Categoria: ECONOMIA

  • Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

    Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

    Ásia e Europa compensaram queda de 37,9% nas vendas para EUA; dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic)

    A diversificação das exportações para a Ásia e a Europa compensou os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos, três meses após a retaliação comercial do governo de Donald Trump. As vendas do Brasil para o exterior cresceram 9,1% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

    O crescimento ocorreu mesmo com a forte queda de 37,9% nas vendas para os Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

    Segundo o levantamento, as exportações somaram US$ 31,97 bilhões no mês passado, enquanto as importações atingiram US$ 25,01 bilhões, resultando em superávit comercial de US$ 6,96 bilhões. 

    A retração nas exportações para os Estados Unidos, impactadas pelo tarifaço implementado pelo governo norte-americano, levou a uma queda de 24,1% nas vendas para a América do Norte. Essa foi a única região com redução nas exportações em outubro.

    O principal fator do encolhimento das vendas para a América do Norte foi a queda de 82,6% nos embarques de petróleo, equivalente a perda de US$ 500 milhões. Também recuaram as vendas de celulose (43,9%), óleos combustíveis (37,7%) e aeronaves e partes (19,8%).

    “Mesmo produtos que não foram tarifados, como óleo combustível e celulose, sofreram queda”, informou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão.

    Outros mercados

    O recuo nas exportações para os Estados Unidos foi compensado pelo aumento das vendas para outras regiões, especialmente a Ásia, que teve alta de 21,2%, impulsionada pela China (33,4%), Índia (55,5%), Cingapura (29,2%) e Filipinas (22,4%).

    Entre os produtos, destacaram-se os aumentos nas exportações de soja (64,5%), óleos brutos de petróleo (43%), minério de ferro (31,7%) e carne bovina (44,7%).

    Na Europa, as vendas cresceram 7,6%, com forte avanço de minérios de cobre (823,6%), carne bovina (73,4%) e celulose (46,8%). Já a América do Sul apresentou alta de 12,6%, puxada pelos embarques de óleos brutos de petróleo (141,1%).

    Segundo Brandão, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm registrado redução constante nos últimos 3 meses. A queda foi de 16,5% em agosto, 20,3% em setembro e 37,9% em outubro.

    “Temos observado taxas de variação negativa cada vez maiores, na comparação com o mesmo mês do ano anterior”, explicou Brandão. 

    O diretor do Mdic destacou ainda que o movimento reflete não apenas os efeitos diretos das tarifas, mas também uma possível redução da demanda norte-americana.

    “A principal queda em termos absolutos foi no petróleo bruto, que não foi tarifado. Isso indica que há efeitos diversos influenciando a retração das exportações aos EUA”, completou.

    Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço

  • Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR

    Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR

    Quem ganha até R$ 7.350 por mês vai se beneficiar com a medida; a sanção deve ocorrer nos próximos dias para que a isenção possa valer já em 2026

    O plenário do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), contemplando quem ganha até R$ 5 mil. Encaminhado pelo governo federal em março ao Congresso, o texto foi aprovado em outubro pela Câmara e, após a votação pelo Senado, poderá ser sancionado. 

    A sanção deve ocorrer nos próximos dias para que a isenção possa valer já em 2026. A principal mudança é que o projeto isenta quem ganha até R$ 5 mil mensais e aumenta a taxação dos mais ricos.

    O governo calcula que cerca de 25 milhões de brasileiros vão pagar menos impostos, enquanto outros 200 mil contribuintes terão algum aumento na tributação.  

    Confira abaixo as principais mudanças a partir da aprovação do projeto:  

    Quem vai deixar de pagar o Imposto de Renda? 

    Atualmente, a isenção do IR alcança apenas quem ganha até R$ 3.076 (dois salários mínimos). A nova legislação isentará, a partir de janeiro do ano que vem, o imposto de renda sobre rendimentos mensais de até R$ 5 mil para pessoas físicas. 

    Quais faixas de renda vão passar a pagar menos imposto? 

    Para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá uma redução parcial dos valores a serem pagos – quanto menos ganhar, maior a redução.  

    Os contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 não serão contemplados pela medida.  

    Quem vai pagar mais imposto? 

    Para compensar a perda de arrecadação com a isenção, o projeto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil por mês. O texto também estabelece a tributação para lucros e dividendos remetidos para o exterior com alíquota de 10%. 

