Autor: REDAÇÃO

  • Haddad pede cooperação na segurança com RJ após decisão do STJ

    Haddad pede cooperação na segurança com RJ após decisão do STJ

    Segundo Haddad, a cooperação institucional é fundamental para asfixiar financeiramente o crime organizado, reduzindo sua capacidade de financiar armas e cooptar jovens nas comunidades

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (29) uma ação conjunta entre as procuradorias federal e do Rio de Janeiro para combater fraudes fiscais e o financiamento do crime organizado no setor de combustíveis. A declaração ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar a manutenção do fechamento da Refinaria de Manguinhos (Refit), suspeita de envolvimento em irregularidades bilionárias e vínculos com facções criminosas.

    Assinada pelo ministro Herman Benjamin, a liminar do STJ suspendeu outra liminar, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que havia autorizado a retomada das atividades da refinaria. A manutenção da interdição atende a um pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que apontou risco de “grave lesão à economia e à ordem pública” caso a Refit voltasse a operar.

    Haddad informou que a procuradora da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi, será enviada ao Rio de Janeiro para dialogar com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ) e explicar os motivos da interdição. “A Dra. Anelize vai entrar em contato com o governador amanhã para explicar toda a problemática que o Rio está enfrentando. Aparentemente, ele não está inteirado da situação”, disse o ministro. 

    Segundo Haddad, a cooperação institucional é fundamental para asfixiar financeiramente o crime organizado, reduzindo sua capacidade de financiar armas e cooptar jovens nas comunidades. “Nós temos que operar para asfixiar o que irriga o crime organizado, o que o abastece de recursos para compra de armamentos e aliciamento. Temos que agir no andar de cima também”, afirmou.

    Arrecadação

    O governo do Rio de Janeiro tinha recorrido ao TJRJ para reabrir a refinaria sob o argumento de que a paralisação prejudicaria a arrecadação do estado, atualmente sob Regime de Recuperação Fiscal. Haddad, no entanto, disse que a melhor forma de manter as receitas do Rio de Janeiro é a retomada das atividades turísticas e dos investimentos, prejudicados pela operação policial que deixou mais de 120 mortos no estado.

    “Ninguém pode imaginar que cenas como as de ontem, com mais de 120 mortes em operações policiais, vão atrair turista, investimento ou aumentar arrecadação. O governador só tem a ganhar se agir junto conosco”, afirmou.Haddad ainda reforçou que o combate às organizações criminosas “não pode ser tratado como disputa eleitoral”. Na terça-feira (28), Castro havia criticado o governo federal por supostamente negar o envio de blindados ao estado para ações contra o tráfico. “Isso aqui não é palanque eleitoral. É uma disputa do Estado brasileiro contra o crime”, rebateu o ministro.

    Operação Cadeia de Carbono

    A Refinaria de Manguinhos foi interditada em setembro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), após irregularidades identificadas na Operação Cadeia de Carbono, conduzida pela Receita Federal.

    A investigação é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mercado de combustíveis. Segundo o Fisco, a Refit seria uma “sonegadora contumaz”, deixando de recolher mais de 80% dos tributos federais e estaduais entre 2022 e 2024. A empresa também é acusada de falsificar declarações fiscais, informando transportar matéria-prima quando, na verdade, enviava gasolina pronta – prática que reduz o valor dos impostos devidos.

    A Receita apreendeu dois navios que transportavam combustível com destino à refinaria e suspeita que postos controlados por organizações criminosas estivessem sendo abastecidos com produtos da Refit.

    Em nota, a empresa voltou a criticar a ANP e a Receita Federal, afirmando que a interdição se baseou em “contradições e inconsistências” e que laudos independentes apontam que as embarcações carregavam petróleo, e não gasolina automotiva. A Refit também acusou a ANP de ter consultado a Petrobras sobre assumir parte do mercado antes da interdição, o que classificou como conflito de interesses.

    Pressão de entidades

    O Instituto Combustível Legal (ICL) enviou ofício à ANP e ao Ministério Público Federal pedindo a suspensão imediata de qualquer atividade da Refit. A entidade alega que a autorização para formulação e comercialização de combustíveis sem a comprovação do refino viola regras técnicas da agência e cria insegurança regulatória.

