda do dia inclui uma visita ao Parlamento norueguês.

    María Corina Machado teria deixado a Venezuela de barco

    Segundo o The Wall Street Journal, Machado deixou o país na terça-feira em uma embarcação rumo a Curaçao, numa tentativa de chegar a Oslo para a cerimônia do Nobel. O jornal, citando fontes do governo dos Estados Unidos, afirma que ela viajou de forma clandestina até a ilha caribenha, situada a menos de 80 quilômetros da costa venezuelana.

    Apesar da fuga arriscada, a opositora afirmou que pretende retornar “muito em breve” ao seu país após a passagem pela Noruega.

    Oposição acusa Maduro de “terrorismo de Estado”

    No discurso lido por sua filha durante a entrega do Nobel, Machado acusou o regime de Nicolás Maduro de praticar “terrorismo de Estado” e disse acreditar que o retorno de milhares de venezuelanos que deixaram o país está próximo.

    “Meus queridos venezuelanos, o mundo ficou maravilhado com o que conquistamos, e em breve testemunhará uma das cenas mais comoventes do nosso tempo: nossos entes queridos voltando para casa. E eu estarei novamente na ponte Simón Bolívar, onde um dia chorei entre os milhares que partiam, para recebê-los de volta à vida luminosa que nos espera”, declarou.

    Ela também condenou os “crimes contra a humanidade documentados pelas Nações Unidas” e criticou o que chamou de tentativa do governo de “enterrar a vontade do povo”.

    María Corina Machado surge em público em Oslo após meses escondida

  • Influenciador dos EUA é investigado após lançar gambás em vídeos virais

    Influenciador dos EUA é investigado após lançar gambás em vídeos virais

    Charles Ross, que tem mais de 2 milhões de seguidores, gerou revolta ao aparecer arremessando gambás com uma catapulta. Autoridades da Flórida analisam denúncias e possíveis crimes contra a vida selvagem.

    O influenciador norte-americano Charles Ross, conhecido nas redes sociais como RossCreations, passou a ser investigado pelas autoridades da Flórida depois de publicar um vídeo em que aparece lançando um gambá por meio de uma catapulta improvisada. As imagens, divulgadas no fim de novembro, rapidamente viralizaram e geraram forte indignação entre usuários e organizações de proteção animal.

    No vídeo, Ross mostra um dispositivo apelidado por ele de “opossum launcher”, que atrai o animal com comida e o projeta para o alto assim que ele pisa na plataforma. O gambá cai no chão logo depois, enquanto o influenciador faz comentários em tom de humor. Embora Ross seja conhecido por pegadinhas e invenções excêntricas, o conteúdo foi amplamente criticado por suposta crueldade contra animais silvestres.

    Segundo o site TMZ, o gabinete do xerife do condado de Sarasota recebeu dezenas de denúncias assim que o vídeo começou a circular. A Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida informou que está trabalhando com o Ministério Público local para apurar possíveis infrações ambientais. Em nota, o órgão confirmou que o caso está sob análise e que medidas legais podem ser tomadas dependendo da conclusão da investigação.

    Notícias ao Minuto [Legenda]© Reprodução- Redes Sociais  

    A repercussão negativa rapidamente tomou as redes do influenciador, que soma mais de dois milhões de seguidores no Instagram. Internautas passaram a exigir responsabilização e criaram inclusive uma petição online pedindo sua prisão. Em perfis estrangeiros especializados em cultura digital, como o Dexerto, Ross foi apontado como reincidente em conteúdos polêmicos, já que vídeos anteriores também mostravam invenções que envolviam animais ou situações de risco.

    Até o momento, o influenciador não comentou publicamente a investigação. As autoridades seguem analisando o material para determinar se houve violação das leis da Flórida relacionadas a maus-tratos e interferência com vida selvagem.

    Influenciador dos EUA é investigado após lançar gambás em vídeos virais

  • Espanha pode abater 60 mil javalis após foco de peste suína africana

    Espanha pode abater 60 mil javalis após foco de peste suína africana

    Após a confirmação de 13 casos de peste suína africana em javalis perto de Barcelona, o governo catalão lançou um plano para cortar a população desses animais pela metade, temendo impactos na agricultura, na segurança e na poderosa indústria suinícola espanhola.

    O governo da Catalunha, no nordeste da Espanha, anunciou que pretende reduzir pela metade a população de javalis selvagens da região após a confirmação de 13 casos de peste suína africana (PSA) nesses animais. O surto foi identificado no fim de novembro dentro do Parque Natural de Collserola, que fica na área metropolitana de Barcelona.

    A informação foi apresentada pelo conselheiro de Agricultura do governo catalão, Òscar Ordeig, durante uma audiência no Parlamento regional. Segundo ele, o plano prevê o abate de mais de 60 mil javalis, já que a população atual é estimada em cerca de 125 mil animais.

