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  • Moraes solta 1ª fugitiva do 8/1 deportada dos EUA por imigração ilegal

    Moraes solta 1ª fugitiva do 8/1 deportada dos EUA por imigração ilegal

    A garçonete autônoma Cristiane Silva, de 33 anos, chegou à sua casa, em Balneário Camboriú (SC) no último dia 6, após mais de um ano da fuga do Brasil, em 2024. O período incluiu uma estadia na Argentina em 2024 e, depois, 228 dias presa pela Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA e pelo sistema penitenciário do Ceará, no Brasil

    (UOL/CBS NEWS) – Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes mandou soltar a primeira fugitiva dos ataques de 8 de Janeiro que foi deportada dos Estados Unidos para o Brasil por imigração ilegal. A decisão é de 3 de setembro.

    A garçonete autônoma Cristiane Silva, de 33 anos, chegou à sua casa, em Balneário Camboriú (SC) no último dia 6, após mais de um ano da fuga do Brasil, em 2024. O período incluiu uma estadia na Argentina em 2024 e, depois, 228 dias presa pela Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA e pelo sistema penitenciário do Ceará, no Brasil. Os americanos a deportaram em maio.

    Cristiane não foi condenada por golpe de Estado, mas pegou uma pena de um ano de prisão com restrição de direitos por incitação ao crime e associação criminosa. Ela foi detida no quartel general do Exército em 9 de janeiro de 2023, um dia depois do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Em sua defesa, a mulher disse que não participou dos protestos, que não quebrou nada e que estava em Brasília para “passear e conhecer a capital”.

    Por meio de familiares, ela disse ao UOL nesta semana que não gostaria de conceder entrevistas. Mas, em abril, quando ainda estava detida nos EUA, Cristiane negou os crimes pelos quais foi condenada. Ela também havia dito que se arrependia de ter ido com os militantes bolsonaristas a Brasília em um ônibus que saiu de SC com destino à capital.

    “Eu me arrependo, sim, porque eu fui lá para conhecer e acabei… estou sendo injustiçada por algo que eu nem cometi”, disse.

    MINISTRO ENDURECEU PENA DE GARÇONETE

    Cristiane quebrou sua tornozeleira eletrônica em 26 abril de 2024, 12 dias após o UOL revelar que dezenas de militantes bolsonaristas estavam fazendo o mesmo e fugindo para a Argentina – mesmo destino escolhido por ela.

    Em novembro do ano passado, a mulher migrou para os EUA, onde foi detida por imigração ilegal em janeiro, um dia depois da posse do presidente Donald Trump. Em fevereiro de 2025, enquanto estava presa pelos americanos, o STF a condenou a um ano de prisão.

    Cristiane foi deportada em maio para o Brasil. Ela viajou com algemas prendendo os braços à barriga, e sem poder usar o banheiro no voo, segundo relatou sua advogada em audiência de custódia quando chegou a Fortaleza. Apesar de ter sido condenada a uma pena em regime mais brando, o ministro entendeu que, como ela fugiu, houve “desprezo pela Justiça”, e ordenou que o Estado de Santa Catarina a colocasse em uma colônia penal.

    No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária e a Justiça Estadual informaram que não haveria vagas nas colônias penais, mas poderiam ser oferecidas tornozeleiras eletrônicas a Cristiane. A Procuradoria Geral da República entendeu que era o caso de Cristiane cumprir pena do modo original como foi condenada.

    “A inexistência de vagas em estabelecimento prisional compatível com o regime semiaberto é circunstância que impossibilita o cumprimento da pena na forma fixada”, afirma parecer da Procuradoria Geral da República.

    O ministro Alexandre de Moraes concordou, mas disse que, se a condições, forem descumpridas, ela pode ser presa em regime fechado de novo. “Desse modo, [estão] presentes as hipóteses autorizadoras do restabelecimento da pena restritiva imposta à sentenciada, ressaltando que havendo descumprimento injustificado da pena substitutiva imposta, a pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade”, afirmou o magistrado.

    A PENA DE CRISTIANE

    Fica proibida de sair de Balneário Camboriú (SC) por um ano, ou seja, até maio de 2026. Este tempo é calculado descontando-se apenas o tempo em que ficou presa em Fortaleza (CE);

    Prestação de trabalho comunitário. São 225 horas e deve ser reduzido conforme o em que ela ficou detida em Fortaleza (CE);

    Curso presencial de democracia. Deve concluir o estudo de “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado” no Judiciário de sua cidade;

    Redes sociais. Está proibida de utilização de redes sociais até maio de 2026;
    Viagens. Está com passaportes suspenso;

    Armas. Perdeu de eventuais registros de armas de fogo;

    Multa individual. Pagará multa de R$ 13 mil, ou dez salários mínimos à época dos ataques aos Três Poderes;

    Multa coletiva. Pagará multa solidária de R$ 5 milhões, mas que só será cobrada quando isso for dividido entre os mais de 400 condenados pelos ataques, algo estimado por alguns em R$ 12 mil por condenado.

    Parte dessas punições não foi aplicada a réus como Cristiane, presos no QG do Exército, porque eles fizeram um acordo de não-persecução penal com o Ministério Público, no qual eles confessavam os crimes. Cristiane não aceitou o acordo. Em abril, ela afirmou que não assinou a proposta da PGR porque entendia que não cometeu crime algum.

    O pedido para a soltura de Cristiane foi feito por sua advogada, Tatiéli Chagas, assim que ela pousou no Brasil, em maio. Em junho, quando Moraes endureceu o regime de prisão da garçonete, ela protestou. “O que esperávamos era a liberdade, até porque é plenamente cabível e não vislumbraria outra alternativa”, afirmou a defensora à reportagem à época.

    Há cerca de 150 fugitivos dos ataques de 8 de Janeiro na Argentina. Lá, ao menos cinco estão presos pelas forças de segurança argentinas. Outros fugiram pelas Américas. O UOL apurou que eles estão em países como Chile, México e regiões da América Central. Nos EUA, duas mulheres permanecem detidas na Polícia de Imigração de Alfândega (ICE), outras duas já foram deportadas: Cristiane e Rosana Maciel.