    O ICL alerta que a liberação parcial “distorce o ambiente competitivo e cria precedente perigoso” para o setor.

    Haddad pede cooperação na segurança com RJ após decisão do STJ

  • Sia enfrenta batalha judicial com ex-marido por guarda do filho do casal

    Sia enfrenta batalha judicial com ex-marido por guarda do filho do casal

    Daniel Bernad entrou com um pedido de custódia total do filho de um ano com a cantora na Justiça americana na segunda-feira (27); ele também solicitou uma pensão alimentícia de US$ 77.245 mensais

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A cantora Sia está travando uma batalha judicial com o ex-marido, Daniel Bernad, pela guarda do filho de um ano.

    Segundo informações divulgadas pela People, o empresário entrou com um pedido de custódia total na Justiça americana na segunda-feira (27), afirmando que a artista representa “um risco grave e iminente” para a criança por conta de supostos problemas com drogas e álcool. Ele também solicitou uma pensão alimentícia de US$ 77.245 mensais, o equivalente cerca de R$ 415 mil na cotação atual.

    Nos documentos do processo, Bernad alega que ela teria passado por uma internação sigilosa de duas semanas em setembro para tratar o vício em drogas. O ex-marido também afirma estar desempregado e pede que Sia arque com todas as despesas médicas e escolares do filho, além de participar de aulas de coparentalidade por seis meses.

    Ele solicita ainda que a artista realize exames toxicológicos aleatórios três vezes por mês e tenha as visitas com o menino supervisionadas. Segundo ele, Sia “delegou quase todas as responsabilidades de criação a uma equipe de babás” e se mantém distante do cotidiano do filho.

    A artista respondeu oficialmente ao pedido no mesmo dia, pedindo que a Justiça rejeitasse a ação. Em documento obtido pela revista americana, Sia negou as acusações e afirmou que está completamente sóbria há mais de seis meses. “Embora eu tenha enfrentado problemas com drogas e álcool há mais de 15 anos, estou sóbria e sigo um programa de recuperação que inclui testes semanais e acompanhamento profissional”, declarou.

    A artista classificou as alegações do ex como “infundadas e enganosas”, afirmando que ele tenta usar seu passado de dependência como arma no processo de guarda com objetivo de obter vantagens financeira e sem se importar com bem-estar da criança.

    Sia também acusou Bernad revelou já ter pago mais de US$ 300 mil desde a separação, em março. Segundo a artista, o ex-marido se recusou a fazer os mesmos testes toxicológicos que ela realiza voluntariamente. “Minha recuperação tem sido um pilar da minha vida e uma das principais razões pelas quais decidi me separar de Dan, cujo envolvimento contínuo com a vida noturna e o uso recreativo de drogas é incompatível com um ambiente saudável para nosso filho”, completou.

    A cantora também manifestou preocupação com o fato de o filho passar tempo com o pai sem supervisão. Segundo alegado pela cantora, Daniel Bernad foi investigado pela polícia de Los Angeles por suposta posse de material de pornografia infantil após a separação, mas o caso foi encerrado por falta de provas.

    “Embora as investigações tenham sido inconclusivas, isso não elimina minhas preocupações sobre Summi passar tempo sem supervisão com Dan”, disse. Para ela, o ex tenta “distorcer fatos e prejudicar sua credibilidade perante o tribunal” ao expor um problema “resolvido”.

    Na quarta-feira (29), a Justiça americana negou o pedido emergencial de guarda exclusiva feito por Bernad, alegando falta de evidências que justificassem a medida. O tribunal manteve o acordo anterior, que garante a Sia a custódia principal do filho e permite visitas limitadas e supervisionadas ao pai.

    Sia enfrenta batalha judicial com ex-marido por guarda do filho do casal

  • São Paulo e Belém recebem Mundiais de Clubes de vôlei em dezembro

    São Paulo e Belém recebem Mundiais de Clubes de vôlei em dezembro

    O Brasil foi escolhido pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para sediar os Campeonatos Mundiais de Clubes deste ano. O feminino será em São Paulo, entre os dias 9 e 14 de dezembro. Em seguida, será disputado o torneio masculino, de 16 a 21 do mesmo mês, em Belém.

