Categoria: MUNDO

  • Queda de helicóptero mata família de político dos EUA; neto sobrevive

    Queda de helicóptero mata família de político dos EUA; neto sobrevive

    Um dos quatro filhos do ex-senador republicado Darren Bailey morreu em um acidente de helicóptero com a família; na aeronave estava a esposa e dois dos netos do parlamentar, também recandidato ao cargo de governador de Illinois

    Quatro familiares de Darren Bailey, candidato a governador do estado norte-americano de Illinois, morreram em um acidente de helicóptero, nesta quarta-feira (22). Segundo a campanha do republicano, as vítimas mortais são o filho Zachary, a nora, Kelsey, e dois netos, Vada e Samuel, de 12 e sete anos, respectivamente.

    A mesma fonte relatou que não há mais informações acerca do acidente, que aconteceu no estado de Montana, mas explicou que Finn, o terceiro filho do casal “não estava a bordo da aeronave e está em segurança”. Finn tem dez anos. Zachary era um dos quatro filhos de Bailey.

    “Darren e a esposa Cindy estão devastados depois desta perda inimaginável. Estão encontrando conforto na fé, na família e nas preces de todos os que os amam e estão preocupados”, lê-se ainda na nota da assessoria do político.

    “A família agradece todo o apoio que têm vindo a receber, pedindo também privacidade durante o período de luto, em que estão acompanhados pelos seus entes queridos”, finaliza.

    O jornal The New York Times recorda que Bailey, de 59 anos, perdeu em 2022 a corrida à liderança do estado norte-americano, frente a JB Pritzker. Segundo escreve a publicação, Bailey foi também um senador estadual antes de entrar na corrida à liderança do estado de Illinois.

    Bailey chegou a estar à frente do atual governador, tendo sido amplamente apoiado  pelo agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como financiado por Richard Uihlein, proprietário da empresa Uline, que entre outros negócios é uma transportadora que opera em toda a América do Norte. 

    Depois de perder em 2022, com 42%, Bailey anunciou a sua recandidatura em setembro deste ano, não havendo, para já, qualquer anúncio de que vai desistir. O atual governador é, no entanto, o favorito a ganhar em 2026, de acordo com o que indica o New York Times.

    Nas redes sociais, algumas pessoas lamentaram a situação, de democratas a republicanos. A presidente do Partido Republicano do Illinois, Kathy Salvi, lamentou a tragédia e expressou solidariedade à família. “O partido está de luto por esta perda devastadora. Juntem-se a nós para manter a família Bailey nos nossos pensamentos e orações neste momento inimaginável”, escreveu Slavi, em comunicado.

    Também JB Pritzker lamentou a situação, escrevendo na rede social X (antigo Twitter): “MK [Mary Kathryn Muenster, a esposa] e eu estamos devastados com a notícia das morte de Zachary, Kelsey e de dois dos filhos, Vada e Samnuel. As nossas mais profundas condolências e orações, estamos com os Bailey neste momento de luto”, escreveu.

    Queda de helicóptero mata família de político dos EUA; neto sobrevive

  • António Costa afirma que plano de Trump para paz na Ucrânia fracassou

    António Costa afirma que plano de Trump para paz na Ucrânia fracassou

    Presidente do Conselho Europeu afirmou que a iniciativa dos EUA não encontra apoio de Putin e anunciou novas sanções contra Moscou, reforçando o compromisso da União Europeia em apoiar a Ucrânia até 2027

    O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou nesta quarta-feira (22) que as expectativas criadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sobre um possível acordo entre os líderes da Ucrânia e da Rússia não devem se concretizar.

    “Apesar das grandes expectativas criadas pela iniciativa de Trump, está claro hoje, infelizmente, que essas iniciativas não coincidem com a vontade de Putin”, declarou Costa, após uma reunião que contou com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Segundo ele, “a Rússia está intensificando os ataques contra civis e infraestruturas essenciais”.

    Diante desse cenário, o líder europeu defendeu a continuidade do apoio à Ucrânia. “Temos que continuar a apoiar a luta por uma paz justa e duradoura”, afirmou.

