Categoria: ECONOMIA

  • Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

    Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025

    Após cerca de 48 horas de obstrução do funcionamento dos plenários pela oposição, o Senado aprovou, nesta quinta-feira (7), o projeto de lei (PL) que isenta do pagamento do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que ganham até dois salários-mínimos, o que equivale a R$ 3.036. O texto agora segue para sanção presidencial. A isenção vai valer a partir de maio do mês-calendário 2025.  

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025, editada pelo governo federal, e cuja validade venceria na próxima segunda-feira (11).

    O relator da matéria no Senado, o líder do governo Jacques Wagner (PT-BA), comemorou o resultado da votação, que foi aprovada em votação simbólica sem manifestações contrárias. 

    “Depois, trabalharemos para aprovar a proposta de estender a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Seguimos trabalhando por mais justiça social e fiscal”, explicou o relator.

    A proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil reais está em tramitação na Câmara, aguardando votação no plenário. Já aprovada em Comissão Especial, o texto prevê ainda uma redução do IR para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350.A medida é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A votação da matéria foi atrasada pelo motim da oposição, que ocupou as mesas diretoras dos plenários da Câmara e Senado após decretada a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e investigado por obstrução do processo penal, devido às ações dos Estados Unidos contra o comércio brasileiro e a sanção da Casa Branca contra Moraes. Ele nega as acusações.

    Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

  • Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

    Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

    Presidente dos EUA ameaça repetir medida feita contra Índia a outros compradores dos russos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (7) que poderia, dependendo do que acontecer, anunciar novas tarifas sobre a China semelhantes às tarifas de 25% anunciadas sobre a Índia, horas antes, por causa das compras chinesas de petróleo russo.

    “Pode acontecer… Não posso lhes dizer ainda”, disse Trump sem dar detalhes sobre o que pode ser feito, após afirmar que esperava anunciar sanções secundárias para pressionar a Rússia a acabar com sua guerra na Ucrânia.

    “Fizemos isso com a Índia. Provavelmente estamos fazendo isso com alguns outros. Um deles pode ser a China”, comentou o mandatário dos EUA.

    Nesta quarta-feira, Trump impôs uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos indianos, além de uma tarifa de 25% anunciada anteriormente, citando as compras de petróleo russo pela Índia.

    O decreto da Casa Branca não menciona a China, outro grande comprador de petróleo russo. Na semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu a China de que ela também poderia enfrentar novas tarifas se continuasse comprando petróleo russo.

    O governo brasileiro teme ser alvo de um adicional na sua taxa de 50% por ser uma das nações que importa óleo da Rússia.

    Em 2024, o Brasil importou US$ 5,4 bilhões de diesel russo, um recorde na série histórica da balança comercial.

    A importação do produto russo é crescente desde 2022, quando quintuplicou após as sanções internacionais aplicadas a Moscou devido à guerra na Ucrânia e ao redirecionamento das cargas para outros mercados. O valor se multiplicou por 47 em 2023. Em 2024, houve novo aumento, de 19%.

    Neste ano, mais de 60% desse combustível que foi importado neste ano veio do país de Vladimir Putin.

    Dados recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), porém, indicam que os EUA passaram a Rússia em julho e foram o maior fornecedor brasileiro de óleo diesel no mês, revertendo liderança russa que já durava meses.

    Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

  • Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

    Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

    Na quarta-feira (6), o dólar fechou em forte queda de 0,77%, cotado a R$ 5,463

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu próximo da estabilidade nesta quinta-feira (7), com os investidores avaliando as novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a mais de 60 países, que entraram em vigor nesta quinta.

    As taxas variam entre 10% e 50%, sendo que o Brasil e a Índia são as únicas nações com a maior tarifa para seus produtos.

    Às 9h06, a moeda norte-americana caía 0,02%, cotada a R$ 5,4615. Na quarta-feira (6), o dólar fechou em forte queda de 0,77%, cotado a R$ 5,463. A desvalorização fez a moeda americana atingir o menor valor desde 8 de julho, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, estendeu o prazo para parceiros firmarem acordos comerciais.

    Já a Bolsa fechou em disparada de 1,04%, a 134.537 pontos. A alta do Ibovespa acompanhou as ações da Raia Drogasil, que subiram até 18% ao longo do dia, após a RD Saúde, dona das redes de farmácias, ter um crescimento de 13% no lucro do 2º trimestre.

