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  • Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

    Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

    Moraes afirmou que o momento processual adequado para avaliar os pedidos será com o início da execução da pena e após o transito em julgado da ação em que o militar foi condenado

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid para a retirada da tornozeleira eletrônica e restituição de bens do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Na decisão, Moraes afirmou que o momento processual adequado para avaliar os pedidos será com o início da execução da pena e após o transito em julgado da ação em que o militar foi condenado.

    Os advogados de Cid também pediram a extinção da pena de dois anos de reclusão, sob o argumento de que Cid cumpriu o mesmo tempo com restrições impostas pela Justiça.

    A solicitação a Moraes foi formalizada em 12 de setembro, um dia após o Supremo confirmar a validade do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, concedendo o benefício de redução de pena para dois anos de reclusão, em regime aberto.

    Na mesma ação, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder.

    “Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão -desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena fruto da condenação que lhe foi imposta por essa Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Penal 2668/DF”, afirma o pedido de Cid, rejeitado por Moraes.

    Na lista de pedidos apresentada a Moraes, a defesa do militar incluiu a restituição de todos os bens e valores apreendidos pela Polícia Federal e a devolução do passaporte de Cid.

    Mauro Cid assinou o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal em 28 de agosto de 2023. O militar cumpre medidas cautelares desde 9 de setembro de 2023, quando Moraes homologou o acordo e determinou o fim de sua prisão preventiva.

    Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

  • PL vai indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria para tentar salvar mandato do deputado

    PL vai indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria para tentar salvar mandato do deputado

    Segundo parlamentares do partido, líderes não têm obrigação de comparecer a sessões da Câmara; cargo era ocupado por Caroline de Toni (PL-SC), que se tornou vice-líder e representará liderança presencialmente

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O PL vai indicar, nesta terça-feira (16), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Câmara para livrar o parlamentar de um processo de cassação do mandato.

    De acordo com parlamentares do partido, como líder, Eduardo não teria obrigação de comparecer à Câmara para as sessões. O anúncio da indicação está previsto para acontecer às 15h na Câmara dos Deputados. Sua nomeação formal depende do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

    O filho de Jair Bolsonaro mora desde março nos Estados Unidos, onde articula com integrantes do governo Donald Trump a aplicação de pressões sobre o Brasil em resposta ao julgamento do ex-presidente.

    A atual líder da minoria é a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), que cederá a vaga para Eduardo Bolsonaro. A liderança da oposição continua a cargo de Luciano Zucco (PL-RS).

    Deputados do PL dizem que a ação é um acordo com Motta, a quem cabe a nomeação de um novo líder após a indicação do maior partido oposicionista -no caso, o PL. Aliados de Motta, porém, não confirmam o acordo até o momento.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, Eduardo não perderia o mandato em 2025 por excesso de faltas, mesmo que deixasse de comparecer sem justificativa a todas as sessões até o fim do ano. A punição só seria possível a partir de março de 2026, quando a Câmara contabiliza as faltas do ano anterior.

    Eduardo tirou licença de 120 dias do mandato e viajou para os EUA, de onde articula punições a autoridades brasileiras com o objetivo de tentar livrar de punição o pai, Jair Bolsonaro, réu no STF acusado de integrar o núcleo central de uma trama golpista.

    No final de agosto, Eduardo enviou ao presidente da Câmara um ofício em que pede para exercer seu mandato à distância. Segundo o deputado, sua permanência no exterior é forçada e se deve a perseguições políticas.

    “Vivemos, infelizmente, sob um regime de exceção, em que deputados federais exercem seus mandatos sob o terror e a chantagem instaurados por um ministro do Supremo Tribunal Federal que age fora dos limites constitucionais e já é alvo de repúdio internacional”, afirma no documento, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.

    No último dia 8, Motta afirmou que descartava uma autorização para que Eduardo exercesse o mandato do exterior.

    PL vai indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria para tentar salvar mandato do deputado

  • Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

    Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, e seus aliados têm dito publicamente que sua saúde está fragilizada

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal nesta terça-feira (16) e foi encaminhado para um hospital em Brasília. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, disse que ele teve “crise forte de soluço, vômito e pressão baixa”.

