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  • 'Cápsula do tempo pré-histórica': tesouro de 5 mil anos é achado em pântano

    'Cápsula do tempo pré-histórica': tesouro de 5 mil anos é achado em pântano

    As estruturas estavam protegidas em um ambiente sem oxigênio, que impediu a decomposição, e foram encontradas um pântano da região de Gerstaberg, próximo a Järna

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Arqueólogos suecos revelaram uma verdadeira “cápsula do tempo” pré-histórica. Em um pântano da região de Gerstaberg, próximo a Järna, foram achados troncos, estacas e trançados de vime usados há cerca de 5 mil anos. Confira os detalhes da descoberta.

    As estruturas estavam protegidas em um ambiente sem oxigênio, que impediu a decomposição. Segundo o Arkeologerna, órgão ligado aos Museus Históricos Estaduais (SHM), “o trabalho será documentado com filmes nas redes sociais e, quando o projeto estiver concluído, as estruturas de madeira e o ambiente ao redor serão recriados em 3D, para que todos possamos fazer um passeio digital direto para a Idade da Pedra”.

    Entre os achados estão bastões entalhados, que podem ter servido de bengalas, e vestígios de cestos ou armadilhas de pesca. Há também evidências de fogueiras e de uma pequena construção de madeira, possivelmente usada para processar alimentos.

    As datações por carbono-14 indicam duas fases de uso: de 3.300 a 2.900 a.C. e de 2.900 a 2.600 a.C., informou o Arkeologerna. O local, nesta sexta-feira (12) um pântano, já foi um lago rico em vida. Em suas margens crescia a castanha-d’água (Trapa natans), fruto com casca dura e espinhos longos, nutritivo e importante na dieta de comunidades neolíticas.

    O espinheiro-marítimo (sea buckthorn), outra planta identificada, produzia bagas alaranjadas usadas como alimento. Estudos mostram que esses frutos eram consumidos tanto crus quanto cozidos e serviam de base para a subsistência de caçadores-coletores em várias regiões da Europa e da Ásia.

    ACESSO PROFUNDO EM BUSCA DE ALIMENTOS

    Os arqueólogos acreditam que as passarelas de madeira permitiam acessar áreas mais profundas do lago para colher essas plantas ou pescar. “As toras e estacas de madeira são parte de um sofisticado sistema de passarelas ou pontes, usado para alcançar partes remotas do lago”, explica reportagem do portal Heritage Daily.

    Ainda não se sabe qual grupo neolítico ocupava a área. Sítios vizinhos indicam relação com a cultura Pitted Ware, ativa entre 3.500 e 2.300 a.C. Essa sociedade mantinha o modo de vida de caça e pesca mesmo após a chegada da agricultura, além de realizar comércio e longas viagens pelo mar Báltico.

    Descoberta ajuda a entender como os povos antigos aproveitavam os recursos naturais e pode transformar o local em atração turística. Quando o estudo terminar, será possível fazer uma visita virtual e caminhar, digitalmente, sobre a ponte de madeira da Idade da Pedra.

    'Cápsula do tempo pré-histórica': tesouro de 5 mil anos é achado em pântano

  • Trump anuncia Guarda Nacional em Memphis e diz que poderia trocar prefeita de Washington

    Trump anuncia Guarda Nacional em Memphis e diz que poderia trocar prefeita de Washington

    Presidente americano afirma que cuidará do crime em cidade do Tennessee e que tem apoio do governo local para intervenção; republicano precisaria de aval do Congresso para retirar Muriel Bowser da gestão da capital americana

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (12) que vai enviar a Guarda Nacional para a cidade de Memphis, no estado do Tennessee.

    Segundo o republicano, tanto o prefeito quanto o governador concordam com a interferência federal. A intenção, disse Trump, é combater a taxa da criminalidade.

    “A cidade está passando por sérios problemas. Vamos resolver isso como resolvemos em Washington”, disse. Trump acrescentou, porém, que ele preferia ir a Chicago.

    O presidente exaltou a intervenção que ele fez em Washington, com o envio da Guarda Nacional, e a tomada de controle da polícia local. Ele disse que na capital americana ele tem mais ascendência, por ser um distrito, e afirmou até que, se quiser, “pode trocar a prefeita”.

