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  • Tarcísio confirma reeleição em SP para 2026 e reforça apoio a Bolsonaro

    Tarcísio confirma reeleição em SP para 2026 e reforça apoio a Bolsonaro

    Após visitar Jair Bolsonaro em Brasília, Tarcísio de Freitas afirmou que disputará a reeleição em São Paulo em 2026. O governador descartou tratar de anistia no encontro, mas defendeu a medida como forma de pacificação e reiterou sua aliança com o ex-presidente

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta segunda-feira (29) que será candidato à reeleição em 2026. A declaração foi feita após uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília.

    “Sou candidato à reeleição em São Paulo. Isso está claro. Vim aqui fazer uma visita de cortesia”, disse Tarcísio a jornalistas, afastando rumores sobre uma possível candidatura presidencial caso Bolsonaro siga inelegível.

    O governador afirmou que o tema da anistia não foi tratado no encontro, mas reiterou sua posição favorável à medida como instrumento de pacificação. “Já coloquei minha posição claramente: defendo a anistia como fato de pacificação. Várias pessoas presas já entenderam que o que aconteceu em 8 de janeiro é deplorável. A sociedade merece esse caminho de paz. A proposta do Paulinho da Força não nos satisfaz”, declarou.

    Tarcísio aproveitou a visita para manifestar apoio ao ex-presidente, que enfrenta investigações e está afastado da cena eleitoral. “Os amigos são amigos nos momentos bons e ruins. É triste ver o presidente na situação em que está, consequência do atentado que sofreu em 2018”, afirmou, acompanhado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

    Ao final, reforçou sua ligação política com Bolsonaro e seus aliados. “Estamos aqui para reafirmar nosso apoio”, concluiu.

    Tarcísio confirma reeleição em SP para 2026 e reforça apoio a Bolsonaro

  • Cármen diz que agressões à democracia impõem vigilância ininterrupta de ministros do STF

    Cármen diz que agressões à democracia impõem vigilância ininterrupta de ministros do STF

    A fala da ministra Cármen Lúcia aconteceu em discurso durante a posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse, nesta segunda-feira (29), que a democracia foi agredida recentemente no Brasil. A fala da ministra aconteceu em discurso durante a posse do novo presidente do Supremo, Edson Fachin.

    “Os juízes desta Casa têm ciência das específicas tribulações de nosso tempo, que impõem ininterrupta vigilância dos valores e princípios da democracia, tão duramente confirmada no Brasil e recentemente agredida novamente”, disse Cármen.

    A ministra disse que a democracia foi “desconsiderada e ultrajada por antidemocratas em vilipêndio antidemocratico e abusivo contra o estado de direito vigente”. O discurso acontece duas semanas após o desfecho do julgamento da trama golpista no STF.

    “A ditadura é o pecado mortal da politica, nela se extinguem as liberdades, violentam-se as instituições, introduz-se o medo e define-se o preço vil das mentes e dos comportamentos, esvaziando-se a cidadania de seus ideais de igualdade e justiça para todas as pessoas.”

    O discurso foi feito durante a cerimônia de posse do ministro Edson Fachin como novo presidente do tribunal.

    Única mulher na atual composição do STF, Cármen foi escolhida por Fachin para fazer um discurso em nome dos ministros do Supremo. O procedimento é uma praxe nas posses de presidentes da corte, que escolhem um dos seus pares para dar voz ao colegiado.

    Fachin fica na presidência do Supremo até setembro de 2027. Seu vice-presidente será Alexandre de Moraes, reeditando a dobradinha do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de 2022.

    A posse de Fachin conta com a presença de autoridades dos Três Poderes, como os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de governadores, ministros de outras cortes superiores, ministros do governo e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti.

    Além de Cármen, estão previstos discursos do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do presidente da OAB, Beto Simonetti, além de pronunciamento do próprio Fachin.

    Gaúcho de Rondinha (RS), Edson Fachin cursou direito na UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde também é professor titular de direito civil. Ele também fez carreira no estado, como advogado nas áreas de direito civil, agrário e imobiliário e procurador do Estado.

    Fachin foi indicado ao Supremo por Dilma Rousseff (PT) em abril de 2015, para a vaga deixada por Joaquim Barbosa um ano antes.

