Categoria: MUNDO

  • Partido de Milei vence eleições legislativas argentinas com maioria

    Partido de Milei vence eleições legislativas argentinas com maioria

    A Argentina votou no domingo nas eleições legislativas intercalares, que eram decisivas para o ultraliberal Milei

    O partido do Presidente argentino, Javier Mileu, La Libertad Avanza (LLA), venceu no domingo as eleições legislativas legislativas, com 40,8%, com mais de 90% dos votos apurados, anunciou o chefe do gabinete de ministros, Guillermo Francos.

    O resultado destas eleições é determinante para a margem de manobra de Milei e a sua capacidade de reformar e desregular uma economia ainda frágil durante os seus dois anos restantes como chefe de Estado.

    O LLA ficou à frente do Fuerza Patria, bloco que representa grande parte da oposição peronista (centro-esquerda), com 24,5%.

    Estas eleições legislativas no meio do mandato são cruciais para o Milei, que tem agora a garantia de reforçar a base parlamentar (até agora com 15% dos deputados, 10% dos senadores) e assim elevar a capacidade de reformar e desregular uma economia frágil e em plena turbulência financeira.

    Javier Milei estimou que obter um terço dos assentos, num parlamento onde nenhuma das câmaras tem maioria absoluta, seria um “bom número”, um limiar que lhe permitiria, em particular, impor vetos presidenciais aos parlamentares.

    De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), vários analistas estimam que, independentemente do resultado das eleições, Javier Milei “terá de fazer uma virada pragmática”.

    “Recuperar a capacidade de negociação que lhe permitiu aprovar leis” no início do mandato, avaliou a politóloga Lara Goyburu, citada pela AFP.

    Desde 2023, o chefe de Estado tem legislado muito por decretos ou acordos legislativos pontuais no hemiciclo. Mas nos últimos meses tem sido cada vez mais prejudicado por um parlamento irritado com a rigidez que o líder demonstra e até com os insultos que lança: “ninho de ratos” e “degenerados” são alguns exemplos.

    A oposição moderada, os setores da economia produtiva argentina e também dadores internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, pediram insistentemente ao executivo que “reforçasse o apoio político e social” às suas reformas.

    Entre as reformas previstas por Javier Milei até 2027 estão reformas fiscais, flexibilização do mercado de trabalho e do sistema de proteção social.

    Javier Milei chega às eleições com o mérito de ter controlado a inflação, de mais de 200% para 31,8% em termos interanuais, e de ter alcançado um equilíbrio orçamental inédito em 14 anos, escreveu a AFP.

    Mas o “maior ajuste orçamental da história” — como gosta de repetir — resultou na perda de mais de 200 mil postos de trabalho, numa atividade anémica, com uma contração de 1,8% em 2024, e uma recuperação em 2025, que está a perder força.

    Partido de Milei vence eleições legislativas argentinas com maioria

  • Casa Branca publica foto de encontro de Lula e Trump

    Casa Branca publica foto de encontro de Lula e Trump

    A Casa Branca publicou nas redes sociais uma foto do encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Si…
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    Casa Branca publica foto de encontro de Lula e Trump

  • Jovem escocesa finge gravidez e engana família: "Fui longe demais"

    Jovem escocesa finge gravidez e engana família: "Fui longe demais"

    Kira Cousins, de 22 anos, fingiu durante nove meses que estava grávida, tendo, inclusive, compartilhado ecografias e feito um ‘baby shower’. A mentira acabou por ser descoberta depois da mãe ter entrado no seu quarto e ter percebido que a neta era afinal um bebê ‘reborn’

    Uma jovem escocesa, de 22 anos, fingiu uma gravidez durante nove meses e, posteriormente, usou um bebê ‘reborn’ para fingir ser a sua suposta filha. Como parte desta farsa, a mulher compartilhou nas redes sociais exames médicos e até testes que detectaram um problema cardíaco no bebê.

    A mentira foi descoberta pela mãe de Kira Cousins quando entrou no quarto e percebeu que a neta era afinal um boneco. Mas como é que Kira manteve esta farsa?

