Categoria: MUNDO

  • Chanceler argentino pede demissão às vésperas de eleição crucial para Milei

    Chanceler argentino pede demissão às vésperas de eleição crucial para Milei

    Gerardo Werthein entrega o cargo em meio a fritura após saldo ruim de reunião do presidente argentino com Trump; Chanceler é o 2º no posto em 2 anos de governo; ele havia assumido após saída de Diana Mondino em 2024

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (22). O chanceler vinha sendo alvo de críticas dos apoiadores de Javier Milei às vésperas das eleições legislativas no país à qual o governo chega desgastado por escândalos envolvendo aliados do presidente.

    Ao jornal Clarín o chefe de gabinete do governo, Guillermo Francos, lamentou a saída de Werthein e disse que a decisão do colega foi pessoal. “Contribuiu muito, foi não somente um ator central para as relações internacionais, mas também chave para as reuniões do presidente [Milei] com Trump”, afirmou Francos.

    A referência de Francos a Donald Trump evidencia o principal ponto de desgaste de Werthein nos últimos dias.

    Milei e seu gabinete queriam que a reunião com o presidente americano, ocorrida na semana passada na Casa Branca, pudesse beneficiar a campanha pelas eleições legislativas argentinas, no próximo domingo (26), especialmente após um escândalo envolvendo um de seus principais candidatos, José Luis Espert, que renunciou à candidatura.

    O saldo, no entanto, não foi positivo, com declaração de Trump de que, se a oposição a Milei vencesse, deixaria de apoiar a Argentina. Após o episódio, apoiadores do ultraliberal passaram a aumentar as críticas a Werthein, que era o embaixador argentino em Washington antes de assumir a chancelaria.

    Militante do mileísmo nas redes sociais, o apresentador de um canal de streaming Daniel Parisini disse que Trump tinha confundido as eleições e atribuiu a Werthein o resultado negativo da reunião. “Donald acha que as próximas eleições argentinas são as eleições presidenciais”, disse ele. “Se ao menos tivéssemos um ministro das Relações Exteriores, as coisas teriam sido diferentes.”

    O presidente argentino tem buscado socorro do aliado americano nos últimos dias também diante da situação econômica volátil do país, que se soma aos problemas políticos recentes.

    Na tentativa de conter a fuga de pesos do país antes da eleição, o banco central do país fechou acordo de US$ 20 milhões com o Departamento do Tesouro dos EUA para estabilização do câmbio.

    Werthein deve ficar no cargo até a segunda-feira (27), dia seguinte ao pleito. A saída do chanceler ocorrerá poucos dias antes de ele completar um ano no cargo e em um momento de grande fragilidade política do governo, derrotado no pleito da província de Buenos Aires no início de setembro.

    Este é o segundo chanceler do governo Milei em quase dois anos de governo. O atual titular ascendeu ao cargo no fim de 2024, após a demissão de Diana Mondino, que estava desde o início da gestão de Milei, iniciada em dezembro de 2023.

    Mondino era uma ministra de grande projeção no início do governo do ultraliberal, na ocasião ainda pouco desgastado pelos escândalos que arranharam a gestão principalmente a partir de 2025.

    A então chanceler foi demitida em meio a um clima de caça às bruxas na diplomacia argentina. Milei cobrava comprometimento integral às suas posições, entre elas a oposição a tudo o que tem relação com a Agenda 2030 da ONU.

    No fim de outubro do ano passado, já em meio ao desgaste, a delegação argentina na ONU votou contra o embargo a Cuba -decisão vista como a gota d’água para Milei, que forçou a renúncia de Mondino.

    Segundo o jornal La Nacion, entre os cinco nomes especulados para assumir o lugar de Werthein estão o próprio chefe de gabinete, Guillermo Francos, e o cônsul argentino em São Paulo, Luis María Kreckler, que também já foi embaixador em Brasília. Outros cotados são Nahuel Sotelo e Úrsula Basset, dois nomes da chancelaria que haviam perdido espaço com a chegada de Werthein, e Fulvio Pompeo, que foi secretário de assuntos estratégicos de Mauricio Macri.

