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  • Dólar abre em alta, mas passa a cair em meio Ptax e de olho em risco fiscal nos EUA

    Dólar abre em alta, mas passa a cair em meio Ptax e de olho em risco fiscal nos EUA

    Dólar abriu em alta, mas virou para queda diante do real com cautela fiscal nos EUA e expectativa sobre negociações para evitar shutdown. No Brasil, Alckmin e Haddad projetam avanços em tarifas e reforma tributária, enquanto indicadores econômicos mostram leve melhora na confiança

    O dólar abriu esta segunda-feira, 29, em alta leve ante o real, mas passou a cair, refletindo a desvalorização da divisa americana e dos rendimentos dos Treasuries em meio à cautela fiscal nos EUA. Investidores operam atentos às negociações políticas para evitar um shutdown (paralisação) do governo dos EUA em meio ao encerramento do ano fiscal americano nesta terça-feira. Falas de vários dirigentes do Federal Reserve também estão no radar nesta segunda, antes de dados de emprego americano, em especial o relatório oficial do payroll, na sexta-feira.

    No câmbio, a moeda americana chegou a subir nos primeiros negócios, mas perdeu força ante o real em véspera de definição da última taxa Ptax de setembro, amanhã. Há apostas em novos corte de juros nos EUA e expectativas ainda de possível conversa sobre tarifas entre os presidentes Lula e dos EUA, Donald Trump, nesta semana.

    O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reafirmou hoje estar otimista quanto a um possível encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que pode destravar as negociações para reduzir o tarifaço sobre produtos brasileiros. Alckmin disse esperar avanços nas exceções às tarifas e uma possível redução da alíquota de 50% para os setores afetados.

    Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a discussão sobre isenção do imposto de renda até R$ 5 mil está madura no Congresso. “Esta semana vamos possivelmente votar reforma da renda e terminar a reforma do consumo”.

    No boletim Focus, a mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses passou de 4,36% para 4,28%. A mediana para o IPCA de 2025 caiu de 4,83% para 4,81% e a projeção para 2026, de 4,29% para 4,28%.

    Já o IGP-M subiu 0,42% em setembro, após +0,36% em agosto, segundo a FGV. O resultado superou a mediana das projeções do mercado (+0,32%). O indicador acumula queda de 0,94% no ano e alta de 2,82% em 12 meses.

    O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Ibre/FGV avançou 1,6 ponto em setembro, para 84,7 pontos, interrompendo duas quedas mensais consecutivas. Já a confiança de Serviços (ICS) avançou 1,9 ponto em setembro, para 89,0 pontos, na série dessazonalizada, após três quedas seguidas.

    As concessões de crédito livre dos bancos diminuíram 3,3% em agosto ante julho, para R$ 555,6 bilhões, mas em 12 meses cresceram 11,7%, sem ajustes sazonais, informou o Banco Central.

    Dólar abre em alta, mas passa a cair em meio Ptax e de olho em risco fiscal nos EUA

  • Estamos otimistas com negociações com Trump, diz Alckmin em entrevista

    Estamos otimistas com negociações com Trump, diz Alckmin em entrevista

    Alckmin afirmou que confia em um avanço nas negociações após o encontro entre Lula e Trump. O vice-presidente destacou que o setor privado terá papel central para ampliar exceções ao tarifaço e reduzir a alíquota de 50% sobre produtos brasileiros

    O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse, nesta segunda-feira, 29, que está otimista que o possível encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump destrave as negociações para reduzir o tarifaço contra parte os produtos brasileiros. Ele concedeu entrevista à Rádio CBN.

    Nós estamos confiantes de que terá uma boa conversa entre o presidente Lula e o presidente Trump e que isso possa destravar ainda para a gente avançar mais”, declarou.

    Segundo ele, o encontro deve permitir novos passos na direção de mais exceções ao tarifaço e também de uma redução das tarifas de 50% para quem está sendo afetado. Ele declarou ainda que, apesar de não se ter informações sobre data ou o tipo da reunião entre os chefes de Estado, ela será um passo importante.

