Autor: REDAÇÃO

  • Brasil é um dos piores parceiros e Bolsonaro sofre tentativa de execução política, diz Trump

    Brasil é um dos piores parceiros e Bolsonaro sofre tentativa de execução política, diz Trump

    Trump também afirmou que não há preocupação sobre a aproximação comercial do Brasil e do México com a China

    WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (13) que o Brasil é um parceiro comercial ruim, tem leis ruins e promove uma execução política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “O Brasil tem sido um parceiro comercial horrível em termos de tarifas. Como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que cobrávamos deles. Na verdade, praticamente não cobramos nada”, afirmou Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.

    Ao ser questionado, Trump também afirmou que não há preocupação sobre a aproximação comercial do Brasil e do México com a China.

    “Mas eles [o Brasil] também nos trataram muito mal como parceiros comerciais por muitos anos. Um dos piores. Um dos piores países do mundo nesse sentido. Eles cobravam tarifas enormes e tornavam tudo muito difícil. Então agora estão sendo cobrados com tarifas de 50%, e não estão felizes, mas é assim que as coisas são”, afirmou.

    O Brasil, no entanto, registra déficit na relação comercial com os EUA há 17 anos -ou seja, os americanos mais vendem que compram.

    Nos dados parciais de 2025, a vantagem americana é de US$ 1,6 bilhão. O Brasil exporta principalmente commodities e produtos primários -como petróleo bruto, café e bens de ferro e aço. Já as importações de itens americanos ao Brasil têm no topo componentes de aeronaves.

    O comentário foi feito após Trump dizer que o Brasil tem leis ruins e repetir que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro é um bom homem.

    “E o Brasil tem algumas leis muito ruins acontecendo. Eles pegaram um presidente e o colocaram na prisão ou estão tentando prendê-lo. E eu conheço esse homem, e vou te dizer: eu sou bom em avaliar as pessoas. Acho que ele é um homem honesto, e acho que o que fizeram… Isso é uma… Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com o Bolsonaro. Acho isso terrível.”

    Brasil é um dos piores parceiros e Bolsonaro sofre tentativa de execução política, diz Trump

  • Saiba o que dizem réus da trama golpista em alegações finais ao STF

    Saiba o que dizem réus da trama golpista em alegações finais ao STF

    Defesas afirmam que não há provas de que seus clientes participaram

    Os oito réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, já entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais na ação penal que tem como alvo o núcleo um da trama golpista. O grupo é composto pelos que foram apontados pela Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República como os líderes da conspiração que visava reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, governasse.   

    O prazo para as últimas manifestações se encerrou nesta quarta-feira (13), quando sete dos oito réus entregaram suas defesas por escrito. Um deles, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teve que entregar as alegações finais antes, por ser delator da trama. 

    A legislação criminal prevê que os réus não delatores têm o direito de sempre se manifestarem por último, para que possam ter pleno conhecimento de tudo que são acusados antes de preparar a própria defesa.  Pela mesma razão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, como titular da denúncia formal, foi o primeiro a entregar as alegações finais no caso, ainda em julho. 

    O PGR pediu a condenação de todos os acusados por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado da União. 

    A exceção é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Com base no argumento de imunidade parlamentar, ele obteve de seus pares, em votação na Câmara, a suspensão do processo em relação aos crimes supostamente cometidos após a diplomação. 

    Todos os réus negam os crimes e pedem a absolvição de todas as acusações. Em geral, os advogados optaram por não se aprofundar na contestação da existência de uma trama golpista em si, focando em vez disso na afirmação de que, se existiu algum plano antidemocrático, seu cliente não está envolvido. 

    O caso agora deve ser julgado pelos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal: o relator, Alexandre de Moraes;Cristiano Zanin;Luiz Fux;Cármen Lúcia;e Flávio Dino. 

    Não há prazo definido para que o processo seja pautado por Zanin, presidente da Primeira Turma. O ato depende da liberação da ação para julgamento pelo relator. É possível que o caso seja julgado a partir de setembro.  

    Confira abaixo o que disse a defesa de cada um dos oito réus da ação penal 2668, que têm como alvo o “núcleo crucial” da trama golpista. 

    Jair Bolsonaro

    Notícias ao Minuto [Jair Bolsonaro]©Getty Images  

    Em 197 páginas, a equipe de advogados de Bolsonaro, liderada pelos criminalistas Celso Vilardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, chamou a acusação feita por Gonet de “absurda” e “golpe imaginado”. 

    Os defensores insistiram na falta de provas que pudessem colocar o ex-presidente inequivocamente no centro da trama golpista. 

    A defesa não negou, por exemplo, o depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército que relatou ter alertado Bolsonaro a não assinar nenhum ato que representasse uma ruptura com a ordem democrática. Os advogados afirmaram, contudo, que nada foi além de “cogitação” e “brainstorm”. 

    “Ao fim, e conforme será adiante demonstrado, estas conversas – ou “brainstorm”, para usar a descrição da principal testemunha da acusação – não passaram, quando muito, de cogitação. Não existe prova que retire o tema deste espaço distante e dissociado de qualquer ato de execução”, diz a defesa. 
    A defesa de Jair Bolsonaro também pediu a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente que deu detalhes sobre a trama. Um dos pontos contestados, por exemplo, diz respeito à existência de um plano para assassinar Moraes. 

    “O texto que previa apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes também não existe; nunca foi encontrado”, escreveu a defesa. Bolsonaro, na verdade, determinou a transição de governo, e não um golpe, sustentaram os advogados, concluindo que “não há como condenar Bolsonaro com base na prova produzida nos autos”.