    Novos testes realizados na terça-feira confirmaram que a PSA não atingiu nenhuma das 55 granjas de suínos localizadas num raio de 20 quilômetros do foco inicial. Por enquanto, continuam confirmados apenas os 13 casos em javalis, sem novos registros nos últimos dias.

    Mesmo assim, o governo catalão formou um grupo de trabalho para lidar com a sobrepopulação de javalis, um problema que já vinha sendo apontado por ambientalistas, agricultores e até pelo setor de transporte. O grupo reúne órgãos públicos, entidades setoriais e representantes de caçadores.

    Hoje, a Catalunha tem uma média de 6,3 javalis por quilômetro quadrado. A meta é reduzir esse número para, no máximo, quatro por quilômetro quadrado, o que exigirá diminuir cerca de 50% da população total. O governo argumenta que os animais representam riscos importantes: estão ligados a 90% dos acidentes envolvendo fauna, transmitem doenças como a PSA e provocam prejuízos expressivos em lavouras.

    Após a confirmação da doença, milhares de militares, policiais e equipes ambientais foram mobilizados para ações de contenção, captura, monitoramento e desinfecção na região afetada. A Espanha não registrava casos de PSA desde 1994.

    A PSA não oferece risco aos seres humanos, mas é altamente contagiosa e letal entre suínos e javalis. O impacto econômico é significativo: a Espanha é o maior produtor de carne suína da União Europeia e o terceiro maior do mundo, exportando cerca de 8,8 bilhões de euros por ano. Até agora, cerca de 40 países já suspenderam temporariamente as importações de carne suína espanhola.

    O governo espanhol informou que investiga a possibilidade de o foco ter se originado em um laboratório, hipótese levantada após as primeiras análises.

    Espanha pode abater 60 mil javalis após foco de peste suína africana

  • Maduro canta “Don’t Worry, Be Happy” em meio a tensão com os EUA

    Maduro canta “Don’t Worry, Be Happy” em meio a tensão com os EUA

    Presidente da Venezuela pediu calma à população e ironizou ameaças de Trump com trecho da música. Episódio ocorreu no mesmo dia em que os EUA apreenderam um petroleiro próximo à costa venezuelana.

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, resolveu cantar “Don’t Worry, Be Happy”, de Bobby McFerrin, durante um comício para pedir calma à população em meio ao aumento da tensão com os Estados Unidos.

    “Aos cidadãos americanos que são contra a guerra, respondo com uma canção muito famosa: ‘Don’t Worry, Be Happy’”, declarou Maduro na quarta-feira, antes de começar a cantarolar o sucesso de 1988.

    “Não à guerra, sejam felizes. Não, não à guerra louca, não, sejam felizes”, afirmou o presidente venezuelano.

    A cena ocorreu horas depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que os dias de Maduro “estão contados” e que não descartava uma invasão terrestre da Venezuela por tropas norte-americanas.

    Na noite de quarta-feira, Trump também anunciou que forças norte-americanas apreenderam um petroleiro próximo à costa venezuelana. “Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um grande petroleiro, muito grande, o maior já apreendido, na verdade”, disse o presidente, segundo a BBC.

    A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que se trata de um navio usado para transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã.

    Em resposta, o governo venezuelano classificou a apreensão como “um roubo descarado e um ato de pirataria internacional”.

    Os EUA mantêm, há semanas, um amplo destacamento naval no mar do Caribe, perto da Venezuela. O governo Maduro considera a operação uma ameaça e uma tentativa de promover mudança de regime no país.

     

    Maduro canta “Don’t Worry, Be Happy” em meio a tensão com os EUA

  • Trump captura petroleiro perto da Venezuela, e Maduro fala em 'interferência brutal'

    Trump captura petroleiro perto da Venezuela, e Maduro fala em 'interferência brutal'

    A captura do navio cargueiro ocorreu em águas internacionais, e a tripulação não ofereceu resistência, afirmou o governo americano. Segundo a imprensa dos EUA, trata-se do petroleiro Skipper, de bandeira da Guiana

    (CBS NEWS) – Na escalada mais grave da crise militar entre os Estados Unidos e a Venezuela até aqui, as Forças Armadas americanas capturaram um petroleiro em águas próximas à costa do país sul-americano, informou nesta quarta-feira (10) o presidente Donald Trump.

    A captura do navio cargueiro ocorreu em águas internacionais, e a tripulação não ofereceu resistência, afirmou o governo americano. Segundo a imprensa dos EUA, trata-se do petroleiro Skipper, de bandeira da Guiana. Plataformas de rastreamento apontam que a última viagem da embarcação foi entre o porto de Basra, no Iraque, e Georgetown, capital guianense.

