Categoria: TECNOLOGIA

  • STF aprova tributo que onera Netflix, que estima ônus de US$ 400 milhões

    STF aprova tributo que onera Netflix, que estima ônus de US$ 400 milhões

    Em seu relatório financeiro do ano passado, a Netflix afirmou que corria um risco de ter um ônus anual de US$ 400 milhões -cerca de R$ 2,1 bilhões- devido a “diversas questões com as autoridades fiscais brasileiras”.

    EDUARDO MOURA
    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em meio às disputas em torno do PL do streaming, que pretende taxar plataformas de vídeo sob demanda no Brasil, a Netflix sofreu um novo baque, que pode resultar em um ônus milionário à empresa. O Supremo Tribunal Federal considerou, nesta quarta-feira (13), constitucional a legislação de 2001 que ampliou o rol de remessas ao exterior tributadas pela contribuição Cide-Royalties.

    Antes, a obrigação do pagamento estava restrita a operações de transferência de tecnologia. Agora, empresas que efetuem pagamentos de royalties ao exterior envolvendo “cessão e licença de uso de marcas”, por exemplo, passam a ter que pagar a Cide, a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico.

    A análise sobre a constitucionalidade da cobrança de 10% de Cide sobre remessas ao exterior -conhecida como Cide-Royalties, Cide-Remessas ou Cide-Tecnologia-, era uma das maiores discussões tributárias analisadas pelo tribunal, com impacto estimado de R$ 19,6 bilhões para o governo em valores cobrados nos últimos cinco anos.

    Procurada pela reportagem, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afirma que a Netflix é contribuinte de Cide. A Netflix não se manifestou.

    Em seu relatório financeiro do ano passado, a Netflix afirmou que corria um risco de ter um ônus anual de US$ 400 milhões -cerca de R$ 2,1 bilhões- devido a “diversas questões com as autoridades fiscais brasileiras”, sem especificar os tributos, mas afirmando que seria relativo a “tributos não incidentes sobre a renda”. No relatório de 2023, a Netflix previa um ônus de US$ 300 milhões.

    Essa estimativa de US$ 400 milhões não se relaciona com o PL do streaming, pois o cálculo da nova contribuição será feito sobre o rendimento bruto das empresas no Brasil. O PL que quer obrigar as plataformas de vídeo sob demanda (VoD) a pagar a Condecine, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional.

    Diferente de outras grandes empresas do ramo, como a Warner-Discovery e Disney, a Netflix está na categoria “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet” na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). A Disney está na categoria “distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de televisão”, enquanto a dona da HBO Max está como “atividades relacionadas à televisão por assinatura”.

    A tônica de fundo do discurso dos ministros do STF apontou para big techs, que atuaram como parte interessada no julgamento, visando restringir o alcance do tributo, e o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil. Os recursos devem ser destinados a programas de pesquisa científica e tecnológica.

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  • Os poucos empregos que sobreviverão à invasão dos robôs

    Os poucos empregos que sobreviverão à invasão dos robôs

    Robôs e inteligência artificial avançam para substituir funções humanas, indo além das fábricas e alcançando áreas criativas, jurídicas e de transporte, enquanto algumas profissões continuarão em alta e com boa remuneração

    A robótica e a inteligência artificial estão mudando o mundo, e as máquinas podem substituir milhões de empregos. Muita gente pensa que os robôs só trabalham em fábricas, mas eles já conseguem fazer o trabalho de assistentes jurídicos, motoristas de táxi e até de quem faz empréstimos.

    A discussão sobre a IA em áreas criativas ganhou força com o robô artista Ai-Da e o lançamento do ChatGPT e outras plataformas parecidas. Os chatbots avançados já conseguem escrever e-mails, textos e poemas quase como um ser humano.

    Clique aqui para ver quais empregos correm mais risco de serem substituídos por máquinas, e também quais empregos bem pagos não só vão continuar existindo, como vão crescer.

    Os poucos empregos que sobreviverão à invasão dos robôs

  • WhatsApp testa recurso de IA para ajudar usuários a escrever mensagens

    WhatsApp testa recurso de IA para ajudar usuários a escrever mensagens

    Ferramenta Writing Help, em fase beta para Android, sugere ajustes de clareza, gramática e tom em mensagens, oferecendo opções profissionais, bem-humoradas ou empáticas. Recurso será opcional e mantém dados criptografados pela Meta

    O WhatsApp está testando uma nova ferramenta de inteligência artificial para auxiliar usuários na redação de mensagens. A funcionalidade, chamada Writing Help, foi identificada pelo site WABetaInfo na versão beta mais recente do aplicativo para Android.