    Edson Fachin assume a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (29) indicando como uma das prioridades para a gestão distensionar as relações políticas em torno da corte e arrefecer os questionamentos sobre a atuação do tribunal.

    A ideia da autocontenção do Judiciário tem sido um mantra repetido pelo ministro nos últimos meses, quando a corte esteve em embates com o Congresso Nacional, setores da advocacia e aliados de Jair Bolsonaro (PL) em meio ao julgamento da trama golpista.

    Ao completar dez anos no cargo, em junho, Fachin usou uma frase já conhecida dele: “Ao direito o que é do direito, à política o que é da política. “Nós, juízas e juízes, servidoras e servidores, não podemos agir fora da razão jurídica objetiva nem sermos vistos como satélite da polarização que hoje assola o mundo.”

    O estilo discreto de Fachin é semelhante ao de Rosa Weber, que presidiu o tribunal por pouco mais de um ano, entre 2022 e 2023. O ministro não tem o hábito de conversar com jornalistas, concede poucas entrevistas à imprensa e costuma preferir manifestações nos autos processuais.

    Um exemplo da discrição de Fachin é a recusa das ofertas de associações do meio jurídico para bancar uma festa em homenagem à posse dele, na noite de segunda. Avesso a extravagâncias, ele decidiu servir apenas água e café na solenidade.

    Fachin decidiu deixar a relatoria de mais de cem processos ligados à Operação Lava Jato ao assumir a presidência do STF. Ele assumiu a relatoria dos casos em fevereiro de 2017, por sorteio, após o responsável pela Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, morrer em um acidente aéreo.

    A chegada ao principal cargo do Judiciário marca o fim de uma trajetória de oito anos de Fachin à frente da principal investigação que mirou políticos e empresários. A operação acabou enterrada, sob o argumento da existência de vícios processuais e de nulidade de colaborações premiadas.

    Fachin começou a estruturar seus planos para a presidência há alguns meses, organizando equipe, dinâmica de trabalho e a lista dos processos que pretende levar consigo. O catálogo de processos que Fachin decidiu manter sob seu comando mostra as prioridades do ministro para o novo ciclo.

    O novo presidente terá em seu gabinete processos ligados à pauta trabalhista. O principal deles é o recurso especial sobre a “uberização”, que discute se há relação empregatícia entre os motoristas e os aplicativos.

    Aprovado por 52 votos a 27 pelo Senado em 2015, Fachin foi o último nome de Dilma para o STF. Em tese, ela teria mais duas indicações, mas a aprovação da PEC da Bengala no Congresso postergou as aposentadorias de Marco Aurélio Mello e de Celso de Mello por cinco anos.

    Cármen diz que agressões à democracia impõem vigilância ininterrupta de ministros do STF

  • Dólar fecha em queda e Bolsa sobe com atenções voltadas a Haddad e Galípolo

    Dólar fecha em queda e Bolsa sobe com atenções voltadas a Haddad e Galípolo

    O dólar recuou a R$ 5,321, com investidores repercutindo falas de Fernando Haddad e Gabriel Galípolo; a Bolsa avançou 0,61%, a 146.336 pontos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em queda de 0,3% nesta segunda-feira (29), cotado a R$ 5,321, com investidores repercutindo falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento em São Paulo.

    Preocupações sobre uma possível paralisação do governo dos Estados Unidos na terça-feira também nortearam as negociações, levando à queda da moeda globalmente.

    Já a Bolsa avançou 0,61%, a 146.336 pontos. Endossado por bancos, commodities e companhias ligadas à economia doméstica, o Ibovespa chegou a 147.558 na máxima do pregão -novo recorde para o índice durante o período de negociações.

    Haddad e Galípolo compareceram pela manhã à Conferência Itaú Macro Vision, em São Paulo, e endereçaram pautas macroeconômicas.

    Primeiro a falar, o ministro da Fazenda afirmou que o ajuste nas contas públicas não será feito pela venda de patrimônio -como pela privatização de empresas estatais- e que o governo vai continuar perseguindo as metas fiscais estabelecidas, tanto para este ano quanto para o próximo.

    “A meta da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] está sendo perseguida com todo o esforço”, afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. “Para 2026 vai ser igual.”