    Alckmin disse estar otimista com o avanço das negociações, mas que é preciso esperar os próximos passos. Afirmou que o setor privado foi muito importante e continuará a ser para que o tarifaço seja minimizado.

    “Então, o setor privado teve e terá um papel importante para a gente excluir mais setores do tarifaço, que foi 10% mais 40%, aí que dá os 50%, e reduzir essa alíquota, porque não tem sentido”, disse.

    O vice-presidente declarou não ter detalhes de o que levou Trump a se mostrar mais aberto a negociar com o Brasil, mas achou positiva a mudança. Segundo ele, os argumentos lógicos estão do lado brasileiro.

    Ele disse também não haver relação entre decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma política de importações, como o feito pelos EUA. Com isso, o avanço do diálogo ajudará bastante a melhorar a relação com os norte-americanos.

    “Tarifa de importação e exportação é política regulatória, não tem nada a ver com a questão de decisão de Suprema Corte”, afirmou.

    Alckmin declarou daqui a 15 dias irá à Índia para negociar a abertura de mais mercados para os produtos brasileiros.

    Estamos otimistas com negociações com Trump, diz Alckmin em entrevista

  • Moraes decide avançar com denúncia contra Eduardo Bolsonaro sem notificação pessoal

    Moraes decide avançar com denúncia contra Eduardo Bolsonaro sem notificação pessoal

    Moraes autorizou o prosseguimento do processo contra Eduardo Bolsonaro mesmo sem notificação pessoal, após o deputado admitir estar nos EUA para evitar a Justiça. A denúncia será comunicada por edital, enquanto o caso de Paulo Figueiredo seguirá via carta rogatória.

    (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta segunda-feira (29) dar seguimento ao processo criminal contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sem notificação pessoal.

    O deputado está nos Estados Unidos e, segundo Moraes, tem criado dificuldades para ser notificado pela Justiça brasileira sobre a denúncia por coação apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

    “Além de declarar, expressamente, que se encontra em território estrangeiro para se furtar à aplicação da lei penal, também é inequívoca a ciência, por parte do denunciado Eduardo Nantes Bolsonaro, acerca das condutas que lhe são imputadas na denúncia oferecida nestes autos, sobre a qual também se manifestou por meio de nota divulgada na rede social X (antigo Twitter)”, diz Moraes na decisão.

    A notificação de Eduardo será feita por edital, com a comunicação oficial da denúncia publicada em algum veículo de comunicação público. O deputado terá 15 dias para apresentar sua defesa prévia no caso.

    O jornalista Paulo Figueiredo também foi acusado pela PGR pela atuação nos Estados Unidos em busca de sanções contra autoridades brasileiras pelo avanço dos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    No caso dele, que mora há dez anos no exterior, Moraes decidiu enviar uma carta rogatória por meio de cooperação jurídica internacional para sua notificação.

    Moraes determinou que o processo contra a dupla seja desmembrado, para garantir que a denúncia contra Eduardo Bolsonaro seja analisada antes pelo Supremo enquanto os trâmites para a cooperação internacional sejam realizados para a análise da acusação contra Paulo Figueiredo.

    Moraes decide avançar com denúncia contra Eduardo Bolsonaro sem notificação pessoal

  • Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,0%; para 2026, segue em 12,25%

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,0%; para 2026, segue em 12,25%

    Mesmo após a manutenção dos juros pelo Copom, o Focus manteve a projeção da Selic em 15% no fim de 2025 pela 14ª semana seguida. O BC reforça cautela diante da incerteza e avalia se o nível atual será suficiente para conter a inflação

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 14ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.

    Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

    O colegiado detalhou que, “na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

    Considerando apenas as 71 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano também seguiu em 15,00%.

    A mediana para a Selic no fim de 2026 continuou em 12,25%. Considerando só as 70 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 12,25% para 12,00%.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 33ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 40ª semana consecutiva.