    “Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência. Peço a oração de todos para que não seja nada grave”, disse Flávio.

    Bolsonaro estava consciente, mas não havia ainda detalhes sobre seu quadro clínico, de acordo com Leandro Echenique, médico cardiologista do ex-presidente.

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, e seus aliados têm dito publicamente que sua saúde está fragilizada. Na semana passada, foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e três meses de prisão por liderar trama golpista em 2022.

    Ele esteve no último domingo (14) no hospital DF Star para realizar um exame. Os médicos apontaram um quadro de anemia por falta de ferro e um resíduo de pneumonia. Também foram extraídas lesões na pele para avaliação sobre necessidade de tratamento.

    Cláudio Birolini, médico que acompanha a saúde de Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente passou por exames de rotina. “Ele é um senhor de 70 anos que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda”, disse no domingo.

    Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

  • Mercosul e Efta assinam acordo comercial e incluem compromisso com energia limpa

    Mercosul e Efta assinam acordo comercial e incluem compromisso com energia limpa

    O acordo garante que 97% de todo o comércio com a Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) será incluído em livre comércio, e 1,2% liberado através de quotas

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Representantes dos países do Mercosul e da Efta (Associação Europeia de Livre Comércio) assinaram nesta terça-feira (16) o acordo de livre comércio que prevê liberação de tributos das duas partes.

    Negociado durante oito anos em 14 rodadas de conversas, o acordo envolve Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia -esta em processo de adesão plena- por parte do Mercosul, e Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, países-membros da Efta..

    O acordo garante que 97% de todo o comércio com a Efta será i ncluído em livre comércio, e 1,2% liberado através de quotas.

    Prestadores de serviços digitais só poderão usar os benefícios do acordo se a matriz elétrica do seu país for baseada ao menos 67% em energia limpa.

    “Trata-se de compromisso inovador na área de sustentabilidade que reafirma nosso empenho em promover práticas produtivas responsáveis”, afirmou o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) durante cerimônia de assinatura do acordo, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.

    O texto será traduzido e ratificado e deve entrar em vigor no terceiro mês seguinte ao fim dos trâmites.

    O acordo consolida um mercado de aproximadamente 290 milhões de consumidores e um PIB (Produto Interno Bruto) de cerca de US$ 4,39 trilhões.

    A Efta vai eliminar 100% das tarifas de importação dos setores industrial e pesqueiro. A Noruega detém aproximadamente 27% do mercado global de bacalhau do oceano Atlântico em 2025.

    Produtos laticínios, como chocolates e fórmulas para alimentação infantil, foram liberados por meio de quotas e podem ficar mais baratos no Brasil.

    Entram em livre comércio produtos como carnes bovina, de aves e suína, milho, farelo de soja, melaço de cana, mel, café torrado, arroz e frutas.

    Os setores farmacêutico, químico e de máquinas e equipamentos estão entre os destaques dos produtos enviados pelos países da Efta ao Brasil.

    Haverá quotas preferenciais para produtos como milho (até 8.000 toneladas por ano), carne bovina (3.000 ton.), óleos vegetais (até 3.000 ton.) e vinho tinto (50 mil hl).

    Além disso, os produtos do bloco podem disputar as quotas que os países têm na OMC (Organização Mundial do Comércio), ou seja, além das 8.000 toneladas anuais de carne bovina, os países podem competir para exportar dentro da conta de 22,5 mil toneladas que a Suíça tem na organização.

    Representantes do Mercosul e da Efta repetiram em discursos que mundo comercial vive momento de incerteza, sem mencionar diretamente tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    Esse acordo nos dá um sinal positivo de que abertura, cooperação e respeito mútuos são a melhor via para o futuro”, afirmou o vice-presidente e conselheiro federal da Suíça, Guy Parmelin.

