(UOL/FOLHAPRESS) – A presença dos tapumes que isolaram o entorno do Allianz Parque, no último sábado, data da final da Libertadores contra o Flamengo, foi bancada exclusivamente pelo bolso dos comerciantes locais. As proteções metálicas intrigaram os torcedores que passaram pela região.
CUSTO DE TAPUME FOI BANCADO POR COMERCIANTES
O UOL apurou que, enquanto Palmeiras e WTorre se mantiveram distantes da operação, os donos de bares organizaram um rateio para custear a estrutura. A medida foi para evitar risco de caos provocado pela mistura de torcedores tensos com a decisão continental e a multidão atraída pelas promoções de Black Friday do shopping vizinho.
O grupo desembolsou cerca de R$ 8 mil para fechar o perímetro, garantindo também que vendedores ambulantes não entrassem na área – uma forma de assegurar que o consumo ficasse restrito aos estabelecimentos que pagaram a conta. A Mancha Verde chegou a participar das reuniões de planejamento para alinhar a logística da rua, mas não colocou dinheiro no projeto.
A decisão de pagar pela “blindagem” surgiu após um aviso das autoridades. Em reunião prévia, a Polícia Militar e a Subprefeitura sinalizaram que não forneceriam o material oficial, mas deixaram claro que agiriam com rigor caso a aglomeração na Rua Palestra Itália saísse do controle e bloqueasse a via durante a partida. Para evitar tumultos e garantir o funcionamento dos negócios, os comerciantes assumiram a responsabilidade.
A reportagem apurou que o clube chegou a debater internamente a abertura do estádio para transmitir o jogo nos telões, mas desistiu da ideia. A burocracia dos órgãos de segurança e a falta de um consenso interno foram os principais motivos. Além disso, a diretoria avaliou que a ocupação das ruas Caraíbas e Palestra é um movimento orgânico da torcida, que historicamente dispensa a oficialização ou intervenção direta da instituição.
Em contato com o UOL, a WTorre explicou que não organiza evento por conta própria e que não houve interessados em criar o evento.

Deixe um comentário