     

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,0%; para 2026, segue em 12,25%

  • Neste momento, não tenho intenção em ser candidato em 2026, diz Haddad

    Neste momento, não tenho intenção em ser candidato em 2026, diz Haddad

    Haddad afirma estar satisfeito no comando da Fazenda e diz não ter planos de disputar as eleições de 2026 no momento, mas admite que decisão sobre seu futuro político será tomada em diálogo com o presidente Lula

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que não tomou uma decisão sobre o seu futuro político, mas assegurou que não pensa hoje em disputar as eleições do ano que vem, demonstrando satisfação em ocupar o cargo atual.

    “Ao contrário do que dizem, que eu ocupo o pior emprego do mundo, eu acho que é um dos melhores. É um negócio incrível … É bom ser ministro da Fazenda. É um lugar bom para trabalhar, para fazer muita coisa para ajudar o País”, disse Haddad durante o Macro Vision, evento do Itaú BBA.

    “Não sei responder o que eu vou fazer. Neste momento, eu não tenho intenção de ser candidato no ano que vem”, acrescentou Haddad ao responder a uma questão sobre o seu futuro político.

    Mais tarde, em entrevista rápida a jornalistas na saída do evento, Haddad repetiu que não decidiu qual será o seu próximo passo. “Eu estou vendo como é que nós vamos caminhar, conversar com as pessoas”, afirmou o ministro.

    Ao ser questionado se seguirá no cargo de ministro da Fazenda caso o presidente Luiz Inácio da Lula peça, Haddad respondeu que este é um assunto ainda a ser discutido com o chefe do Executivo. “Eu vou conversar com o presidente Lula sobre isso. Ele é o candidato, ele que vai compor o seu gabinete. Vamos aguardar”, afirmou.

    Neste momento, não tenho intenção em ser candidato em 2026, diz Haddad

  • Trump promete tarifas a móveis importados e anuncia taxa de 100% sobre filmes estrangeiros

    Trump promete tarifas a móveis importados e anuncia taxa de 100% sobre filmes estrangeiros

    Trump promete tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros e mira setor moveleiro com novas taxas, afirmando que medidas são necessárias para recuperar indústrias que perderam espaço para concorrentes internacionais, especialmente na China

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira, 29, que pretende aplicar tarifas adicionais sobre móveis produzidos fora do país e impor uma taxa de 100% a filmes estrangeiros. As medidas, segundo ele, têm como objetivo reverter a perda de competitividade de setores que já foram tradicionais da economia norte-americana.

    No caso do setor moveleiro, Trump afirmou que a Carolina do Norte, historicamente um polo do segmento, “perdeu completamente” sua indústria para a China e outros países.

     

    Para enfrentar essa situação, em publicações na Truth Social, ele prometeu tarifas \”substanciais\” contra qualquer nação que exporte móveis em vez de produzi-los dentro dos EUA, e deve divulgar mais detalhes em breve.

     

    O republicano também apontou a indústria cinematográfica como alvo. Segundo ele, o negócio de filmes “foi roubado” por outros países, em um processo que comparou a “tirar doce de criança”.

    Trump responsabilizou ainda o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, a quem chamou de fraco e incompetente – sem mencionar seu nome – por não proteger o setor em um Estado que historicamente concentra a maior parte da produção de Hollywood.

    Ao justificar a imposição da tarifa de 100% sobre filmes feitos no exterior, o presidente disse que pretende resolver um “problema de longa data e sem fim” enfrentado pela indústria norte-americana.