    Contribuintes pessoas físicas de alta renda recolhem hoje, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais, incluindo distribuição de lucros e dividendos. Trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de IR sobre seus ganhos. 

    A partir de quando vai valer a mudança? A nova regra vai valer a partir do ano que vem, caso seja sancionada até dia 11 de novembro. O governo já sinalizou que irá sancionar a medida até esta data.  

    Dessa forma, a partir de janeiro de 2026, quem ganha até R$ 5 mil deixa de pagar ter o imposto descontado e, quem ganha até R$ 7.350, pagará menos.

    Na prática, a isenção terá impacto na declaração do IRPF 2027, com o ano-base 2026.  

    Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR

  • Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

    Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

    “A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução”, disse o vice-presidente; Comitê manteve nesta quarta-feira (5) Selic em 15% ao ano

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (6) que o governo espera uma redução da taxa de juros na próxima reunião do Copom.

    Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira (5) a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 15% ao ano.

    “A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução, ela retrai a atividade econômica, especialmente bens duráveis de custo mais alto, mas acho que será transitório. Estamos tendo grandes investimentos no Brasil”, disse, ao participar de evento em Minas Gerais. 

    Alckmin citou que o país tem uma safra agrícola recorde, com percentual 17% acima, queda do dólar e da inflação, como importantes indicadores econômicos.

    A próxima reunião do Copom será nos dias 9 e 10 de dezembro.

    Selic

    Em nota, o Banco Central informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais, o que levou à manutenção da taxa de juros.

    No Brasil, destacou o comunicado, a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão alto por bastante tempo.

    Foi a terceira reunião seguida em que o Copom manteve os juros básicos. A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano.

    Alckmin diz esperar queda dos juros na próxima reunião do Copom

  • Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

    Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

    A contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal; adesão ao acordo de ressarcimento continua disponível após a data

    Aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos diretamente nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm até sexta-feira da próxima semana (14) para contestar os débitos não autorizados.

    O Ministério da Previdência Social (MPS) explica que a contestação é o primeiro passo para garantir o ressarcimento dos valores pelo governo federal.

    Onde contestar

    Os beneficiários podem contestar os valores descontados  de três formas, por meio de canais oficiais do INSS:

    • No aplicativo ou site Meu INSS, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da plataforma Gov.br.
    • Pelo telefone da Central 135: ligação gratuita, de segunda a sábado, das 7h às 22h
    • Nos Correios: mais de 5 mil agências oferecem atendimento assistido e gratuito.

    Processo

    Ao entrar no aplicativo ou site Meu INSS, o cidadão deve acessar o serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”.

    No aplicativo, ao clicar em “Não autorizei o desconto”, o beneficiário registra a contestação, e a entidade associativa que procedeu o desconto tem até 15 dias úteis para responder.

    Caso não apresente uma resposta, o sistema do INSS abre automaticamente a opção para os aposentados e pensionistas fazerem a adesão ao acordo de ressarcimento.

    Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS

    A adesão é gratuita e dispensa o envio de documentos adicionais.

    Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o aposentado ou pensionista deve clicar no aplicativo ou site Meu INSS, no campo “Consultar Pedidos” e avançar para “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um).

    O internauta deve rolar a tela, por exemplo, do celular ou do notebook até o último comentário e, no campo “Aceito receber”, selecionar “Sim”.

    Por fim, deve enviar a aceitação do acordo.

    Devolução dos valores

    Depois da adesão, os valores serão devolvidos pelo governo federal e depositados automaticamente na conta onde o beneficiário já recebe o benefício previdenciário.

    O valor será corrigido pela inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no período do desconto não autorizado das mensalidades associativas.

    O Ministério da Previdência Social (MPS) esclarece que não há necessidade de ação judicial.

    Mesmo após o encerramento do prazo para contestar os descontos, em 14 de novembro, a adesão ao acordo de ressarcimento continuará aberta e pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.

    Balanço

    Desde a abertura do sistema, em maio, 5,9 milhões de contestações já foram registradas por beneficiários que não reconheceram os descontos feitos pelas entidades associativas.

    O governo do Brasil já devolveu R$ 2,4 bilhões a 3,6 milhões de aposentados e pensionistas, o que representa 75,3% do total de beneficiários que estão aptos a aderir ao acordo de ressarcimento (4,7 milhões no total).

