Categoria: ECONOMIA

  • Brasil inicia processo de resposta a tarifas dos EUA

    Brasil inicia processo de resposta a tarifas dos EUA

    O governo brasileiro avalia adotar medidas de reciprocidade após os EUA imporem tarifas extras de 50% sobre importações do país. A Camex tem 30 dias para analisar o caso, enquanto a diplomacia busca manter aberto o diálogo com a administração Trump

    O governo brasileiro autorizou o início de consultas para avaliar a aplicação da lei da reciprocidade em resposta à tarifa adicional de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre grande parte das importações brasileiras, segundo fontes diplomáticas. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) foi notificada nesta quinta-feira (28) e terá 30 dias para analisar se as medidas norte-americanas se enquadram na legislação, informou a agência EFE.

    Em vigor desde julho, a lei da reciprocidade estabelece mecanismos de proteção econômica diante de barreiras unilaterais de parceiros comerciais que prejudiquem as exportações do Brasil. Caso a Camex considere procedente, será criado um grupo de trabalho para sugerir contramedidas em bens, serviços ou propriedade intelectual.

    O Ministério das Relações Exteriores notificará formalmente os Estados Unidos ainda hoje, e Washington poderá se manifestar durante o processo de investigação da Camex. Apesar da medida, fontes da diplomacia brasileira ressaltam que o canal de negociação segue aberto para discutir as tarifas, em vigor desde 6 de agosto.

    O presidente norte-americano, Donald Trump, justificou a decisão alegando motivos políticos, incluindo o que chamou de perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde no Supremo Tribunal Federal a um processo relacionado a tentativa de golpe de Estado.

    Desde o anúncio, integrantes do governo brasileiro tentam abrir diálogo com a administração Trump para negociar as sanções, mas sem avanços até o momento. Paralelamente, o Brasil já havia recorrido à Organização Mundial do Comércio e contratou um escritório de advocacia nos EUA para defender seus interesses.

    Brasil inicia processo de resposta a tarifas dos EUA

  • Brasil e México abrem mercados para novos produtos agrícolas

    Brasil e México abrem mercados para novos produtos agrícolas

    Brasil e México são as duas maiores economias da América Latina e possuem uma corrente de comércio que soma US$ 13,6 bilhões em 2024

    O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, avaliou como positiva a visita oficial ao México, encerrada nesta quinta-feira (28), na Cidade do México, a capital do país. O último compromisso e ponto alto da viagem foi uma audiência com a presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional.  

    “Convidei a presidenta Claudia para a COP30, em Belém, no mês de novembro. Falamos de multilateralismo, fortalecimento da democracia, inclusão e combate à fome. Então, foi uma conversa muito proveitosa”, destacou Alckmin em uma entrevista coletiva pouco antes de embarcar de volta a Brasília.

    Brasil e México são as duas maiores economias da América Latina e possuem uma corrente de comércio que soma US$ 13,6 bilhões em 2024. 

    Um dos objetivos da viagem foi tentar ampliar negociações comerciais em setores estratégicos, como agronegócio e indústria. 

    Acompanhado por empresários, pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, o vice-presidente anunciou a assinatura acordos para abertura de novos mercados entre os países.

    “São três produtos que o Brasil abrirá o comércio: aspargos, pêssego e derivados de atum. E eles abrem o mercado para a farinha de ração animal para bovinos e suínos”, destacou.

    Pacote contra a inflação

    O governo brasileiro também solicitou ao México a continuidade dos incentivos do Pacote contra a Inflação e a Escassez, conhecido como Pacic, na sigla em espanhol, que facilita a compra alimentos pelo Brasil.

    “O México é o segundo destino da carne bovina brasileira. Solicitamos a continuidade do Pacic, e ele complementa a agropecuária mexicana. Eles têm uma exigência de que haja uma rastreabilidade individual [da carne]. Vamos cumprir, mas queremos que não se interrompa essa venda enquanto o Brasil caminha na rastreabilidade. O Brasil cumprirá na rastreabilidade, temos um cronograma”, observou.

    O vice-presidente comentou o avanço em conversas para a atualização do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE 53) assinado com o México em 2002 e que trata da eliminação ou redução de tarifas de importação para um universo de aproximadamente 800 posições tarifárias.Também foram assinados acordos nas áreas de vigilância sanitária para a aprovação de novos fármacos e na área de pesquisa sobre arboviroses, que incluem troca de experiências no desenvolvimento de vacinas, como a da dengue, em que o Brasil está em estágio avançado.

    Venda do KC-390

    Outro destaque da agenda, segundo o vice-presidente, foi o avanço dos negócios da Embraer no México. A empresa brasileira fechou a venda de 20 aeronaves das famílias de jatos E190 e E195 para a companhia estatal Mexicana de Aviación, a maior do país.

    Segundo o vice-presidente, o governo também ofereceu a possibilidade de abrir negócios no setor militar, com a venda do cargueiro KC-390, também fabricado pela Embraer, uma aeronave multimissão com capacidade para transportar até 26 toneladas, realizar reabastecimento aéreo e atuar em missões como busca e salvamento e ajuda humanitária.