    Segundo a publicação, o recurso utilizará o sistema Private Processing da Meta, que mantém os dados processados pela IA criptografados, garantindo a segurança das informações. A proposta é permitir que o usuário “refine” o texto, ajustando o tom da mensagem conforme a necessidade.

    Após escrever a mensagem, a inteligência artificial apresentará três sugestões com base em cinco tons já disponíveis nas soluções da Meta. Entre eles, estão opções para melhorar a clareza e a estrutura do texto sem alterar o significado, corrigir erros gramaticais e ortográficos, adotar um estilo profissional mais formal, aplicar um tom bem-humorado ou inserir mais empatia, ideal para mensagens de apoio ou incentivo.

    O usuário poderá escolher qualquer uma das sugestões e substituir o texto original. A Writing Help ainda está em fase de testes e não tem previsão oficial de lançamento, mas, diante da aposta crescente da Meta em recursos de inteligência artificial, a expectativa é de que a novidade seja liberada em breve, de forma opcional, para todos os usuários do WhatsApp.

    WhatsApp testa recurso de IA para ajudar usuários a escrever mensagens

  • Uber lança verificação para usuário; veja como fazer

    Uber lança verificação para usuário; veja como fazer

    Os dados informados pelos usuários no cadastro do app, como nome e telefone, serão cruzados com bases de terceiros. As contas aprovadas receberão um selo no perfil, que poderá ser visto ao lado do nome do usuário.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Uber lançou nesta semana uma nova etapa de verificação dos usuários, que concederá às contas um “selo de verificado”.

    Os dados informados pelos usuários no cadastro do app, como nome e telefone, serão cruzados com bases de terceiros. As contas aprovadas receberão um selo no perfil, que poderá ser visto ao lado do nome do usuário.

    A medida, segundo a Uber, tem o objetivo de aumentar a segurança e pretende agilizar a decisão dos motoristas ao aceitar corridas.

    O Brasil é o segundo, depois dos Estados Unidos, a adotar essa etapa adicional de verificação de dados. A plataforma já possuía mecanismos de checagem, como validação da conta via cartão de crédito, verificação de CPF para pagamentos em dinheiro e confirmação de identidade por documento e selfie.

    Se a checagem automática dos dados não for possível, será necessário enviar uma foto do documento de identidade e uma selfie para concluir o processo.

    Usuários verificados automaticamente poderão visualizar o selo no perfil do aplicativo. Já aqueles que precisarem enviar documentos devem acessar as configurações, clicar no perfil e, por fim, selecionar “começar a verificação”.

    Como fazer a verificação da conta

    1 – Acessar a conta
    2 – Entrar em “Configurações”
    3 – Clicar no perfil
    4 – Clicar em “Começar a verificação”
    5 – Enviar uma foto do documento de identidade e uma selfie

    Uber lança verificação para usuário; veja como fazer

  • Podcast A Mulher da Casa Abandonada vira série de TV que dá voz para a vítima

    Podcast A Mulher da Casa Abandonada vira série de TV que dá voz para a vítima

    A série documental “A Mulher da Casa Abandonada” ganhou enorme repercussão após podcast divulgar o caso e transformou a história em uma perseguição policial e midiática

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – “Essa história nunca acaba para mim. Desde que o primeiro episódio do podcast foi ao ar, três anos atrás, não tem um dia em que eu não fale com alguém sobre o caso da senhora procurada pelo FBI que se refugiou em uma mansão”, diz Chico Felitti, autor de A Mulher da Casa Abandonada, podcast realizado pela Folha de S.Paulo que atingiu a maior audiência do Brasil e mais de 11 milhões de downloads.

    Agora, depois de muita negociação, virou um documentário de três episódios cheios de suspense e novas revelações, lançado pela plataforma de streaming Prime Video. Os três capítulos entram no ar ao mesmo tempo, nesta sexta.