     

    Walter Braga Netto

    Notícias ao Minuto [Walter Braga Netto]© Reuters

    A defesa do general da reserva do Exército Walter Braga Netto negou a participação dele em qualquer plano golpista e também atacou a delação de Cid, afirmando que o ex-ajudante de ordens foi “obrigado a mentir”. Além de ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Braga Netto foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro derrotada nas eleições de 2022.

    Em diversos trechos, a defesa chama Cid de mentiroso, rebatendo afirmações do tenente-coronel e afirmando que o general Braga Netto não tinha conhecimento sobre nenhum plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” nem entregou dinheiro para a condução de qualquer planejamento golpista. 

    “Não há, para além da palavra de um delator reconhecidamente mentiroso, qualquer elemento de prova que demonstre que o Gen. Braga Netto tenha tomado ciência, elaborado ou financiado qualquer operação clandestina com intuito golpista”, diz a peça. 

    Anderson Torres

    Notícias ao Minuto [Anderson Torres]© Getty  

    Os advogados do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pediram a absolvição, afirmando que ele não cometeu nenhum crime. Torres ocupou o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro e era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal durante os atentados do 8 de janeiro.

    A defesa rebateu, por exemplo, que uma “minuta de golpe” encontrada na casa de Torres durante operação da Polícia Federal, uma das principais provas da acusação, possa ser considerada como prova. Segundo os advogados de Torres, a suposta minuta é um texto “apócrifo” e que só não foi descartado por descuido. 

    “O texto afrontava os pressupostos constitucionais do Estado de Defesa, não fazia sentido jurídico e jamais poderia ser levado a sério por qualquer jurista. Sua presença isolada, sem atos subsequentes de circulação, deliberação ou articulação, não autoriza qualquer presunção de dolo”, dizem as alegações finais da defesa. 

    Os advogados também buscaram afastar a omissão de Torres durante os atos de 8 de janeiro de 2023, quando ele era responsável pela segurança pública no DF e apoiadores de Bolsonaro invadiram e deprederam as sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

    Augusto Heleno

    Notícias ao Minuto [Augusto Heleno]© Reuters  

    Para a defesa, as provas colhidas durante a instrução do processo “afastam qualquer hipótese de protagonismo” na trama golpista do general da reserva do Exército Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

    “Uma análise detida dos fatos narrados na denúncia revela que a conduta do general Heleno, então Ministro do GSI, foi meramente acessória e periférica em relação ao núcleo organizacional, não havendo elementos que indiquem relevância causal de sua atuação para o êxito da empreitada criminosa”, afirmou a defesa. 

    Os advogados defenderam que há falta de provas sobre o envolvimento de seu cliente e pediram a absolvição por todos os crimes imputados, afirmando ainda ser “leviana” qualquer associação de Heleno com a organização dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.  

    Notícias ao Minuto [Alexandre Ramagem]© Marcos Oliveira/Agência Senado  

     

    A defesa do deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem negou que ele tenha ordenado o monitoramento ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

    Os advogados pediram a absolvição de Ramagem, afirmando não haver provas de que ele tenha ordenado o uso da infraestrutura da Abin em prol dos objetivos de um plano golpista. Para a defesa, se houve ato ilegal por parte de algum funcionário da agência, a responsabilidade não pode ser atribuída ao então diretor. 

    “Alexandre Ramagem não pode ser responsabilizado por cada ato praticado no âmbito da Abin durante sua gestão, com base no simples fato de que era o diretor-geral do órgão, salvo se se admitisse eventual responsabilização por culpa”, dizem as alegações finais. 

    Almir Garnier

    Notícias ao Minuto [Almir Garnier]© Agência Brasil / Valter Campanato  

    Nas alegações finais, a defesa do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, negou que ele tenha colocado tropas à disposição de Bolsonaro e pediu a absolvição do ex-comandante da Marinha. 

    Os advogados apontaram para o que seriam contradições entre os depoimentos do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do brigadeiro Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica. Os comandantes das outras duas forças militares à época apontaram Garnier como entusiasta de uma ruptura institucional. 

    “Perceba-se que apenas Baptista Júnior afirma que Garnier teria colocado tropas à disposição. Freire Gomes, que estava presente nas reuniões, afirmou apenas que ele teria se colocado ‘com o presidente’, porém no sentido de respeito hierárquico”, indicou a defesa. Tal contradição deve “ser resolvida a favor do réu”. 

    Mauro Cid

    Notícias ao Minuto [Mauro Cid]© Getty Images

    Ainda em 29 de julho, quando apresentou suas alegações finais, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pediu a absolvição do delator da trama golpista. Na peça, os advogados de Cid o colocam como um observador, testemunha dos fatos delatados, mas não partícipe de crimes.

    Caso seja negada a absolvição, a defesa pediu o reconhecimento sobre a efetividade da delação premiada de Cid para o esclarecimento da trama golpista. Em troca, os advogados pedem que ele seja condenado a uma pena mínima de dois anos. 

    “Pondere-se que dentro de um quadro de dezenas de acusados, ninguém teve a coragem de Mauro Cid. Isolou-se, perdeu aqueles que considerava seus amigos, a convivência em sociedade, o exercício de sua profissão, foi e continua sendo taxado de traidor”, diz a defesa. 

    Paulo Sergio Nogueira

    Notícias ao Minuto [Paulo Sergio Nogueira]© Getty  

    A defesa do general Paulo Sergio Nogueira, que também foi ministro da Defesa de Bolsonaro, pediu a absolvição dele e afirmou que o militar, na verdade, atuou “ativamente” contra o golpe de Estado. 

    Os advogados de Nogueira afirmaram que ele aconselhava Bolsonaro e afirmava ao ex-presidente que nada poderia ser feito diante do resultado das eleições e que era contrário a adoção de qualquer medida de exceção.

    “Consoante extrai-se da prova dos autos, o general Paulo Sérgio é manifestamente inocente tendo atuado ativamente para evitar a realização de um golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, disse a defesa.

