Autor: REDAÇÃO

  • Lula completa 80 anos e se torna o primeiro octogenário no cargo

    Lula completa 80 anos e se torna o primeiro octogenário no cargo

    Em viagem à Malásia, presidente recebe homenagens de líderes mundiais

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 27 de outubro de 1945, em Garanhuns (PE), se tornou o primeiro presidente octogenário no exercício do poder Executivo no Brasil. Este é o terceiro mandato presidencial de Lula, após ter exercido a mesma função de 2003 a 2006 e de 2007 a 2011.

    Aos 80 anos completados nesta segunda-feira (27), o governante supera o recorde anterior do ex-presidente Michel Temer, que deixou o cargo aos 78 anos, em 2018.

    O terceiro presidente brasileiro mais velho em exercício foi Getúlio Vargas, em seu segundo mandato, que morreu aos 72 anos, em agosto de 1954. 

    Por outro lado, o mais jovem ocupante da cadeira no Palácio do Planalto foi Fernando Collor de Mello, aos 43 anos, que deixou o cargo após impeachment, em setembro de 1992.

    Aniversário no exterior

    Lula recebeu homenagens durante sua viagem oficial à Ásia. Na Malásia, a celebração ocorreu em jantar de gala e bolo oferecido pelo premiê do país asiático, Anwar Ibrahim.

    Em entrevista coletiva de imprensa na Malásia, o presidente comentou a data. 

    “Estou completando 80 anos de idade no melhor momento da minha vida. Eu nunca me senti tão vivo e com tanta vontade de viver. Por isso, digo a todos que espero viver até os 120 anos. A partir de hoje, faltam só 40 [anos]”, disse.
    Em sua rede social, o mandatário brasileiro agradeceu as homenagens recebidas em Kuala Lumpur, capital malaia.

    “Finalizo o dia de hoje entre novos amigos e antigos companheiros que encontrei aqui na Malásia. Chefes de Estado do Sudeste Asiático e países convidados, que fizeram uma bonita homenagem pelo meu aniversário. A todos eles, minha profunda gratidão.”

    Lula disse que espera encontrar todos em breve no Brasil, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer entre 10 e 21 de novembro, na cidade de Belém.

    Dias antes, Lula recebeu homenagem antecipada na Indonésia, a convite do presidente indonésio Prabowo Subianto. 

    Felicitações

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desejou feliz aniversário ao presidente brasileiro por seus 80 anos, em contato com jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, a caminho do Japão.

    “Eu quero desejar feliz aniversário ao presidente. É aniversário dele hoje. Vocês sabiam disso? É um cara muito vigoroso, na verdade. Fiquei muito impressionado. Então, feliz aniversário”, declarou o norte-americano afirmando que teve uma “boa reunião” com o brasileiro, no domingo (26).

    Ao chegar na 20ª Cúpula da Ásia no Leste, nesta segunda-feira, Lula se encontrou com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Em tom bem-humorado, Ramaphosa brincou ao dizer que o brasileiro ‘está fazendo apenas 25 anos’. O relato foi publicado por Lula em seu perfil oficial no X.

    No Brasil, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enviou felicitações, mencionando que comemora o 80º aniversário “junto com todos os brasileiros que escolheram a democracia como forma de realizar as suas esperanças”.

    Diversos outros ministros também parabenizaram a liderança pela data. Entre eles, o novo ministro-chefe da Secretária-geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, o da Educação, Camilo Santana, e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Outras personalidades políticas também enviaram felicitações, como o prefeito do Recife, João Campos. “Hoje é dia de celebrar os 80 anos de um dos maiores líderes mundiais, de uma história incrível e de uma luta incansável pelo povo brasileiro”, postou em seu perfil social na plataforma Instagram.

    Retorno ao Brasil
    Até esta terça-feira (28), o presidente Lula e a comitiva brasileira cumprem agenda oficial em Kuala Lumpur (MY), a convite do primeiro-ministro Anwar Ibrahim, e participam da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). 

    A visita tem o objetivo de intensificar e diversificar o comércio e os investimentos bilaterais, com foco em setores estratégicos como energia, ciência, tecnologia e inovação.

    Lula completa 80 anos e se torna o primeiro octogenário no cargo

  • Conheça Davi Flores, de 'Três Graças', que optou pela carreira após assistir a 'Nosso Sonho'

    Conheça Davi Flores, de 'Três Graças', que optou pela carreira após assistir a 'Nosso Sonho'

    Davi foi aprovado em seu primeiro teste e entrou para o elenco da série “Os Outros”, que vai ao ar no Globoplay em 2026

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Há um ano, a rotina de Davi Luis Flores, 11, era bem diferente da atual. Ele morava em Porto Alegre (RS) e ainda estava no esquema escola/casa/brincadeiras com os amigos. Após participar de um comercial para os 60 anos da Globo em sua cidade, sua vida então mudou.