    A jovem fez tudo o que uma mulher grávida faria, desde ecografias, fotos nas redes sociais e até um ‘baby shower’. Desta forma, conseguiu enganar toda a sua família e o suposto pai do bebê. 

    Kira usou ainda uma barriga falsa durante os meses de gestação, que ia ‘crescendo’ ao longo das semanas. 

    A bebê de Kira Cousins ‘nasceu’ no dia 10 de outubro e recebeu o nome de Bonnie-Leigh Joyce, tendo revelado que tinha dado à luz sozinha. Depois, começou a exibir a filha. 

    No entanto, ainda antes de ser descoberta a mentira, os familiares começaram a desconfiar, uma vez que a bebê nunca chorava e Kira também não deixava que ninguém tocasse na recém-nascida.

    Dias antes da mãe descobrir que a neta era afinal um bebê ‘reborn’, a jovem de 22 anos teria contado ao pai da criança que a filha tinha morrido. 

    Entretanto, e após a verdade vir à tona, Kira Cousins recorreu ao ‘storys’ do Instagram para fazer um pedido de desculpas, que rapidamente se tornou viral.

    “Sinto muito. Eu não estava grávida. Não havia bebê, inventei e fui longe demais. Fingi ecografias, mensagens, um relato de parto e agi como se uma boneca fosse um bebê verdadeiro”, escreveu, citado pelo Daily Record. 

    No seu pedido de desculpas, a jovem defendeu ainda aqueles que enganou, tendo em conta que os fez acreditar que o bebê era verdadeiro.

    “Em defesa de todos, a bebê podia mexer-se. Era possível mudar as características do rosto, braços e pernas. Podia alimentá-la e ela poderia fazer ‘xixi ou cocó’. Ninguém olhava para a minha filha à espera de que fosse uma boneca”, disse.

    O que são bebês ‘reborn’?

    Os bebês ‘reborn’ são bebês hiper-realistas deixaram de ser apenas objeto de coleção e passaram a entrar no dia a dia de muitas pessoas como se de crianças reais se tratassem. 

    Vale notar que este fenômeno dos bebês ‘reborn’ ganhou grandes proporções, por exemplo, no Brasil, onde houve quem os levasse às urgências. Existem também cidades onde foram criadas maternidades.

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  • Polícia francesa prende dois suspeitos do assalto ao Museu do Louvre

    Polícia francesa prende dois suspeitos do assalto ao Museu do Louvre

    Um deles preparava-se para embarcar no Aeroporto Charles de Gaulle.

    Dois homens suspeitos de terem participado no assalto ao Museu do Louvre, na França, há uma semana, foram presos na noite de sábado.

    A informação foi divulgada neste domingo pelo jornal Le Parisien, que informou que os dois suspeitos são moradores de Seine-Saint-Denis, na região metropolitana de Paris.

    Segundo o jornal, um dos homens foi detido no momento em que se preparava para embarcar no Aeroporto Charles de Gaulle, na capital francesa.

    Os suspeitos teriam cerca de 30 anos e, segundo a BFMTV, já são conhecidos da justiça e da polícia.

    Estão agora sob custódia policial.

    [Notícia em atualização]

    Polícia francesa prende dois suspeitos do assalto ao Museu do Louvre

  • Rússia anuncia teste bem-sucedido com míssil de cruzeiro com propulsão nuclear

    Rússia anuncia teste bem-sucedido com míssil de cruzeiro com propulsão nuclear

    O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje o sucesso do teste final de um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, elogiando esta arma “única” com um alcance de até 14.000 quilômetros, em resposta ao escudo antimísseis dos EUA.

    Os testes decisivos agora estão concluídos”, declarou Vladimir Putin em um vídeo divulgado pelo Kremlin, durante uma reunião com oficiais militares. O presidente russo ordenou que se comece a preparar as infraestruturas necessárias para colocar a nova arma em serviço nas Forças Armadas da Rússia.