    Mensalidades associativas

    Os descontos de mensalidades de entidades associativas devem ser voluntários, ou seja, o débito é legalmente permitido somente se o aposentado ou pensionista decidir, de livre e espontânea vontade, associar-se a uma entidade, como um sindicato ou associação de classe.

    Ainda é preciso assinar um termo de autorização para que a mensalidade seja debitada de seu pagamento mensal do INSS. Porém, quase 98% dos beneficiários do INSS não autorizaram os descontos.

    Senado

    No Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS apura as fraudes envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas da autarquia federal.

    Prazo para contestar descontos indevidos do INSS ​termina dia 14

  • Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

    Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

    Projeto aprovado amplia a faixa de isenção e cria desconto escalonado para quem ganha até R$ 7.350. Medida deve beneficiar trabalhadores da iniciativa privada, servidores e aposentados do INSS

    (FOLHAPRESS) – Trabalhadores, aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de regimes próprios e servidores públicos com salários de até R$ 5.000 ficarão isentos do pagamento do Imposto de Renda a partir de 2026, conforme projeto aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (5).

    A medida, que ainda será sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cria um desconto escalonado do IR para salários entre R$ 5.000,01e R$ 7.350. Não haverá mudança para quem ganha mais.

    Cálculos feitos pela Contabilizei, empresa de contabilidade e consultoria, mostram que um trabalhador com salário de R$ 5.000 e sem dependentes vai deixar de pagar R$ 312,89 de imposto por mês. A diferença vai diminuindo até chegar a R$ 19,98 para quem ganha R$ 7.200. Os dados consideram valores a partir do salário mínimo de R$ 1.518 até salários de R$ 50 mil. Veja abaixo.

    Atualmente, não há desconto do IR para quem ganha até dois salários mínimos, o que dá R$ 3.036 por mês. A faixa de isenção oficial da tabela, no entanto, é de R$ 2.428,80 mensais, mas a Receita aplica um desconto-padrão de R$ 607,20 que zera o IR nestes casos.

    Além do Imposto de Renda para quem fica acima do limite de isenção, os trabalhadores também são obrigados a pagar as contribuições ao INSS. Elas são descontadas diretamente do salário mensal para quem tem carteira assinada pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

    Para fazer o cálculo do desconto do IR, no entanto, as empresas consideram qual é o tipo de desconto mais vantajoso sobre o salário bruto do profissional, se pela tabela completa, que considera do INSS e o número de dependentes, ou se pelo modelo simplificado, com desconto de R$ 607,20 da base de cálculo.

    COMO É O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA HOJE

    Salário bruto – Desconto do INSS – Imposto de Renda atual – Salário líquido hoje

    R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15
    R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27
    R$ 3.200 – R$ 277,41 – R$ 12,30 – R$ 2.910,29
    R$ 3.400 – R$ 301,41 – R$ 27,30 – R$ 3.071,29
    R$ 3.600 – R$ 325,41 – R$ 54,76 – R$ 3.219,83
    R$ 3.800 – R$ 349,41 – R$ 84,76 – R$ 3.365,83
    R$ 4.000 – R$ 373,41 – R$ 114,76 – R$ 3.511,83
    R$ 4.200 – R$ 397,60 – R$ 144,76 – R$ 3.657,64
    R$ 4.400 – R$ 425,60 – R$ 177,89 – R$ 3.796,51
    R$ 4.600 – R$ 453,60 – R$ 222,89 – R$ 3.923,51
    R$ 4.800 – R$ 481,60 – R$ 267,89 – R$ 4.050,51
    R$ 5.000 – R$ 509,60 – R$ 312,89 – R$ 4.177,51
    R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 357,89 – R$ 4.304,51
    R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 409,29 – R$ 4.425,11
    R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 464,29 – R$ 4.542,11
    R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 515,33 – R$ 4.663,07
    R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 562,63 – R$ 4.787,77
    R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 609,93 – R$ 4.912,47
    R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 657,23 – R$ 5.037,17
    R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 704,53 – R$ 5.161,87
    R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 751,83 – R$ 5.286,57
    R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 799,13 – R$ 5.411,27
    R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 846,43 – R$ 5.535,97
    R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,91 – R$ 5.629,50
    R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77
    R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73
    R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73
    R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73
    R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73
    R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73

    COMO FICA O DESCONTO DO IMPOSTO DE RENDA EM 2026?