    Moraes solta 1ª fugitiva do 8/1 deportada dos EUA por imigração ilegal

  • Cantora se sente mal durante show e perde o bebê

    Cantora se sente mal durante show e perde o bebê

    A artista portuguesa Cláudia Nayara, conhecida pelo público local no gênero romântico, sofreu um aborto durante apresentação em Lisboa. Grávida de risco devido à diabetes, ela esperava o filho Santiago. É a segunda perda gestacional da cantora, que já havia perdido uma filha em 2018

    A cantora portuguesa Cláudia Nayara, conhecida no país por seu trabalho no gênero popular romântico, vive um momento delicado após perder o bebê que esperava. A artista, que faria a estreia da maternidade com um menino chamado Santiago, sofreu um aborto durante um show realizado em Lisboa, no último domingo (14).

    Segundo comunicado da agência Gloua, que representa a cantora, Cláudia passou mal já no fim da apresentação e precisou deixar o palco. A equipe confirmou que a indisposição tratava-se de um aborto.

    A gestação já era considerada de risco, agravada pelo fato de Cláudia ter diabetes. Mesmo assim, a cantora optou por manter sua agenda de shows, justificando que não queria decepcionar o público que aguardava suas apresentações.

    “Cláudia Nayara vivia a doce expectativa da chegada do seu menino, Santiago. Infelizmente, a gravidez foi marcada por dificuldades, agravadas pela sua condição de diabetes. Muito se comentou sobre a possibilidade de Cláudia parar, mas ela não quis desiludir seu público. Entregou tudo nas mãos de Deus”, diz a nota oficial.

    De acordo com os representantes, a artista está fisicamente bem, mas profundamente abalada emocionalmente, e pediu compreensão neste momento. “Agora, mais do que nunca, ela precisa da energia do público, que é o que a faz feliz e lhe dá forças para continuar”, acrescenta o texto.

    Esta não foi a primeira perda gestacional de Cláudia Nayara. Em 2018, a cantora perdeu a filha Samantha, que morreu no oitavo mês de gestação devido a malformações provocadas por um tratamento contra tuberculose.

    Samantha era filha da relação de longa data de Cláudia com Bruno, com quem voltou a ficar noiva recentemente. Já a gravidez de Santiago foi fruto de outro relacionamento, e a cantora chegou a afirmar publicamente que não contava com o apoio do pai da criança.

    Cantora se sente mal durante show e perde o bebê

  • Inadimplência cai e derruba retomada de imóveis ao menor nível desde 2022

    Inadimplência cai e derruba retomada de imóveis ao menor nível desde 2022

    A Caixa Econômica reduziu em um terço o número de retomadas de imóveis no primeiro trimestre de 2025, registrando o menor patamar desde 2022. A queda está ligada à baixa inadimplência, ao mercado de trabalho aquecido e ao aumento das renegociações de contratos

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal, responsável por dois de cada três financiamentos imobiliários realizados no Brasil, reintegrou 8.762 imóveis no primeiro trimestre de 2025. O número 33,4% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (13.166 propriedades) se justifica pela redução da inadimplência dos contratos.

    Retomada de imóveis volta a cair no primeiro trimestre. O número de reintegrações é o menor para o mesmo período desde 2022 (812) e interrompe sequência de altas. Os dados obtidos pela reportagem via LAI (Lei de Acesso à Informação) mostram ainda que o valor total dos imóveis retomados somou R$ 1,15 bilhão, uma queda de 25,8% em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 1,55 bilhão).

    Cenário econômico favorável justifica os números. A taxa de desemprego no menor patamar da história e a evolução do ganho médio dos brasileiros são consideradas determinantes para a redução das reintegrações. “Essa queda [das retomadas] reflete o mercado de trabalho mais aquecido e a ampliação das renegociações com os bancos. As famílias conseguiram se reorganizar financeiramente”, diz Bruno Pira, especialista em mercado imobiliário.

    Ambiente favorável derrubou índice de inadimplência. O percentual de atrasos por mais de 90 dias para a quitação dos financiamentos da Caixa recuou para 1,19% ao longo de todo o ano passado. Segundo os balanços do banco estatal, a taxa é 0,43 ponto percentual inferior à registrada um ano antes. Ainda que tenha voltado a subir no primeiro trimestre de 2025, para 1,42%, o cenário não afeta as recuperações, normalmente realizadas após períodos mais longos sem os pagamentos.

    HISTÓRICO

    Queda das retomadas vem após volume recorde registrado em 2024. No acumulado do ano passado, a Caixa reintegrou 49.935 imóveis (o banco não informa quantos imóveis financiados fazem parte da carteira). A quantidade superou o recorde do ano anterior, marcado pela retomada de 39.591 unidades.

    Número de recuperações foi praticamente nulo durante a pandemia. No período da pandemia de Covid-19, o governo autorizou medidas para não prejudicar quem foi afetado financeiramente pela emergência de saúde. Pausas e reduções temporárias nas parcelas reduziram as recuperações no período, levando às baixas históricas no início da década.

    INCERTEZAS

    Aumento dos juros tem pouca influência no número de retomadas. Apesar de encarecer e dificultar novos financiamentos, a elevação da taxa Selic para 15% ao ano, o maior patamar desde 2006, não altera os pagamentos dos contratos já firmados com o banco. “Quem pega um empréstimo, mesmo que com juros altos, normalmente tem uma programação financeira, pelo menos para um curto prazo, e dificilmente deixa de honrar as primeiras parcelas”, avalia Marcelo Tapai, especialista em direito imobiliário.

    Juros mais altos levam a queda no número de novos financiamentos. Desde novembro do ano passado, foram adotadas regras mais restritivas para a liberação do crédito imobiliário no Brasil. As mudanças elevaram de 20% para 30% o percentual mínimo de entrada para a aquisição do imóvel. “Em alguns casos, o máximo que os compradores conseguem de financiamento é 50% do valor do bem”, ressalta Tapai.

    Carteira de crédito imobiliário da Caixa cresce em ritmo mais lento. Com as mudanças, o banco estatal firmou 164,2 mil contratos no primeiro trimestre deste ano, número 10,4% menor do que as assinaturas celebradas entre janeiro e março do ano passado. Como consequência, a carteira de crédito imobiliário da Caixa subiu 12,7%, de R$ 754,3 bilhões para R$ 850,4 bilhões, e registrou a evolução anual mais baixa desde o segundo trimestre de 2022 (12,4%).

