Eurodeputada diz ter sido espancada e expulsa de Israel após missão

Rima Hassan, parlamentar franco-palestina, afirmou ter sido agredida por policiais israelenses após participar da flotilha humanitária Global Sumud, que levava ajuda a Gaza. Ela e outros 160 ativistas, incluindo Greta Thunberg, foram deportados para a Grécia e denunciaram abusos e más condições nas prisões israelenses

A eurodeputada Rima Hassan afirmou nesta segunda-feira (6), na Grécia, que foi expulsa de Israel e agredida por policiais israelenses após participar da flotilha humanitária Global Sumud Flotilla, que seguia com destino à Faixa de Gaza.

“Fui espancada ao entrar na van por dois policiais israelenses”, disse a parlamentar do partido francês France Insoumise à agência AFP, no Aeroporto Internacional de Atenas, para onde foi levada junto com outros 160 ativistas deportados — entre eles, a ativista sueca Greta Thunberg.

Vestindo um agasalho cinza, semelhante ao usado por detentos em prisões israelenses, Hassan afirmou que vários ativistas também foram agredidos. “Alguns de nós fomos espancados”, declarou.

A deputada franco-palestina relatou ainda as condições precárias na prisão de alta segurança de Negev, no deserto israelense, onde ficaram detidos. “Às vezes éramos 13 a 15 pessoas por cela, sem camas, dormindo em colchões no chão. Faltava tudo”, disse.

Mais cedo, o governo de Israel confirmou a expulsão de 171 ativistas, incluindo Greta Thunberg, após a interceptação marítima da flotilha que tentava romper o bloqueio israelense a Gaza.

Em Atenas, Greta afirmou ter sofrido “maus-tratos e abusos” durante a detenção, sem detalhar.

A Global Sumud Flotilla zarpou da Espanha no início de setembro com o objetivo de entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Cerca de 50 embarcações foram interceptadas pela Marinha israelense entre a costa do Egito e Gaza, entre quarta e sexta-feira passadas.

Entre os detidos estavam a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves, que retornaram a Portugal na noite de domingo.

Os portugueses também relataram abusos e violações de direitos humanos nas prisões israelenses.

Para os organizadores da flotilha e para a Anistia Internacional, a detenção dos ativistas foi ilegal.

O conflito no Oriente Médio se intensificou após os ataques do grupo palestino Hamas, em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel. A ofensiva israelense em retaliação já deixou mais de 65 mil mortos na Faixa de Gaza.

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