    Ele chamou a atenção da emissora, e logo veio o convite para testes de elenco. Até então, Davi não tinha experiência alguma em TV, e gostou da ideia. Ele contou com o apoio total dos pais, que são trabalhadores autônomos e se mudaram com o menino para o Rio de Janeiro, em busca de mais oportunidades. Deu certo.

    Davi foi aprovado em seu primeiro teste e entrou para o elenco da série “Os Outros”, que vai ao ar no Globoplay em 2026. No segundo, em junho deste ano, ganhou um papel em “Três Graças”, atual novela das nove da Globo. Ele interpreta Cristiano, filho do porteiro Rivaldo (Augusto Madeira), parte do núcleo cômico da trama.

    Mas está sendo fácil, ele diz. “Tenho algumas dificuldades, como decorar texto na hora, mas está sendo legal. Todo mundo me ajuda, principalmente o Augusto Madeira e a Juliana Alves [Alaíde]”, conta, referindo-se aos seus pais na história.

    A vontade de interpretar veio depois de assistir a uma produção recente: o filme “Nosso Sonho” (2023), que conta a história da dupla Claudinho e Buchecha. “Tenho um ídolo que é o Juan Paiva e foi por causa dele que eu quis virar ator. Já conversei com ele sobre isso. Pedi para ele me assistir na novela”.
    Até por esse motivo que o ator mirim não abre mão do desejo de levar a atuação como profissão para o resto da vida, além da dublagem. “Antes eu queria ser youtuber, mas mudei de opinião”, afirma.

    Ele já sente o gostinho do sucesso, e quer mais. “No colégio eu tiro selfies com os amigos, mas ainda não sou muito conhecido. Vai chegar o dia que serei famoso igual ao Juan e nem vou poder sair na rua”.

    Davi conta que tem mais semelhanças do que diferenças com o personagem Cristiano, filho do porteiro do prédio que vive com um celular na mão. “Não sou conectado às redes sociais, mas adoro usar o celular para jogar. Na escola, não deixam usar, então só pego na hora da saída”, diz o ator, que conta com a ajuda dos pais para decorar seus textos na novela.

    Conheça Davi Flores, de 'Três Graças', que optou pela carreira após assistir a 'Nosso Sonho'

  • Jogoadores do Corinthians opinam sobre a interferência de polêmicas externas em campo

    Jogoadores do Corinthians opinam sobre a interferência de polêmicas externas em campo

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Envolto por polêmicas políticas extracampo nos últimos meses, o Corinthians tem oscilado dentro de campo. Mas os problemas externos interferem no desempenho da equipe? A reportagem ouviu alguns jogadores do elenco sobre o assunto.

    Os jogadores dizem ter um “pacto”: nada que foge do futebol vira pauta entre eles. As conversas e cobranças entre si ficam limitadas apenas ao que acontece dentro de campo nos treinamentos e jogos.

    Mas a pressão da torcida não passa batida. O entendimento é que ainda que o elenco se blinde, as reclamações dos torcedores nos jogos são ainda mais potencializadas pelo o que acontece no externo.

    “Para mim, não interfere em nada porque dentro do campo somos nós que decidimos. É claro que sempre aparecem só notícias ruins do clube nas redes sociais, mas um clube com a grandeza que tem não pode viver esses momentos. Poderia estar um pouquinho mais estável, mas o tema político não é desculpa para nós”, avalia André Carrillo.

    “É uma situação difícil. Todo dia aparece uma notícia ruim do Corinthians, a torcida começa a se desgastar, isso influencia no jogo. Entre nós, isso não pode exercer tanta influência porque estamos focados no futebol. Fizemos um combinado que tudo que sai do alcance do futebol não cabe a nós nos preocupar, mas é chato. Esperamos que as coisas melhorem”, opina Matheuzinho.

    “As pessoas vêm falar de política fora do clube com a gente, mas temos que deixar para lá porque isso não é com a gente. Estamos lá para trazer vitórias e precisamos deixar isso de canto. Acredito que sim [polêmicas aumentam cobrança], a torcida não gosta de perder, a gente também não, mas algumas derrotas são bem doloridas pelo o que acontece fora, mas acredito que sabemos lidar com isso”, diz Breno Bidon.

    A oscilação recente levou os jogadores a fazerem uma reunião de autoanálise na semana passada, após a derrota para o Santos. O intuito foi identificar os fatores que levam a equipe a acumular “barrigadas” nos últimos jogos.

    Na última rodada, o time venceu o Vitória fora de casa, por 1 a 0, e aliviou a pressão. Na próxima rodada do Brasileirão encara o Grêmio, domingo, às 16h.