    “Este acordo envia uma mensagem clara: acreditamos na estabilidade, cooperação e poder do comércio para levar ao progresso. Empresas norueguesas, seja de produtos químicos, maquinários e alimentos, vão se beneficiar de mais acesso ao mercado”, disse Cecilie Myrseth, ministra de Comércio e Indústria da Noruega.

    O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), disse acreditar que a assinatura do tratado comercial com a Efta pode contribuir como sinal pela conclusão, ainda este ano, do acordo entre Mercosul e União Europeia. A negociação dura duas décadas.

    A Comissão Europeia apresentou no último dia 3, em Bruxelas, o texto final do tratado UE-Mercosul, que, se confirmado, cria mercado de 750 milhões de pessoas e derruba tarifas das duas partes.

    “Comércio exterior aproxima os povos, atrai negócios e investimento. O desenvolvimento é o novo nome da paz”, disse a jornalistas após o evento.

    Mercosul e Efta assinam acordo comercial e incluem compromisso com energia limpa

  • Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações racistas

    Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações racistas

    O julgamento ocorreu nesta terça-feira (16) na terceira turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre

    PORTO ALEGRE, RS (CBS NEWS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a pagar uma indenização de R$ 1 milhão por declarações racistas dadas em 2021, envolvendo o cabelo de pessoas negras. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (16) na terceira turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre.

    O relator do caso, Rogério Favreto, aceitou parcialmente o recurso do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União e votou para condenar o ex-presidente e a União a pagarem R$ 1 milhão cada. A posição dele foi seguida por unanimidade pelo colegiado.

    O valor estabelecido é inferior aos R$ 5 milhões em indenização pedidos pelo MPF e pela DPU, autores da ação civil pública, por danos morais coletivos e danos sociais decorrentes das declarações.

    Foram três as manifestações de Bolsonaro alvo do processo, feitas no Palácio do Planalto e arredores.

    No dia 4 de maio de 2021, o então presidente perguntou a uma pessoa com cabelo crespo: “o que você cria nessa cabeleira aí?”. Já no dia 6 de maio, fez piada com um homem negro, apoiador dele, dizendo ter visto uma barata em seu cabelo. Em 8 de julho, referiu-se ao cabelo desse mesmo homem como um criatório de baratas e falou: “você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”.

    Na mesma data, Bolsonaro fez uma live com o apoiador, durante a qual perguntou quantas vezes ele tomava banho por mês e disse frases como “se eu tivesse um cabelo desse naquela época, minha mãe me cobriria de pancada” e “se criarem cota para feios, você vai ser deputado federal”.

    A procuradora federal Carmem Elisa Hessel disse que o racismo se manifesta por meio de estereótipos e preconceitos arraigados, que incluem a discriminação baseada em características e práticas culturais associadas à negritude, dentre elas cabelos naturais ou penteados.

    “Cabe destacar que o cabelo constitui um dos principais sinais diacríticos da negritude e tem sido historicamente alvo de preconceitos racistas, que negam a beleza às pessoas negras”, disse Hessel.

    “Movimentos como Black is Beautiful, traduzindo preto é bonito, ou Black Power, traduzindo poder negro, surgidos a partir dos anos 60 e 70, ressignificaram o cabelo crespo como símbolo de orgulho e poder”, afirmou.

    A advogada de Bolsonaro, Karina Kufa, disse que não houve pretensão de ofensa racial por se tratar de um comentário sobre uma característica específica do apoiador Maicon Sullivan.

    “Nada se abordou sobre qualquer aspecto que não o inequívoco comprimento do cabelo do senhor Maicon, pouco importando seu corte black power ou não. Nenhum momento da fala do réu foi dito nisso em relação ao formato do cabelo, mas sim ao comprimento”, disse Kufa.

    Ela também disse que Maicon afirmou publicamente que nunca se sentiu ofendido pelos comentários. “E mais: ele tem uma relação, desde aquela época, de proximidade com o réu. Em decorrência disso que faziam brincadeiras, mesmo que de mau gosto.”

    De acordo com o MPF, uma análise das manifestações de Bolsonaro apontariam um teor ofensivo e discriminatório à população negra em geral e não apenas aos indivíduos a quem foram diretamente dirigidos.