    Chanceler argentino pede demissão às vésperas de eleição crucial para Milei

  • Ucrânia negocia até 150 caças Gripen, os mesmos do Brasil

    Ucrânia negocia até 150 caças Gripen, os mesmos do Brasil

    Acordo de intenções é de longo prazo, sugerindo que o modelo será o padrão da Força Aérea de Kiev; Estocolmo evitou enviar versões anteriores aos ucranianos, que usam aviões soviéticos, F-16 e Mirage

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O governo da Suécia assinou um protocolo de intenções com o da Ucrânia para a compra de uma frota de caças Gripen E pelo país em guerra. Serão negociados segundo o país nórdico de 100 a 150 unidades do avião, o mesmo que hoje é operado pelo Brasil e cujo primeiro modelo foi entregue nesta semana a Estocolmo.

    O anúncio foi feito em Linköping, a sede da fabricante Saab, com a presença do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. “Começamos o trabalho para obter Gripen, e esperamos não menos do que cem desses jatos no futuro”, disse ele.

    Se realizada, será a maior exportação de aviões militares suecos da história: os modelos anteriores do Gripen, gerações A/B e C/D, são operados por seis países, enquanto a E/F foi comprada pelo Brasil, Colômbia e Tailândia.

    A Força Aérea Brasileira comprou 36 aviões, 15 dos quais serão feitos na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Tailandeses e colombianos deverão operar frotas menores, e a Suécia encomendou 60 modelos E, de um lugar -por ora só Brasil terá o F, de dois assentos, ideal para instrução.

    Até aqui, Estocolmo havia evitado o envio de modelos C/D, dos quais dispõe de 96 unidades, para a Ucrânia. A alegação seria o risco de desguarnecer sua defesa no momento em que acaba de entrar na Otan, a aliança militar ocidental que rivaliza com a Rússia.

    Pesou também o fato de que os ucranianos, além de voar caças soviéticos MiG-29 e Su-27, receberam doações de americanos F-16 que estavam em forças europeias e Mirage-2000 franceses. Introduzir um vetor a mais em meio à guerra só complicaria a questão de treinamento e manutenção.

    Por isso, apesar de não haver detalhes, valores ou cronograma divulgados, é presumível que se o acordo com a Suécia for em frente o Gripen será o caça padrão de Kiev no futuro -com ou sem guerra, dado que a entrega de aviões novos é um processo lento, de anos.

    Zelenski, com seu habitual otimismo para a plateia, falou em começar a receber os aviões já no ano que vem, o que parece impossível dada a escala atual de produção.

    Um ponto incerto é acerca do impacto desse negócio para a FAB, que por questões orçamentárias viu seu programa de entrega do caça atrasar por vários anos. Fechado em 2014, o contrato previa o fim das entregas ao país no ano passado.

    Até agora, há dez aviões no Brasil. Já no cronograma atual, previa o fim do contrato em 2027, o que não vai acontecer. O novo aditivo negociado neste ano já empurrou a entrega para 2032, oito anos depois da previsão inicial.

    A Saab afirma que não há risco de descumprimento do acordo com o Brasil, apesar da pressão mesmo de Estocolmo por mais rapidez na entrega dos caças. A empresa diz que caças para o mercado europeu serão sempre feitos na Suécia -enquanto a linha brasileira poderá atender clientes latino-americanos.

    O Gripen, antes visto como um produto de difícil exportação dada a quantidade de caças americanos F-35 sendo negociados, em especial na Otan, passa por um renascimento. O Brasil deseja mais 14 aviões, pelo menos, além de talvez 12 modelos antigos para tapar buraco em algumas áreas.

    Além de Colômbia e Tailândia, o modelo está bem colocado em disputas no Peru e em Portugal, e acaba de voltar ao jogo no Canadá, onde o governo deverá desistir de ao menos metade da compra de 88 F-35 antes anunciada.

    O caça americano é mais caro na prateleira, com valores básicos em torno de US$ 100 milhões, ante US$ 85 milhões do Gripen, embora esses preços sejam estimativas toscas que variam com a natureza e tamanho do contrato. Mas sua operação é mais dispendiosa, US$ 35 mil por hora-voo, ante cerca de US$ 5.000 do sueco.

    Este é um fator central para a escolha aparente da Ucrânia, ainda que seja incerto quem irá financiar a empreitada no longo prazo.

    Ucrânia negocia até 150 caças Gripen, os mesmos do Brasil

  • Mulher com Parkinson toca clarinete durante operação ao cérebro; veja!

