Categoria: TECNOLOGIA

  • NASA e IBM se unem para criar IA capaz de prever tempestades solares

    NASA e IBM se unem para criar IA capaz de prever tempestades solares

    A NASA e a IBM lançaram a IA Surya, capaz de prever tempestades solares com mais precisão e antecedência, reduzindo riscos para satélites e redes elétricas. Em paralelo, a Google desenvolve com a agência espacial um assistente médico de IA para apoiar astronautas em missões

    A NASA e a IBM anunciaram nesta quarta-feira (20) o lançamento de um modelo de Inteligência Artificial de código aberto chamado Surya, criado para monitorar a atividade solar e prever tempestades solares com maior precisão e antecedência.

    Esses fenômenos podem afetar seriamente infraestruturas na Terra, como redes elétricas, e também danificar satélites em órbita. Segundo a IBM, o Surya tem se mostrado 16% mais preciso do que sistemas anteriores em prever, dentro de 24 horas, a ocorrência de novas tempestades solares.

    O diretor da IBM Research Europe para Irlanda e Reino Unido, Juan Bernabé-Moreno, descreveu o sistema como um “telescópio de IA para o Sol”. Ele destacou a importância de entender quando e por que esses eventos acontecem, de modo a preparar estruturas críticas para possíveis impactos.

    As autoridades já alertaram para os riscos de uma atividade solar intensa, que pode gerar perturbações nas redes elétricas e sistemas de comunicação. O aviso partiu da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) e também da Agência Espacial Espanhola.

    Além disso, a Google informou que está trabalhando em parceria com a NASA no desenvolvimento de um assistente médico de IA para astronautas, chamado Crew Medical Officer Digital Assistant (CMO-DA). A ferramenta está sendo projetada para auxiliar em diagnósticos e tratamentos em missões espaciais, especialmente em situações em que não haja médicos a bordo ou em caso de falhas na comunicação com a Terra.

    O CMO-DA é multimodal, capaz de interpretar texto, voz e imagens, e está sendo testado com apoio de médicos para aprimorar sua eficiência. A Google acredita que o sistema, além do uso no espaço, poderá futuramente ser aplicado em outras áreas da saúde aqui na Terra.

    NASA e IBM se unem para criar IA capaz de prever tempestades solares

  • 95% dos projetos de IA não geram retorno às empresas, diz estudo

    95% dos projetos de IA não geram retorno às empresas, diz estudo

    O relatório do MIT estima que as empresas investiram entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões em IA de janeiro a junho deste ano, mas diz que a maior parte dos projetos morre ainda na fase experimental.

    MAURÍCIO MEIRELES
    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Um novo estudo do MIT (Massachussetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, acendeu um alerta no mercado de tecnologia americano: segundo o relatório, 95% das empresas não receberam retorno financeiro algum de seus investimentos em inteligência artificial generativa entre janeiro e junho deste ano. Além disso, o levantamento mostra que, ainda que a adoção da IA seja ampla, essa tecnologia em geral não trouxe grandes mudanças estruturais nos negócios.

    O relatório, intitulado “The GenAI Divide: State of AI in Business 2025”, foi desenvolvido a partir de 150 entrevistas com executivos, 350 com funcionários das empresas e análise de 300 iniciativas de IA nas empresas. Os pesquisadores apontam um abismo nos resultados desses projetos, com só 5% das empresas vendo retorno financeiro -segundo eles, essa tecnologia só tem sido realmente disruptiva nos mercados de mídia e tecnologia.

    O estudo assustou o mercado financeiro americano, reforçando receios de que IA não vá render um retorno à altura do entusiasmo dos investidores com a novidade tecnológica. Para piorar, o CEO da OpenAI, Sam Altman, disse no fim de semana, em um jantar com jornalistas, que a inteligência artificial pode ser uma bolha e que acha provável que “alguns investidores percam muito dinheiro”.
    Nesta terça-feira (20), por exemplo, as ações da empresa de chips Nvidia caíram 3,5% e as da Palantir, 9,4%.