    Trump promete tarifas a móveis importados e anuncia taxa de 100% sobre filmes estrangeiros

  • Careca do INSS comprou salas comerciais por R$ 700 mil e pagou com Pix

    Careca do INSS comprou salas comerciais por R$ 700 mil e pagou com Pix

    Dois meses antes da operação contra fraudes no INSS, Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, adquiriu salas comerciais e um apartamento em Brasília, pagando via Pix. Escrituras e depoimentos apontam indícios de lavagem de dinheiro ligados a empresas offshore nas Ilhas Virgens Britânicas

    (CBS NEWS) – O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, comprou e pagou com Pix duas salas comerciais em Brasília dois meses antes da operação policial contra as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

    Escrituras e certidões levantadas pela reportagem indicam que Antunes, apontado como peça-central no escândalo do INSS, comprou as duas salas no Setor Bancário Norte, área vizinha à Esplanada dos Ministérios, por R$ 700 mil.

    Procurado pela reportagem, o advogado de Antunes, Cleber Lopes, não quis se manifestar.

    As compras ocorreram em 12 de fevereiro. Uma das salas foi paga com um Pix de R$ 335 mil para a antiga dona. A outra, negociada por R$ 365 mil, foi paga com duas transferências via Pix de R$ 182.500 para os dois proprietários anteriores.

    As salas de 50 m² cada ficam no Edifício Central Brasília, onde estava uma das duas sedes da principal empresa de Antunes, a Prospect Consultoria. Uma sala vizinha havia sido identificada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) em nome da companhia, de acordo com relatório de março da PF (Polícia Federal).

    Segundo o ex-diretor financeiro da Prospect, Milton Salvador, outras três das várias empresas do grupo também funcionavam no local: a Acca Consultoria Empresarial, a Brasília Consultoria Empresarial e a Camilo Comércio e Serviços.

    Em depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS na semana passada, Milton afirmou que as três empresas ocupavam quase o quinto andar inteiro do prédio. As duas salas adquiridas em fevereiro ficam no sexto.

    O levantamento indica que o lobista também comprou um apartamento de três quartos no Cruzeiro, bairro próximo à região central de Brasília, por R$ 515 mil em outubro do ano passado. Segundo a escritura, o pagamento foi feito por meio de transferência bancária.

    Nenhum dos três imóveis foi registrado, segundo as certidões de ônus (documento que indica, por exemplo, existência de hipoteca ou penhora) levantadas pela reportagem. A prática não é considerada crime nem tem prazo para ser feita, mas traz insegurança jurídica e pode ser usada para ocultar patrimônio.

    “Não registrar a compra de um imóvel pode ser usado como uma forma de ocultar patrimônio, pois impede que a sua titularidade seja reconhecida oficialmente. Sem o registro, o imóvel ainda aparece como sendo do vendedor, o que pode confundir credores e juízes, como em processos de divórcio ou execução fiscal”, explica o professor de direito e relações de consumo da Fundação Getúlio Vargas Fábio Lopes Soares.

    Um quarto imóvel comprado por Antunes, em um prédio no Setor Comercial Sul, área também vizinha à Esplanada, consta no mapeamento dos negócios imobiliários da offshore realizado pela PF para a operação Sem Desconto, deflagrada em abril.

    Segundo a certidão, o prédio foi adquirido por Antunes em junho do ano passado por R$ 4 milhões. O valor foi pago por ele por meio de transferência via TED.

    O imóvel, o único registrado, foi declarado indisponível em uma ação judicial que corre em segredo de Justiça. A ordem judicial foi registrada na certidão de ônus em 9 de maio deste ano -após a primeira fase da operação da PF.

    Em depoimento à CPMI do INSS, Milton afirmou que a ACDS Call Center, outra empresa do grupo Prospect, funcionava na região onde o prédio está localizado.
    As escrituras apontam que o “Careca do INSS” compareceu no cartório como diretor ou sócio da RPDL LTD, offshore registrada nas Ilhas Virgens Britânicas.

    A empresa também aparece com o nome Camilo & Antunes Limited, ambos inscritos no Brasil sob o mesmo CNPJ.

    De acordo com as escrituras dos quatro negócios, os pagamentos foram feitos pela offshore a partir de uma conta de Antunes no BRB (Banco de Brasília).