    Salário bruto – Desconto do INSS – IR (projeto de lei 1.087/2025)

    – Salário após a reforma do IR – Quanto o trabalhador deixará de pagar
    R$ 1.518 – R$ 113,85 – isento – R$ 1.404,15 – já era isento
    R$ 3.036 – R$ 257,73 – isento – R$ 2.778,27 – já era isento
    R$ 3.200 – R$ 277,41 – isento – R$ 2.922,59 – R$ 12,30
    R$ 3.400 – R$ 301,41 – isento – R$ 3.098,59 – R$ 27,30
    R$ 3.600 – R$ 325,41 – isento – R$ 3.274,59 – R$ 54,76
    R$ 3.800 – R$ 349,41 – isento – R$ 3.450,59 – R$ 84,76
    R$ 4.000 – R$ 373,41 – isento – R$ 3.626,59 – R$ 114,76
    R$ 4.200 – R$ 397,60 – isento – R$ 3.802,40 – R$ 144,76
    R$ 4.400 – R$ 425,60 – isento – R$ 3.974,40 – R$ 177,89
    R$ 4.600 – R$ 453,60 – isento – R$ 4.146,40 – R$ 222,89
    R$ 4.800 – R$ 481,60 – isento – R$ 4.318,40 – R$ 267,89
    R$ 5.000 – R$ 509,60 – isento – R$ 4.490,40 – R$ 312,89
    R$ 5.200 – R$ 537,60 – R$ 71,62 – R$ 4.590,78 – R$ 286,27
    R$ 5.400 – R$ 565,60 – R$ 149,65 – R$ 4.684,75 – R$ 259,64
    R$ 5.600 – R$ 593,60 – R$ 231,28 – R$ 4.775,12 – R$ 233,01
    R$ 5.800 – R$ 621,60 – R$ 308,95 – R$ 4.869,45 – R$ 206,38
    R$ 6.000 – R$ 649,60 – R$ 382,88 – R$ 4.967,52 – R$ 179,75
    R$ 6.200 – R$ 677,60 – R$ 456,81 – R$ 5.065,59 – R$ 153,12
    R$ 6.400 – R$ 705,60 – R$ 530,74 – R$ 5.163,66 – R$ 126,49
    R$ 6.600 – R$ 733,60 – R$ 604,67 – R$ 5.261,74 – R$ 99,86
    R$ 6.800 – R$ 761,60 – R$ 678,60 – R$ 5.359,81 – R$ 73,23
    R$ 7.000 – R$ 789,60 – R$ 752,53 – R$ 5.457,88 – R$ 46,60
    R$ 7.200 – R$ 817,60 – R$ 826,45 – R$ 5.555,95 – R$ 19,98
    R$ 7.350 – R$ 838,60 – R$ 881,90 – R$ 5.629,50 – R$ 0,00
    R$ 8.000 – R$ 929,60 – R$ 1.035,63 – R$ 6.034,77 – não há diferença
    R$ 10 mil – R$ 951,73 – R$ 1.579,54 – R$ 7.468,73 – não há diferença
    R$ 15 mil – R$ 951,73 – R$ 2.954,54 – R$ 11.093,73 – não há diferença
    R$ 20 mil – R$ 951,73 – R$ 4.329,54 – R$ 14.718,73 – não há diferença
    R$ 30 mil – R$ 951,73 – R$ 7.079,54 – R$ 21.968,73 – não há diferença
    R$ 50 mil – R$ 951,73 – R$ 12.579,54 – R$ 36.468,73 – não há diferença

    COMO É FEITA A COBRANÇA DO IR?
    O Imposto de Renda é um imposto pago sobre a renda dos trabalhadores. O desconto é feito todo mês, conforme tabela determinada por lei, atualizada e divulgada pela Receita Federal todos os anos. Para fazer o desconto do tributo, há direito de deduzir da base de cálculo a contribuição ao INSS e a dedução por dependentes, se houver. Há ainda a opção do desconto simplificado mensal.
    A cada ano, os contribuintes precisam fazer a declaração de IR à Receita. O documento, chamado de declaração de ajuste anual, é um ajuste final entre as partes para saber quanto foi recebido, quanto há de gasto dedutível e quanto deve ou não ser devolvido pelo fisco, se for o caso.
    Quem pagou mais imposto tem o direito de restituir. A restituição ocorre por meio de um calendário, conforme a data da entrega da declaração e uma fila de prioridades definidas por lei. Quem pagou menos imposto terá de acertar as contas e quitar a diferença com o fisco.
    No cálculo anual, há direito a outros abatimentos, como gasto com saúde e educação, além de dependentes e Previdência. Quem paga plano de previdência privada também consegue deduzir parte do valor e pagar menos imposto no ano.