    O relatório do MIT estima que as empresas investiram entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões em IA de janeiro a junho deste ano, mas diz que a maior parte dos projetos morre ainda na fase experimental. O motivo, segundo o estudo, seria não a qualidade da tecnologia ou questões regulatórias, mas um problema de aprendizado, tanto dos modelos em si quanto das empresas, além da dificuldade de integrar as ferramentas ao fluxos de trabalho.

    O cenário é pior quando as empresas resolvem desenvolver as ferramentas dentro de casa. Nesses casos, só uma em cada três iniciativas dá certo. Quando se compram ferramentas de fornecedores externos, as iniciativas costumam dar certo mais do que o dobro das vezes, percentualmente.

    A pesquisa também mostra que os investimentos estão mal alocados, sugerindo um erro de estratégia. Mais da metade dos recursos para IA generativa vai para vendas e marketing, atividades visíveis aos clientes. O problema é que o retorno é maior em áreas internas, como compras, jurídico e análise de risco.

    Mas, mesmo entre as poucas empresas que conseguem retorno de seus investimentos em IA, os ganhos vêm principalmente da redução de custos com fornecedores. A economia com a terceirização, por exemplo, vai de US$ 2 milhões a US$ 10 milhões entre as empresas entrevistadas, e os custos com agências criativas e de conteúdo caíram 30%. Com análise de risco, a economia foi de US$ 1 milhão.

    Os autores do estudo apontam que esses dados sugerem que a ideia de que a IA vá gerar demissões em massa nos próximos anos é um mito. Segundo eles, a tecnologia ajuda a cortar esses gastos externos, como terceirizações, consultorias e contratação de agências.

    A pesquisa mostra que a maior parte das demissões tem se dado em funções que não essenciais e que já eram terceirizadas, como atendimento ao cliente e processos administrativos -nessas áreas, executivos relataram cortes de 5% a 20% da força de trabalho prévia.

    Nos setores de mídia e tecnologia, contudo, a previsão de impacto é maior: 80% dos executivos entrevistados preveem reduzir contratações nos próximos dois anos.

    O estudo termina com uma recomendação: quem quiser sair do prejuízo vai ter que ir além das ferramentas de IA que exigem comandos humanos, os chamados “prompts”. É preciso ir além até da IA com agência, que funciona com menos intervenção humana, e criar uma “rede de agentes” capazes de executar tarefas e aprender -segundo os pesquisadores, é essa a próxima fronteira.

    95% dos projetos de IA não geram retorno às empresas, diz estudo

  • Idoso chinês pede divórcio após se apaixonar por modelo criada por IA

    Idoso chinês pede divórcio após se apaixonar por modelo criada por IA

    Um homem chinês de 75 anos apaixonou-se por uma pessoa criada pela Inteligência Artificial (IA) que encontrou das redes sociais e decidiu pedir o divórcio à sua mulher. O idoso acreditava ter encontrado o amor verdadeiro porque o avatar lhe fazia companhia e respondia às suas mensagens.

    Um homem chinês decidiu se divorciar da esposa depois de se apaixonar por uma pessoa criada por Inteligência Artificial (IA).

    De acordo com o Beijing Daily, Jiang, um idoso de 75 anos, encontrou por acaso um avatar criado por IA enquanto navegava nas redes sociais. Sem perceber que se tratava de uma criação tecnológica, ele começou a criar laços com a personagem e acabou ficando obcecado.

    O chinês se apaixonou pela personagem virtual e passou a tratá-la como sua namorada, já que ela respondia rapidamente às suas mensagens e sempre concordava com ele.

    Casado há vários anos, Jiang se cansou de ouvir as reclamações da esposa sobre o tempo que passava no celular e decidiu pedir o divórcio. Assim, acreditava que poderia ficar ao lado de seu “amor verdadeiro”, já que só tinha olhos para a nova companheira virtual.

    No entanto, os filhos perceberam a situação e explicaram ao idoso que sua namorada não passava de uma criação de IA e que, na verdade, não existia.