    “A Embraer está presente no México, tem aqui fábrica de componentes com mais de mil colaboradores”, destacou Alckmin. “Colocamos a pretensão de oferecer o cargueiro KC-390. Não foi resolvido, mas ficou o pleito brasileiro com todos os argumentos favoráveis”, finalizou. 

    Brasil e México abrem mercados para novos produtos agrícolas

  • Banco Genial renuncia à gestão de fundo investigado em operação contra o PCC

    Banco Genial renuncia à gestão de fundo investigado em operação contra o PCC

    Instituição financeira disse que não recebeu notificação sobre o caso e condenou ilações; Fundo Radford é apontado como destinatário de dinheiro retirado de usina apontado como sendo do PCC

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Administrador do Radford Fundo de Investimento Financeiro Multimercado Crédito Privado, citado como destino de dinheiro ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) nas investigações da Operação Carbono Oculto, o banco Genial disse que renunciou à prestação de todos os serviços do fundo até que o caso seja esclarecido pelas autoridades.

    De acordo com os levantamentos da Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo, o fundo é citado em uma exceção de indisponibilidade de bens, sugerindo que a retirada de valores da Usina Itajobi, outra citada na operação, ocorreu por meio deste fundo.

    Sob gestão do grupo Mourad, a usina teria encaminhado R$ 100 milhões para o fundo Radford através do BK Instituição de Pagamento, uma fintech que atuaria como banco paralelo do PCC.

    Em nota divulgada no início da noite desta quinta, o banco Genial disse que tomou conhecimento da operação pela imprensa e que, até o momento, não recebeu notificação oficial sobre a existência de investigações diretas ou indiretas envolvendo a instituição.

    O Genial também explicou que o fundo Radford foi originalmente estruturado por outros prestadores de serviços e transferido ao banco em agosto de 2024.

    “Na ocasião, a instituição promoveu as devidas diligências, abrangendo o investidor exclusivo e os ativos que integravam a carteira. Desde então, o Fundo opera nos termos do seu regulamento”, disse o banco.

    O banco disse que, diante de menções negativas, e até que os fatos sejam esclarecidos, renunciou à prestação de todos os serviços do fundo.

    “O Banco Genial sempre conduziu suas atividades com base nos mais elevados padrões de governança corporativa, ética e compliance regulatório, em estrita observância à legislação e regulamentação aplicáveis”, disse em nota.

    A instituição bancária reiterou que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e que repudia qualquer tipo de ilação apontando o envolvimento da instituição com os fatos veiculados pela imprensa.

    ENTENDA O CASO

    A fintech BK Instituição de Pagamento S.A., também conhecida como BK Bank, tornou-se um dos principais alvos da operação Carbono Oculto, deflagrada pela Receita Federal e pelo MP para desarticular uma suposta infiltração do PCC no setor de combustíveis e no sistema financeiro.

    Segundo a Receita Federal, a fintech atuaria como banco paralelo da organização e teria movimentado sozinha R$ 46 bilhões não rastreáveis de 2020 a 2024. Abarcando um período maior, a apuração da PF, por sua vez, afirma ter identificado R$ 68,9 milhões movimentados em contas na BK Bank entre janeiro de 2020 e agosto de 2025.

    A reportagem não localizou os responsáveis pela empresa até a publicação deste texto.

    Parte das transações, segundo os investigadores, envolveria diretamente a circulação de valores oriundos da venda clandestina de metanol desviado, inseridos no mercado formal por meio das chamadas “contas-bolsão” -mecanismo típico de fintechs que concentra depósitos de múltiplos clientes em uma única conta, dificultando o rastreamento da origem do dinheiro.

    Com sede em Barueri (SP), a fintech é apontada pelos investigadores como peça central na engrenagem de lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial ligada ao desvio de metanol e à adulteração de combustíveis.

    A força-tarefa também investiga os ativos do Grupo Mourad, uma empresa atuante em toda a cadeia do setor de combustíveis -de usinas sucroalcooleiras a lojas de conveniência, entre elas a Usina Itajobi. Essa holding mantinha relações com membros conhecidos do PCC, segundo os investigadores, e é suspeita de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, de acordo com pedido de busca de provas do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

    Pessoas associadas ao grupo Mourad, presidido por Mohamad Hussein Mourad, mantinham investimentos em fundos administrados por sete gestoras.

    No total, a Operação Carbono Oculto tem 350 alvos. É a maior operação desse tipo na história, segundo a Receita, mobilizou 1.400 agentes em oito estados numa megaoperação nesta quinta-feira (28) e busca desarticular a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis e em instituições financeiras utilizadas como suporte dessa cadeia.

    Banco Genial renuncia à gestão de fundo investigado em operação contra o PCC

  • Gás gratuito: programa para baixa renda será lançado semana que vem

    Gás gratuito: programa para baixa renda será lançado semana que vem

    Gás do Povo substituirá o Gás para Todos e deve atender cerca de 17 milhões de famílias

    O governo federal anunciará, na semana que vem, o novo programa que garantirá gás de cozinha gratuito a famílias de baixa renda. O Gás do Povo substituirá o Gás para Todos e deve atender cerca de 17 milhões de famílias. A informação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record Minas, nesta quinta-feira (28).