    Saiba o que dizem réus da trama golpista em alegações finais ao STF

  • 'Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, vou procurar outros países', diz Lula

    'Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, vou procurar outros países', diz Lula

    Durante discurso em Pernambuco, presidente criticou tarifaço de Trump, mas disse que seus ministros estão abertos para a mesa de negociação

    CURITIBA, PR E GOIANA, PE (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) voltou a criticar nesta quinta-feira (14) o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump e disse que não vai ficar chorando.

    “Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, rastejando, vou procurar outros países e vamos seguir em frente. Eu aprendi a andar de cabeça erguida. Quero que este país seja respeitado. Se eu respeito o povo americano, ele tem que respeitar o povo brasileiro”, disse Lula.

    “Nós vamos ajudar as empresas. Não vamos deixar morrerem às mínguas. E também não vamos ficar chorando porque ele parou de comprar, não. Vamos vender para a China, para Índia, para a Rússia, para a Alemanha, para qualquer lugar. Em apenas dois anos e meio, nós abrimos 400 mercados. Ontem começamos a vender carne e miúdos para as Filipinas, que não compravam nada de nós”, continuou o petista.

    O discurso foi feito durante a cerimônia de inauguração da Fábrica de Hemoderivados da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte pernambucana.

    Ao final, apesar das críticas ao tarifaço, Lula afirmou que seus ministros seguem abertos ao diálogo. “E nós ainda queremos negociar. Tenho Alckmin [Indústria e Desenvolvimento], Haddad [Fazenda], Fávaro [Agricultura], Mauro Vieira [Relações Exteriores]. Todo mundo preparado para negociar. [Na] Hora que eles quiserem negociar, nós sentamos numa mesa”, afirmou ele.

    O presidente classificou o tarifaço como “uma insensatez com o Brasil”, ressaltando a relação histórica com os EUA. “Nós somos parceiros deles há 200 anos, nossa relação diplomática é muito antiga. Não é de hoje”, apontou ele.

    Também lembrou que os EUA teve superávit no comércio com o Brasil e que Trump mente. “Não conte inverdade para o planeta Terra. Este país não quer guerra, nós somos da paz. Mas não mexa com a gente, porque nós temos sangue pernambucano”, continuou.

    “Ele tem que saber que quem manda nesse país é o povo brasileiro. Tem uns vira-latas que fica falando ‘nossa, como esse Lula está falando bravo’. Não, eu falo igualzinho para Bolívia o que eu falo para os americanos. Eu não sou daqueles que fala fino com os americanos e fala grosso com a Bolívia. Eu trato todo mundo igual”, disse o presidente.

    Além de Goiana, Lula tem outras duas agendas em Pernambuco nesta quinta-feira. À tarde, ele visita um hospital particular no Recife, onde deve fazer anúncios no âmbito do programa Agora Tem Especialistas, e também participa da entrega de títulos de regularização fundiária em Brasília Teimosa, na zona sul do Recife.

    Segundo o governo federal, a nova planta industrial da Hemobrás vai produzir, a partir do plasma humano, medicamentos de alto custo, como Albumina, Imunoglobulina e Fatores de Coagulação VIII e IX, usados no tratamento de queimados graves, pacientes de UTIs, hemofilias, doenças raras e em grandes cirurgias. O investimento foi de R$ 1,9 bilhão.

    'Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, vou procurar outros países', diz Lula

  • Motta diz que pode pautar medidas para proteger deputados de investigações

    Motta diz que pode pautar medidas para proteger deputados de investigações

    Presidente da Câmara afirma que foro, como é hoje, limita recursos no Judiciário

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, nesta quinta-feira (14), que pode levar para a votação do plenário da Casa medidas que protejam os deputados de investigações diante do que ele classificou de exageros por parte do Judiciário.
    Ao tratar das chamadas prerrogativas parlamentares, ele mencionou casos de colegas investigados por crimes de opinião.

    “Será discutido e, havendo um ambiente para ir à pauta, pode sim ser pautado. Muitos parlamentares, diante dessa confusão institucional que o país está passando, [estão] sendo investigados por crimes de opinião. Isso acaba gerando internamente um ambiente em que essas prerrogativas possam ser rediscutidas”, disse em entrevista à GloboNews.

    “Hoje tem, sim, um ambiente de discussão acerca dessas prerrogativas pelos exageros que a Câmara, os parlamentares, entendem que têm, infelizmente, acontecido. [] Realmente, internamente, há muito incômodo com decisões que foram tomadas recentemente”, completou.

    Motta afirmou que não há um projeto definido nesse sentido, mas disse que a discussão envolve o modelo adotado até 2001 e que estava previsto no texto original da Constituição de 1988 -de que os parlamentares só possam ser investigados com autorização do Legislativo.

    Já em relação ao fim do foro privilegiado, medida defendida por deputados bolsonaristas com a intenção de livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu acusado de golpismo, do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), Motta disse ter “preocupação”.

    “Acho que tem que saber qual é o texto, qual é o objetivo? […] Isso não pode trazer uma sensação de que a Câmara está procurando impunidade”, ressaltou.

    Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara afirmou que os deputados, por serem julgados nas turmas do STF, têm menos possibilidade de recursos do que um cidadão comum, que só cumpriria pena após uma decisão de órgão colegiado na Justiça.

    “O cidadão comum tem duas instâncias. Hoje você ter foro [privilegiado], você não tem duas instâncias, você só tem uma. Parece que ter foro privilegiado é ter uma série de vantagens. Hoje não há essas vantagens todas.”

    A discussão sobre as prerrogativas parlamentares, assim como o fim do foro e a anistia aos acusados de golpismo, emergiu a partir do motim de deputados bolsonaristas que tomou conta do plenário na semana passada.