    O jornal chinês também revelou que esse não é um caso isolado no país e que esse tipo de “relacionamento” tem se tornado cada vez mais comum. Especialistas explicam que a solidão, somada ao realismo dos conteúdos gerados por IA, faz com que muitos idosos criem vínculos com esses avatares, na busca por companhia.

    As autoridades chinesas têm alertado as famílias para que fiquem atentas ao uso das redes sociais pelos mais velhos, já que eles podem cair em golpes e esquemas enganosos devido à dependência emocional criada com esses personagens virtuais.

    Idoso chinês pede divórcio após se apaixonar por modelo criada por IA

  • Galaxy S26 Ultra terá tela com tecnologia à prova de curiosos

    Galaxy S26 Ultra terá tela com tecnologia à prova de curiosos

    A tela contará com a tecnologia Flex Magic Pixel desenvolvida pela Samsung Display e que faz com que os pixéis sejam ajustados automaticamente para impedir o visionamento de determinados ângulos. O Galaxy S26 Ultra deverá ser o primeiro celular da Samsung a contar com este tipo de tela OLED.

    A Samsung deverá implementar no seu próximo top de linha Galaxy S26 Ultra uma nova tecnologia OLED que impedirá que pessoas nas proximidades do usuário consigam ver o que está sendo exibido na tela do celular.

    De acordo com o site SamMobile, esta tecnologia de tela é conhecida como Flex Magic Pixel e, apesar de ter sido desenvolvida pela Samsung Display, não deverá funcionar de uma forma muito diferente do que outros acessórios com o mesmo objetivo já presentes no mercado.

    Na prática, este Flex Magic Pixel faz com que o celular consiga ajustar pixéis da tela para que impeça o visionamento de determinados ângulos. Por exemplo, se o usuário estiver no trem usando o Galaxy S26 Ultra com alguém no banco do lado, esta pessoa não conseguirá ver o que estará vendo se a tela estiver voltada apenas para quem está usando.

    O Flex Magic Pixel foi mostrado pela primeira vez no evento Mobile World Congress este ano e, ao que parece, estará agora sendo produzido em massa com o objetivo de ser integrado no Galaxy S26 Ultra – com lançamento previsto para janeiro de 2026. No entanto, este deverá ser o único modelo da próxima geração de celulares da Samsung a contar com este tipo de tela OLED.

    Da mesma forma, acredita-se que os próximos modelos do Galaxy Z Fold e do Galaxy Z Flip também contarão com esta nova tela. No entanto, nada se sabe ainda sobre esta possibilidade.

    Galaxy S26 Ultra terá tela com tecnologia à prova de curiosos

  • Inteligência artificial turbina mercado de engajamento falso nas redes sociais no Brasil

    Inteligência artificial turbina mercado de engajamento falso nas redes sociais no Brasil

    Entre janeiro e março de 2025, o TikTok diz ter removido mais de 4 bilhões de curtidas falsas e cerca de 199 milhões de seguidores artificiais em todo o mundo. A moderação, segundo a empresa, combina tecnologia e dezenas de milhares de profissionais

    FOLHAPRESS) – A venda de comentários, curtidas e seguidores para turbinar publicações em redes sociais se sofisticou com empresas que oferecem conteúdo “sob medida”, redigido por inteligência artificial. A promessa é melhorar o alcance de posts no Instagram e no TikTok, gerando a aparência de engajamento feito por usuários reais.

    Se antes as pessoas eram contratadas como “bots humanos” nas chamadas fazendas de cliques, agora a automação domina o mercado e a inteligência artificial substitui os comentadores, que costumavam ganhar menos de um centavo por publicação.

    Procurado, o Instagram afirma que serviços de engajamento falso violam os termos de uso da plataforma e podem causar suspensão ou remoção de contas. Já o TikTok diz que, se forem descobertas contas ou conteúdo com métricas excessivas de forma inautêntica, os seguidores ou as curtidas falsas são removidos.