    Durante o encontro, o Conselho Europeu também aprovou um novo pacote de sanções contra Moscou. “Acabamos de adotar o nosso 19º pacote de sanções, que atinge bancos russos, bolsas de criptomoedas e o setor energético. Faremos tudo para garantir as necessidades financeiras da Ucrânia, inclusive para aquisição de equipamentos militares”, anunciou Costa.

    A presidência dinamarquesa da União Europeia confirmou o acordo entre os Estados-membros para endurecer as restrições ao petróleo e ao gás russos, como parte das medidas destinadas a privar o Kremlin de recursos usados na guerra.

    Costa classificou o resultado da reunião como “uma mensagem forte para a Rússia”. “Sempre dissemos que apoiaríamos a Ucrânia pelo tempo que fosse necessário — e estamos cumprindo”, reforçou, prometendo suporte contínuo em 2026 e 2027.

    Os líderes da União Europeia se reuniram em Bruxelas para discutir o aumento do apoio a Kyiv e a intensificação da pressão sobre Moscou. O encontro contou com a presença de Zelensky, mas com poucas expectativas de avanços em direção a um cessar-fogo.

    Trump tenta mediar um acordo

    Desde que retornou à Casa Branca, no início de 2025, Donald Trump tem buscado intermediar uma trégua entre os dois países. Recentemente, o presidente americano sugeriu que a Ucrânia poderia ter de ceder parte de seu território — especialmente na região de Donbass — para alcançar um acordo de paz, proposta que gerou forte reação em Kyiv e entre os líderes europeus.

    Os aliados da Ucrânia reiteraram que qualquer negociação deve respeitar a soberania do país e não pode recompensar a invasão russa. Moscou, por sua vez, rejeitou parte das ideias de Trump, incluindo a criação de uma linha de contato fixa, e mantém exigências próprias, como a rendição ucraniana em algumas regiões.

    Reunião entre Trump e Putin segue incerta

    Na semana passada, Trump afirmou ter tido uma “conversa produtiva” com Vladimir Putin e anunciou um possível encontro entre os dois em Budapeste, na Hungria, nas próximas semanas. No entanto, nesta terça-feira (21), o líder americano recuou, dizendo não querer “perder tempo com uma reunião inútil”, em referência à falta de sinais de boa vontade do Kremlin.

    Mesmo assim, o porta-voz do governo russo disse que as negociações para definir uma data continuam e expressou esperança de que a reunião possa contribuir para um “acordo pacífico”.
     
     

     

    António Costa afirma que plano de Trump para paz na Ucrânia fracassou

  • Maduro diz que Venezuela tem 5 mil mísseis antiaéreos para enfrentar EUA

    Maduro diz que Venezuela tem 5 mil mísseis antiaéreos para enfrentar EUA

    Maduro afirmou que a Venezuela possui cinco mil mísseis antiaéreos russos do tipo Igla-S para enfrentar possíveis ameaças dos Estados Unidos. A declaração ocorre em meio à crescente tensão com Washington, que acusa o governo venezuelano de envolvimento em operações internacionais de tráfico de drogas

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o país possui cinco mil mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa, modelo Igla-S, para responder a possíveis ameaças militares dos Estados Unidos.

    “Qualquer força militar do mundo conhece o poder dos Igla-S, e a Venezuela tem nada menos que cinco mil deles”, afirmou Maduro em pronunciamento transmitido pela televisão estatal na quarta-feira (22).

    O Igla-S é um míssil leve e portátil, projetado para abater aeronaves em baixa altitude, e tem sido usado em exercícios militares ordenados por Maduro como resposta à presença de forças norte-americanas na região do Caribe.

    Nos últimos meses, Washington mobilizou sete navios e caças de guerra sob o argumento de combater o tráfico de drogas. Desde o início de setembro, os Estados Unidos realizaram ao menos sete operações na área, que, segundo o governo venezuelano, causaram 32 mortes.

    O presidente americano Donald Trump anunciou em outubro que autorizou ações secretas da CIA contra o governo de Caracas, intensificando a tensão entre os dois países.

