Autor: REDAÇÃO

  • Dólar fecha estável com corte de juros nos EUA; Bolsa bate novo recorde

    Dólar fecha estável com corte de juros nos EUA; Bolsa bate novo recorde

    O dólar, que chegou a encostar em R$ 5,334 na mínima do dia, encerrou em leve variação negativa de 0,05%, cotada a R$ 5,358

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em estabilidade nesta quarta-feira (29) após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, afirmar que a continuidade do ciclo de cortes de juros não está garantida na próxima reunião.

    A moeda, que chegou a encostar em R$ 5,334 na mínima do dia, encerrou em leve variação negativa de 0,05%, cotada a R$ 5,358.

    A declaração de Powell, dada em entrevista coletiva logo após o Fed decidir cortar os juros em 0,25 ponto percentual, jogou um banho de água fria nos operadores e reverteu parte do apetite por risco nos mercados globais.

    A Bolsa brasileira, que, neste pregão, encostou no patamar de 149 mil pontos pela primeira vez, perdeu ímpeto, mas ainda renovou o recorde de fechamento pelo terceiro dia seguido. Fechou em alta de 0,81%, a 148.632 pontos.

    O Fed cortou os juros para a banda de 3,75% e 4% sob a justificativa de que os riscos para o mercado de trabalho aumentaram nos últimos meses.

    “A criação de empregos desacelerou este ano, e a taxa de desemprego subiu ligeiramente, mas permaneceu baixa até agosto; indicadores mais recentes são consistentes com esses desenvolvimentos”, afirmou o comitê, ponderando que a inflação subiu desde o início de 2025 e segue um pouco elevada.

    “O Comitê busca atingir o pleno emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza sobre as perspectivas econômicas permanece elevada. O Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e considera que os riscos de queda para o emprego aumentaram nos últimos meses.”

    A autoridade trabalha com um mandato duplo, isto é, baliza as decisões de política monetária a partir dos dados de emprego e de inflação. O objetivo é manter o mercado de trabalho aquecido e levar a inflação à meta de 2% ao ano.

    Desde o início do ano, porém, o banco central está em uma sinuca de bico. O aumento dos pedidos de auxílio-desemprego tem sugerido que o mercado de trabalho continua esfriando, mesmo com a paralisação do governo atrasando a publicação da maioria das estatísticas econômicas oficiais, incluindo a taxa de desemprego, estimada pela última vez em 4,3% em agosto.

    Ao mesmo tempo, leituras de inflação mostram que os preços ao consumidor estão acelerando. Na semana passada, o índice oficial do país mostrou que a inflação subiu 3% nos 12 meses até setembro.

    Powell sinalizou que o cenário exige cautela adicional dos dirigentes e que as próximas decisões serão pesadas caso a caso. “Uma nova redução na taxa básica de juros na reunião de dezembro não está dada, longe disso”, afirmou.

    O comentário foi um banho de água fria para os investidores, que viam a continuidade dos cortes em dezembro como uma certeza. “O que você faz quando está dirigindo sob neblina? Você diminui a velocidade”, disse Powell em reforço ao tom de cautela, se referindo à falta de dados oficiais sobre o estado da economia.

    “Os mercados tendem a reagir de forma exagerada às notícias do Federal Reserve no curto prazo. Neste caso, Powell indicou que outro corte na taxa de juros não é uma certeza”, disse Oliver Pursche, vice-presidente sênior e consultor da Wealthspire Advisors. “Mas nenhum corte na taxa de juros é uma certeza. Portanto, para mim, esse não é um comentário inadequado. O Fed depende de dados.”

    Reduções nos juros dos Estados Unidos costumam ser uma boa notícia para os mercados globais. Como a economia norte-americana é vista como a mais sólida do mundo, os títulos do Tesouro, chamados de “treasuries”, são um investimento praticamente livre de risco.

    Quando os juros estão altos, os rendimentos atrativos das treasuries levam operadores a tirar dinheiro de outros mercados. Quando eles caem, a estratégia de diversificação vira o norte, e investimentos alternativos ganham destaque.