    Lula cumpre agenda em Minas Gerais nesta sexta-feira (28), em Contagem e Montes Claros. “E na semana que vem eu volto a Belo Horizonte para ir no Aglomerado da Serra anunciar o programa chamado Gás do Povo. É um programa de financiamento de gás para as pessoas mais pobres do país, que não vão pagar mais pelo gás, vão receber o gás gratuitamente”, disse o presidente.

    Na entrevista, ele também antecipou alguns anúncios que fará amanhã em Contagem, na área de mobilidade urbana. São investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções: 31 propostas de R$ 9,6 bilhões e mais 70 propostas de renovação de frota para todo o país. 

    Além disso, será anunciada a expansão do metrô de Belo Horizonte a Contagem, com R$ 1 bilhão em investimentos. “O povo está esperando há muito tempo”, disse Lula sobre a obra.

    Ainda, haverá a assinatura de dois contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, um no valor de R$ 456 milhões para a implantação de 64,3 quilômetros de faixas exclusivas para transporte coletivo e outro para a aquisição de 100 ônibus elétricos.

    Também em Contagem, Lula fará uma visita às obras da Avenida Maracanã e entregará o primeiro trecho da nova via.

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  • Receita: campanha contra fiscalização do Pix, de Nikolas, ajudou o PCC

    Receita: campanha contra fiscalização do Pix, de Nikolas, ajudou o PCC

    Nikolas Ferreira (PL-MG) fez campanha nas redes sociais contra fiscalização do Pix; o PCC expandiu o uso de instituições financeiras e fundos de investimento para impedir o rastreamento e lavar dinheiro

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta quinta-feira (28) que a campanha contra a instrução normativa de fiscalização do Pix, que acabou com a derrubada da norma no início deste ano, ajudou o crime organizado.

    A afirmação foi feita durante entrevista coletiva sobre a operação Carbono Oculto, que mira empresas do setor de combustíveis e do mercado financeiro com suspeita de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

    A instrução normativa estendia o monitoramento do fisco aos novos membros do sistema financeiro -notadamente o Pix, entre os meios de transação, e fintechs e bancos digitais, entre as instituições.

    “Publicamos essa instrução em setembro do ano passado para valer em janeiro [de 2025]. O que aconteceu em janeiro, todos nós sabemos. A Receita Federal recebeu o maior ataque da história de mentiras, de fake news, dizendo mentirosamente que aquela instrução normativa tratava de tributação de meios de pagamento”, afirmou Barreirinhas.

    Um dos principais fatores para o cancelamento da norma pelo governo foi um vídeo crítico do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que hoje tem mais de 9 milhões de curtidas no Instagram.

    “As operações de hoje [quinta-feira] mostram quem ganhou com essa mentira, com essas fake news: o crime organizado. As operações mostram que, independentemente das intenções, as pessoas que espalharam aquelas fake news, aquelas mentiras no início do ano, ajudaram o crime organizado”, disse o secretário da Receita sem citar o parlamentar.

    O PCC expandiu o uso de instituições financeiras e fundos de investimento para impedir o rastreamento e lavar dinheiro. Segundo a Receita, mil estabelecimentos vinculados à facção movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.

    A Receita Federal vê um processo de “bancarização do crime organizado”.

    As fintechs participantes do esquema colocariam recursos ilegais no mercado financeiro, onde se torna mais difícil questionar, uma vez investidos em fundos, se a origem é regular ou não.

    “Os antigos traficantes enterravam dinheiro e aquilo perdia valor porque era consumido pela umidade. Hoje [o crime organizado] ‘bancariza’ e coloca no mercado de capitais para render”, disse Maria Cecília Meng, superintendente da 8ª Região Fiscal da Receita, que engloba o estado de São Paulo.

    Ela analisa que o desafio é rastrear os investimentos para chegar aos destinatários finais porque as fintechs operam por meio de chamadas “contas bolsão” em bancos comerciais, sem informações sobre o titular do dinheiro.

    “Nós já temos esses dados. Essas operações são um novo início. Há um paraíso fiscal no Brasil formado por fintechs e fundos [de investimento]”, completa Maria Cecília.

    Um dos principais alvos da Operação Carbono Oculto é a fintech BK Bank.

    Segundo a Receita Federal, a fintech seria o banco paralelo da organização e teria movimentado sozinha R$ 46 bilhões não rastreáveis de 2020 a 2024. Abarcando um período maior, a apuração da PF, por sua vez, afirma ter identificado R$ 68,9 milhões movimentados em contas na BK Bank entre janeiro de 2020 e agosto de 2025.

    A defesa da empresa não foi localizada.

    Receita: campanha contra fiscalização do Pix, de Nikolas, ajudou o PCC

  • Ibovespa atinge máxima histórica com megaoperação da PF e efeito Tarcísio em pesquisa

    Ibovespa atinge máxima histórica com megaoperação da PF e efeito Tarcísio em pesquisa

    No começo da tarde o dólar tinha queda 0,24%, cotado a R$ 5,402, com os investidores repercutindo números da economia dos Estados Unidos em busca de sinais sobre os próximos passos do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA)

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ibovespa registra alta nesta nesta quinta-feira (21), impulsionado por mais um dia de recuperação das ações de bancos brasileiros, pela alta dos papéis das distribuidoras de combustível após megaoperação da Polícia Federal contra PCC (Primeiro Comando da Capital) e pelo cenário eleitoral para as eleições do ano que vem.