    A sobretaxa de 50% imposta por Trump a exportações brasileiras para o mercado americano entrou em vigor à 1h01 (horário do Brasil) desta quarta. A tarifa atinge 36% dos produtos exportados pelo Brasil aos EUA e inclui itens como máquinas agrícolas, carnes e café.

    Entretanto, graças a cerca de 700 exceções previstas no decreto (leia a íntegra), 43% do valor de itens brasileiros exportados para o país escaparam das novas alíquotas, como mostrou levantamento feito pela Folha.

    O governo Lula acionou os Estados Unidos na OMC (Organização Mundial do Comércio) nesta quarta em reação às tarifas estabelecidas por Trump. O chamado pedido de consulta foi entregue na missão dos EUA junto à organização.

    Apesar da alta probabilidade de não ter efeito prático, já que a consulta precisa ser aceita pelos americanos e a última instância da organização está paralisada, o movimento é visto no Palácio do Planalto como um gesto simbólico importante para marcar posição do Brasil em defesa do multilateralismo.

    Desde abril, o país já sofria uma sobretaxa de 10% imposta pelos EUA. No mês passado, Trump adicionou mais 40% devido a questões políticas por meio de um decreto.

    O texto do decreto menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu em inquérito que apura tentativa de golpe em 2022. A Casa Branca afirmou, à época, que a medida visava “lidar com ameaças incomuns e extraordinárias à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

    Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a entrada em vigor do tarifaço já estava precificado pelos agentes do mercado. “As tarifas têm pouco impacto econômico [no mercado do dia]. A gente está mais de olho nos desdobramentos políticos e na possibilidade de o Brasil retaliar, gerando pressões inflacionárias internamente”.

    Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, “o ambiente de negócios não é pessimista, mas sim de cautela” nesta quarta.

    “Os cenários mais pessimistas [do tarifaço] foram afastados, porque não serão todos os produtos brasileiros que vão sofrer um choque tarifário, o que diminui o impacto total sobre a economia”, afirma.

    Nesta quarta, o presidente Lula disse não ver espaço para negociação com Trump sobre tarifas e rejeitar ‘humilhação’ de ligar para norte-americano.

    Segundo ele, o Brasil não pretende anunciar tarifas recíprocas e não vai desistir das negociações comerciais, mesmo admitindo que não há, no momento, interlocução.

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) está tentando negociar, disse Lula, assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “O que nós não estamos encontrando é interlocução”, afirmou.

    O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou durante o dia que o governo deve editar uma MP (medida provisória) com o plano de contingência à sobretaxa americana e priorizar os pequenos produtores.

    Segundo o chefe da equipe econômica, o texto está pronto e será encaminhado pela Fazenda ainda nesta quarta, mas o anúncio das medidas cabe ao Palácio do Planalto.

    Haddad afirmou que foi agendada uma reunião para a próxima quarta (13) com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em continuidade às negociações com os americanos.

    O mercado também permanece atento ao impacto econômico da prisão prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Há um subsequente temor de uma escalada tarifária entre os EUA e o Brasil por conta do episódio.

    Réu em processo sobre a trama golpista no final de seu governo, Bolsonaro teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na última segunda-feira (4).

    O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Integrantes do governo Lula (PT) admitiram, sob reservas, a possibilidade de a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro irritar o presidente Trump e intensificar as sanções anunciadas por ele contra o Brasil -até o momento, nenhuma tarifa adicional foi anunciada.

    No cenário internacional, parceiros comerciais continuam buscando meios de negociar com os EUA, já que Trump pretende impor mais tarifas nesta quinta-feira (7).

    Nesta quarta, o presidente americano Trump determinou uma taxa adicional de 25% sobre as importações da Índia em retaliação pelo país adquirir petróleo da Rússia.

    O novo decreto amplia para 50% a sobretaxa imposta aos indianos, que passará a ser válida daqui a 21 dias. Trata-se de uma retaliação indireta à Rússia por não ceder aos apelos dos Estados Unidos de encerrar a guerra com a Ucrânia.

