Categoria: MUNDO

  • Israel inicia ofensiva terrestre para ocupar Cidade de Gaza

    Israel inicia ofensiva terrestre para ocupar Cidade de Gaza

    A ofensiva de Israel na capital já deslocou centenas de milhares de palestinos que se abrigam ali desde o começo da guerra, há quase dois anos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O Exército de Israel iniciou uma ofensiva terrestre nesta segunda-feira (15) para ocupar a Cidade de Gaza. As forças israelenses já vinham expandindo seus ataques aéreos contra capital e maior cidade da Faixa de Gaza nas últimas semanas. O que foi iniciado nesta segunda, no entanto, é a tomada por meio de tropas terrestres, que até então não haviam atuado desta maneira na região.

    “Gaza está queimando”, publicou o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, no X. “As IDF [Forças de Defesa de Israel] atacam com punho de ferro a infraestrutura terrorista e os soldados das IDF estão lutando bravamente para criar as condições para a libertação dos reféns e a derrota do Hamas.”

    Segundo autoridades de saúde do território, pelo menos 70 pessoas foram mortas nesta terça, a maioria delas na Cidade de Gaza, tanto em decorrência dos incessantes ataques aéreos quanto dos veículos militares que, agora, avançam por terra.

    A ofensiva de Israel na capital já deslocou centenas de milhares de palestinos que se abrigam ali desde o começo da guerra, há quase dois anos. Antes do conflito, cerca de 1 milhão de pessoas, quase metade da população de Gaza, vivia na cidade.

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou a evolução da ofensiva “moral, política e legalmente intolerável”. Segundo ele, Israel parece estar decidido a “ir até o fim” com sua campanha e “não está aberto” a conversas sérias sobre a paz.

    O alto comissário de direitos humanos da organização também reagiu à ofensiva afirmando que as evidências de crimes de guerra e crimes contra a humanidade praticados por Israel estão aumentando.

    “Só consigo pensar no que isso significa para mulheres, crianças desnutridas e pessoas com deficiência, se forem novamente atacadas dessa maneira. E tenho que dizer que a única resposta a isso é: parem com a carnificina”, disse Volker Türk a jornalistas em Genebra.

    A pressão que o funcionário recebe para usar o termo genocídio ao se referir às ações de Israel devem aumentar após uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas concluir, também nesta terça, que Israel cometeu este crime específico em Gaza.

    O gabinete de segurança de Israel, presidido pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, aprovou no mês passado um plano para expandir a campanha militar e controlar a Cidade de Gaza. O premiê afirma que a capital é um reduto do Hamas e que conquistá-la é necessário para derrotar o grupo terrorista.

    Ainda nesta segunda, Netanyahu havia afirmado que não descarta a possibilidade de realizar novos ataques contra líderes do Hamas “onde quer que estejam”. O premiê falou a jornalistas ao lado do secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Jerusalém. Este, por sua vez, voltou a afirmar que o Hamas “precisa deixar de existir como um elemento armado capaz de ameaçar a paz e a segurança”.

    Na semana passada, Tel Aviv lançou uma ofensiva inédita contra líderes do grupo terrorista no Qatar, mas não matou membros do alto escalão do Hamas. Após o ataque, o governo Trump se limitou a dizer que não havia sido informado sobre a ação com antecedência e fez demonstrações de apoio a Doha, importante aliado americano no Oriente Médio e onde fica a maior base aérea dos EUA na região.

    Nesta terça, uma porta-voz do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência), Tess Ingram, criticou o deslocamento de crianças do local, já que acampamentos mais ao sul do território estão inseguros, superlotados e mal equipados para recebê-las.

    “É desumano esperar que quase meio milhão de crianças, maltratadas e traumatizadas por mais de 700 dias de conflito implacável, fujam de um inferno para acabar em outro”, afirmou a funcionária por videoconferência do campo de tendas de Mawasi, em Gaza. “As pessoas realmente não têm uma boa opção -ficar em perigo ou fugir para um lugar que também sabem ser perigoso.”

