Donald Trump anunciou que pretende “pausar permanentemente” a entrada de imigrantes de países que chama de “terceiro mundo”, retirar benefícios de não cidadãos e revisar Green Cards de 19 nações. Criticou Biden, defendeu “migração reversa” e associou imigração a criminalidade e pressão sobre serviços públicos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender medidas rígidas contra a imigração e fez novos anúncios polêmicos na madrugada desta sexta-feira (28). Em uma série de publicações nas redes sociais, o republicano afirmou que pretende “pausar permanentemente” a entrada de imigrantes vindos de países que ele descreve como “terceiro mundo”, sem indicar quais nações seriam afetadas.
“Vou pausar permanentemente a imigração de todos os países do terceiro mundo para permitir que o sistema dos EUA se recupere totalmente”, escreveu Trump. Ele ainda declarou que planeja retirar benefícios e subsídios concedidos a não cidadãos que já vivem no país. Segundo o presidente, sua intenção é “desnaturalizar imigrantes que minam a tranquilidade doméstica e deportar qualquer estrangeiro que seja um encargo público, risco à segurança ou incompatível com a Civilização Ocidental”.
As declarações vieram acompanhadas de críticas ao governo Biden. Trump afirmou que milhões de imigrantes teriam sido admitidos ilegalmente durante a gestão anterior e prometeu reverter todas essas autorizações, incluindo aquelas que, segundo ele, teriam sido aprovadas por meio de “Autopen”.
O republicano também voltou a defender o que chama de “migração reversa”, que, de acordo com ele, seria a única forma de resolver o que descreve como problemas sociais relacionados à chegada de estrangeiros. Nas mensagens, Trump ampliou os ataques a comunidades específicas de imigrantes, além de criticar governadores, prefeitos e parlamentares democratas, associando imigração a criminalidade, pressão sobre serviços públicos e deterioração urbana.
Na quinta-feira (27), Trump já havia pedido a revisão dos Green Cards concedidos a cidadãos de 19 países: Afeganistão, Chade, Congo, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Irã, Iêmen, Líbia, Mianmar, Somália, Sudão, Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela. O Green Card é o documento que garante residência permanente nos Estados Unidos, permitindo trabalhar, viver no país e futuramente solicitar cidadania.
As novas declarações de Trump surgem após a morte de uma integrante da Guarda Nacional, ferida em um ataque ocorrido perto da Casa Branca na quarta-feira (26). Dois soldados foram baleados na ocasião, e um deles permanece em estado grave.

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