    “Trabalho com inteligência artificial, desenvolvi uma plataforma que já faz isso automaticamente, não uso pessoas para comentar”, diz a assessora digital Luana Atzei, 41, que usa uma página do Instagram com seu próprio nome para divulgar os serviços. “O cliente pode pedir o que ele quiser que os comentários escrevam. Também pode decidir quantos comentários femininos ou masculinos e o recorte por região do perfil”, afirma.

    Os preços variam de acordo com o pacote. A vendedora cobra R$ 50 por 50 comentários e R$ 80 por cem. Já a plataforma Fama Express anuncia seguidores, curtidas e visualizações com valores que começam em R$ 2,99. Na Popularos, 20 comentários no TikTok são vendidos a R$ 2,95. Também há opções de pagamento no Pix e cartão de crédito, como em um ecommerce tradicional.

    Luana também oferece cursos para quem deseja aprender a revender o serviço. “Eu cobro R$ 500. São cinco aulas, mas a se a pessoa tiver dificuldade em aprender, faço dez aulas e ofereço todo o suporte vitalício. Ensino a pessoa a manipular a plataforma de inteligência artificial que desenvolvi, com um programador, e ele mesmo automatiza tudo, eu não preciso fazer nada”, explica.
    Para receber os serviços, o perfil precisa estar em modo público. O cliente pode enviar os textos dos comentários desejados ou deixar que a inteligência artificial gere frases “espontâneas”, a partir do conteúdo da publicação. O prazo de entrega prometido é de até uma hora.

    A Fama Express afirma que os perfis usados são uma mistura de contas reais e robôs. Em seus termos de serviço, a empresa diz atuar apenas como “intermediadora”, sem garantir que todos os perfis sejam autênticos.

    Uma das estratégias da empresa é oferecer reposição gratuita: se seguidores comprados deixarem de seguir, o sistema repõe automaticamente durante 30 dias.

    QUAIS PROBLEMAS A PRÁTICA PODE TRAZER?

    Os vendedores dizem que o cliente está seguro. “Comprar seguidores, curtidas, comentários não dá nenhum problema, porque esse tipo de sistema é usado por todo mundo. A única coisa que dá banimento no Instagram é quebrar as diretrizes de comunidade”, afirma Luana.

    Procurado, o Instagram afirmou que “é importante que as interações na plataforma sejam genuínas” e que serviços de engajamento falso “violam os termos de uso”. Segundo a empresa, a Meta “investe em recursos significativos para combater esse tipo de abuso” e pode suspender ou remover contas envolvidas.

    O TikTok informou que “o engajamento autêntico é importante para a integridade da plataforma” e que não permite a comercialização de serviços que aumentem artificialmente métricas. A empresa afirma remover curtidas e seguidores falsos e tornar inelegível ao feed “Para você” conteúdos que tentem enganar o sistema de recomendação.

    Entre janeiro e março de 2025, o TikTok diz ter removido mais de 4 bilhões de curtidas falsas e cerca de 199 milhões de seguidores artificiais em todo o mundo. A moderação, segundo a empresa, combina tecnologia e dezenas de milhares de profissionais.

    Especialistas afirmam que a prática pode até prejudicar o engajamento. “As plataformas e seus algoritmos são projetados para detectar interações autênticas e mostrar conteúdo relevante para pessoas realmente engajadas.

    Quando interações falsas ou artificiais são usadas, a distribuição de conteúdo é menos eficiente, alcançando pessoas desinteressadas, o que, em última análise, reduz o alcance e o engajamento real”, afirma Fabiana Ramirez Cuenca, pesquisadora de segurança informática da Eset América Latina, empresa de cibersegurança.

    COMO IDENTIFICAR COMENTÁRIOS FALSOS?

    Fabiana explica que às vezes é difícil de identificar os comentários gerados por inteligência artificial em comparação com os produzidos por bots comuns. A IA consegue imitar melhor a linguagem cotidiana humana, incluindo gramática, fluidez e até possíveis erros”, diz.