    As tarifas de Trump sobre a Rússia podem afetar o agronegócio brasileiro. Conforme informações obtidas pela Folha, representantes do agro, tanto de empresas quanto da bancada ruralista no Congresso, fizeram chegar o alerta ao Itamaraty sobre possíveis sanções que o Brasil pode sofrer, a partir da sexta-feira (8), devido às negociações que detém com a Rússia, que hoje é o maior vendedor de fertilizantes ao Brasil.

    Como a Folha mostrou, o Brasil também está na rota de sanções pela compra de diesel. Mais de 60% desse combustível que foi importado neste ano veio do país de Vladimir Putin.

    Investidores ainda esperam a indicação de Trump para uma vaga aberta na diretoria do Fed, após a renúncia antecipada da diretora Adriana Kugler na semana passada.

    O assento de Kugler é um dos poucos que devem ficar vagos durante o segundo mandato de Trump, que tem pressionado o banco central por um corte de juros. O Fed volta a se reunir em 16 e 17 de setembro.

    Como resultado, a moeda americana registra uma desvalorização no exterior, com o índice DXY -que mede a força do dólar em relação a seis outras divisas fortes- caindo 0,63% nesta quarta, a 98.150 pontos.

    Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

  • Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

    Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

    São 272 lotes para o estado de São Paulo. Entre os destaques, estão um iPhone por R$ 410 e um Xbox por R$ 400

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Interessados em participar do leilão da Receita Federal do mês de agosto poderão apresentar seus lances a partir desta quinta (7), às 8h, e até segunda-feira (11), às 21h. São 272 lotes para o estado de São Paulo. Entre os destaques, estão um iPhone por R$ 410 e um Xbox por R$ 400. Os lances que foram selecionados serão apresentados na terça (12), às 10h.

    Para apresentar propostas, é preciso acessar o portal da Receita Federal e clicar em “Participar de leilão eletrônico”. Na tela seguinte, será preciso fornecer senha do portal Gov.br. Em seguida, clicar novamente em “Participar de leilão eletrônico da Receita Federal”, do lado esquerdo da tela, e selecionar o lote 0800100/000005/2025, de São Paulo.

    Dentro do sistema, será possível escolher o lote que deseja dar lance e clicar em “Incluir proposta”, aceitar os termos e as condições expressas pela Receita, digitar o valor da oferta e salvar.

    É possível agendar visitas aos lotes somente até esta sexta (8), nas cidades de Guarulhos, Bauru, Araraquara, São Paulo, São Bernardo do Campo, Barueri, Santos, Guarujá e Campinas. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital.
    O edital com todas as informações detalhadas sobre lotes e prazos está disponível no site oficial do leilão, em “Consultar leilões da Receita Federal”, na área de “Serviços”.

    O QUE É OFERTADO?

    Entre os destaques, no lote 95, é leiloado um iPhone 14 por R$ 410 no lance inicial. Dois iPhones 15 custam a partir de R$ 3.500 no lote 200 -no varejo, apenas uma unidade do modelo pode chegar a mais de R$ 4.000. Nos lotes 201 e 202, há iPhones 11 e 15 leiloados a partir de R$ 1.000 e R$ 4.000. No lote 203, três iPhones 15 com quatro fones de ouvido Airdots começam custando R$ 7.000 juntos.

    Ainda, dois iPhones 15 e vários smartwatches, fones de ouvido, tablets e acessórios eletrônicos diversos estão reunidos no lote 82, a R$ 9.750 no lance inicial. O lote 87 também reúne grande quantidade de iPhones, do 11 ao 14, começando em R$ 8.600.

    Dos lotes 231 a 262, smartphones de diversas marcas são leiloados a preços que variam de R$ 1.400 a R$ 3.680. Para todos estes, é vedada a destinação comercial, ou seja, só podem ser arrematados para uso pessoal.

    Na parte de videogames, um Xbox é encontrado a partir de R$ 400 no lote 223, e um Playstation 4 é leiloado a partir de R$ 1.000 no lote 26. Óculos de realidade virtual começam a R$ 2.000 no lote 48. Dois notebooks têm lances iniciais de R$ 500 no 228.

    Para quem se interessa por drones, quatro deles são leiloados no lote 99, junto com demais componentes eletrônicos, como impressoras, rádios e antenas, a R$ 7.000 no total o lance inicial. No lote 137, dois drones são leiloados a partir de R$ 1.300, também com artigos de pesca e acessórios de carro.