    Em relação ao Brasil, há ainda mais um fator que favorece os ativos domésticos: o diferencial de juros. Quando a taxa nos Estados Unidos cai e a Selic permanece em patamares altos, investidores se valem da diferença de juros para apostar na estratégia de “carry trade”. Isto é: toma-se empréstimos a taxas baixas, como a americana, para investir em mercados de taxas altas, como o brasileiro. O aporte aqui implica na compra de reais, o que desvaloriza o dólar.

    Outro destaque da reunião foi a divergência entre os dirigentes. Um deles, Stephen Meyer, o último indicado pelo presidente Donald Trump, defendeu um corte maior de 0,5 ponto. Outro membro, Jeffrey Schmid, votou pela manutenção da taxa.

    “Isso mostra uma divisão interna sobre o ritmo ideal de flexibilização monetária”, diz Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

    Em resposta, os índices de Wall Street, antes em máximas recordes, também foram abalados. O índice S&P500 anulou os ganhos e fechou no zero-a-zero; o Dow Jones caiu 0,16%. Nasdaq Composite subiu 0,55%, sustentado pelo otimismo com a Nvidia, que se tornou a primeira companhia a marcar US$ 5 trilhões em valor de mercado.

    Ainda, um possível acordo entre Estados Unidos e China também seguiu no radar dos investidores. O presidente Donald Trump afirmou que os dois países estão prontos para alcançar uma solução para o recente impasse sobre as exportações chinesas de terras raras, restringidas no começo do mês pelo governo Xi Jinping.

    Os EUA, em resposta, ameaçaram a imposição de sobretaxas de 100% sobre produtos chineses. Os dois líderes devem se encontrar nesta quinta-feira na Coreia do Sul.

    “Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, disse Trump nesta semana.

    Dólar fecha estável com corte de juros nos EUA; Bolsa bate novo recorde

  • "Cabeça do crime organizado não está no barraco da favela", diz Boulos

    "Cabeça do crime organizado não está no barraco da favela", diz Boulos

    “A cabeça do crime organizado desse país não está no barraco de uma favela, muitas vezes está na lavagem de dinheiro lá na [Avenida] Faria Lima, como vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal”, disse Boulos

    Diante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, criticou nesta quarta-feira (29) a Operação Contenção, que deixou ao menos 119 mortos no Rio de Janeiro. 

    “Tenho orgulho de fazer parte do governo do presidente que sabe que a cabeça do crime organizado desse país não está no barraco de uma favela, muitas vezes está na lavagem de dinheiro lá na [Avenida] Faria Lima, como vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal”, disse Boulos em seu discurso de posse no Palácio do Planalto.  

    No começo de sua fala, Boulos pediu um minuto de silêncio a “todas as vítimas”, incluindo os policiais e os moradores das comunidades do complexo do Alemão e da Penha. O presidente Lula não discursou no evento. 

    Cerimônia

    A cerimônia de posse teve a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin,e de ministros de Estado, como Fernando Haddad (Fazenda) e de Gleisi Hoffman (Relações Institucionais). No salão, havia centenas de representantes de movimentos sociais. 

    “O presidente Lula me deu a missão de ajudar nessa reta final do seu terceiro mandato com o governo na rua”, afirmou. 

    Ele explicou que a proposta é dialogar não só com quem já concorda com todas as políticas públicas, mas também com grupos como entregadores e motoristas de aplicativos. 

    “A gente sabe que as políticas que mudam pessoas não nascem só nos palácios e nos gabinetes. Elas nascem do povo, dos territórios populares. Elas nascem das ruas”, considerou. 

    No entanto, acrescentou que um papel será também expor “a hipocrisia dos que dizem ser contra o sistema”. “Se são contra o sistema, por que é que não apoiam a nossa proposta de taxar bilionário e bets?”, questionou.

    Ao final do discurso, agradeceu aos companheiros dos movimentos sociais, que foram “escola de vida e de luta”. “São companheiros que não tiveram a oportunidade de sentar no banco de escola, mas me ensinaram muitas lições que eu não aprendi com nenhum professor da universidade. Me ensinaram o valor da solidariedade”. 