    Na última semana, Israel emitiu alertas de retirada de civis para Khan Yunis, no sul de Gaza, afirmando que os moradores receberiam comida, cuidados médicos e abrigo. A área designada seria uma “zona humanitária”, segundo o porta-voz militar israelense Avichay Adraee.

    O Exército realiza intensos bombardeios contra a cidade há semanas, avançando pelos subúrbios e, no início deste mês, a ofensiva estava a poucos quilômetros do centro. Alguns moradores afirmaram que se recusam a ser deslocados novamente, também pela incerteza sobre segurança em outros locais do território palestino.

    Israel inicia ofensiva terrestre para ocupar Cidade de Gaza

  • Noboa decreta estado de exceção para barrar protestos contra aumento do diesel no Equador

    Noboa decreta estado de exceção para barrar protestos contra aumento do diesel no Equador

    Daniel Noboa aposta na militarização desde a campanha à Presidência, muito guiada pela grave crise de segurança pública que acomete o Equador nos últimos anos

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta terça-feira (16) estado de exceção em 7 das 24 províncias do país onde há focos de protestos contra a eliminação de um subsídio ao diesel.

    Com o fim do subsídio, o custo do galão de diesel passou de US$ 1,80 para US$ 2,80. Grupos de trabalhadores e estudantes protestam porque a medida afeta fortemente o custo de vida no país.
    A oposição, inclusive os grupos políticos próximos do ex-presidente Rafael Correa, denunciam a medida e afirmam que a bancada governista na Casa barrou as discussões sobre o fim dos subsídios.

    O congressista Ricardo Patiño, que já foi ministro de Correa, publicou mensagem no X em que fala que a Assembleia Nacional “já não legisla para os equatorianos, mas para Noboa”.

    “Hoje se negaram a debater o aumento dos combustíveis. Enquanto as pessoas não conseguem encher as panelas ou pagar as passagens, eles aplaudem o governo. Uma Assembleia de costas ao país”, afirmou o congressista, em mensagem compartilhada por Correa.

    Noboa aposta na militarização desde a campanha à Presidência, muito guiada pela grave crise de segurança pública que acomete o Equador nos últimos anos, em particular com o crescimento do narcotráfico.

    Ele, no entanto, tem usado o estado de exceção como ferramenta de governo em outras ocasiões. Em abril, por exemplo, às vésperas da eleição que o reconduziu ao cargo, ele também decretou a medida.

    Motoristas de caminhões fecharam na segunda-feira (15) algumas vias, que foram liberadas horas depois após a intervenção da polícia, sem que tenham sido reportados feridos ou mortos.

    Nesta terça-feira, a rodovia Panamericana Norte, na entrada de Quito, amanheceu bloqueada com pedras e montes de terra.

    Diante dos protestos, Noboa resolveu declarar o estado de exceção nas províncias de Carchi, Imbabura, Pichincha, Azuay, Bolívar, Cotopaxi e Santo Domingo “por causa de grave comoção interna”, segundo o decreto assinado nesta terça-feira.

    A medida se estenderá por 60 dias. O governo argumenta que os bloqueios “provocaram complicações na cadeia de abastecimento de alimentos” e afetam o “livre trânsito das pessoas, ocasionando a paralisação de vários setores que afetam a economia”.

    Noboa também resolveu suspender a liberdade de reunião nas sete províncias e autorizou as forças policiais e militares a “impedir e desarticular reuniões em espaços públicos onde se identifiquem ameaças à segurança cidadã”.

    Os ex-presidentes Lenín Moreno (2017-2021) e Guillermo Lasso (2021-2023) enfrentaram violentos protestos liderados pela maior organização indígena do país (Conaie), após tentativas de elevar o preço dos combustíveis.

    Nesta terça-feira na cidade de Cuenca, capital de Azuay, está prevista também uma marcha contra um projeto de mineração a cargo de uma empresa canadense.

    Marlon Vargas, presidente da Conaie, exigiu de Cuenca a revogação do decreto que elimina o subsídio ao diesel porque, segundo ele, a medida “prejudica o setor empobrecido, o povo equatoriano”.

