Categoria: MUNDO

  • Homem detona explosivo em estação de trem, e quatro pessoas morrem na Ucrânia

    Homem detona explosivo em estação de trem, e quatro pessoas morrem na Ucrânia

    Caso ocorreu próximo à fronteira com Belarus; suspeito havia sido detido recentemente por tentar deixar país ilegalmente; desde o início da guerra, milhares tentaram escapar, em alguns casos colocando suas vidas em risco

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Quatro pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em uma explosão numa estação de trem no norte da Ucrânia nesta sexta-feira (24). Segundo as autoridades, um homem que havia sido detido recentemente por tentar deixar o país de forma ilegal detonou um artefato durante uma verificação de documentos na estação ferroviária de Ovruch, cidade próxima à fronteira com a Belarus.

    Três mulheres morreram, sendo uma delas agente da guarda de fronteira e duas civis, de 29, 58 e 82 anos. O homem responsável pela explosão, de 23 anos, chegou a receber atendimento médico em uma ambulância, mas também morreu. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, ainda segundo as autoridades.

    As causas e circunstâncias do ataque ainda estão sendo investigadas. A imprensa local chegou a relatar que o agressor usou uma granada, mas o Ministério do Interior da Ucrânia afirmou à agência de notícias AFP que o tipo de artefato não foi confirmado.

    Imagens divulgadas pelo serviço de fronteira no Telegram mostram equipes de resgate atuando na plataforma e socorrendo as vítimas logo após a detonação. As autoridades não mencionaram qualquer relação do caso com a guerra em curso no país desde fevereiro de 2022.

    Desde o início da invasão russa, milhares de homens tentaram escapar de forma ilegal da Ucrânia, em alguns casos colocando suas vidas em risco. De acordo com dados da ONU, mais de 5,6 milhões de ucranianos se refugiaram no exterior desde 2022, a maioria em países da Europa.

    Em agosto, as autoridades ucranianas anunciaram uma mudança na lei marcial imposta desde o início da invasão. Desde então, homens de 18 a 22 anos podem deixar o país livremente, sem restrições, mesmo durante o período de guerra. Até então, cidadãos do sexo masculino de 18 a 60 anos estavam proibidos de deixar a Ucrânia, salvo em situações excepcionais.

    A primeira-ministra ucraniana, Iulia Sviridenko, escreveu em plataformas de mensagens na ocasião que a medida vale para todos os cidadãos dessa faixa etária, incluindo aqueles que já estão no exterior. Nesses casos, eles poderão retornar ao território ucraniano e voltar a sair sem impedimentos. Segundo ela, o objetivo é permitir que os cidadãos mantenham vínculos com seu país, mesmo durante o conflito.

    Homem detona explosivo em estação de trem, e quatro pessoas morrem na Ucrânia

  • Jovem é operado após engolir 100 ímãs; plataforma Temu investiga caso

    Jovem é operado após engolir 100 ímãs; plataforma Temu investiga caso

    Um jovem de 13 anos foi submetido a uma cirurgia ao intestino, na Nova Zelândia, depois de ter engolido cerca de 100 ímãs supostamente comprados na Temu, porém a comercialização dos objetos é proibida no país

    Um adolescente da Nova Zelândia de 13 anos foi submetido a uma cirurgia no intestino, depois de ter engolido cerca de 100 ímãs alegadamente comprados na plataforma Temu.

    Ao fim de quatro dias de dores abdominais, o menor foi levado para o Tauranga Hospital, de acordo com o caso relatado em um estudo divulgado esta sexta-feira (24), pelo New Zealand Medical Journal.

    “Ele disse que ingeriu aproximadamente 80 a 100 ímãs de alta potência, de 5 x 2 mm, cerca de uma semana atrás”, apontou o trabalho, citado pela AFP.

    Os investigadores detalharam ainda que os ímanes – que estão banidos no país desde janeiro de 2013 – teriam sido comprados na plataforma Temu.

    Os ímãs juntaram-se em quatro linhas retas dentro dos intestinos do menor e, de acordo com os profissionais de saúde, a pressão provocou a morte dos tecidos em quatro zonas do intestino delgado e do cego (início do intestino grosso).