    A meta fiscal para 2025 é de resultado primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto) para mais ou para menos. Isto é, até R$ 31 bilhões de resultado negativo são permitidos. Já o objetivo para 2026 é de superávit de 0,25% PIB, também com margem de 0,25 ponto percentual.

    A margem, no entanto, tem sido alvo de questionamentos. Na quarta-feira passada, o plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) acendeu uma luz amarela ao governo ao dizer que a busca pelo piso inferior da meta fiscal, em vez do centro, é uma irregularidade incompatível com as regras vigentes.

    O governo vem perseguindo o limite inferior de até R$ 31 bilhões negativos e, no último relatório de avaliação do Orçamento, previu um déficit de R$ 30,2 bilhões, ou seja, dentro do intervalo da meta.

    Se prevalecer a decisão do TCU, o governo precisará buscar mais R$ 30 bilhões em receitas para cobrir o déficit, fazer um contingenciamento nesse mesmo valor ou combinar as duas medidas.

    Questionado sobre isso, Haddad lembrou que a interpretação do TCU conflita com a estabelecida pelo Congresso Nacional no momento de elaboração do Orçamento e acrescentou que a pasta está mais preocupada em atingir o centro da meta. “Ano passado eu poderia ter liberado R$ 20 milhões a mais de Orçamento, e fizemos questão de perseguir o centro da meta”, afirmou.

    Haddad também disse não ter uma conversa agendada com os Estados Unidos para debater as tarifas impostas pelo governo Donald Trump a importações brasileiras. Ele, no entanto, considera marcar uma reunião com seu correspondente americano, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA.

    “Tenho uma ida para os EUA por causa do G20. Na pior das hipóteses, acredito que iremos nos falar lá. Mas, quem sabe antes disso, os dois gabinetes marquem antes disso uma reunião, que é possível também”, disse. O encontro entre ministros das finanças do G20 está previsto para 15 e 16 de outubro.

    Haddad também foi questionado sobre sua presença na possível teleconferência entre Trump e Lula para discutir as sanções americanas esperada para essa semana. Depende da vontade do presidente, disse, mas ele poderá estar presente.

    Discursando depois, Galípolo reiterou que há ainda “muito esforço” a ser feito pelo Banco Central em relação à meta de inflação e à política monetária. Nenhuma projeção de economistas ou do setor produtivo até agora aponta para uma inflação próxima a 3% em 2026, destacou ele.

    No Boletim Focus desta segunda, porém, as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2025 e de 2026 indicam uma convergência gradual ao teto da meta. O BC trabalha com o objetivo de levar a inflação a 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.

    Para 2025, os economistas consultados pelo BC apontam um IPCA em 4,81% -ainda acima do limite máximo de 4,5%, mas aquém das projeções acima de 5% que compunham o relatório até agosto. Para 2026, a previsão é de 4,28%.

    No evento, Galípolo afirmou que cabe ao BC levar a inflação a 3% e que a convergência dos preços para esse patamar tem sido lenta. Ele reiterou que o BC seguirá movido por dados para tomar as próximas decisões.

    Já na cena internacional, o mercado monitorou a possibilidade de uma paralisação do governo norte-americano.

    O financiamento da máquina pública dos Estados Unidos expira à meia-noite desta terça-feira. Mas republicanos e democratas no Congresso não estão dando sinais de que concordarão com uma solução temporária para os gastos a fim de evitar a paralisação.

    Em última tentativa de acabar com o impasse, Trump convocou uma reunião com os líderes do Congresso nesta segunda-feira. Os democratas, no entanto, sinalizaram que não estão dispostos a simplesmente aprovar o plano de financiamento de curto prazo que os republicanos defendem sem alguns ajustes.

    Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem sofrer atrasos.

    O impasse vai além do financiamento temporário e data desde a posse de Trump, em janeiro, quando ele se recusou a gastar bilhões de dólares que o Congresso já havia aprovado. Os democratas pretendem usar a ameaça de uma paralisação para restaurar parte desse financiamento e sustentar os subsídios para a saúde que expiram no final do ano.

    Alguns analistas alertam que a paralisação poderia até atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, incluindo o relatório de emprego esperado para sexta-feira, e afetar as perspectivas dos mercados.

    Já na seara corporativa, o Ibovespa renovou o recorde intradiário com Eletrobras, Itaú e Vale entre os principais suportes, enquanto Braskem voltou a figurar como destaque negativo com preocupações sobre as alternativas para otimizar a sua estrutura de capital.