    DORIVAL E MAYCON RECLAMARAM

    Há uma semana, o capitão Maycon e o técnico Dorival Júnior reclamaram das polêmicas envolvendo o clube. A dupla expôs a insatisfação após a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG.

    “Não acho saudável a política envolvida com o dia a dia. É natural que interfira. De uma maneira ou de outra, ela sempre vai envolver de forma direta o elenco, o clube, os jogadores, os funcionários. Isso tem que ser resolvido e a gente torce para que a política seja menos evidente em todos os ambientes de todos os clubes”, disse o técnico.

    “Não adianta nada a gente debater essas situações, a torcida vir cobrar a gente, sendo que não temos o apoio que realmente nos faça crescer no clube. Temos que fazer um trabalho complexo no clube para que possamos ter tranquilidade para chegar dentro do campo e fazer o que temos que fazer”, disse por sua vez Maycon.

    POLÊMICAS RECENTES DO CORINTHIANS

    Situação de Fabinho Soldado. O executivo de futebol não deve permanecer para 2026. Conselheiros têm pressionado o presidente Osmar Stabile a demitir Fabinho, alegando que ele recebe salário alto e faz “negócios obscuros” na gestão. O adeus deve vir ao final da temporada, em dezembro. A pressão vai contra o que o elenco e a comissão técnica pensam do dirigente.

    Transfer ban. O Corinthians acumula dívidas pelas compras de jogadores e, atualmente, está proibido de contratar por dever R$ 40 milhões ao Santos Laguna, pelo zagueiro Félix Torres. O clube também já foi condenado pelo CAS a pagar R$ 45 milhões a Matías Rojas e pode sofrer mais um ban. Há ainda outros casos envolvendo Maycon, José Martínez, Rodrigo Garro e Charles.

    Cartões corporativos. O MP-SP investiga o uso indevido de cartões corporativos do Corinthians por ex-presidentes. O órgão já denunciou Andrés Sanchez por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e crime tributário. O diretor financeiro Roberto Gavioli também foi denunciado e acabou afastado. Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo são investigados.

    Jogoadores do Corinthians opinam sobre a interferência de polêmicas externas em campo

  • Data centers já inflacionam conta de eletricidade nos EUA e Brasil pode seguir mesmo caminho

    Data centers já inflacionam conta de eletricidade nos EUA e Brasil pode seguir mesmo caminho

    País não recebeu supercomputador de big tech em escala comercial e território americano está no limite; indústria brasileira se prepara para receber máquinas da Nvidia com refrigeração líquida de chips

    PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Nos Estados Unidos, o preço da conta de energia em locais próximos a data centers chegou a disparar até 267% em relação ao que custava há cinco anos, mostra análise da Bloomberg, e o Brasil pode seguir o mesmo caminho, alerta o diretor brasileiro de uma multinacional de refrigeração baseado na Carolina do Norte, Frank Silva.

    A construção da infraestrutura para suportar os serviços de inteligência artificial elevou a parcela da geração elétrica dedicada a data centers de 1,9% em 2018 para 4,4% em 2023, mostra relatório do Berkeley Lab, que tem foco em análises sobre energia e impacto ambiental. O mesmo estudo projeta que, até 2028, essa parcela deve subir para algo entre 6,7% e 12%.

    Até 2017, o consumo desses espaços era mais ou menos constante, na casa de 60 TWh, contra o patamar de 176 TWh em 2023. Como base de comparação, todo o consumo doméstico dos 202 milhões de brasileiros foi 177,5 TWh.

    O que mudou foi a instalação das unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia nos servidores, cada máquina presente no data center. As entregas desse componente eletrônico, que processa muito mais dados ao preço de gastar mais energia e dissipar mais calor, começaram a subir também em 2017.

    Um dos requisitos para fazer funcionar essas GPUs é ter sistemas de resfriamento líquido direto nos chips, feito por máquinas chamadas de CDU. Multinacionais, como a Carrier e a Vertiv, fazem os primeiros movimentos para vender essas máquinas no Brasil.

    A Carrier vai apresentar sua tecnologia, compatível com as máquinas mais recentes da Nvidia, em evento do setor de data centers marcado para o início de novembro. Quando houver os primeiros pedidos, os sistemas de refrigeração de chips serão importados de fábricas da empresa nos EUA. “Se tiver demanda, podemos fabricar na unidade Midea Carrier de Canoas [na região metropolitana de Porto Alegre]”, disse João Paulo Oliveira, gerente de produtos da empresa no Brasil.

    Não se trata de uma tecnologia nova, afirmou o engenheiro hidráulico José Macléu da Silva. Ele trabalhou na assistência técnica da IBM entre 1987 e 1992, quando os mainframes da gigante americana utilizavam os chamados chips TTL, que dissipavam muito calor, assim como os chips da Nvidia, e precisavam de resfriamento líquido para não fritar.