    A capital paraense recebe o evento de maneira inédita, enquanto a paulista volta a ser sede após 31 anos. A última vez na qual o Brasil abrigou o evento foi em 2024, quando o Mundial masculino foi realizado em Uberlândia (MG), com título do Sada Cruzeiro.

    Sete equipes estão garantidas no torneio feminino. O Brasil terá dois representantes: o Osasco, vencedor da última edição da Superliga e que entra como anfitrião, e o Dentil Praia Clube, atual campeão sul-americano. A Itália também terá duas equipes na disputa: Conegliano, ganhador do Mundial em 2024, e Scandicci. 

    Os demais times confirmados são Alianza Lima (Peru), Zhetysu (Cazaquistão) e Zamalek (Egito). O Bihn Dien Long (Vietnã) desistiu e a FIVB ainda definirá quem ocupará a última vaga. A entidade também anunciará posteriormente o ginásio que receberá os jogos.

    O Brasil tem dois títulos no Mundial feminino. O primeiro, em 1994, veio com o extinto Leite Moça Sorocaba, justamente na última vez na qual São Paulo recebeu o torneio. Em 2012, o Osasco levou a taça em Doha (Catar). O Praia Clube tem dois quartos lugares, nas edições de 2023 e de 2024, como melhores campanhas.

    A competição masculina está com os oito participantes definidos. Três são brasileiros: Sada Cruzeiro, dono de cinco títulos mundiais, Vôlei Renata, atual vice da Superliga, e Praia Clube, terceiro colocado do campeonato nacional. Também estão na disputa o Perugia (Itália) o Warta Zawiercie (Polônia), o Al-Rayyan (Catar), o Osaka Bluteon (Japão) e o Swehly (Líbia). Os jogos serão realizados no Ginásio Guilherme Paraense, o Mangueirinho.

    O Cruzeiro é o único time brasileiro a ter vencido o Mundial. Em 1990 (em Milão, Itália) e em 1991 (São Paulo) o Banespa ficou com o vice. O Vôlei Renata, que chegou a Campinas (SP) em 2010, surgiu como uma continuidade justamente ao projeto do Banespa na modalidade.

    “O Mundial de Clubes é mais do que coroar os melhores clubes do mundo. É sobre inspirar a nova geração de jogadores e fãs. Dando aos fãs do Brasil e de todo o mundo a chance de presenciar os melhores clubes e atletas em ação, ao vivo nas arenas ou por meio de transmissões globais, continuaremos a inspirar as novas gerações a se conectarem com nosso esporte”, disse o presidente da FIVB, Fábio Azevedo, em declaração ao site da entidade.

    O show pirotécnico deve ser a atração principal que os torcedores prepararam para a partida entre Racing e o Flamengo

    Folhapress | 20:11 – 29/10/2025

    São Paulo e Belém recebem Mundiais de Clubes de vôlei em dezembro

  • Wole Soyinka, vencedor do Nobel, diz ter visto revogado após fazer crítica a Trump

    Wole Soyinka, vencedor do Nobel, diz ter visto revogado após fazer crítica a Trump

    O nigeriano afirmou ainda que não tem vontade de pisar em solo americano novamente, mas que deseja que os princípios de direitos humanos sejam respeitados

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O escritor nigeriano Wole Soyinka, que venceu o Nobel de Literatura, afirmou que teve seu visto americano revogado pelo governo Trump.

    Segundo afirmou em uma coletiva de imprensa nesta quarta, ele acredita que o motivo da recusa tenha sido um comentário que fez acerca do estilo e forma de governo do presidente americano.

    Soyinka, primeiro escritor negro a vencer o Nobel, havia dito que Trump é “uma versão branca de Idi Amin”, em referência ao ditador ugandense responsável por um governo brutal que matou estimadas 100 mil pessoas.

    Em sua fala nesta quarta, segundo o jornal britânico The Guardian, o autor não se mostrou afetado pela decisão do governo americano e disse que não acha que tenha sido um movimento feito para atacá-lo pessoalmente, mas algo relacionado às restrições da imigração dos Estados Unidos.

    O autor já teve um green card americano, mas, em protesto à primeira vitória de Trump, destruiu seu documento. Ele brincou, na época, que o papel teria “caído no meio de uma tesoura”.