    Às 14h03, a a Bolsa subia 1,83%, a 141.753 pontos -a caminho de fechar em uma nova máxima e após superar os 142 mil pontos nesta manhã pela primeira vez na história.

    Enquanto isso, o dólar tinha queda 0,24%, cotado a R$ 5,402, com os investidores repercutindo números da economia dos Estados Unidos em busca de sinais sobre os próximos passos do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

    Na cena doméstica, uma nova pesquisa divulgada nesta manhã apresentou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um cenário hipotético de segundo turno das eleições presidenciais de 2026.

    O levantamento realizado pela Atlas/Intel indica Tarcísio marcando 48,4% contra 46,6% de Lula na disputa presidencial do ano que vem.

    Tarcísio é considerado o principal nome da centro-direita para concorrer à Presidência contra o petista em 2026 e é tratado como candidato por banqueiros e empresários.

    O mercado também acompanha as consequências da força-tarefa que atua para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão em empresas do setor de combustíveis e do mercado financeiro nesta quinta. A operação mira mais de 350 alvos, pessoas físicas e jurídicas, que são utilizadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

    Pelas estimativas dos investigadores, o conjunto de negócios que foi alvo da operação nesta quinta movimentou cerca de R$ 30 bilhões para o crime organizado. Os agentes têm mandados para bloquear R$ 1,4 bilhão.

    Como reflexo, as ações de distribuidoras de combustível subiram forte no começo desta tarde. Os papéis da Ultrapar (dona dos postos Ipiranga) subiam 7,31%, acompanhadas por altas de 5,66% e 5,01% nos papéis da Raízen e Vibra Energia (maior distribuidora de combustíveis do Brasil), respectivamente.

    Além do mercado financeiro e setor de combustíveis, a atuação de grupos de crime organizado também é investigada no mercado imobiliário, transporte público, clínicas odontológicas, entre outros.

    Na agenda internacional, dados econômicos estão no foco. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA nesta quinta, o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos teve alta anualizada de 3,3% no segundo trimestre de 2025. A primeira leitura, divulgada há cerca de um mês, havia apontado avanço de 3%.

    Apesar dos números da economia americana mostrarem crescimento, analistas ainda projetam um corte de juros para setembro pelo Fed. Jerome Powell, presidente do BC americano, sinalizou um possível corte durante discurso na última sexta.

    Operadores precificam 84% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual em setembro, segundo dados da LSEG, com outro corte de mesma magnitude totalmente precificado até dezembro.

    O Fed vem mantendo a taxa de juros entre 4,25% e 4,5% desde dezembro do ano passado. Para os mercados de renda variável e de câmbio, cortes nos juros do Fed são uma boa notícia, já que costumam vir acompanhados de uma injeção de recursos de investidores egressos da renda fixa norte-americana. Quando os juros por lá caem, os rendimentos dos títulos ligados ao Tesouro dos Estados Unidos também caem.

    Os agentes também continuam monitorando os desdobramentos da demissão de Lisa Cook, do Fed. Segundo analistas, a tentativa de Trump demitir a diretora gera incertezas sobre a autonomia da autoridade monetária americana.

    Lisa é uma três diretoras do Fed com mandato que ultrapassa o período de governo de Trump, e foi uma das nove diretoras que votou pela manutenção da taxa de juros entre 4,25% e 4,5% na reunião realizada no fim de julho, decisão que irritou Trump.

    A diretora do Fed afirmou que a sua demissão não tem amparo legal e que também não vai renunciar ao posto.

    As tentativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros permanecem no radar dos investidores.

    Os canais de negociação entre os países continuam fechados e há um temor de que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para a próxima semana, intensifique as tensões.

    Integrantes do governo Lula (PT) e do STF (Supremo Tribunal Federal) consideram real a possibilidade de Trump aplicar novas sanções econômicas contra o Brasil e outras restrições a autoridades do país com o julgamento de Bolsonaro.

    Segundo relatos de aliados que estiveram com o Bolsonaro nos últimos dias, ele considera uma condenação no processo da trama golpista de 2022 no STF (Supremo Tribunal Federal) como certa.

    Esses aliados também preveem uma condenação, mas esperam que a Primeira Turma do Supremo não aplique a pena máxima pelos crimes que devem ser imputados a Bolsonaro.

    Além disso, ministros do STF têm avaliado que uma prisão do ex-presidente Bolsonaro não deve ser cumprida em um quartel do Exército.

    A avaliação parte de uma leitura no Supremo de que uma possível detenção de Bolsonaro em área militar poderia precipitar movimentos de apoiadores do ex-presidente em área próxima ao QG do Exército -uma reedição dos acampamentos golpistas de 2022.

    Ibovespa atinge máxima histórica com megaoperação da PF e efeito Tarcísio em pesquisa

  • O que é a TV 3.0 e o que muda para o consumidor?