    Mulher com Parkinson toca clarinete durante operação ao cérebro; veja!

    Uma mulher diagnosticada com doença de Parkinson tocou clarinete durante uma operação de quatro horas ao cérebro, no King’s College Hospital, em Londres, no Reino Unido; veja as imagens na galeria abaixo!

    Uma mulher diagnosticada com doença de Parkinson em 2014 conseguiu tocar clarinete durante uma operação ao cérebro, no King’s College Hospital, em Londres, no Reino Unido.

    Denise Bacon, de 65 anos, foi submetida a um procedimento de quatro horas para aliviar os sintomas que sofria, entre eles lentidão de movimentos e rigidez muscular, que afetavam a sua capacidade de andar, nadar, dançar e tocar clarinete.

    “O professor de neurocirurgia Keyoumars Ashkan realizou uma estimulação cerebral profunda (DBS) – um procedimento cirúrgico utilizado em pacientes selecionados com distúrbios motores resistentes ao tratamento, como a doença de Parkinson – para implantar elétrodos no cérebro de Denise”, detalhou o Serviço Nacional de Saúde britânico, em comunicado.

    A mulher de Crowborough, em East Sussex, verificou melhorias quase de imediato, tendo conseguido tocar clarinete com muito mais facilidade.

    “Foram feitos orifícios com metade do tamanho de uma moeda de cinco entavos no crânio de Denise, após a colocação de uma estrutura com coordenadas precisas na sua cabeça, que funcionou como um sistema de navegação por satélite para nos guiar até às posições corretas para implantar os elétrodos. Assim que os elétrodos foram colocados no lado esquerdo do cérebro de Denise, a corrente foi ligada e observou-se uma melhoria imediata nos movimentos da mão do lado direito. O mesmo aconteceu no lado esquerdo, quando implantamos elétrodos no lado direito do cérebro”, explicou o profissional de saúde, na mesma nota.

    Ashkan apontou ainda que, uma vez que Denise toca instrumentos, foi-lhe sugerido que “levasse o seu clarinete para a sala de cirurgia, para ver se o procedimento melhoraria a sua capacidade de tocar”.

    “Ficamos muito felizes ao ver uma melhora instantânea nos movimentos das mãos e, portanto, na sua capacidade de tocar, assim que a estimulação foi aplicada no cérebro”, complementou.

    Denise, que tocava clarinete na East Grinstead Concert Band, teve de parar há cinco anos, devido ao agravamento dos sintomas associados à doença de Parkinson.

    Foi-lhe administrado um anestésico local para adormecer o couro cabeludo e o crânio, mas a mulher permaneceu acordada durante o procedimento, para que os seus sintomas pudessem ser monitorados.

    “Lembro-me de que a minha mão direita passou a mover-se com muito mais facilidade após a aplicação da estimulação, o que, por sua vez, melhorou a minha capacidade de tocar clarinete. Já estou sentindo melhorias na minha capacidade de andar e estou ansiosa para voltar à piscina e à pista de dança, para ver se as minhas habilidades melhoraram nessas áreas”, confessou Denise.

    Denise optou pelo tipo recarregável de bateria do gerador de impulsos, implantado no peito, que pode durar até 20 anos antes de ter de ser substituída. Este gerador fornece uma corrente elétrica contínua ao cérebro, além de monitorizar a atividade cerebral e ajustar automaticamente a estimulação, quando necessário.

    Mulher com Parkinson toca clarinete durante operação ao cérebro; veja!

  • Sarkozy é mantido em cela isolada e com dois seguranças em prisão de Paris

    Sarkozy é mantido em cela isolada e com dois seguranças em prisão de Paris

    O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy cumpre pena de cinco anos em uma cela isolada na prisão de La Santé, em Paris, sob escolta permanente de dois seguranças. A medida, segundo o governo, visa garantir sua proteção. A defesa tenta obter liberdade antecipada até o Natal

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que se apresentou à penitenciária de La Santé, em Paris, nesta terça-feira (21) para cumprir uma pena de cinco anos de prisão, está sendo mantido sob escolta de dois seguranças.

