Categoria: ECONOMIA

  • Veja orientações para evitar golpes e outros problemas na Black Friday

    Veja orientações para evitar golpes e outros problemas na Black Friday

    Na Black Friday, consumidores devem redobrar cuidados com compras online para evitar golpes e “descontos falsos”. Especialistas recomendam acompanhar histórico de preços, comparar lojas confiáveis, verificar CNPJ, usar cartão de crédito ou intermediadores seguros e checar homologação da Anatel em eletrônicos, prevenindo riscos e prejuízos.

    Por conta da Black Friday, marcada para esta sexta-feira, 28, as lojas online estão cheias de promessas de ofertas. Contudo, devido à maior movimentação do comércio durante a data, o consumidor pode enfrentar problemas e até mesmo tentativas de golpes durante as compras pela internet. Há diversos cuidados que podem ser tomados pelos consumidores para se prevenir durante as compras online, indicados por especialistas e pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

    Acompanhar o preço dos produtos com antecedência ou utilizar sites que permitem ver as variações nos preços nos últimos meses são boas ideias para evitar cair em \”descontos falsos\” – quando uma empresa diz que abaixou o preço sem diminuir realmente, ou quando a loja subiu o preço antes para voltar ao valor normal na sequência e afirmar que houve desconto.

    Comparar preços entre diferentes lojas também é fundamental. Preços muito abaixo do padrão devem levantar desconfiança, principalmente no caso de lojas sem histórico comprovado. Também é igualmente importante garantir que o site do qual se compra é confiável. Para verificar se um site desconhecido é seguro, a recomendação é reunir o máximo de informações da página, conferir se há um CPNJ, verificar o CNPJ no site da Receita Federal, buscar o endereço e verificar se ele existe.

    É possível também pesquisar a reputação da página em sites como o Reclame Aqui ou o consumidor.gov.br, por exemplo. O Procon-SP também disponibiliza uma lista de sites de empresas que são más fornecedoras e devem ser evitadas.

    Quanto ao método de pagamento, é mais seguro utilizar cartão de crédito ou intermediadores reconhecidos (como plataformas de pagamento seguras). Por outro lado, para pagamentos realizados com o Pix pode ser mais difícil de obter reembolso. Por isso, é necessário desconfiar de lojas que aceitam apenas Pix ou transferência.

    No caso de compra de equipamentos eletrônicos como celulares, roteadores e repetidores Wi-Fi, fones Bluetooth, smartwatches e outros, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recomenda que o consumidor verifique se o equipamento é homologado, ou seja, se possui o selo que ela fornece.

    A agência indica que é necessário se certificar de que não está adquirindo aparelhos clandestinos, frequentemente vendidos de forma massiva durante promoções agressivas. Produtos desse tipo podem causar choques elétricos, incêndios ou superaquecimento; prejudicar o funcionamento de redes móveis, Wi-Fi ou Bluetooth; comprometer a privacidade e expor dados do usuário; além de apresentar desempenho muito inferior ao esperado.

    Veja a seguir orientações para compras online na Black Friday 

    . Acompanhe oscilações de preço do produto, para verificar se desconto é real;

    . Use buscadores e sites que mostram o histórico de preços;

    . Desconfie de preços muito baixos;

    . Compare o preço do produto em sites diferentes e de confiança;

    . Desconfie de sites que não informam o custo de entrega até a etapa final do pagamento;

    . Consulte avaliações no portal consumidor.gov.br e em sites de reclamações;

    . No caso de eletrônicos, verifique se o equipamento é homologado com o selo da Anatel;

    . Não clique em links de ofertas recebidos por e-mail, redes sociais, WhatsApp ou mensagens de texto;

    . Cheque a lista de sites a serem evitados segundo o Procon-SP;

    . Use antivírus;

    . Se certifique de acessar sites corretos das lojas, digitando o link, ou usando aplicativos oficiais dos estabelecimentos;

    . Não use redes Wi-Fi públicas;

    . Use senhas diferentes para logins nos diversos sites;

    . Em sites desconhecidos, verifique informações como CNPJ e endereço da loja, além de pesquisar a reputação;

    . Desconfie de lojas que aceitam apenas Pix ou transferência;

    . Confira o valor total da compra, incluindo o frete e eventuais taxas;

    . Avalie se o prazo de entrega e o valor cobrado fazem sentido para sua região;

    . Antes de parcelar, verifique se os juros estão informados e se o valor total cabe no seu orçamento;

    . Utilize carteiras digitais ou cartão de crédito virtual para pagamentos;

    . Faça uma lista de compras para evitar a compra por impulso.