    Alguns sinais, porém, que podem levantar suspeitas são, segundo a pesquisadora:
    – Mensagens muito genéricas, que poderiam ser usadas em qualquer vídeo
    – Respostas que não interagem de fato com o conteúdo ou com os outros usuários Interações que pareçam muito padronizadas ou forçadas
    – Expressões pouco naturais para o contexto
    – Repetição de mensagens semelhantes em diferentes perfis
    – Falta de consistência do perfil que comenta
    – Sem histórico

    Inteligência artificial turbina mercado de engajamento falso nas redes sociais no Brasil

  • Ameaça de IA? Estudo da Microsoft diz as profissões mais 'seguras'

    Ameaça de IA? Estudo da Microsoft diz as profissões mais 'seguras'

    Apesar de ter criado um sistema para avaliar a possibilidade das profissões serem mais ou menos afetadas pela disseminação de Inteligência Artificial, a Microsoft indica que tais resultados podem não ser necessariamente verdadeiros.

    Desde que o ChatGPT foi lançado no final de 2022, muitos debates surgiram sobre a possibilidade de ferramentas de Inteligência Artificial levarem à eliminação de postos de trabalho. Enquanto alguns acreditam que diversos empregos serão extintos, outros preferem ter uma visão mais otimista e apontam que novas funções — menos repetitivas — serão criadas.

    Agora, a Microsoft divulgou um estudo que aponta que, de fato, algumas profissões têm maior probabilidade de serem substituídas por ferramentas de IA. O estudo se baseia no que a empresa chama de uma “avaliação de aplicabilidade da IA”, a partir da análise de perguntas feitas ao chatbot Copilot no buscador Bing.

    Essa avaliação permitiu à Microsoft entender em quais tipos de atividades a IA pode ser mais ou menos relevante.

    Segundo o estudo, entre as profissões com maior pontuação de aplicabilidade estão: intérpretes/tradutores, historiadores, escritores, especialistas em relações públicas, matemáticos, contadores, modelos, desenvolvedores web, operadores de telemarketing, comissários de bordo, cientistas políticos, entre outros.

    A Microsoft destaca que esses empregos com maior chance de serem impactados pela IA são aqueles que envolvem aprendizado, análise, comunicação ou conhecimento especializado. Por outro lado, profissões como engenheiros navais, enfermeiros, mecânicos, agricultores, entre outras, apresentam baixa aplicabilidade para esse tipo de tecnologia.

    Apesar dos dados, a Microsoft faz questão de ressaltar que o estudo não afirma que essas profissões serão necessariamente substituídas por IA. O objetivo foi apenas identificar áreas onde essas ferramentas têm mais potencial de uso.

    “É tentador concluir que ocupações com grande sobreposição com atividades realizadas por Inteligência Artificial serão automatizadas e, portanto, levarão à perda de empregos ou à redução de salários, enquanto as ocupações auxiliadas por IA vão crescer e oferecer salários mais altos”, diz o estudo.

    “Mas isso seria um erro, já que nossos dados não consideram os impactos comerciais subsequentes da nova tecnologia — que são extremamente difíceis de prever e, muitas vezes, contraintuitivos.”

    Ameaça de IA? Estudo da Microsoft diz as profissões mais 'seguras'

  • Conheça projeto que regula redes sociais para crianças e adolescentes

    Conheça projeto que regula redes sociais para crianças e adolescentes

    De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o projeto foi relatado na Câmara pelo deputado Jadyel Alencar (Republicanos-Pi); texto obriga plataformas a adotarem medidas contra abusos na internet

    O projeto de lei (PL) 2.628 de 2022 entrou na pauta da Câmara dos Deputados nesta semana após a repercussão do vídeo influencer Felca Bressanim Pereira, que denunciou o uso de perfis nas redes sociais com crianças e adolescentes em situações consideradas inapropriadas para idade, a fim de conseguir engajamento e monetização dos seus canais.  

    De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o projeto foi relatado na Câmara pelo deputado Jadyel Alencar (Republicanos-Pi) e tem o apoio de centenas de organizações da sociedade civil que atuam com a proteção das crianças e adolescentes no Brasil.