    Trump voltou a dizer que poderia federalizar o Distrito de Colúmbia, onde fica Washington, se quisesse. Segundo especialistas, porém, ele teria de pedir autorização do Congresso para alterar a lei que garante certa autonomia à capital americana. A declaração desta sexta, porém, não foi feita em tom de ameaça como das outras vezes. O presidente americano diz que a prefeita de Washington, Muriel Bowser, gostaria de que ele mantivesse a intervenção na capital, indicando estar com boa relação com ela.

    “A prefeita é muito liberal. E agora, de repente, ela começa a ser exaltada pela população”, disse.

    Trump já ameaçou tomar conta de Washington outras vezes. No final de agosto, havia dito que, por ocupar o cargo de chefe do Executivo americano, tem o direito de fazer o que bem entender. Ele comentava a possibilidade de determinar o envio de forças federais também para Chicago, após medida semelhante na capital, Washington.

    “Eu tenho o direito de fazer tudo o que eu quiser. Eu sou o presidente dos Estados Unidos”, disse Trump à época. “Se eu acho que nosso país está em perigo, e ele está em perigo nessas cidades, eu posso fazer isso [determinar o envio de forças para Chicago]. Não tenho problema em entrar e resolver as dificuldades.”

    Trump anuncia Guarda Nacional em Memphis e diz que poderia trocar prefeita de Washington

  • Trump agora diz que paciência com Putin está acabando

    Trump agora diz que paciência com Putin está acabando

    Presidente americano está sob pressão da Europa por reação frágil à incursão de drones na Polônia; ele ameaça sanções a países que financiam a guerra na Ucrânia comprando petróleo russo, o que pode afetar o Brasil

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Pressionado pela Europa por sua complacência com Vladimir Putin, o presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (12) que sua paciência com presidente russo está acabando. “Meio que está acabando, e acabando rapidamente”, disse à Fox News.

    É um roteiro conhecido. Trump já emitiu vários ultimatos a Putin, visando que o colega aceite uma trégua na Guerra da Ucrânia, só para depois contemporizar. No caso mais vistoso, disse em julho que daria um prazo final para isso, só para em agosto convidar o russo para uma visita grandiosa ao Alasca.

    Logo depois do episódio, em 15 de agosto, o americano recebeu na Casa Branca Volodimir Zelenski e líderes europeus, e anunciou uma cúpula tipartite dele com os rivais. Depois, o formato reuniria só o russo e o ucraniano e, por fim, ele disse que “daria uma ou duas semanas” para ver o que Putin faria.

    Isso expirou e nada aconteceu, apesar de o Departamento do Tesouro ter dito estar pronto para aplicar sanções econômicas novas para pressionar Moscou. Trump repetiu à Fox News que os setores bancário e de petróleo russo podem ser atingidos. Só que a situação se agravou nesta semana.

    Na quarta (10), 21 drones russos que participavam teoricamente de um ataque à Ucrânia cruzaram a fronteira e violaram o espaço aéreo da Polônia, membro da Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

    A Rússia disse que foi um acidente, versão que Trump comprou na quinta (11), quando disse que o incidente “parece ter sido um erro”. Antes, ele havia postado uma mensagem ambígua sobre o episódio, que podia ser lida como uma sugestão de que a reação europeia era exagerada.

    Na entrevista desta sexta, Trump disse algo incompreensível ao ser questionado sobre o tema. “Não vou defender ninguém, exceto a Polônia. Eles [drones] foram derrubados e caíram em uma área, mas você não deveria estar perto da Polônia de qualquer maneira.”

    A Polônia não havia gostado antes e, também nesta sexta, o chanceler Radoslaw Sikorski disse que discordava de Trump. Para ele, a incursão foi intencional. Até aqui, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse não te certeza do que aconteceu, mas ele concederá uma entrevista nesta sexta para falar do assunto.

    No resto da Europa, a avaliação de que Moscou estava testando a rapidez de reação da Otan, que mobilizou caças para pela primeira vez desde o início da guerra em 2022 derrubar drones russos em seu espaço aéreo, é consensual.

    Para completar, Moscou iniciou esta sexta um megaexercício militar perto da fronteira ocidental, em conjunto com a aliada Belarus. E o Kremlin anunciou que as conversas diretas com a Ucrânia “estão pausadas”.