    O que é a TV 3.0 e o que muda para o consumidor?

    “Com mais interatividade, qualidade de som, imagem superior e maior integração com a internet, o novo sistema moderniza o setor e coloca o país na vanguarda da radiodifusão mundial”, diz a pasta.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (27), no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a TV 3.0, a nova geração da tecnologia de televisão aberta e gratuita brasileira. Segundo o Ministério das Comunicações, a tecnologia vai revolucionar a forma como os brasileiros assistem televisão.

    “Com mais interatividade, qualidade de som, imagem superior e maior integração com a internet, o novo sistema moderniza o setor e coloca o país na vanguarda da radiodifusão mundial”, diz a pasta.

    Considerada “a televisão do futuro”, a TV 3.0 vai integrar os serviços de internet (broadband) à habitual transmissão de sons e imagens (broadcast), possibilitando o uso de aplicativos que permitirão aos telespectadores interagir com parte da programação e até mesmo fazer compras diretamente de seu televisor, abrindo novas possibilidades de geração de receitas às emissoras.

     

    No ano passado, os membros do conselho deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), entidade responsável pela nova geração, recomendaram ao governo federal a adoção do sistema ATSC 3.0 (do inglês, Comitê de Sistema Avançado de Televisão) como padrão técnico para a evolução tecnológica da TV digital. Isso deve ser confirmado pelo decreto presidencial. O novo sistema também deve estabelecer as novas funcionalidade, bem como um cronograma de migração, que deve ser gradativo, começando pelas grandes cidades, como foi com a TV digital. A previsão é que parte da população brasileira já consiga desfrutar da TV 3.0 durante as transmissões da Copa do Mundo de 2026.

    “A televisão aberta da era digital permitirá mais interatividade e personalização, como votações em tempo real, conteúdos estendidos, serviços de governo digital, alertas de emergência, novos recursos de acessibilidade, publicidade e conteúdos personalizados, e até T-commerce, com compras pelo controle remoto. A TV3.0 representa mais do que uma evolução tecnológica, ela simboliza a renovação de um compromisso histórico da radiodifusão com a informação, a cultura e a ética”, afirma o executivo Raymundo Barros, diretor de Estratégia de Tecnologia da Globo e presidente do Fórum SBTVD, em entrevista à Agência Brasil.

    Uma das principais inovações da TV 3.0 é justamente sua interface baseada em aplicativos, em que as emissoras terão condições técnicas de passar a oferecer, além do sinal aberto já transmitido em tempo real, conteúdos adicionais sob demanda, como séries, jogos, programas e outras possibilidades.

    “Isso muda a forma como o telespectador acessa a programação. Em vez de ‘caçar’ a TV aberta dentro do aparelho, os canais voltam a estar em posição de destaque em um catálogo de aplicativos, com ícones equivalentes aos canais tradicionais. E não é por isso que a troca rápida entre canais desaparecerá: a pesquisa mostrou o quanto é importante manter essa cultura do zapeamento e isso se traduz na troca rápida entre os aplicativos das emissoras na TV 3.0. Esse modelo devolve visibilidade à TV aberta nos receptores e abre espaço para interatividade, personalização e integração com serviços internet”, destacou Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), coordenador do GT Codificação de Aplicações do Fórum SBTVD e dos maiores especialistas em TV digital no país.

    Retomada do protagonismo

    Professor titular do Departamento de Sistemas de Computação do Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o engenheiro Guido Lemos, que atuou no desenvolvimento do programa Ginga, incorporado ao padrão do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, avalia que a TV 3.0 pode impulsionar a retomada de relevância da televisão na oferta preferencial de conteúdos, que está sob ameaça com a emergência, cada vez forte, dos serviços de mídia sob demanda (OTT, na sigla em inglês), como os canais de streaming, diretamente instalados nos aparelhos de TV.

    “Quando você olha o que que tá acontecendo nas TVs que estão instaladas em várias residências do Brasil, principalmente o pessoal de renda mais alta, que tem acesso à internet e consegue sustentar fluxos de vídeo nos aparelhos de televisão, observa que a maioria dessas TVs não está conectada em antena de recepção de TV aberta”, observa.

    Os novos aparelhos da TV 3.0 deverão vir de fábrica com a primeira tela apresentando um catálogo de canais de televisão abertos, o que não vem ocorrendo na interface atual das SmartTVs, essas que conectam com a internet, que dão prioridade aos aplicativos de OTT. “A proeminência do ícone do DTV Mais na primeira tela, do botão DTV Mais no controle remoto, de certa forma, é uma reconquista do espaço que a TV aberta perdeu na primeira tela e no controle remoto dos receptores de TV. Então, com isso, esse processo de diminuição do número de usuários pode ser revertido”, acrescenta Lemos.

    Nos últimos anos, a proporção de domicílios brasileiros com sinal de televisão e com assinatura de serviços por TV fechada tem caído, enquanto os serviços de streaming têm aumentado, chegando a quatro de cada dez lares com televisão.