    A Frente Unitária de Trabalhadores (FUT) tem previsto marchar em 23 de setembro contra a eliminação do subsídio, enquanto estudantes universitários convocaram para esta terça-feira à tarde um protesto em Quito.

    Noboa decreta estado de exceção para barrar protestos contra aumento do diesel no Equador

  • Suspeito de assassinar Charlie Kirk é indiciado por homicídio nos EUA

    Suspeito de assassinar Charlie Kirk é indiciado por homicídio nos EUA

    O promotor Jeff Gray disse que pedirá a morte de Tyler Robinson, destacando que Charlie Kirk foi morto em razão de sua expressão política

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Tyler Robinson, principal suspeito de assassinar Charlie Kirk, foi indiciado nesta terça-feira (16) por homicídio com agravante pela justiça dos Estados Unidos. Se for condenado, Robinson pode enfrentar a pena de morte.

    Homicídio com agravante é passível de pena de morte. Jeff Gray, promotor do condado de Utah, disse em entrevista que pedirá a morte de Robinson, destacando que Kirk foi morto em razão de sua expressão política.

    O suspeito também será indiciado por outros crimes. Entre eles, disparo de arma de fogo e obstrução de justiça por ter, segundo a promotoria, orientado seu colega de quarto a excluir “mensagens de texto incriminatórias” e ficar em silêncio caso fosse interrogado pela polícia.

    Suspeito de assassinar Charlie Kirk é indiciado por homicídio nos EUA

  • Tribunal retira duas acusações contra Luigi Mangione por assassinato de CEO

    Tribunal retira duas acusações contra Luigi Mangione por assassinato de CEO

    O juiz Gregory Carro rejeitou as acusações de terrorismo, mas manteve as acusações de homicídio de segundo grau

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da United Healthcare, Brian Thompson, teve duas acusações contra ele retiradas hoje pelo tribunal de Nova York.

    Juiz rejeitou as acusações de terrorismo, mas manteve as acusações de homicídio de segundo grau, segundo o Washington Post. A decisão foi do juiz Gregory Carro, do distrito de Manhattan, que disse ao jornal que embora não haja dúvidas de que o assassinato não foi um crime de rua comum, a lei de Nova York não considera algo terrorismo simplesmente porque foi motivado por ideologia.

    Promotores disseram que vão respeitar a decisão do Tribunal e continuar com as outras nove acusações. Foi a primeira vez desde fevereiro que Mangione apareceu no tribunal, algemado e usando uniforme bege de presidiário. Luigi se declarou inocente de múltiplas acusações de homicídio, incluindo homicídio como ato de terrorismo, no assassinato de 4 de dezembro de 2024.

    Mangione conquistou seguidores fiéis como uma forma de protesto contra o sistema de planos de saúde. Apoiadores, principalmente mulheres, ocuparam três fileiras no tribunal na audiência de hoje, assim como fizeram na audiência anterior. Alguns usavam verde -a cor do personagem Luigi, do Mario Bros- como sinal de apoio, e uma mulher vestia uma camiseta que dizia “LIBERTE O LUIGI”.

    Ainda não foram definidas datas dos próximos julgamentos, tanto estadual quanto federal. Mangione está preso em uma unidade federal no Brooklyn desde dezembro.

    RELEMBRE O CASO

    Brian Thompson, 50, estava em frente ao Hilton de Midtown, onde uma conferência de investidores era realizada. Ele faria uma apresentação no evento, mas foi atingido pouco antes das 7h (9h, no horário de Brasília) do dia 4 de dezembro.

    Policiais tentaram reanimar Thompson e o levaram a um hospital, onde a morte foi confirmada. “Estamos profundamente tristes e chocados com o falecimento de nosso querido amigo e colega Brian Thompson, diretor-executivo da UnitedHealthcare”, disse a empresa em comunicado.

    UnitedHealth Group faturou 100 bilhões de dólares no terceiro trimestre de 2024. A UnitedHealthcare, administrada pela vítima, é um braço da companhia que administra produtos de saúde, como Medicare e Medicaid, para pessoas idosas e de baixa renda, financiados pelos orçamentos estatais.