    No final dos anos 1980, a IBM substituiu a tecnologia TTL por outra mais eficiente (MacOS), e as máquinas de resfriamento de chip caíram em desuso.

    Caso se confirme, a chegada desses equipamentos ao país alteraria o escopo do impacto ambiental dessas fábricas, como ocorreu nos Estados Unidos.

    A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) calcula que exista 843 megawatts (MW) de potência instalada em data centers no Brasil, que representam 1,7% do consumo total de energia elétrica no país. Até 2029, a entidade projeta que esses números cresçam, respectivamente, para 2.192 megawatts e 3,6%.

    Os números não consideram o consumo dos data centers de grandes provedores de nuvem, como Google, Microsoft, Amazon e Huawei, que não divulgam informações sobre as suas operações.

    Hoje, o maior data center do Brasil em operação, localizado em Vinhedo, tem 61 MW. No mercado, se especula sobre a construção de data centers com potência instalada de até 900 MW em um só campus, com a chegada das máquinas de IA.

    Esses números colocariam essas unidades que se promete construir no Brasil entre as maiores do mundo. Na Noruega, o data center de Kolos, o que tem a maior potência instalada, segundo dados públicos, tem possibilidade de expansão para até 1.000 MW. Além da eletricidade gasta pelos próprios chips, as máquinas que mais consomem são justamente as responsáveis pela climatização do centro de processamento de dados.

    Diante da crescente demanda por processamento de dados ligada a maior oferta de produtos de inteligência artificial, os construtores de data centers enfrentam uma escolha de Sofia: adaptar todo o sistema de refrigeração, incluindo torres de resfriamento líquido, para ganhar eficiência em eletricidade (PUE), ou manter o sistema de troca de calor com o ar e gastar bem menos água -o que é medido pelo coeficiente de eficiência em água (WUE).

    As empresas se orientam por coeficientes como o PUE e o WUE, além da pegada de carbono, para definir seus projetos. Um data center de uma big tech nos Estados Unidos, por exemplo, pode preferir gastar mais água para compensar a pegada de carbono da eletricidade proveniente da queima de gás natural.

    Era o que estava planejado para um data center que o Google queria construir no Chile, que projetava um consumo anual de água de 7 bilhões de litros. As cifras assustaram a vizinhança, que se mobilizou e levou o gigante da tecnologia a desistir do projeto.

    No Brasil, isso não deve se repetir porque a Política Nacional de Data Centers, instituída por medida provisória do governo Lula, limita o gasto de água de data centers para conceder vantagens tributárias.

    Desistir da água, por outro lado, faz aumentar o consumo de eletricidade, que responde a cerca de 15% do gasto do complexo de processamento de dados.

    Enquanto um ar-condicionado com compressor a ar é capaz de resfriar até 600 toneladas de atmosfera, um equipamento de potência similar acoplado com torre de evaporação (em que há dissipação de água no ambiente) resfria até 4.000 toneladas. Uma solução intermediária, com torre de água em circuito fechado (sem evaporação), resfria até 2.000 toneladas, de acordo com a Carrier.
    Em relatório entregue a autoridades em agosto, a Brasscom argumenta que outros setores gastam mais do que os data centers. A metalurgia, por exemplo, já representa 9% do consumo de eletricidade no Brasil.

    Porém, a Agência Internacional de Energia mostra que os data centers tendem a se concentrar em regiões, onde há vantagens regulatórias, de conectividade e grande disponibilidade de mão de obra especializada. Esse comportamento pode levar a situação reportada pela Bloomberg, em que certas cidades americanas viram o preço da conta de eletricidade quase triplicar.

    Como o sistema de distribuição e de cobrança de eletricidade no Brasil é diferente, é difícil estimar se esse padrão se repetiria no país. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e grupos interessados no mercado já discutem quem vai pagar pelos investimentos necessários na rede de distribuição para receber data centers no país e parte disso pode sobrar para os outros consumidores.

    Data centers já inflacionam conta de eletricidade nos EUA e Brasil pode seguir mesmo caminho

  • Bilionário amigo de Trump pagou militares durante o shutdown, diz jornal

    Bilionário amigo de Trump pagou militares durante o shutdown, diz jornal

    Apoiador de Donald Trump, Timothy Mellon é herdeiro bancário e foi identificado como doador anônimo; contribuição pode violar lei que limita gastos do governo sem autorização do Congresso

    (UOL/CBS NEWS) – Timothy Mellon, amigo e um dos maiores apoiadores financeiros de Donald Trump, doou US$ 130 milhões para pagar militares durante a paralisação que atinge o governo dos Estados Unidos. Informação foi revelada pelo jornal The New York Times.