    Entre as medidas, o texto obriga as plataformas digitais a tomarem medidas “razoáveis” para prevenir riscos de crianças e adolescentes acessarem conteúdos ilegais ou considerados impróprios para essas faixas etárias. 

    Além disso, o PL prevê regras para supervisão dos pais e responsáveis e exige mecanismos mais confiáveis para verificação da idade dos usuários de redes sociais, o que atualmente é feito basicamente por autodeclaração.

    A matéria ainda disciplina o uso de publicidade; a coleta e o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes; estabelece regras para jogos eletrônicos, veda à exposição a jogos de azar; e prevê a atuação do Poder Público para cumprir a legislação.

    A advogada de direitos digitais do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) Marina Fernandes explicou à Agência Brasil que o PL adapta direitos que já estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA], mas que não costumam ser aplicados nas redes sociais. A organização integra a Coalizão de Direitos na Rede.

    “O PL cria um ecossistema de regulação para as plataformas digitais em relação a crianças e adolescentes. O projeto determina que as plataformas tenham mais deveres e obrigações. Inicialmente, no artigo 5º, por exemplo, ele traz que as plataformas devem prevenir danos à infância.”

    Prevenir riscos

    Com 40 artigos e conhecido como ECA Digital, o projeto de lei determina no seu artigo 6º que as plataformas digitais devem adotar medidas para “prevenir e mitigar riscos” de crianças e adolescentes acessarem conteúdos que envolvam, entre outros pontos, exploração e abuso sexual; violência física; assédio; bullying virtual; incentivo a comportamentos de vícios; ou promoção e comercialização de jogos de azar; bebidas alcoólicas e tabagismo.

    O PL afirma ainda o projeto não exime a responsabilidade do país, tutores ou quem se beneficia financeiramente da produção e distribuição pública de conteúdos com crianças e adolescentes.

    Em casos de descumprimento da legislação, o projeto prevê advertências com prazo de medidas corretivas em até 30 dias. Persistindo a infração, poderá ser aplicada multa de até 10% do faturamento do grupo econômico no Brasil ou, na ausência de faturamento, de até R$ 50 milhões. Será possível ainda suspender temporariamente ou proibir o exercício das atividades de plataformas digitais em caso de as infrações não serem corrigidas.

    Faixa Etária

    O projeto de lei exige ainda que as plataformas avaliem o conteúdo que é distribuído para crianças e adolescentes de acordo com a faixa etária e indiquem “extensivamente” a todos os usuários sobre a classificação indicativa para o conteúdo divulgado.

    Para impedir o acesso de crianças a conteúdos inapropriados, o projeto determina que as plataformas digitais deverão adotar “mecanismos confiáveis de verificação da idade a cada acesso do usuário, vedada a autodeclaração”.

    A advogada do Idec Marina Fernandes disse que, mesmo as plataformas informando que as redes não são para menores de 13 anos, não há medidas para mitigar esse acesso atualmente.

    “Elas não têm nenhuma fiscalização sobre a verdadeira idade daqueles usuários. E elas sabem que tem crianças menores de 13 anos acessando. Existem conteúdos voltados à crianças menores de 13 anos.  O que PL traz no capítulo de verificação etária é de que elas seriam obrigadas a fazer uma verificação confiável”, comentou.

    Supervisão Parental

    Outro capítulo importante do projeto regula a supervisão dos pais ou responsáveis no uso das redes sociais por adolescentes. Segundo o texto, as plataformas devem “disponibilizar configurações e ferramentas acessíveis e fáceis de usar que apoiem a supervisão parental”.

    Organizações como a Meta informam que possuem esse serviço. Porém, a especialista do Idec, Marina Fernandes, destaca que esse tipo de ferramenta ainda não é eficiente. 

    “Muitas vezes, os pais não sabem utilizar porque é difícil encontrar essas ferramentas. Muitas delas são muito aquém do que o necessário porque estão ligadas ao design da plataforma que é construído para viciar ou não permite que os pais desabilitem conteúdos nocivos”, explicou.