    “Pareciam estar em partes separadas do intestino, aderidos uns aos outros devido às forças magnéticas”, indicaram.

    O menino foi operado, para que os tecidos mortos e os ímãs fossem removidos. Ao fim de oito dias hospitalizada, a criança pôde regressar a casa.

    “Este caso destaca não só os perigos da ingestão de ímãs, mas também os perigos do mercado online para a nossa população pediátrica”, consideraram os autores do artigo, Binura Lekamalage, Lucinda Duncan-Were e Nicola Davis.

    Os estudiosos sustentaram também que esta cirurgia pode ter complicações mais tarde, entre elas obstrução intestinal, hérnia abdominal e dor crônica.

    A Temu, por seu lado, abriu uma investigação para garantir que cumpre os requisitos de segurança na Nova Zelândia, ao mesmo tempo que lamentou a situação.

    “Iniciamos uma investigação interna e contactamos os autores do artigo da revista New Zealand Medical Journal para obter mais detalhes sobre o caso”, disse um porta-voz, em comunicado.

    A plataforma ressalvou, ainda assim, que não era possível, até ao momento, “confirmar se os ímãs envolvidos foram comprados através da Temu, nem identificar o produto em questão”.

    “As nossas equipes estão a analisar os produtos relevantes para garantir o cumprimento total dos requisitos de segurança locais”, assegurou.

    Jovem é operado após engolir 100 ímãs; plataforma Temu investiga caso

  • Milei ignora crises na campanha e tenta mostrar otimismo às vésperas de eleição

    Milei ignora crises na campanha e tenta mostrar otimismo às vésperas de eleição

    A poucos dias das eleições legislativas argentinas, Javier Milei tenta reverter a queda nas pesquisas e reforça o discurso contra a “casta política”. O presidente encerrou a campanha em Rosário prometendo “mudar a Argentina do zero” e minimizar as crises recentes do governo

    (CBS NEWS) – Os analistas políticos locais costumam dizer que, nas curvas, Javier Milei escolhe acelerar. Nos últimos dias antes das eleições que renovam parte do Congresso, no próximo domingo (26), e em meio a uma sequência de crises, ele prometeu que irá mudar a Argentina.

    O presidente escolheu encerrar oficialmente nesta quinta-feira (23) a campanha de A Liberdade Avança com um comício em Rosário, de olho nas pesquisas que mostram uma disputa de votos com a força local, representada pelo governador Maximiliano Pullaro. Ele já havia passado por Córdoba dois dias antes, onde também trava uma luta com o ex-governador Juan Schiaretti.

    Após ficar 13 pontos atrás dos peronistas nas legislativas da província de Buenos Aires, em 7 de setembro, Milei não teve um outubro fácil. Ter recebido dinheiro de um empresário investigado por narcotráfico nos Estados Unidos derrubou o principal candidato governista em Buenos Aires; o país precisou pedir socorro do Tesouro americano para evitar uma crise cambial.

    A cidade de Rosário também não foi escolhida por acaso, ela é parte do discurso mileísta mesmo fora de Santa Fé. A ministra de Segurança Pública, Patricia Bullrich, tenta ser senadora pela cidade de Buenos Aires e argumenta que suas políticas de combate ao narcotráfico reduziram os homicídios na cidade portuária que já foi um símbolo de insegurança na Argentina.

    “Pullaro, ladrão; Pullaro, casta”, gritavam os militantes libertários ao escutar o presidente no parque que fica à beira do rio Paraná. Semanas antes, ao recriar o Ministério do Interior, o governo tentava atrair o grupo de governadores do qual Pullaro faz parte para aumentar seu trânsito no Congresso.

    Milei ganhou do peronista Sergio Massa na província de Santa Fé nas eleições presidenciais de 2023. Para as legislativas deste ano, duas pesquisas feitas nos dias 14 e 15 de outubro colocam o grupo do governador, chamado de Províncias Unidas, como a força com mais intenções de voto em Santa Fé.