    Resta agora saber se Trump apenas seguirá se queixando ou tomará alguma medida. As sanções mais duras que já ameaçou seriam contra países aliados de Moscou que compram energia russa. No caso do petróleo, China e Índia ficam com mais de 80% da produção do país de Putin, e o Brasil leva quase 15% do diesel.

    Os indianos já foram punidos pela compra de forma arbitrária, com uma sobretaxa de importação de 50% aplicada pelos EUA. Nenhum europeu comprador de energia russa foi afetado, assim como a China.

    Em campo, a guerra segue. A Ucrânia lançou uma grande quantidade de drones contra a Rússia nesta noite, com monitores apontando até 300 aparelhos. Ao menos sete deles foram derrubados rumo a Moscou.

    Na mão inversa, além de ataques aéreos, os russos anunciaram a conquista de mais uma cidade na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, que não faz parte da lista de desejos de Putin para encerrar o conflito.

    Trump agora diz que paciência com Putin está acabando

  • Megaexercício militar da Rússia eleva tensão com a Otan

    Megaexercício militar da Rússia eleva tensão com a Otan

    Manobra anual ocorre após incursão de drones na Polônia, que rebate Trump e diz que ela foi intencional; ação envolve Belarus, vizinha de países da aliança, e inclui simulação de combate convencional e nuclear

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Rússia iniciou com a Belarus nesta sexta-feira (12) um megaexercício militar que, apesar de ser uma manobra anual conhecida, ocorre dois dias depois que drones do Kremlin violaram o espaço aéreo da Polônia, elevando ainda mais a tensão com a aliança Otan.

    O premiê polonês, Donald Tusk, chamou o Zapad (Ocidente, em russo) uma ação “muito agressiva” perto de suas fronteiras e de outros membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos, como os Estados Bálticos e os novos integrantes do clube, Finlândia e Suécia.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as preocupações europeias são “emoções resultantes de hostilidade contra a Rússia” no contexto da Guerra da Ucrânia. Ele reiterou que as manobras são de natureza defensiva, e nesta semana o presidente Vladimir Putin havia dito que não tem intenção alguma de atacar a Otan.

    Desde 2009, o Kremlin promove exercícios gigantes de forma rotativa entre seus principais distritos militares. Há o Zapad, o Vostok (Leste), o Kavzak (Cáucaso) e o Tsentr (Centro), quase sempre com a participação de aliados como a China, o Irã e Belarus.

    O Zapad é o mais sensível de todos por ocorrer junto às fronteiras, águas e espaço aéreo da Otan. Em 2021, ele foi enorme, com 200 mil homens, e parte do seu treinamento foi visto como um ensaio para a invasão da Ucrânia em fevereiro do ano seguinte -parte dos militares mobilizados nem chegou a voltar para casa.

    Neste ano, até pelo emprego de forças no país vizinho, a escala do Zapad foi reduzida. Como ainda é membro da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, a Rússia precisa notificar quaisquer exercícios militares com mais de 9.000 soldados, e a partir de 13 mil tem de convidar observadores externos.

    A saída para driblar isso e confundir analistas sobre o real tamanho das manobras sempre foi picar os exercícios em dias e teatros de operações diferentes. Com a guerra, deixou até de ser uma questão, então pouco se sabe dos detalhes operacionais agora.

    Segundo o Ministério da Defesa de Belarus, haveria cerca de 6.000 soldados operando em seu solo, de ambos os aliados, que formam um aliança chamado Estado da União -na prática, desde que Putin auxiliou o ditador Aleksandr Lukachenko a acabar com a revolta iniciada após mais uma vitória fraudulenta em eleição em 2020, o vizinho virou uma espécie de vassalo do Kremlin.

    Inicialmente, Belarus, que está em processo de aproximação com os EUA de Donald Trump, disse que evitaria manobras perto das fronteiras ocidentais. A Polônia inclusive fechou as suas com o país, por via das dúvidas.

    Mas também saiu de lá a confirmação do que todos sabem, mas ninguém confirma: a culminação do Zapad, que simula a repulsa de uma invasão e a reconquista de territórios, será um exercício de ataque com armas nucleares táticas, aquelas que teoricamente são empregadas apenas em campo de batalha de forma mais limitada.