    COMO FUNCIONA A RETOMADA

    Bancos podem notificar a inadimplência 15 dias após o atraso. O período é estipulado pela lei 9.514/97. Ainda assim, Lucas Bettim, especialista em direito imobiliário, afirma que a maioria dos bancos adota um intervalo de tolerância de até três parcelas em atraso antes de formalizar a notificação extrajudicial no cartório. “O intervalo constitui uma janela crítica para negociação antes do início oficial do processo de retomada”, explica.

    Prazo para a quitação integral da dívida varia em até 45 dias. Sem a quitação, o cartório assume o direito de transferir a propriedade em nome do credor, que assume o compromisso de direcionar o imóvel para ser leiloado em duas etapas: o primeiro para definir o lance mínimo do bem e, em seguida, ocorre um leilão com a adição do valor da dívida.

    “Entre a primeira parcela em atraso e a realização do segundo leilão, o prazo médio é de seis a oito meses, podendo variar conforme a agilidade do cartório e do credor. Em caso de judicialização, esse prazo se estende significativamente”, diz Lucas Bettim, especialista em direito imobiliário

    Especialistas afirmam que prazos podem ser flexibilizados. “Os procedimentos internos costumam demorar até que a instituição inicie efetivamente o processo de cobrança e leilão do bem”, destaca Tapai. Pira, por sua vez, entende que os juros altos abrem margem positiva para os clientes. “O valor presente do dinheiro permite um bom desconto, o que pode gerar condições vantajosas para quem busca comprar para morar, investir ou regularizar seu financiamento em atraso”, avalia.

    Os bancos costumam oferecer alternativas de renegociação para evitar a retomada, e o cliente tem sempre a possibilidade de fazer uma portabilidade caso a taxa diminua e outro banco tenha uma condição de taxa menor.Bruno Pira, especialista em mercado imobiliário

    Retomadas não ocorrem somente devido à inadimplência. Ainda que o atraso nas prestações represente a principal motivação, as recuperações também podem acontecer por outras razões. Entre elas, aparecem o uso do imóvel para uma finalidade diferente da contratada, a transferência da posse a terceiros sem autorização do credor, a falta de pagamento do IPTU ou seguros obrigatórios e a constatação de fraude na contratação. Segundo Bettim, as autorizações são determinadas em contrato e vale “sempre que a integridade da garantia estiver ameaçada”.

    Inadimplência cai e derruba retomada de imóveis ao menor nível desde 2022

  • Emmy 2025 é dominado por 'Adolescência' e 'O Estúdio'; veja todos os vencedores

    Emmy 2025 é dominado por 'Adolescência' e 'O Estúdio'; veja todos os vencedores

    O Emmy 2025 surpreendeu ao premiar estreantes como “The Pitt” e “O Estúdio”, que desbancaram favoritas veteranas. Com distribuição equilibrada entre HBO Max, Netflix e Apple TV+, a premiação refletiu um cenário menos concentrado e mais diverso na indústria do streaming

    (CBS NEWS) – Um clima de incerteza abateu o Emmy deste domingo (14) até seus minutos finais. Nenhum vencedor era garantido até ter seu nome lido por um dos apresentadores, o que se refletiu no surpreendente resultado de melhor série de drama para “The Pitt”, novata que desbancou as veteranas e fortes concorrentes “Ruptura”, “The Last of Us” e “The White Lotus”.

    Comédia também teve um caminho pouco claro nesta 77ª edição do mais importante prêmio americano de televisão e streaming. Muitos apostavam em “Hacks” como bicampeã, mas a melhor série do gênero foi outra estreante, “O Estúdio”. Grande vencedora da noite, a produção embolsou 13 prêmios, contando os recebidos no fim de semana passado, quando o Creative Arts Emmy adiantou categorias técnicas e secundárias.

    A única obviedade era a vitória de “Adolescência” em melhor minissérie. Mesmo assim, era difícil apostar que a obra dominaria a premiação, arrematando seis troféus na noite deste domingo e deixando apenas o de melhor atriz para a adversária “Pinguim”, com Cristin Milioti.

    Assim, este foi um Emmy mais pulverizado que aquelas antigas edições dicotômicas, em que HBO Max e Netflix batiam cabeça. A primeira plataforma é dona de “The Pitt”, enquanto a segunda, de “Adolescência”. Mas o Apple TV+, de “O Estúdio”, vem se firmando cada vez mais como lar de tramas consideradas “premium”, com alto valor de produção e aclamadas pela crítica.

    No placar geral, HBO Max -que ironicamente não parecia apostar muito em “The Pitt”, já que em seu lançamento não lhe destinou o selo “HBO”- ficou com nove dos prêmios da noite, enquanto Apple TV+ e Netflix levaram sete e seis, respectivamente.

    É um cenário menos concentrado e mais apaziguado que aquele de poucos anos atrás, quando falava-se muito numa “guerra do streaming”. As mudanças na indústria, aliás, foram o mote da esquete de abertura da cerimônia deste Emmy, à la “Saturday Night Live”, que fez troça a partir das transformações ao longo da história da televisão.

    Primeiro apresentador da noite, Stephen Colbert foi recepcionado com uma grande salva de palmas, com o público demonstrando solidariedade após o cancelamento de seu “The Late Show”, em condições obscuras e na esteira de críticas do presidente Donald Trump a seu programa. “Alguém está contratando?”, perguntou ele, brincando com a situação.

    Mais tarde, o apresentador recebeu o troféu de melhor talk show. Colbert subiu ao palco em meio a gritos efusivos. “Às vezes você só percebe que realmente ama algo quando está a ponto de perdê-lo, e eu nunca amei tanto o meu país”, disse. “Fiquem fortes, sejam corajosos e se o elevador tentar te levar para baixo, seja louco e soque o botão de um andar mais alto.”

    Já o anfitrião, Nate Bargatze, entregou um trabalho morno, tirando risadas tímidas do auditório e sem grandes ousadias -pelo lado bom, sem muitos momentos constrangedores, quando se ofende mais do que diverte. O comediante parecia pouco à vontade na estreia da função, com gaguejadas ocasionais. Mas se a performance de Bargatze não foi das melhores, houve muitas outras a serem celebradas.

    A começar por Jean Smart, que venceu sua quarta estatueta de melhor atriz de comédia por “Hacks” -uma para cada temporada da série. Sua coadjuvante, Hannah Einbinder, triunfou pela primeira vez, finalmente, em sua categoria. Seus pares masculinos foram Seth Rogen, o rosto e também a mente de “O Estúdio”, e Jeff Hiller, de “Alguém em Algum Lugar”, como coadjuvante.