    Campo público

    No campo público, a TV 3.0 deve assegurar destaque para emissoras de caráter educativo, por meio da criação do que está sendo chamado de Plataforma Comum de Comunicação Pública e do chamado Governo Digital, este último dedicado a garantir acesso a serviços públicos diretamente pela televisão, promovendo maior integração entre Estado e cidadão. Mesmo em localidades onde o sinal de emissoras públicas não chega por antena de radiodifusão, a conexão pela internet poderá suprir essa lacuna.

    “Haverá uma plataforma comum que vai compor os canais da União e, com isso, todo televisor que tenha conexão com a internet vai poder acessar o conteúdo dessas emissoras públicas. Cabe destacar que mais de 50% dos televisores hoje no Brasil são conectados à internet”, afirma Carlos Neiva vice-presidente de Relações Institucionais, Rede e Tecnologia da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral) e coordenador da Rede Legislativa de Rádio e TV da Câmara dos Deputados.

    “Não serão mais apenas canais, mas aplicativos. E a rede legislativa terá seu aplicativo, a TV Brasil, o Canal Gov. E esses aplicativos terão não apenas o conteúdo linear [grande de programação convencional], mas também o conteúdo por demanda, ou seja, personificado. É a mesma experiência, por exemplo, que você tem no YouTube ou numa plataforma de streaming“, acrescenta.

    Para viabilizar essa plataforma, segundo Marcelo Moreno, da UFJF, já estão em andamento projetos entre academia e setor privado dedicados a criar aplicativos e ferramentas específicas para a comunicação pública, “garantindo que ela também tire proveito de funcionalidades avançadas como personalização, interatividade e novos formatos audiovisuais”.

    Principais desafios

    Dois desafios fundamentais da TV 3.0, no entanto, estão relacionados aos custos de migração, como licenciamento de tecnologia e aquisição de transmissores, por parte das emissoras, e compra de conversores e receptores, por parte dos usuários. E também a universalização do acesso à internet de qualidade, uma realidade ainda distante do conjunto da população.

    Segundo indicador de conectividade significativa criado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que inclui fatores como custo e velocidade da conexão, presença de banda larga fixa nos domicílios e acesso por múltiplos dispositivos, apenas 22% dos indivíduos com 10 anos ou mais no Brasil têm condições satisfatórias de conectividade.

    Em duas décadas, a proporção de lares urbanos brasileiros com Internet passou de 13% para 85%, mostra a TIC Domicílios 2024 – cetic.br

    Estão nessa situação 73% dos indivíduos da classe A (mais rica), 33% dos habitantes da Região Sul e 28% dos homens, mas apenas com 16% de mulheres, 11% dos que vivem no Nordeste, e 3% dos indivíduos das classes DE (a mais pobre).

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta quarta-feira (27), no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a TV 3.0, a nova geração da tecnologia de televisão aberta e gratuita brasileira. Segundo o Ministério das Comunicações, a tecnologia vai revolucionar a forma como os brasileiros assistem televisão.

    “Com mais interatividade, qualidade de som, imagem superior e maior integração com a internet, o novo sistema moderniza o setor e coloca o país na vanguarda da radiodifusão mundial”, diz a pasta.

    Considerada “a televisão do futuro”, a TV 3.0 vai integrar os serviços de internet (broadband) à habitual transmissão de sons e imagens (broadcast), possibilitando o uso de aplicativos que permitirão aos telespectadores interagir com parte da programação e até mesmo fazer compras diretamente de seu televisor, abrindo novas possibilidades de geração de receitas às emissoras.

    No ano passado, os membros do conselho deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), entidade responsável pela nova geração, recomendaram ao governo federal a adoção do sistema ATSC 3.0 (do inglês, Comitê de Sistema Avançado de Televisão) como padrão técnico para a evolução tecnológica da TV digital. Isso deve ser confirmado pelo decreto presidencial. O novo sistema também deve estabelecer as novas funcionalidade, bem como um cronograma de migração, que deve ser gradativo, começando pelas grandes cidades, como foi com a TV digital. A previsão é que parte da população brasileira já consiga desfrutar da TV 3.0 durante as transmissões da Copa do Mundo de 2026.

    “A televisão aberta da era digital permitirá mais interatividade e personalização, como votações em tempo real, conteúdos estendidos, serviços de governo digital, alertas de emergência, novos recursos de acessibilidade, publicidade e conteúdos personalizados, e até T-commerce, com compras pelo controle remoto. A TV3.0 representa mais do que uma evolução tecnológica, ela simboliza a renovação de um compromisso histórico da radiodifusão com a informação, a cultura e a ética”, afirma o executivo Raymundo Barros, diretor de Estratégia de Tecnologia da Globo e presidente do Fórum SBTVD, em entrevista à Agência Brasil.

    Uma das principais inovações da TV 3.0 é justamente sua interface baseada em aplicativos, em que as emissoras terão condições técnicas de passar a oferecer, além do sinal aberto já transmitido em tempo real, conteúdos adicionais sob demanda, como séries, jogos, programas e outras possibilidades.