    O ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou nesta quarta-feira (22) que a presença dos agentes dentro da prisão é uma medida de proteção em consideração ao status do ex-presidente. “Evidentemente, ele é um cidadão como qualquer outro. Há, obviamente, uma ameaça contra ele”, disse Nuñez.

    Sarkozy está em uma cela individual de nove metros quadrados, em um pavilhão isolado, por questão de segurança. Ele não tem contato com outros presos, inclusive durante o tempo de recreação.

    Os agentes fazem parte da equipe de segurança responsável pela proteção de ex-presidentes e ficarão em celas vizinhas durante todo o período em que ele ficar detido.

    Sindicatos de agentes penitenciários protestaram contra a presença dos seguranças dentro da prisão. Nicolas Peyrin, da CGT (Confederação Geral do Trabalho, uma das maiores organizações sindicais francesas), afirmou que a equipe de La Santé é perfeitamente capaz de garantir a segurança dos detentos e que a presença da polícia não é necessária.

    Chefe local do sindicato Force Ouvrière e agente penitenciário de La Santé Hugo Vitry, afirmou que os guardas não foram informados sobre o esquema de segurança de Sarkozy. “Entramos em contato com a administração penitenciária e com o Ministério da Justiça para exigir explicações”, disse ele.
    Os advogados de Sarkozy apresentaram um pedido de liberdade antecipada, que ainda não foi julgado, e disseram esperar que o pedido seja analisado em cerca de um mês. A defesa do ex-presidente afirma esperar conseguir a libertação antecipada até o Natal.

    Sarkozy, que presidiu a França de 2007 a 2012, tem negado repetidamente qualquer irregularidade e afirma que o caso é politicamente motivado.
    Ele foi condenado por conspiração criminosa em um caso relacionado à tentativa de obter financiamento ilegal para sua campanha presidencial de 2007 com dinheiro da ditadura de Muammar Gaddafi (1942-2011), na Líbia.

    Inaugurada em 1867, a prisão de La Santé é a única dentro de Paris. Já abrigou detentos ilustres, como o militar judeu Alfred Dreyfus (1859-1935), vítima de um erro judicial por antissemitismo, no final do século 19; o ex-ditador do Panamá Manuel Noriega (1934-2017); o colaborador do regime nazista Maurice Papon (1910-2007); e Ahmed Ben Bella (1916-2012), herói da independência da Argélia.
    Em 1911, o poeta Guillaume Apollinaire (1880-1918) passou uma semana preso em La Santé, acusado erroneamente de participação no roubo da “Mona Lisa”, do Museu do Louvre.

    Sarkozy é mantido em cela isolada e com dois seguranças em prisão de Paris

  • Erro em concurso faz candidata celebrar vitória por engano no palco; veja

    Erro em concurso faz candidata celebrar vitória por engano no palco; veja

    Durante o Miss Grand International, a representante do Panamá celebrou ao pensar que havia sido classificada para a final, mas o apresentador corrigiu o erro e anunciou outra candidata. Isamar Herrera reagiu com elegância, dizendo que “é preciso saber perder e reconhecer a vitória dos outros”

    Durante a final do concurso Miss Grand International, um momento inusitado chamou a atenção e repercutiu nas redes sociais. A candidata do Panamá, Isamar Herrera, chegou a comemorar efusivamente a passagem para a próxima fase da competição, mas foi surpreendida ao descobrir que havia ocorrido um engano.

    Na etapa em que as finalistas eram anunciadas individualmente pelo apresentador, o nome divulgado foi o de Cecilia Romero, representante do Paraguai. No entanto, devido à confusão causada pelo barulho no ambiente, Isamar acreditou ter sido chamada e desfilou até o centro do palco, visivelmente emocionada.

    Ao chegar ao final da passarela, o apresentador interrompeu a celebração para esclarecer o erro, afirmando que, por conta do ruído, houve uma confusão na identificação da candidata selecionada. Em seguida, informou que a escolhida correta era, de fato, a representante paraguaia.

    Diante da correção, Isamar teve de retornar ao seu lugar, enquanto Cecilia Romero seguiu para ocupar a posição entre as finalistas. O momento foi marcado por constrangimento e surpresa, mas a candidata panamenha demonstrou elegância e maturidade ao comentar o ocorrido após o evento.

    “São coisas que acontecem. Foi um engano, e isso é uma competição. Às vezes, é preciso saber perder e reconhecer a vitória dos outros”, afirmou Isamar em entrevista após a cerimônia.