    Veja como fica o salário do trabalhador com os novos descontos do IR e do INSS

  • Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

    Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

    Após manter a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva, o Banco Central reforçou o tom conservador e sinalizou juros altos por um período prolongado. A decisão elimina apostas em cortes até 2026 e pressiona as taxas futuras, apesar do alívio nos Treasuries

    Os juros futuros se ajustam nesta quinta-feira ao tom conservador do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve pressionar para cima as taxas mais curtas, com desinclinação da curva. O BC manteve a Selic em 15% ao ano pela terceira vez, em decisão unânime, e permaneceu no comunicado a frase sobre manter a taxa no nível atual por um “período bastante prolongado”.

    O recuo dos rendimentos dos Treasuries pode ajudar a aliviar a ponta longa da curva. A agenda do dia traz leilões do Tesouro de LTN e NTN-F às 11h, e os dados da balança comercial de outubro às 15h.

    Com isso, a curva deve apagar qualquer precificação que ainda existia de corte da Selic em dezembro, enfraquecer as apostas para janeiro e o mercado deve começar a colocar mais fichas para a reunião de março.

    “O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, disse o comunicado.

    O Rabobank mantém seu cenário-base de início de um ciclo de cortes da Selic somente a partir do segundo trimestre de 2026.

    Para o Citi, o comunicado “aponta para uma autoridade monetária “ainda mais comprometida” com objetivo de levar a inflação à meta de 3%”, mas mantém a previsão de que o Copom inicie um ciclo de cortes da Selic em janeiro de 2026.

    Já Daycoval avalia que a probabilidade de corte de juros em janeiro passe a ser pequena. O Barclays diz que o comitê não parece mais ter dúvidas sobre se a manutenção do juro básico no nível atual seria suficiente para a convergência da inflação à meta.

    A B.Side Investimentos afirma que o comunicado jogou um “balde de água fria” nos que esperavam qualquer tipo de flexibilidade. Para a XP, o Copom reconhece a melhora do cenário inflacionário, mas com bastante cautela.

    Os aluguéis residenciais aumentaram 0,57% em outubro, após terem subido 0,30% em setembro. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O índice acumulou uma alta de 5,58% nos 12 meses encerrados em outubro, ante um avanço de 4,04% nos 12 meses terminados em setembro.

    Juros: apostas de corte da Selic em março/26 devem aumentar após tom conversador do Copom

  • Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

    Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

    O dólar é pressionado também por incertezas sobre tarifas do governo Trump, em análise pela Suprema Corte, e pelo impacto do shutdown, que já dura 38 dias, somado ao enfraquecimento político do presidente Donald Trump após derrotas republicanas regionais

    O dólar tende a recuar frente ao real, refletindo o tom conservador do Copom, que manteve a taxa Selic em 15% ao ano, pela terceira vez seguida em decisão unânime, reforçando a atratividade do carry trade brasileiro.

    O Copom sinalizou que deve manter o juro básico em 15% por um “período prolongado”, citando inflação resistente, atividade firme e incertezas fiscais e externas.

    O tom conservador praticamente elimina apostas de corte em dezembro e reduz chances para janeiro, com o mercado projetando início do ciclo apenas em março. Instituições como Citi, Barclays e XP destacam a postura mais dura e o compromisso do BC com a meta de 3%, enquanto a B.Side vê o comunicado como um “balde de água fria” para quem esperava flexibilidade.

    As altas de petróleo e do minério de ferro podem ajudar a sustentar também a moeda local bem como a desvalorização do dólar frente seus pares desenvolvidos e às principais divisas emergentes.

    Lá fora, os investidores aguardam decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE) às 9 horas. O mercado aposta em manutenção da taxa em 4%, pois acredita que o banco deve esperar novos indicadores e os impactos do Orçamento de 2026 antes de cortar juros.

    Também há expectativa por comentários de seis dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE). Ontem, a projeção de manutenção dos juros pelo Fed em dezembro ganhou força depois dos indicadores de serviços e de criação de emprego no setor privado acima das previsões sugerirem que a economia americana segue saudável.