    Segundo Putin, o Burevéstnik (que significa “pássaro da tempestade” em russo) possui alcance ilimitado e é “uma criação única, que ninguém mais no mundo possui”.

    Durante o último teste, realizado em 21 de outubro, o míssil permaneceu no ar por aproximadamente 15 horas, percorrendo 14 mil quilômetros, informou o chefe do Estado-Maior russo, Valéri Guérasimov, acrescentando que “esse não é o limite” para a capacidade da arma.

    “As características técnicas do Burevéstnik permitem que ele seja usado com precisão contra alvos altamente protegidos, localizados em qualquer distância”, afirmou Guérasimov.
    Putin anunciou pela primeira vez o desenvolvimento desses mísseis em 2018, afirmando que eles seriam capazes de superar praticamente todos os sistemas de interceptação existentes.

    De acordo com Guérasimov, “durante o voo, o míssil realizou todas as manobras verticais e horizontais”, demonstrando suas “grandes capacidades para escapar de sistemas antiaéreos e antimísseis”.

    Putin destacou ainda que se trata de “uma arma única, que mais ninguém no mundo possui”, e lembrou que especialistas de alto nível chegaram a dizer que o projeto era impossível de ser realizado.

    “Agora concluímos os testes finais”, afirmou o presidente russo, acrescentando que ainda é necessário construir a infraestrutura para sua implantação e colocá-lo oficialmente em serviço, algo que “ainda exigirá muito trabalho”.
    Putin já havia anunciado em outubro de 2023 um teste bem-sucedido do Burevéstnik, míssil envolto em controvérsias após vários testes fracassados no fim da década passada.

    A Rússia decidiu avançar com o desenvolvimento desse tipo de armamento depois que os Estados Unidos se retiraram, em 2001, do Tratado Antimísseis Balísticos, assinado por Moscou e Washington em 1972, durante a Guerra Fria, para criar o próprio escudo antimísseis americano.

    Nesta semana, Putin supervisionou exercícios nucleares russos por terra, mar e ar, pouco depois do cancelamento da cúpula de Budapeste com o presidente dos EUA, Donald Trump, motivado pela recusa de Moscou em cessar as hostilidades na Ucrânia.

    Rússia anuncia teste bem-sucedido com míssil de cruzeiro com propulsão nuclear

  • Lula encontra Trump e diz que não há motivo para conflito com os EUA

    Lula encontra Trump e diz que não há motivo para conflito com os EUA

    O encontro acontece em meio a tensões comerciais entre os países, após os Estados Unidos imporem tarifas de 50% sobre exportações brasileiras e aplicarem sanções a autoridades do Brasil por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump se reuniram na tarde deste domingo (26), na Malásia, (madrugada de sábado para domingo no horário de Brasília), em um encontro que durou cerca de 50 minutos. A reunião, realizada a portas fechadas, foi o primeiro encontro oficial entre os dois líderes desde uma breve conversa durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro.

    O encontro acontece em meio a tensões comerciais entre os países, após os Estados Unidos imporem tarifas de 50% sobre exportações brasileiras e aplicarem sanções a autoridades do Brasil por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Antes da reunião reservada, Lula e Trump falaram com jornalistas por cerca de 10 minutos. Trump afirmou que era “uma honra” se encontrar com o presidente brasileiro e indicou abertura para novos acordos bilaterais.

    “Vamos discutir [as tarifas] um pouco. Nós sabemos o que cada um quer”, disse o presidente norte-americano. Questionado sobre Bolsonaro, Trump afirmou “se sentir mal” pela situação do ex-presidente, mas evitou dizer se o tema seria tratado no encontro.

    Trump também foi perguntado sobre a crise na Venezuela, tema que vem gerando atritos diplomáticos. O presidente dos EUA, no entanto, não respondeu se o assunto faria parte das discussões com Lula.

    Lula declarou que levou uma pauta extensa à reunião e reforçou o desejo de manter relações harmoniosas com Washington. “Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos”, afirmou.

    O presidente brasileiro destacou ainda que pretende retomar o diálogo político e econômico com os Estados Unidos, buscando uma relação “baseada no respeito e no interesse mútuo”.