    Washington acusa Maduro e seus aliados de chefiar uma rede internacional de narcotráfico, enquanto o regime venezuelano nega as acusações e sustenta que a ofensiva norte-americana é parte de uma tentativa de mudança de regime e de controle sobre as reservas de petróleo do país.
     
     

     

    Maduro diz que Venezuela tem 5 mil mísseis antiaéreos para enfrentar EUA

  • Presos ameaçam de morte Nicolas Sarkozy em prisão de Paris

    Presos ameaçam de morte Nicolas Sarkozy em prisão de Paris

    Três detentos da penitenciária La Santé foram detidos após ameaçarem o ex-presidente francês, que cumpre pena de cinco anos por conspiração criminosa. Sarkozy recebe proteção especial dentro da prisão devido ao seu status e às ameaças recebidas desde sua chegada ao local

    Três detentos da penitenciária La Santé, em Paris, foram detidos por ameaçar de morte o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, de 70 anos. Os homens, cujas identidades não foram divulgadas, cumprem pena na mesma unidade em que o ex-chefe de Estado está preso desde terça-feira (21).

    Segundo o Ministério Público de Paris, os presos fizeram as ameaças no momento da chegada de Sarkozy à penitenciária. “Três detentos da prisão de La Santé foram detidos após proferirem ameaças durante a chegada de Nicolas Sarkozy”, informou um porta-voz da Promotoria.

    Durante uma busca realizada nas celas dos suspeitos, as autoridades apreenderam dois telefones celulares, segundo informações do jornal The Sun. A Promotoria abriu uma investigação formal por ameaça de morte.

    Na quarta-feira (22), o ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, confirmou que Sarkozy recebe proteção especial dentro da prisão, com dois agentes de segurança destacados exclusivamente para acompanhá-lo. Segundo o ministro, a medida foi adotada “devido ao seu status e às ameaças recebidas”.

    O ex-presidente francês começou a cumprir pena de cinco anos de prisão após ser condenado por conspiração criminosa em um caso de financiamento ilegal de campanha eleitoral. O Tribunal Penal de Paris concluiu que Sarkozy permitiu que aliados próximos solicitassem recursos ao regime do ditador Muammar Kadhafi para financiar sua candidatura à presidência em 2007.

    Mesmo tendo apresentado recurso, Sarkozy foi preso por determinação judicial com execução provisória da sentença, justificada pela “gravidade excepcional dos atos cometidos”.

    A condenação dividiu a opinião pública na França. Uma pesquisa divulgada no final de setembro mostrou que 61% dos franceses consideram a prisão justa, enquanto 38% acreditam que a medida é injusta. Sarkozy é o primeiro ex-presidente da França e da União Europeia a cumprir pena em regime fechado.
     

     
     

    Presos ameaçam de morte Nicolas Sarkozy em prisão de Paris

  • Parlamento de Israel inicia votação para anexar formalmente a Cisjordânia

    Parlamento de Israel inicia votação para anexar formalmente a Cisjordânia

    Proposta ainda precisa passar por 3 sessões antes de entrar em vigor; governo Binyamin Netanyahu deve barrar projeto; em paralelo, partidos de centro votam para anexar parte do território hoje ocupada por assentamento judaico

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O Knesset, o Parlamento israelense, aprovou nesta quarta-feira (22) em votações preliminares dois projetos de lei para anexar formalmente a Cisjordânia, território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967.

    A primeira proposta estipula que “a lei, Justiça, administração e soberania” israelenses serão aplicadas sobre toda a Cisjordânia, sem exceção. Hoje, o território é dividido em zonas territoriais e governado parcialmente pela Autoridade Palestina, embora Tel Aviv mantenha controle militar e de segurança. A segunda proposta, aprovada com apoio de partidos de centro, prevê a anexação de um assentamento próximo a Jerusalém.

    O movimento ocorre durante a visita oficial do vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, que está no país em tentativa de impedir que o governo Binyamin Netanyahu abandone o cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza.

    O avanço dos projetos, que ainda precisam passar por mais três votações no Knesset antes de virarem lei, foi lido em Israel como uma derrota para Netanyahu. Membros da sua coalizão pressionam o governo a anexar a Cisjordânia como resposta à onda de reconhecimento diplomático do Estado da Palestina liderada por Reino Unido, França e Canadá, mas o premiê tenta evitar novos desgastes com os EUA -o presidente Donald Trump já disse que não permitirá a anexação da Cisjordânia por Israel.