    Veja orientações para evitar golpes e outros problemas na Black Friday

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  • Governo concede 13 aeroportos de pequeno porte em leilão nacional

    Governo concede 13 aeroportos de pequeno porte em leilão nacional

    A GRU Airport foi a principal vencedora do leilão ao garantir 12 concessões e promete investir na modernização da infraestrutura. A Fraport também levou um terminal, enquanto seis aeroportos seguirão sob gestão estatal.

    O Governo brasileiro concedeu, em um leilão realizado hoje, 13 dos 19 aeroportos de menor porte do país. A GRU Airport, atual administradora do Aeroporto Internacional de São Paulo, foi a principal vencedora ao garantir 12 dessas concessões. A outra ficou com a operadora alemã Fraport, que já administra os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza.

    As empresas vencedoras terão o direito de operar esses aeroportos por 30 anos e se comprometeram a investir 700 milhões de reais na modernização da infraestrutura. O leilão foi promovido pelo Ministério dos Portos e Aeroportos dentro do Projeto AmpliAr, iniciativa que pretende fortalecer a aviação regional por meio da ampliação e modernização de 100 pequenos aeroportos em todo o país com concessões à iniciativa privada.

    A GRU Airport, controlada pelo grupo brasileiro de investimentos Invepar, assumirá os aeroportos de Lençóis, Paulo Afonso, Barreirinhas, Porto Alegre do Norte, Araripina, Garanhuns, Serra Talhada, São Raimundo Nonato, Canoa Quebrada, Cacoal, Vilhena e Araguaína.

    São cidades pequenas, com menor demanda da aviação comercial, embora algumas já tenham voos regulares ou potencial turístico, como Lençóis e Canoa Quebrada, além de capacidade para ampliar o transporte de cargas. Sem concorrência em 12 dessas concessões, a GRU Airport ficou com todas elas pelo valor mínimo estabelecido pelo Governo.

    O aeroporto de Jericoacoara foi o único que teve disputa, recebendo propostas da Fraport, da GRU Airport e da PRS Aeroportos. Por causa disso, a empresa alemã precisou aumentar sua oferta para vencer. Além do potencial turístico, Jericoacoara é estratégica para a Fraport por estar próxima ao aeroporto de Fortaleza, que a operadora já administra.

    Seis dos 19 aeroportos oferecidos no leilão não despertaram interesse das empresas privadas e continuarão sob gestão estatal. São eles Tarauacá, Barcelos, Itacoatiara, Parintins, Itaituba e Guanambi.
     
     

    Governo concede 13 aeroportos de pequeno porte em leilão nacional

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  • Problema na entrega é principal queixa de consumidores na pré-Black Friday

    Problema na entrega é principal queixa de consumidores na pré-Black Friday

    Clientes também relataram que ainda tiveram problemas com o estorno do valor pago, cancelamento e troca ou devolução do produto; veja o ranking das principais reclamações da Black Friday

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um monitoramento do Reclame Aqui apontou que atraso e produto não entregue são as duas principais queixas dos consumidores na prévia da Black Friday, sendo 25,29% e 12,62% do total, respectivamente.

    De acordo com o site, as queixas mais frequentes envolviam falsas promessas de frete rápido, como “entrega em duas horas” ou “entrega no mesmo dia”. As situações repetem um padrão observado nos anos anteriores, segundo o Reclame Aqui.