    “Tentei não atrapalhar muito a produção, não entrar no caminho”, conta Felitti, que vendeu os direitos de adaptação para o streaming depois de seis meses ouvindo todo tipo de propostas, “algumas sem pé nem cabeça”, até que uma fez sentido para ele.

    “Quando me disseram que a ideia era produzir uma série documental, dirigida pela Kátia Lund, fiquei tranquilo”, diz o jornalista. Kátia Lund é codiretora de um dos maiores e melhores filmes brasileiros de todos os tempos, “Cidade de Deus”, de 2002, indicado a quatro troféus no Oscar, inclusive o de direção.

    A série documental “A Mulher da Casa Abandonada” parte da enorme repercussão do podcast, que em um momento se transformou numa perseguição policial e midiática, com cobertura ao vivo de programas de crime na TV aberta, além de uma histeria coletiva com multidão na porta da tal casa abandonada, que virou quase um ponto turístico macabro.

    Numa tarde específica, houve invasão policial, denúncia de maus tratos a animais, a ativista Luisa Mell pulou o muro da casa para resgatar um cachorrinho pinscher. O destino do ex-pet de Margarida Bonetti, aliás, é revelado no episódio extra do podcast lançado na última quarta –para alívio dos amantes dos animais, é um final feliz.

    Houve até denúncia de abandono de incapaz, feita por uma vizinha que tomou as dores de Bonetti, a moradora da mansão caindo aos pedaços, uma fugitiva do FBI, acusada de manter a empregada por mais de 20 anos em trabalho análogo à escravidão.

    “A parte que se passa no Brasil o Chico contou muito bem no podcast, então parti para o outro lado, não queria fazer um documentário sem novidades”, conta Lund, numa entrevista por vídeo.

    A série documental tem diversos depoimentos de agentes federais norte-americanos envolvidos no processo contra René e Margarida Bonetti, que na época ainda eram um casal -aliás, não fica claro quando o casamento se dissolve.

    Além de cenas da casa, da rua, há entrevistas com vizinhos e, o que faz toda a diferença, a presença de Hilda, a mulher que se mudou para Washington com o casal para trabalhar como empregada doméstica e que, lá, passou a ser tratada de uma maneira desumana. Mas, na série, é Santos quem conta, em primeira pessoa, os abusos que sofreu. Ela, a vítima, é finalmente a personagem principal.

    Mas não foi sem muito trabalho que isso aconteceu. No podcast, Felitti fala com Santos por telefone, mas ela prefere não dar entrevista. A repercussão do trabalho do jornalista, no entanto, foi tão grande que ela, que continuou nos Estados Unidos após ser libertada, viu cenas do programa de José Luiz Datena que mostrava a ação da polícia na casa.

    Foi a primeira vez que a ex-empregada viu sua ex-patroa, Margarida Boneti, com roupas velhas e a cara coberta de pomada branca, morando num casarão em estado de abandono.

    “Ela ficou muito chocada com o estado da casa, não se conformava com isso”, lembra Lund. Santos passou muitos anos naquela casa, sempre como empregada, desde muito nova. Seus patrões eram os pais de Boneti, e ela cuidava da menina, a mais nova de três filhas, quando era criança.

    Enquanto estava sob os cuidados dos pais de Bonetti, a mansão do bairro paulistano de Higienópolis era impecável, mantida tinindo por diversos serviçais, onde aconteciam jantares e festas elegantes frequentadas pela elite paulistana.

    O oposto do que é agora, uma casa cheia de lixo, caindo aos pedaços, com uma acumuladora com um passado marcado por um crime como sua única moradora. É a única casa em uma rua de prédios elegantes, num bairro que continua de elite, mas sem o estilo quatrocentão das décadas anteriores.

     

    E, de maneira muito parecida com a descrita no podcast a respeito da entrevista de Bonetti, feita por Felitti depois de 72 horas acampado em frente à sua casa, o depoimento de Santos aconteceu depois de uma semana de convivência intensa com Lund.

    “Fiquei cinco dias, cinco horas por dia conversando com a Hilda até ela aceitar o meu convite para contar seu lado da história para as câmeras”, conta a diretora. Ela falava muito sobre o que tinha vivido, acho que tinha uma grande necessidade de contar sua versão, mas hesitou em dar entrevista. Quando decidiu, decidiu para valer, e contou tudo que viveu”.