    Erro em concurso faz candidata celebrar vitória por engano no palco; veja

  • Presidente colombiano convoca manifestação após absolvição de Uribe

    Presidente colombiano convoca manifestação após absolvição de Uribe

    Gustavo Petro chamou a população para um ato na Praça de Bolívar, em Bogotá, nesta sexta (25), em resposta à decisão da Justiça que absolveu Álvaro Uribe. Durante a manifestação, deve começar a coleta de assinaturas para convocar uma Assembleia Constituinte e reformar a Constituição colombiana

    O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou uma manifestação para esta sexta-feira (25), às 16h, na Praça de Bolívar, em Bogotá. O ato tem como objetivo iniciar a coleta de assinaturas para convocar uma Assembleia Nacional Constituinte, em reação à absolvição do ex-presidente Álvaro Uribe.

    “Espero toda a Bogotá nesta sexta-feira às 16h na Praça de Bolívar. Vamos pela soberania nacional. Vamos pelo poder constituinte”, escreveu Petro na rede social X (antigo Twitter). Em outra publicação, o presidente criticou a decisão do Tribunal Superior de Bogotá, que absolveu Uribe das acusações de suborno de testemunhas e fraude processual.

    Na terça-feira, o tribunal de segunda instância reverteu uma condenação anterior que havia imposto ao ex-presidente uma pena de 12 anos de prisão domiciliar. Petro reagiu dizendo que a decisão “encobre a história da governança paramilitar na Colômbia” e afirmou que Uribe chegou ao poder aliado ao narcotráfico, contribuindo para o genocídio no país.

    O presidente colombiano também relacionou o caso à crise diplomática com os Estados Unidos, afirmando que Donald Trump, aliado de Uribe, estaria buscando puni-lo por denunciar a ligação entre setores da política colombiana e o narcotráfico paramilitar.

    “Chegou a hora das definições, e quem decide não é Trump, é o povo”, declarou Petro durante um pronunciamento transmitido ao vivo pela televisão. Ele ainda ampliou as críticas a Washington, relacionando diretamente a manifestação desta sexta-feira com as tensões diplomáticas atuais.

    “Convido todos os cidadãos, especialmente de Bogotá, a se reunirem na Praça de Bolívar para uma manifestação que espero que seja imensa, em defesa da soberania e da dignidade da Colômbia. É uma resposta às calúnias proferidas tanto por Donald Trump quanto por seus aliados, a maioria deles na Flórida”, afirmou.

    Essa não é a primeira vez que Petro defende a convocação de uma Assembleia Constituinte. Em junho, ele já havia anunciado que pretende incluir uma cédula nas eleições legislativas de março de 2026 para consultar a população sobre o tema.

    A proposta, no entanto, enfrenta resistência de diversos setores, inclusive entre constitucionalistas, que argumentam que a atual Constituição de 1991 já garante os direitos fundamentais dos cidadãos e que não há necessidade de reforma. Petro, por sua vez, alega que a Carta de 1991 institui um “Estado social de direito”, mas que parte do Judiciário ainda atua com a lógica da Constituição anterior, de 1886, baseada no conceito mais restritivo de “Estado de direito”.

    Presidente colombiano convoca manifestação após absolvição de Uribe

  • Pyongyang lança mísseis na véspera da visita de Trump à Coreia do Sul

    Pyongyang lança mísseis na véspera da visita de Trump à Coreia do Sul

    O regime de Kim Jong-un realizou novos testes com mísseis balísticos de curto alcance nesta quarta (22), o primeiro desde a posse do presidente sul-coreano Lee Jae-myung. O lançamento ocorre a uma semana da visita de Donald Trump ao país e reacende tensões na península coreana

    A Coreia do Norte realizou nesta quarta-feira (22) o lançamento de vários mísseis balísticos de curto alcance, no primeiro teste desde que o novo presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, assumiu o cargo no início de junho. A ação acontece a poucos dias da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Coreia do Sul, prevista para a próxima semana.

    De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), os disparos foram detectados por volta das 8h10 no horário local (20h10 de terça-feira no horário de Brasília), a partir da região de Jungwha, na província de Hwanghae do Norte. Os projéteis foram lançados em direção ao nordeste, aparentemente rumo ao mar do Japão, também conhecido como Mar do Leste pelas duas Coreias.