    Petrobras também pressionou o índice no negativo, com o setor de energia sendo penalizado neste pregão em meio à desvalorização do petróleo no exterior.

    Dólar fecha em queda e Bolsa sobe com atenções voltadas a Haddad e Galípolo

  • Fux atende Alcolumbre e mantém número de deputados por estado para eleição de 2026

    Fux atende Alcolumbre e mantém número de deputados por estado para eleição de 2026

    O Congresso havia aprovado projeto elevando o número de deputados federais de 513 para 531 com o objetivo de nenhum estado perder representante, mas o presidente Lula vetou a medida

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux decidiu nesta segunda-feira (29) barrar para a eleição de 2026 a mudança do número de deputados federais por estado, medida que obedeceria às mudanças populacionais identificadas pelo Censo de 2022.

    A decisão de Fux, que precisa ser confirmada ainda pelo plenário da corte, atendeu a pedido feito nesta segunda pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

    O senador protocolou pedido para que a corte suspendesse a medida, tendo em vista que o prazo para a Justiça Eleitoral fazer esse recálculo se encerraria nesta quarta-feira (1º).

    A recomposição do número de vagas obedece às mudanças populacionais identificadas pelo Censo de 2022 e, se levada a cabo, faria alguns estados perderem e outros ganharem cadeiras na Câmara.

    O Congresso havia aprovado projeto elevando o número de deputados federais de 513 para 531 com o objetivo de nenhum estado perder representante, mas o presidente Lula (PT) vetou a medida.

    A mudança na divisão de cadeiras por estado foi determinada pelo próprio STF na ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) 38. O prazo para que o Congresso deliberasse era até o final de junho. Caso contrário, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teria que elaborar a nova configuração até quarta.

    Lula vetou a medida ainda em julho contrariando pedido de sua articulação política e, em especial, o desejo de Alcolumbre e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), principais fiadores da medida.

    “Considerando o princípio constitucional da anualidade eleitoral, à luz da segurança jurídica, impõe-se que haja, desde logo, clareza quanto ao número de assentos legislativos da Câmara dos Deputados destinados a cada Estado e ao Distrito Federal nas eleições de 2026, que se realizarão em 4 de outubro
    daquele ano”, escreveu Fux na decisão.

    Ele então deferiu o pedido de Alcolumbre, determinando a suspensão dos efeitos da decisão anterior da ADO “até que seja concluído o devido processo legislativo, cujo resultado poderá ser aplicado, com segurança e clareza, a partir das eleições legislativas de 2030”.

    Caso houvesse a mudança, o estado de Hugo Motta, por exemplo, poderia perder duas vagas.

    Sete estados teriam menos deputados federais na próxima legislatura: Alagoas (1), Bahia (2), Paraíba (2), Pernambuco (1), Piauí (2), Rio de Janeiro (4) e Rio Grande do Sul (2). Outros sete ganhariam: Amazonas (2), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Pará (4) e Santa Catarina (4).

    O Congresso pode derrubar o veto de Lula com o apoio da maioria dos parlamentares, mas, após a derrubada da PEC da Blindagem devido à pressão popular, há receio entre líderes partidários de encampar mais um projeto impopular neste momento.

    No Senado, a avaliação de parlamentares é a de que dificilmente haveria apoio para a derrubada do veto. O PT, por exemplo, desistiu de apoiar o aumento do número de deputados, tornando menos provável a derrubada do veto. A deliberação será realizada na data que Alcolumbre escolher, e ele ainda não indicou quando será.

    Na peça protocolada nesta segunda, Alcolumbre diz que a análise do veto presidencial constitui etapa do processo legislativo, situação que “permanece em curso e não se encontra concluído”.

    “Diante do exposto, requer-se a este Supremo Tribunal Federal que, em atenção ao decidido no mérito da presente ação direta de inconstitucionalidade por omissão, seja reconhecido que houve o cumprimento da decisão deste Supremo Tribunal com a aprovação do projeto de lei complementar nº 177, de 2023, e que o veto nº 20, de 2025, se encontra pendente de apreciação pelo Congresso Nacional, que poderá decidir pela sua manutenção ou derrubada”, diz o texto.

