(CBS NEWS) – Intérprete da médica Hannah Asher em “Chicago Med” desde 2020, Jessy Schram, 39, diz que já se acostumou a ouvir histórias reais de pessoas que passam por problemas de saúde como os que sua personagem atende na série. “Já aconteceu até enquanto eu comprava sapatos em uma loja de departamento”, contou ela ao F5 durante recente passagem pelo Brasil.
“É muito legal interpretar uma personagem com quem as pessoas se sentem tão confortáveis para compartilhar e se relacionar”, completou. “As pessoas adoram compartilhar seu histórico médico comigo e podem contar comigo para isso (risos).”
A 11ª leva de episódios da série, que estreia nesta quarta-feira (1º) nos Estados Unidos, chega ao país em novembro pelo serviço de streaming Universal+. As dez temporadas anteriores estão disponíveis na plataforma –as temporadas 1, 2, 7, 8 e 9 também podem ser encontradas no Globoplay.
Para vir a São Paulo divulgar a nova programação do Universal+, a atriz tirou uma breve folga das gravações. “Em dois dias estarei de volta ao set”, comentou. Tentando evitar dar muitos spoilers, ela falou sobre o futuro da personagem, que terminou a temporada revelando uma gravidez.
“Acho que Hannah está extremamente grata e animada com isso e também extremamente apreensiva e realmente muito nervosa”, antecipou. “Ela não sabe o que vai acontecer medicamente com ela gerando um bebê dentro dela. Ela conhece todas as coisas que podem dar certo, mas principalmente as coisas que poderiam dar errado.”
Levando em conta que Hannah é obstetra no Gaffney Chicago Medical Center, a própria Jessy sugeriu que ela ficasse um pouco mais neurótica que uma grávida qualquer. “Perguntei ao nosso showrunner se ela poderia sempre ter um medidor de pressão arterial por estar aterrorizada com pré-eclâmpsia”, exemplificou.
Ela diz que Allen Macdonald, responsável pela série, levou em conta as ideias que ela apresentou. “Haverá coisas com as quais ela é ultrasensível e ultraconsciente, até pela experiência e pelo que ela vê diariamente”, disse. “Acho que será interessante ver como ela lida com tudo.”
Um ponto que deixou o público curioso é que o pai da criança ainda não foi revelado. “Não é uma situação tradicional”, avaliou a atriz. “Ela não estava em um relacionamento quando isso aconteceu. Em termos de linha do tempo, não sabemos como isso aconteceu, o que sabemos é que ela vai manter o bebê. Ela decidiu fazer isso sozinha e sem saber se mais alguém vai estar envolvido nisso ou não.”
A atriz diz que o mais interessante de sua personagem é que ela não tem apenas uma face. “Eu amo a empatia, força e vulnerabilidade da Hannah”, afirmou. “Sabe, conseguimos ver tantos lados dela e amo que ela seja vulnerável o suficiente para mostrar todos eles.”
Ela chama a atenção para o fato de a personagem lidar com o alcoolismo, o que torna sua complexidade muito maior do que se fosse apenas uma médica poderosa que faz de tudo para ajudar seus pacientes. “Para os elementos dela com o vício, tenho o manual dos Alcoólicos Anônimos no meu trailer”, contou. “E tem algumas pessoas [com o mesmo vício] com quem conversei no passado -e sempre tento honrar isso.”
Já sobre o aspecto médico, ela disse que se prepara para cada episódio tirando todas as dúvidas sobre o que será tratado naquele momento. “O Google é útil, mas nossos consultores médicos são muito mais melhores, com experiência vivida e profissionalismo real”, elogiou.
Lembrada de que, neste ano, o Emmy foi vencido por outro drama médico (“The Pitt”, da HBO Max), Jessy tenta explicar o apelo infindável das histórias que se passam em hospitais. “Acho que porque as pessoas podem se ver nesses programas”, analisou.
“Eu amo um bom filme de ação, amo alienígenas. Gosto de várias as coisas diferentes, não me entenda mal, mas acho que dramas médicos tratam de interações humanas”, prosseguiu. “Adoro que as pessoas estejam se conectando a isso, porque é o que você obtém desse tipo de programa.”