    As autoridades sul-coreanas e norte-americanas seguem analisando os dados para confirmar os detalhes técnicos dos mísseis lançados. Inicialmente, o JCS havia informado o disparo de apenas um projétil.

    O lançamento ocorre em um momento diplomático delicado. A visita de Trump faz parte dos compromissos do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), e há expectativa de que ele visite a cidade sul-coreana de Gyeongju na próxima quarta-feira (29), onde pode inclusive pernoitar.

    Também há rumores de que Trump possa se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, em uma possível cúpula que teria como pano de fundo o fortalecimento das relações entre Pequim e Pyongyang. Em setembro, o líder norte-coreano Kim Jong-un participou de um desfile militar na China, sinalizando o estreitamento dos laços entre os dois países.

    Este é o primeiro teste armamentista norte-coreano desde a posse de Lee Jae-myung, e acontece em meio à interrupção total dos canais de comunicação entre as Coreias, cortados desde 2022. Pyongyang também tem ignorado os apelos do novo governo sul-coreano para retomar o diálogo.

    O último teste semelhante havia ocorrido em maio, quando a Coreia do Norte lançou um míssil balístico de curto alcance no dia 8 e vários mísseis de cruzeiro no dia 22, ambos sobre as águas do mar do Japão.

    Pyongyang lança mísseis na véspera da visita de Trump à Coreia do Sul

  • Vereadora portuguesa é morta a tiros; filho de 14 anos é suspeito

    Vereadora portuguesa é morta a tiros; filho de 14 anos é suspeito

    A Polícia Judiciária portuguesa prendeu um jovem de 14 anos acusado de assassinar a própria mãe, Susana Gravato, vereadora em Vagos. A vítima foi morta a tiros dentro de casa, e o adolescente teria usado uma arma pertencente ao pai

    A Polícia Judiciária de Portugal prendeu o filho de 14 anos da vereadora Susana Gravato, de Vagos, apontando-o como principal suspeito do homicídio da mãe, encontrada morta na tarde de terça-feira, 21 de outubro, dentro de casa, na região da Gafanha da Vagueira, distrito de Aveiro, no centro-norte do país.

    Segundo comunicado oficial da Polícia Judiciária, o adolescente foi detido por “fortes indícios da prática de homicídio qualificado”. A investigação revelou que Susana Gravato foi atingida por um disparo de arma de fogo dentro da própria residência. A arma usada no crime pertencia ao pai do jovem.

    O caso mexeu com a pequena comunidade de Vagos, onde Susana, de 49 anos, exercia o cargo de vereadora da Câmara Municipal pelo Partido Social Democrata (PSD). Inicialmente, acreditava-se que a morte tivesse sido causada por uma parada cardiorrespiratória, mas os exames e as investigações apontaram para um cenário de crime.

    De acordo com o Jornal de Notícias, Susana falava ao telefone com uma amiga quando, de repente, gritou e a ligação foi interrompida. A amiga tentou ligar novamente, sem sucesso, e avisou o marido da vereadora. Ao chegar em casa, o homem encontrou a esposa coberta por uma manta e sem vida, e acionou os serviços de emergência.

    Antes do crime, Susana havia almoçado com o marido em um restaurante próximo e voltado para casa acompanhada do filho. As câmeras de segurança da residência registraram o momento em que o adolescente saiu, pouco antes de o sistema ser desligado ou coberto.

    O jovem foi levado sob custódia e será apresentado para interrogatório judicial às autoridades da comarca de Aveiro.

    Vereadora portuguesa é morta a tiros; filho de 14 anos é suspeito

  • Colisão entre ônibus em Uganda deixa ao menos 63 mortos e dezenas feridos

    Colisão entre ônibus em Uganda deixa ao menos 63 mortos e dezenas feridos

    Acidente ocorreu durante ultrapassagens perigosas na rodovia Kampala-Gulu, uma das mais movimentadas de Uganda. Dois ônibus e outros dois veículos se envolveram na tragédia. Feridos foram levados a hospitais da região

    Pelo menos 63 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um grave acidente envolvendo dois ônibus e outros veículos na madrugada desta terça-feira (22), em Uganda. A colisão ocorreu por volta da meia-noite na rodovia Kampala-Gulu, uma das mais movimentadas do país, que liga a capital ugandense à cidade de Gulu, no norte.