    Os dados foram obtidos da plataforma entre 12h de quarta-feira (26) e 15h desta quinta (27). São os próprios usuários que selecionam a categoria ao escrever uma reclamação.

    Em terceiro lugar no ranking, propaganda enganosa levou 9,33% do total. Consumidores relatam que muitas lojas divulgam condições atrativas, como preços muito baixos, que são alteradas na hora de finalizar a compra.

    Clientes ainda tiveram problemas com o estorno do valor pago (6,71%), cancelamento (4,54%) e troca ou devolução do produto (2,46%). A legislação do consumidor garante que usuários que compram produtos ou serviços pela internet têm até sete dias para devolvê-los e pedir reembolso, contados a partir da entrega.

    VEJA RANKING DAS PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES DA BLACK FRIDAY

    • Atraso na entrega (25,29%)
    • Produto não recebido (12,62%)
    • Propaganda enganosa (9,33%)
    • Outro problema (6,81%)
    • Estorno do valor pago (6,71%)
    • Cancelamento (4,54%)
    • Cobrança indevida (4,06%)
    • Produto com defeito (3,77%)
    • Produto errado (2,69%)
    • Troca ou devolução de produto (2,46%)

    Além dos citados, o Reclame Aqui aponta que uma prática que tem gerado reclamação é a dos descontos “agressivos”, com regras pouco claras, que incluem limitações de valor, validade restrita a determinadas regiões ou exigência de formas de pagamento que anulam o benefício anunciado.

    “Esses problemas iniciais indicam alertas para consumidores e empresas. Para consumidores, no sentido de pesquisarem bem e lerem as promoções antes de comprar, estarem atentos às condições de compra; e, para empresas, a Black Friday começa oficialmente amanhã, sexta-feira, ainda dá tempo de corrigir problemas” afirma Edu Neves, CEO do Reclame Aqui.

    Problema na entrega é principal queixa de consumidores na pré-Black Friday

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  • Dólar fecha em alta e Bolsa cai com Caged e Galípolo em foco

    Dólar fecha em alta e Bolsa cai com Caged e Galípolo em foco

    O Ibovespa encerrou o dia com queda de 0,12%, aos 158.359 pontos; na máxima do dia a Bolsa renovou a marca intradiária pelo segundo pregão seguido, ao atingir 158.864 pontos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em alta de 0,34 %, cotado a R$ 5,351, nesta quinta-feira (27), com investidores reagindo aos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de outubro e às declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

    No exterior, o feriado de Ação de Graças manteve o mercado americano fechado, contribuindo para um pregão mais avesso ao risco.

    O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, por outro lado, encerrou o dia com queda de 0,12%, aos 158.359 pontos. Apesar do recuo, na máxima do dia a Bolsa renovou a marca intradiária pelo segundo pregão seguido, ao atingir 158.864 pontos.

    Analistas do mercado financeiro acompanharam os dados do mercado de trabalho brasileiro, divulgados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

    Segundo o Caged, o Brasil abriu 85,1 mil vagas formais de trabalho em outubro.

    O resultado ficou bem abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 105 mil vagas.

    O saldo de outubro foi o pior já registrado para o mês na série histórica do Novo Caged, que contabiliza dados desde 2020.

    Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, “a geração de empregos ter desacelerado em outubro pode reforçar as apostas por cortes de juros pelo Banco Central e criar uma perspectiva de redução da rentabilidade dos títulos brasileiros”.

    Na véspera, o dólar fechou em forte baixa de 0,79%, a R$ 5,333, enquanto o Ibovespa avançou 1,69%, para 158.554 pontos -primeira vez que terminou acima dos 158 mil pontos, renovando o recorde de fechamento.

    O otimismo com a projeção de corte de juros no Brasil e nos Estados Unidos foi responsável pelo aumento de apetite por risco. O dia trouxe uma sensação de déjà vu, com o movimento do mercado financeiro retornando ao patamar do começo de novembro. No período, a Bolsa brasileira renovou recordes históricos de fechamento por 12 dias consecutivos.

    Dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) divulgados na quarta-feira alimentaram a expectativa de que um ciclo de corte de juros comece no primeiro trimestre de 2026.

    Apesar de o levantamento registrar uma alta de 0,20% em novembro de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acima da expectativa de 0,18% de economistas consultados pela Reuters, os dados mostraram que a taxa acumulada em 12 meses até novembro avançou 4,5%.

    O valor atingiu exatamente o teto da meta de inflação -3% medido pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

    Higor Rabelo, especialista e sócio da Valor Investimentos, afirma que os dados reforçaram a visão de um processo de desinflação no Brasil. “A expectativa de corte de juros segue bem positiva e ajuda a nossa Bolsa”.

    Os sinais recentes do Banco Central têm sido mistos. Nesta quinta, Galípolo afirmou que a instituição vai manter o juros no nível necessário pelo tempo necessário para que a inflação convirja para a meta. A taxa básica de juros, a Selic, está em 15% ao ano, maior patamar em 20 anos.

    Ele também disse que o cenário está andando na direção que o BC gostaria, mas não tão rápido quanto a autarquia gostaria.

    Na última terça-feira (25), Nilton David, diretor de Política Monetária do Banco Central, afirmou que a expectativa é de que o BC realize cortes na taxa Selic, não aumentos. Ele não especificou quando essas reduções podem ser realizadas.

    No cenário internacional, o dia foi marcado pela liquidez restrita nos mercados, em meio ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Nos últimos pregões, o desempenho da moeda americana foi impactado pelas expectativas de corte de juros nos EUA pelo Fed (Federal Reserve, banco central americano), que pesaram sobre a divisa e valorizaram o real.

    Nesta quinta, contudo, a divisa passou por um movimento de ajustes. “O dólar avançou em um movimento típico de correção, impulsionado principalmente pela liquidez reduzida pelo feriado de Ação de Graças nos EUA, que deixa o mercado mais cauteloso e limita a busca por risco”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

    Nos últimos dias, foram divulgados o livro Bege, relatório do Fed sobre as condições econômicas dos EUA e os índice de preços ao produtor e vendas no varejo, que tiveram resultados abaixo do esperado ou em linha com as projeções de economistas.

    Segundo Leonel Mattos, da StoneX, os dados sugerem que a economia americana passa por um enfraquecimento. “Há uma expectativa de que as projeções por corte de juros na decisão de dezembro continuem sendo maioria”.

    A ferramenta FedWatch, do CME Group revela que investidores veem uma chance de 84,9% de que o banco central americano reduza a taxa de juros para 3,50% a 3,75%, em dezembro -hoje é de 3,75% a 4,00%.

    Reduções nos juros dos EUA costumam ser uma boa notícia para os mercados globais -e o oposto também é verdadeiro. Como a economia norte-americana é vista como a mais sólida do mundo, os títulos do Tesouro, também chamados de “treasuries”, são um investimento praticamente livre de risco.

    Quando os juros estão altos, os rendimentos atrativos das treasuries levam operadores a tirar dinheiro de outros mercados. Quando eles caem, a estratégia de diversificação vira o norte, e investimentos alternativos ganham destaque.

    Dólar fecha em alta e Bolsa cai com Caged e Galípolo em foco

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  • FGTS retido por saque-aniversário pode ser liberado para 13 milhões em 2026, diz ministro

    FGTS retido por saque-aniversário pode ser liberado para 13 milhões em 2026, diz ministro

    Os valores poderão ser pagos ainda no primeiro trimestre de 2026; segundo ministro Luiz Marinho, há a estimava que 13 milhões de trabalhadores serão beneficiados

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, deve solicitar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a liberação do dinheiro retido no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para quem aderiu ao saque-aniversário e foi demitido. Ele estima que 13 milhões de trabalhadores serão beneficiados.

    Segundo Marinho, os valores poderão ser pagos ainda no primeiro trimestre de 2026. Ao todo, os profissionais podem receber R$ 6,5 bilhões.