    Em seu pronunciamento à imprensa, Soyinka leu uma carta em que denuncia a rejeição do governo americano. Ele afirma estar mais preocupado com “as pessoas que desaparecem por um mês após serem pegas ilegalmente em território estadunidense, as mães que são separadas de seus filhos por oficiais da Justiça”.

    O nigeriano afirmou ainda que não tem vontade de pisar em solo americano novamente, mas que deseja que os princípios de direitos humanos sejam respeitados no mundo inteiro.

    O governo Trump tem sido notório por recusar vistos por motivos políticos e retirar permissões já existentes, como no caso de estudantes universitários que se posicionaram a favor da Palestina. Aconteceu também com integrantes do governo brasileiro como ministros do Supremo Tribunal Federal e o chefe da pasta da Saúde, Alexandre Padilha.

    O Consulado Americano da Nigéria em Lagos decidiu não comentar sobre a remoção do visto do dramaturgo e poeta, que brincou que a ausência de resposta é uma “carta de amor”.

    Wole Soyinka, vencedor do Nobel, diz ter visto revogado após fazer crítica a Trump

  • Governo Federal anuncia escritório conjunto com Rio para combate ao crime

    Governo Federal anuncia escritório conjunto com Rio para combate ao crime

    Proposta foi divulgada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29) com Cláudio Castro e Ricardo Lewandowski; departamento será chefiado por secretário de Segurança Pública do RJ e pelo secretário nacional da mesma pasta, Mário Sarrubbo

    Na tarde desta quarta-feira (29), o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski teve uma reunião com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) para discutir sobre a megaoperação policial que terminou com mais de 130 mortos e 113 presos.

    Após a reunião, o ministro e o governador anunciaram acordo para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado em território fluminense. 

    O escritório será comandado pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, e pelo secretário nacional da pasta homônima, Mário Luiz Sarrubbo -ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo.

    O governador declarou que a ideia a partir de agora é que ações de combate ao crime organizado no estado aconteçam de forma integrada com o Governo Federal.

    O anúncio da criação do escritório vem um dia após troca de acusações entre o governo Castro e o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, que, na terça-feira (28), chegou a dizer ao titular do Palácio das Laranjeiras para que se responsabilizasse ou “jogasse a toalha”.

    Megaoperação Policial

    No primeiros momentos da operação, o governador decidiu jogar as responsabilidades da megaoperação ao governo federal e afirmou em coletiva de impresa que não obteve ajuda do governo Lula. Por outro lado, Lewandowski rebateu e afirmou que o governo federal não foi avisado de nenhuma operação, sendo que o governador já sabia que a Polícia Federal está com uma investigação contra facções criminosas em andamento.

    Após inúmeras críticas sobre um possível uso político da operação, que inclusive foi usada por outros governadores de direita, Castro recuou e recebeu integrantes do governo Lula. 

    Vale lembrar que o governo Lula propôs a PL Antifacção, para sufocar financeiramente os grupos criminoso e aumentar as penas para líderes de facções. O projeto também prevê criar uma base de dados nacional para rastrear criminosos. Governadores de oposição se posicionaram contra a medida.

    Governo Federal anuncia escritório conjunto com Rio para combate ao crime

  • STJD adia julgamento de recurso de Bruno Henrique, do Flamengo

    STJD adia julgamento de recurso de Bruno Henrique, do Flamengo

    RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O julgamento do recurso de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi adiado. O pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) ainda vai decidir a nova data para manter, ou não, a pena de 12 jogos de suspensão e multa.

    O pleito estava marcado para quinta-feira (30), às 10h (de Brasília), mas acabou sendo adiado. O STJD não informou a razão do adiamento, mas o UOL apurou que o momento de caos na cidade do Rio de Janeiro, em meio ao conflito entre a Polícia e facções criminosas, contribuiu.

    A reportagem também ouviu que o STJD deve remarcar o julgamento de Bruno Henrique para a próxima quinta-feira, dia 5 de novembro. É possível que a sessão aconteça em Brasília.

    Dessa forma, o atacante segue liberado para jogar pelo Flamengo. Bruno Henrique foi relacionado para a partida desta quarta-feira, contra o Racing, no jogo de volta da semifinal da Libertadores.

    RELEMBRE O CASO

    Bruno Henrique foi punido com 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil por “violar a ética esportiva”. Apesar disso, o jogador conseguiu um efeito suspensivo.