    De acordo com as consultorias In.fluencia e Innova, a vice-governadora Gisela Scaglia venceria na capital provincial, seguida por Fuerza Patria. Em Rosário, a peronista Caren Tepp aparece no topo. A Liberdade Avança é rebaixada para o terceiro lugar em ambas as cidades.

    Milei tentou tranquilizar a militância e evitou comentar as baixas em seu gabinete na semana que precede as eleições –a do chanceler Gerardo Werthein e Mariano Cúneo Libarona, da Justiça.

    “A Argentina está trilhando um caminho diferente, que é o caminho das ideias de liberdade. Vivemos com problemas nos últimos 40 anos. Suportamos inflação, pobreza e insegurança. Problemas que até pouco tempo pareciam eternos e que não tinham solução”, disse o presidente no palco, no início de seu discurso.

    E acrescentou: “Quase dois anos atrás, quando tivemos que assumir o cargo, prometi a mim mesmo que, mesmo que fosse difícil, enfrentaria as raízes dos problemas e é por isso que fiz isso de costas para o Congresso, porque tivemos que fazer uma curva de 180 graus e conseguimos.”

    “Quando a máquina estava a todo vapor, eles começaram a ligar a máquina impeditiva. Apesar disso e de um Congresso destituído que atacou o programa do governo, hoje chegamos às eleições de pé e a partir de domingo a Argentina vai mudar do zero”, disse ele.

    “A casta não pode ver o governo dando certo que começa a destruir tudo, o povo argentino acordou e não aceita mais ser enganado pelos velhos políticos de sempre”, diz o entregador de aplicativos e estudante de administração Rogerio Martinez, 25, na porta do evento de Milei.

    Para evitar cenas como a de Lomas de Zamora, quando uma carreata com o presidente foi recebida a pedradas e verduras podres às vésperas das eleições legislativas locais na província de Buenos Aires, o esquema de segurança foi reforçado em Rosário. Para entrar, era preciso contornar o calçadão entre o parque de Espanha e o rio, passar por policiais e agentes de segurança da Presidência e ser revistado.

    Em seu giro pelas províncias para a campanha nacional, Milei teve de interromper ou abreviar eventos de rua e disse que a oposição armava emboscadas para que parecesse que ele não era querido pela população.

    “Não gostamos mesmo dele aqui. Nunca vem ao interior, prefere passear nos Estados Unidos e ser chamado de morto de fome por Donald Trump. Agora, como estamos perto de outra eleição, ele lembra que a gente existe”, reclama o motorista de ônibus Adolfo Singer, 49, enquanto canta a marcha peronista para um grupo de agentes de segurança que não o deixam passar.

    Milei ignora crises na campanha e tenta mostrar otimismo às vésperas de eleição

  • Trump diz que interrompeu negociações com Canadá após vídeo em que Reagan critica tarifas

    Trump diz que interrompeu negociações com Canadá após vídeo em que Reagan critica tarifas

    Donald Trump anunciou o fim das negociações comerciais com o Canadá após a divulgação de um vídeo em que Ronald Reagan critica tarifas. O republicano acusou o país vizinho de tentar interferir em decisões judiciais e classificou o episódio como “comportamento ultrajante”.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (23) que interrompeu todas as negociações comerciais com o Canadá após a veiculação do que ele chamou de uma propaganda mentirosa na qual o ex-presidente Ronald Reagan aparece falando mal de tarifas comerciais.

    “Eles só fizeram isso para interferir na decisão da Superma Corte e de outros tribunais”, escreveu Trump no Truth Social. “Com base em seu comportamento ultrajante, TODAS AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM O CANADÁ ESTÃO ENCERRADAS”.

    O premiê (equivalente a governador) de Ontário, Doug Ford, disse no início desta semana que o anúncio, com uma mensagem contrária a tarifas, havia chamado a atenção de Trump. O vídeo mostra Reagan, um republicano, criticando tarifas sobre produtos estrangeiros e dizendo que elas causam perda de empregos e guerras comerciais.

    A gravação é verdadeira e consta nos arquivos da biblioteca presidencial do governo Reagan, mas o vídeo veiculado por Ford altera a ordem de algumas frases. Na ocasião, em abril de 1987, Reagan falava das desvantagens a longo prazo das tarifas enquanto justificava a imposição de sobrataxas a eletrônicos japoneses.