    “Tem a possibilidade, no começo do ano, de a gente criar condição, discutir com o presidente de novo e liberar esse recurso também para essas famílias”, disse nesta quinta-feira (27), durante apresentação dos dados de emprego e desemprego pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

    Marinho afirmou que, neste ano, não é mais possível fazer a liberação porque o governo pagou R$ 12 bilhões em FGTS retido para 12,1 milhões de profissionais em março e a lei impede a repetição da medida.

    Os beneficiados serão cotistas que aderiram saque-aniversário desde 2020, quando a modalidade foi criada, e foram demitidos neste ano. Para quem foi desligado entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro deste ano, o dinheiro já foi pago.

    A retenção do dinheiro do FGTS na rescisão ocorre quando o trabalhador adere ao saque-aniversário. Pela lei, ele não pode acesso aos valores quando é desligado da empresa e fica dois anos sem acesso ao saldo do seu fundo caso seja demitido sem justa causa. É possível apenas sacar a multa de 40% sobre o FGTS.

    MUDANÇAS NO SAQUE-ANIVERSÁRIO

    Em outubro, o governo Lula alterou as regras do empréstimo ligado ao saque-aniversário do FGTS. A partir de então, a antecipação dos valores está limitada a até cinco anos, com parcelas de até R$ 500 por ano -o que dá R$ 2.500-, conforme determinou o Conselho Curador do FGTS.

    As alterações entraram em vigor em 1º de novembro e incluem ainda limitação a quantidade de operações por trabalhador por ano, prazo para fazer empréstimo após aderir ao saque-aniversário e valor mínimo de antecipação do saque.

    O MTE estima que R$ 84,6 bilhões vão deixar de sair do fundo para as instituições financeiras e serão repassados aos trabalhadores até 2030. Para quem já tinha empréstimo ativo, nada mudou. Novas contratações, no entanto, foram afetadas.

    De 2020 a 2025, as operações envolvendo o empréstimo do saque-aniversário somaram R$ 236 bilhões. O FGTS tem hoje 42 milhões de trabalhadores ativos, dos quais 21,5 milhões de trabalhadores já aderiram à modalidade (51%), segundo dados de agosto. Ao somar os inativos, o total chega a 29 milhões. Sete em cada dez fizeram empréstimos.

    Hoje, a média de empréstimo é de 7,9 saques-aniversários por trabalhador, com a maoria das antecipações sendo de R$ 100. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que muitos antecipam para apostar em bets.

    Na ocasião, o ministro, que também é presidente do conselho curador, criticou mais uma vez o saque-aniversário, lei que tentou revogar logo que assumiu o ministério, no início de 2023.

    “A antecipação do saque acabou se transformando em uma armadilha grande para o trabalhador. Tanto que no começo do ano liberamos R$ 12 bilhões para 12 milhões que ficaram com o fundo bloqueado na demissão”, disse.

    “Depender da minha vontade política, já tinha acabado com o saque-aniversário puro e simples. Revogava a lei, ponto e acabou.”

    FGTS retido por saque-aniversário pode ser liberado para 13 milhões em 2026, diz ministro

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  • Macron diz a empresários brasileiros que assinatura de acordo UE-Mercosul pode ser no dia 20

    Macron diz a empresários brasileiros que assinatura de acordo UE-Mercosul pode ser no dia 20

    Lula já tinha comentado sobre o assunto em entrevista após o G20, em Joanesburgo; tratado comercial é ‘possivelmente o maior do mundo’, segundo presidente francês

    PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O polêmico acordo comercial União Europeia-Mercosul dominou as discussões do Brasil França Fórum, encontro de empresários em Paris organizado nesta quinta-feira (27) pelo grupo Lide, do ex-governador de São Paulo João Doria. À tarde, os participantes do evento defenderam o acordo em encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu.

    Segundo o ex-presidente Michel Temer, presente ao encontro, Macron disse acreditar que o acordo poderá ser assinado no dia 20 de dezembro, embora tenha reiterado sua oposição ao texto na forma atual.