    Pelo vídeo divulgado pela Defesa russa nesta sexta, a mobilização é multimeios: há imagens de navios e submarinos das frotas do Norte e do Báltico indo ao mar, tanques, infantaria, helicópteros e até a decolagem de um bombardeiro estratégico Tu-160.

    O Zapad acaba na terça (16), garantindo um fim de semana de tensões elevadas. Nesta sexta, a Otan irá divulgar as medidas que tomará em resposta à incursão da quarta (10), que Moscou disse não ter sido intencional, sugerindo que os drones se perderam durante um mega-ataque à Ucrânia.

    Pode ser, mas o fato é que o episódio testou a rapidez de mobilização da Otan, que enviou caças holandeses para ajudar os poloneses a derrubar um número incerto de aparelhos. Ao todo, Varsóvia contou 21 drones invasores.

    Em entrevista à Fox News, o chanceler Radoslaw Sikorski afirmou que “é difícil de acreditar” que a ação tenha sido acidental. Ele aproveitou para se queixar dos EUA, já que Donald Trump fez comentários evasivos sobre o caso, apenas dizendo “não estar feliz” com o ocorrido e que “pode ter sido um erro” da Rússia.

    “Nós devemos ter sanções, mas no lugar delas tivemos o Alasca”, afirmou Sikorski, em referência à recepção pomposa que Trump ofereceu a Putin no gélido estado no mês passado.

     

     

    Megaexercício militar da Rússia eleva tensão com a Otan

  • ONU: Coreia do Norte executa quem distribui programas de TV estrangeiros

    ONU: Coreia do Norte executa quem distribui programas de TV estrangeiros

    Relatório de direitos humanos destaca repressão às liberdades individuais no país mais restritivo do mundo

    A Organização Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório nesta sexta-feira (12), onde relata que a Coreia do Norte executou pessoas por distribuir programas de televisão estrangeiros, incluindo dramas populares sul-coreanos, como parte de uma repressão às liberdades individuais.

    De acordo com o ‘The Guardian, que teve acesso aos documentos, a vigilância para conteúdos de fora se tornou mais difundida desde 2014 com a ajuda de novas tecnologias, enquanto as punições se tornaram mais severas — incluindo a introdução da pena de morte.

    O documento de 14 páginas foi baseado em entrevistas com mais de 300 testemunhas e vítimas que fugiram do país e relataram a erosão ainda maior das liberdades.

    James Heenan, chefe do escritório de direitos humanos da ONU para a Coreia do Norte, disse que o número de execuções por crimes comuns e políticos aumentou desde as restrições da era da Covid-19. Um grande número de pessoas já teria sido executado por distribuir séries de TV estrangeiras, incluindo os populares K-dramas de seu vizinho do sul, ele acrescentou. “Sob as leis, políticas e práticas introduzidas desde 2015, os cidadãos têm sido submetidos a maior vigilância e controle em todas as áreas da vida”, afirma a conclusão do relatório.

    Questionada pelo jornal britânico, a missão diplomática da Coreia do Norte em Genebra e sua embaixada em Londres não comentaram o assunto. O governo da Coreia do Norte disse em resposta aos investigadores de direitos humanos da ONU que rejeitou uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU autorizando o último relatório.

    Às vezes, crianças são obrigadas a trabalhar em trabalhos forçados, incluindo “brigadas de choque” para setores difíceis, como mineração de carvão e construção, disse Heenan de Seul.

    Por outro lado, o relatório também apontou algumas melhorias limitadas, como redução do uso de violência por guardas em centros de detenção e novas leis que parecem fortalecer as garantias de um julgamento justo.

    ONU: Coreia do Norte executa quem distribui programas de TV estrangeiros

  • Imprensa internacional repercute condenação de Bolsonaro

    Imprensa internacional repercute condenação de Bolsonaro

    O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado

    A imprensa internacional repercutiu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

    Os jornais destacaram o ineditismo da decisão, que confronta o histórico de golpes militares do País, mas relembraram que, embora condenado, Bolsonaro seguirá no centro do debate político brasileiro, em meio às articulações no Congresso por um perdão que possa alcançá-lo. A possibilidade de uma anistia ao ex-presidente foi rebatida por ministros do STF durante o julgamento.