    Novo ministro O novo ministro tem 43 anos e uma trajetória política voltada ao ativismo urbano. No novo cargo terá como desafio a articulação política entre Palácio do Planalto, movimentos sociais e sociedade civil. 

    Ele nasceu em São Paulo e é filho caçula dos médicos infectologistas e professores universitários Maria Ivete e Marcos Boulos.

    Filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi eleito deputado federal em 2022, com mais de 1 milhão de votos, tornando-se não apenas o candidato mais votado do estado, mas o segundo mais votado de todo o país.

    "Cabeça do crime organizado não está no barraco da favela", diz Boulos

  • Racing ‘não liga’ para multa e aposta em pirotecnia mesmo após sanções

    Racing ‘não liga’ para multa e aposta em pirotecnia mesmo após sanções

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Racing não está preocupado se vai levar multa da Conmebol: quer ganhar do Flamengo já na festa da torcida no estádio El Cilindro. As equipes se enfrentam às 21h30 (de Brasília) desta quarta-feira, após vitória rubro-negra por 1 a 0 na ida da semifinal da Libertadores.

    RECEBIMENTO HISTÓRICO EM AVELLANEDA

    A torcida do Racing deu uma pequena prévia do que será o recebimento na última segunda-feira (27), quando milhares de “hinchas” se reuniram nos arredores do Estádio Presidente Perón, conhecido como El Cilindro, para apoiar a equipe.

    O show pirotécnico deve ser mesmo a grande atração da festa. O UOL apurou que o número de fogos de artifício superará o da partida contra o Corinthians, no ano passado, válida pela semifinal da Copa Sul-Americana.

    Para ter uma ideia do tamanho daquela festa, 20 pessoas ficaram feridas por conta da pirotecnia, a maioria por queimaduras. Depois daquele ocorrido, a Conmebol chegou a punir o Racing com um mês de portões fechados e multa.

    Uma punição, contudo, não é um problema para o técnico Gustavo Costas. Em áudio vazado nas redes sociais, o comandante afirmou que o apoio é necessário.

    Não importa se eles (Conmebol) nos cobrem uma multa elevada, eu não dou a mínima. Vamos destruir o campo. Vamos passar. Temos que vencer agora.

    Possíveis novas sanções também não fariam diferença para a decisão, já que a final da Libertadores será disputada em campo neutro. O Estádio Monumental de Lima foi o escolhido.

    A Conmebol não costuma aplicar sanções a finalistas por grandes festas realizadas na semifinal. O Atlético-MG, por exemplo, se classificou para a decisão de 2024, diante do River Plate, com sinalizadores na Arena MRV. A punição só valeu para 2025, e o Galo atuou com portões fechados em duas partidas na Sul-Americana deste ano.

    SUPERLOTAÇÃO?

    Inaugurado em 1950, o Estádio Presidente Perón tem capacidade para 55 mil torcedores. Esse tamanho faz do Cilindro o quarto maior estádio da Argentina, atrás de Monumental de Nuñez, La Bombonera e Mario Alberto Kempes.

    Os ingressos para a torcida do Racing esgotaram rapidamente, poucas horas após a abertura das vendas. Os rubro-negros demoraram um pouco mais, mas a promessa é de que os quatro mil bilhetes para os visitantes também acabem antes de a bola rolar.

    A expectativa é de que pelo menos 50 mil torcedores estejam no Cilindro para acompanhar a partida. Existe uma preocupação, também, com possível superlotação.

    Diante da altíssima procura de ingressos, é possível que torcedores do Racing tentem entrar no estádio “de qualquer maneira”, segundo ouviu a reportagem.

    A Conmebol realizará os procedimentos de rotina no Cilindro, mas o esquema de segurança será reforçado, diante do apelo da partida, e qualquer fuga do regulamento deverá resultar em sanções.

    Os recordes de público do estádio dobram a sua capacidade. Quando recebeu o Celtic, da Escócia, na final do Intercontinental em 1967, o Racing teve o apoio de quase 120 mil torcedores nas arquibancadas do Cilindro.

    JOGO MAIS IMPORTANTE DO SÉCULO

    Essa é a primeira vez em 28 anos que o Racing chega à semifinal da Libertadores. Na última oportunidade que chegou em tal instância, em 1997, acabou eliminado pelo Sporting Cristal.