    O leilão também tem joias. O lote 41 leiloa pulseira e colar da Van Cleef & Arpels a partir de R$ 30 mil; o lote 51 tem brincos Dolce & Gabanna por R$ 3.500 no lance inicial; e o 52 vende bracelete de couro da Versace por R$ 800 pelo menos. Ainda há uma pulseira Kenneth Jay Lane por R$ 500 no lote 42 e anel de prata Pyrrha por R$ 1.200 no lote 53, nos lances iniciais. Um relógio ainda na caixa da marca Garmin, do modelo Forerunner 265, é leiloado a partir de R$ 3.000 no lote 9.

    No setor de instrumentos musicais, uma guitarra Gibson Les Paul Standard 70th Anniversary 2022 começa a R$ 7.000 no lote 21. E um violão Taylor tem lances iniciais de R$ 16 mil no lote 25. Um disco de vinil aparece a R$ 200 no lote 227.

    Ainda há câmeras fotográficas Canon no lote 46, com um kit por R$ 3.420, e uma Insta360 no 45, a R$ 1.800. O lote 102 está cheio de equipamentos a R$ 31.400 no total no valor de partida.

    Na área de automóveis, entre os modelos mais recentes, um Volkswagen Fox 2024 fica a partir de R$ 18 mil no lote 166. Um Chevrolet Onix 2024 começa a R$ 24 mil no lote 167. E uma Opel Mokka 2018 está por R$ 20 mil no 195.

    Além disso, um Volkswagen Up 2016 e um Toyota Corolla 2004 são leiloados, juntos, a R$ 9.300 no lote 83. Um modelo Gol 2015 está no lote 84 a partir de R$ 5.100. Um Honda Civic 2011 é ofertado a partir de R$ 6.750 no lote 85. E dois Fiat Palio, um de 2003 e outro de 2008, são leiloados a partir de R$ 3.600 no lote 86.

    Um Uno Mille 1996 está a R$ 1.200 no lote 88; um Corsa 1996 a R$ 1.560 no lote 90; e um Ford Focus 2006 a R$ 1.900 no 91, todos nos lances iniciais. Já os lotes 154 e 155 leiloam veículos grandes -um com sete lugares- a R$ 48 mil e R$ 24 mil.

    Segundo o edital, os veículos estão estacionados há algum tempo, e por isso as baterias podem estar descarregadas, e os pneus, murchos. Alguns, inclusive, não têm bateria, chaves ou rodas. Além disso, a maioria dos veículos não está com o licenciamento em dia, o que impede a circulação até a regularização da documentação, conforme a legislação de trânsito.

    Multas, encargos e débitos fiscais serão de responsabilidade do proprietário do veículo à época da prática da infração. Serão emitidos novos documentos de licenciamento dos veículos em favor de quem arrematá-los, de acordo com o edital.

    CALENDÁRIO DO LEILÃO

    • Período de apresentação das propostas – 8h de 7 de agosto até 21h de 11 de agosto
    • Período de visitação – 4 e 8 de agosto
    • Sessão pública para classificar e ordenar propostas – 9h de 12 de agosto
    • Apresentação dos lances – 10h do dia 12 de agosto
    • Retirada de lotes arrematados – Em até 30 dias após leilão

    QUEM PODE PARTICIPAR?

    As pessoas físicas que desejarem participar precisam ter mais de 18 anos -ou ser emancipada-, CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e selo de confiabilidade prata ou ouro no portal Gov.br.

    As empresas interessadas devem ter o cadastro regular no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e também ter selo de confiabilidade prata ou ouro.

    Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

  • Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

    Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

    A ideia do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é tentar salvar a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira (6) que realizará uma votação remota para contornar o bloqueio de aliados de Jair Bolsonaro (PL) ao plenário da Casa. A ideia é tentar salvar a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

    Essa faixa de isenção está em vigor por causa de uma MP (medida provisória) editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que elevou o valor isento de até R$ 2.259,20 para até R$ 2.428,80 -uma correção de 7,5%. A iniciativa isenta os contribuintes com renda mensal de até R$ 3.036 (equivalente a dois mínimos) porque se soma ao desconto simplificado de R$ 607,20.

