SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians entrou em contato com a CBF e registrou reclamações sobre o pênalti polêmico marcado para o Internacional, nesta quarta-feira (1º), e que originou o gol do empate por 1 a 1. Ao UOL, o presidente Osmar Stabile sugeriu a criação de um “guia” que poderia ser consultado por árbitros durante as partidas.
O Corinthians questionou a atuação do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima e do VAR, Gilberto Rodrigues Castro Junior, no jogo disputado no Beira-Rio.
A indignação corintiana se dá pelo pênalti marcado após lance envolvendo Cacá e Bruno Henrique. Em campo, nada foi marcado, mas a decisão mudou após o juiz ir ao VAR. O clube paulista também questiona o fato de os cinco minutos de acréscimos já estarem estourados quando o lateral que originou a marcação foi cobrado.
A indignação do Corinthians começou no domingo e chegou ao ápice nesta quarta-feira. Em posicionamento enviado ao UOL [veja a íntegra no final da matéria], o presidente do clube paulista questionou a “inconsistências nas decisões” dos árbitros nos jogos contra Flamengo e Internacional, as quais definiu como “absurdas e inaceitáveis”.
Stabile pede urgência à CBF no ajuste dos parâmetros definidos para a arbitragem. Uma das soluções sugeridas pelo presidente é que a entidade crie uma cartilha com os critérios e que poderia ser consultada pelos árbitros e assistentes durante os jogos.
“Este material poderia servir como um guia que eles levassem “debaixo do braço” durante os jogos, permitindo consultas imediatas e decisões mais assertivas a cada lance. Essa ação proporcionaria maior transparência, uniformidade e confiança nas decisões tomadas dentro de campo”, disse Omar.
O presidente do Corinthians vê estagnação quanto à busca pela justiça esportiva.
“A falta de clareza e a aparente ausência de um protocolo rígido levam a erros que comprometem a integridade das partidas e frustram jogadores, técnicos e torcedores. Não é possível que em pleno século XXI ainda enfrentemos situações decorrentes da estagnação, onde não há desenvolvimento contínuo nem aprimoramento nas práticas adotadas”, afirma.
VEJA O POSICIONAMENTO COMPLETO
“Gostaria de expressar minha profunda preocupação em relação à constante inconsistência nas decisões da arbitragem nos jogos do Corinthians, situação que considero absolutamente absurda e inaceitável. Não podemos aceitar que, a cada partida, nosso time seja prejudicado por critérios que parecem não ter clareza ou uniformidade. Isso não apenas afeta o desempenho esportivo, mas também a credibilidade como um todo.
Acredito firmemente que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve agir com urgência para ajustar esses parâmetros. A falta de clareza e a aparente ausência de um protocolo rígido levam a erros que comprometem a integridade das partidas e frustram jogadores, técnicos e torcedores. Não é possível que em pleno século XXI ainda enfrentemos situações decorrentes da estagnação, onde não há desenvolvimento contínuo nem aprimoramento nas práticas adotadas.
Uma possível solução seria a elaboração de uma cartilha detalhada que contenha todos os critérios de arbitragem, a qual dever ser disponibilizada para os árbitros e assistentes. Este material poderia servir como um guia que eles levassem “debaixo do braço” durante os jogos, permitindo consultas imediatas e decisões mais assertivas a cada lance. Essa ação proporcionaria maior transparência, uniformidade e confiança nas decisões tomadas dentro de campo.
É fundamental que a CBF perceba que avançar nesse sentido é imprescindível para evitar questionamentos constantes e para garantir o equilíbrio que todo esporte deve prezar. A busca por melhorias contínuas não deve ser vista como crítica destrutiva, mas sim como um direcionamento construtivo em prol do desenvolvimento do futebol brasileiro.
Reforço a importância de um diálogo aberto entre os envolvidos, incluindo clubes, árbitros, comissão técnica e dirigentes, para juntos encontrarmos soluções viáveis e eficazes. É preciso romper com a estagnação e caminhar rumo a um futuro em que a justiça esportiva prevaleça.
Agradeço a atenção dispensada e coloco-me à disposição para contribuir no que for possível para a evolução do nosso amado esporte.”
POLÊMICAS ENVOLVENDO O CORINTHIANS
O clube paulista vive semana de revolta com a arbitragem. Tudo começou no último domingo, quando o clube questionou a marcação de um lateral para o Flamengo e que originou o gol da virada dos cariocas na vitória por 2 a 1, em Itaquera. Na visão do Alvinegro, a marcação foi invertida, já que a bola teria desviado por último em Plata e não em Gustavo Henrique.
O ápice veio nesta quarta-feira (01), com o pênalti marcado no último lance e que deu o empate ao Internacional por 1 a 1. Após o jogo, jogadores e o executivo de futebol Fabinho cercaram o árbitro, que contou com bloqueio da polícia para conter os ânimos.
Dorival Júnior também deixou o jogo revoltado. O técnico foi expulso após questionar a ida do árbitro ao VAR no lance do pênalti e ficou esperando o árbitro no túnel de acesso aos vestiários. Ele, Fabinho Soldado e Osmar Stabile dirigiram críticas ao juiz pernambucano em sua saída do gramado.
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