    A reunião terminou sem declarações conjuntas, mas ambas as delegações classificaram o clima do encontro como “positivo e construtivo”.

    Lula encontra Trump e diz que não há motivo para conflito com os EUA

  • Navio de guerra dos EUA chega a Trinidad e Tobago em meio a tensão crescente com Venezuela

    Navio de guerra dos EUA chega a Trinidad e Tobago em meio a tensão crescente com Venezuela

    O navio de guerra USS Gravely chegou a Trinidad e Tobago neste domingo (26), intensificando a presença militar dos EUA no Caribe em meio à pressão de Donald Trump sobre Nicolás Maduro. A visita coincide com o encontro entre Trump e Lula na Malásia, onde discutiram tarifas e diplomacia regional

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Um navio de guerra lança-mísseis americano chegou neste domingo (26) a Trinidad e Tobago, pequeno país insular composto por 23 ilhas e situado em frente à Venezuela, em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica sua pressão sobre o ditador Nicolás Maduro.

    O navio foi visto no domingo pela manhã diante do porto da capital Port of Spain, que em linha reta fica a cerca de 570 km de Caracas. A chegada do USS Gravely, assim como de uma unidade de fuzileiros navais para exercícios com o Exército trinitino, havia sido anunciada na quinta-feira (23) pelo governo local.
    O regime em Caracas reagiu neste domingo e disse em nota que os exercícios são “provocação militar em conjunto com a CIA”, a agência de espionagem americana.

    A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, tem oferecido apoio ao governo Trump e já fez falas defendendo os ataques da marinha americana contra embarcações que supostamente levariam drogas aos EUA. Ela disse recentemente que o Caribe “não é mais uma zona de paz” devido ao aumento da criminalidade na região.

    A encarregada de negócios da embaixada americana em Port of Spain, Jenifer de Ortiz, disse em nota que os exercícios com o país insular “têm o objetivo de lidar com ameaças em comum, como o crime organizado transnacional, e desenvolver resiliência por meio de treinamento, missões humanitárias e esforços de segurança”.

    O navio de guerra pertence à classe Arleigh Burke e foi batizado em homenagem ao primeiro homem negro a chegar ao posto de oficial sênior na Marinha dos EUA, Samuel L. Gravely Jr., que se aposentou em 1980 como vice-almirante e morreu em 2004.

    O USS Gravely é capaz de lançar os mísseis de longo alcance Tomahawk, um dos mais avançados do mundo, entre outros armamentos. O navio já foi utilizado contra o Estado Islâmico, lançando mísseis em direção ao grupo terrorista no início da guerra da Síria, e mais recentemente contra os houthis, milícia que controla boa parte do Iêmen.

    A chegada do navio de guerra a Port of Spain aumenta ainda mais a presença militar americana nas proximidades da Venezuela. Um oficial militar trinitino disse à agência de notícias Associated Press que o envio do USS Gravely foi acertado de última hora.

    Na sexta (24), o Pentágono anunciou o envio ao Caribe do USS Gerald R. Ford, o maior e mais poderoso porta-aviões do mundo, e de outras embarcações que o acompanham.

    A chegada do navio de guerra USS Gravely ocorre no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) se encontrou com Donald Trump e se ofereceu para mediar a tensão entre Washington e a Venezuela.

    Segundo o chanceler Mauro Vieira, Lula disse que a América do Sul é uma região de paz, e o Brasil estaria disposto a atuar pra a promoção da paz e do entendimento entre as nações.

    Lula e Trump se encontraram na tarde deste domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia, onde participam da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático, em português). O encontro aconteceu por volta das 16h do horário local (5h de Brasília) e durou cerca de 50 minutos.

    O tema principal da conversa foram as tarifas impostas pelo americano ao Brasil, mas outros assuntos também foram tratados.