    O primeiro projeto foi aprovado por 25 votos a 24, com apoio dos partidos de extrema direita que sustentam a coalizão de Netanyahu no Knesset e voto de minerva de Yuli Edelstein, membro do partido de Netanyahu, o Likud.

    Edelstein violou a orientação de que a bancada se abstivesse e, em resposta, a sigla deve removê-lo da poderosa Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento, segundo o jornal The Times of Israel. O Likud deve ainda trabalhar para derrotar o projeto em votações futuras.

    “A soberania de Israel em toda a nossa terra natal é a questão premente do momento”, disse Edelstein após o voto. “Se meu pecado é ter defendido a Terra de Israel e votado a favor de aplicar soberania na Judeia e Samaria [nomes bíblicos pelos quais a Cisjordânia é às vezes chamada no país], então tenho orgulho disso.”

    Já o Likud disse em nota que a aprovação “não passa de uma manobra da oposição para prejudicar nossas relações diplomáticas com os Estados Unidos”, ignorando o fato de que partidos da sua base votaram a favor da medida.

    O Likud, no entanto, não se distanciou da intenção de anexar a Cisjordânia no futuro. “A real soberania não será conquistada por uma lei simbólica, e sim por meio de trabalho concreto e da criação de condições políticas para o reconhecimento de nossa soberania”, afirmou o partido, citando o reconhecimento dos EUA da anexação das Colinas de Golã, território sírio, e de Jerusalém como capital israelense.

    Se defendendo da acusação de que não protege os colonos na Cisjordânia, o Likud disse: “Nós fortalecemos os assentamentos todos os dias com ações, com orçamentos e projetos de construção, não com palavras”.

    O segundo projeto de lei, mais limitado, foi aprovado com apoio dos partidos dos líderes de oposição Yair Lapid e Benny Gantz. O texto prevê a anexação do território onde fica hoje o assentamento Ma’ale Adumim, verdadeira cidade próxima a Jerusalém Oriental onde moram 40 mil colonos judeus. Os assentamentos são considerados ilegais pelo direito internacional e pela esmagadora maioria dos países no mundo.

    O texto foi aprovado com 32 votos favoráveis e nove contrários. O deputado Avigdor Liberman, autor da proposta, disse em discurso no plenário que a melhor maneira de anexar a Cisjordânia é aos poucos. “O maior consenso na sociedade israelense hoje é a aplicação da soberania em Ma’ale Adumim.”

    Nesse sentido, membros do Likud ouvidos sob reserva pelo Times of Israel disseram que, se houvesse um voto secreto no Knesset hoje, a anexação completa da Cisjordânia seria aprovada com ampla margem, apesar do risco de irritar os EUA e provocar indignação de aliados europeus.

    Em setembro, Netanyahu visitou Ma’ale Adumim para assinar a expansão do assentamento. O projeto, conhecido como bloco E1, vai criar mais 3.400 casas e separar Jerusalém Oriental do resto da Cisjordânia, uma medida que “enterraria” a chance da criação de um Estado palestino, segundo o ministro de Finanças de Israel, o extremista Bezalel Smotrich.

    Parlamento de Israel inicia votação para anexar formalmente a Cisjordânia

  • Trump critica Putin e aplica sua 1ª sanção contra a Rússia

    Trump critica Putin e aplica sua 1ª sanção contra a Rússia

    Com chefe da Otan, americano disse que cancelou encontro com russo porque as conversas nunca vão a lugar algum; medidas atingem duas petrolerias e as instituições que fazem negócios com elas, o que pode afetar até o Brasil

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Uma semana após anunciar uma reunião de cúpula sobre a Guerra da Ucrânia com Vladimir Putin, o presidente Donald Trump deu um cavalo de pau e não só confirmou o cancelamento do encontro, mas também anunciou o primeiro pacote de sanções de sua gestão contra a Rússia devido ao conflito.