    Em drama, Britt Lower e Tramell Tillman, de “Ruptura”, levaram como atriz principal e ator coadjuvante. Ator principal e atriz coadjuvante ficaram com Noah Wyle e Katherine LaNasa, por “The Pitt”.

    Em minissérie, além de Milioti, foram premiados Stephen Graham, Erin Doherty e Owen Cooper, como ator, atriz coadjuvante e ator coadjuvante em “Adolescência”. O último se tornou o mais jovem a triunfar na categoria, aos 15 anos de idade.

    No palco, não houve muita manifestação política. O único discurso mais incisivo foi o de Einbinder, que pediu que libertassem a Palestina e xingou o serviço de imigração americano, responsável por diversas deportações no atual governo Trump. Ela era uma das celebridades que portavam um pin pedindo cessar-fogo em Gaza.

    Visto aos montes no tapete vermelho, o acessório não passou de um item discreto. Por isso mesmo, Javier Bardem, ao desfilar rumo à premiação, fez questão de falar sobre o Film Workers for Palestine, grupo de artistas que se comprometeram a não trabalhar com instituições israelenses que acusam de estar “envolvidas no genocídio” em Gaza. “Libertem a Palestina”, bradou o indicado a melhor ator coadjuvante em minissérie, em frente às câmeras dos jornalistas.

    Confira, abaixo, a lista completa de indicados e os vencedores da noite, em destaque:

    DRAMA

    – Melhor série de drama
    ‘Andor’
    ‘A Diplomata’
    ‘The Last of Us’
    ‘Paradise’
    ‘The Pitt’ (VENCEDOR)
    ‘Ruptura’
    ‘Slow Horses’
    ‘The White Lotus’

    – Atriz em série de drama
    Kathy Bates, por ‘Matlock’
    Britt Lower, por ‘Ruptura’ (VENCEDORA)
    Sharon Horgan, ‘Bad Sisters’
    Bella Ramsey, por ‘The Last of Us’
    Keri Russell, por ‘A Diplomata’

    – Ator em série de drama
    Sterling K. Brown, por ‘Paradise’
    Gary Oldman, por ‘Slow Horses’
    Pedro Pascal, por ‘The Last of Us’
    Adam Scott, por ‘Ruptura’
    Noah Wyle, por ‘The Pitt’ (VENCEDOR)

    – Atriz coadjuvante em série de drama
    Patricia Arquette, ‘Ruptura’
    Carrie Coon, ‘The White Lotus’
    Katherine LaNasa, ‘The Pitt’ (VENCEDORA)
    Julianne Nicholson, ‘Paraíso’
    Parker Posey, ‘The White Lotus’
    Natasha Rothwell, ‘The White Lotus’
    Aimee Lou Wood, ‘The White Lotus’

    – Ator coadjuvante em série de drama
    Zach Cherry, ‘Ruptura’
    Walton Goggins, ‘The White Lotus’
    Jason Isaacs, ‘The White Lotus’
    James Marsden, ‘Paraíso’
    Sam Rockwell, ‘The White Lotus’
    Tramell Tillman, ‘Ruptura’ (VENCEDOR)
    John Turturro, ‘Ruptura’

    – Direção em série de drama
    ‘Andor’ (episódio ‘Who Are You?’)
    ‘The Pitt’ (episódio ‘6:00 P.M.’)
    ‘The Pitt’ (episódio ‘7:00 A.M.’)
    ‘Ruptura’ (episódio ‘Chikhai Bardo’)
    ‘Ruptura’ (episódio ‘Cold Harbor’)
    ‘Slow Horses’ (episódio ‘Hello Goodbye’) (VENCEDOR)
    ‘The White Lotus’ (episódio ‘Amor Fati’)

    – Roteiro de série de drama
    ‘Andor’ (episódio ‘Welcome to the Rebellion’) (VENCEDOR)
    ‘The Pitt’ (episódio ‘2:00 P.M.’)
    ‘The Pitt’ (episódio ‘7:00 A.M.’)
    ‘Ruptura’ (episódio ‘Cold Harbor’)
    ‘Slow Horses’ (episódio ‘Hello Goodbye’)
    ‘The White Lotus’ (episódio ‘Full-Moon Party’)

    COMÉDIA

    – Melhor série de comédia
    ‘Abbott Elementary’
    ‘O Urso’
    ‘Hacks’
    ‘Ninguém Quer’
    ‘Only Murders in the Building’
    ‘Falando a Real’
    ‘O Estúdio’ (VENCEDOR)
    ‘O que Fazemos nas Sombras’

    – Atriz em série de comédia
    Kristen Bell, por ‘Ninguém Quer’
    Quinta Brunson, por ‘Abbott Elementary’
    Uzo Aduba, ‘The Residence’
    Ayo Edebiri, por ‘O Urso’
    Jean Smart, por ‘Hacks’ (VENCEDORA)

    – Ator em série de comédia
    Adam Brody, por ‘Ninguém Quer’
    Seth Rogen, por ‘O Estúdio’ (VENCEDOR)
    Jason Segel, por ‘Falando a Real’
    Martin Short, por ‘Only Murders in the Building’
    Jeremy Allen White, por ‘O Urso’

    – Atriz coadjuvante em série de comédia
    Liza Colón-Zaya, ‘O Urso’
    Kathryn Hahn, ‘O Estúdio’
    Hannah Einbinder, ‘Hacks’ (VENCEDORA)
    Janelle James, ‘Abbott Elementary’
    Catherine O’Hara, ‘O Estúdio’
    Sheryl Lee Ralph, ‘Abbott Elementary’
    Jessica Williams, ‘Falando a Real’

    – Ator coadjuvante em série de comédia
    Ike Barinholtz, ‘O Estúdio’
    Colman Domingo, ‘As Quatro Estações do Ano’
    Harrison Ford, ‘Falando a Real’
    Jeff Hiller, ‘Alguém em Algum Lugar’ (VENCEDOR)
    Ebon Moss-Bachrach, ‘O Urso’
    Michael Urie, ‘Falando a Real’
    Bowen Yang, ‘SNL’

    – Direção em série de comédia
    ‘O Urso’ (episódio ‘Napkins’)
    ‘Hacks’ (episódio ‘A Slippery Slope’)
    ‘Mid-Century Modern’ (episódio ‘Here’s To You, Mrs. Schneiderman’)
    ‘The Rehearsal’ (episódio ‘Pilot’s Code’)
    ‘O Estúdio’ (episódio ‘The Oner’) (VENCEDOR)