    O dólar é pressionado também por incertezas sobre tarifas do governo Trump, em análise pela Suprema Corte, e pelo impacto do shutdown, que já dura 38 dias, somado ao enfraquecimento político do presidente Donald Trump após derrotas republicanas regionais.

    Mais cedo, a produção industrial alemã mostrou avanço menor que o esperado em setembro e balanços de Commerzbank e Air France abaixo das previsões pressionam também as bolsas europeias.

    O dólar à vista fechou ontem em baixa de 0,69%, a R$ 5,3614, acompanhando o enfraquecimento global da divisa e a notícia de que a China suspendeu tarifas aos EUA.

    Dólar pode cair após Copom conservador e deve se ajustar à decisão do BOE

  • Brasil e União Europeia devem assinar acordo do Mercosul em dezembro

    Brasil e União Europeia devem assinar acordo do Mercosul em dezembro

    O chanceler Mauro Vieira afirmou que Ursula von der Leyen pretende assinar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul no dia 20 de dezembro, durante a cúpula do bloco no Rio de Janeiro. O tratado, negociado por 25 anos, eliminará tarifas e ampliará o comércio entre os blocos

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pretende assinar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul no dia 20 de dezembro. A informação foi dada a jornalistas na quarta-feira (5), após reunião entre Von der Leyen e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Belém (PA).

    Segundo Vieira, a dirigente europeia reafirmou sua convicção de que o acordo será formalizado até o fim do ano, coincidindo com a cúpula do Mercosul, que acontecerá no Rio de Janeiro. O encontro reunirá os chefes de Estado dos países-membros do bloco: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

    O chanceler classificou a conversa com Von der Leyen como “excelente” e destacou que a presidente da Comissão Europeia esteve em Belém para participar de reuniões preparatórias para a COP30, conferência do clima da ONU que será realizada na cidade em 2025.

    Mauro Vieira também afirmou esperar que a crise política e humanitária da Venezuela seja debatida durante o encontro entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), previsto para os dias 9 e 10 de novembro, em Santa Marta, na Colômbia.

    De acordo com o ministro, a ausência de alguns líderes europeus não deve afetar a relevância do evento, já que o número de participantes confirmados é semelhante ao de reuniões anteriores.

    O acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi concluído em dezembro de 2024, após mais de 25 anos de negociações, e aguarda a validação final para entrar em vigor. O tratado prevê a eliminação gradual das barreiras alfandegárias entre os dois blocos ao longo de dez anos, com prazos de até 15 anos para produtos considerados sensíveis.

    A expectativa é que o acordo abranja cerca de 90% dos bens comercializados entre as partes e estabeleça regras para evitar monopólios de importação e exportação.

    Trata-se do maior acordo comercial e de investimentos do mundo, cobrindo um mercado que representa 25% do PIB global e cerca de 780 milhões de pessoas.

    As relações entre Brasil e União Europeia ganharam novo impulso desde o retorno de Lula à Presidência, em 2023, após um período de tensões diplomáticas durante o governo de Jair Bolsonaro. A retomada das negociações e a conclusão do acordo em 2024 simbolizam a reaproximação entre os blocos e a ampliação das parcerias estratégicas entre o Brasil e os países europeus.

    Brasil e União Europeia devem assinar acordo do Mercosul em dezembro

  • Paralisação nos EUA ameaça voos para o Brasil e causa atrasos gerais

    Paralisação nos EUA ameaça voos para o Brasil e causa atrasos gerais

    Com a redução de 10% no tráfego aéreo americano, companhias como American, Delta e United alertam para atrasos e cancelamentos em voos para o Brasil. A crise foi causada pela paralisação do governo dos EUA e pela falta de controladores de tráfego aéreo em aeroportos do país

    As companhias aéreas dos Estados Unidos alertaram os passageiros para possíveis atrasos e cancelamentos de voos a partir desta sexta-feira (7), em razão da paralisação parcial do governo norte-americano. A medida ocorre após a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciar uma redução de 10% no tráfego aéreo em 40 dos maiores aeroportos do país, como forma de garantir a segurança durante o impasse político em Washington.

    A FAA enfrenta escassez de pessoal, já que muitos controladores de tráfego aéreo estão trabalhando sem receber e alguns começaram a faltar. Isso tem provocado atrasos em voos de diversas companhias, especialmente em hubs como Nova York, Chicago e Atlanta. No último fim de semana, o Aeroporto Internacional de Newark Liberty, em Nova Jérsia, registrou atrasos de várias horas.