    O jornal The New York Times, dos Estados Unidos, destacou que a condenação do ex-presidente é uma “decisão histórica” no Brasil. “Em pelo menos 15 golpes militares ou tentativas desde que o Brasil derrubou sua monarquia, em 1889, esta é a primeira vez que os líderes dessas conspirações foram condenados”, afirmou o jornal. Segundo o Times, a condenação também sela o destino de Bolsonaro, deixando o campo político de direita “sem um líder claro”.

    O jornal ainda relembrou as sanções dos Estados Unidos ao Brasil, mas afirmou que o País “se manteve firme” na condução do processo. “O governo Trump deixou claro que está pronto para continuar a luta”, disse a publicação.

    O jornal El País, da Espanha, também destacou que, apesar de “forte pressão” dos Estados Unidos, o julgamento contra o ex-presidente e aliados foi concluído. “Nestes tempos amargos para a democracia global, o veredicto do Brasil envia uma mensagem poderosa para o resto do mundo: a Justiça pode punir aqueles que minam a ordem constitucional e as instituições”, afirmou o jornal espanhol.

    “No entanto, pode ser uma vitória temporária. Aliados de Bolsonaro pisaram no acelerador para que o Congresso aprove uma anistia que liberte o ex-presidente e outros condenados pela tentativa de golpe”, completou a publicação.

    A condenação do ex-presidente também foi destaque no The Wall Street Journal. Segundo a publicação, o julgamento ocorreu em meio a “opinião pública profundamente dividida”. O jornal destacou a campanha por sanções ao País promovida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, descrito como um “lobista na Casa Branca”, mas relembrou que, segundo mensagens obtidas por uma investigação da Polícia Federal, as tarifas adicionais contra produtos do Brasil “provocaram brigas internas na própria família Bolsonaro”.

    O Le Monde, da França, destacou a condenação como causa de uma “crise sem precedentes entre a principal potência da América Latina e os Estados Unidos”, repercutindo a declaração de Donald Trump de que o processo contra o ex-presidente brasileiro era “muito parecido com o que tentaram fazer comigo”. “Esta é a primeira vez que um ex-chefe de Estado teve que responder a tais acusações, em um país ainda assombrado pela memória da ditadura militar”, disse o jornal francês.

    O The Guardian, do Reino Unido, destacou que, apesar da condenação de Bolsonaro, paira no Brasil “a percepção de que seu movimento político continua vivo”. “Alguns temem que o questionamento da competência do STF sobre o caso possa abrir a porta para desafios legais e até mesmo a anulação do julgamento no futuro”, observou o jornal britânico, relembrando a articulação no Congresso para aprovar uma anistia aos mandantes e executores dos atos de 8 de janeiro de 2023.

    O Clarín, da Argentina, afirmou que, “aos 70 anos, Bolsonaro enfrenta a perspectiva de passar o resto de seus dias na prisão ou em prisão domiciliar”.

    Além de Bolsonaro, seis dos oito réus do núcleo crucial receberam penas pesadas. Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil) foi condenado a 26 anos em regime inicial fechado; Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), a 24 anos em regime inicial fechado; Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), a 24 anos em regime inicial fechado; Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), a 21 anos em regime inicial fechado; Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), a 19 anos em regime inicial fechado; Alexandre Ramagem, 16 anos e 1 mês, em regime inicial fechado. O tenente-coronel Mauro Cid recebeu uma pena de 2 anos em regime aberto.

    Imprensa internacional repercute condenação de Bolsonaro

  • Estudante Tyler Robinson confessa ter matado Charlie Kirk

    Estudante Tyler Robinson confessa ter matado Charlie Kirk

    Tyler Robinson, suspeito de assassinar Charlie Kirk, estudava na Universidade Estadual de Utah e tinha um bom desempenho escolar, segundo a imprensa americana

    Nesta quinta-feira (11), o estudante Tyler Robinson, de 22 anos, foi preso por suspeita de assassinar o ativista americano Charlie Kirk na Universidade de Utah. O jovem é filho de um veterano da polícia.

    De acordo com informações da rede CBS, Tyler é o filho mais velho de uma família com três filhos homens e morava no condado de Washington, a mais de 400 quilômetros do local do crime. 

    O jovem estudava na mesma universidade que teria cometido o crime e tinha um bom desempenho escolar, segundo a imprensa americana. Ele estaria na instituição com uma bolsa de estudos.