    A Constituição estabelece que o número de deputados deve ser proporcional à população, respeitando o limite mínimo de 8 e o máximo de 70 por unidade da federação. O cálculo é feito com base nos dados do Censo Demográfico do IBGE.

    Fux atende Alcolumbre e mantém número de deputados por estado para eleição de 2026

  • Fachin assume presidência do STF e diz que Moraes 'merece nossa saudação e solidariedade'

    Fachin assume presidência do STF e diz que Moraes 'merece nossa saudação e solidariedade'

    Edson Fachin reforçou a necessidade de colegialidade no STF e defendeu previsibilidade nas relações jurídicas; o ministro fica na presidência do Supremo até setembro de 2027

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Edson Fachin tomou posse, na tarde desta segunda-feira (29), como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e defendeu a atuação de Alexandre de Moraes, principal alvo de críticas do bolsonarismo na corte em razão de sua atuação nos casos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Fachin sucedeu Luís Roberto Barroso no cargo.

    Após o início da sessão, o novo presidente do STF fez o juramento de posse. A cerimônia acontece no plenário do Supremo e conta com a presença de autoridades dos três Poderes.

    No início do discurso, Fachin elogiou Moraes. “Sua Excelência (Alexandre de Moraes), como integrante deste tribunal, merece nossa saudação e nossa solidariedade, e sempre a receberá, como assim o faremos em desagravo a cada membro deste colegiado, a cada juiz ou juíza deste país, em defesa justa do exercício autônomo e independente da magistratura.”

    O ministro reforçou a necessidade de colegialidade no STF e defendeu previsibilidade nas relações jurídicas. “Realçando a colegialidade, aqui venho a fim de fomentar estabilidade institucional. O país precisa de previsibilidade nas relações jurídicas e confiança entre os Poderes. O Tribunal tem o dever de garantir a ordem constitucional com equilíbrio.”

    Fachin fica na presidência do Supremo até setembro de 2027. O novo vice-presidente é o ministro Alexandre de Moraes, reeditando a dobradinha do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de 2022.

    A posse de Fachin tem a presença de autoridades como os presidentes da República, Lula (PT), da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de governadores, ministros de outras cortes superiores, ministros do governo e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti.

    Também estão presentes o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti.

    Gaúcho de Rondinha (RS), Edson Fachin cursou direito na UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde também é professor titular de direito civil. Ele também fez carreira no estado, como advogado nas áreas de direito civil, agrário e imobiliário e procurador do Estado.

    Fachin foi indicado ao Supremo por Dilma Rousseff (PT) em abril de 2015, para a vaga deixada por Joaquim Barbosa um ano antes.

    O ministro tem indicado como uma das prioridades no Supremo a distensão das relações políticas em torno da corte, além do arrefecimento aos questionamentos sobre a atuação do tribunal.

    A ideia da autocontenção do Judiciário tem sido um mantra repetido pelo ministro nos últimos meses, quando a corte esteve em embates com o Congresso Nacional, setores da advocacia e aliados de Jair Bolsonaro (PL) em meio ao julgamento da trama golpista.

    O estilo discreto de Fachin é semelhante ao de Rosa Weber, que presidiu o tribunal por pouco mais de um ano, entre 2022 e 2023. O ministro não tem o hábito de conversar com jornalistas, concede poucas entrevistas à imprensa e costuma preferir manifestações nos autos processuais.

    Um exemplo da discrição de Fachin é a recusa das ofertas de associações do meio jurídico para bancar uma festa em homenagem à posse dele, na noite de segunda. Avesso a extravagâncias, ele decidiu servir apenas água e café na solenidade.

    Fachin decidiu deixar a relatoria de mais de cem processos ligados à Operação Lava Jato ao assumir a presidência do STF. Ele assumiu a relatoria dos casos em fevereiro de 2017, por sorteio, após o responsável pela Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, morrer em um acidente aéreo.

    A chegada ao principal cargo do Judiciário marca o fim de uma trajetória de oito anos de Fachin à frente da principal investigação que mirou políticos e empresários. A operação acabou enterrada, sob o argumento da existência de vícios processuais e de nulidade de colaborações premiadas.