    A Southwest Airlines informou que ainda avalia os impactos da decisão e garantiu que comunicará diretamente os clientes sobre alterações nos voos. A companhia pediu ao Senado americano que resolva o impasse orçamentário o quanto antes para restaurar a operação plena do sistema aéreo nacional.

    A associação Airlines for America, que representa as principais empresas do setor, declarou estar em contato com o governo federal para tentar minimizar os efeitos das restrições. “Estamos trabalhando para entender todos os detalhes e faremos o possível para reduzir os impactos sobre os passageiros e a carga”, afirmou a entidade.

    Entre os voos que podem ser afetados estão também os que partem dos Estados Unidos para o Brasil, operados por companhias como American Airlines, Delta e United. Passageiros com viagens marcadas para cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, devem checar o status dos voos antes de se deslocar aos aeroportos.

    O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, alertou que a situação pode se agravar na próxima semana caso o governo não consiga liberar o pagamento dos salários dos controladores. “Se o problema persistir, enfrentaremos um caos aéreo nacional”, afirmou.

    O impasse orçamentário entre democratas e republicanos gira em torno dos subsídios de saúde e da aprovação do novo orçamento federal.

    Paralisação nos EUA ameaça voos para o Brasil e causa atrasos gerais

  • Lula determina suspensão de bet da Caixa, e projeto pode ser cancelado

    Lula determina suspensão de bet da Caixa, e projeto pode ser cancelado

    Lula mandou suspender o projeto da Caixa Econômica Federal de criar uma casa de apostas própria, a BetCaixa, e indicou a aliados que a iniciativa pode ser cancelada. O presidente considera incoerente o banco entrar no setor enquanto o governo defende maior taxação e controle das bets

    (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a Caixa Econômica Federal suspenda o projeto de lançar uma bet própria e, segundo pessoas a par do tema, indicou que a iniciativa pode ser inclusive cancelada.

    A informação sobre a ordem do presidente foi adiantada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem.

    Lula soube da notícia de que a bet seria criada quando estava em viagem ao continente asiático. De acordo com relatos, ele se queixou a aliados e disse que chamaria o presidente da estatal, Carlos Vieira, para uma conversa -o que ocorreu na semana passada.

    De acordo com relatos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) é contrário à bet da Caixa. Segundo três pessoas que acompanham as conversas, Lula pediu para suspender a iniciativa até que ele retorne a Brasília após a realização da COP30, conferência de mudanças climáticas da ONU.

    Aliados afirmam, no entanto, que a tendência, hoje, é a de que o projeto não saia do papel. Dois governistas acrescentam que não há clima para a medida avançar.

    Lula já disse publicamente que se a regulamentação dessas apostas não trouxer resultados benéficos no sentido de impedir o vício nos jogos, o governo poderia acabar com essa modalidade.

    Além disso, aliados do petista apontam que é contraditório que a Caixa lance a bet num momento em que o governo trava uma ofensiva no setor, com integrantes defendendo o endurecimento das regras de funcionamento dessa modalidade e a defesa contundente do Palácio do Planalto em aumentar a taxação desse segmento.

    O governo queria elevar a tributação sobre a receita bruta das bets de 12% para 18%, mas a MP (medida provisória) com essa proposta e outras iniciativas para aumentar a arrecadação de impostos acabou rejeitada pela Câmara dos Deputados. O Executivo tem insistido no discurso de cobrar mais tributos das casas de apostas, mas ainda não definiu como será encaminhada essa taxação.

    A reportagem procurou a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência e a Caixa sobre a suspensão do lançamento da bet do banco estatal e a tendência de cancelamento, mas não teve retorno.

    Integrantes da estatal, porém, dizem que ainda não há martelo batido. Eles trabalham para viabilizar a medida, por considerar a força do negócio e a alta possibilidade de arrecadação nesse mercado.

    Além disso, lembram que o banco já adquiriu outorga junto ao Ministério da Fazenda para operar no mercado de apostas online brasileiro. A estatal, que recebeu a autorização neste ano, desembolsou R$ 30 milhões pela autorização provisória e registrou três marcas no ministério: Betcaixa, Megabet e Xbet Caixa.

    As autorizações permitem que a estatal opere nos segmentos de apostas esportivas, física e virtualmente, e outros jogos online.

    Lula determina suspensão de bet da Caixa, e projeto pode ser cancelado