    Essas três medidas são as defendidas pela oposição -os bolsonaristas chegaram a anunciar um acordo com partidos do centrão para que o fim do foro fosse levado ao plenário nesta semana, mas Motta, ao definir a pauta, deixou o tema de fora.

    “Como é que um acordo pode ser válido se o presidente da Casa, que é quem tem o poder de pauta, não participou? Até onde eu sei, o poder da pauta é exercido por mim”, disse Motta na entrevista.

    Anunciado pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o acordo foi intermediado pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-PI), o que desmoralizou Motta. Nesta quinta, o presidente fez questão de ressaltar que não cedeu aos amotinados ou a Lira.

    “Eu não estou negociando essa minha prerrogativa [de definir a pauta da Casa] com o ex-presidente Arthur, a quem respeito, tenho relação de amizade, nem com qualquer líder”, disse.

    “Eu não deleguei ao presidente Arthur ele fazer acordo por mim, eu não deleguei ao líder Sóstenes fazer acordo por mim. E não pactuei nenhum acordo relacionado à pauta para retomar a normalidade dos trabalhos. É importante que isso fique claro. Tanto é que essas pautas todas que foram ditas que seriam pautadas nessa semana, eu pergunto: foram pautadas? Não foram.”

    Como fez em outras entrevistas ao longo da semana, Motta voltou a dizer que não há clima na Casa para aprovar o que os bolsonaristas chamam de “anistia ampla, geral e irrestrita”, que abrangeria Bolsonaro.

    O presidente da Câmara reforçou que seria difícil “anistiar quem planejou matar pessoas” e disse que a discussão até agora se limitou aos presos do 8 de Janeiro.

    Ele também repetiu que discorda da atitude do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem feito campanha nos EUA para que Donald Trump pressione autoridades brasileiras a livrar Bolsonaro, o que culminou no tarifaço.

    “Quero registrar a nossa completa discordância com essas atitudes, porque penso que elas trazem prejuízos consideráveis para pessoas, empresas e para a economia do país”, disse.

    Motta diz que pode pautar medidas para proteger deputados de investigações

  • Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas

    Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas

    Sediada em Rochester, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos, a Kodak declarou ter US$ 155 milhões em caixa e equivalentes de caixa em 30 de junho, dos quais US$ 70 milhões estavam mantidos nos EUA

    A Eastman Kodak Company alertou que pode encerrar suas operações, após 133 anos em atividade, devido às dívidas. “A Kodak tem dívidas que vencem em 12 meses e não tem financiamento comprometido ou liquidez disponível para cumprir tais obrigações, caso vençam nos termos atuais”, informou a companhia em um documento regulatório. “Essas condições levantam dúvidas substanciais sobre a capacidade da Kodak de continuar como uma empresa em atividade.”

    Sediada em Rochester, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos, a Kodak declarou ter US$ 155 milhões em caixa e equivalentes de caixa em 30 de junho, dos quais US$ 70 milhões estavam mantidos nos EUA.

    Em um comunicado divulgado na terça-feira, 12, a companhia afirmou que a linguagem de “continuidade” no seu documento regulatório é uma exigência formal, já que a dívida vence dentro de 12 meses após a publicação.

    “A Kodak está confiante de que será capaz de pagar uma parte significativa de seu empréstimo a prazo bem antes do vencimento e alterar, prorrogar ou refinanciar nossa dívida restante e/ou obrigações de ações preferenciais”, declarou a empresa.

    No ano passado, a Kodak anunciou que encerraria seu plano de renda de aposentadoria para pagar dívidas, de acordo com o The Wall Street Journal.

    O diretor financeiro da Kodak, David Bullwinkle, disse em comunicado na segunda-feira, 11, que a companhia espera saber até sexta-feira, 15, como cumprirá suas obrigações de pagar todos os participantes do plano de pensão e prevê concluir a reversão até dezembro.

    Popularização da fotografia

    Fundada por George Eastman em 1880, a Eastman Kodak Company é reconhecida por popularizar a fotografia no início do século XX e tornou-se mundialmente conhecida por suas câmeras Brownie e Instamatic, além das icônicas caixas de filme amarelas e vermelhas.

    A empresa perdeu espaço primeiramente para a concorrência japonesa e, depois, pela incapacidade de acompanhar a transição da tecnologia analógica para a digital. Em 2012, entrou com pedido de recuperação judicial, após enfrentar o avanço da fotografia digital, o aumento da dívida e a intensificação da competição no setor.

    Para se manter, a Kodak vendeu diversos negócios e patentes, além de fechar a unidade de fabricação de câmeras que a consagrou. Um ano depois, recebeu aprovação para seu plano de deixar a supervisão judicial e buscava se reinventar como uma companhia menor, voltada à impressão comercial e de embalagens.

    Atualmente, a empresa está concluindo uma fábrica para produzir medicamentos regulamentados. Ela já atua na fabricação de matérias-primas essenciais não regulamentadas para a indústria farmacêutica, e a produção na nova instalação deve começar ainda este ano.

    Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas

  • STF cita ameaça de big techs a soberania e dá vitória a governo em ação sobre Cide-Royalties

    STF cita ameaça de big techs a soberania e dá vitória a governo em ação sobre Cide-Royalties

    O tribunal considerou constitucional a legislação de 2001 que ampliou o rol de remessas ao exterior tributadas pela contribuição Cide-Royalties, antes restrita a operações de transferência de tecnologia

    (FOLHAPRESS) – A necessidade de o país aumentar os investimentos em tecnologia, especialmente no cenário atual de dependência em relação às big techs americanas, ajudou o governo a vencer uma disputa tributária no STF (Supremo Tribunal Federal).