    “Isso muda a forma como o telespectador acessa a programação. Em vez de ‘caçar’ a TV aberta dentro do aparelho, os canais voltam a estar em posição de destaque em um catálogo de aplicativos, com ícones equivalentes aos canais tradicionais. E não é por isso que a troca rápida entre canais desaparecerá: a pesquisa mostrou o quanto é importante manter essa cultura do zapeamento e isso se traduz na troca rápida entre os aplicativos das emissoras na TV 3.0. Esse modelo devolve visibilidade à TV aberta nos receptores e abre espaço para interatividade, personalização e integração com serviços internet”, destacou Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), coordenador do GT Codificação de Aplicações do Fórum SBTVD e dos maiores especialistas em TV digital no país.

    Professor titular do Departamento de Sistemas de Computação do Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o engenheiro Guido Lemos, que atuou no desenvolvimento do programa Ginga, incorporado ao padrão do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, avalia que a TV 3.0 pode impulsionar a retomada de relevância da televisão na oferta preferencial de conteúdos, que está sob ameaça com a emergência, cada vez forte, dos serviços de mídia sob demanda (OTT, na sigla em inglês), como os canais de streaming, diretamente instalados nos aparelhos de TV.

    “Quando você olha o que que tá acontecendo nas TVs que estão instaladas em várias residências do Brasil, principalmente o pessoal de renda mais alta, que tem acesso à internet e consegue sustentar fluxos de vídeo nos aparelhos de televisão, observa que a maioria dessas TVs não está conectada em antena de recepção de TV aberta”, observa.

    Os novos aparelhos da TV 3.0 deverão vir de fábrica com a primeira tela apresentando um catálogo de canais de televisão abertos, o que não vem ocorrendo na interface atual das SmartTVs, essas que conectam com a internet, que dão prioridade aos aplicativos de OTT. “A proeminência do ícone do DTV Mais na primeira tela, do botão DTV Mais no controle remoto, de certa forma, é uma reconquista do espaço que a TV aberta perdeu na primeira tela e no controle remoto dos receptores de TV. Então, com isso, esse processo de diminuição do número de usuários pode ser revertido”, acrescenta Lemos.

    Nos últimos anos, a proporção de domicílios brasileiros com sinal de televisão e com assinatura de serviços por TV fechada tem caído, enquanto os serviços de streaming têm aumentado, chegando a quatro de cada dez lares com televisão.

    No campo público, a TV 3.0 deve assegurar destaque para emissoras de caráter educativo, por meio da criação do que está sendo chamado de Plataforma Comum de Comunicação Pública e do chamado Governo Digital, este último dedicado a garantir acesso a serviços públicos diretamente pela televisão, promovendo maior integração entre Estado e cidadão. Mesmo em localidades onde o sinal de emissoras públicas não chega por antena de radiodifusão, a conexão pela internet poderá suprir essa lacuna.

    “Haverá uma plataforma comum que vai compor os canais da União e, com isso, todo televisor que tenha conexão com a internet vai poder acessar o conteúdo dessas emissoras públicas. Cabe destacar que mais de 50% dos televisores hoje no Brasil são conectados à internet”, afirma Carlos Neiva vice-presidente de Relações Institucionais, Rede e Tecnologia da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral) e coordenador da Rede Legislativa de Rádio e TV da Câmara dos Deputados.

    “Não serão mais apenas canais, mas aplicativos. E a rede legislativa terá seu aplicativo, a TV Brasil, o Canal Gov. E esses aplicativos terão não apenas o conteúdo linear [grande de programação convencional], mas também o conteúdo por demanda, ou seja, personificado. É a mesma experiência, por exemplo, que você tem no YouTube ou numa plataforma de streaming“, acrescenta.

    Para viabilizar essa plataforma, segundo Marcelo Moreno, da UFJF, já estão em andamento projetos entre academia e setor privado dedicados a criar aplicativos e ferramentas específicas para a comunicação pública, “garantindo que ela também tire proveito de funcionalidades avançadas como personalização, interatividade e novos formatos audiovisuais”.

    Dois desafios fundamentais da TV 3.0, no entanto, estão relacionados aos custos de migração, como licenciamento de tecnologia e aquisição de transmissores, por parte das emissoras, e compra de conversores e receptores, por parte dos usuários. E também a universalização do acesso à internet de qualidade, uma realidade ainda distante do conjunto da população.

    Segundo indicador de conectividade significativa criado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que inclui fatores como custo e velocidade da conexão, presença de banda larga fixa nos domicílios e acesso por múltiplos dispositivos, apenas 22% dos indivíduos com 10 anos ou mais no Brasil têm condições satisfatórias de conectividade.

    Em duas décadas, a proporção de lares urbanos brasileiros com Internet passou de 13% para 85%, mostra a TIC Domicílios 2024 – cetic.br

    Estão nessa situação 73% dos indivíduos da classe A (mais rica), 33% dos habitantes da Região Sul e 28% dos homens, mas apenas com 16% de mulheres, 11% dos que vivem no Nordeste, e 3% dos indivíduos das classes DE (a mais pobre).

    O que é a TV 3.0 e o que muda para o consumidor?