    Aprovado por 52 votos a 27 pelo Senado em 2015, Fachin foi o último nome de Dilma para o STF. Em tese, ela teria mais duas indicações, mas a aprovação da PEC da Bengala no Congresso postergou as aposentadorias de Marco Aurélio Mello e de Celso de Mello por cinco anos.

    Fachin começou a estruturar seus planos para a presidência há alguns meses, organizando equipe, dinâmica de trabalho e a lista dos processos que pretende levar consigo. O catálogo de processos que Fachin decidiu manter sob seu comando mostra as prioridades do ministro para o novo ciclo.

    O novo presidente terá em seu gabinete processos ligados à pauta trabalhista. O principal deles é o recurso especial sobre a “uberização”, que discute se há relação empregatícia entre os motoristas e os aplicativos.

    Fachin assume presidência do STF e diz que Moraes 'merece nossa saudação e solidariedade'

  • Alckmin diz estar otimista com encontro anunciado entre Lula e Trump

    Alckmin diz estar otimista com encontro anunciado entre Lula e Trump

    “Eu acho que nós teremos novos passos e temos bons argumentos, porque o Brasil não é problema para os EUA, que tem superávit na balança comercial com o Brasil”, disse o vice-presidente

    O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (29) que está otimista com as negociações junto ao governo norte-americano sobre o tarifaço de 50% contra as exportações brasileiras.

    A expectativa positiva se dá pelo breve encontro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na semana passada. Na ocasião, o mandatário americano disse que se encontraria com Lula para conversar e que houve uma “química entre eles.

    “Com esse bom encontro, como disse o presidente Trump, que deu uma química entre ele e o presidente Lula, eu acho que nós teremos novos passos e temos bons argumentos, porque o Brasil não é problema para os EUA, que tem superávit na balança comercial com o Brasil”, disse o vice-presidente, em entrevista à Rádio CBN. 

    Segundo Alckmin, ainda não há nenhum encontro agendado entre Lula e Trump, mas há otimismo, e a conversa já vem acontecendo há alguns meses.

    “E, 15 dias atrás, teve uma ordem executiva que colocou tarifa zero para celulose e ferro níquel”, acrescentou. “Como nós exportamos muita celulose, isso equivale a US$ 1,7 bilhão. Nós exportamos o ano passado para os EUA US$ 40 bilhões. Então, 4% da exportação brasileira foi zerada”.

    O ministro e vice-presidente acredita que os argumentos brasileiros são extremamente favoráveis e há possibilidade de investimento recíproco entre EUA e Brasil.

    “Muitas empresas brasileiras também querem investir nos Estados Unidos. Então, é um ganha-ganha, e é isso que se deseja. Nós estamos confiantes de que haverá uma boa conversa entre o presidente Lula e o presidente Trump e que isso possa destravar para avançarmos mais”.

    Para Alckmin, é possível ainda que, à medida que as conversas aconteçam, se avance também em relação às sanções aplicadas pelo governo americano contra autoridades brasileiras. “Eu não tenho detalhes sobre isso, mas acho que a abertura e o avanço do diálogo vão melhorar muito a relação entre Brasil e Estados Unidos”, disse.

    Mesmo assim, Alckmin ressaltou que o governo brasileiro tem trabalhado para diversificar mercados, capacitar exportadores e fazer mais acordos comerciais.

    “Já foi assinado o [acordo] Mercosul/Singapura, o Mercosul Sul/Efta, e, até o fim do ano, devemos assinar o Mercosul/União Europeia. Dentro de 15 dias, estou indo para a Índia, que tem 1,4 bilhão de pessoas e cresce a 6,5% ao ano”.

    O vice-presidente comentou ainda sobre o interesse internacional nas terras raras do Brasil e disse que é preciso fazer um levantamento geológico dos minerais e do potencial brasileiro. A segunda etapa é a exploração, para agregar valor ao Brasil.

    “O grande desafio é ter a cadeia produtiva inteira e fazer integração dessas cadeias, porque temos muitas possibilidades de integração produtiva”.

    Alckmin diz estar otimista com encontro anunciado entre Lula e Trump

  • Tarcísio faz visita a Bolsonaro em prisão domiciliar ao lado de Flávio e Jair Renan

    Tarcísio faz visita a Bolsonaro em prisão domiciliar ao lado de Flávio e Jair Renan

    Encontro acontece no momento em que governador de SP freia ofensiva presidencial; visita havia sido solicitada a Moraes em 15 de setembro, mas foi marcada para esta segunda

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), faz uma visita, nesta segunda-feira (29), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan (PL), de Balneário Camboriú (SC), acompanham o encontro.