    O atacante foi julgado por suposta manipulação de resultados para beneficiar apostadores. O camisa 27 do Flamengo recebeu um cartão amarelo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, e levantou suspeitas das “bets”.

    O atacante faltou ao treino do Corinthians desta terça-feira (28) por encontrar dificuldades para deixar o Rio de Janeiro; Memphis deve ser titular no jogo contra o Grêmio, no domingo (2)

    Folhapress | 16:23 – 29/10/2025

    STJD adia julgamento de recurso de Bruno Henrique, do Flamengo

  • Presos por roubo do Louvre 'admitem parcialmente' envolvimento no crime

    Presos por roubo do Louvre 'admitem parcialmente' envolvimento no crime

    Suspeitos foram detidos graças a rastros de DNA que deixaram na cena do crime; um deles tentava fugir do país; procuradora Laure Beccuau afirma que joias ainda não foram encontradas, mas que tem esperança de reavê-las

    PARIS, FRANÇA (CBS NEWS) – Os dois homens detidos no sábado (25) suspeitos de roubar joias do Louvre no último dia 19 “admitiram parcialmente” seu envolvimento no crime, informou nesta quarta-feira (29) a procuradora Laure Beccuau, encarregada do caso. As joias ainda não foram encontradas.

    Ela revelou novos detalhes da investigação, mas explicou que é preciso manter o sigilo em relação aos outros dois cúmplices que ainda não foram capturados e deu a entender que pode haver outros envolvidos.

    “Ainda guardo a esperança de que as joias possam ser encontradas e devolvidas ao Louvre e à nação. Quem comprá-las será culpado de receptação. Ainda está em tempo para restituí-las”, alertou Beccuau. Foram levadas nove joias da coroa francesa, das quais só uma foi recuperada, a coroa da imperatriz Eugênia, abandonada perto do local do crime.

    Os dois acusados moram em Aubervilliers, cidade da periferia norte de Paris.

    Um deles, argelino, 34, foi preso às 20h de sábado no aeroporto internacional Charles de Gaulle, com uma passagem só de ida para a Argélia. Trabalhou como lixeiro e entregador, mas estava desempregado. Tinha condenações por roubo e infrações de trânsito. Foi pego graças ao DNA colhido em uma das scooters usadas na fuga.

    O outro, 39, foi preso perto da própria residência. Trabalhava como motorista de táxi clandestino e tem duas condenações por roubo, em 2008 e 2014. Em um deles, assaltou um caixa eletrônico usando um automóvel para arrombar o equipamento. Deixou traços de DNA em uma das vitrines e em objetos abandonados na fuga, o que permitiu identificá-lo. A procuradora desmentiu a informação, divulgada por alguns veículos franceses, de que ele estaria se preparando para fugir para o Mali.

    Os dois, que são os suspeitos que entraram na Galeria de Apolo, continuam presos, enquanto os cúmplices que os ajudaram a subir até a janela do Louvre continuam foragidos. Os dossiês judiciais dos detidos podem ser consultados pelos advogados, mas os inquéritos relacionados aos fugitivos seguem em sigilo.

    Ainda segundo ela, não há indício de cumplicidade dentro do museu.

    “Não vou detalhar mais os elementos que conhecemos”, concluiu Beccuau.

    Um trabalho “minucioso e monumental” de análise de câmeras de segurança do Louvre e da cidade foi realizado pelos investigadores. Isso permitiu reconstituir o percurso antes do roubo -os quatro marcaram um ponto de encontro e pegaram a camionete com a plataforma usada para invadir o museu e as duas scooters. Deixaram o museu em direção ao leste de Paris e abandonaram as scooters, trocando-as por outro veículo.

    Ironicamente, a camionete foi roubada em uma cidade chamada Louvres, com “s”, no dia 10 de outubro. O dono da camionete foi chamado para um suposto serviço de mudança, mas, ao chegar, foi rendido por dois homens.

    Presos por roubo do Louvre 'admitem parcialmente' envolvimento no crime

  • Dólar fecha estável com corte de juros nos EUA; Bolsa bate novo recorde

    Dólar fecha estável com corte de juros nos EUA; Bolsa bate novo recorde

    O dólar, que chegou a encostar em R$ 5,334 na mínima do dia, encerrou em leve variação negativa de 0,05%, cotada a R$ 5,358

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em estabilidade nesta quarta-feira (29) após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, afirmar que a continuidade do ciclo de cortes de juros não está garantida na próxima reunião.