    O QUE ACONTECEU

    Trump anunciou a doação na semana passada, mas não revelou o nome do doador. O presidente se limitou a dizer que o montante foi doado por um “patriota” e “amigo”, mas o jornal afirma que fontes revelaram a identidade do bilionário.

    O presidente foi questionado novamente sobre a identidade do doador. Em uma entrevista no avião presidencial, Trump se negou a revelar o nome de Mellon e disse que a doação foi feita por um “grande cidadão americano”, destacando que o bilionário não queria publicidade.

    Pentágono aceitou doação como presente. O porta-voz-chefe do órgão informou em um comunicado que “A doação foi feita sob a condição de ser usada para compensar o custo dos salários e benefícios dos militares”. Ainda assim, existe a possibilidade de ela violar a chamada Lei Antideficiência, que proíbe agências federais de gastar dinheiro fora do determinado pelo Congresso ou de aceitar serviços voluntários.

    O jornal afirma não ter conseguido declarações de Trump ou de Mellon. Segundo a reportagem, eles foram procurados diversas vezes, mas não se manifestaram.

    QUEM É TIMOTHY MELLON

    Herdeiro de banco e magnata ferroviário. Mellon é neto do ex-secretário do Tesouro Andrew W. Mellon e um apoiador de longa data de Donald Trump. Ele já doou milhões de dólares antes para a campanha do presidente, incluindo uma das maiores contribuições únicas já divulgadas, de US$ 50 milhões, no ano passado.

    Mellon mantém perfil discreto no interior do país. O magnata vive principalmente em Wyoming e é um grande apoiador financeiro de causas políticas. Segundo o The New York Times, ele já doou para a campanha de Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde que concorreu à presidência no ano passado, e para o grupo anti-vacina liderado por ele, o Children’s Health Defense.

    SHUTDOWN NOS ESTADOS UNIDOS

    Paralisação chega à quarta semana com impactos na segurança. Cerca de 60 mil trabalhadores, responsáveis pela segurança nos aeroportos e pelo controle do tráfego aéreo no país, ficaram sem receber salários na semana passada. As informações são da Reuters.

    Os últimos pagamentos dos funcionários foram feitos em meados de outubro, mas chegaram incompletos. Sem previsão de acordo de financiamento, muitos recorrem a economias, cartões de crédito ou trabalhos temporários para se manter.

    Alguns receberam apenas parte do salário, enquanto outros receberam quantias simbólicas, como US$ 6,34 (cerca de R$ 34 na cotação atual). Muitos controladores de voo podem ficar sem pagamento na próxima semana.

    Funcionários reclamam que seus salários viraram moeda de troca na negociação política. “Não há negociações de verdade acontecendo”, afirma um agente da TSA em Ohio.

    ALTA DE EMPRÉSTIMOS

    Impactos logísticos. Durante a paralisação, aeroportos como o de Minneapolis-St. Paul planejam distribuir alimentos não perecíveis e, se a situação se prolongar, oferecer almoços. Ainda assim, trabalhadores relatam dificuldades para pagar aluguel, carro e contas básicas, recorrendo a empréstimos.

    Negociações continuam no Congresso. Os republicanos aliados do presidente Donald Trump detêm maioria em ambas as casas, mas precisam de sete votos democratas no Senado para aprovar o orçamento. Os democratas, por sua vez, exigem continuidade e ampliação dos subsídios de saúde para quem usa o plano Affordable Care Act, que visa expandir o acesso a planos de saúde para mais pessoas.

    Bilionário amigo de Trump pagou militares durante o shutdown, diz jornal

  • Mayara Magri desabafa sobre afastamento da TV

    Mayara Magri desabafa sobre afastamento da TV

    Mayara Magri disse estar descrente com a profissão, que sente dificuldade em retomar a carreira após anos afastada

    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – A atriz Mayara Magri, 63, se emocionou ao falar sobre os desafios que vem enfrentando na profissão. Longe da TV desde 2004, ela afirmou estar desmotivada e frustrada com os rumos da carreira, iniciada aos 19 anos na novela “Os Adolescentes” (1981), na Band, que a consagrou como um dos rostos mais conhecidos nos anos 1980.

    Ela começou revelando estar descrente com a profissão. “Não gostaria de ficar assim, mas é difícil mudar. Primeiro vem o sucesso, que chega rápido, e depois o que chamam de fracasso – quando você não trabalha mais, faz uma peça que não dá certo ou deixa de receber convites. Você vai perdendo a força interna”, lamentou.