    O empresário Luiz Fernando Furlan relatou que, entre as cláusulas que Macron citou querer ver incluídas no acordo, estão a proteção às chamadas denominações de origem controlada -marcas regionais notórias, como o queijo brie e os espumantes da região da Champagne- e a previsão de limites caso a entrada de produtos do Mercosul cause desequilíbrio em algum setor.

    Na semana passada, o presidente Lula anunciou que o acordo será formalmente assinado no próximo dia 20 em Brasília. O anúncio foi feito durante o encontro de líderes do G20, em Joanesburgo, na África do Sul.

    Participantes brasileiros saudaram a provável assinatura do acordo, enquanto os franceses trataram do tema com cautela. Alegando prejuízo a seus agricultores, a França ainda tenta barrar o acordo, ou pelo menos incluir “cláusulas de salvaguarda”, restrições adicionais e regras de reciprocidade que protejam os produtores locais.

    Nesta quinta, o Parlamento francês aprovou, pela segunda vez neste ano, uma resolução contrária ao acordo. A votação, porém, tem força meramente simbólica.

    A ministra francesa da Francofonia, Éleonore Caroit, disse que “a França ainda está negociando, porque precisamos ter cláusula de salvaguarda que são importantes para nosso setor agrícola”. Caroit, que também é deputada representante dos franceses na América Latina, pertence ao mesmo partido de Macron, o centrista Renascimento.

    Questionada pela reportagem, Valérie Pécresse, prefeita (uma espécie de governadora) da região Ile-de-France, que engloba Paris e periferia, propôs a realização de uma conferência em 2026 para discutir o tema. “O que realmente queremos é a reciprocidade. Mas acho que chegaremos lá”, disseconcluiu.

    Temer declarou seu apoio ao acordo, “não importa qual seja o governo”, lembrando que o tratado é negociado há mais de duas décadas. “O que importa é que o que nos interessa é o Brasil e, no particular, o Brasil conectado, acoplado com o Estado francês”, afirmou.

    Macron diz a empresários brasileiros que assinatura de acordo UE-Mercosul pode ser no dia 20

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  • Motta indica relator de PL do devedor contumaz após pressão do governo e de parlamentares

    Motta indica relator de PL do devedor contumaz após pressão do governo e de parlamentares

    A decisão de discutir a proposta surgiu por Hugo Motta ser pressionado após operação da Justiça Federal contra crimes de sonegação de impostos; a PL do devedor contumaz é defendida pelo governo Lula para sufocar o crime organizado

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (27) que Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) será o relator do projeto de lei do devedor contumaz. A proposta visa punir empresas que não pagam tributos reiteradamente e sem justificativa, utilizando a inadimplência como estratégia competitiva.

    Antonio Carlos Rodrigues, que agora terá a tarefa de relatar o projeto de lei, é da ala do PL mais ligada ao centrão. Ele foi ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff (PT). A decisão de Motta ocorre no mesmo dia em que uma operação que investiga fraude fiscal no setor de combustíveis tem como alvo o Grupo Fit -a ex-Refit, da refinaria de Manguinhos, do empresário Ricardo Magro. Segundo os investigadores, a Refit é o maior devedor contumaz do país, com débitos de R$ 26 bilhões.

    “A segurança pública também passa pela segurança econômica. Por isso, a Câmara avança no combate às fraudes no setor de combustíveis com um combo de projetos estruturantes, cada um com seu relator já designado. Atenção a eles!”, escreveu Motta, nas redes.

    Motta também anunciou relatores de outros três projetos que tratam do tema. Ele escolheu o deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA) para relatar projeto que garante acesso da ANP às notas fiscais na cadeia de combustíveis; Alceu Moreira (MDB-RS) para o que endurece pena para adulteração de combustíveis; e Junior Ferrari (PSD-PA) para o que cria o operador nacional de sistema de combustíveis, para monitorar os combustíveis no país.

    “Nosso compromisso é fortalecer o Estado, proteger o consumidor e fechar as portas para quem vive de fraude”, disse Motta, em publicação nas redes.