    A MULHER DA CASA ABANDONADA

    Quando Episódios disponíveis em 15 de agosto
    Onde Prime Video

    Podcast A Mulher da Casa Abandonada vira série de TV que dá voz para a vítima

  • Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram por “segurança nacional”

    Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram por “segurança nacional”

    O órgão regulador da internet na Rússia afirmou que os aplicativos estariam sendo usados para extorsão e atividades de sabotagem. O WhatsApp respondeu que Moscou tenta restringir o direito de milhões de cidadãos a comunicações seguras

    O aplicativo de mensagens WhatsApp começou a ter funções restringidas na Rússia, segundo comunicado divulgado pelo órgão regulador da internet do país, o Roskomnadzor, nesta semana.

    De acordo com a agência Associated Press, a limitação atinge parcialmente as chamadas de voz no WhatsApp e também no Telegram. O regulador russo alegou que ambos os aplicativos estrangeiros “tornaram-se os principais serviços de voz usados para enganar e extorquir dinheiro, bem como envolver cidadãos russos em atividades de sabotagem e terrorismo”.

    O Roskomnadzor afirmou ainda que tentou contato com as duas plataformas para discutir medidas de contenção, mas que “os donos dos serviços ignoraram os pedidos”.

    Em resposta, um representante do WhatsApp declarou que o aplicativo “desafia as tentativas do governo russo de violar os direitos dos cidadãos a comunicações seguras”, e afirmou que essa seria a razão por trás da decisão de Moscou de tentar bloquear o acesso de mais de 100 milhões de usuários no país.

    O WhatsApp não é o primeiro serviço da Meta a enfrentar restrições na Rússia. O Facebook e o Instagram estão oficialmente bloqueados desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

    Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram por “segurança nacional”

  • Petição exige fim de medida do YouTube que estima idade com IA

    Petição exige fim de medida do YouTube que estima idade com IA

    A plataforma informou que começou a testar o uso de funções de IA nos Estados Unidos para descobrir se os usuários são maiores de idade na plataforma

    Uma petição pública, com mais de 90.000 assinaturas, exige que o YouTube volte atrás na implementação de uma medida que usa Inteligência Artificial (IA) para verificar a idade dos usuários. No final de julho, o aplicativo informou que começou a testar o uso de funções de IA nos Estados Unidos para descobrir se os usuários são maiores de idade na plataforma, com base em vários sinais, como os tipos de vídeos pesquisados, a categoria dos vídeos ou o tempo da conta.

    A medida pretende oferecer “as experiências e proteções mais adequadas para cada idade”, destaca a plataforma.

    Contudo, a nova funcionalidade de IA do YouTube está gerando grande contestação, tendo sido criada uma petição nos Estados Unidos que já soma mais de 90.000 assinaturas devido ao receio de violação de privacidade dos usuários.

    Os autores da petição, disponível na plataforma Change.org, temem a análise de “todo o seu histórico de visualizações e comportamento para estimar a sua idade”, estando em causa a “vigilância em massa e controle de dados (…) que viola a privacidade e a autonomia”.

    Quando um usuário for identificado como adolescente serão automaticamente aplicadas uma série de medidas de segurança, que consistem em desativar a publicidade personalizada, ativar ferramentas de bem-estar digital e adicionar salvaguardas às recomendações.

    A plataforma também alertou que, se o sistema calcular erroneamente que um usuários tem menos de 18 anos, este poderá verificar a sua idade através de um cartão de crédito ou de um documento de identificação oficial.

    A petição pode ser consultada através da seguinte ligação: 

    Petição exige fim de medida do YouTube que estima idade com IA

  • Lula prevê proibir que menor de 16 anos tenha rede social sem supervisão dos pais

    Lula prevê proibir que menor de 16 anos tenha rede social sem supervisão dos pais

    A regulamentação das big techs está no foco de Lula desde o começo do mandato, mas ganhou tração, principalmente, após vídeo viral do influenciador Felca

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O projeto de lei do governo Lula (PT) sobre a regulação das big techs prevê que crianças e adolescentes de até 16 anos tenham as contas deles em redes sociais vinculadas às de adultos responsáveis, de acordo com minuta obtida pela reportagem.

    A proposta, elaborada pelo Ministério da Justiça, foi debatida pelo presidente com oito ministros durante reunião no Palácio do Planalto na quarta-feira (13).