    Casada com o autor de novelas Lauro César Muniz, 87, desde 2021, ela continuou. “Quero recuperar, mas não sei de onde puxar aquela menina que saiu de casa aos 17 anos”, comentou Mayara, que atuou nas novelas “A Gata Comeu” (1985), ” Roda de Fogo” (1986), “O Salvador da Pátria”(1989) e “Salomé”(1991), na Globo. Ela também atuou em produções na extinta Manchete (1983-1999), Record e SBT.

    A atriz relatou sentir dificuldade em retomar a carreira após anos afastada. “Às vezes eu penso: ‘Meu Deus, o que eu faço?’. Eu não sei o que fazer, não sei mais nada. Como se recomeça? Não sei recomeçar. Mas sinto que é necessário. Ainda tenho muito o que fazer e viver”, disse no podcast Parece Terapia, comandado pela psicóloga Pamela Magalhães.

    Mayara reforçou seu desânimo ao comentar o alívio que sentiu durante a pandemia por não precisar comparecer a eventos apenas para se manter em evidência. “Quando veio a pandemia, me deu tranquilidade porque eu não precisava ir a estreias. Sempre falavam: ‘As pessoas têm que te ver, você precisa aparecer’. Muitas vezes fui sem vontade. Na pandemia, não havia essa culpa. Mas aí vem o diabinho e diz: ‘Você tem que trabalhar. Como pode ficar tanto tempo sem? Você não é mais atriz’. Isso é muito difícil”, afirmou.

    Mayara Magri desabafa sobre afastamento da TV

  • Meditação e respiração são armas de João Fonseca contra pressão

    Meditação e respiração são armas de João Fonseca contra pressão

    PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Era um ponto crucial da final do Torneio da Basileia. João Fonseca vencia por 6/3 e 5/3 e tinha um “match point” contra o espanhol Alejandro Davidovich Fokina. O carioca de 19 anos deveria estar nervoso, mas nas imagens de TV aparece claramente respirando de forma profunda e deliberada.

    Fonseca perdeu o ponto, mas não perdeu a calma. Minutos depois, fechou o set decisivo em 6/4 e conquistou o primeiro ATP 500 de sua carreira.

    Nesta terça (28), estreará no Masters 1000 de Paris, por volta das 12h30 locais (8h30 em Brasília), sob uma nova pressão, a de manter o nível das boas atuações na Suíça -o duelo terá transmissão da ESPN 2 e do Disney+. Seu adversário será o canadense Denis Shapovalov -na Basileia, o brasileiro o derrotou nas quartas de final.

    “Fui criando uma rotina de meditação, respirações. E atualmente, antes de todos os jogos, eu tento fazer respirações para me manter mais calmo. Depois faço meditações”, explicou Fonseca à Folha durante a disputa da Copa Davis contra a França, em fevereiro.

    Quando era criança, Fonseca não ligava tanto para a meditação, que conheceu acompanhando o pai, Christiano (conhecido como Crico) nas aulas de ioga com o mestre Orlando Cani, no Rio de Janeiro. Em mais de meio século de atividade, Cani trabalhou, entre outros, com Rickson Gracie, estrela do jiu-jítsu.

    “Eu o conheci desde novo, mas nunca fui tão interessado”, admitiu Fonseca.

    “Quando fui crescendo mais no tênis, tendo jogos mais difíceis, onde eu sentia um pouco mais de pressão, fui fazendo. Fui tendo mais aulas com ele quando eu estava no Rio. É muito bom ter esse tipo de meditação, tem me ajudado muito ultimamente.”

    Fonseca chegou a Paris de trem nesta segunda (27), vindo da Basileia. Reconheceu que virar a chave, após a conquista de domingo (26), exige esforço. “Uma mudança de mental muito grande. Mindset diferente. Mas feliz de estar neste torneio.”

    Até a tarde de segunda, ele não havia tido tempo nem para cumprir a promessa de passar a máquina nos cachos no caso de um título durante a atual turnê de torneios pela Europa.

    “Tentamos dormir cedo ontem, não conseguimos comemorar tanto, apesar de eu ter conseguido jantar um pouco com a minha família”, disse na arena de La Défense, palco da natação nos Jogos Olímpicos de 2024 e nova sede do torneio. Até o ano passado, o Masters 1000 de Paris ocorria na Arena de Bercy (sede da ginástica nos mesmos Jogos), local considerado pequeno.

    Agora número 28 do ranking mundial, melhor posição da carreira, o brasileiro disse ter suportado bem os momentos estressantes.

    “Acho que eu apresentei um bom nível de tênis. Uma oportunidade imensa ter ganhado esse torneio. Fui pegando as oportunidades que eu tive. Na segunda rodada, o adversário acabou se retirando [o tcheco Jakub Mensik nem entrou em quadra]. E, na terceira rodada, também [o canadense Shapovalov deixou o jogo no terceiro set]. Semifinal muito dura [contra o espanhol Jaume Munar], final muito dura também. Com muita pressão, mas a gente conseguiu enfrentar isso.”