    A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem uma economia dependente de exportações dessa commodity.

    “Acabamos de tomar um petroleiro na costa da Venezuela -um navio muito grande, o maior já capturado, na verdade. Outras coisas também estão acontecendo, vocês verão mais tarde”, disse Trump à imprensa, sem entrar em detalhes. Pouco depois, o presidente disse que o petroleiro foi interceptado “por uma ótima razão”.

    Em resposta, o ditador Nicolás Maduro afirmou em comunicado que a Venezuela “exige o fim da intervenção brutal e ilegal dos Estados Unidos” no país. Trump, questionado sobre o que aconteceria com o navio e sua carga de petróleo venezuelano, respondeu: “Acho que vai ficar conosco”.

    Na mesma conversa com a imprensa, o republicano ameaçou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro: “é melhor ele ficar esperto, ou será o próximo. Espero que ele esteja escutando: será o próximo”. Trump também acusa a Colômbia de enviar cocaína aos EUA.

    Nesta quarta, Petro pediu anistia geral e um governo de transição para a Venezuela, insistindo em saída pacífica para a crise. O presidente colombiano é alvo de sanções americanas, acusado de “contribuir com o tráfico de drogas” -não há qualquer prova que sustente a afirmação.

    Mais tarde, o chanceler da Venezuela, Yván Gil, chamou a captura do petroleiro de “ato de pirataria internacional”. “Não é a primeira vez que [Trump] admite (…) que seu objetivo é ficar com o petróleo venezuelano”, afirmou Gil.

    A captura do petroleiro amplia o cerco militar de Washington contra o regime de Maduro, considerado ilegítimo pelos EUA e contra o qual o republicano já ameaçou fazer bombardeios diretos e enviar tropas em meio a sua campanha de ataques a embarcações no Caribe -com um saldo de 87 mortes até aqui.

    Apesar da intensa pressão militar contra a Venezuela, essa é a primeira vez que Washington interfere diretamente na principal fonte de arrecadação do regime de Maduro -suas exportações de petróleo, que têm a China como principal destino.

    A secretária de Justiça dos EUA, Pam Bondi, disse que a captura foi conduzida pelo FBI (a polícia federal americana), e pelos Departamento de Segurança Interna e de Defesa com o objetivo de tomar um navio “usado para transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã” que seria usado para “financiar organizações terroristas”.

    A indústria petrolífera venezuelana está sob sanções econômicas dos EUA há anos, embora a americana Chevron tenha permissão para operar no país ao lado da PDVSA, a empresa estatal de petróleo de Caracas. Autoridades do governo Trump disseram à Bloomberg que o petroleiro capturado era alvo de sanções relacionadas a comércio com o Irã e que havia saído de um porto venezuelano sem se identificar com a bandeira de nenhum país. Outros membros do governo afirmaram ao jornal The New York Times que o navio exibia uma bandeira falsa e estava carregado de petróleo venezuelano.

    Segundo especialistas, um bloqueio dos EUA contra exportações da Venezuela -o que seria um ato de guerra- asfixiaria a economia venezuelana, aumentando ainda mais a pressão pela saída de Maduro. Por outro lado, uma ação como essa poderia aumentar críticas de países latino-americanos, como o Brasil.

    O presidente Lula (PT) disse no último dia 3 que pediu a realização de ações conjuntas de combate ao crime organizado com o emprego de inteligência, sem a necessidade do uso de armas, em referência implícita aos ataques americanos no Caribe.

    Desde setembro deste ano, as Forças Armadas dos EUA já mataram 87 pessoas em pequenas embarcações que, segundo a Casa Branca, pertenciam a organização criminosas e transportavam drogas destinadas aos EUA. O governo Trump não apresentou provas robustas para sustentar a afirmação.

    Também nesta quarta, a Câmara dos EUA aprovou um projeto que pressiona o Pentágono a divulgar o vídeo completo de um desses ataques, que matou 11 pessoas. O texto, que ainda precisa ter aprovação do Senado e depois aval de Trump, condiciona parte do orçamento de viagens do secretário de Defesa, Pete Hegseth, à liberação do material e à transparência sobre as dezenas de ofensivas na América Latina.

    Washington aumentou sua presença militar no Caribe, deslocando para a região caças, cerca de 15 mil soldados e o maior navio de guerra do mundo, o porta-aviões nuclear USS Gerald Ford. Embora o governo fale em operação contra o tráfico de drogas, a pressão para que Maduro deixe o poder é clara.

    Membros da linha dura da Casa Branca defendem uma intervenção direta com o objetivo de derrubar Maduro no poder. Já outras alas incentivam que Trump aceite a suposta proposta feita por Maduro de dar aos EUA participação significativa na indústria petrolífera da Venezuela.