    O governador chegou ao condomínio de Bolsonaro, no Jardim Botânico, por volta das 13h30. A visita foi solicitada por Tarcísio no último dia 15, mas autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), somente para esta segunda -o ex-presidente tinha visitas nos dias anteriores.

    Tarcísio publicou em sua agenda oficial a viagem a Brasília, mas não mencionou o encontro com Bolsonaro.

    Pouco antes da chegada de Tarcísio, um grupo de cinco manifestantes exibiu uma faixa, na entrada do condomínio, com a frase: “E aí Tarcísio, já desistiu da Presidência?”. Eles também gritaram “sem anistia”.

    Os aliados devem tratar das eleições presidenciais de 2026 e do projeto de redução de penas aos condenados por golpismo que tramita na Câmara dos Deputados. Se há um mês a eventual candidatura presidencial de Tarcísio estava em alta, alavancada por dirigentes do centrão, agora sua perspectiva é de concorrer à reeleição no estado.

    Nesta segunda, deputados aliados ao governador voltaram a afirmar que Tarcísio não quer disputar o Palácio do Planalto e que sua prioridade é a reeleição, mas admitem que há espaço para mudanças até março, quando ele teria que deixar o cargo para concorrer à Presidência.

    Em relação ao projeto de redução de penas para Bolsonaro e os presos do 8 de Janeiro, que é relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade), Tarcísio já declarou ser favorável.

    A avaliação de aliados de Bolsonaro é que o ex-presidente deve aceitar um acordo para o projeto de redução de penas, contanto que haja garantia da manutenção de sua prisão domiciliar. Por ora, a orientação do PL é de buscar uma anistia ampla, mas a cúpula do Congresso não vê espaço para essa proposta avançar.

    Afilhado político de Bolsonaro, Tarcísio é o presidenciável preferido do centrão e de setores da economia, mas a oscilação entre a moderação e o bolsonarismo que lhe acompanha desde que concorreu ao Palácio dos Bandeirantes agora se mostra também um entrave para a corrida de 2026.

    No início de setembro, o julgamento de Bolsonaro no STF e a articulação de Tarcísio pela anistia, que fez a pauta ganhar adeptos no Congresso, impulsionaram o governador sob a perspectiva de que o ex -presidente declararia apoio a ele na corrida. O emprenho pelo perdão é considerado um gesto importante para conquistar a ala mais radical do bolsonarismo.

    Agora, o cenário é outro. A anistia é tida como inviável na Câmara e perdeu espaço para a redução de penas, Bolsonaro insiste em ser candidato, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirma que também vai concorrer mesmo sem a bênção do pai, Lula (PT) recuperou popularidade e teve sinalização positiva de Donald Trump, houve manifestações da esquerda contra a anistia e a PEC da Blindagem, e o discurso radical de Tarcísio contra o STF no 7 de Setembro foi tido como um erro pelos setores que o apoiam.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, Tarcísio freou a ofensiva para uma eventual candidatura presidencial em meio a uma onda de desânimo na direita com a resistência do clã Bolsonaro em se decidir sobre 2026. Sua exposição como presidenciável nas últimas semanas lhe rendeu ataques de Lula e de Eduardo.

    Entre os quadros de direita e de centro havia a expectativa de que, após o julgamento no STF, Bolsonaro, que está inelegível e condenado a 27 anos de prisão, indicasse com mais segurança que passaria o bastão a Tarcísio, mas isso não aconteceu. Pelo contrário, a família mantém o discurso de candidatura do ex-presidente.

    Antes do discurso do 7 de Setembro, Tarcísio contou com a boa vontade de Moraes para furar a fila de pedidos de visita a Bolsonaro e autorizar um encontro entre os dois políticos no início de agosto.

    O governador tentou a mesma estratégia em 15 de setembro ao pedir ao Supremo autorização para visitar Bolsonaro no dia seguinte. Moraes permitiu que a visita ocorresse somente duas semanas depois, sob o argumento de que a agente de Bolsonaro já estava preenchida até aquele momento.