    “Impor tarifas desse tipo ou barreiras e restrições comerciais de qualquer natureza são medidas que reluto muito em adotar. E, em um momento, vou mencionar as razões econômicas sólidas para isso: a longo prazo, tais barreiras comerciais prejudicam todos os trabalhadores e consumidores americanos”, diz Reagan, segundo o registro.

    Trump tem usado tarifas como base de sua política comercial e como instrumento de pressão sobre diversos países ao redor do mundo. Sua guerra comercial elevou as tarifas dos EUA aos níveis mais altos desde a década de 1930, e ele tem ameaçado regularmente novas tarifas, o que desperta preocupação entre empresários e economistas.

    “Ouvi dizer que o presidente viu nosso anúncio. Tenho certeza de que ele não ficou muito feliz”, afirmou Ford, premiê de Ontário, na terça-feira (21).

    O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, disse a jornalistas nesta quinta que o Canadá não permitirá acesso injusto dos EUA a seus mercados caso fracassem as negociações sobre vários acordos comerciais com Washington.
    Trump impôs tarifas sobre o aço, o alumínio e os automóveis canadenses no início deste ano, o que levou Ottawa a responder na mesma moeda. As duas partes estão há semanas em conversas sobre um possível acordo para os setores de aço e alumínio.

    No próximo ano, Estados Unidos, Canadá e México devem revisar o acordo de livre comércio continental de 2020.

    Trump diz que interrompeu negociações com Canadá após vídeo em que Reagan critica tarifas

  • De gorilas a lagartos, veja as 40 fotos mais cômicas da vida selvagem

    De gorilas a lagartos, veja as 40 fotos mais cômicas da vida selvagem

    O Nikon Comedy Wildlife Awards revelou as imagens finalistas de 2025, com registros hilários de animais em situações inusitadas. O concurso, criado para promover a conservação da natureza, recebeu quase 10 mil inscrições de 108 países

    O Nikon Comedy Wildlife Awards divulgou, na quinta-feira (23), as 40 fotos finalistas da edição de 2025 do concurso que busca os registros mais engraçados da vida selvagem.

    Entre as imagens estão um esquilo saltando de forma inusitada, um flamingo envergonhado, um gorila “beijoqueiro” e até um pássaro com penteado estiloso. Além das fotografias, dez vídeos concorrem na categoria de filmagem.

    Segundo os organizadores, a competição recebeu quase 10 mil inscrições vindas de 108 países. Criado em 2015, o prêmio tem como objetivo chamar atenção para a preservação ambiental. Neste ano, a iniciativa apoia o Fundo Whitley para a Natureza, organização dedicada à conservação sustentável.

    Os vencedores serão anunciados em 9 de dezembro, durante cerimônia em Londres. As 40 imagens finalistas também ficarão expostas por uma semana na Oxo Gallery, na capital britânica.

    De gorilas a lagartos, veja as 40 fotos mais cômicas da vida selvagem

  • Milhares de caranguejos pintam Austrália de vermelho em migração anual

    Milhares de caranguejos pintam Austrália de vermelho em migração anual

    Milhares de caranguejos-vermelhos começaram a travessia anual na Ilha Christmas, na Austrália, rumo ao mar para reprodução. O espetáculo natural mobiliza moradores e guardas-parques, que chegam a usar sopradores de folhas para proteger os animais nas estradas

    Milhares de caranguejos-vermelhos iniciaram sua migração anual na Ilha Christmas, território australiano no Oceano Índico. O fenômeno, que transforma as paisagens da ilha em um tapete vermelho em movimento, começou com a chegada das chuvas de verão no hemisfério sul.

    “Algumas pessoas podem achar que eles são um incômodo, mas a maioria de nós considera um privilégio poder conviver com eles”, afirmou Alexia Jankowski, gerente interina do Parque Nacional da Ilha Christmas, à Associated Press.