    A MP que determina esses valores, no entanto, perderá a validade se não for aprovada pelo Congresso até segunda-feira (11). Um projeto de lei foi votado pela Câmara em junho para garantir a isenção, mas depende de aprovação pelo Senado até essa data. Se isso não ocorrer, a faixa de renda isenta voltará aos patamares anteriores a partir de terça (12).

    “Determinei que a sessão deliberativa do Senado Federal de amanhã, quinta-feira (7), às 11h, seja realizada temporariamente em sistema remoto. A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”, anunciou Alcolumbre por meio de nota.

    O presidente do Senado se manifestou depois de uma reunião com líderes de bancada aliados e de oposição em sua casa, em Brasília. No encontro, Alcolumbre defendeu sua prerrogativa de comandar sessões no plenário e recebeu apoio da maioria dos presentes.

    “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, afirmou Alcolumbre. Ele já havia classificado o movimento da oposição como uma ação arbitrária.

    “Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, declarou ele.

    O líder do PSB no Senado, Cid Gomes (CE), disse na saída da reunião que Alcolumbre tolerará a obstrução do plenário do Senado até quinta-feira (6).

    “Semana que vem, o que eu ouvi do presidente, é que ele não aceitará”, declarou o senador. “É como quem diz ‘por bem ou por mal semana que vem o plenário tem que estar livre’”, disse Cid Gomes.

    Davi Alcolumbre também disse aos senadores que não dará andamento ao pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Bolsonaristas têm recolhido assinaturas de apoio à proposta, mas ela depende de uma decisão do presidente do Senado para prosperar.

    Os líderes da base deixaram a casa de Alcolumbre, mas os de oposição continuaram no local. Eles reivindicavam uma reunião sozinhos com o presidente do Senado.

    Os plenários da Câmara e do Senado estão ocupados por deputados e senadores bolsonaristas desde terça-feira (5). O movimento veio depois de Moraes colocar Bolsonaro em prisão domiciliar.

    No domingo (3), durante atos por anistia a réus da trama golpista, o ex-presidente apareceu em vídeos exibidos por apoiadores. Bolsonaro, que é um dos réus nesse processo, estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas. Moraes deu a ordem de prisão no dia seguinte.

    Os aliados do ex-presidente pressionam para que as casas votem os projetos que chamaram de “pacote da paz”: a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o fim do foro especial.

    Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

  • Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

    Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

    Para o presidente do Banco Central (BC), a manutenção da administração pública do Pix é importante para impedir conflitos de interesses, caso o sistema fosse gerido por empresas privadas

    O Pix é estratégico e deve permanecer sob gestão pública, disse nesta quarta-feira (6) o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Em evento voltado para o setor de criptoativos, no Rio de Janeiro, ele declarou que falsas narrativas procuram prejudicar uma das infraestruturas mais importantes do Brasil.  

    “O Pix se revela uma infraestrutura estratégica e crítica para o país. É uma segurança para o país que ele possa ser gerenciado e administrado pelo Banco Central”, afirmou.

    Para Galípolo, a manutenção da administração pública do Pix é importante para impedir conflitos de interesses, caso o sistema fosse gerido por empresas privadas. 

    “É muito importante que o Pix permaneça e vai permanecer como uma infraestrutura pública digital que foi desenvolvida pelo Banco Central. Se a gente tivesse qualquer tipo de incumbente sendo gestor do Pix, vocês imaginam os conflitos de interesse que a gente poderia ter a cada decisão de se incluir ou retirar um novo participante do sistema?”, comentou o presidente do BC.

    Galípolo lamentou que o sistema de transferências instantâneas em funcionamento desde 2020 tenha se tornado alvo de fake news. “Infelizmente, a gente está num momento onde, muitas vezes, as coisas são complexas de compreender e elas são capturadas por algum tipo de debate onde as versões podem ser muitas vezes mais interessantes do que os fatos”, afirmou.

    Inclusão financeira

    O presidente do BC destacou os avanços sociais promovidos pelo Pix. Ele ressaltou que a ferramenta facilita a inclusão financeira, ao ampliar o acesso da população à infraestrutura bancária. Atualmente, ressaltou Galípolo, o Pix tem 858 milhões de chaves cadastradas, com 250 milhões de transações diárias, em média.