    A moeda, que chegou a encostar em R$ 5,334 na mínima do dia, encerrou em leve variação negativa de 0,05%, cotada a R$ 5,358.

    A declaração de Powell, dada em entrevista coletiva logo após o Fed decidir cortar os juros em 0,25 ponto percentual, jogou um banho de água fria nos operadores e reverteu parte do apetite por risco nos mercados globais.

    A Bolsa brasileira, que, neste pregão, encostou no patamar de 149 mil pontos pela primeira vez, perdeu ímpeto, mas ainda renovou o recorde de fechamento pelo terceiro dia seguido. Fechou em alta de 0,81%, a 148.632 pontos.

    O Fed cortou os juros para a banda de 3,75% e 4% sob a justificativa de que os riscos para o mercado de trabalho aumentaram nos últimos meses.

    “A criação de empregos desacelerou este ano, e a taxa de desemprego subiu ligeiramente, mas permaneceu baixa até agosto; indicadores mais recentes são consistentes com esses desenvolvimentos”, afirmou o comitê, ponderando que a inflação subiu desde o início de 2025 e segue um pouco elevada.

    “O Comitê busca atingir o pleno emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza sobre as perspectivas econômicas permanece elevada. O Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e considera que os riscos de queda para o emprego aumentaram nos últimos meses.”

    A autoridade trabalha com um mandato duplo, isto é, baliza as decisões de política monetária a partir dos dados de emprego e de inflação. O objetivo é manter o mercado de trabalho aquecido e levar a inflação à meta de 2% ao ano.

    Desde o início do ano, porém, o banco central está em uma sinuca de bico. O aumento dos pedidos de auxílio-desemprego tem sugerido que o mercado de trabalho continua esfriando, mesmo com a paralisação do governo atrasando a publicação da maioria das estatísticas econômicas oficiais, incluindo a taxa de desemprego, estimada pela última vez em 4,3% em agosto.

    Ao mesmo tempo, leituras de inflação mostram que os preços ao consumidor estão acelerando. Na semana passada, o índice oficial do país mostrou que a inflação subiu 3% nos 12 meses até setembro.

    Powell sinalizou que o cenário exige cautela adicional dos dirigentes e que as próximas decisões serão pesadas caso a caso. “Uma nova redução na taxa básica de juros na reunião de dezembro não está dada, longe disso”, afirmou.

    O comentário foi um banho de água fria para os investidores, que viam a continuidade dos cortes em dezembro como uma certeza. “O que você faz quando está dirigindo sob neblina? Você diminui a velocidade”, disse Powell em reforço ao tom de cautela, se referindo à falta de dados oficiais sobre o estado da economia.

    “Os mercados tendem a reagir de forma exagerada às notícias do Federal Reserve no curto prazo. Neste caso, Powell indicou que outro corte na taxa de juros não é uma certeza”, disse Oliver Pursche, vice-presidente sênior e consultor da Wealthspire Advisors. “Mas nenhum corte na taxa de juros é uma certeza. Portanto, para mim, esse não é um comentário inadequado. O Fed depende de dados.”

    Reduções nos juros dos Estados Unidos costumam ser uma boa notícia para os mercados globais. Como a economia norte-americana é vista como a mais sólida do mundo, os títulos do Tesouro, chamados de “treasuries”, são um investimento praticamente livre de risco.

    Quando os juros estão altos, os rendimentos atrativos das treasuries levam operadores a tirar dinheiro de outros mercados. Quando eles caem, a estratégia de diversificação vira o norte, e investimentos alternativos ganham destaque.

    Em relação ao Brasil, há ainda mais um fator que favorece os ativos domésticos: o diferencial de juros. Quando a taxa nos Estados Unidos cai e a Selic permanece em patamares altos, investidores se valem da diferença de juros para apostar na estratégia de “carry trade”. Isto é: toma-se empréstimos a taxas baixas, como a americana, para investir em mercados de taxas altas, como o brasileiro. O aporte aqui implica na compra de reais, o que desvaloriza o dólar.