    No primeiro relatório da Operação Sem Desconto, datado de março, o edifício de R$ 4 milhões em Brasília é listado entre as transações imobiliárias da offshore de Antunes, assim como três imóveis em São Paulo.

    A Polícia Federal apontou que “as aquisições imobiliárias significativas realizadas em junho e julho de 2024 apresentam fortes indícios de lavagem de dinheiro” e totalizam R$ 11 milhões.

    As três transações não registradas em cartório de imóveis não constam no relatório da PF tornado público em abril. No total, elas somariam mais R$ 1,2 milhão ao montante em negócios imobiliários da offshore.

    “É possível concluir que as ações de Antonio Carlos Camilo Antunes, incluindo seu envolvimento com a empresa offshore Camilo & Antunes Limited e as aquisições imobiliárias significativas realizadas em junho e julho de 2024, apresentam fortes indícios de lavagem de dinheiro”, afirma o documento da PF, de março de 2025.

    “A coincidência temporal com o esquema da ‘farra do INSS’ o uso de uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e as transações de alto valor reforçam a suspeita de que essas operações foram realizadas com o intuito de ocultar a origem ilícita dos recursos”, diz o relatório.

    Antunes deve ser ouvido nesta quinta-feira (25) pela CPMI do INSS. Ele está preso de forma preventiva desde 12 de setembro.

    Careca do INSS comprou salas comerciais por R$ 700 mil e pagou com Pix

  • É preciso 'consertar' o Brasil, diz secretário de Comércio de Trump

    É preciso 'consertar' o Brasil, diz secretário de Comércio de Trump

    Em entrevista, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, incluiu o Brasil entre os países que, segundo ele, precisam “abrir seus mercados” para não prejudicar a economia americana. A declaração ocorre em meio ao tarifaço de Donald Trump e às negociações com Lula

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse que é preciso “consertar” o Brasil e “um monte de países” que prejudicam comercialmente os Estados Unidos. A declaração foi dada em entrevista à emissora News Nation, neste sábado (27).

    Lutnick citou Brasil, Suíça e Índia, entre os países “para consertar”. “Esses são países que precisam reagir corretamente aos Estados Unidos. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que prejudiquem os Estados Unidos, e é por isso que estamos em desvantagem com eles”, afirmou.

    De acordo com o secretário, as tarifas aplicadas por Donald Trump serão mantidas até que esses países abram seus mercados e com isso entendam que, “se querem vender para os consumidores americanos, é preciso ‘jogar bola’ com o presidente dos Estados Unidos.”

    “Um país pequeno como a Suíça tem um déficit comercial de US$ 40 bilhões [R$ 213,7 bilhões] com os EUA. Eles dizem: ‘Bem, é um pequeno país rico’. Sabe por que eles são um pequeno país rico? Porque nos vendem US$ 40 bilhões a mais em produtos”, disse Lutnick.

    Como já foi constatado desde antes do início do tarifaço, os Estados Unidos têm superávit na relação comercial com o Brasil. A diferença entre o que os americanos venderam e o que compraram em bens e serviços do Brasil em 2024 somou US$ 28,6 bilhões (R$ 152,8 bilhões). Este foi o saldo positivo para a nação comandada por Trump.

    Incluído em agosto no tarifaço de 50% aplicado pelos EUA a produtos de diversos países, o Brasil foi a única nação citada pelo secretário que não integra a nova rodada de tarifas anunciada por Donald Trump. A partir de 1º de outubro, penalizações que variam de 25% a 100% vão atingir setores como medicamentos, caminhões pesados, móveis e utensílios domésticos, afetando Irlanda, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, México, Alemanha, China, Japão, entre outros países.

    A proposta do tarifaço pretende proteger a indústria americana dos produtos importados. É em razão dessa política, no entanto, que o dólar vem perdendo valor em todo o mundo e é esperado um aumento da inflação no território americano.

    Em breve encontro na semana passada, durante a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Donald Trump encontrou rapidamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que entre eles ocorreu “uma química excelente. Os mandatários dos dois países devem se reunir presencialmente nos próximos dias.