    O tribunal considerou constitucional a legislação de 2001 que ampliou o rol de remessas ao exterior tributadas pela contribuição Cide-Royalties, antes restrita a operações de transferência de tecnologia. A corte, no entanto, reforçou que a União deve aplicar integralmente os recursos no apoio à inovação tecnológica.

    O contexto envolvendo a questão das big techs, que atuaram como parte interessada no julgamento, visando restringir o alcance do tributo, e o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil fez parte do pano de fundo do discurso dos ministros do STF.

    A análise sobre a constitucionalidade da cobrança de 10% de Cide (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) sobre remessas ao exterior, também conhecida como Cide-Royalties, Cide-Remessas ou Cide-Tecnologia, era uma das maiores discussões tributárias analisadas pelo tribunal, com impacto estimado de R$ 19,6 bilhões para o governo em valores cobrados nos últimos cinco anos.

    O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, destacou explicitamente a influência do argumento sobre a importância do tributo para o país como um dos determinantes do seu voto.

    “Essa é a área em que o país mais precisa investir, de modo que, também por esse argumento extrajurídico ou parajurídico, eu não veria com simpatia a redução do espectro desta legislação, a menos que afronte a Constituição, o que não parece ser o caso.”

    O ministro Gilmar Mendes disse que a dependência de muitos países das grandes empresas de tecnologia criou uma espécie de “neocolonialismo digital”.

    “Isso é extremamente sensível: você não ter o desenvolvimento tecnológico adequado e, por isso, sofrer muitas vezes as diatribes, agressões e até, eu diria, talvez, extorsão, chantagem”, afirmou o ministro ao defender a aplicação do dinheiro na área.

    Ele afirmou que o discurso da soberania passa por um tipo de independência no âmbito da tecnologia, citando que uma parte significativa das transações bancárias entre o Brasil e o exterior passa por satélites do sistema da Amazon. “Na crise que se vive, esse tipo de dependência é extremamente sério.”

    “Essa foi uma das razões pelas quais eu insisti precisamente na [questão da] destinação”, afirmou o relator do caso, ministro Luiz Fux, ao concordar com a posição do colega.

    O julgamento de uma ação sobre o tema teve início em maio. Houve uma nova rodada de discussões na semana passada, mas a análise do caso só foi concluída nesta quarta (13). O resultado do julgamento será aplicado a ações semelhantes no Judiciário brasileiro (repercussão geral).

    O caso concreto em análise no STF se refere à Scania Latin America, mas também atuam no caso como partes interessadas advogados da Petrobras e das principais associações do setor de tecnologia, que representam empresas como Meta, Google e Amazon.

    As empresas questionaram a constitucionalidade da contribuição, a tributação de vários tipos de remessas e suposto desvio na aplicação dos recursos, mas foram vencidas nas duas primeiras questões.

    Fux defendeu restringir a cobrança a remessas associadas à transferência de tecnologia estrangeira. Ele foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia e pelos ministros André Mendonça e Dias Toffoli.

    O voto vencedor foi proferido pelo ministro Flávio Dino, que foi acompanhado pela maioria dos colegas do tribunal para manter as regras atuais de tributação. Na questão da destinação obrigatória dos recursos, houve unanimidade entre os 11 ministros.

    A Cide-Royalties responde por 74% da arrecadação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e é, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a principal fonte de financiamento do fundo.

    Thaís Noveletto, especialista da área tributária, do escritório Barbosa Prado Advogados, afirma que, mais uma vez, o STF deu mais peso a questões políticas e econômicas em sua decisão.

    “O curioso foram os argumentos levados ao plenário para decisão sobre o tema, que privilegiaram o novo cenário global”, diz a tributarista. “Novamente, a controvérsia transcende os fundamentos jurídicos da causa, como bem destacou o voto do ministro Dias Toffoli, ao tratar da referibilidade, e concentrou-se em uma análise econômica e política da matéria.”

    Fernanda Pazello, sócia na área tributária de TozziniFreire Advogados, diz que a decisão abre um precedente e dá liberdade à União para criar contribuições que tributarão fatos não necessariamente atrelados a suas finalidades. “Ao relativizar uma das principais características das contribuições, que é da referibilidade, concede uma carta em branco ao governo federal.”

    Guilherme Peloso Araujo, sócio do Carvalho Borges Araujo Advogados, diz que a decisão segue a “infeliz tendência de redução dos requisitos constitucionais para instituição das contribuições”.

    A Cide foi criada no começo dos anos 2000 para tributar apenas remessas ao exterior para remunerar a transferência de tecnologia, mas a legislação foi alterada para tributar também remessas para pagamento de serviços técnicos e administrativos.

    Os recursos devem ser destinados a programas de pesquisa científica e tecnológica, mas as empresas alegam que o dinheiro tem sido utilizado para outras finalidades, o que o governo nega.

    O caso da Scania envolve a cobrança sobre um contrato de transferência de tecnologia com a matriz na Suécia. A montadora tentava reverter uma decisão desfavorável em segunda instância sobre o tema.

    Newton Domingueti, sócio do Velloza Advogados, afirma que a decisão chancela a cobrança de uma contribuição de intervenção no domínio econômico sobre uma base extremamente ampla e que não necessariamente está relacionada à transferência de tecnologia, como direitos autorais, o que se assemelha mais a um imposto.

    Domingueti também afirma que o STF se contradiz ao justificar o reconhecimento da constitucionalidade com base em uma obrigatória destinação da verba ao setor de tecnologia, pois, em inúmeras situações, a Corte entendeu que a efetiva destinação do valor arrecadado não está afeito ao direito tributário e sim às regras orçamentárias do Poder Executivo.