    Navio de guerra dos EUA chega a Trinidad e Tobago em meio a tensão crescente com Venezuela

  • Derrotada por Trump, Kamala Harris diz querer voltar a disputar presidência

    Derrotada por Trump, Kamala Harris diz querer voltar a disputar presidência

    A ex-vice-presidente se mostrou confiante para uma nova tentativa, afirmando que suas sobrinhas-netas “com certeza” verão uma presidente mulher durante suas vidas. A democrata foi derrotada por Donald Trump ao assumir a vaga de Biden após um desastroso desempenho em um debate.

    RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/CBS NEWS) – A ex-vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris disse, em entrevista à rede britânica BBC, que pretende concorrer novamente à presidência do país.
    “Ainda não terminei”, disse Harris, no programa “Sunday with Laura Kuenssberg”, cuja íntegra será exibida neste domingo (26). “Vivi toda a minha carreira como uma vida de serviço, e isso está na minha essência.”, completou.

    A ex-vice-presidente se mostrou confiante para uma nova tentativa, afirmando que suas sobrinhas-netas “com certeza” verão uma presidente mulher durante suas vidas. A democrata foi derrotada por Donald Trump ao assumir a vaga de Biden após um desastroso desempenho em um debate.
    Apesar de não estar entre as favoritas atualmente na concorrência pela vaga da chapa democrata, ela disse que nunca deu ouvido às pesquisas. “Se eu tivesse ouvido as pesquisas, não teria concorrido ao meu primeiro ou segundo cargo – e certamente não estaria sentada aqui”.

    Harris também fez críticas a Trump dizendo que já havia avisado que ele se comportaria de forma autoritária. “Ele disse que usaria o Departamento de Justiça como arma – e foi exatamente isso que ele fez”.

    A ex-vice-presidente dos Estados Unidos teve a campanha mais rápida da história moderna do país, após a saída de Biden da disputa. Os 107 dias deram título a um livro de memórias, lançado no mês passado.

    Na publicação, Harris disse que foi uma “imprudência” permitir que Biden se candidatasse a um segundo mandato. “‘A decisão é de Joe e Jill (esposa de Joe Biden)’. Todos nós repetíamos isso como um mantra, como se estivéssemos hipnotizados. Foi um ato de nobreza ou imprudência? Em retrospecto, eu acho que foi imprudência”.

    Derrotada por Trump, Kamala Harris diz querer voltar a disputar presidência

  • Argentina renova parte do Congresso em eleições que definem futuro de Milei

    Argentina renova parte do Congresso em eleições que definem futuro de Milei

    Quase dois anos se passaram desde que os argentinos deram a Presidência a Milei, e os eleitores agora voltam às urnas para renovar um terço do Senado (24 de 72 vagas) e metade da Câmara (127 de 257 cadeiras)

    DOUGLAS GAVRAS
    ROSÁRIO, ARGENTINA (CBS NEWS) – O governo de Javier Milei esperava pintar o Congresso da Argentina de violeta, a cor do partido A Liberdade Avança. Este era o cenário há menos de dois meses, mas a expectativa de uma vitória arrasadora se desfez conforme as eleições legislativas deste domingo (26) se aproximavam.

    Quase dois anos se passaram desde que os argentinos deram a Presidência a Milei, e os eleitores agora voltam às urnas para renovar um terço do Senado (24 de 72 vagas) e metade da Câmara (127 de 257 cadeiras)

    O mileísmo, que ganhou as eleições de 2023 com ar de novidade, promessas ousadas de tirar o país da crise econômica e críticas severas à classe política tradicional, conseguiu reduzir a inflação, mas seu apoio tem diminuído desde que a economia estancou, o desemprego subiu e os salários e as aposentadorias ficaram achatados.

    Uma sequência de crises também desgastou a imagem da Casa Rosada nos últimos meses: da promoção de um criptoativo sem lastro por Milei aos áudios do ex-diretor da agência para pessoas com deficiência, sugerindo que Karina Milei, a irmã e braço-direito do presidente, fosse beneficiada em um esquema de propinas na compra de medicamentos.

