DOHA, CATAR (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Filipe Luís concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (12), em Doha, na véspera da partida contra o Pyramids, do Egito, pela semifinal da Copa Intercontinental. E a grande notícia revelada pelo treinador é a grande chance de Pedro estar em campo, ao menos por alguns minutos, diante do campeão africano. O teste final acontecerá no treino das 10h (horário de Brasília).
“Muito bom ter o Pedro ontem [11] (no treino). Voltou com a mesma confiança e alegria, com a importância dele para o grupo. Hoje tem mais um teste para ele ver como estará em relação aos companheiros, as sensações. Minha expectativa é que hoje corra bem e ele possa ter minutos amanhã”, disse Filipe Luís.
O que ele falou?
Time contra o Pyramids. “Não posso adiantar nada para vocês. Temos o dia de hoje e parte do dia de amanhã para decidir em função da recuperação dos jogadores. Tem jogadores com mais de 30, 33 anos. A recuperação depois de três dias não é completa. Nosso adversário descansou para jogar esse jogo e nós não. Temos que achar uma equipe competitiva, sólida e fresca”.
Copa do Mundo de Clubes. “Deixamos uma boa impressão para o futebol mundial, mas não para o futebol brasileiro. Eu não esqueço do massacre que foi depois do jogo contra o Bayern. Para o mundo, o Flamengo deixou uma boa impressão, mas, infelizmente, no Brasil só vale resultado. O Luis Enrique não quer enfrentar o Flamengo, e o Flamengo também não quer enfrentar o PSG, mas não vão ter uma semifinal para correr esse risco. (Luis) assinou o quadro mais bonito do futebol, que é esse PSG autoral dele. O PSG é único no futebol, é muito difícil de se copiar pelas particularidades, só dá para admirar. No Flamengo mudou, principalmente, ter perdido nosso capitão (Gerson), o lado direito. Tivemos que nos reinventar. Isso foi o que mais mudou na nossa equipe de lá para cá”.
Fase do Pyramids. “O Mayele foi o jogador determinante no jogo do Al Ahli, talvez seja o jogador mais determinante do Pyramids, mas é uma equipe muito sólida, que não se resume só a esse jogador. A fase defensiva é muito bem trabalhada, é um treinador que entende muito bem essa fase defensiva. Pelo que pude analisar, é um time que se defende muito bem, que entende muito bem coberturas, a marcação das linhas. O Al Ahli, que é um dos times mais bem trabalhados da Arábia, sofreu muito para tentar entrar no bloco defensivo deles. Teremos que estar muito bem posicionados taticamente no campo, mas o principal é que os jogadores estejam com a criatividade e a ousadia em dia para esse jogo”.
Estádio vazio na estreia. “É estranho porque sempre onde o Flamengo está na América do Sul, a torcida lota o estádio. Teve o Mundial na metade do ano (EUA) e essa final de Libertadores (Lima) com o Mundial em seguida. Então muitos torcedores tiveram que esperar o resultado da final da Libertadores para se planejar e não é barato vir até aqui. A nossa torcida não está toda aqui, mas sabemos que está em peso no Brasil torcendo pela gente”.
Justo o time europeu disputar apenas a final? “Justo não é, mas não vou ser eu a reclamar dessa oportunidade maravilhosa de estar no Mundial e estar disputando contra essas grandes equipes. Mas sabemos que o time europeu não corre o risco de cair em uma semifinal, não tem um cansaço que a gente pode ter na final. Mas, ao mesmo tempo, é um privilégio muito grande estar disputando esse torneio, seja o formato que for. Portanto, vamos desfrutar o máximo possível dessa oportunidade que temos”.
Gramado. “No segundo tempo, os jogadores já se adaptaram a isso, tanto na velocidade quanto no gramado. Esse gramado é um espetáculo, todos falam isso. Não vai influenciar nada. Já sabe como é o estádio, o gramado, a bola. Esperamos que não tenha nenhum fator externo que possa influenciar nas tomadas de decisão dos jogadores”.
Sente-se favorito? “Não sei se é um defeito meu ou não, mas eu nunca me sinto favorito como treinador. Sempre estou ansioso e vejo a equipe rival como a melhor do mundo e vejo coisas muito boas. Acho que amanhã vai ser uma partida muito difícil pelo o que analisei e vejo. Imagino isso. Claro, eles tiveram partidas ruins antes também, mas são pouquíssimas. Perderam apenas uma/duas partidas desde agosto. É uma equipe que está acostumada a ganhar e competir. Não me sinto nada favorito. Sei que tenho os melhores jogadores, mas não me sinto favorito”.

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