    – Roteiro de série de comédia
    ‘Abbott Elementary’ (episódio ‘Back To School’)
    ‘Hacks’ (episódio ‘A Slippery Slope’)
    ‘The Rehearsal’ (episódio ‘Pilot’s Code’)
    ‘Somebody Somewhere’ (episódio ‘AGG’)
    ‘O Estúdio’ (episódio ‘The Promotion’) (VENCEDOR)
    ‘O Que Fazemos nas Sombras’ (episódio ‘The Finale’)

    MINISSÉRIE

    – Melhor minissérie
    ‘Adolescência’ (VENCEDOR)
    ‘Black Mirror’
    ‘Morrendo por Sexo’
    ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’
    ‘Pinguim’

    – Atriz em minissérie ou filme para a TV
    Cristin Milioti, por ‘Pinguim’ (VENCEDORA)
    Meghann Fahy, ‘As Sereias’
    Michelle Williams, por ‘Morrendo por Sexo’
    Cate Blanchett, por ‘Disclaimer’
    Rashida Jones, ‘Black Mirror’

    – Ator em minissérie ou filme para a TV
    Colin Farrell, por ‘Pinguim’
    Stephen Graham, por ‘Adolescência’ (VENCEDOR)
    Jake Gyllenhaal, ‘Acima de Qualquer Suspeita’
    Brian Tyree Henry, por ‘Ladrões de Drogas’
    Cooper Koch, por ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’

    – Ator Coadjuvante em Minissérie ou Filme para TV
    Owen Cooper, ‘Adolescência’ (VENCEDOR)
    Javier Bardem, ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’
    Ashley Walters, ‘Adolescência’
    Rob Delaney, ‘Morrendo por Sexo’
    Bill Camp, ‘Acima de Qualquer Suspeita’
    Peter Sarsgaard, ‘Acima de Qualquer Suspeita’

    – Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Filme para TV
    Erin Doherty, ‘Adolescência’ (VENCEDORA)
    Christine Tremarco, ‘Adolescência’
    Deirdre O’Connell, ‘Pinguim’
    Chloë Sevigny, ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’
    Jenny Slate, ‘Morrendo por Sexo’
    Ruth Negga, ‘Acima de Qualquer Suspeita’

    – Direção em minissérie
    ‘Adolescência’ (VENCEDOR)
    ‘Morrendo por Sexo’ (episódio ‘It’s Not That Serious’)
    ‘Pinguim’ (episódio ‘Cent’anni’)
    ‘Pinguim’ (episódio ‘A Great or Little Thing’)
    ‘Sereias’ (episódio ‘Exile’)
    ‘Dia Zero’

    – Roteiro de minissérie
    ‘Adolescência’ (VENCEDOR)
    ‘Black Mirror’ (episódio ‘Common People’)
    ‘Morrendo por Sexo’ (episódio ‘Good Value Diet Soda’)
    ‘Pinguim’ (episódio ‘A Great or Little Thing’)
    ‘Não Diga Nada’ (episódio ‘The People in the Dirt’)

    VARIEDADES

    – Melhor reality de competição
    The Amazing Race
    RuPaul’s Drag Race
    Survivor
    Top Chef
    The Traitors (VENCEDOR)

    – Melhor série de variedades roteirizada
    Last Week Tonight with John Oliver (VENCEDOR)
    Saturday Night Live

    – Melhor programa especial de variedades
    The Apple Music Super Bowl LIX Halftime Show Starring Kendrick Lamar
    Beyoncé Bowl
    The Oscars
    SNL50: The Anniversary Special (VENCEDOR)
    SNL50: The Homecoming Concert

    – Melhor roteiro de série de variedades
    The Daily Show
    Last Week Tonight with John Oliver (VENCEDOR)
    Saturday Night Live

    – Melhor talk show
    The Daily Show
    Jimmy Kimmel Live!
    The Late Show with Stephen Colbert (VENCEDOR)

    Emmy 2025 é dominado por 'Adolescência' e 'O Estúdio'; veja todos os vencedores

  • Claudia Raia se retrata após confusão com espectador em peça com audiodescrição

    Claudia Raia se retrata após confusão com espectador em peça com audiodescrição

    Claudia Raia pediu desculpas após repreender por engano um espectador com baixa visão que usava audiodescrição durante sua peça em São Paulo. O caso gerou debate sobre inclusão e reforçou a importância de ampliar a acessibilidade no teatro brasileiro

    (CBS NEWS) – Neste domingo (14), Claudia Raia, 58, usou as redes sociais para esclarecer um mal-entendido ocorrido durante a peça “Cenas da Menopausa”, na noite anterior, no Teatro Claro Mais SP, na Vila Olímpia. A atriz teria chamado a atenção de um espectador com baixa visão, sem saber que ele estava utilizando o recurso de audiodescrição por meio de um aplicativo no celular.

    “Gente, foi uma situação bem chata e eu entendi errado. Não fui avisada sobre a audiodescrição e chamei a atenção do rapaz”, explicou Claudia. “Me retratei com o querido Rodolfo e me comprometi a usar essa situação para reforçar que a audiodescrição é um recurso cada vez mais moderno e essencial para a acessibilidade. É importante sempre trazer esse assunto à tona. Mais uma vez, peço desculpas.”

    Rodolfo, criador de conteúdo para pessoas com mobilidade reduzida e baixa visão, em parceria com Monique, havia detalhado horas antes sua primeira experiência com teatro acessível usando audiodescrição via aplicativo. Segundo ele, Claudia Raia o chamou a atenção durante a interação com a plateia, pedindo que ele tirasse os olhos do celular, retirasse os fones de ouvido e ainda o lembrou que estava em um teatro.

    “Foi bem constrangedor, porque as pessoas inicialmente julgaram que eu estava sendo desrespeitoso com os atores”, relatou Rodolfo em suas redes sociais.

    Segundo ainda o responsável pelo perfil Popcórnea, o ator Jarbas de Mello percebeu que Claudia não havia notado a sua deficiência e tentou contornar a situação explicando que ele estava usando audiodescrição. Rodolfo lamentou o ocorrido e destacou: “É tão importante ampliar o acesso das pessoas ao teatro, que já é restrito em nosso país. Esse episódio mostra algo maior: a inclusão ainda é uma cortina que insiste em se fechar, não só no teatro, mas na vida em sociedade.”