    É preciso 'consertar' o Brasil, diz secretário de Comércio de Trump

  • Lula acumula maré favorável e aplaca clima precoce de fim de governo

    Lula acumula maré favorável e aplaca clima precoce de fim de governo

    Após meses em baixa, Lula recupera fôlego político com vitórias no Congresso, reação às tarifas dos EUA e melhora nos índices de aprovação. O governo aposta em pautas sociais e econômicas para consolidar terreno rumo a 2026, enquanto a oposição enfrenta divisões internas

    (CBS NEWS) – A gestão Lula (PT) acumulou uma coleção de situações políticas favoráveis, incluindo a saída da defensiva na relação com o Congresso, o que possibilitou reverter o clima observado há apenas três meses, de governo dado como acabado e de uma reeleição improvável.

    O até agora fundo do poço de Lula 3 começou a ser desenhado em janeiro quando o Ministério da Fazenda teve que recuar em uma medida que considerava correta por causa de um vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o Pix que superou a casa de 300 milhões de visualizações, passou pela mais baixa aprovação popular das três gestões do petista, no mês seguinte, e culminou com a derrubada de seus decretos sobre o IOF por quase 400 votos na Câmara, em 25 de junho.

    Nesse dia, o clima no Congresso era de governistas desnorteados e oposicionistas comemorando a aplicação de uma das maiores derrotas a Lula com o apoio em massa de partidos que controlavam 11 ministérios.

    Era a primeira vez em 30 anos que um decreto presidencial era derrubado por votação do Congresso.

    Nas derrotas anteriores Lula sempre buscava contemporizar e dizer que a relação de governo e Congresso era assim mesmo, até pela esquerda minoritária na Câmara e no Senado.

    Mas a humilhação sofrida no caso do IOF teve outra resposta.

    O governo acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) e conseguiu recuperar parte dos decretos por meio de decisões de Alexandre de Moraes.

    No campo político, o PT começou a patrocinar nas redes uma forte ofensiva com o mote ricos versus pobres, com vídeos produzidos por inteligência artificial e que tiveram como alvo o Congresso, o centrão e a oposição, tachados de defensores de milionários e de privilégios em detrimento dos interesses do povo.

    A iniciativa bem-sucedida tirou o governo das cordas pela primeira vez nas redes sociais, colocando a oposição e o centrão, que insistiam em outro mote, o de “ninguém aguenta mais imposto”, na defensiva.

    Tanto é que foi recolhida a inclinação do centrão na ocasião de derrubar toda a proposta de compensação do governo -elevação da taxação dos mais ricos- ao projeto de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.

    Nessa mesma época, em 9 de julho, o anúncio pelo governo de Donald Trump da sobretaxa de 50% ao Brasil balançou mais ainda o xadrez político nacional.

    A ofensiva contra os interesses econômicos brasileiros permitiu a Lula e ao PT retomar a defesa da soberania nacional e das cores verde e amarelo, bandeiras de posse quase exclusiva do bolsonarismo havia anos. A atuação da família do ex-presidente em prol das sanções também entrou no discurso e na campanha governista na linha de carimbar os Bolsonaros como os pais do tarifaço.

    O embate EUA-Brasil também chamuscou a principal aposta para derrotar Lula em 2026, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    O governador de São Paulo adotou uma reação inicial errática sob o impacto da crise e, como mostrou o Painel da Folha, manifestou recentemente desânimo a aliados com uma candidatura presidencial.

    Entre outros motivos, ele avaliaria que o uso de uma bandeira gigante dos EUA durante a manifestação bolsonarista no dia da Independência do Brasil -e no momento em que o país é alvo das tarifas- será bastante explorada pelos petistas na campanha, assim como a participação de Lula na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

    Apesar de o brasileiro ter mantido as críticas a Trump, no encontro em Nova York na semana que passou os dois presidentes conversaram brevemente, episódio que foi descrito em tom de simpatia pelo norte-americano, segundo quem houve “uma excelente química” entre os dois.