    Meditação e respiração são armas de João Fonseca contra pressão

  • Alckmin: reunião de Lula e Trump destrava negociações técnicas

    Alckmin: reunião de Lula e Trump destrava negociações técnicas

    Presidente em exercício reafirmou que a principal prioridade do governo brasileiro é a retirada da sobretaxa de 40% aplicada pelos Estados Unidos a produtos nacionais desde agosto

    A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, marcou o “passo mais importante” na reaproximação entre os dois países, disse nesta segunda-feira (27) o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

    O encontro ocorreu no domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, e foi o primeiro diálogo direto entre os dois líderes desde que Trump voltou à Casa Branca. Segundo Alckmin, o gesto político abriu caminho para destravar as negociações sobre tarifas, investimentos e cooperação econômica.

    “O passo político foi dado com brilho e louvor. Agora é hora de avançar no lado técnico e estabelecer a pauta de trabalho”, disse Alckmin a jornalistas, em entrevista na portaria da Vice-Presidência da República, em Brasília. 

    Prioridade é o fim do tarifaço

    O vice-presidente reafirmou que a principal prioridade do governo brasileiro é a retirada da sobretaxa de 40% aplicada pelos Estados Unidos a produtos nacionais desde agosto. Alckmin voltou a dizer que a medida, que afeta setores industriais e do agronegócio, é considerada “inadequada”.

    “Essas tarifas de 10% [impostas em abril] mais 40% [impostas no fim de julho] são totalmente desproporcionais. A tarifa média do Brasil para os Estados Unidos é de apenas 2,7%. Precisamos resolver isso rapidamente”, afirmou.

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento, cerca de 34% dos US$ 40 bilhões exportados pelo Brasil aos EUA no último ano foram impactados pelas sobretaxas. Em julho, a pasta tinha divulgado que o percentual tinha ficado em 35,9%, mas o número foi revisado levemente para baixo.

    O governo trabalha agora em duas frentes: pedir a suspensão temporária das tarifas durante as negociações técnicas e ampliar a lista de produtos isentos. Entre os itens que o Brasil tenta incluir na lista de exceções está o café, hoje sujeito a uma tarifa de até 50%.

    Negociações e próximos passos

    Alckmin coordena o grupo responsável pelas negociações com Washington, ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é de que equipes técnicas dos dois países se reúnam nas próximas semanas.

    Durante viagem ao Japão nesta segunda, Trump classificou o encontro com Lula, ocorrido no domingo (26) na Malásia, como “muito bom”. O presidente estadunidense, no entanto, evitou prometer o fim imediato das tarifas. “Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo”, disse Trump.

    Lula, por sua vez, afirmou que Brasil e Estados Unidos devem “fazer um bom acordo” nas próximas rodadas de negociação.

    Datacenters

    Além da pauta tarifária, Alckmin destacou que os dois governos discutem temas não tarifários, como a instalação de datacenters (centros de dados) no Brasil e a atração de investimentos em energia renovável.

    O vice-presidente voltou a defender a aprovação da medida provisória dos datacenters, editada em setembro, que cria regras para o setor e é considerada essencial para atrair capital estrangeiro.

    “Essa iniciativa pode atrair investimentos, especialmente diante da escassez global de energia. O Brasil tem abundância de fontes limpas e renováveis”, disse.

    Nova fase diplomática

    Alckmin encerrou a entrevista classificando o gesto entre Lula e Trump como “um marco político que reposiciona o Brasil no cenário internacional”.

    “Foi uma importantíssima aproximação entre as duas maiores democracias do Ocidente. Agora começa uma fase importante para aprofundar os laços e buscar oportunidades concretas”, concluiu.

    Alckmin: reunião de Lula e Trump destrava negociações técnicas

  • Defesa de Cid decide não recorrer contra condenação e tenta revogar medidas cautelares

    Defesa de Cid decide não recorrer contra condenação e tenta revogar medidas cautelares

    Bolsonaro e demais condenados do núcleo central da trama golpista têm até segunda (27) para apresentar recursos; Supremo Tribunal Federal prevê prisões ainda neste ano

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A defesa do tenente-coronel Mauro Cid decidiu não recorrer da decisão da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que o condenou a cumprir dois anos de reclusão por participação no núcleo central da trama golpista.

    A equipe de advogados avalia que a pena de dois anos já foi cumprida por Cid, se considerado o período em que ficou preso e submetido a medidas cautelares. A defesa pleiteia no Supremo a extinção da punição do tenente-coronel.

    “Proferida sentença, já cumprida a pena nela imposta, resta claro que não subsiste qualquer fundamento razoável para a manutenção de cautelares preventivas”, disse o advogado Cezar Bitencourt ao STF na sexta-feira (24).