    Tribunal retira duas acusações contra Luigi Mangione por assassinato de CEO

  • Foto gigante de Trump e Epstein é exposta em Windsor

    Foto gigante de Trump e Epstein é exposta em Windsor

    A relação entre Jeffrey Epstein e Donald Trump já era documentada antes de o primeiro ser acusado e tráfico sexual de menores, e, posteriormente, morrer. As alegadas ligações entre os dois empresários têm vindo a ‘manchar’ a administração Trump

    Uma imagem gigante de Donald Trump ao lado de Jeffrey Epstein foi exposta, nesta segunda-feira (15), junto ao Castelo de Windsor, no Reino Unido, onde o presidente dos Estados Unidos se vai encontrar com o rei Charles III na visita ao país.

     O tecido no qual a imagem foi impressa mede, de acordo com a organização Everyone Hates Elon [Todos Odeiam o Elon], 400 metros quadrados e teria sido paga através de doações.

    Segundo a imprensa internacional, cerca de 30 mil libras (quase 200 mil reais) foram doados para um fundo com o nome ‘Ruin Trump’s UK visit with this Epstein photo’ [‘Estragar a visita de Trump ao Reino Unido com uma fotografia com o Epstein’, na tradução livre].

    O caso Epstein tem vindo a ‘envenenar’ a presidência de Donald Trump há semanas, sobretudo entre a sua base, que é alimentada por teorias da conspiração, segundo as quais Jeffrey Epstein foi assassinado para o impedir de envolver figuras importantes.

    Os laços de Trump com Epstein são bem documentados, embora o presidente tenha assegurado que não tinha conhecimento ou envolvimento nos crimes e garantido que terminou a amizade entre ambos há décadas.

    Vale lembrar que Epstein morreu na prisão, em 2019, após ter sido acusado de tráfico sexual de menores. Onde o empresário seria responsável por uma rede de tráfico sexual que envolvia dezenas de menores.

    Trump no Reino Unido

    No início da tarde desta terça-feira, Trump embarcou de Washington – juntamente com a primeira-dama, Melania Trump – em direção ao Reino Unido, sendo a sua chegada esperada à noite.

    Antes de partir em direção ao Reino Unido, o presidente norte-americano vangloriou-se sobre ser recebido pelo rei Charles III em Windsor e não no Palácio de Buckingham: “Não quero dizer que há um que seja melhor do que o outro, mas dizem que o Castelo de Windsor é o melhor de todos.

    Trump disse ainda que o Charles III era “seu amigo até antes de ser rei” e que é uma honra que ele que esteja à frente da Coroa britânica. “Representa muito bem o país, tenho visto. Tem muita elegância”, apontou.

    Trump encontra também o Primeiro-ministro do Reino Unido (e vão assinar acordo)

    Para além do encontro com o rei, Trump vai também se reunir com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. Os representantes dos dois países vão assinar esta semana um acordo para impulsionar a construção de centrais nucleares em ambos os países para fins energéticos, o que criará milhares de empregos, anunciou hoje o governo britânico.

    “Esta histórica parceria nuclear entre o Reino Unido e os Estados Unidos não se trata apenas de abastecer as nossas casas, mas também de impulsionar a nossa economia, as nossas comunidades e a nossa ambição”, disse o chefe de governo britânico na segunda-feira.

    “Estes compromissos importantes colocam-nos no caminho para uma era dourada da energia nuclear, que reduzirá as contas domésticas a longo prazo, ao mesmo tempo que criará milhares de bons empregos a curto prazo”, acrescentou então.

    O acordo, conhecido como Parceria Atlântica para a Energia Nuclear Avançada, será assinado durante a visita de Estado de dois dias que o Presidente norte-americano, Donald Trump, que se inicia em 17 de setembro, ao Reino Unido.

    Segundo o governo britânico, espera-se que este acordo acelere a construção de centrais nucleares, reduzindo a burocracia, o que agilizará o processo de licenciamento de projetos, que passará de cerca de três ou quatro anos para aproximadamente dois.

    Isto abrirá caminho para uma expansão significativa dos projetos nucleares civis no Reino Unido, como parte do esforço do governo britânico para produzir energia limpa. 