    Segundo ela, os crustáceos atravessam tudo o que encontram pela frente para chegar à costa e não fazem distinção entre casas, ruas ou jardins. “Se você deixar a porta da frente aberta, pode voltar para casa e encontrar vários caranguejos-vermelhos na sala de estar. Há quem precise usar um ancinho para conseguir tirar o carro da garagem sem feri-los”, contou.

    A população de caranguejos na ilha é estimada em cerca de 200 milhões, e até metade deles deve deixar suas tocas na floresta rumo ao mar para se reproduzir. Durante o percurso, os animais buscam sombra nas horas mais quentes, mas caminham lentamente por estradas, trilhas e quintais ao amanhecer e ao entardecer.

    Quando chegam à costa, os machos cavam tocas onde as fêmeas permanecem por cerca de duas semanas para pôr e incubar os ovos. A liberação das ovas está prevista para ocorrer durante a maré alta de 14 ou 15 de novembro. Após a eclosão, as larvas passam cerca de um mês no oceano antes de retornar à ilha já como minúsculos caranguejos.

    Milhares de caranguejos pintam Austrália de vermelho em migração anual

  • Monte Fuji registra primeira neve do ano com 21 dias de atraso histórico

    Monte Fuji registra primeira neve do ano com 21 dias de atraso histórico

    O Monte Fuji registrou sua primeira neve do ano com 21 dias de atraso em relação à média histórica. Especialistas apontam que as mudanças climáticas e as altas temperaturas registradas no Japão em 2025 podem estar relacionadas ao fenômeno, que costuma ocorrer no início de outubro

    O Monte Fuji registrou na última quinta-feira (16) a primeira queda de neve da temporada, 21 dias mais tarde do que a média histórica desde o início dos registros, há 131 anos.

    Apesar do atraso, o fenômeno ocorreu mais cedo do que em 2024, quando o cume da montanha só ficou coberto de branco em 7 de novembro, segundo informações da agência Reuters.

    Mamoru Matsumoto, do Escritório Meteorológico Local de Kofu, afirmou que a ocorrência tardia de neve tem sido observada com mais frequência nos últimos anos, embora as causas ainda sejam incertas.

    O Japão enfrentou em agosto deste ano o mês mais quente já registrado, com temperaturas que chegaram a 41,8 °C na cidade de Isesaki, a noroeste de Tóquio.

    Tradicionalmente, o Monte Fuji, que tem 3.776 metros de altitude, costuma exibir suas primeiras manchas brancas no início de outubro. Em 2024, a neve apareceu apenas em 29 de outubro, ultrapassando os recordes de atraso anteriores, registrados em 1955 e 2016, no dia 26 de outubro.

    O meteorologista Yutaka Katsuta, também do escritório de Kofu, destacou que as mudanças climáticas podem estar influenciando o atraso no aparecimento da neve.

    Monte Fuji registra primeira neve do ano com 21 dias de atraso histórico

  • México condena ataques militares dos EUA a embarcações

    México condena ataques militares dos EUA a embarcações

    “Existem leis internacionais que regem como lidar com o suposto transporte ilegal de drogas ou armas em águas internacionais”, declarou Claudia Sheinbaum; operações dos Estados Unidos já mataram 37 pessoas

    A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, condenou, nesta quinta-feira (23), os ataques militares realizados pelos Estados Unidos contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico em águas internacionais, incluindo uma ocorrência recentemente relatada no Pacífico Oriental.

    “Obviamente, discordamos. Existem leis internacionais que regem como lidar com o suposto transporte ilegal de drogas ou armas em águas internacionais e já expressamos isso ao governo dos Estados Unidos”, declarou a presidente durante entrevista coletiva.
    A declaração ocorre após a revelação do Secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, de um “ataque cinético letal” ordenado pelo presidente Donald Trump contra uma embarcação no Pacífico, que deixou três mortos. 

    A autoridade americana enfatizou nas redes sociais que “esses ataques continuarão, dia após dia. Eles não são simplesmente traficantes de drogas, mas narcoterroristas que semeiam morte e destruição em nossas cidades.”

    Execuções

    Este incidente é o oitavo ataque dos EUA desde setembro, resultando em pelo menos 37 mortes sem julgamento, levando especialistas das Nações Unidas a denunciar essas ações como execuções extrajudiciais.