    “Toda vez que eu converso com Vladimir, eu tenho boas conversas e elas não vão em lugar nenhum, elas simplesmente não vão a lugar algum. Nós cancelamos o encontro com presidente Putin. Não parecia certo para mim. Eu não senti que iríamos para onde temos de ir, então cancelei. Mas nós faremos [a reunião] no futuro”, disse o americano.

    Ele recebeu na Casa Branca o secretário-geral da Otan, o holandês Mark Rutte, que desenvolveu uma boa relação com Trump –com adulação constante, conseguiu trazer o americano de volta à cabeceira da mesa da aliança militar fundada pelos EUA contra Moscou em 1949.

    Ambos disseram que é essencial “parar a matança” no conflito iniciado po Putin em 2022. A guerra está num momento de especial violência, com ataques aéreos de lado a lado. Trump reiterou que não enviará mísseis de maior alcance e negou ter autorizado ataques a alvos distantes na Rússia.

    Segundo o Departamento do Tesouro, as sanções vão atingir especificamente duas petroleiras russas, a estatal Rosneft, maior empresa do país, e a privada Lukoil, terceira maior.

    O mais importante, segundo a nota do Tesouro, é a possibilidade de punir entes financeiros que façam negócios no exterior com as empresas. Teoricamente, essas sanções secundárias podem atingir bancos chineses e indianos, além de negociadores do petróleo russo em mercados neutros, como os Emirados Árabes Unidos.

    O Brasil pode acabar atingido indiretamente, caso algum dos importadores de diesel russo do país negocie com subsidiárias das empresas ou participe de alguma triangulação rastreável. A Rússia é o maior fornecedor do derivado do petróleo ao país, com 60% do mercado.

    China e Índia são os maiores compradores de petróleo russo, com destaque para o crescimento exponencial dos indianos. Trump já havia usado uma punição indireta contra Nova Déli aumentando as tarifas de importação de produtos do país asiático de 25% para 50%, visando forçar a redução no que ele chama de financiamento da guerra.

    O setor de óleo e gás responde por uma fatia que flutua de 30% a 50% do orçamento federal russo. O país já gasta quase 8% de seu Produto Interno Bruto em defesa, e o setor é responsável pela maior parte dos investimentos do Kremlin.

    “Dada a recusa do presidente Putin de acabar com essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionado as empresas”, disse o secretário do setor, Scott Bessent. Trump foi mais coloquial na sua fala: “Achei que era a hora para sanções contra a Rússia. Espero que isso torne Putin razoável”.

    Por óbvio, é preciso ver como será a aplicação das medidas na prática e seu impacto. Até aqui, a Rússia circunavegou com mais ou menos facilidade as diversas sanções que lhe foram impostas -nesta quarta, a União Europeia aprovou a 19ª rodada delas, especificamente sobre o setor de gás liquefeito, que seus membros continuam comprando de Moscou.

    A mudança de Trump é mais uma no interminável vaivém em relação à guerra, que ele dizia que resolveria em um dia. Acabou aproximando-se de Putin e depois o afastando, só para convidá-lo para uma cúpula no Alasca e anunciar que a paz chegaria.

    Não deu certo, e ele voltou ao modo pressão até que, na véspera de receber Volodimir Zelenski na Casa Branca, na quinta passada (16), um telefonema de Putin o amaciou novamente. O ucraniano saiu do encontro sem o fornecimento desejado de mísseis de cruzeiro Tomahawk e passou a trabalhar com mais uma decepção.

    Isso até a segunda (20), quando a primeira conversa para azeitar a nova cúpula russo-americana, feita pelos chefes da diplomacia de ambos os lados, não deu em nada. O russo Serguei Lavrov refutou a ideia de um cessar-fogo imediato na conversa com Marco Rubio, reiterando que só fala nisso após garantir concessões territoriais de Kiev.

    Zelenski tentou ajudar no dia seguinte, dizendo que topa congela todas as linhas de frente e aí negociar, mas essa proposta é vista como insuficiente por Putin, que quer os talvez 20% da região de Donetsk que ainda não controla.