    Foto gigante de Trump e Epstein é exposta em Windsor

  • Relatório revela uso de crianças ucranianas em fábricas militares russas

    Relatório revela uso de crianças ucranianas em fábricas militares russas

    Um dos casos envolve o Centro Infantil Pan-Russo Mudança, na região de Krasnodar, onde mais de 300 crianças de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia foram levadas desde 2022. Lá, foram forçadas a auxiliar na construção de drones, detectores de minas e carregadores de fuzis

    Crianças ucranianas sequestradas foram obrigadas a trabalhar em fábricas russas na produção de drones e equipamentos militares, de acordo com relatório do Laboratório de Pesquisa Humanitária da Universidade de Yale, divulgado pelo jornal britânico The Telegraph. O estudo identificou 210 instalações usadas pela Rússia para deportação, reeducação e adoção forçada de menores.

    Um dos casos envolve o Centro Infantil Pan-Russo Mudança, na região de Krasnodar, onde mais de 300 crianças de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia foram levadas desde 2022. Lá, foram forçadas a auxiliar na construção de drones, detectores de minas e carregadores de fuzis.

    O relatório também aponta que outras instalações, como o centro Jovem Patriota, em Moscou, foram criadas “com o objetivo explícito de reeducar menores vindos da Ucrânia e submetê-los a treinamento militar”.

    Segundo Andriy Yermak, chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, “este relatório exige ação. Não apenas passaram por trauma e deslocamento, mas também foram submetidas a deportação sistemática, adoção ilegal e assimilação forçada”. Ele acrescentou: “Agora está claro que a Rússia planeja usar as próprias crianças da Ucrânia como uma arma contra nós e contra a Europa”.

    Já a vice-ministra das Relações Exteriores da Ucrânia, Mariana Betsa, reforçou: “Não pode restar nenhuma dúvida – essas vítimas inocentes e vulneráveis não apenas foram arrancadas de suas famílias, mas também forçadas à reeducação e militarização. Pelo bem da paz global, a Rússia deve devolver as crianças ucranianas para casa.”

    Relatório revela uso de crianças ucranianas em fábricas militares russas

  • Rússia treina ataque com supermíssil e armas nucleares

    Rússia treina ataque com supermíssil e armas nucleares

    A Rússia encerrou o exercício Zapad em Belarus com uma simulação de ataque nuclear usando o míssil Orechnik, gerando forte reação da Otan. A manobra, que também incluiu bombardeiros e testes convencionais, elevou a tensão entre Moscou, países bálticos e Polônia

    (CBS NEWS) – A Rússia encerrou seu exercício militar junto às fronteiras da Otan em Belarus nesta terça (16) com uma simulação de ataque nuclear que incluiu o novo míssil do arsenal de Vladimir Putin, o Orechnik, que foi testado em combate na Ucrânia em novembro passado.

    A demonstração de força estava prevista, sendo pela primeira vez admitida pelos envolvidos. “Estamos praticando de tudo aqui. Eles [os ocidentais] sabem disso também, não estamos escondendo. De armas convencionais a ogivas nucleares, precisamos ser capazes de fazer tudo isso”, disse o ditador belarusso, Aleksandr Lukachenko.

    Os jogos de guerra começaram na sexta (12) e envolveram um número não divulgado de forças russas, que se mobilizam anualmente de forma rotativa nos quatro principais distritos militares do país, com participação de Belarus. Foi algo bem menor do que no passado, de todo modo, devido à Guerra da Ucrânia.

    Chamada de Zapad (Ocidente), a manobra foi criticada pela Otan, a aliança militar ocidental que teve de criar uma missão de reforço do espaço aéreo do Leste Europeu após drones russos entrarem na Polônia na semana passada, naquilo que o Kremlin disse ter sido um acidente durante ataque à Ucrânia.

    Mas Moscou mordeu e assoprou: convidou pela primeira vez desde a invasão do vizinho, em 2022, militares americanos para observar as manobras. Por óbvio, o que eles podem ver é limitado, mas o gesto simboliza a renovada, ainda que tumultuada, relação com os Estados Unidos.