    Segundo Fernandes, o PL apresenta um rol de exigências para tornar a supervisão mais efetiva. “É muito fácil falar que a família é responsável, mas às vezes a família não tem condições de atuar porque não tem informações suficientes para agir”, completou.

    Entre as medidas previstas no projeto, está a oferta de “funcionalidades que permitam limitar e monitorar o tempo de uso do produto ou serviço” por parte dos pais ou responsáveis.

    O documento diz ainda que os provedores de serviços digitais “devem garantir que usuários ou contas de crianças e adolescentes de até 16 anos de idade estejam vinculados ao usuário ou à conta de um de seus responsáveis legais”.

    Publicidade

    O projeto de lei traz ainda uma série de regras para o direcionamento de propaganda para crianças e adolescentes,

    “É vedada a utilização de técnicas de perfilamento para direcionamento de publicidade comercial a crianças e adolescentes, bem como o emprego de análise emocional, realidade aumentada, realidade estendida e realidade virtual para esse fim”, diz o artigo 22.

    No artigo 25, proíbe-se a criação de perfis de usuários crianças e adolescentes para fins de propaganda, usando coleta e tratamento de dados pessoais obtidos dos perfis de menores de 18 anos.

    “O PL veda especificamente que se use dados de crianças e adolescentes para perfilização comercial, ou seja, para enviar publicidade para essas crianças e adolescentes”, explicou Marina Fernandes.

    Poder Público

    O PL estabelece também que o Poder Público poderá atuar para regular os mecanismos previstos na legislação.   

    “Ato do Poder Executivo regulamentará os requisitos mínimos de transparência, segurança e interoperabilidade para os mecanismos de aferição de idade e supervisão parental adotados pelos sistemas operacionais e lojas de aplicativos”, afirma o parecer do relator.  

    Oposição 

    O PL 2628 encontra resistência da oposição liderada pelo Novo e pelo PL na Câmara dos Deputados. A líder do PL, deputada Caroline de Toni (PL-SC),  classificou o texto como tentativa de censurar as redes sociais e disse que foi procurada por representantes de plataformas digitais que alegaram “excesso de regulamentação”.

    “As leis já existem para punir. O que a gente precisa é melhorar o ordenamento jurídico e melhorar essa integração [das policias com as plataformas]. São medidas pontuais para facilitar e dar segurança jurídica, sem querer usar isso como pretexto para censurar a liberdade de expressão das redes sociais”, afirmou

    Procurada pela Agência Brasil, a Meta (dona da Facebook, Instagram e Whatsapp) não se manifestou sobre o PL 2628 até o fechamento desta reportagem. 

    O Conselho Digital, organização que reúne as gigantes da tecnologia Meta, Google, Tiktok, Amazon, entre outras, tem se manifestado pedindo alterações no texto. Quando o tema estava em tramitação no Senado, o Conselho Digital criticou o que chamou de obrigações excessivas. 

    “O equilíbrio entre a remoção de conteúdos nocivos e a preservação da liberdade de expressão torna-se um ponto delicado. A imposição de obrigações excessivamente rigorosas às plataformas pode incentivar a remoção indiscriminada de conteúdos legítimos”, disse a organização que representa, no Brasil, a maior parte das principais big techs em atividade.

    Conheça projeto que regula redes sociais para crianças e adolescentes

  • SpaceX fará novo lançamento do Starship no próximo fim de semana

    SpaceX fará novo lançamento do Starship no próximo fim de semana

    A SpaceX se prepara para realizar no próximo domingo (24) o décimo voo de teste do Starship, foguete de Elon Musk. O lançamento ocorrerá no Texas às 19h30 (horário local) e acontece após adiamentos e falhas em tentativas anteriores

    Há algum tempo os seguidores da SpaceX aguardam por um novo lançamento do Starship, foguete da empresa aeroespacial de Elon Musk. De acordo com a publicação mais recente na página oficial da companhia na rede social X, o próximo voo de teste pode acontecer já no fim de semana.