    O impasse se desenrola com tensões altas, devido à escalada nos ataques entre ambos os lados e os atritos entre Otan e Rússia –ambos os países realizam exercícios de ataque nuclear nesta semana, assim como os EUA.

    Trump critica Putin e aplica sua 1ª sanção contra a Rússia

  • Coreia do Norte dispara mísseis balísticos e deixa Coreia do Sul em alerta

    Coreia do Norte dispara mísseis balísticos e deixa Coreia do Sul em alerta

    Lançamentos ocorreram a poucos dias da reunião de líderes da Apec, que será realizada em território sul-coreano; projéteis teriam voado 350 km e caído em área desabitada

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Coreia do Norte lançou nesta quarta-feira (22) o que aparentam ser múltiplos mísseis balísticos de curto alcance, informou o Exército sul-coreano. Os disparos, os primeiros do tipo desde maio, ocorreram a apenas uma semana da reunião de líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês), que será sediada na Coreia do Sul.

    Os lançamentos também marcam o primeiro teste militar da Coreia do Norte desde a posse em junho do atual presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, eleito com plataforma de diálogo e engajamento com o regime de Kim Jong-un.

    Segundo a Coreia do Sul, os projéteis foram disparados de uma área próxima a Pyongyang, capital da Coreia do Norte, e voaram cerca de 350 km antes de caírem em uma região norte-coreana desabitada.

    O governo japonês afirmou que os mísseis não representaram ameaça direta à segurança do país. A nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, disse que Tóquio está compartilhando informações em tempo real com os Estados Unidos.

    O episódio ocorre ainda num contexto de intensa agenda diplomática. O presidente Lee deverá se reunir na próxima semana com Donald Trump durante o encontro da Apec. Também está previsto um encontro entre o americano e o líder chinês, Xi Jinping.

    Washington e Seul discutem a possibilidade de um novo contato entre Trump e Kim Jong-un, embora Pyongyang ainda não tenha respondido à proposta.

    Autoridades americanas chegaram a considerar uma visita de Trump à zona desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês) que separa as duas Coreias, mas o plano não foi confirmado. As visitas turísticas ao vilarejo de Panmunjom, dentro do local, estão suspensas até o início de novembro, e Seul não anunciou qualquer preparação para um encontro direto com o líder norte-coreano.

    Trump e Kim se encontraram três vezes durante o primeiro mandato do americano na Presidência, num esforço diplomático que acabou fracassando devido às exigências dos EUA para que Pyongyang abrisse mão de seu arsenal nuclear.

    Mesmo após o impasse, ambos trocaram mensagens amistosas. Em setembro, Kim afirmou ter “boas lembranças” de Trump e disse não ver motivo para evitar novas conversas desde que Washington deixasse de insistir na desnuclearização da Coreia do Norte.

    Pyongyang tem ampliado suas capacidades militares na última década, em desafio direto a sanções do Conselho de Segurança da ONU. Nos últimos anos, os norte-coreanos fizeram testes com mísseis de longo alcance capazes de atingir o território continental dos EUA.

    O último lançamento balístico do país havia ocorrido em 8 de maio, quando mísseis de curto alcance foram disparados da costa leste. No início deste mês, o regime exibiu seu mais recente míssil intercontinental em um desfile militar que contou com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

    Coreia do Norte dispara mísseis balísticos e deixa Coreia do Sul em alerta

  • Governo Trump diz que aumentará 'substancialmente' sanções contra a Rússia

    Governo Trump diz que aumentará 'substancialmente' sanções contra a Rússia

    “Vamos anunciar, ou depois do fecho dos mercados esta tarde ou logo amanhã de manhã, um reforço substancial das sanções contra a Rússia”, afirmou secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse nesta quarta-feira (22) que o governo Donald Trump anunciará um aumento substancial nas sanções contra a Rússia.

    Anúncio pode ocorrer até nesta quinta-feira (23). “Anunciaremos, seja depois do fim da tarde ou no início da manhã de amanhã de amanhã, um aumento substancial das sanções contra a Rússia”, afirmou Bessent a jornalistas na Casa Branca.