    Segundo informações divulgadas pela Polícia de Uganda, o acidente teve início quando os dois ônibus tentaram realizar ultrapassagens simultâneas em alta velocidade, resultando em uma colisão lateral. Um dos motoristas ainda tentou desviar, mas perdeu o controle da direção. O impacto causou o capotamento de outros dois veículos que estavam sendo ultrapassados.

    Ao todo, quatro veículos se envolveram na tragédia: os dois ônibus e dois carros de passeio. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a extensão dos danos e a violência do choque.

    As vítimas feridas foram socorridas e levadas ao Hospital de Kiryandongo e a unidades de saúde da região. Os corpos dos mortos foram encaminhados ao necrotério do mesmo hospital, onde passam por identificação.

    Em comunicado oficial, as autoridades alertaram sobre os riscos de ultrapassagens perigosas, que continuam sendo uma das principais causas de acidentes nas estradas do país. A polícia local afirmou que o número de vítimas fatais pode aumentar, já que alguns feridos permanecem em estado grave.

    As investigações sobre as circunstâncias do acidente seguem em andamento.

    Colisão entre ônibus em Uganda deixa ao menos 63 mortos e dezenas feridos

  • Trump pede R$ 1,2 bilhão em indenização do próprio governo por investigações contra ele

    Trump pede R$ 1,2 bilhão em indenização do próprio governo por investigações contra ele

    Presidente dos EUA cria dilema ético ao cobrar Departamento de Justiça, que agora está sob seu comando; Republicano menciona violações de direitos em investigações sobre interferência russa e documentos sigilosos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está exigindo do Departamento de Justiça uma indenização de cerca de US$ 230 milhões (R$ 1,2 bilhão) como compensação por investigações federais conduzidas contra ele, segundo o jornal americano The New York Times.

    O pedido cria uma situação inédita na história americana: o próprio chefe de Estado busca uma indenização de um órgão que agora está sob seu comando.
    De acordo com a publicação, Trump fez duas reclamações formais que costumam anteceder ações na Justiça.

    A primeira, apresentada no fim de 2023, pede reparação por supostas violações de direitos durante a investigação sobre interferência russa nas eleições de 2016.

    A segunda, protocolada em 2024, acusa o FBI de violar sua privacidade ao fazer, em 2022, uma operação em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, em busca de documentos confidenciais.

    Essa segunda queixa também acusa o Departamento de Justiça de “perseguição maliciosa”. O documento menciona o ex-secretário de Justiça Merrick Garland, o ex-diretor do FBI Christopher Wray e o procurador especial Jack Smith, acusando-os de fazer assédio com o objetivo de influenciar o resultado eleitoral.

    O New York Times destacou que o caso levanta dilemas éticos sem precedentes, já que a decisão sobre o pagamento das indenizações pode caber a funcionários do próprio governo Trump, alguns dos quais atuaram como seus advogados de defesa. O departamento é chefiado por Pam Bondi e seu vice, Todd Blanche. A publicação menciona pessoas que falaram sob a condição de anonimato.

    O próprio Trump fez referência à situação na semana passada, durante um evento no Salão Oval, ao lado da cúpula do Departamento de Justiça. “Tenho um processo que estava indo muito bem, e quando me tornei presidente, pensei: vou me processar. Não sei como resolver o processo”, disse, em tom irônico. “Parece meio ruim, vou me processar, certo? Então, não sei. Mas foi um processo muito forte.”

    Pelas regras do Departamento de Justiça, qualquer acordo que ultrapasse US$ 4 milhões deve ser aprovado pelo vice-procurador-geral ou pelo procurador associado -neste caso, justamente Blanche. As indenizações, caso sejam aprovadas, seriam pagas com recursos públicos.

    Segundo o New York Times, ainda não há registro de que Trump tenha recebido qualquer valor, mas ele “espera ser compensado”. O jornal também relatou que o governo não é obrigado a divulgar publicamente acordos desse tipo, o que pode significar que, mesmo se houver pagamento, pode não haver um anúncio oficial imediato.

    Trump pede R$ 1,2 bilhão em indenização do próprio governo por investigações contra ele