    O MPF recorreu após a sentença do julgamento em primeiro grau que extinguiu a ação contra a União e julgou improcedente o pedido de Bolsonaro. O TRF-4 também atendeu ao pedido da procuradoria para reincluir a União no processo.

    Além da multa, a decisão exige que o ex-presidente faça uma retratação pública e retire de suas redes sociais os vídeos das interações consideradas discriminatórias.

    É o segundo julgamento de Jair Bolsonaro neste mês. O ex-presidente foi condenado na quinta-feira (12) a 27 anos e 3 meses de prisão pela 1ª turma do STF por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de patrimônio tombado.

    Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações racistas

  • Dólar cai a até R$ 5,29 com expectativa por corte de juros nos EUA

    Dólar cai a até R$ 5,29 com expectativa por corte de juros nos EUA

    Às 13h09, o dólar cedia 0,35%, a R$ 5,302 -durante o pregão, a moeda americana tocou os R$ 5,29

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar opera em queda nesta terça-feira (16), em linha com o exterior, e a Bolsa sobe em meio à expectativa por corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) nesta quarta-feira (17).

    Às 13h09, o dólar cedia 0,35%, a R$ 5,302 -durante o pregão, a moeda americana tocou os R$ 5,29. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,25%, a 143.908 pontos.

    “A Bolsa chegou a subir 0,67% na abertura do dia, em um cenário de bastante otimismo, assim como o dólar na casa de R$ 5,31, por conta do sinal mais claro de corte de juros nos Estados Unidos, que acaba beneficiando países emergentes”, diz Daniel Teles, da Valor Investimentos.

    Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, lembra que também há expectativa de o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) manter nesta quarta a taxa básica de juros brasileira em 15% ao ano.

    “Essa perspectiva de que os juros americanos vão começar a cair enquanto os juros brasileiros vão ser mantidos estáveis em patamar elevado tem favorecido o diferencial de juros brasileiro, atraindo mais investidores estrangeiros. Isso faz pressão na nossa taxa de câmbio”, afirma.

    Além da expectativa pelos juros americanos, os investidores avaliam os dados da taxa de desemprego do Brasil, que recuou a 5,6% no trimestre até julho, como apontam dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    Com o resultado, o indicador renovou a mínima da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.

    Durante evento promovido pelo grupo financeiro J. Safra nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que o governo pretende cumprir as metas fiscais de 2025 e 2026, acrescentando que para isso depende da “compreensão” do Congresso Nacional.

    Na segunda (15), o dólar fechou em queda e o Ibovespa em alta, com os investidores à espera de corte na taxa de juros dos Estados Unidos nesta quarta (17) pelo Federal Reserve (o banco central americano).

    O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,60%, a R$ 5,321 -a moeda americana chegou a tocar nos R$ 5,30 durante o pregão. A Bolsa, por outro lado, fechou o dia em alta de 0,90%%, a 143.546 pontos.

    Os investidores aguardam o primeiro corte de juros deste ano pelo Fed, de 25 pontos na taxa básica americana. Por aqui, o BC deve manter a Selic em 15% ao ano. Os comunicados das decisões serão acompanhados com atenção, na expectativa de sinalização dos próximos passos da política monetária de ambos os países.

    “A semana passada foi marcada por uma apreciação do real, principalmente por conta da crescente expectativa de que o Fed irá baixar juros, ainda mais em um cenário em que o Banco Central deve manter a Selic em 15%. Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real”, avalia Daniel Teles, sócio da Valor Investimentos.

    Para analistas do BB Investimentos, investidores devem ficar em modo espera até as decisões dos bancos centrais nos EUA e no Brasil, com divulgações previstas para amanhã, o primeiro às 15h e o segundo após o fechamento.

    “O dólar mostra tendência de queda nesta segunda, em linha com o movimento externo de enfraquecimento da moeda americana”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. “A moeda americana apresenta fraqueza desde sexta-feira, por conta da consolidação das apostas de um ciclo de cortes de juros pelo Fed.”