    STF cita ameaça de big techs a soberania e dá vitória a governo em ação sobre Cide-Royalties

  • Conab: 11ª previsão da safra 2024/25 indica recorde de 345,23 milhões de toneladas

    Conab: 11ª previsão da safra 2024/25 indica recorde de 345,23 milhões de toneladas

    Produção de grãos no Brasil deve atingir 345,23 milhões de toneladas na safra 2024/25, segundo a Conab, impulsionada por aumento da área plantada e recuperação da produtividade, com destaque para milho, soja, algodão e arroz, que registram volumes históricos

    A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 deve alcançar 345,23 milhões de toneladas, representando novo recorde na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), superando a safra 2022/23 (320,91 milhões de toneladas). Se comparado com o volume obtido na safra passada 2023/24, o resultado representa uma alta de 16%, de 47,7 milhões de toneladas e também é 1,6% (5,59 milhões de t) maior ante a previsão anterior, do mês passado. Os dados fazem parte do 11º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira, 14, pela Conab.

    Segundo a estatal, o aumento é influenciado pela maior área cultivada no País, com uma alta de 2,5% (81,9 milhões de hectares) e, principalmente, pela recuperação da produtividade média nacional das lavouras, saindo e 3.722 quilos por hectare em 2023/24 para 4.214 quilos por hectare na temporada 2024/25.

    A Conab explicou que a produtividade recorde do milho e da soja contribuem para o bom resultado esperado, que juntos representam aproximadamente 43,4 milhões de toneladas, sendo em torno de 21,5 milhões de toneladas o crescimento do milho e cerca de 21,9 milhões de toneladas o incremento da soja.

    No caso do milho, a expectativa é de uma colheita total de aproximadamente 137,01 milhões de toneladas, a maior já registrada na série histórica da Companhia, aumento de 18,6% ante o ano passado (115,50 milhões t). Apenas na segunda safra do grão, são esperados 109,57 milhões de toneladas, aumento de 21,7% em comparação com 2023/24 (90,06 milhões de t.) conforme a Conab, a colheita da segunda safra de milho já alcança 83,7% da área cultivada, como aponta o Progresso de Safra, aproximando-se da média dos últimos anos, que foi de 84,3%. Em Mato Grosso, principal estado produtor do cereal, a colheita se encaminha para a finalização com uma produção estimada de 53,55 milhões de toneladas, o que representa 49% da produção total do milho segunda safra no país.

    A soja tem produção estimada nesta temporada em 169,66 milhões de toneladas, 14,8% superior à da safra de 2023/24 (147,74 milhões de t). Os investimentos dos produtores na cultura, a partir da oferta de crédito via Plano Safra, aliado às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras, justificam a produção recorde da oleaginosa no País, disse a Conab.

    Para o algodão, outra importante cultura de segunda safra, a previsão é de um novo recorde na produção, com 3,93 milhões de toneladas da pluma, aumento de 6,3% ante 2023/24 (3,70 milhões de t). A boa produtividade média das lavouras e o ganho de 7,3% na área semeada da cultura influenciam no crescimento de 6,3% na atual safra da fibra. A Conab destacou que a colheita continua em ritmo mais lento que a média dos últimos 5 anos, atingindo 39% da área. \”As chuvas e o frio fora de época nos meses de junho e julho, retardaram o processo de maturação, alterando o ciclo de desenvolvimento da cultura. A expectativa é que ao longo do mês de agosto os produtores compensem o ritmo convergindo o porcentual a ser colhido convergindo, em setembro, para os índices das médias históricas para o período\”, relatou.

    A Conab também estima uma boa produção para o arroz, com uma colheita de 12,32 milhões de toneladas, que corresponde a um aumento de cerca de 1,7 milhão de toneladas em relação à safra anterior, ou 16,5%. \”Esse crescimento é resultado da expansão de 8,8% na área semeada e das condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor\”, argumentou a Conab.

    Já para o feijão, a estimativa da Conab é de uma queda na produção de 3,5% em relação ao ciclo anterior, alcançando 3,09 milhões de toneladas somadas as 3 safras do grão ante 3,20 milhões de t em 2023/24. \”No segundo ciclo da leguminosa, as condições climáticas desfavoráveis registradas no Paraná, um dos principais estados produtores, afetaram a qualidade do grão, bem como o rendimento das lavouras. Para a terceira safra de feijão também é esperada uma redução na colheita\”, explicou a Conab.

    Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Mesmo com uma previsão de queda de 16,7% na área semeada, estimada em 2,55 milhões de hectares, a Conab espera uma produção próxima à estabilidade, podendo atingir 7,81 milhões de toneladas, leve queda de 1% ante 2024 (7,89 milhões de t). \”As condições climáticas, até agora, são melhores que a ocorrida na safra anterior, o que justifica a um volume colhido semelhante ao registrado em 2024\”, concluiu.

    Conab: 11ª previsão da safra 2024/25 indica recorde de 345,23 milhões de toneladas

  • Marina Silva promete engajar diálogos para manter vetos à lei do licenciamento

    Marina Silva promete engajar diálogos para manter vetos à lei do licenciamento

    Dos 400 dispositivos aprovados pelos parlamentares, 63 foram vetados. Entre os pontos barrados estão a licença autodeclaratória para atividades de potencial médio de poluição e a retirada do regime de proteção da Mata Atlântica

    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirma que o governo trabalha de forma ativa para convencer o Congresso Nacional a manter os vetos feitos na nova lei do licenciamento ambiental. “Entendo que conseguimos fazer intermediação correta que assegura que a proteção ambiental e a integridade do licenciamento sejam preservados”, disse durante o Bom Dia, Ministra, programa de entrevista do governo com participação de veículos de imprensa de diferentes regiões do País.

    A nova lei foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada.

    Dos 400 dispositivos aprovados pelos parlamentares, 63 foram vetados. Entre os pontos barrados estão a licença autodeclaratória para atividades de potencial médio de poluição e a retirada do regime de proteção da Mata Atlântica.