    Nem mesmo a tentativa da defesa de Bolsonaro de fazer um rearranjo nas visitas para priorizar Tarcísio foi levado em consideração por Moraes, o que fez o governador cancelar sua viagem à Brasília na época.

     

    Tarcísio faz visita a Bolsonaro em prisão domiciliar ao lado de Flávio e Jair Renan

  • Brasil cria mais de 147 mil empregos com carteira assinada em agosto

    Brasil cria mais de 147 mil empregos com carteira assinada em agosto

    O Ministério do Trabalho e Emprego informou que o resultado de agosto decorreu de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos no período

    O Brasil fechou o mês de agosto com saldo positivo de 147.358 empregos com carteira assinada. O balanço é do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O MTE informou que o resultado de agosto decorreu de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos no período.

    O saldo de empregos formais em agosto superou o registrado em julho, que ficou em 134.251. Apesar do resultado, a criação de empregos voltou a cair em razão da alta de juros e da desaceleração da economia na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 239.069. 

    Quatro dos cinco grandes agrupamentos apresentaram resultado positivo. O setor de Serviços fechou o mês com 81.002 novos empregos; Comércio com 32.612; a Indústria 19.098; Construção Civil ficou com 17.328. A agropecuária registrou saldo negativo de 2.665 vagas. 

    No mês passado foi registrado saldo positivo em 25 dos 27 estados. Em números absolutos, o destaque ficou com São Paulo, com 45.450 novas vagas preenchidas; o Rio de Janeiro, com 16.128 e Pernambuco, com 12.692.

    Proporcionalmente, o destaque ficou para Paraíba que cresceu 1,61%, o Rio Grande do Norte, com 0,98% e Pernambuco, com crescimento de 0,82%. Dos total de postos gerados no mês, 75,1% foram considerados típicos e 24,9% não típicos, com com destaque para trabalhadores com jornada de até 30 horas por semana (40.544, principalmente na área de educação) e aprendizes (20.252).

    Nos últimos 12 meses (de julho de 2024 a agosto de 2025), o saldo positivo é de 1.438.243 novas vagas formais. O resultado é menor do que o registrado no período de junho de 2024 a julho de 2025, quando a geração de empregos fechou com 1.804.122 postos de trabalho.

    O salário médio real de admissão em agosto de 2025 atingiu R$ 2.295,01, apresentando alta de R$ 12,70 (+0,56%) em relação a julho, quando estava em R$ 2.282,31.

    Brasil cria mais de 147 mil empregos com carteira assinada em agosto

  • Moraes autoriza Daniel Silveira a cumprir pena no regime aberto

    Moraes autoriza Daniel Silveira a cumprir pena no regime aberto

    Ex-deputado Daniel Silveira terá que usar tornozeleira eletrônica, permanecer em casa à noite e não poderá acessar redes sociais

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta segunda-feira (29) o ex-deputado federal Daniel Silveira a progredir para o regime aberto.

    Para se manter no regime, Silveira terá de comprovar que exerce algum trabalho lícita, usar tornozeleira eletrônica e permanecer em sua casa às noites e aos fins de semana. Ele ainda está proibido de usar as redes sociais.

    Em dezembro, Moraes já tinha concedido liberdade condicional para Silveira, após o ex-deputado cumprir um terço da pena de 8 anos e 9 meses de prisão com “excelente conduta carcerária” e sem registro de faltas graves. Ele deixou o presídio com tornozeleira eletrônica.

    No entanto, quatro dias depois, Moraes revogou a liberdade condicional com a justificativa de que ele descumpriu medidas cautelares. Segundo o ministro, ele passou por nove lugares de forma irregular, como um shopping center, antes de ser preso novamente.

    Moraes autoriza Daniel Silveira a cumprir pena no regime aberto

  • Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,81%

    Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,81%

    A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,48 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,58

    A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,83% para 4,81% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (29), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

    Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,29% para 4,28%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,9% e 3,7%, respectivamente.

    A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Em agosto, puxada pela redução na conta de energia elétrica, a inflação oficial ficou negativa, ou seja, deflação de 0,11%. Com o resultado, o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,13%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

    Juros básicos

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros  – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, este mês.

    A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

    A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

    Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    PIB e câmbio

    Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano foi mantida em 2,16%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

    Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

    A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,48 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,58.

    Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,81%