    Erros táticos, como subestimar a força local de governadores, afetaram a posição dos mileístas em disputas eleitorais que eram consideradas seguras, como na estratégica Córdoba (que escolhe nove deputados), onde os libertários hoje concorrem com o ex-governador Juan Schiaretti. Em Santa Fé (também nove deputados), a briga é com o atual governador, Maximiliano Pullaro, que é parte do bloco opositor Províncias Unidas.

    Uma sequência de derrotas no Legislativo também trouxe a percepção de que o governo perdeu a capacidade de impor sua agenda ao Congresso.

    Analistas trabalham com três cenários para este domingo, considerando o total de votos em nível nacional: um resultado consagrador para Milei seria conquistar 40% ou mais dos votos; 35% seriam lidos como um empate, enquanto uma derrota preocupante seria algo próximo ou abaixo dos 30%.

    O patamar de 40% tem peso simbólico: nas eleições presidenciais, como as de 2027, o candidato pode ser eleito em primeiro turno se receber 40% dos votos e ter uma distância de dez pontos percentuais do segundo colocado. Alcançando este limiar, o presidente sinaliza que está forte para concorrer à reeleição.

    Atualmente, os governistas têm 74 cadeiras na Câmara (menos de um terço) e 13 no Senado (menos de um quinto). Projeções da consultoria Directorio Legislativo apontam que eles poderiam passar de um terço na Câmara e de um quarto no Senado, caso a Liberdade Avança tenha um desempenho mediano, de cerca de 35% dos votos nacionais.

    Conquistar um terço da Câmara (86 assentos) daria ao governo uma quantidade mínima de cadeiras para evitar que os vetos do presidente fossem derrubados. Ainda assim, qualquer reforma tributária, trabalhista ou previdenciária que ele pretenda fazer continuaria exigindo uma aliança sólida para passar nas Casas.

    A situação para Milei é mais confortável no distrito federal que compreende a cidade de Buenos Aires (que elege três senadores e 13 deputados), com a ministra Patricia Bullrich (Segurança) concorrendo ao Senado; em Mendoza (cinco deputados), há expectativa com a candidatura à Câmara do ministro Luis Petri (Defesa); em Salta (três senadores e três deputados), o peronismo local se dividiu.

    O desapontamento de parte do eleitorado com o governo ficou explícito em setembro, nas eleições legislativas locais da província de Buenos Aires, a mais populosa do país. O partido do presidente foi derrotado pelo peronismo por mais de 13 pontos de diferença. Agora, Milei até pode conseguir um desempenho melhor na província de Buenos Aires (que renova 35 vagas de deputado), mas o principal colégio eleitoral do país é considerado perdido pelo governo.

    Além de ser comandado pelo peronista Axel Kicillof, maior nome da oposição hoje, o território foi palco de um escândalo que derrubou semanas atrás o principal candidato do mileísmo, José Luis Espert, envolvido com um empresário investigado por narcotráfico.

    O peronismo nacional tem seus principais quadros no Partido Justicialista, comandado pela ex-presidente Cristina Kirchner, e concorre nestas eleições pela coalizão Força Pátria. O grupo também tem chances de se impor nas províncias de Tucumán (elege quatro deputados), Formosa (dois deputados), La Pampa (três deputados), La Rioja (dois deputados) e Catamarca (três deputados).

    A renovação de parte do Congresso argentino, que sempre é lida como um balanço da metade do mandato presidencial, ganhou um componente internacional neste ano. Milei chegou a interromper suas viagens de campanha pelas províncias para ir até a Casa Branca, onde recebeu apoio do presidente Donald Trump.

    O republicano fez o Tesouro dos EUA intervir para evitar uma crise cambial na Argentina às vésperas das eleições, com a disparada do dólar, mas avançou o sinal ao condicionar sua ajuda ao resultado eleitoral, o que irritou parte da opinião pública e assustou o mercado.

    O governo espera que Milei saia mais forte das urnas a partir de segunda-feira (27), apontando que a sua coalizão, que incorporou o PRO (do ex-presidente Mauricio Macri), é a única que compete com o mesmo nome em todas as províncias. O peronismo, por sua vez, concorre dividido em diversas vertentes locais do movimento.