    Motta vinha sendo cobrado por entidades, lideranças, políticos e integrantes do governo federal para pautar o projeto, que estava parado na Casa. O texto foi aprovado no Senado em setembro mas, desde então, não havia avançado na Câmara. Nesta quinta, a pressão aumentou, com declarações de integrantes do governo Lula (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), além de presidente de partidos do centro.

    Do mesmo partido de Motta, o governador de São Paulo afirmou nesta quinta que o projeto “é fundamental” para combater fraudes. “Quando você tem operações desse tipo e que escancaram esse tipo de esquema, aqueles projetos que muitas vezes encontram barreiras no Congresso ganham força”, disse.

    Em reunião na quarta (26) entre a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) e Motta, o presidente da Câmara ouviu dos governistas o pedido para estabelecer um calendário de votações até o final de ano de pautas consideradas prioritárias para o Palácio do Planalto, entre elas o PL do devedor contumaz.

    Nesta quinta, Gleisi e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltaram a pedir a aprovação do tema. Gleisi disse que a nova operação reforça o “pedido de urgência” que o governo apresentou à Câmara para aprovar a matéria.

    “O Brasil precisa ter um instrumento legal contra os esquemas bilionários de fraude e sonegação fiscal do crime organizado, que foram expostos na Operação Carbono Oculto. Foi depois dessa operação, liderada pela Polícia Federal e Receita Federal, que o projeto foi aprovado no Senado e chegou à Câmara. Não temos tempo a perder na luta contra esses criminosos”, escreveu a ministra, nas redes sociais.

    Haddad afirmou à imprensa que a proposta não é um projeto da oposição ou do governo. “Estamos há três anos militando junto ao Congresso Nacional. Por ocasião da Carbono Oculto, nós tivemos a aprovação no Senado de um projeto combinado com o governo federal. Não é um projeto de oposição e situação.”
    O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também cobrou que a Câmara tratasse do tema, em publicação nas redes sociais.

    “É urgente que a Câmara avalie o projeto de lei contra os chamados devedores contumazes, que já passou pelo Senado. Trata-se de ferramenta fundamental para combater a fraude organizada e a concorrência desleal”, escreveu Kassab.
    Além de Kassab, o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), também se manifestou pelo avanço da discussão na Câmara. “Precisamos aprovar o projeto que pune o devedor contumaz. Temos de fechar o cerco contra aqueles que, de forma sistemática, querem driblar o pagamento de contribuições, fundamentais para manutenção de serviços para toda a sociedade”, escreveu, em publicação nas redes.

    O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que conversou com o presidente nacional da sigla, Edinho Silva, que irá submeter à executiva nacional do partido para fechar questão a favor do projeto de lei. “Entendemos que, na próxima terça-feira, deve ser convocado o Colégio de Líderes e pautada a votação no mesmo dia”, disse o petista.

    Motta indica relator de PL do devedor contumaz após pressão do governo e de parlamentares

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  • Saldo líquido do Caged de outubro é positivo em 85.147 vagas

    Saldo líquido do Caged de outubro é positivo em 85.147 vagas

    Houve em outubro 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos; saldo de janeiro a outubro deste ano é positivo em 1.800.650 postos formais

    O mercado de trabalho brasileiro criou 85.147 novos empregos formais em outubro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo é resultado de 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos.

    Em setembro, o saldo havia sido positivo em 213.002 vagas, já incorporando os ajustes na série.

    O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um saldo positivo de 120 mil postos de trabalho com carteira assinada. As expectativas para esta leitura variavam de 58.306 a 160 mil vagas.

    O saldo do mês passado é 35,3% menor do que o observado em outubro de 2024, quando foram criadas 131.603 vagas, considerando a série com ajustes.

    O resultado foi o pior para um mês de outubro desde 2019, quando foram criados 70.852 empregos formais no País. Considerando o Novo Caged, que começou em 2020, foi o pior resultado dos últimos anos.

    Acumulado

    O saldo de janeiro a outubro deste ano é positivo em 1.800.650 postos formais, um resultado 15,3% menor do que o observado no mesmo período de 2024, quando foram criados 2.126.843 novos empregos formais.