    Segundo o governador de Utah, Spencer Cox, familiares relataram que Robinson afirmava que Kirk era “cheio de ódio e espalhava o ódio”.

    O jovem teria confessado o crime ao pai, que é um veterano do Departamento do Xerife do Condado de Washington. O homem o manteve em custódia com ajuda de um pastor até a chegada da polícia. A prisão dele aconteceu no condado de St George, em outra área de Utah.

    RELEMBRE O CASO

    Charlie Kirk foi assassinado na quarta-feira, aos 31 anos. Ele foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah (EUA). O influenciador chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia.

    Confirmação da morte foi feita pelo próprio presidente dos EUA na sua rede social. “O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim”, escreveu Trump.

    Antes da prisão de Tyler, dois suspeitos foram detidos e liberados após interrogatório. A informação foi confirmada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em post no X. Eles foram considerados “pessoas de interesse”, mas não têm qualquer relação com o crime, segundo o FBI.

    QUEM ERA CHARLIE KIRK

    Charles James Kirk, conhecido como Charlie Kirk, nasceu a 14 de outubro de 1993, filho de um arquiteto e de uma conselheira de saúde mental. Cresceu nos subúrbios de Chicago e, aos 31 anos, era um influente ativista político conservador, tendo feito parte das campanhas eleitorais de Donald Trump. 

    O ativista deu os primeiros passos na política ainda na escola e, em 2012, quando tinha 18 anos, fundou a Turning Point USA (TPUSA), uma organização ultraconservadora que tem como objetivo promover políticas nos campus de escolas de ensino médio e universidades. 

    A organização ganhou fama, sobretudo, pelo seu site Professor Watchlist, que pretende denunciar professores que “discriminam estudantes conservadores e promovem propaganda esquerdista nas salas de aula”. Porém, era acusada de perseguir profissionais sem base, fatos ou registros.

    A Turning Point USA está presente em mais de 3.500 escolas e universidades dos 50 estados norte-americanos. Atualmente, conta ainda com várias organizações irmãs, como Turning Point Action, Turning Point Faith e Turning Point Academy.

    Além disso, Kirk afirmou-se como uma personalidade da mídia norte-americana, sendo apresentador do ‘The Charlie Kirk Show’, um programa no canal Real America’s Voice. Escreveu também livros, incluindo o bestseller ‘The MAGA Docrine: The Only Ideas That Will Win The Future’ [‘A Doutrina MAGA: As Únicas Ideias Que Vencerão o Futuro’, na tradução livre], escreve a BBC.

    A sua popularidade aproximou-o do republicano Donald Trump e, em 2020, liderou a ‘Students for Trump’ e promoveu uma campanha para recrutar um milhão de estudantes para a sua reeleição.

    Kirk destacou-se também pelas suas opiniões controversas em relação a temas como o aborto, religião e educação. Estas opiniões, destaca o Le Figaro, fizeram com que fosse adorado por uns e odiado por outros. O homem era conhecido por propagação de discurso de ódio, principalmente contra a comunidade LGBTQIA+, e defendia constantemente o uso de armas.

    Em 2021, casou-se com Erika Frantzve, ex-Miss Arizona. O casal tem dois filhos: um menino de um ano e uma menina de três.

    Estudante Tyler Robinson confessa ter matado Charlie Kirk

  • 'Acredito que autor de atentado contra Charlie Kirk foi preso', diz Trump

    'Acredito que autor de atentado contra Charlie Kirk foi preso', diz Trump

    Prisão foi confirmada nesta sexta-feira pelo presidente no programa Fox and Friends, da Fox News, mais de um dia após a caçada pelo suspeito

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O autor do atentado contra o ativista Charlie Kirk em uma universidade de Utah foi preso nesta sexta-feira (12) pela polícia nos Estados Unidos, afirmou o presidente Donald Trump.

    Prisão foi confirmada nesta sexta-feira pelo presidente no programa Fox and Friends, da Fox News, mais de um dia após a caçada pelo suspeito. Até encontrar o autor, o FBI interrogou duas pessoas de interesse que não estavam ligadas ao crime.

    “Alguém muito próximo a ele o reconheceu nas fotos”, afirmou o presidente, afirmando que alguém próximo ao suspeito o entregou. Segundo Trump, o pai do suspeito o reconheceu nas fotos e entrou em contato com um líder religioso, que buscou a polícia.