    Outro destaque da reunião foi a divergência entre os dirigentes. Um deles, Stephen Meyer, o último indicado pelo presidente Donald Trump, defendeu um corte maior de 0,5 ponto. Outro membro, Jeffrey Schmid, votou pela manutenção da taxa.

    “Isso mostra uma divisão interna sobre o ritmo ideal de flexibilização monetária”, diz Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

    Em resposta, os índices de Wall Street, antes em máximas recordes, também foram abalados. O índice S&P500 anulou os ganhos e fechou no zero-a-zero; o Dow Jones caiu 0,16%. Nasdaq Composite subiu 0,55%, sustentado pelo otimismo com a Nvidia, que se tornou a primeira companhia a marcar US$ 5 trilhões em valor de mercado.

    Ainda, um possível acordo entre Estados Unidos e China também seguiu no radar dos investidores. O presidente Donald Trump afirmou que os dois países estão prontos para alcançar uma solução para o recente impasse sobre as exportações chinesas de terras raras, restringidas no começo do mês pelo governo Xi Jinping.

    Os EUA, em resposta, ameaçaram a imposição de sobretaxas de 100% sobre produtos chineses. Os dois líderes devem se encontrar nesta quinta-feira na Coreia do Sul.

    “Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, disse Trump nesta semana.

    Dólar fecha estável com corte de juros nos EUA; Bolsa bate novo recorde

  • "Cabeça do crime organizado não está no barraco da favela", diz Boulos

    "Cabeça do crime organizado não está no barraco da favela", diz Boulos

    “A cabeça do crime organizado desse país não está no barraco de uma favela, muitas vezes está na lavagem de dinheiro lá na [Avenida] Faria Lima, como vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal”, disse Boulos

    Diante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, criticou nesta quarta-feira (29) a Operação Contenção, que deixou ao menos 119 mortos no Rio de Janeiro. 

    “Tenho orgulho de fazer parte do governo do presidente que sabe que a cabeça do crime organizado desse país não está no barraco de uma favela, muitas vezes está na lavagem de dinheiro lá na [Avenida] Faria Lima, como vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal”, disse Boulos em seu discurso de posse no Palácio do Planalto.  

    No começo de sua fala, Boulos pediu um minuto de silêncio a “todas as vítimas”, incluindo os policiais e os moradores das comunidades do complexo do Alemão e da Penha. O presidente Lula não discursou no evento. 

    Cerimônia

    A cerimônia de posse teve a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin,e de ministros de Estado, como Fernando Haddad (Fazenda) e de Gleisi Hoffman (Relações Institucionais). No salão, havia centenas de representantes de movimentos sociais. 

    “O presidente Lula me deu a missão de ajudar nessa reta final do seu terceiro mandato com o governo na rua”, afirmou. 

    Ele explicou que a proposta é dialogar não só com quem já concorda com todas as políticas públicas, mas também com grupos como entregadores e motoristas de aplicativos. 

    “A gente sabe que as políticas que mudam pessoas não nascem só nos palácios e nos gabinetes. Elas nascem do povo, dos territórios populares. Elas nascem das ruas”, considerou. 

    No entanto, acrescentou que um papel será também expor “a hipocrisia dos que dizem ser contra o sistema”. “Se são contra o sistema, por que é que não apoiam a nossa proposta de taxar bilionário e bets?”, questionou.

    Ao final do discurso, agradeceu aos companheiros dos movimentos sociais, que foram “escola de vida e de luta”. “São companheiros que não tiveram a oportunidade de sentar no banco de escola, mas me ensinaram muitas lições que eu não aprendi com nenhum professor da universidade. Me ensinaram o valor da solidariedade”. 

    Novo ministro O novo ministro tem 43 anos e uma trajetória política voltada ao ativismo urbano. No novo cargo terá como desafio a articulação política entre Palácio do Planalto, movimentos sociais e sociedade civil. 

    Ele nasceu em São Paulo e é filho caçula dos médicos infectologistas e professores universitários Maria Ivete e Marcos Boulos.

    Filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi eleito deputado federal em 2022, com mais de 1 milhão de votos, tornando-se não apenas o candidato mais votado do estado, mas o segundo mais votado de todo o país.