    Argentina renova parte do Congresso em eleições que definem futuro de Milei

  • Família francesa tem barco afundado por sete orcas no Atlântico; vídeo

    Família francesa tem barco afundado por sete orcas no Atlântico; vídeo

    A embarcação, que iniciava uma expedição pelo Atlântico, foi atingida repetidas vezes pelos animais até ser destruída. Adrien Deparis, sua companheira e as duas filhas pequenas conseguiram se salvar após passarem horas à deriva, sendo resgatados por pescadores.

    Uma família francesa viveu momentos de desespero ao ter seu barco afundado por um grupo de orcas na costa de Portugal, no último dia 10 de outubro. A embarcação, que iniciava uma expedição pelo Atlântico, foi atingida repetidas vezes pelos animais até ser destruída. Adrien Deparis, sua companheira e as duas filhas pequenas conseguiram se salvar após passarem horas à deriva, sendo resgatados por pescadores.

    O episódio ocorreu pouco depois das 18h (horário local), quando a família, que havia partido de Mayenne, iniciava a primeira etapa da viagem planejada há cerca de um ano. De acordo com Adrien, sete orcas cercaram o barco e começaram a golpeá-lo com as cabeças e as caudas, concentrando os ataques principalmente no leme e na estrutura inferior da embarcação.

    “Elas batiam sem parar. Foi quando percebi que o barco ia afundar”, contou Adrien à rede francesa BFMTV, em entrevista divulgada nesta sexta-feira (11).

    Le bateau d’une famille française attaqué par des orques au large du Portugal pic.twitter.com/NuDvZVFAxh

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    Em poucos minutos, o sistema de direção foi destruído e a cabine começou a encher de água. Diante da gravidade da situação, a família acionou os guardas costeiros portugueses, que enviaram um barco e um helicóptero para tentar localizá-los. O resgate, no entanto, demorou a chegar, e os quatro precisaram lutar para sobreviver enquanto as orcas permaneciam por cerca de 40 minutos próximas à embarcação, circulando o barco e provocando mais danos.

    “Entramos em modo de sobrevivência”, relatou Adrien. Segundo ele, o bote salva-vidas se soltou no meio da confusão, obrigando-o a mergulhar no mar para recuperá-lo, enquanto tentava manter a calma das filhas.

    Após horas de busca, os quatro foram encontrados e resgatados por um barco de pesca, que os levou em segurança até a costa. “Quando subimos a bordo, foi muito emocionante. Ver nosso barco desaparecer foi doloroso, mas o mais importante é que estamos vivos. Perdemos tudo, mas continuamos juntos”, declarou Adrien.

    Comportamento das orcas

    O caso reacende o debate sobre o comportamento das orcas ibéricas, que têm sido observadas interagindo com embarcações nas costas de Portugal e Espanha com frequência crescente. Embora os episódios causem medo entre navegadores, especialistas afirmam que não se trata de ataques deliberados.

    De acordo com Christine Grandjean, presidente da associação C’est Assez!, as orcas podem agir por curiosidade ou aprendizado coletivo, e não com intenção de causar danos.

    “Não há agressividade nem vontade de machucar. Nenhum humano jamais foi atacado por orcas”, explicou Grandjean.

    Pesquisas recentes sugerem que esses mamíferos marinhos podem estar desenvolvendo novas técnicas de interação com embarcações, especialmente envolvendo o leme, uma das partes mais vulneráveis dos barcos. Os cientistas ainda tentam entender as razões desse comportamento, que pode estar ligado à exploração territorial ou ao simples jogo entre os animais.

    Apesar do susto, a família francesa não sofreu ferimentos. O caso se soma a dezenas de outros incidentes semelhantes registrados desde 2020, especialmente entre as costas da Galícia, Espanha, e o sul de Portugal, regiões que concentram rotas de navegação e populações de orcas residentes.

    Autoridades marítimas alertam navegadores a manter distância dos animais e a evitar manobras bruscas em caso de aproximação.

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