    O presidente do BC negou qualquer rivalidade entre o Pix e os outros meios de pagamento. Segundo ele, a ferramenta não está provocando prejuízos aos bancos porque as transações com cartões de crédito e de débito aumentaram mais nos últimos anos do que cresciam antes do Pix.

    “Os cartões de débito, pré-pago e, em especial, os de crédito, apresentam uma taxa de crescimento maior do que antes do advento do Pix. O que elimina qualquer ideia de rivalidade ou de que um estaria canibalizando o outro, a partir de alguma lógica que possa tentar ser apresentada”, destacou.

    De 2020 a 2024, o número de transações com cartões de crédito subiu 20,9%. Nos dez anos anteriores, de 2009 a 2019, a taxa de crescimento estava em 13,1%.

    InvestigaçãoDesde o mês passado, o Pix está incluído na investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil. Por meio do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, o governo de Donald Trump pediu esclarecimentos ao Brasil se o Pix impõe barreiras ao comércio e a instituições financeiras estadunidenses.

    O órgão quer investigar se as práticas brasileiras ligadas ao comércio digital e a tarifas preferenciais são “irracionais ou discriminatórias”. Para o escritório, o Brasil pode prejudicar a competitividade de empresas norte-americanas de comércio e serviços de pagamento eletrônico.

    Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

  • Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

    Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,463, com recuo de R$ 0,043 (-0,78%). Exceto na primeira hora de negociação, a cotação operou em baixa e fechou próxima às mínimas do dia.

    A entrada em vigor da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros nos Estados Unidos não interferiu no mercado financeiro nesta quarta-feira (6). O dólar fechou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês. A bolsa de valores subiu mais de 1% e atingiu o maior nível em duas semanas.

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,463, com recuo de R$ 0,043 (-0,78%). Exceto na primeira hora de negociação, a cotação operou em baixa e fechou próxima às mínimas do dia.

    No menor nível desde 8 de julho, a moeda norte-americana caiu 2,46% apenas nos quatro primeiros pregões de agosto. Em 2025, a divisa recua 11,6%.

     

    O mercado de ações teve um dia de ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 134.568 pontos, com alta de 1,04%. Subindo pela terceira vez seguida, com alta de 1,59% na semana, o indicador está no nível mais alto desde 23 de julho.

    Apesar de o tarifaço do governo Donald Trump passar a valer hoje, o dólar continuou a cair com o aumento das chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) cortará os juros a partir de setembro. Nesta quarta-feira, uma diretora regional do Fed disse que os juros básicos nos Estados Unidos devem cair nos próximos meses.

    Juros menores em economias avançadas estimulam a migração de capitais especulativos para países emergentes, como o Brasil. Nem a imposição de uma tarifa adicional de 25% para a Índia pelo governo Trump reverteu a queda do dólar.

    * com informações da Reuters

    Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

  • Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

    Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

    Nem todo mundo está ficando mais rico – veja como seu país se compara.

    O quanto as pessoas ao redor do mundo ficaram mais ricas (ou mais pobres) no último ano? O Relatório Global de Riqueza do UBS de 2025 revela como o patrimônio líquido mediano mudou entre 2023 e 2024 em dezenas de países. O foco na mediana fornece uma imagem mais clara da situação financeira do cidadão “típico”, ao contrário das médias que podem ser distorcidas por bilionários. Alguns países tiveram ganhos de dois dígitos, enquanto outros lutaram contra a inflação, a desvalorização da moeda ou a desaceleração do crescimento.

    Clique na galeria para ver onde a riqueza cresceu mais rapidamente e onde não.

    Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

  • Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

    Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

    “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula, lembrando que o Brics tem dez países no G20.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (6) que vai conversar com os representantes dos países que integram o Brics sobre a taxação dos Estados Unidos aos produtos desses países. Em entrevista à agência de notícias Reuters, ele informou que pretende ligar para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e para o presidente da China, Xi Jinping.

    “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula, lembrando que o Brics tem dez países no G20, o grupo que reúne 20 das maiores economias do mundo.

    No Brasil, entraram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Também nesta quarta-feira, o  presidente americano, Donald Trump,

    publicou um decreto impondo tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia, com o argumento de que o país importa direta ou indiretamente petróleo russo.