    Para Marina Silva, o diálogo com o Congresso tem o potencial de demonstrar que os vetos favorecem a proteção do meio ambiente, mas também os investimentos e desenvolvimento. “Ter cuidado na hora de fazer um empreendimento não significa ser contra um empreendimento”, afirmou.

    Para a ministra, o governo atendeu às principais inovações propostas por deputados e senadores.

    Sobre a manutenção da Licença Ambiental Especial (LAE), uma das inovações consideradas mais polêmicas, Marina Silva disse que da forma que havia sido proposta, não estava em acordo com critério de ganhar agilidade sem perder qualidade. “Uma lei não pode ser de encomenda para aquele ou esse empreendimento”, afirmou.

    A ministra afirmou que o dispositivo já existe na prática, podendo o governo definir empreendimentos prioritários. “A diferença será o prazo de 12 meses para análise.”

    Para Marina Silva, os efeitos das mudanças climáticas estão se acentuando de forma acelerada, o que cobra cautela. “Essa situação só vai se agravar se tirarmos regramentos que protegem a floresta, que protegem da mudança do clima e que nos ajudarão a ser uma potência agrícola, mas também a potência hídrica e ambiental que nós somos”, disse.

    Marina Silva promete engajar diálogos para manter vetos à lei do licenciamento

  • Justiça afasta prefeito de São Bernardo por suspeita de corrupção

    Justiça afasta prefeito de São Bernardo por suspeita de corrupção

    Marcelo Lima (Podemos) foi afastado por um ano por decisão judicial após investigação da PF sobre propina e contratos irregulares. Um empresário e um servidor foram presos, e o primo do prefeito também é alvo de buscas

    O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado de suas funções por um ano nesta quinta-feira (14) em decorrência de uma operação da Polícia Federal que investiga suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro na prefeitura. A ação resultou na prisão de um empresário e de um servidor público.

    A investigação teve seu início no mês passado, quando a Polícia Federal apreendeu R$ 14 milhões em posse de um servidor que, segundo a corporação, atuava como operador financeiro do prefeito. As autoridades apontam indícios de propina em contratos públicos nas áreas de obras, saúde e manutenção.

     
     Prefeito usará tornozeleira eletrônica
     

    Embora a Justiça tenha negado o pedido de prisão preventiva de Marcelo Lima, o juiz responsável pelo caso determinou seu afastamento do cargo e o uso de tornozeleira eletrônica. O equipamento será instalado após o cumprimento de um mandado de busca na residência do político.

    A operação da PF também teve como alvo o vereador Danilo Lima Ramos (Podemos), que é presidente da Câmara Municipal e primo do prefeito, além do suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB).

     

    Justiça afasta prefeito de São Bernardo por suspeita de corrupção

  • Leilão da Caixa oferece mais de mil imóveis com até 52% de desconto

    Leilão da Caixa oferece mais de mil imóveis com até 52% de desconto

    São 665 apartamentos, 380 casas, sete imóveis comerciais ou industriais e 36 terrenos anunciados pelo país. Destaca-se a região Sudeste com o maior número de opções de imóveis (484), seguida pelo Nordeste (216), Centro-Oeste (205), Sul (169) e Norte (14)

    (FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal terá, em agosto e setembro, leilões que ainda oferecem 1.088 imóveis com até 52% de desconto em todo o país. As principais oportunidades estão concentradas no Rio de Janeiro (210) e em São Paulo (205), mas também se destacam Goiás (143), Rio Grande do Sul (79) e Bahia (73).

    Para participar do edital de agosto, os interessados devem se cadastrar no site www.fidalgoleiloes.com.br e buscar, na página inicial, o edital 0038/2025. No caso de setembro, trata-se de uma nova etapa do edital de julho, o 0028/2025, com os imóveis que ainda não foram arrematados. Também é preciso fazer um cadastro prévio no site www.caixa.gov.br/imoveiscaixa para gerar o boleto de pagamento.

    Há possibilidade de financiar e usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A Caixa afirma que não envia diretamente o boleto das propostas, e que o arrematante deve pagar os valores exclusivamente no site indicado.

    São 665 apartamentos, 380 casas, sete imóveis comerciais ou industriais e 36 terrenos anunciados pelo país. Destaca-se a região Sudeste com o maior número de opções de imóveis (484), seguida pelo Nordeste (216), Centro-Oeste (205), Sul (169) e Norte (14).

    Entre os imóveis do Sudeste, na capital paulista, um apartamento localizado no Jardim Gilda Maria, com 41,56 m², dois quartos, sala, cozinha e banheiro é oferecido com lance inicia de R$ 131.017,78 (com 40% de desconto no segundo leilão) no lote 551/0038.

    Ainda na cidade, no bairro Pirituba, um apartamento de 34,12 m² tem lance inicial de R$ 168.959,74 (com desconto de 37% no segundo leilão) no lote 558/0038. Na zona leste, especificamente no Jardim Danfer, um galpão de 835 m² de área total sai a partir de R$ 1.283.952,52 no lote 493/0028.

    No interior paulista, em São José do Rio Preto, é possível arrematar um apartamento de 39,3 m², com dois quartos e vaga de garagem, por R$ 81.320,81 no lote 481/0028. Na cidade de Sertãozinho, um apartamento de 39,3 m², sai por R$ 88.287,82 no lote 505/0028.

    No Nordeste, em Fortaleza (CE), um apartamento de 47,91 m² com dois quartos, dois banheiros, sala, cozinha e uma vaga de garagem sai a partir de R$ 106.667,03 no lote 50/0028. Em Maceió (AL), um apartamento de 42,46 m² é leiloado por R$ 94.815,14 no primeiro lote do edital de setembro, já com 41% de desconto.