    Procurado pela reportagem, Rodolfo afirmou ter conversado com Claudia Raia neste domingo e que o mal-entendido foi esclarecido. “Aceitamos de coração o pedido de desculpas”.

    Claudia Raia se retrata após confusão com espectador em peça com audiodescrição

  • Fator mais importante para investir é o medo, não o risco, diz estudo

    Fator mais importante para investir é o medo, não o risco, diz estudo

    Economistas Rob Arnott e Edward McQuarrie defendem que o medo, e não o risco, é o principal fator que guia investidores e define preços de ativos. A tese desafia décadas de teoria dominante e reacende o debate sobre emoções no mercado financeiro

    (FOLHAPRESS) – Os economistas Rob Arnott e Edward F. McQuarrie riem com gosto quando perguntados sobre a reação ao seu último trabalho publicado. Foi a pior possível.

    “Foi como se nos dissessem: como vocês ousam fazer uma coisa dessas?”, se diverte Arnott, fundador do Research Affiliates, empresa de consultoria financeira.

    O sucesso de público (dentro dos padrões de uma pesquisa econômica) compensou, para eles, a revolta dos críticos. São cerca de 4.000 downloads.

    A tese dos dois pesquisadores é uma proposta para mudar o paradigma para avaliar valores de ativos e de investimentos. O mais importante não seria a teoria de quanto maior o risco, maior a recompensa. O fator determinante, segundo eles, é o medo.

    Arnott e McQuarrie, professor emérito da Universidade de Santa Clara, nos Estados Unidos, são autores do estudo “Fear, not risk, explains asset pricing” (Medo, não risco, explica precificação de bens).

    “O risco simplesmente não é uma ferramenta eficiente para fazer o que se propõe. Mas é cômodo [para ser utilizado por consultores e economistas] porque é mensurável. Medo é outra coisa. É bem mais difícil”, afirma McQuarrie.

    A teoria do risco é a forma mais popular de precificação de ativos pela percepção de que as pessoas exigem compensação financeira para abrir mão da segurança de um investimento considerado mais conservador.

    A partir da década de 1950, pesquisadores como Harry Markowitz e William Sharpe desenvolveram o embasamento da teoria de risco, o CAPM (Capital Asset Pricing Model). Ele mostrava como risco e retorno se relacionavam. A tese passou a ser ensinada nas principais escolas de economia e se tornou dominante.

    Por questionarem este método, Arnott e McQuarrie afirmam terem encontrado silêncio na comunidade acadêmica após a publicação do trabalho.

    “Isso não nos surpreendeu em nada”, diz Arnott.

    “CAPM é uma medida incompleta para medir risco e retorno. Representa fé, não é ciência. Como pode uma teoria que tem sido de forma tão repetida contrariada por dados empíricos ser vista ainda como a melhor representação científica do comportamento humano?”, questiona McQuarrie.

    A teoria dos dois pesquisadores é que o foco para medir o valor do ativo é o investidor, não o investimento. O seu comportamento, os seus sentimentos são mais determinantes no preço de um bem do que o cálculo do risco.

    Dentro disso, dois receios se sobressaem e são centrais na tese de Arnott e McQuarrie: o medo de perder (FOL, fear of loss, em inglês) e o medo de ficar de fora (FOMO, fear of missing out, em inglês). São as duas sensações que guiariam de verdade as ações de investidores.

    “Medo é a resposta com o poder de motivar e guiar a ação humana. É o fator central”, diz Arnott.

    “A teoria do risco delineia o investimento racional sob a luz da matemática, mas ignora as confusões das emoções humanas e falha para entender a história. Quando você percebe isso, o medo surge como conceito poderoso”, afirma o estudo.

    O texto tem a ideia de colocar fatores humanos além da questão matemática, de algo mensurável, como faz a teoria do risco. O valor do ativo seria determinado, na verdade, pelo equilíbrio entre o medo de perder dinheiro e o medo de ficar de fora de um investimento que pode oferecer um retorno superior.

    Eles defendem ser uma bobagem querer colocar uma pecha de racionalidade no mercado financeiro.

    “O mercado é irracional. Vernon Smith ganhou o Nobel de Economia [em 2022], em parte, por demonstrar que escolhas irracionais podem criar bolhas e desastres, mesmoem mercado em que todos os participantes sabem que o preço está maior ou menor que o valor real”, afirma o documento dos economistas.

    Isso seria explicado não pelo risco, dizem, mas pelo medo de ficar de fora.

    “Um homem de economia puramente racional não existe () O medo entra no pensamento porque a teoria do risco faz um trabalho medíocre explicando dados de avaliação de preços”, completa o texto.

    Os pesquisadores consideram que o estudo é um chamado para que outros economistas e estudiosos se debrucem sobre o tema para tentar chegar a um modelo matemático.

    “Quem sabe até ganhar o Nobel de Economia com isso”, pensa Arnott.

    É um pedido para despertar a curiosidade, outro sentimento humano, e ir além da matemática. Porque, lembram, medo é autoconhecimento.

    “Nós nos conhecemos melhor do que qualquer pessoa”, define McQuarrie, lembrando que isso é decisivo na definição de valor de um bem ou investimento.

    É também uma mudança de paradigma. Risco remete à coragem. O medo tem o estigma da fraqueza. Não é uma imagem que o mercado financeiro deseja passar.

    “Mas é a verdadeira”, finaliza Rob Arnott.

    Fator mais importante para investir é o medo, não o risco, diz estudo

  • Lula fala em orgulho do STF após condenação de Bolsonaro e pede diálogo com Trump em artigo no NYT

    Lula fala em orgulho do STF após condenação de Bolsonaro e pede diálogo com Trump em artigo no NYT

    Lula rebate sanções de Trump em artigo no NYT, defende STF pela condenação de Bolsonaro e afirma que democracia e soberania brasileiras não estão em negociação, classificando como políticas e infundadas as acusações usadas pelos EUA para justificar sobretaxas.

    (CBS NEWS) – O presidente Lula (PT) afirmou, em artigo ao jornal The New York Times publicado neste domingo (14), que deseja manter um diálogo “aberto e franco” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas que está orgulhoso do STF (Supremo Tribunal Federal) pela decisão que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado e que “são infundadas” as acusações contra o Brasil.