    Apesar disso, existe uma diferença importante com relação àquele confronto: a Academia decidiu fora de casa. O clube argentino até venceu o jogo de ida no Cilindro, por 3 a 2, mas acabou sucumbindo em Lima ao perder por 4 a 1.

    Agora, terá o apoio de sua torcida, uma das mais apaixonadas do continente sul-americano.

    Se eliminar o Flamengo, será a primeira final de Libertadores do Racing em mais de 50 anos. O primeiro e único título do clube de Avellaneda foi em 1967, quando venceu o Palmeiras na decisão.

    Racing ‘não liga’ para multa e aposta em pirotecnia mesmo após sanções

  • Furacão Melissa atinge Cuba após matar 48 pessoas no Caribe

    Furacão Melissa atinge Cuba após matar 48 pessoas no Caribe

    Antes de chegar à ilha a 195 km/h, tempestade matou 40 no Haiti e deixou população jamaicana sem internet e luz; autoridades cubanas declararam estado de alerta em seis províncias; há relatos de inundações e enxurradas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O furacão Melissa atingiu Cuba na madrugada desta quarta-feira (29), com ventos chegando a 195 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), após deixar um rastro de destruição na Jamaica.

    A maioria dos jamaicanos ficou sem acesso à internet, e os principais aeroportos foram fechados, dificultando o trabalho das autoridades para avaliar a dimensão dos danos. O governo afirmou que o país é uma “zona de desastre” e que os moradores devem permanecer protegidos devido ao risco de inundações e deslizamentos de terra.

    Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais mostravam estradas e carros destruídos, além de árvores e destroços de telhados arrancados pelos ventos. O aeroporto de Montego Bay ficou com áreas de espera alagadas, vidros quebrados e tetos desabados. O Melissa foi uma das mais fortes tempestades de categoria 5 da escala Saffir-Simpson já registradas no país caribenho, com ventos de até 295 km/h.

    Até o momento, a tempestade causou mais de 45 mortes na região -pelo menos 40 no Haiti, segundo afirmou Steven Aristil, da Agência de Proteção Civil do país, à agência de notícias Associated Press, além de quatro na Jamaica, três no Panamá e uma na República Dominicana.

    Muitas áreas da Jamaica permanecem isoladas. No sudoeste, a paróquia de St. Elizabeth ficou debaixo d’água, e mais de 500 mil moradores ficaram sem energia elétrica.

    A tempestade levou horas para atravessar a Jamaica, o que reduziu seus ventos para a categoria 3, para depois subir novamente para 4, e o NHC descreveu o furacão como “extremamente perigoso”. Cerca de cinco horas após tocar o solo de Cuba, o NHC afirmou que o furacão havia perdido força novamente, atingindo a categoria 2.

    Aproximadamente 735 mil pessoas foram retiradas de suas casas na ilha à medida que a tempestade se aproximava. O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, alertou na terça-feira (28) que o furacão causaria “danos significativos” e pediu que a população obedecesse às ordens de retirada.

    As autoridades cubanas declararam “estado de alerta” em seis províncias: Granma, Las Tunas, Holguín, Camagüey, Santiago de Cuba e Guantánamo. Desde segunda-feira, a população começou a estocar mantimentos e a reforçar os telhados de suas casas com cordas. As aulas e atividades não essenciais foram suspensas.

    O centro da tempestade atingiu Guamá, uma área rural e montanhosa a cerca de 40 km a oeste de Santiago de Cuba, a segunda cidade mais populosa do país. Vídeos divulgados nas redes sociais mostravam enxurradas de água barrenta descendo por ruas de cidades aos pés da Sierra Maestra, próximas a Santiago.

    As autoridades relataram inundações generalizadas nas áreas baixas, desde Santiago até Guantánamo, onde mais de 35% da população deixou suas casas. O furacão não deve atingir a capital, Havana, diretamente. Cuba já enfrenta escassez de alimentos, combustíveis, eletricidade e medicamentos, o que tem dificultado a vida da população e provocado migração recorde desde 2021.