    Sheinbaum enfatizou que a soberania e o direito internacional devem prevalecer, aludindo à reforma constitucional aprovada no México este ano para fortalecer a soberania e a autodeterminação diante de qualquer intervencionismo.

    Após ser questionada sobre a polêmica pública entre o presidente Trump e o presidente colombiano Gustavo Petro, Sheinbaum respondeu que “cada um tem sua maneira de lidar” com os debates internacionais.

    A presidente mexicana reafirmou sua estratégia de política externa, que prioriza um “sistema de diálogo franco” com o governo dos EUA, buscando acordos, mas “nunca renunciando à nossa soberania e autodeterminação”. No caso do México, Sheinbaum indicou que seu foco principal tem sido defender os mexicanos que vivem nos Estados Unidos. 

    México condena ataques militares dos EUA a embarcações

  • Após sanções, Putin diz que Rússia não cederá a pressão dos EUA

    Após sanções, Putin diz que Rússia não cederá a pressão dos EUA

    Vladimir Putin afirmou que o país não cederá à pressão dos Estados Unidos ou de qualquer outra nação; porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, afirmou que as sanções dos EUA são “extremamente contraproducentes”

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Rússia criticou nesta quinta-feira (23) a imposição de sanções a seu setor petrolífero pelo governo de Donald Trump devido à Guerra da Ucrânia. O presidente Vladimir Putin afirmou que o país não cederá à pressão dos Estados Unidos ou de qualquer outra nação.

    Ele chamou as sanções de um ato “pouco amigável” e acrescentou que haverá “certas consequências”. O russo disse ainda que as punições são uma “tentativa de pressionar” o seu governo, mas que “nenhum país que se respeite e nenhum povo que se respeite jamais toma qualquer decisão sob pressão”.

    Para a chancelaria russa, a medida é contraproducente, enquanto a linha dura do país a chamou de “declaração de guerra”. As punições, anunciadas na quinta-feira (22), são as primeiras tomadas neste mandato do republicano, que até aqui apostava na via de negociação para acabar com a Guerra da Ucrânia. Agora, cancelou uma cúpula com Vladimir Putin e disse que “sentiu ser hora de sanções”.

    É mais uma mudança na condução americana em relação à guerra, após o cavalo de pau dado por Trump ao assumir, em janeiro. Após quase três anos de relações praticamente rompidas com Moscou, o americano aproximou-se de Putin, iniciando um vaivém que agora chegou a um ponto de inflexão.

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, afirmou que as sanções são “extremamente contraproducentes” e repetem o padrão da gestão de Joe Biden, antecessor de Trump, que para ela fracassaram.

    Trump e a nota do Departamento do Tesouro sobre o caso foram explícitos ao dizer que a medida visa forçar Putin a encerrar a guerra. No governo Biden, diversas sanções foram aplicadas à economia e a indivíduos russos, mas o republicano até aqui evitava isso.

    “Nós precisamos de uma configuração de soluções negociadas que eliminem as raízes do conflito e garantam uma paz confiável”, disse Zakharova, que reafirmou os termos russos: concessão total dos territórios que anexou ilegalmente em 2022, e ainda não controla, e neutralidade militar da Ucrânia, entre outros.

    A linha dura russa não foi tão diplomática, como seria esperado. Seu expoente público mais vocal, o ex-presidente Dmitri Medvedev, afirmou que “as decisões tomadas são um ato de guerra contra a Rússia, e agora Trump se alinhou totalmente com a Europa maluca”, em referência à posição mais dura de líderes continentais ante Moscou.

    “Os Estados Unidos são nossos adversários, e o falante ‘pacificador’ deles agora embarcou totalmente em um caminho de guerra com a Rússia”, disse Medvedev, número 2 do Conselho de Segurança do país, na rede Telegram.

    Suas falas incendiárias viraram uma mistura de piada e termômetro, pois dão gravidade ao que pensam correntes mais radicais da elite e do governo russos. Ele se envolveu antes em altercações diretas com Trump. Em agosto, o republicano disse ter enviado submarinos nucleares para perto da Rússia devido às provocações de rede social do ex-presidente.