    Declaração acontece no dia seguinte à notícia de que Trump descarta um encontro nos próximos dias com o presidente russo, Vladimir Putin. “Não há planos para o presidente Trump se reunir com Putin no futuro imediato”, disse uma fonte do governo dos EUA à AFP, sob condição de anonimato.

    Semana passada, o americano havia dito que poderia se reunir com Putin em Budapeste, na Hungria. Encontro estava previsto para ocorrer entre esta e a próxima semana, conforme anunciado pelo próprio presidente dos EUA.

    Trump recebeu Putin no Alasca em agosto. Foi a primeira vez que o líder russo pisou em solo ocidental desde que ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Na ocasião, o norte-americano admitiu sua frustração com Putin após se gabar por muito tempo de que poderia encerrar a guerra em um dia ao retornar à Casa Branca, devido à sua química pessoal com o líder russo.

    Notícia de suspensão do encontro ocorreu no mesmo dia em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus apoiaram esforços de Trump para encerrar guerra. O ucraniano e lideranças europeias, que incluem governantes da França, Reino Unido e Alemanha, insistem em pedir uma intensificação da pressão sobre Moscou, inclusive de Washington, onde Trump se recusou até agora a impor sanções à Rússia.

    Governo Trump diz que aumentará 'substancialmente' sanções contra a Rússia

  • Portugal suspende emissão dos vistos de procura de trabalho

    Portugal suspende emissão dos vistos de procura de trabalho

    Quando retomada, documentação será concedida a profissionais ‘altamente qualificados’, segundo governo; mudanças fazem parte do pacote anti-imigração aprovado pela Assembleia e sancionado no último dia 16 pelo presidente

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O governo de Portugal anunciou a suspensão da emissão de vistos de procura de trabalho, medida que entra em vigor a partir desta quinta-feira (23). A decisão afeta todos os consulados portugueses no Brasil e em outros países em que os serviços consulares são intermediados pela empresa terceirizada VFS Global, segundo o jornal português Público.

    De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, os vistos nesse formato deixam de existir nos “moldes anteriormente definidos na lei”. Quando forem retomados, passarão a ser concedidos apenas a profissionais “altamente qualificados”, segundo critérios que ainda serão detalhados pelo governo. O objetivo é alinhar a política de imigração às necessidades do país, de acordo com o ministério.

    Os brasileiros são os que mais solicitam o visto de procura de trabalho, criado como alternativa para entrada em Portugal após o fim do mecanismo de manifestação de interesse, em junho de 2024.

    Esse tipo de visto permite ao candidato permanecer no país por 120 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 60, para que sejam contratados. Segundo o governo português, os pedidos já em análise nos consulados, assim como aqueles entregues até 22 de outubro, continuarão a ser avaliados segundo as regras anteriores à nova lei.

    Em entrevista à publicação portuguesa, o secretário-adjunto de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, disse que a definição de “altamente qualificado” será ampla e poderá incluir até mesmo ofícios técnicos. “Um serralheiro pode ser um altamente qualificado”, afirmou ao Público Brasil.

    As mudanças fazem parte do pacote anti-imigração aprovado pela Assembleia e sancionado no último dia 16 pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

    O pacote estabelece ainda mais condições para um estrangeiro morar com a família em Portugal. Agora, o imigrante que vive no país só pode trazer a família depois de um ano de residência legal e precisa comprovar a coabitação com o cônjuge por pelo menos um ano antes da mudança. O reagrupamento familiar só é imediato em caso de família com filhos menores de idade ou declarados incapazes.

    A restrição à imigração era uma das promessas de campanha da Aliança Democrática, coligação de centro-direita que governa Portugal, liderada pelo premiê Luís Montenegro.

    Na nota oficial divulgada nesta quarta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma também que, em conformidade com a nova legislação, todos os pedidos que forem enviados por correio ou apresentados presencialmente a partir do dia 23 “não poderão ser aceitos” e serão devolvidos aos requerentes pela VFS Global. No lugar do modelo atual, será criado o visto para procura de trabalho qualificado, cujos procedimentos só poderão ser iniciados quando a nova regulamentação for publicada.