    Inundações repentinas e deslizamentos de terra também estão previstos para ocorrer no Haiti e na República Dominicana. As autoridades haitianas ordenaram o fechamento de escolas, comércios e escritórios administrativos nesta quarta-feira.

    Segundo análise da agência de notícias AFP com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o Melissa tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo da Jamaica em 90 anos.

    O último fenômeno com força comparável foi o chamado “furacão do Dia do Trabalho”, que devastou o arquipélago de Florida Keys, nos Estados Unidos, em 1935, com ventos também próximos de 300 km/h. Desde o início dos registros oficiais da NOAA, em 1842, poucas tempestades atingiram níveis semelhantes de intensidade ao tocar a terra.

    Na série histórica, o recorde absoluto de ventos mais fortes pertence ao furacão Patricia, que se formou no Pacífico antes de atingir o México em outubro de 2015, com rajadas de 343 km/h, e ao tufão Nancy, em 1961, que registrou a mesma marca.

    Furacões são tempestades formadas no Atlântico Norte e no nordeste do Pacífico. Quando ocorrem em outras regiões, recebem outros nomes: tufões, no noroeste do Pacífico, e ciclones, no oceano Índico e no sul do Pacífico.

    Furacão Melissa atinge Cuba após matar 48 pessoas no Caribe

  • João Gomes relata tensão durante operação mais letal da história do Rio de Janeiro

    João Gomes relata tensão durante operação mais letal da história do Rio de Janeiro

    Ação policial contra o avanço do CV deixou pelo menos 119 mortos; cantor João Gomes desabafou e disse que foi surpreendido com a situação

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O cantor João Gomes relatou que viveu momentos de tensão no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28), quando a cidade foi tomada por uma megaoperação policial que deixou ao menos 119 mortos e paralisou boa parte da capital. O artista, que estava no estado por compromissos profissionais, relatou nas redes sociais o susto que levou ao se deparar com o clima de caos nas ruas.

    “Na saída da locação, eu vim com meu assessor Cláudio, e foi doido, bizarro. Eu saí no carro, veio uma moto [falar conosco}. A gente não entendeu por que estavam pedindo para voltar para o lugar da locação. Mas dizem que esses caras começaram a atirar do nada, velho”, contou o músico no Instagram. “Segundo ele, as avenidas estavam completamente desertas. “Meu Deus do céu. Que bizarro. Que loucura. Deus tenha misericórdia. Que susto do caramba”, desabafou.

    Sem especificar a região em que estava, João mostrou o cenário noturno com ruas vazias nas redes. Parte da equipe do cantor esperou até que a movimentação diminuísse antes de deixar o local. “Que Deus tenha misericórdia”, escreveu ele.

    O artista está no Rio desde o fim de semana, quando reuniu cerca de 50 mil pessoas em um show gratuito nos Arcos da Lapa, onde gravou seu novo DVD.

    A operação, conduzida pela Polícia do Rio de Janeiro, teve como alvo o avanço do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. Além das 119 mortes confirmadas -entre eles quatro agentes e 117 suspeitos-, mais de 80 pessoas foram presas e mais de 90 fuzis foram apreendidos A ação é considerada a mais letal da história do estado.

    João Gomes relata tensão durante operação mais letal da história do Rio de Janeiro

  • Site do Banco Central enfrenta instabilidade e fica fora do ar nesta quarta

    Site do Banco Central enfrenta instabilidade e fica fora do ar nesta quarta

    Procurada, autarquia financeira não anunciou motivos da queda; pico de reclamações no Downdetector ocorreu às 14h30

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O site do Banco Central enfrenta instabilidade e está fora do ar na tarde desta quarta-feira (29). Ao tentar acessar o endereço eletrônico, o usuário é informado de que não é possível acessar o site.

    No Downdetector, plataforma de monitoramento de sites da internet, registrou um pico de reclamações por volta das 14h30. No fim da tarde, a página chegou a carregar, mas ainda apresentava lentidão.

    Procurado pela reportagem, o Banco Central não esclareceu os motivos da instabilidade.

    Também nesta quarta, o Azure, serviço de computação em nuvem da Microsoft, apresentou falhas.