    No acumulado de 12 meses (de novembro de 2024 a outubro de 2025), os números mostram 1.351.832 contratações líquidas, 24,8% menor que o saldo observado no período de novembro de 2023 a setembro de 2024 (1.796.543).

    Saldo líquido do Caged de outubro é positivo em 85.147 vagas

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  • Gasolina volta a ficar mais cara no Brasil do que no exterior, diz Abicom

    Gasolina volta a ficar mais cara no Brasil do que no exterior, diz Abicom

    Com o Brent abaixo de US$ 65, a gasolina no Brasil está 5% mais cara que no exterior, favorecendo importadores, enquanto o diesel segue 8% mais barato. Apesar da redução da Petrobras, postos registraram alta de 0,3% na gasolina e estabilidade no diesel; gás de cozinha também subiu.

    Com o petróleo tipo Brent se mantendo abaixo dos US$ 65 o barril, a gasolina no Brasil está mais cara do que no mercado internacional, proporcionando oportunidade para os importadores do combustível, enquanto o diesel continua mais barato do que no exterior, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

    A Petrobras, responsável por 80% do refino no País, reduziu a gasolina em 4,9% em outubro, mas mantém o preço do diesel nas suas refinarias congelado há 205 dias. Já a Acelen, que controla a Refinaria de Mataripe, na Bahia, com 14% do mercado, faz ajustes semanais e reduziu o preço da gasolina em R$ 0,02 o litro na semana passada, mas elevou o diesel em R$ 0,07 o litro.

    Em relação ao mercado internacional, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras registra defasagem de 10%, o que poderia gerar um aumento de R$ 0,31 por litro, enquanto o preço da gasolina está 5% acima do praticado no mercado internacional, podendo gerar uma queda de R$ 0,13 por litro.

    Na média das refinarias brasileiras, o diesel está 8% mais barato no Brasil do que no exterior e a gasolina 5% mais cara.

    Postos

    A queda do preço da gasolina pela Petrobras no mês passado teve pouco efeito nos postos de abastecimento do País.

    Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana de 16 a 22 de novembro o preço médio do litro da gasolina subiu 0,3%, para R$ 6,18, enquanto o diesel permaneceu estável, em R$ 6,06 o litro,

    O gás de cozinha também subiu, 0,2%, encontrado ao preço médio de R$ 110,48 o botijão de 13 quilos, segundo a ANP.

    Gasolina volta a ficar mais cara no Brasil do que no exterior, diz Abicom

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    Michel Temer: creio que Macron está trabalhando com Lula para formalizar acordo UE-Mercosul

    Temer afirmou que o Brasil já deveria ter conquistado esse acordo “há muito tempo”, mas destacou que ainda existe resistência por parte do setor agrícola francês. Na ocasião, o ex-presidente usava dois broches em seu terno azul, lado a lado: um da bandeira do Brasil e outro da Franç

    O ex-presidente brasileiro Michel Temer diz acreditar que, atualmente, o presidente francês Emmanuel Macron está trabalhando intensamente junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que se formalize o acordo entre União Europeia e Mercosul. “Hoje o mundo vive de blocos, e os blocos devem se conjugar. Nada mais lúgubre do que esta conexão entre Mercosul e União Europeia”, avaliou ele a jornalistas no evento Lide Brasil França Forum, em Paris.

    Temer afirmou que o Brasil já deveria ter conquistado esse acordo “há muito tempo”, mas destacou que ainda existe resistência por parte do setor agrícola francês. Na ocasião, o ex-presidente usava dois broches em seu terno azul, lado a lado: um da bandeira do Brasil e outro da França.

    Pacificação

    O ex-presidente acrescentou que o Brasil precisa de uma pacificação interna. “Quando eu digo isso, não digo por conta própria, eu digo porque a Constituição Federal determina. Eu acho que nós estamos vivendo, queiramos ou não, uma democracia plena, com respeito às instituições, mas creio que é possível avançar um pouco”, afirmou.

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