    No último dia 30, Trump confirmou ter conversado por telefone com o venezuelano. O ditador disse que a ligação foi cordial e em tom de respeito, mas o cerco militar contra seu regime só cresceu desde então.

    A captura do petroleiro ocorre ainda depois de o governo Trump tornar pública a nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA. O documento coloca a América Latina novamente em foco e revive a Doutrina Monroe, preceito que estabelece o continente como esfera de influência de Washington e foi utilizado para justificar uma série de intervenções em países da região no passado.

    Trump captura petroleiro perto da Venezuela, e Maduro fala em 'interferência brutal'

  • Trump diz ter interceptado petroleiro próximo à Venezuela

    Trump diz ter interceptado petroleiro próximo à Venezuela

    A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo e tem uma economia dependente de exportações dessa commodity

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em escalada mais grave da crise militar entre os Estados Unidos e a Venezuela até aqui, as Forças Armadas americanas interceptaram um petroleiro em águas próximas à costa do país sul-americano, informou nesta quarta-feira (10) o presidente Donald Trump.

    Ainda não se sabe a bandeira do navio cargueiro nem se a interceptação ocorreu em águas territoriais venezuelanas ou internacionais. O país possui as maiores reservas de petróleo do mundo e tem uma economia dependente de exportações dessa commodity.

    “Acabamos de tomar um petroleiro na costa da Venezuela -um navio muito grande, o maior já interceptado, na verdade. Outras coisas também estão acontecendo, vocês verão mais tarde”, disse Trump à imprensa, sem entrar em detalhes. Mais tarde, o presidente disse que o petroleiro foi interceptado “por uma ótima razão”. Com isso, Trump amplica o cerco militar de Washington contra o regime de Nicolás Maduro, considerado ilegítimo pelos EUA.

    Segundo a agência de notícias Reuters, a interceptação teria sido realizada pela Guarda Costeira americana. Apesar da intensa pressão militar contra a Venezuela, essa é a primeira vez que o governo Trump interfere diretamente com a principal fonte de arrecadação do regime de Maduro -suas exportações de petróleo, que têm como destino principalmente a China.

    A indústria petrolífera venezuelana está sob sanções econômicas dos EUA há anos, embora a americana Chevron tenha permissão para operar no país ao lado da PDVSA, a empresa estatal de petróleo de Caracas. Funcionários do governo Trump disseram ao site Bloomberg que o petroleiro interceptado era alvo de sanções relacionadas a comércio com o Irã, e que o navio havia saído de um porto venezuelano sem se identificar com a bandeira de nenhum país.

    Segundo especialistas, um bloqueio dos EUA contra exportações da Venezuela -o que seria um ato de guerra- asfixiaria a economia venezuelana, aumentando ainda mais a pressão pela saída de Maduro. Por outro lado, uma ação como essa poderia aumentar críticas de países latino-americanos, como o Brasil.

    O presidente Lula (PT) disse no último dia 3 que pediu a realização de ações conjuntas de combate ao crime organizado com o emprego de inteligência, sem a necessidade do uso de armas, em referência implícita aos ataques americanos no Caribe.

    Desde setembro deste ano, as Forças Armadas dos EUA já mataram mais de 80 pessoas em pequenas embarcações que, segundo a Casa Branca, pertenciam a organização criminosas e transportavam drogas destinadas aos EUA. O governo Trump não apresentou provas robustas para sustentar a afirmação.

    Ao mesmo tempo, Washington aumentou consideravelmente sua presença militar no Caribe, deslocando para a região caças, cerca de 15 mil soldados e o maior navio de guerra do mundo, o porta-aviões nuclear USS Gerald Ford. Embora o governo fale em operação contra o tráfico de drogas, a pressão para que Maduro deixe o poder é clara.

    Membros da linha dura da Casa Branca, como o secretário de Estado, Marco Rubio, defendem uma intervenção direta com o objetivo de derrubar Maduro no poder. Já outras alas incentivam que Trump aceite a suposta proposta feita por Maduro de dar aos EUA participação significativa na indústria petrolífera da Venezuela.

    No último dia 30, Trump confirmou ter conversado por telefone com o venezuelano. O ditador disse mais tarde que a ligação foi cordial e em tom de respeito, mas o cerco militar contra seu regime só cresceu desde então.

    A interceptação do petroleiro ocorre dias depois de o governo Trump tornar pública a nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA. O documento coloca a América Latina novamente em foco e revive a Doutrina Monroe, preceito que estabelece o continente como esfera de influência de Washington e foi utilizado para justificar uma série de intervenções em países da região no passado.

    Trump diz ter interceptado petroleiro próximo à Venezuela