    Fotos e um vídeo do suspeito foram divulgados pelo FBI antes da prisão. A princípio, o órgão disse que tentaria identificar o homem por meios próprios, divulgando as imagens à imprensa somente se não conseguissem determinar quem era o homem.

    Arma do crime, um rifle de alta potência, foi encontrada abandonada em área de mata. Impressões de uma palma e pegadas foram analisadas pela equipe forense e ajudaram na identificação do suspeito.

    Autor do crime chegou à universidade pouco antes do meio-dia e usou escadas para subir em telhado, de onde atirou, segundo o FBI. Após cometer o crime, ele se misturou a estudantes e conseguiu fugir do local.

    RELEMBRE O CASO

    Charlie Kirk foi assassinado na quarta-feira, aos 31 anos. Ele foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah (EUA). O influenciador chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia, segundo a CBS.

    Confirmação da morte foi feita pelo próprio presidente dos EUA na sua rede social. “O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim”, escreveu Trump.

    Dois suspeitos foram detidos e liberados após interrogatório. A informação foi confirmada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em post no X. Eles foram considerados “pessoas de interesse”, mas não têm qualquer relação com o crime, segundo o FBI.

    QUEM ERA CHARLIE KIRK

    Ativista político apoiador de Trump era líder do Turning Point USA. A organização mobiliza eleitores jovens em seus eventos em universidades pelos EUA e levou muitos a votarem no Partido Republicano nas eleições do ano passado.

    Influenciador conservador acumulava mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais combinadas. O site Axios já o classificou como um dos dez influenciadores do mundo com maior engajamento.

    Com 31 anos, era casado e tinha dois filhos. Sua esposa, Erika Kirk, costuma publicar imagens da família em seu perfil no Instagram. Desde o começo do mês ela vinha fazendo uma contagem regressiva para um anúncio relacionado à família, que estava planejado para acontecer no dia 16 deste mês.

    Kirk fundou e presidia a Turning Point USA. A organização sem fins lucrativos organiza eventos e atividades em faculdades e escolas de ensino médio defendendo valores conservadores. A Turning Point USA está presente em cerca de 3.500 instituições de ensino em todos os 50 estados do país.

    Ele também apresentava o The Charlie Kirk Show. O programa é transmitido em cerca de 150 estações de rádio dos Estados Unidos e também é ouvido como podcast nas plataformas de áudio.

    'Acredito que autor de atentado contra Charlie Kirk foi preso', diz Trump

  • Fizeram com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo, diz Trump

    Fizeram com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo, diz Trump

    “É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum”, afirmou o presidente do Estados Unidos

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (11) ter ficado surpreso e muito descontente com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal), acusado de tentativa de golpe de Estado.

    O republicano não disse se aplicaria novas sanções a autoridades brasileiras, como foi questionado, mas afirmou que o STF conseguiu com Bolsonaro o que tentaram fazer com ele próprio nos EUA.

    “Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil. Ele era um homem bom, e não vejo isso acontecendo.”, afirmou, ao deixar a Casa Branca.

    Trump ainda classificou o julgamento como algo “terrível” e “ruim” para o Brasil.

    “Estou muito descontente com isso. Eu conheço o presidente Bolsonaro, não tão bem, mas o conheço como líder de um país. E sempre o considerei muito direto, muito excepcional, na verdade, como homem, um homem muito excepcional. Acho que é algo terrível. Muito terrível. Acho que é muito ruim para o Brasil”, disse Trump.

    Trump vê semelhança entre os casos porque se tornou réu, alvo de uma ação penal nos EUA, em agosto de 2023, acusado de tentar subverter as eleições de 2020.

    Em novembro de 2024, porém, após a eleição do republicano, o procurador especial Jack Smith, porém, pediu o arquivamento do caso. A decisão foi baseada no entendimento de que não se pode processar presidentes em exercício.

    O processo havia sido apresentado após uma investigação liderada por Smith sobre as ações de Trump para tentar se manter no poder que culminaram no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por uma multidão de seus apoiadores. Trump fez um discurso inflamado perto da Casa Branca na ocasião. O republicano, no entanto, conseguiu se livrar da ação e de suas consequências.