    "Cabeça do crime organizado não está no barraco da favela", diz Boulos

  • Racing ‘não liga’ para multa e aposta em pirotecnia mesmo após sanções

    Racing ‘não liga’ para multa e aposta em pirotecnia mesmo após sanções

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Racing não está preocupado se vai levar multa da Conmebol: quer ganhar do Flamengo já na festa da torcida no estádio El Cilindro. As equipes se enfrentam às 21h30 (de Brasília) desta quarta-feira, após vitória rubro-negra por 1 a 0 na ida da semifinal da Libertadores.

    RECEBIMENTO HISTÓRICO EM AVELLANEDA

    A torcida do Racing deu uma pequena prévia do que será o recebimento na última segunda-feira (27), quando milhares de “hinchas” se reuniram nos arredores do Estádio Presidente Perón, conhecido como El Cilindro, para apoiar a equipe.

    O show pirotécnico deve ser mesmo a grande atração da festa. O UOL apurou que o número de fogos de artifício superará o da partida contra o Corinthians, no ano passado, válida pela semifinal da Copa Sul-Americana.

    Para ter uma ideia do tamanho daquela festa, 20 pessoas ficaram feridas por conta da pirotecnia, a maioria por queimaduras. Depois daquele ocorrido, a Conmebol chegou a punir o Racing com um mês de portões fechados e multa.

    Uma punição, contudo, não é um problema para o técnico Gustavo Costas. Em áudio vazado nas redes sociais, o comandante afirmou que o apoio é necessário.

    Não importa se eles (Conmebol) nos cobrem uma multa elevada, eu não dou a mínima. Vamos destruir o campo. Vamos passar. Temos que vencer agora.

    Possíveis novas sanções também não fariam diferença para a decisão, já que a final da Libertadores será disputada em campo neutro. O Estádio Monumental de Lima foi o escolhido.

    A Conmebol não costuma aplicar sanções a finalistas por grandes festas realizadas na semifinal. O Atlético-MG, por exemplo, se classificou para a decisão de 2024, diante do River Plate, com sinalizadores na Arena MRV. A punição só valeu para 2025, e o Galo atuou com portões fechados em duas partidas na Sul-Americana deste ano.

    SUPERLOTAÇÃO?

    Inaugurado em 1950, o Estádio Presidente Perón tem capacidade para 55 mil torcedores. Esse tamanho faz do Cilindro o quarto maior estádio da Argentina, atrás de Monumental de Nuñez, La Bombonera e Mario Alberto Kempes.

    Os ingressos para a torcida do Racing esgotaram rapidamente, poucas horas após a abertura das vendas. Os rubro-negros demoraram um pouco mais, mas a promessa é de que os quatro mil bilhetes para os visitantes também acabem antes de a bola rolar.

    A expectativa é de que pelo menos 50 mil torcedores estejam no Cilindro para acompanhar a partida. Existe uma preocupação, também, com possível superlotação.

    Diante da altíssima procura de ingressos, é possível que torcedores do Racing tentem entrar no estádio “de qualquer maneira”, segundo ouviu a reportagem.

    A Conmebol realizará os procedimentos de rotina no Cilindro, mas o esquema de segurança será reforçado, diante do apelo da partida, e qualquer fuga do regulamento deverá resultar em sanções.

    Os recordes de público do estádio dobram a sua capacidade. Quando recebeu o Celtic, da Escócia, na final do Intercontinental em 1967, o Racing teve o apoio de quase 120 mil torcedores nas arquibancadas do Cilindro.

    JOGO MAIS IMPORTANTE DO SÉCULO

    Essa é a primeira vez em 28 anos que o Racing chega à semifinal da Libertadores. Na última oportunidade que chegou em tal instância, em 1997, acabou eliminado pelo Sporting Cristal.

    Apesar disso, existe uma diferença importante com relação àquele confronto: a Academia decidiu fora de casa. O clube argentino até venceu o jogo de ida no Cilindro, por 3 a 2, mas acabou sucumbindo em Lima ao perder por 4 a 1.

    Agora, terá o apoio de sua torcida, uma das mais apaixonadas do continente sul-americano.

    Se eliminar o Flamengo, será a primeira final de Libertadores do Racing em mais de 50 anos. O primeiro e único título do clube de Avellaneda foi em 1967, quando venceu o Palmeiras na decisão.

    Racing ‘não liga’ para multa e aposta em pirotecnia mesmo após sanções