    Ontem, o mercado repercutiu o Boletim Focus, com economistas consultados pelo Banco Central reduzindo suas estimativas para a inflação neste ano (de 4,85% para 4,83%) e ajustando para baixo suas projeções para a taxa básica de juros em 2026.

    Além disso, o IBC-Br (índice de Atividade Econômica do Banco Central) de julho mostrou uma desaceleração maior que a esperada por analistas, com uma queda de 0,5% ante junho.

    Foi o terceiro mês consecutivo de recuo do índice, que é visto como um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto). Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam contração de 0,2%. As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) abriram em baixa nesta segunda-feira, após a divulgação do indicador.

    Entre as principais altas nesta segunda, estão as ações da Yduqs, Magalu, Cogna, Sendas e a B3. Na outra ponta, as maiores quedas são Raia Drogasil, Minerva, Embraer e Banco do Brasil.

    Dólar cai a até R$ 5,29 com expectativa por corte de juros nos EUA

  • Motta diz a líderes e governo que pautará anistia, e Planalto prepara reação

    Motta diz a líderes e governo que pautará anistia, e Planalto prepara reação

    Motta disse aos líderes dos partidos que deverá fazer nova reunião nesta quarta para discutir os termos do projeto de anistia e da votação da urgência

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avisou a líderes partidários que pautará a urgência do projeto de lei que dá anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro. A declaração foi dada na abertura de reunião que ocorre na manhã desta terça-feira (16), segundo dois participantes.

    De acordo com esses líderes, a tendência é que os deputados apreciem a urgência (que não trata do mérito do projeto, mas permite a tramitação acelerada), na quarta-feira (17), após votar nesta terça a proposta da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem -que impede processos contra deputados federais e senadores sem aval expresso do Congresso.

    Motta também disse aos líderes que deverá fazer nova reunião nesta quarta para discutir os termos do projeto de anistia e da votação da urgência.

    No dia anterior, Motta informou sobre a decisão a integrantes do Palácio do Planalto e ao presidente Lula (PT), com quem almoçou. Ainda segundo relatos, Lula reafirmou que se opõe à concessão de anistia aos participantes do 8/1.

    O parlamentar tem afirmado a aliados que a pressão para que ele dê andamento a esse projeto aumentou com a condenação de Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal, na semana passada. Além de deputados bolsonaristas, estão empenhados em destravar a proposta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos padrinhos políticos de Motta.

    Além disso, Motta tem sinalizado a interlocutores do governo que não é favorável a uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, como a defendida por bolsonaristas, que miram o perdão a Bolsonaro. A ideia dele seria buscar um meio termo.

    Aliados do presidente da República afirmam que essa não é uma pauta de interesse nacional. Mas, alertados por Motta sobre a forte pressão que sofre para inclusão na pauta, auxiliares de Lula preparam uma reação para frear o andamento da proposta. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) marcou uma reunião para esta tarde com ministros da ala política do governo para discutir estratégias.

    “O governo é contra a anistia. Além de imoral é inconstitucional. Nem terminou o julgamento e já há pressão para pautar. Vamos nos posicionar contra e trabalhar para derrubar o pedido de urgência”, diz Gleisi.

    A intenção é que ministros intervenham junto a suas bancadas para impedir a aprovação da urgência. Outra tática em discussão é que ministros com mandato na Câmara se licenciem do cargo na Esplanada para votar no plenário da Casa.

    De acordo com parlamentares que estão discutindo a proposta, uma outra possibilidade é convencer deputados a se ausentar no plenário na hora da votação. A ausência em plenário serviria para que deputados pressionados por bolsonaristas, mas contrários à anistia, não votassem pela urgência, que requer quórum qualificado.

    Como a Folha de S.Paulo revelou na semana passada, o governo deve rever indicações para cargos federais dos deputados e senadores que votarem a favor da urgência e do mérito da proposta. A orientação do governo é de oposição ao projeto de lei, e a principal tarefa é evitar que o tema seja levado ao plenário da Câmara.