    Site do Banco Central enfrenta instabilidade e fica fora do ar nesta quarta

  • Aliados de Lula dizem que governadores de direita usam mortes no Rio como palanque para 2026

    Aliados de Lula dizem que governadores de direita usam mortes no Rio como palanque para 2026

    Edinho Silva diz que não é com politicagem que se vai derrotar o crime organizado; Freixo afirma que chacina eleitoral foi planejada politicamente

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Aliados do presidente Lula (PT) criticaram, nesta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e os demais governadores de oposição que demonstraram solidariedade após a operação da polícia que deixou mais de cem mortos, a mais letal da história do país.

    “Lamentável que governadores, na saga de atacar o presidente Lula, montem palanque sobre os corpos de centenas de mortos, que façam comício sobre as lágrimas de centenas de mães que ainda não enterraram seus filhos. Não será com politicagem que vamos derrotar o crime organizado, e sim com competência, como foi feito na operação Carbono Oculto”, afirmou o presidente do PT, Edinho Silva, nas redes sociais.

    Como mostrou a Folha, cinco governadores de direita se reuniram de forma virtual nesta manhã para prestar ajuda a Castro. Uma nova reunião presencial deve ocorrer no Rio nesta quinta-feira (30).

    Participaram da reunião os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil).

    Marcelo Freixo, presidente da Embratur, afirmou que a ação policial é uma “chacina eleitoral” que foi “planejada politicamente”.

    “É a tentativa de sequestrar uma pauta. […] É muito grave. Qual a consequência positiva para o Rio de Janeiro? Me cite uma. Tráfico ta enfraquecido? Não. Melhorou educação, saúde? Não.”, disse a jornalistas.

    Aliados de Lula dizem que governadores de direita usam mortes no Rio como palanque para 2026

  • Com STJD à vista, Bruno Henrique pode fazer último jogo do ano no Flamengo

    Com STJD à vista, Bruno Henrique pode fazer último jogo do ano no Flamengo

    RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Se o Flamengo for eliminado nesta quarta-feira (29), o jogo de volta da semifinal da Libertadores, contra o Racing, na Argentina, pode ser a última partida de Bruno Henrique no ano.

    É que o atacante será julgado na quinta-feira (30), pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no caso em que foi acusado de passar informação ao irmão de que levaria cartão amarelo contra o Santos, no Brasileiro 2023. O irmão de Bruno Henrique, então, fez apostas para tentar faturar em cima disso.

    Se a suspensão de 12 jogos for mantida, como definido em primeira instância, já vai extrapolar o número de partidas restantes do Flamengo no Brasileiro: nove.

    A pena por jogos no STJD não é estendida para torneios continentais. Por isso, a Libertadores não é afetada, salvo qualquer decisão específica do STJD e posterior pedido da CBF à Fifa.

    Em caso de condenação, Bruno Henrique só teria uma chance de atuar novamente pelo Flamengo em 2025: a final da Libertadores, em 29 de novembro. Mas para isso, o time precisa sair classificado da Argentina.

    EFEITO DO EFEITO SUSPENSIVO

    Desde a condenação por 12 jogos em primeira instância, Bruno Henrique continuou atuando no Brasileiro porque o Flamengo conseguiu um efeito suspensivo.

    A medida já dura um mês e meio. Nesse período, Bruno Henrique participou de nove partidas, sendo seis da Série A (três como titular). Não fez gol.

    Bruno e Filipe Luís até tiveram uma conversa para que ele não atuasse mais como centroavante, mas em um contexto no qual Pedro não estava machucado.

    Como o camisa 9 fraturou o braço contra o Racing, Bruno Henrique é uma das opções para atuar na faixa central do ataque do Flamengo contra o Racing.

    O atacante faltou ao treino do Corinthians desta terça-feira (28) por encontrar dificuldades para deixar o Rio de Janeiro; Memphis deve ser titular no jogo contra o Grêmio, no domingo (2)

    Folhapress | 16:23 – 29/10/2025

    Com STJD à vista, Bruno Henrique pode fazer último jogo do ano no Flamengo

  • Maíra Cardi vive susto com filha recém-nascida

    Maíra Cardi vive susto com filha recém-nascida

    Maíra Cardi desabafa sobre a noite difícil que viveu com a filha recém-nascida, Eloah, e revela susto após a bebê engasgar

    RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/CBS NEWS) – Maíra Cardi passou por um grande susto com a filha recém-nascida, Eloah, fruto do relacionamento com Thiago Nigro.