    Seja como for, as sanções inauguram uma nova fase de incertezas estratégicas em torno do conflito, um campo em que Putin vinha jogando com vantagem ante Washington.

    Desde as vésperas da invasão de 2022, o presidente russo usa a carta de seu arsenal nuclear, o mais poderoso do mundo, para enfatizar o risco das intervenções estrangeiras na guerra. Se não impediu que Kiev virasse um depósito de armas ocidentais, moderou a qualidade ofensiva do material enviado.

    O próprio Trump passou esse recibo na sexta passada (17), quando recebeu na Casa Branca Volodimir Zelenski e negou ao presidente ucraniano o fornecimento de mísseis de cruzeiro Tomahawk, capazes de atingir alvos em toda a Rússia europeia.

    Na quinta, ele reiterou sua negativa, ao lado do belicoso secretário-geral da aliança militar Otan, Mark Rutte, dizendo que quer acabar, não escalar a guerra. Já Zakharova criticou os exercícios nucleares anuais da Otan como desestabilizadores, sem comentar o fato de que a Rússia fez os seus na véspera.

    Putin, por sua vez, afirmou que quaisquer ataques de longo alcance em território russo serão respondidos com rigor. É retórica: na prática, drones ucranianos atingem alvos a mais de mil quilômetros de distância de seu ponto de lançamento com certa regularidade.

    Como seria previsível, Zelenski comemorou a mudança de posição de Trump. Em redes sociais, disse que agora o alvo deverá ser os estimados US$ 300 bilhões em reservas russas congeladas no exterior, 90% dos quais estão com a gestora belga Euroclear.

    Zakharova voltou a dizer que tal movimento será equivalente a um roubo, ferindo o direito internacional e exigindo uma resposta dura da Rússia.

    SANÇÕES PODEM AFETAR CHINA, ÍNDIA E BRASIL

    As sanções, como em todos os casos, precisam de tempo para serem avaliadas. O aspecto mais vital da medida é a punição secundária a entes financeiros que fizerem negócios com a Rosneft, estatal que é a maior empresa da Rússia, e a Lukoil, empresa privada ligada ao Kremlin que é a terceira maior.

    A maior parte dos negócios das empresas no exterior passa por intermediários, até pelo fato de a Rússia ter sido desconectada do sistema de pagamentos internacional devido à guerra. “Traders” chineses, indianos e do mundo árabe dominam esse mercado.

    A aposta das sanções é coibir esse grupo de negociar, sob medo de ser punido e ficar proibido de fazer negócios com os EUA. Isso pode afetar aliados de Washington, como a Hungria de Viktor Orbán, que ainda é grande compradora de petróleo russo, e mesmo o Brasil, que importa 60% de seu óleo diesel do país de Putin.

    Mas o foco real de Trump é a China, maior compradora de petróleo russo, com quem trava uma dura guerra comercial. Antes de atacá-la diretamente, o americano foi no pescoço da então aliada Índia, impondo tarifas extras de 25% sobe seus produtos por ter se tornado a segunda maior importadoa de óleo da Rússia.

    Já a União Europeia não escondeu as cartas. Em seu 19º pacote de sanções, divulgado em detalhes nesta quinta, incluiu uma “trader” chinesa e duas petrolíferas do país de Xi Jinping na lista de punidos.

    Após sanções, Putin diz que Rússia não cederá a pressão dos EUA

  • Saiba como nova lei dos estrangeiros afeta brasileiros em Portugal

    Saiba como nova lei dos estrangeiros afeta brasileiros em Portugal

    Legislação entra em vigor nesta quinta-feira (23) e endurece regras; veja o que muda com as novas regras!

    As alterações da Lei dos Estrangeiros de Portugal, com as regras de autorização para entrada, permanência e residência de cidadãos não europeus, entraram em vigor nesta quinta-feira (23). O decreto de regulamentação, assinado pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, alterou a lei portuguesa n.º 23 de 2007.

    A comunidade brasileira em Portugal deve ser diretamente impactada pelas novas medidas, que, entre outros pontos, tornam mais rigoroso o processo de aquisição de vistos de residência, trabalho ou estudo e alteram o processo de solicitação de nacionalidade portuguesa.