    Caso isso ocorra, o Planalto usará todos os instrumentos que tem à disposição, segundo um interlocutor do presidente da República. Isso passa por rever as indicações aos cargos na máquina federal e também pelo pagamento de emendas parlamentares ao Orçamento.

    De acordo com relatos, governistas passaram a cobrar da SRI (Secretaria de Relações Institucionais) desde a última semana uma celeridade na liberação desses recursos.

    Um técnico diz que, apesar de a missão número 1 do governo ser evitar a votação da urgência, há um movimento para construir um texto alternativo ao que dá anistia ampla. A ideia está sendo costurada por parlamentares do centrão.

    Além disso, de acordo com relatos de um parlamentar do grupo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tem acompanhado de perto as conversas sobre o tema. Ele é contra essa anistia geral e tem defendido uma proposta que diminua a pena de condenados, sem alcançar o andar de cima.

    Na noite de segunda, Motta trocou o relator da PEC da Blindagem, substituindo Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) por Cláudio Cajado (PP-BA) -Cajado está na reunião nesta manhã.

    A reportagem teve acesso à minuta do novo texto. Ele prevê que presidentes de partidos políticos terão foro especial e que votações para decretar prisão de parlamentares serão secretas. Ou seja, sem que seja possível saber como votou cada deputado.

    Um cardeal do centrão afirma que a ideia de votar o texto da PEC nesta terça também poderá ajudar a encontrar um desfecho para a anistia, já que a aprovação dessa proposta pode distensionar o clima que há hoje no plenário.

    Nas palavras dele, os parlamentares, sobretudo do chamado baixo clero (sem grande expressão nacional), poderiam dar recados políticos de sua insatisfação no texto da PEC e não necessariamente no da anistia.

    Motta diz a líderes e governo que pautará anistia, e Planalto prepara reação

  • Desemprego recua a 5,6% até julho e renova mínima da série histórica

    Desemprego recua a 5,6% até julho e renova mínima da série histórica

    População ocupada bate novo recorde, com 102,4 milhões de pessoas. Número de profissionais atuando com carteira assinada também tem patamar inédito, com 39,1 milhões. Dados são da Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE

    A taxa de desemprego do trimestre móvel encerrado em julho de 2025 caiu para 5,6% — a menor da série histórica do indicador, iniciada em 2012. No trimestre, a população desocupada caiu para 6,118 milhões, o menor contingente desde o último trimestre de 2013 (6,1 milhões). Estes são alguns dos destaques da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira, 16 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Já a população ocupada, definição que considera o total de trabalhadores do país, bateu novo recorde e chegou a 102,4 milhões. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) atingiu o patamar de 58,8%, o maior já registrado. Além disso, o número de empregados com carteira assinada também foi inédito: 39,1 milhões de pessoas em empregos formalizados. “Desemprego em queda, na mínima histórica. Recorde de empregos com carteira assinada. Aumento de renda. Dados que mostram um Brasil mais forte”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em postagem nas redes sociais.

    “Desemprego em queda, na mínima histórica. Recorde de empregos com carteira assinada. Aumento de renda. Dados que mostram um Brasil mais forte. Bom dia a todos” — Lula

    MERCADO ATIVO — De acordo com o analista da pesquisa realizada pelo IBGE, William Kratochwill, os números sustentam o bom momento do mercado de trabalho. “Temos crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo”, define. “Os indicadores demonstram que as pessoas que deixam a população desocupada não estão se retirando da força de trabalho ou caindo no desalento, estão realmente ingressando no mercado de trabalho”, analisa Kratochwill.

    RECORDE DE CLTs — O número de empregados celetistas do setor privado, ou seja, aqueles com carteira de trabalho assinada, foi recorde (39,1 milhões), mostrando estabilidade no trimestre e crescendo 3,5% (mais 1,3 milhão de pessoas) no ano. O contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) também foi recorde, crescendo 1,9% (mais 492 mil pessoas) no trimestre e 4,2% (mais 1 milhão) no ano. Já o número de empregados do setor privado sem carteira assinada (13,5 milhões) ficou estável.