    “Presidente Trump, permanecemos abertos a negociar tudo que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e soberania do Brasil não estão na mesa de discussão”, afirmou Lula, no artigo escrito em inglês.

    O artigo, segundo Lula, é uma resposta do Brasil às tarifas extras de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. A publicação, porém, ocorre justamente logo após o STF condenar Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão pela trama golpista. O governo americano ameaça novas sanções ao Brasil por causa do julgamento, com a alegação de que houve perseguição política.

    O presidente diz que examinou com atenção o argumento comercial e que é não “apenas equivocado, mas também ilógico”, já que há superávit na balança comercial em prol dos americanos. “A falta de racionalidade econômica por trás dessas medidas deixa claro que a motivação da Casa Branca é política”, escreve Lula.

    Segundo o presidente, o governo americano usa as tarifas e a Lei Magnitsky para buscar impunidade para o ex-presidente “que orquestrou uma tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro de 2023, numa tentativa de subverter a vontade popular expressa nas urnas”.

    Ele também cita planos para assassiná-lo, ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi relator dos processos contra Bolsonaro pela trama golpista.

    “Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal do Brasil por sua decisão histórica na última quinta-feira, que protege nossas instituições e o Estado democrático de direito. Isso não foi uma “caça às bruxas”. O julgamento resultou de um processo conduzido de acordo com a Constituição de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar”, afirma o presidente brasileiro.

    O presidente ainda rebate no artigo outras acusações do governo Trump para aplicar sanções comerciais ao Brasil, como a de que a regulação das redes sociais visa censurar a liberdade de expressão no país.

    Lula diz que esse argumento é “desonesto” e que a atuação brasileira busca “a proteção de nossas famílias contra fraudes, desinformação e discurso de ódio”. “A internet não pode ser uma terra sem lei, onde pedófilos e agressores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes”, afirma.

    No artigo, ele também defende o Pix, por permitir a inclusão financeira de milhões de cidadãos e empresas. O meio de pagamento faz parte de uma investigação comercial aberta pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil, em apuração no USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA).

    Para Lula, são “infundadas” as alegações de suposta falha na aplicação das leis ambientais. Ele afirma no artigo que o Brasil reduziu a taxa de desmatamento na Amazônia à metade nos dois anos do seu governo -mas que a redução das emissões de gases de efeito estufa depende também de que outros países façam a sua parte.

    O petista declara ainda que quando os Estados Unidos “viram as costas a uma relação de mais de 200 anos”, como a mantida com o Brasil, “todos perdem”, e afirmou que duas grandes nações devem ser capazes de se respeitar e de cooperar, “pelo bem dos brasileiros e dos americanos”.

    No artigo, Lula diz concordar com a ideia de levar empregos de volta aos Estados Unidos e promover a reindustrialização. Ambas, afirma, são motivações legítimas, e ver a Casa Branca ” finalmente reconhecer os limites do chamado Consenso de Washington” confirma a posição brasileira, acrescenta.

    O Consenso de Washington é um conjunto de políticas econômicas defendidas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo Banco Mundial nos anos 1990 para países em desenvolvimento, que envolvia privatizações, corte de gastos públicos, desregulação da economia e liberação do comércio internacional. O objetivo era combater o endividamento desses países e sucessivas crises econômicas.

    “Quando, no passado, os Estados Unidos levantaram a bandeira do neoliberalismo, o Brasil alertou para seus efeitos nocivos”, diz o brasileiro no artigo.

    Apesar dessa defesa, Lula critica o uso de ações unilaterais e chama de “remédio errado” as tarifas impostas por Trump e defende o multilateralismo.
    Lula ainda defende que os Estados Unidos tiveram ganho na balança comercial com o Brasil de 410 bilhões de dólares em 15 anos e que 75% das importações feitas pelos brasileiros de produtos e serviços americanos são isentas de tarifas, como petróleo, gás natural e aeronaves.

    Lula fala em orgulho do STF após condenação de Bolsonaro e pede diálogo com Trump em artigo no NYT

  • Esquerda vê caminho aberto para Tarcísio e teme interferência de Trump após condenação de Bolsonaro

    Esquerda vê caminho aberto para Tarcísio e teme interferência de Trump após condenação de Bolsonaro

    Condenação de Bolsonaro abre espaço para Tarcísio na disputa presidencial e gera alerta no governo Lula sobre ofensiva internacional de Donald Trump, com risco de sanções econômicas e possível interferência nas eleições de 2026

    (CBS NEWS) – Aliados de Lula (PT) e integrantes do governo federal apontam que a condenação de Jair Bolsonaro (PL) deixa o caminho aberto para uma candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), contra o petista em 2026.

    Pessoas próximas a Lula também avaliam que o julgamento deve levar o governo Donald Trump, nos Estados Unidos, a impor uma nova ofensiva contra o Brasil e temem uma interferência do país na eleição do ano que vem.

    Para auxiliares do presidente, a pavimentação da rota de Tarcísio rumo à candidatura ao Planalto se deu a partir dos movimentos feitos pelo governador de São Paulo nos dias que antecederam a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Tarcísio se reuniu com lideranças para defender a votação de anistia a envolvidos na trama golpistas e criticou diretamente o tribunal.

    Governistas avaliam que Tarcísio cumpriu um roteiro traçado com o próprio Bolsonaro, em busca de apoio à sua campanha ao Palácio do Planalto. Os dois conversaram durante uma visita recente do governador ao ex-presidente. Nos dias seguintes, o centrão ampliou a defesa do nome de Tarcísio como candidato.

    Em reuniões, o próprio Lula vem repetindo que Tarcísio será o candidato do centrão no ano que vem. Ele chega a ressaltar uma mudança no comportamento do governador, que se mostrou disposto a parcerias com o governo federal nos primeiros anos de seu mandato. Um aliado do presidente diz acreditar que, daqui por diante, ele não participará mais de atos ao lado de Lula.

    Diante desse cenário, petistas dizem que o governador passará a nacionalizar cada vez mais seu discurso e que é preciso atuar para desgastar a imagem de Tarcísio.

    Os sinais de consolidação da candidatura dele fizeram com que o PT mudasse a estratégia para São Paulo, por exemplo. Na última semana, o partido decidiu levar à TV uma campanha com críticas ao governador, em uma inserção produzida exclusivamente para o estado. No restante do país, a propaganda petista foi destinada à exaltação do governo Lula.