    Aliados de Bolsonaro esperam novas sanções a autoridades brasileiras -do Supremo e também do governo federal- diante do julgamento do ex-presidente.

    Estão no radar dos americanos restringir o visto de mais autoridades brasileiras e aplicar punições financeiras a mais pessoas. Há ainda conversas sobre suspender algumas das 700 exceções dadas pelo governo americano na aplicação de 50% das tarifas a produtos importados do Brasil.

    O governo Trump suspendeu a entrada nos EUA de Moraes e outros sete ministros do STF: Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. O PGR (Procurador-Geral da República), Paulo Gonet, também teve o visto suspenso.

    Os EUA cancelaram ainda o visto da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em uma suposta retaliação ao Programa Mais Médicos.

    Fizeram com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo, diz Trump

  • Jovens manifestantes do Nepal apoiam ex-presidente do Supremo para ser primeira-ministra interina

    Jovens manifestantes do Nepal apoiam ex-presidente do Supremo para ser primeira-ministra interina

    Organizadores dos protestos do Nepal defendem que a ex-presidente da Suprema Corte Sushila Karki assuma como primeira-ministra interina

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Os organizadores dos protestos do Nepal pediram nesta quinta-feira (11) a dissolução do Parlamento após protestos que já deixaram 34 mortos e levaram à renúncia do primeiro-ministro K.P. Sharma Oli, do Partido Comunista.

    O grupo também defende que a ex-presidente da Suprema Corte Sushila Karki, 73, assuma como primeira-ministra interina. Os atos eclodiram após uma proibição do uso de redes sociais no país anunciada na semana passada -a decisão foi revogada após os confrontos.

    Karki foi a primeira mulher nomeada chefe da Suprema Corte do Nepal em 2016 e hoje está aposentada. Seu nome foi proposto ao presidente e ao Exército pelos líderes do movimento dos protestos, segundo um representante dos manifestantes, Ojaswi Raj Thapa.

    “Não estamos tentando dissolver a Constituição”, afirmou Thapa. “Talvez precisemos de algumas mudanças, mas não queremos dissolvê-la.”

    Karki teria concordado em assumir a liderança interina, e esforços estão sendo feitos para encontrar uma via constitucional que permita sua nomeação, disse à Reuters uma pessoa familiarizada com o assunto, sob condição de anonimato.

    Segundo a mídia local, a magistrada estava em negociações com o presidente do país, Ramchandra Paudel, e o chefe do Exército, Ashok Raj Sigdel. Paudel prometeu nesta quinta (11) encontrar uma solução para a atual crise “o mais rápido possível”.

    O Exército anunciou que já capturou 200 presos que fugiram da prisão de Dilli Bazar, em Katmandu, após o local ter sido incendiado em meio aos confrontos.
    Os atos ficaram conhecidos como os protestos da “geração Z” (os nascidos de 1997 a 2012) por reunir adolescentes e jovens na faixa dos 20 anos. Os manifestantes atearam fogo no Parlamento e em casas de membros do governo.

    Após dois dias de confrontos, o Exército retomou o controle da capital, Katmandu, que está sob toque de recolher. Alguns serviços essenciais na cidade haviam sido reestabelecidos, mas soldados continuavam patrulhando as ruas enquanto lojas, escolas e faculdades permaneciam fechadas.

    A atual crise teve início com a divulgação de vídeos virais nas redes sociais contra os “nepo babies” da elite do país, filhos de políticos que ostentam vida luxuosa na internet e cujos pais são acusados de corrupção.

    O governo de Oli respondeu às críticas proibindo 26 redes sociais de operar no Nepal, incluindo Facebook e YouTube. A decisão serviu de estopim para as manifestações. Nem a renúncia de Oli foi o bastante para acalmar os manifestantes, que passaram a fazer novas exigências -como o fim da corrupção e mais empregos para jovens.

    Durante anos, a falta de empregos no Nepal levou milhões de pessoas a procurar trabalho em lugares como Malásia, Oriente Médio e Coreia do Sul, principalmente em canteiros de obras, para poder enviar dinheiro para casa.

    Encravado entre a Índia e a China, o Nepal tem lutado contra a instabilidade política e econômica desde que os protestos levaram à abolição de sua monarquia em 2008.

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