    “O décimo voo de teste do Starship está sendo preparado para domingo, 24 de agosto”, diz a publicação. O lançamento está previsto para às 19h30 na base da SpaceX, no Texas (EUA), o que significa que em Lisboa será 1h30 da madrugada de segunda-feira, 25.

    Vale lembrar que o último voo de teste do Starship ocorreu no fim de maio e terminou com a desintegração do foguete. Já em junho, durante um teste preparatório para este décimo voo, o foguete sofreu “uma grave anomalia” e explodiu ainda na plataforma. Na ocasião, Elon Musk afirmou que “foi só um arranhão”.

     

    Musk havia projetado inicialmente que o décimo voo de teste aconteceria no início de agosto, mas o lançamento acabou adiado para aguardar a aprovação das autoridades reguladoras dos Estados Unidos.

    SpaceX fará novo lançamento do Starship no próximo fim de semana

  • AGU pede que Meta exclua chatbots que promovem erotização infantil

    AGU pede que Meta exclua chatbots que promovem erotização infantil

    A AGU notificou a Meta para retirar em até 72 horas chatbots que simulam crianças e promovem diálogos sexuais. O órgão alerta para riscos de erotização infantil e cobra medidas de proteção a menores em redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp

    A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta segunda-feira (18) uma notificação às redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp para solicitar a exclusão de robôs de inteligência artificial que simulam aparência infantil e realizam diálogos com conteúdo sexual.  

    A empresa tem 72 horas para excluir os robôs e esclarecer quais medidas têm sido adotadas para evitar que crianças e adolescentes tenham acesso a conteúdo sexual e erótico.

    No ofício enviado à Meta, empresa que opera as redes citadas, a AGU disse que chatbots criados por meio da ferramenta Meta IA Studio promovem a erotização infantil. 

    O órgão também acrescentou que as plataformas da Meta estão disponíveis para menores de idade, a partir dos 13 anos, e não existe filtro para verificar a idade dos usuários entre 13 e 18 anos. 

    “Tais chatbots têm potencialidade de alcançar um público cada vez mais amplo nas plataformas digitais, especialmente nas redes sociais da Meta, ampliando de forma exponencial o risco do contato de menores de idade com material sexualmente sugestivo e potencialmente criminoso”, argumenta a AGU.

    O tema sobre a erotização de crianças veio à tona nas últimas semanas após o influenciador Felca denunciar perfis que usam crianças e adolescentes para promover a adultização infantil. Nesta semana, a Câmara dos Deputados deve voltar a debater a aprovação de um projeto de lei (PL) para combater a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais.

    A Agência Brasil procurou a Meta para comentar a notificação, mas ainda não recebeu retorno. 

    AGU pede que Meta exclua chatbots que promovem erotização infantil

  • Google Tradutor deve ganhar modo de aprendizado e traduções com IA Gemini

    Google Tradutor deve ganhar modo de aprendizado e traduções com IA Gemini

    A nova versão do Google Tradutor indica recursos que vão além da simples tradução, incluindo prática gamificada de idiomas e dois modos distintos de tradução. As novidades podem estrear oficialmente com o lançamento do Android 17 no próximo ano.

    O Google Tradutor é um dos serviços mais populares para quem precisa traduzir textos e, ao que tudo indica, a gigante de tecnologia está preparando novidades que ajudarão os usuários a aprender novos idiomas.

    Segundo o site Android Police, a versão mais recente do aplicativo traz mudanças na interface que sugerem um novo modo de prática e “gamificação” do aprendizado de línguas — semelhante ao que acontece no Duolingo, uma das plataformas mais conhecidas nesse segmento.

    Além disso, o Google Tradutor deve ganhar em breve dois novos modos de tradução: Rápido e Avançado. O primeiro seguirá o modelo atual, exibindo diretamente a tradução do texto. Já o Avançado usará o modelo de Inteligência Artificial Gemini para oferecer mais contexto em torno de um texto ou conversa.

    Ainda não há data definida para a chegada desses recursos, mas é possível que sejam lançados junto com o Android 17, previsto para o próximo ano.

    Google Tradutor deve ganhar modo de aprendizado e traduções com IA Gemini