    Portugal suspende emissão dos vistos de procura de trabalho

  • Chanceler argentino pede demissão às vésperas de eleição crucial para Milei

    Chanceler argentino pede demissão às vésperas de eleição crucial para Milei

    Gerardo Werthein entrega o cargo em meio a fritura após saldo ruim de reunião do presidente argentino com Trump; Chanceler é o 2º no posto em 2 anos de governo; ele havia assumido após saída de Diana Mondino em 2024

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (22). O chanceler vinha sendo alvo de críticas dos apoiadores de Javier Milei às vésperas das eleições legislativas no país à qual o governo chega desgastado por escândalos envolvendo aliados do presidente.

    Ao jornal Clarín o chefe de gabinete do governo, Guillermo Francos, lamentou a saída de Werthein e disse que a decisão do colega foi pessoal. “Contribuiu muito, foi não somente um ator central para as relações internacionais, mas também chave para as reuniões do presidente [Milei] com Trump”, afirmou Francos.

    A referência de Francos a Donald Trump evidencia o principal ponto de desgaste de Werthein nos últimos dias.

    Milei e seu gabinete queriam que a reunião com o presidente americano, ocorrida na semana passada na Casa Branca, pudesse beneficiar a campanha pelas eleições legislativas argentinas, no próximo domingo (26), especialmente após um escândalo envolvendo um de seus principais candidatos, José Luis Espert, que renunciou à candidatura.

    O saldo, no entanto, não foi positivo, com declaração de Trump de que, se a oposição a Milei vencesse, deixaria de apoiar a Argentina. Após o episódio, apoiadores do ultraliberal passaram a aumentar as críticas a Werthein, que era o embaixador argentino em Washington antes de assumir a chancelaria.

    Militante do mileísmo nas redes sociais, o apresentador de um canal de streaming Daniel Parisini disse que Trump tinha confundido as eleições e atribuiu a Werthein o resultado negativo da reunião. “Donald acha que as próximas eleições argentinas são as eleições presidenciais”, disse ele. “Se ao menos tivéssemos um ministro das Relações Exteriores, as coisas teriam sido diferentes.”

    O presidente argentino tem buscado socorro do aliado americano nos últimos dias também diante da situação econômica volátil do país, que se soma aos problemas políticos recentes.

    Na tentativa de conter a fuga de pesos do país antes da eleição, o banco central do país fechou acordo de US$ 20 milhões com o Departamento do Tesouro dos EUA para estabilização do câmbio.

    Werthein deve ficar no cargo até a segunda-feira (27), dia seguinte ao pleito. A saída do chanceler ocorrerá poucos dias antes de ele completar um ano no cargo e em um momento de grande fragilidade política do governo, derrotado no pleito da província de Buenos Aires no início de setembro.

    Este é o segundo chanceler do governo Milei em quase dois anos de governo. O atual titular ascendeu ao cargo no fim de 2024, após a demissão de Diana Mondino, que estava desde o início da gestão de Milei, iniciada em dezembro de 2023.

    Mondino era uma ministra de grande projeção no início do governo do ultraliberal, na ocasião ainda pouco desgastado pelos escândalos que arranharam a gestão principalmente a partir de 2025.

    A então chanceler foi demitida em meio a um clima de caça às bruxas na diplomacia argentina. Milei cobrava comprometimento integral às suas posições, entre elas a oposição a tudo o que tem relação com a Agenda 2030 da ONU.

    No fim de outubro do ano passado, já em meio ao desgaste, a delegação argentina na ONU votou contra o embargo a Cuba -decisão vista como a gota d’água para Milei, que forçou a renúncia de Mondino.

    Segundo o jornal La Nacion, entre os cinco nomes especulados para assumir o lugar de Werthein estão o próprio chefe de gabinete, Guillermo Francos, e o cônsul argentino em São Paulo, Luis María Kreckler, que também já foi embaixador em Brasília. Outros cotados são Nahuel Sotelo e Úrsula Basset, dois nomes da chancelaria que haviam perdido espaço com a chegada de Werthein, e Fulvio Pompeo, que foi secretário de assuntos estratégicos de Mauricio Macri.

    Chanceler argentino pede demissão às vésperas de eleição crucial para Milei