    A regulamentação das big techs está no foco de Lula desde o começo do mandato, mas ganhou tração internamente depois do tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do vídeo viral do influenciador Felca.

    A minuta à qual a reportagem teve acesso obriga as plataformas a incluir ferramentas que permitam a mediação e a supervisão dos pais, dando a eles inclusive o poder de bloquear conteúdos ou funcionalidades nas contas dos filhos, supervisionar a interação com outros usuários e restringir o tempo de uso.

    O texto diz que “contas de adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos ou associadas a crianças ou adolescentes devem ser vinculadas nestes serviços a um adulto responsável” e que os serviços “devem disponibilizar ferramentas de mediação parental que limitam ou suprimam a capacidade de outros usuários se comunicarem com crianças e adolescentes”.

    Pela proposta, as redes também passariam a ser obrigadas a verificar a idade dos usuários. O Ministério da Justiça tem feito e revisado a classificação indicativa, mas, na prática, não há medidas que impeçam o acesso de crianças e jovens de idades inferiores às sugeridas.

    Em junho, o Ministério da Justiça aumentou a classificação indicativa do Instagram de 14 para 16 anos. O TikTok, o Kwai e o YouTube são recomendados hoje pelo governo para maiores de 14 anos; o Facebook para maiores de 16; e o X (antigo Twitter) e o Discord para maiores de 18.

    O projeto de lei propõe uma regulamentação ampla, com normas que vão desde a remuneração de criadores de conteúdo até a punição para as próprias plataformas, mas há um capítulo exclusivo sobre a proteção de crianças no ambiente digital.

    “É importante destacar que a presente proposição estabelece relevantes salvaguardas específicas para crianças e adolescentes, que respeitam tanto o poder familiar quanto a progressiva autonomia de crianças e adolescentes, reconhecendo sua condição de maior vulnerabilidade no ambiente digital e alinhando-se aos princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente”, escreveu o Ministério da Justiça na justificativa do texto.

    A proposta também proíbe as big techs de direcionar propaganda para crianças e adolescentes a partir dos dados de uso, “com o objetivo de definir o seu perfil, com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço”.

    As redes sociais ficam proibidas ainda de exibir publicidade de armas, bebidas alcóolicas, cigarro, pornografia e jogos de apostas.

    O governo vai apoiar o projeto de lei mais avançado no Congresso contra a adultização de crianças na Internet, mas pretende manter no anteprojeto do Ministério da Justiça as regras que tratam da proteção de crianças e jovens no ambiente digital.

    A ideia é aguardar a aprovação do projeto em discussão na Câmara dos Deputados e enviar a proposta do Executivo de forma complementar, posteriormente, para aproveitar a mobilização causada pelo vídeo de Felca e tentar destravar uma regulamentação mais ampla.

    Durante a reunião de quarta, o presidente mencionou a fala da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, sobre o TikTok ao líder chinês, Xi Jinping, em maio.

    Segundo relatos, Lula disse que na ocasião Janja foi duramente criticada por ter apontado um problema que agora está na ordem do dia -o impacto negativo das redes sociais para as crianças- e afirmou que ela tinha razão.

    O governo também discute uma proposta elaborada pelo Ministério da Fazenda para regulação da concorrência no setor. Entre outros pontos, a minuta prevê a criação da Superintendência de Mercados Digitais no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), com poder de impor obrigações especiais às big techs.

    Lula prevê proibir que menor de 16 anos tenha rede social sem supervisão dos pais

  • Apple se arrisca a ser a próxima BlackBerry, avisa analista

    Apple se arrisca a ser a próxima BlackBerry, avisa analista

    O analista Dan Ives da Wedbush Securities acredita que a Apple deve apostar de forma agressiva em Inteligência Artificial sob pena de ficar para trás e tornar-se irrelevante – tal como aconteceu com a BlackBerry no final dos anos 2000

    Quem cresceu entre 2000 e 2010 certamente que se lembra da BlackBerry, uma marca de celulares que se tornou célebre pelo teclado QWERTY e foi durante alguns anos considerada a grande empresa do mercado mobile. No entanto, a entrada em cena da Apple com o iPhone na segunda metade da década levou a que a BlackBerry ‘afundasse’ nas preferências dos usuários de smartphones.