    O ministro Alexandre de Moraes decidiu ainda não se debruçar sobre o pedido de extinção da pena de Cid porque o tema só deve ser tratado quando o processo contra o militar for encerrado no Supremo.

    Moraes apenas permitiu flexibilizar as regras impostas contra Mauro Cid para autorizar que ele participe, no sábado (1º), da festa de aniversário de 90 anos de sua avó materna, em Brasília.

    As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete condenados pela participação no núcleo central da trama golpista têm até esta segunda-feira (27) para apresentar recurso contra a sentença proferida pela Primeira Turma do Supremo.

    O prazo se encerra às 23h59. Com a exceção de Cid, os demais condenados vão apresentar os embargos de declaração -recurso que aponta obscuridade, imprecisão, contradição ou omissão na sentença condenatória.

    O objetivo das defesas é reduzir as penas impostas pelo Supremo. Uma das teses que serão levantadas é a de que os crimes de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito seriam os mesmos. Segundo esse entendimento, um crime deveria absorver o outro e a pena seria reduzida em cerca de oito anos.

    Foram condenados por integrar o núcleo central da trama golpista o ex-presidente Jair Bolsonaro (pena de 27 anos e três meses), o ex-ministro da Casa Civil Braga Netto (26 anos), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres (24 anos), o ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos (24 anos), o ex-ministro do GSI Augusto Heleno (21 anos), o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira (19 anos), o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem (16 anos e um mês) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid (dois anos).

    Sete dos oito réus foram condenados pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

    A condenação de Ramagem se limitou aos três primeiros crimes porque a Câmara interrompeu parte do processo contra o deputado federal. Ele só deve responder pela invasão das sedes dos Poderes, de 8 de janeiro de 2023, após o término da atual legislatura.

    Mauro Cid teve a pena fixada em dois anos como resultado de seu acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. O militar pleiteava, como primeira opção, um perdão judicial. O Supremo entendeu que o benefício seria inconstitucional porque crimes contra o Estado de Direito não são passíveis de anistia.

    A expectativa no Supremo é que o julgamento dos recursos comece ainda nesta semana, de forma virtual.

    A jurisprudência do tribunal estabelece que as penas só devem ser cumpridas após o término do processo. Esse estágio é alcançado após a negativa do segundo embargo de declaração.

    A previsão é que as penas de prisão passem a ser cumpridas ainda este ano. Não está definido se Bolsonaro e os demais condenados ficarão presos em presídios comuns, unidades militares ou em regime domiciliar.

    Defesa de Cid decide não recorrer contra condenação e tenta revogar medidas cautelares

  • Fafá de Belém volta a criticar ausência de representatividade do povo amazônico na COP30

    Fafá de Belém volta a criticar ausência de representatividade do povo amazônico na COP30

    Cantora alerta que a Amazônia não existe sem a participação de ribeirinhos e comunidades tradicionais; ela reclama de não ter sido convidada para a abertura do evento e fará show alternativo com renda revertida para a população local

    SÃO P AULO, SP (fOLHAPRESS) – Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro, Fafá de Belém, 69, voltou a criticar a falta de representatividade do povo amazônico e a pouca presença de pensadores da região nos debates.

    Chateada também por não ter sido convidada para participar da abertura do evento em seu próprio estado, a cantora desabafou: “Sempre fomos apagados. Não adianta fazer um espetáculo para o mundo e tirar os ribeirinhos de casa para que não participem. Não existe Amazônia sem nós.”

    Fafá seguiu com as críticas e fez um alerta: “Quando somos proibidos de fazer parte do espetáculo, atenção, algo está errado.”

    Mesmo de fora da programação oficial, a artista garantiu que marcará presença de outra forma: “Farei um espetáculo no Theatro da Paz, no dia 14, com o maestro João Carlos Martins, com ingressos populares e renda revertida para o povo de Santo Antônio. É o meu presente, a minha forma de entregar a COP ao povo do Pará”, disse em entrevista ao jornal O Globo.

    Ao comentar sobre as causas amazônicas mais urgentes, Fafá de Belém foi enfática: “O apoio às pesquisas da UFPA é fundamental. É preciso olhar e ouvir o nosso povo. A farmacopeia mundial nasceu das erveiras, das curandeiras. Elas precisam ser reconhecidas.”

    A cantora também falou sobre o cenário político atual do Brasil: “O Brasil é uma democracia jovem. O apoio ao Bolsonaro, as tentativas de substituição da nossa bandeira pela dos Estados Unidos – eu não vejo isso como um movimento de direita, e sim de ignorância.”

    Fafá de Belém volta a criticar ausência de representatividade do povo amazônico na COP30