  • Dólar recua com alívio em Treasuries longos e de olho em dados dos EUA

    Dólar recua com alívio em Treasuries longos e de olho em dados dos EUA

    O dólar opera em queda nesta quinta-feira (28) diante do alívio nos Treasuries e expectativa por dados econômicos dos EUA. No Brasil, pesquisa AtlasIntel/Bloomberg aponta queda na aprovação de Lula, enquanto operações da PF e do Ministério da Fazenda miram R$ 23 bilhões em fraudes no setor de combustíveis

    O dólar recua na manhã desta quinta-feira, 28, acompanhando o alívio nos rendimentos dos Treasuries longos e da divisa americana frente outras rivais e moedas emergentes. Investidores aguardam dados que devem balizar as expectativas para os próximos passos do Federal Reserve (Fed), como a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação PCE dos EUA no segundo trimestre, além de pedidos de auxílio-desemprego semanais, todos às 9h30.

    Internamente, pesquisa AtlasIntel/Bloomberg mostra que a aprovação do presidente Lula caiu 2,3 pontos porcentuais, de 50,2% para 47,9%, interrompendo a tendência de alta observada desde junho. A desaprovação chegou a 51,0%. Na sondagem, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece numericamente à frente de Lula em um eventual segundo turno, com 48,4% contra 46,6%, empate técnico no limite da margem de erro. Lula também empata com Jair Bolsonaro, ambos com 48,3%.

    Os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Fernando Haddad (Fazenda) concedem entrevista coletiva às 11h, para detalhar as operações Quasar e Tank, deflagradas pela Polícia Federal para combater lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta no setor de combustíveis. Segundo o Ministério da Fazenda, as investigações revelam movimentações ilícitas superiores a R$ 23 bilhões em uma rede criminosa nacional. Também participam o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e a subsecretária da Receita Federal, Andrea Costa Chaves.

    O IGP-M avançou 0,36% em agosto, após três meses de recuo, segundo a FGV. No ano, o índice acumula queda de 1,35%, e alta de 3,03% em 12 meses. O resultado ficou próximo do teto das estimativas do mercado, que variavam de -0,04% a +0,41%.

    No exterior, os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) demonstraram receio de que a expansão fiscal em diversos países da zona do euro possa criar um cenário de dívidas públicas estruturalmente elevadas, impulsionando a inflação e o nível estimado dos juros neutros.

    Dólar recua com alívio em Treasuries longos e de olho em dados dos EUA

  • Hong Kong multa Deutsche Bank em US$ 3 milhões por violações regulatórias

    Hong Kong multa Deutsche Bank em US$ 3 milhões por violações regulatórias

    O Deutsche Bank conduziu revisões para identificar as causas raízes e a extensão das violações e remediou os problemas e fortaleceu seus controles internos e sistemas ao identificar as violações, além de ter realizado o reembolso das taxas cobradas em excesso aos clientes afetados

    A Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC, na sigla em inglês) de Hong Kong multou o Deutsche Bank em 23,8 milhões dólares de Hong Kong (US$ 3,05 milhões) por violações regulatórias, incluindo a cobrança excessiva de clientes em taxas de gestão; atribuição incorreta de classificações de risco de produtos; e falha em divulgar relações de banco de investimento em certos relatórios de pesquisa.

    A medida, divulgada em comunicado nesta quinta-feira, 28, acontece após investigações desencadeadas por relatos feitos pelo próprio banco alemão entre dezembro de 2020 e dezembro de 2023. Após a investigação, a SFC considera que a instituição bancária falhou em agir com a devida habilidade, cuidado e diligência, no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado e em garantir que quaisquer representações feitas e informações fornecidas aos seus clientes sejam precisas e não enganosas.

    De acordo com a nota, o Deutsche Bank conduziu revisões para identificar as causas raízes e a extensão das violações e remediou os problemas e fortaleceu seus controles internos e sistemas ao identificar as violações, além de ter realizado o reembolso das taxas cobradas em excesso aos clientes afetados. “As violações do Deutsche Bank foram inadvertidas e não envolveram má conduta deliberada ou intencional”, acrescenta.

    Hong Kong multa Deutsche Bank em US$ 3 milhões por violações regulatórias

  • Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 9

    Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 9

    No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco

    A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (28) a parcela de agosto do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 9.

    O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,54. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 19,19 milhões de famílias, com gasto de R$ 12,86 bilhões.

    Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes e nutrizes (mães que amamentam), um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos.

    No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

    Os beneficiários de 521 cidades receberam o pagamento no último dia 18, independentemente do NIS. A medida beneficiou os moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e moradores de algumas cidades em quatro estados: Amazonas (três), Paraná (quatro), Roraima (seis) e Sergipe (11).

    Essas localidades foram afetadas por chuvas ou por estiagens ou têm povos indígenas em situação de vulnerabilidade. A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

    Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

    Regra de proteção

    Cerca de 2,63 milhões de famílias estão na regra de proteção em agosto. Essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até um ano, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 365,81.

    Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois anos para um ano. No entanto, a mudança só abrange as novas famílias que entraram na fase de transição. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.

    Auxílio Gás

    O Auxílio Gás também será pago nesta quinta-feira às famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 9. O valor para este mês foi mantido em R$ 108.

    Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,13 milhões de famílias neste mês. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

    Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

     

     

    Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 9