    Na parte da mordida está o fecho nuclear das manobras, que nesta terça também incluíram ataque com mísseis convencionais com dois bombardeiros capazes de lançar arma atômicas Tu-160 no mar de Barents (Ártico) e a simulação da repulsa a uma invasão anfíbia não longe dali, perto de Murmansk.

    Segundo o Ministério da Defesa de Belarus, o lançamento simulado do Orechnik (aveleira, em russo), um míssil balístico de alcance intermediário armado com ogivas independentes, desenhado para guerras nucleares mas que na Ucrânia foi testado com cargas cinéticas, sem explosivos.

    Lukachenko já disse que Putin irá colocar ao menos um regimento da arma, que tem alcance para cobrir com folga toda a Europa e o líder russo chama de “impossível de interceptar”. No ano passado, Moscou também posicionou ogivas nucleares táticas no aliado, aquelas que são teoricamente usadas em combate restrito ao campo de batalha.

    Tudo isso gerou alarme nos vizinhos do Báltico e da Polônia. “Mas nós não estamos absolutamente planejando ameaçar ninguém com isso”, disse Lukachenko. Se alguém acredita nele, é outra questão.

    O Zapad simula a invasão de Belarus pela Otan, com um contra-ataque russo-belarusso e retomada de território, inclusive com o emprego de armas nucleares táticas. Por óbvio, são escolhidos nomes fictícios para as forças envolvidas.

    Ele envolve forças em todo o flanco oeste russo, da Ucrânia até o Ártico, se justapondo à área da Operação Sentinela Oriental, de reforço do espaço aéreo do lado da Otan. Caças franceses já foram enviados à Polônia, e logo chegarão modelos britânicos.

    Mas o mais importante é desenvolver sistemas de defesa aérea que possam lidar não só com mísseis e caças, mas com enxames de drones de ataque e seus precursores sem carga bélica, que servem de iscas. Nesta terça, a vulnerável Letônia, ex-república soviética que sempre teme a cobiça de Moscou, disse que a aliança militar não tem recursos prontos para isso ainda.

    A Polônia concorda e, apesar de ter interceptado alguns dos 21 drones que violaram seu espaço aéreo no que chamou de teste intencional de Moscou, vai enviar uma equipe a Kiev para aprender as táticas ucranianas para lidar com drones, que evoluem de forma exponencial desde que o conflito começou.

    Rússia treina ataque com supermíssil e armas nucleares

  • Israel confirma tropas dentro da cidade de Gaza e avanço contra Hamas

    Israel confirma tropas dentro da cidade de Gaza e avanço contra Hamas

    Exército afirma que entre 2.000 e 3.000 combatentes do grupo palestino estão no local, considerado o principal reduto do Hamas; operações foram intensificadas durante a noite em direção ao centro da capital da Faixa de Gaza

    O Exército de Israel confirmou nesta terça-feira (16) que tem tropas atuando dentro da Cidade de Gaza, onde estima haver entre 2.000 e 3.000 combatentes do Hamas. Segundo os militares, o local é considerado o principal reduto do grupo palestino.

    Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que, embora as tropas já estivessem em operação nas últimas semanas nos arredores da capital da Faixa de Gaza, as ações foram intensificadas durante a noite dentro da cidade.

    “Estamos avançando em direção ao centro da Cidade de Gaza”, declarou o porta-voz, em nota reproduzida pelas agências internacionais EFE e AFP.

    Israel confirma tropas dentro da cidade de Gaza e avanço contra Hamas

  • Autor de ataque a Charlie Kirk detalha em mensagem planos para o crime

    Autor de ataque a Charlie Kirk detalha em mensagem planos para o crime

    Tyler Robinson, 22, confessou o crime em mensagens e foi denunciado pelo próprio pai. O assassinato do ativista pró-Trump durante palestra em Utah gerou críticas à demora na prisão e abriu debate sobre a atuação do FBI

    O principal suspeito do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk teria dito que cometeu o crime porque “algumas formas de ódio não podem ser negociadas”.