     

    Prioridades

    Segundo Lula, a prioridade do governo brasileiro, nesse momento, é ajudar as empresas brasileiras a encontrar novos mercados para seus produtos e cuidar da manutenção dos empregos. 

    O texto da medida provisória (MP) com as ações planejadas pelo governo em resposta ao tarifaço deve ser enviado ao Palácio do Planalto pelo Ministério da Fazenda ainda nesta quarta-feira (6).

    Lula ressaltou que não vê abertura para negociação com Trump neste momento. 

    “Eu não liguei porque ele não quer telefonema. Não tenho por que ligar para o presidente Trump, porque nas cartas que ele mandou e nas suas decisões ele não fala em nenhum momento em negociação, o que ele fala é em novas ameaças”, disse Lula. 

    Lula reafirmou que quer fazer tudo o que for possível antes de “tomar outra medida que signifique que as negociações [com os Estados Unidos] acabaram”. 

    “Eu estou fazendo tudo isso [negociando] quando poderia anunciar uma taxação dos produtos americanos. Não vou fazer porque não quero ter o mesmo comportamento do presidente Trump. Eu quero mostrar que quando um não quer, dois não brigam, e eu não quero brigar com os Estados Unidos”. 

    O presidente lembrou que o Brasil recebeu o comunicado da taxação de forma totalmente autoritária. 

    “Não é assim que estamos acostumados a negociar”, afirmou.  

    Intromissão

    O presidente Lula afirmou que não é admissível que o presidente americano resolva “dar pitaco” no Brasil 

    “Não é uma intromissão pequena, é o presidente da República dos Estados Unidos achando que pode ditar regras em um país soberano como o Brasil. Não é admissível que os Estados Unidos e nenhum país grande ou pequeno resolva dar um pitaco na nossa soberania”, afirmou.

    “Ele que cuide dos Estados Unidos, do Brasil, cuidamos nós. Só tem um dono esse país, e só um dono que manda no presidente da República, é o povo, o povo que elegeu, o povo que pode tirar”.

    O presidente também citou trechos da decisão de Trump que criticam a legislação brasileira sobre as grandes empresas de tecnologia americanas, as big techs. 

    “Esse país é soberano, tem uma Constituição, tem uma legislação. É nossa obrigação regular o que a gente quiser regular de acordo com os interesses e a cultura do povo brasileiro. Se não quiser regulação, saia do Brasil”, disse Lula.

     

    Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

  • Custo do crédito impede expansão do mercado imobiliário, aponta pesquisa do setor

    Custo do crédito impede expansão do mercado imobiliário, aponta pesquisa do setor

    Apesar da percepção de escassez de recursos, não falta dinheiro para o setor, o problema é a taxa de juros, afirmaram, após pesquisa apresentada, nesta quarta-feira (6), em Webinar sobre os desafios do setor para garantir o fluxo de recursos.

    ANA PAULA BRANCO
    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O custo do dinheiro é a principal barreira para incorporadoras de todos os portes atuarem hoje no mercado imobiliário brasileiro, segundo Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), e Fábio Araújo, presidente da Brain Inteligência Estratégica.

    Apesar da percepção de escassez de recursos, não falta dinheiro para o setor, o problema é a taxa de juros, afirmaram, após pesquisa apresentada, nesta quarta-feira (6), em Webinar sobre os desafios do setor para garantir o fluxo de recursos.
    De acordo com a pesquisa da Brain apresentada durante o evento, a taxa de juros é a mais importante barreira para lançamentos, com 55% dos incorporadores concordando parcialmente e 23% totalmente.

    Para viabilizar mais empreendimentos, 82% do mercado aponta para a necessidade de taxas para o incorporador abaixo de 12%. No entanto, as projeções da Selic para dezembro de 2026 indicam 12%, o que seria um alívio, mas não a solução, segundo o setor.

    Araújo diz ainda que a taxa de juro baixa, abaixo de dois dígitos, é fundamental, pois “traz um grande volume de pessoas para poder comprar seus imóveis”.

    O custo do crédito tem obrigado o setor a buscar alternativas junto a autoridades e novas fontes de captação.