    SETORES ECONÔMICOS — A alta da ocupação frente ao trimestre anterior foi puxada por três dos dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua:

    • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,7%, ou +206 mil pessoas)
    • Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,0%, ou +260 mil pessoas)
    • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,8%, ou +522 mil pessoas).

    Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2024, a ocupação aumentou em cinco grupamentos:

    • Indústria Geral (4,6%, ou +580 mil pessoas)
    • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,1%, ou +398 mil pessoas)
    • Transporte, armazenagem e correio (6,5%, ou +360 mil pessoas)
    • Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias,
    • Profissionais e Administrativas (3,8%, ou +480 mil pessoas)
    • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,7%, ou +677 mil pessoas)

    INFORMALIDADE — No trimestre encerrado em julho, a taxa de informalidade chegou a 37,8%, ligeiramente menor que a do trimestre móvel anterior (38%) e inferior, também, à do mesmo período do ano passado (38,7%).

    Desemprego recua a 5,6% até julho e renova mínima da série histórica

  • Gleisi diz que novas ameaças do governo Trump confirmam 'traição' de Bolsonaro

    Gleisi diz que novas ameaças do governo Trump confirmam 'traição' de Bolsonaro

    Rubio disse, em entrevista à Fox News na segunda-feira, 15, que os Estados Unidos vão anunciar nos próximos dias medidas em resposta à condenação de Bolsonaro. Disse que os ministros do STF foram “juízes ativistas” e reforçou o discurso de perseguição contra o ex-presidente

    A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira, 16, que as novas ameaças do governo de Donald Trump contra o Brasil “apenas confirmam a traição de Jair Bolsonaro”. Em publicação no X (antigo Twitter), Gleisi disse que o ex-presidente “incita uma potência estrangeira a atacar e punir os responsáveis pela Justiça em nosso País”.

    A ministra citou nominalmente o secretário de Estado, Marco Rubio, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, dizendo que eles mentem sobre o julgamento do ex-presidente na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “O secretário de estado Marco Rubio e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sabem muito bem que estão mentindo sobre o julgamento de Bolsonaro e seus cúmplices pelo STF. Eles foram condenados no devido processo legal por tentativa de golpe. Ao contrário do que difundem, o processo preservou o Estado de Direito democrático no Brasil”, afirmou a ministra.

    Segundo Gleisi, “ilegal, autoritário e abusivo é atentar contra a soberania de outro país, como vem fazendo o governo Trump para livrar Bolsonaro das penas a que foi condenado”.

    Rubio disse, em entrevista à Fox News na segunda-feira, 15, que os Estados Unidos vão anunciar nos próximos dias medidas em resposta à condenação de Bolsonaro. Disse que os ministros do STF foram “juízes ativistas” e reforçou o discurso de perseguição contra o ex-presidente.

    “Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, afirmou.

    Gleisi diz que novas ameaças do governo Trump confirmam 'traição' de Bolsonaro

  • Haddad: disciplina fiscal do governo voltou a ser realidade; não houve 'fura-teto' nenhum

    Haddad: disciplina fiscal do governo voltou a ser realidade; não houve 'fura-teto' nenhum

    Haddad afirmou que o governo mantém disciplina fiscal sem comprometer áreas essenciais como Saúde e Educação e garantiu que a meta de 2025 será cumprida, com o compromisso de encerrar o mandato mantendo as contas públicas sob controle

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 16, ao participar da abertura do J.Safra Investment Conference, que para este ano a meta fiscal o arcabouço fiscal, do ponto de vista da arquitetura, está funcionando corretamente.

    Ele afirmou que a disciplina fiscal voltou a ser executada e sem que isso provoque falta de recursos para Saúde e Educação, entre outros. Ele disse que o governo vai conseguir cumprir a meta em 2025 e que o governo conseguirá chegar ao final do mandato com o fiscal sob controle.

    “A disciplina fiscal do governo voltou a ser realidade, não houve “fura-teto nenhum”, comentou o ministro da Fazenda.

    Haddad: disciplina fiscal do governo voltou a ser realidade; não houve 'fura-teto' nenhum