    No ano que vem, a disputa nacional vai influenciar a estratégia do governo para a eleição paulista. O PT quer montar uma chapa forte para o Palácio Bandeirantes e as duas vagas de São Paulo para o Senado. A ideia é montar um palanque que dê sustentação à campanha de Lula no estado.

    Além dos nomes do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Fernando Haddad (Fazenda), a ministra Simone Tebet (Planejamento) é lembrada para a disputa, no caso dela, para o Senado.

    Sem Tarcísio no pleito estadual, aliados de Lula avaliam que Alckmin teria chances de ser, mais uma vez, eleito governador. Haddad também é mencionado para a vaga, embora venha descartando a hipótese.

    Aliados de Lula também dizem que, com a condenação e a aceleração das articulações em torno de Tarcísio, o PT deve analisar os impactos sobre suas alianças para 2026.

    Auxiliares do presidente entendem que dificilmente partidos do centrão hoje com o petista deverão apoiar sua reeleição. O esforço será para atrair parte das lideranças desses partidos e evitar que eles se aliem formalmente à candidatura adversária.

    Além disso, com a condenação de Bolsonaro, petistas e aliados do governo no Congresso reconhecem o risco de aumento da pressão para que o projeto da anistia avance no Legislativo.

    No Palácio do Planalto, a orientação é contra essa proposta e a favor de um empenho para que o tema não seja levado ao plenário diante da avaliação que hoje haveria votos suficientes para que ele fosse aprovado.

    Esses aliados também dizem que é preciso trabalhar para que a pauta do Congresso não fique paralisada nesse meio tempo, mirando a aprovação de um pacote de medidas sociais que possam ajudar o petista na reeleição.

    Há ainda uma avaliação de integrantes do governo e do próprio presidente da República de que a aprovação da anistia representaria uma vitória do governo dos Estados Unidos, num momento em que Donald Trump lança uma ofensiva contra o Brasil e impõe sobretaxa de 50% a produtos brasileiros.

    Para aliados de Lula, a condenação de Bolsonaro deve levar a gestão Trump a impor novas sanções ao país e a autoridades brasileiras. Há um temor em relação à amplitude dessa ofensiva americana, sobretudo com o receio de interferência nas eleições do próximo ano.

    Um petista diz que, diferentemente das outras eleições, há possibilidades de 2026 conter um fator de internacionalização da disputa, com ofensiva de Trump para garantir um aliado na Presidência.

    Esse petista diz que é preciso reforçar as relações internacionais, buscar outros parceiros comerciais e tentar blindar o debate de regulação das big techs, assunto que tem a oposição frontal da gestão do republicano.

    Por trás de todos os cálculos políticos, aliados de Lula vêm reforçando a avaliação de que o resultado do julgamento no STF, com a condenação de Bolsonaro e generais à prisão, pode ser considerado uma vitória histórica, ao mostrar que uma tentativa de golpe contra as instituições foi punida.

    Esquerda vê caminho aberto para Tarcísio e teme interferência de Trump após condenação de Bolsonaro

  • Nintendo revela primeiro trecho do segundo filme de 'Super Mario'; veja

    Nintendo revela primeiro trecho do segundo filme de 'Super Mario'; veja

    Durante o Nintendo Direct, a empresa revelou que a continuação de “Super Mario Bros. O Filme” terá como base o clássico do Wii, mas com referências a outros jogos da franquia. Chris Pratt, Charlie Day, Anya Taylor-Joy e Jack Black retornam ao elenco

    A Nintendo aproveitou a mais recente transmissão do Nintendo Direct para anunciar novidades sobre a sequência de “Super Mario Bros. O Filme”, lançado em abril de 2023.

    O novo longa se chamará “The Super Mario Galaxy Movie” e, embora seja inspirado no jogo “Super Mario Galaxy”, lançado para o Wii em 2007, também trará referências a outros títulos da franquia.

    O estúdio confirmou o retorno de Chris Pratt, Charlie Day, Anya Taylor-Joy e Jack Black nos papéis de Mario, Luigi, Peach e Bowser. O criador da série, Shigeru Miyamoto, também participará novamente da produção.

    A estreia mundial de “The Super Mario Galaxy Movie” está marcada para abril de 2026, e o primeiro teaser já foi divulgado.

    Nintendo revela primeiro trecho do segundo filme de 'Super Mario'; veja

  • Nikolas Ferreira tenta cassar visto de Felipe Neto e briga com famosos

    Nikolas Ferreira tenta cassar visto de Felipe Neto e briga com famosos

    O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) passou o fim de semana em embates nas redes sociais com Felipe Neto, Whindersson Nunes, Pedro Certezas e o cantor Júnior. O parlamentar chegou a sugerir o cancelamento de vistos para os EUA e lançou ataques pessoais contra os artistas

    O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) passou o fim de semana trocando farpas com celebridades em seu perfil no Twitter. Entre os alvos estiveram Felipe Neto, Whindersson Nunes, o cantor Júnior e o influenciador Pedro Certezas.

    As motivações variaram. Em relação a Felipe Neto e Whindersson Nunes, Nikolas disse querer acionar a embaixada dos Estados Unidos para tentar cancelar os vistos dos dois. No caso de Felipe Neto, que atualmente está no país, o deputado pediu a seus seguidores que marcassem a embaixada em postagens críticas do youtuber ao governo norte-americano.

    A provocação a Felipe desencadeou a resposta de Whindersson Nunes, que ironizou a postura do parlamentar. O humorista escreveu que era “patético” um deputado ter como missão tentar impedir Felipe Neto de entrar nos EUA. Nikolas rebateu com ataques pessoais, publicando uma foto de Vitão e insinuando que o comediante havia “perdido” para o cantor por causa do namoro com Luísa Sonza. Whindersson reagiu em tom de deboche e sugeriu um ménage, ao que Nikolas respondeu mencionando sua família e afirmando que tinha apenas 16 anos na época da foto.

    Já em relação a Pedro Certezas, Nikolas declarou que pretende impedir que o influenciador obtenha visto para os Estados Unidos e, assim, não possa acompanhar a Copa do Mundo de 2026.

    Outro alvo foi o cantor Júnior, que durante show no festival The Town gritou “anistia é o c***”. Nikolas rebateu dizendo: “Gritar sem anistia é fácil… difícil é saber quem você é sem a Sandy”.

    Nikolas Ferreira tenta cassar visto de Felipe Neto e briga com famosos