    A caderneta de poupança, tradicionalmente a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário, tem visto seu volume secar. Isso forçou os bancos a buscarem captação em outros instrumentos, como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), que remuneram os investidores com um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), resultando em um custo final de financiamento muito maior para o tomador.

    Dentre as alternativas de captação que as incorporadoras têm buscado, o mercado de capitais é considerado “importantíssimo” por França, pois permite às empresas reduzir sua exposição a instituições financeiras tradicionais, emitindo papéis comprados por investidores.

    Para ele a vantagem é a ampliação da capacidade de captação e potencial acesso a taxas melhores, com operações de prazos variados, inclusive longuíssimo prazo.

    “Não acabou com os bancos, tudo convive muito bem, banco continua dando dinheiro, mercado de capitais continua crescendo e é o futuro”, afirmou o presidente da Abrainc.

    Segundo a pesquisa da Brain, 54% das empresas veem o mercado de capitais como uma alternativa, principalmente por vantagens e oportunidades (57%), mas a maioria (57%) nunca o utilizou, sendo mais comum entre as maiores empresas.

    Atualmente, o setor imobiliário brasileiro tem 15 empresas de capital aberto.

    A securitização, como um “subproduto” do mercado de capitais, é vista pelos empresários ouvidos pela Brain como uma forma de cortar o intermediário financeiro, permitindo às empresas venderem financiamentos de compradores finais, especialmente com taxas de juros adequadas.

    “Quando você tiver taxa de juro adequada, muita empresa vai poder fazer sua venda, colocar ali o financiamento a mercado… você vai ter uma taxa que o cliente vai ter uma prestação adequada e vai formar aquela carteira dependendo da empresa, ela vai securitizar aquilo lá e vai vender. Então aí você tem uma desintermediação financeira e a desintermediação financeira sempre é bastante positivo”, disse França.

    Já as Sociedades em Conta de Participação (SCPs) continuam crescendo como alternativa e são “bem interessantes, adequadas principalmente para as pequenas e médias empresas que têm bons projetos”, segundo o presidente da Abrainc. Investidores, incluindo pessoas físicas, sentem-se atraídos por terem como acompanhar a evolução da obra.

    PROPOSTAS DO SETOR AO BANCO CENTRAL
    Em meio à busca por um funding de custo adequado e volume suficiente, França afirma que a Abrainc tem dialogado ativamente com o Banco Central e autoridades do governo federal. Ele citou uma proposta para liberar parte do compulsório da caderneta de poupança.

    Atualmente, dos R$ 800 bilhões da poupança, 65% são obrigatórios para crédito imobiliário, e 20% dos 35% restantes ficam depositados no Banco Central. A sugestão da Abrainc é manter os 65% obrigatórios e liberar 5% do compulsório (cerca de R$ 35 bilhões), que poderiam ser direcionados, por exemplo, para imóveis de classe média, até R$ 750 mil.

    Além disso, França defende a liberação dos 15% restantes do “recurso livre” da poupança, desde que o Banco Central abra uma linha de redesconto -batizada por ele como “redesconto poupança”. Ele defende que a medida daria “fôlego no crédito imobiliário”.

    O programa Minha Casa, Minha Vida segue a menina dos olhos do mercado imobiliário. A recém-lançada faixa 4 -que atende rendas entre R$ 8.000 e R$ 12 mil e imóveis de até R$ 500 mil (podendo chegar a R$ 620 mil)- é vista como uma grande oportunidade de negócio.

    De acordo com a pesquisa da Brain, quase 60% das grandes empresas (acima de R$ 500 milhões de lançamento) pretendem atuar nesse segmento em menos de 12 meses.

    A meta de 2 milhões de imóveis pelo programa habitacional -um recorde histórico- é um “número fantástico” que contribui para a inclusão social e redução do déficit habitacional, segundo França.
    A Caixa Econômica Federal continua sendo um grande player e sua ferramenta de “apoio para a produção” -que permite o desligamento de clientes na medida em que as vendas ocorrem- é considerada fundamental pelo setor, especialmente para quem atua no Minha Casa, Minha Vida. O produto funciona como um mecanismo para que o incorporador receba os recursos conforme as unidades são vendidas. Os bancos privados ainda não têm algo parecido.

    Custo do crédito impede expansão do mercado imobiliário, aponta pesquisa do setor