    Por fim, no Sul, o certame traz um apartamento localizado em Porto Alegre (RS), com 40,02 m², por R$ 61.552,35 no lote 416/0028.

    Todas as datas mencionadas terão lotes disponíveis nos estados de Alagoas (7), Amazonas (5), Bahia (73), Ceará (20), Distrito Federal (20), Espírito Santo (8), Goiás (143), Maranhão (19), Mato Grosso do Sul (23), Mato Grosso (31), Minas Gerais (61), Pará (7), Paraíba (25), Paraná (64), Pernambuco (29), Piauí (5), Rio de Janeiro (210), Rio Grande do Norte (23), Rio Grande do Sul (79), Santa Catarina (26), São Paulo (205), Sergipe (15) e Tocantins (2).

    COMO PARTICIPAR DO LEILÃO DA CAIXA?

    É preciso fazer um cadastro na plataforma Fidalgo Leilões. No momento de escolher um login, é importante não fornecer nenhum dado sensível, como email ou nome completo, já que se trata de uma informação que ficará visível a outros usuários.

    1 – Acesse o site www.fidalgoleiloes.com.br
    2 – Clique em “Cadastre-se”
    3 – Escolha o perfil “pessoa física” ou “pessoa jurídica”
    4 – Preencha os dados e insira os arquivos necessários
    5 – Aceite o termo de adesão e salve o cadastro

    Será preciso aguardar a análise dos dados por parte do leiloeiro, que deverá enviar um email de confirmação ao usuário cadastrado. Após esse período, será possível habilitar-se para participar do leilão.

    1 – Na página inicial da Fidalgo Leilões, encontre o edital 0038/2025, para agosto, ou o 0028/2025, para setembro
    2 – Acesse “Habilite-se aqui” ou “Habilite-se para o leilão”
    3 – Leia o edital e clique em “Aceitar e enviar”
    4 – Receba o email com instruções para se cadastrar no site da Caixa

    Quando estiver habilitado, o usuário poderá acessar o “Auditório virtual” de ambos os editais, escolher os lotes desejados e clicar em “Enviar lance”, atentando-se ao valor do lance inicial, do lance atual e ao incremento mínimo necessário.

    CALENDÁRIO DO LEILÃO
    Primeiro leilão de agosto (valor da avaliação) – 18 de agosto, às 10h
    Segundo leilão de agosto (bens com até 40% de desconto) – 21 de agosto, às 10h
    Licitação aberta (bens com até 52% de desconto) – 2 de setembro, às 10h

    COMO COMPRAR A CASA PRÓPRIA EM UM LEILÃO?
    1º Passo: Cadastro no site do leilão
    – Confira com a Junta Comercial do seu estado se o leiloeiro está devidamente credenciado
    – O cadastro nada mais é do que encaminhar os seus dados pessoais para análise
    – Para evitar cair em golpe, fique atento ao domínio do site, que tem de terminar com “.com.br”
    – Desconfie de sites com erros de ortografia e terminando com somente “.com” ou o “.net”
    – Leiloeiros e empresas gestoras de leilões não utilizam o WhatsApp e nenhuma outra rede social, como Facebook e Instagram, para fazer negociações ou receber lances

    2º passo: Solicitação para participar dos leilões
    – É hora de escolher o tipo de lote (casas, apartamentos, terrenos, fazendas, entre outros) para dar o lance e solicitar a participação no leilão
    – Em alguns casos, é possível dar lances em mais de um imóvel dentro do mesmo leilão, até a data e o horário de encerramento da operação

    3º passo: Aquisição
    – Se o seu lance for o maior quando o leilão for encerrado, o imóvel será seu
    – O leiloeiro, pessoalmente e por email, dará todas as orientações sobre o pagamento
    – Se o edital permitir o parcelamento e/ou financiamento, siga as regras do documento

    4º passo: Processo de formalização do imóvel
    – Para qualquer modalidade de pagamento, é preciso recolher o ITBI (imposto de transmissão) junto à prefeitura do município onde fica o imóvel. A alíquota varia de acordo com a cidade. E, depois, proceder com o registro, junto ao Cartório de Registo Imóvel onde está matriculado o imóvel adquirido
    – É preciso entregar os documentos solicitados como: RG/CPF, certidão de nascimento (ou, se for casado, certidão de casamento, RG e CPF do cônjuge); comprovante de residência, declaração de Imposto de Renda, extratos bancários dos últimos três meses e holerites dos últimos três meses (se assalariado)

    QUAIS OS TIPOS DE LEILÃO DE IMÓVEL?
    No mercado imobiliário, existem basicamente dois tipos de leilões:
    Leilões judiciais são feitos com base em uma ordem judicial, como parte de uma ação de execução, falência ou hipoteca. O imóvel é colocado à venda no leilão para cobrir uma dívida ou resolver uma disputa legal.
    Leilão extrajudicial pode ser realizado pelo próprio proprietário que deseja vender o imóvel rapidamente ou por bancos, instituições financeiras, empresas de construção que esgotam todas as chances de negociações da dívida com o credor, no caso de alienação fiduciária (quando o imóvel é dado como garantia de pagamento).

    QUAIS IMÓVEIS VÃO A LEILÃO?
    – Imóvel retomado pelo credor após o proprietário não conseguir pagar pelo crédito tomado
    – Imóvel com condomínios atrasados
    – Imóveis abandonados, geralmente devido a problemas financeiros ou legais
    – Imóveis confiscados por causa de atividades ilegais ou não pagamento de impostos
    – Imóveis de empresas ou particulares vendidos por motivos financeiros ou para fins de liquidação de bens

    Atenção! Os imóveis vendidos em leilão podem estar em boas ou más condições e ter ou não pendências legais ou impostos em aberto.

    Leilão da Caixa oferece mais de mil imóveis com até 52% de desconto