    A bebê, que nasceu no domingo, sofreu um engasgo e chegou a ficar alguns minutos sem respirar, deixando os pais desesperados. A influenciadora contou detalhes do episódio em suas redes sociais e disse que só percebeu o que estava acontecendo por acaso. “Mais um susto. Eloah acabou de engasgar feio, ficou alguns minutos sem respirar e por um acaso eu vi”, relatou Maíra.

    De acordo com ela, o momento de pânico aconteceu de forma inesperada. “Engasgou do nada e eu escutei um negocinho. Engasgada real e ela afogou. Ainda bem que eu estava ali, olhei e eu levantei ela rápido, dei alguns tapinhas nas costas e ela vomitou. Não está fácil”, descreveu a empresária.

    A influenciadora contou que percebeu o engago enquanto descansava no quarto. “Eu estava deitada aqui na cama e eu tô escutando um gemidinho bem pequenininho, que se eu estivesse dormindo, eu não ouvia de jeito nenhum. Eu tô escutando esse gemidinho, fui olhar para ver se tava com fome e ela tava roxinha. Aí eu puxei ela da cama e ela já tava afogadinha”, disse.

    Ainda bastante abalada, Maíra explicou que a filha conseguiu se recuperar logo em seguida. “Aí ela voltou, mas não tinha leite, porque ela não tinha mamado, na verdade, voltou um vômito mesmo, de um engasgo e aí veio umas bolotinha, aí ficou roxa, eu bati nas costas dela e ela desafogou”, completou.

    Maíra Cardi vive susto com filha recém-nascida

  • Dino afirma que STF não legitima "vale-tudo com corpos estendidos"

    Dino afirma que STF não legitima "vale-tudo com corpos estendidos"

    Para o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, operação no Rio é “circunstância terrível e trágica”

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira (29) que a Corte não impede o trabalho da polícia nem legitima um “vale-tudo com corpos estendidos”.

    A declaração do ministro ocorreu durante o julgamento em que o Supremo vai decidir sobre a responsabilização do Estado em casos de excessos cometidos pela Polícia Militar durante a repressão de manifestações nas ruas. O caso concreto trata da Operação Centro Cívico, ocorrida em 2015, em Curitiba, e que deixou mais de 200 pessoas feridas.

    Ao comentar a Operação Contenção, que deixou pelo menos 119 mortos, no Rio de Janeiro, Dino disse que a ação é uma “circunstância terrível e trágica”. Ele explicou que a Corte tem posicionamento de não impedir as operações policiais, mas ponderou que eventuais ilegalidades não são chanceladas pelo tribunal.

    “Esses eventos todos, essas tragédias todas, se prestam a mostrar que precisamos cuidar de uma teoria geral da ação policial, sobretudo no plano político, e procurar selecionar os casos concretos, mostrando uma posição institucional nossa, que não é impedir o trabalho da polícia, nunca foi. Mas, ao mesmo tempo, não é de legitimar um vale-tudo com corpos estendidos e jogados no meio da mata, jogados no chão, porque isso não é Estado de Direito”, afirmou.

     Mais cedo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao Supremo que aguarda o recebimento de informações do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, para avaliar se vai solicitar alguma medida.

    O parecer foi emitido após o ministro Alexandre de Moraes assumir o comando do processo conhecido como ADPF das Favelas, ação na qual a Corte já determinou medidas para combater a letalidade policial na capital fluminense.

    Moraes foi escolhido para tomar decisões urgentes envolvendo o processo, diante da ausência de um relator para o caso. A ação era comandada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou na semana passada.

    Em abril deste ano, o Supremo definiu medidas para combater a letalidade policial durante operações da Polícia Militar contra o crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro.

    Dino afirma que STF não legitima "vale-tudo com corpos estendidos"