    A informação foi revelada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em entrevista ao programa Hannity, da Fox News, na noite desta segunda-feira (15). Segundo Patel, a declaração de Tyler Robinson, 22 anos, foi registrada em mensagens encontradas durante a investigação. O suspeito será apresentado à Justiça nesta terça-feira (16), onde deverá ser formalmente acusado do homicídio.

    De acordo com o FBI, Robinson detalhou em mensagens que teria a oportunidade de matar Charlie Kirk e que cumpriria o plano. A arma usada no ataque foi envolvida em uma toalha com vestígios de DNA do suspeito, reforçando as provas contra ele.

    A investigação contou com a participação do FBI e autoridades locais, que ouviram testemunhas e cruzaram informações. A prisão só ocorreu após uma denúncia do pai de Robinson, a quem o jovem teria confessado o crime. O pai repassou a informação a um amigo, que alertou as autoridades.

    O caso levantou críticas à demora na captura do suspeito, realizada apenas dias após o assassinato. Mesmo assim, Patel afirmou que a prisão foi feita em “tempo recorde”, em pouco mais de 33 horas de operação conjunta entre o FBI, autoridades de Utah e o governador do estado, Spencer Cox.

    Quem era Charlie Kirk

    Charlie Kirk, de 31 anos, era fundador da organização conservadora Turning Point USA e aliado próximo de Donald Trump. Também liderou o movimento Students for Trump e foi responsável por uma campanha que buscava mobilizar um milhão de estudantes pela reeleição do ex-presidente em 2020.

    Kirk foi morto a tiros durante uma palestra na Utah Valley University, na última quarta-feira (10). Casado e pai de duas crianças, ele era considerado um dos mais influentes ativistas pró-Trump nos Estados Unidos.

    Trump, que concedeu a Kirk postumamente a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil do país, disse esperar que o acusado seja condenado à pena de morte.

    O suspeito

    Tyler Robinson, jovem branco de 22 anos, disparou de uma espingarda a partir do telhado de um prédio próximo ao local da palestra. Depois de confessar o crime ao pai, acabou sendo denunciado indiretamente por um amigo da família, o que levou ao seu cerco e prisão.

    O diretor do FBI já tinha viagem marcada ao Capitólio para uma audiência antes do crime, mas agora deverá enfrentar questionamentos sobre a conduta da agência durante a investigação do caso.
     
     

    Autor de ataque a Charlie Kirk detalha em mensagem planos para o crime

  • ONU está preocupada com demora dos EUA na atribuição de vistos ao Brasil

    ONU está preocupada com demora dos EUA na atribuição de vistos ao Brasil

    O ChatGPT disse:

    ONU pressiona os Estados Unidos a liberar vistos para diplomatas brasileiros que participarão da Assembleia-Geral, em meio a tensões comerciais e políticas entre os dois países após novas tarifas impostas por Washington a produtos do Brasil

    A ONU classificou nesta terça-feira (16) como “preocupante” o fato de os Estados Unidos ainda não terem concedido vistos à delegação brasileira que participará da 80ª Assembleia-Geral da organização, em Nova York. O porta-voz de António Guterres, Stéphane Dujarric, destacou que o Acordo de Sede da ONU obriga Washington a facilitar a entrada de representantes de Estados-membros, independentemente das relações bilaterais.

    Dujarric disse que “ainda há tempo” para a emissão dos vistos, já que o debate geral da Assembleia começa apenas na próxima semana, com o tradicional discurso de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, reforçou a expectativa de que os documentos sejam liberados.

    O Itamaraty confirmou que os vistos seguem em “processamento” e que já entrou em contato com autoridades norte-americanas, lembrando que uma eventual negativa representaria não só um desrespeito ao Brasil, mas também uma violação ao acordo firmado entre os EUA e a ONU.

    O episódio ocorre em meio a um agravamento das tensões diplomáticas e comerciais entre os dois países, após Washington impor tarifas de 50% a diversos produtos brasileiros. A situação ganha ainda mais destaque após os EUA terem anunciado recentemente que negariam vistos a representantes palestinos antes da abertura da Assembleia, o que levou Guterres a defender a presença de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.

    ONU está preocupada com demora dos EUA na atribuição de vistos ao Brasil