    A ida para ofensiva em relação ao Congresso permitiu a Lula ainda em julho uma atitude até então incomum em seu terceiro mandato, a de confrontar diretamente os principais líderes no Congresso -ele contrariou orientação da chefia de sua articulação política e vetou o projeto que aumentava de 513 para 531 o número de deputados federais.

    A maré positiva a Lula coincidiu também com a prisão domiciliar e, depois, condenação pelo STF de seu principal rival na arena eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já em setembro.

    No mês atual, Lula viu ainda a recuperação de parte de sua popularidade. O Datafolha mostrou que em meio ao julgamento da trama golpista e dos ataques de Donald Trump, a aprovação do governo subiu para 33%, melhor índice do ano, se aproximando da reprovação, de 38%.

    Em fevereiro, mês em que ele atingiu a pior marca de suas três gestões, só 24% aprovavam o governo, contra rejeição de 41%.

    Já no fim de semana passado, várias capitais do país abrigaram protestos contra a proposta de anistia a Bolsonaro e a chamada PEC da Blindagem. O projeto foi arquivado pelo Senado após a repercussão negativa e os protestos de rua, representando um desgaste a mais para a Câmara e o centrão.

    Diferentemente de meses atrás, o governo vê facilitada a tramitação no Congresso do pacote de medidas que deve compor o combo da candidatura à reeleição do petista.

    Na semana que passou, o Congresso aprovou, no último dia do prazo, a medida provisória que reduz o valor da conta de luz de famílias de baixa renda e o “Agora Tem Especialistas”, principal aposta de Lula para emplacar uma marca forte na área da saúde.

    Nos próximos dias, a Câmara promete votar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, promessa eleitoral de Lula em 2022 e que deve ser uma de suas bandeiras eleitorais no ano que vem.

    “Subestimaram o Lula, ele é presidente pela terceira vez, tem capacidade, experiência política. Os resultados do governo já eram bons e agora estamos com deflação no preço dos alimentos, dólar caindo, e a oposição muito fragilizada, sem projeto, com pautas antipopulares como anistia e blindagem”, diz o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). “O Lula e o governo souberam utilizar isso muito bem para virar o jogo.”

    Já o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), diz que a tendência no Congresso continua sendo a de os partidos de centro-direita abandonarem o governo nos próximos meses. “A leve recuperação, para mim, se deve à queda no preço do arroz e feijão, a leve melhora nos preços do supermercado.”

    “O governo, através do ‘judicialismo de coalizão’, com seus ministros cometendo a ditadura da toga, fechando o Congresso Nacional, ele está utilizando toda essa máquina junto com o STF para sufocar e colocar a opinião pública contra o Congresso”, diz o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

    Lula acumula maré favorável e aplaca clima precoce de fim de governo

  • Trump: 'Se tirássemos tarifas, seríamos país de terceiro mundo'

    Trump: 'Se tirássemos tarifas, seríamos país de terceiro mundo'

    Trump voltou a defender as tarifas comerciais, alegando que elas garantem a liderança dos EUA em inteligência artificial e atraem empresas para o país. Segundo ele, companhias automotivas e de tecnologia já estão transferindo parte da produção da China, México e Canadá para território american

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira (29) sua política de tarifas comerciais, afirmando que elas são fundamentais para manter o país na liderança global em inteligência artificial (IA), atrair novos investimentos e fortalecer a indústria nacional. “Se tirássemos tarifas, seríamos um país de terceiro mundo”, declarou a repórteres.

    Segundo o republicano, as medidas têm incentivado empresas, especialmente dos setores automotivo e de tecnologia, a transferirem parte da produção para os EUA, deixando países como China, México e Canadá. Trump voltou a afirmar que a dependência econômica é maior do lado chinês: “A China precisa mais dos Estados Unidos do que nós precisamos dela”, disse.

    Trump: 'Se tirássemos tarifas, seríamos país de terceiro mundo'