(FOLHAPRESS) – A compra da marca de Pelé pela NR Sports, empresa gerida por Neymar da Silva Santos, pai do atacante Neymar, teve forte concorrência. O acordo foi oficializado na noite da última terça-feira (25), no museu que leva o nome do Rei do Futebol, em Santos.
Uma ONG internacional, o Santos Futebol Clube e uma das empresas do ex-atacante Ronaldo Fenômeno também estiveram no páreo pelo negócio. O valor total da aquisição gira em torno de US$ 18 milhões (R$ 96,7 milhões).
A tentativa do antigo camisa 9 da seleção brasileira foi considerada a menos ofensiva no mercado. A procura ocorreu “tardiamente”, quando as minutas do contrato entre a NR Sports e a empresa norte-americana Sports 10, que detinha os direitos da marca de Pelé, já estavam nos trâmites finais. Mesmo assim, houve conversas.
O clube paulista estava na dianteira, mas foi surpreendido pela velocidade com que Neymar pai entrou e fechou a negociação, há pouco mais de um mês. Até mesmo integrantes da família de Pelé desconheciam o avanço nas tratativas.
Segundo informações do jornalista Vagner Frederico, especializado na cobertura do Santos, sem o dinheiro exigido pelos norte-americanos, o clube paulista tentou costurar uma parceria comercial para exploração marca para só depois aportar o valor pedido pela compra, que já seria previamente fixado.
A interferência de Neymar pai nas negociações criou um ruído na relação com o Santos. Presente no evento de anúncio do acordo, o presidente alvinegro, Marcelo Teixeira, disse poucas palavras.
Já Neymar da Silva Santos afirmou que “não dá para você falar de Santos sem Pelé e, naturalmente, falar de Pelé sem Santos”. “A gente vai fazer um trabalho longo agora, com a expertise que temos”, afirmou.
A ONG internacional já negociava havia mais tempo com a Sport 10, mas não chegou ao valor exigido. A ideia era fazer uma parceria com o Santos para promover ações sociais utilizando o nome do clube e o de Pelé.
O acordo para a aquisição da marca dá à NR Sports os direitos de usar a imagem de Pelé e explorar comercialmente o licenciamento de produtos, acervos históricos e outras propriedades relacionadas ao ex-jogador, que morreu em 29 de dezembro de 2022.
Com Pelé ainda vivo, cabia à Sports 10 definir estratégias comerciais e aparições do ídolo em eventos.
O pai do jogador prometeu unir o nome do Rei do Futebol ao do filho e iniciar uma nova era de exploração da imagem do velho camisa 10, agora atrelada ao entretenimento.
“Queremos fazer com que ela [a marca] participe não só do esporte mas de todo entretenimento possível”, disse.
“A volta do Neymar nos trouxe uma experiência positiva em relação a Santos, Brasil e mundo. A gente andou o mundo inteiro e sabe que hoje nós temos o nosso príncipe. E isso [a compra da marca] vai ser importante para o Brasil, para fazer com que essas duas representações [Neymar e Pelé] possam se unir para uma agregar à outra. Claro que o Pelé é o maior de todos os tempos, mas vamos eternizar os dois não só como lembrança mas como marca”, acrescentou.

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