    De acordo com o analista Dan Ives, a Apple corre agora o risco de se tornar a próxima BlackBerry caso fique para trás no desenvolvimento de Inteligência Artificial.

    Como conta o Business Insider, Ives lembra que a BlackBerry ficou para trás quando decidiu manter-se fiel ao seu teclado nos seus celulares e não ‘abraçar’ as telas sensíveis ao toque e, com a Apple demorando a afirmar-se na área da Inteligência Artificial, poderá ter o mesmo destino da marca que destronou no final dos anos 2000.

    Numa nota enviada aos investidores, Ives disse que a Apple poderá ter o seu “momento BlackBerry” caso não comece a investir agressivamente no desenvolvimento de Inteligência Artificial. O analista chega até a traçar três estratégias diferentes que a Apple pode adotar para conseguir ‘arrepiar’ caminho em relação às concorrentes.

    Nas estratégias mencionadas, Ives acredita que a Apple deve adquirir a Perplexity, apostar em talento especializado fora da própria empresa e até promover investigadores de Inteligência Artificial para cargos executivos ou, em última hipótese, apostar no Gemini da Google em detrimento da OpenAI – uma empresa que considera uma parceira pouco viável a longo-prazo.

    Apple se arrisca a ser a próxima BlackBerry, avisa analista

  • Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas

    Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas

    Sediada em Rochester, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos, a Kodak declarou ter US$ 155 milhões em caixa e equivalentes de caixa em 30 de junho, dos quais US$ 70 milhões estavam mantidos nos EUA

    A Eastman Kodak Company alertou que pode encerrar suas operações, após 133 anos em atividade, devido às dívidas. “A Kodak tem dívidas que vencem em 12 meses e não tem financiamento comprometido ou liquidez disponível para cumprir tais obrigações, caso vençam nos termos atuais”, informou a companhia em um documento regulatório. “Essas condições levantam dúvidas substanciais sobre a capacidade da Kodak de continuar como uma empresa em atividade.”

    Sediada em Rochester, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos, a Kodak declarou ter US$ 155 milhões em caixa e equivalentes de caixa em 30 de junho, dos quais US$ 70 milhões estavam mantidos nos EUA.

    Em um comunicado divulgado na terça-feira, 12, a companhia afirmou que a linguagem de “continuidade” no seu documento regulatório é uma exigência formal, já que a dívida vence dentro de 12 meses após a publicação.

    “A Kodak está confiante de que será capaz de pagar uma parte significativa de seu empréstimo a prazo bem antes do vencimento e alterar, prorrogar ou refinanciar nossa dívida restante e/ou obrigações de ações preferenciais”, declarou a empresa.

    No ano passado, a Kodak anunciou que encerraria seu plano de renda de aposentadoria para pagar dívidas, de acordo com o The Wall Street Journal.

    O diretor financeiro da Kodak, David Bullwinkle, disse em comunicado na segunda-feira, 11, que a companhia espera saber até sexta-feira, 15, como cumprirá suas obrigações de pagar todos os participantes do plano de pensão e prevê concluir a reversão até dezembro.

    Popularização da fotografia

    Fundada por George Eastman em 1880, a Eastman Kodak Company é reconhecida por popularizar a fotografia no início do século XX e tornou-se mundialmente conhecida por suas câmeras Brownie e Instamatic, além das icônicas caixas de filme amarelas e vermelhas.

    A empresa perdeu espaço primeiramente para a concorrência japonesa e, depois, pela incapacidade de acompanhar a transição da tecnologia analógica para a digital. Em 2012, entrou com pedido de recuperação judicial, após enfrentar o avanço da fotografia digital, o aumento da dívida e a intensificação da competição no setor.

    Para se manter, a Kodak vendeu diversos negócios e patentes, além de fechar a unidade de fabricação de câmeras que a consagrou. Um ano depois, recebeu aprovação para seu plano de deixar a supervisão judicial e buscava se reinventar como uma companhia menor, voltada à impressão comercial e de embalagens.

    Atualmente, a empresa está concluindo uma fábrica para produzir medicamentos regulamentados. Ela já atua na fabricação de matérias-primas essenciais não regulamentadas para a indústria farmacêutica, e a produção na nova instalação deve começar ainda este ano.

    Kodak anuncia que pode encerrar operações devido às dívidas