    Os brasileiros representam a principal comunidade estrangeira residente em Portugal (31,4% do total), de acordo com 

    dados de 2024 da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima) portuguesa. Estimativas do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil apontam que cerca de 513 mil brasileiros viviam em Portugal, no ano de 2023. 

    O que muda com as novas regas

    A mudança mais impactante para os brasileiros e demais cidadãos de países de língua portuguesa é o fim da possibilidade de regularização de residência para quem entra como turista. Também foram ampliadas restrições ao visto de procura de trabalho.

    A regra restringe o visto a uma minoria de profissionais estrangeiros altamente qualificados que procuram trabalho em terras portuguesas. São exemplos: cargos de direção, acadêmicos ou técnicos especializados.

    Na prática, a medida desincentiva a entrada de estrangeiros que procuram trabalho em setores não qualificados e solicitam o visto geral de permanência. Antes, existia um visto de curta duração (120 dias, prorrogável por mais 60) que permitia a entrada para buscar emprego.

    Confira as principais alterações da nova lei portuguesa:

    • fim da regularização in loco: o novo regime elimina a possibilidade de cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entrarem em Portugal como turista e, somente depois, solicitarem a autorização de residência com base em contrato de trabalho. Com isso, os brasileiros e somente podem solicitar o visto ainda no país de origem.
    • ilegais: o governo português pode recusar o visto (residência, procura de trabalho qualificado ou estada temporária) de quem tenha entrado ou permanecido ilegalmente no país;
    • obtenção de visto de trabalho: restringe as condições para a obtenção de visto de trabalho. A lei cria a modalidade de visto para procura de trabalho altamente qualificado, destinado apenas a pessoas com “competências técnicas especializadas”.
    • reagrupamento familiar: o titular de residência válida em Portugal tem direito ao reagrupamento familiar. Porém, a nova regra geral passa a exigir do requerente um período mínimo de dois anos morando legalmente no país para solicitar a concessão de autorização de residência aos demais familiares, exceto para cônjuges com filhos menores ou incapazes. Na lei anterior, o pedido de reagrupamento familiar podia ser feito imediatamente após a obtenção do título de residência.
    • duração da autorização de residência do cônjuge/parceiro reagrupado: a nova lei estabelece o que o casal deve demonstrar que morou junto, por pelo menos 18 meses, antes da entrada do residente em Portugal. No caso de casais sem filhos com união estável, o tempo de espera para pedir o reagrupamento é de 15 meses.
    • prazo de análise: a nova lei amplia de 90 dias para 270 dias o prazo para que Agência portuguesa para a Integração, Migrações e Asilo (Aima) analise os pedidos de reagrupamento familiar naquele no território europeu.
    • processos anteriores: a lei estendeu o prazo para conclusão dos pedidos de residência pendentes até 31 de dezembro de 2025.

    Transição

    Os trabalhadores brasileiros que residem legalmente no país por já cumprirem os requisitos de salário e qualificação profissional terão 180 dias (a contar da data de entrada em vigor da nova lei) para que possam se adaptar à nova lei. O objetivo é que o residente estrangeiro entre com pedido de conversão de seu título de residência comum para o de trabalho altamente qualificado.

    A lei concede o mesmo prazo (180 dias) para que residente estrangeiro solicite o visto de residência para seus familiares que já moram legalmente em Portugal.

    Recusa ao estrangeiro

    Em caso de rejeição de um pedido de autorização de residência, o cidadão estrangeiro deverá ser formalmente informado, por meio de notificação que deverá detalhar os fundamentos da rejeição do pedido. O requerente poderá recorrer da decisão.

    Suspensão de pedidos de visto de trabalho

    Como primeira medida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal suspendeu, a partir desta quinta-feira (23), o recebimento pelos órgãos oficiais de novos pedidos de visto de trabalho qualificado para estrangeiros.

    A decisão de suspensão é válida até a regulamentação das profissões qualificadas pelo governo de Portugal.   Assim, todos os agendamentos com esta finalidade estão automaticamente cancelados, diz a nota pública.

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