Líder opositora de Maduro vence o Prêmio Nobel da Paz de 2025

Líder opositora venezuelana foi reconhecida por sua luta em defesa da democracia e por promover uma transição pacífica no país, mesmo sob ameaças e perseguição do regime de Nicolás Maduro.

A venezuelana María Corina Machado foi a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025. O Comitê Norueguês justificou a escolha destacando o trabalho incansável da líder opositora na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e na luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia.

Em comunicado, o comitê afirmou que, no último ano, María Corina Machado foi forçada a viver escondida. Apesar das ameaças contra sua vida, ela escolheu permanecer em seu país, inspirando milhões de pessoas. O texto também destacou que, quando o autoritarismo assume o poder, é fundamental reconhecer a coragem daqueles que defendem a liberdade e resistem.

O comitê ressaltou ainda que vivemos em um mundo onde a democracia está em declínio e regimes autoritários desafiam normas e recorrem à violência. A democracia, segundo o comunicado, é uma condição essencial para uma paz duradoura. A entidade afirmou que María Corina Machado representa um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nas últimas décadas.

Líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro, María Corina Machado foi deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014 e tornou-se símbolo da resistência democrática no país. Impedida de disputar as últimas eleições presidenciais, ela tem sido uma das vozes mais ativas contra a repressão política e a crise humanitária vivida pela Venezuela.

O Prêmio Nobel da Paz é o único entregue em Oslo, na Noruega, enquanto as demais categorias são concedidas em Estocolmo, na Suécia. Em 2024, o prêmio foi concedido à organização japonesa Nihon Hidankyo, formada por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, em reconhecimento à sua luta pela abolição das armas nucleares.

Neste ano, 338 pessoas e organizações foram indicadas ao Nobel da Paz, mas a lista permanecerá em sigilo por 50 anos, conforme as regras do comitê. Entre os favoritos estavam a ativista russa Yulia Navalnaya, viúva do opositor Alexei Navalny, morto em uma prisão no Ártico em 2024, e a rede sudanesa Salas de Resposta de Emergência, que presta ajuda às vítimas da guerra civil no Sudão.

O Prêmio Nobel foi criado por Alfred Nobel, inventor da dinamite, que destinou sua fortuna para reconhecer personalidades que contribuíssem para o progresso da humanidade. Desde 1901, o Nobel da Paz foi entregue 105 vezes, premiando 142 laureados, entre indivíduos e organizações. A cerimônia de entrega ocorre todos os anos em 10 de dezembro, data que marca a morte de Alfred Nobel.
 
 

 

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