Categoria: ECONOMIA

  • Dólar fecha em R$ 5,27, menor valor desde junho de 2024, e Bolsa bate 12º recorde seguido

    Dólar fecha em R$ 5,27, menor valor desde junho de 2024, e Bolsa bate 12º recorde seguido

    Bolsa sobe pela 15ª vez seguida e encosta nos 158 mil pontos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar caiu 0,62% nesta terça-feira (11) e encerrou o dia cotado a R$ 5,273 -o menor valor em quase um ano e meio. O desempenho da moeda americana foi influenciado principalmente pelo possível fim da paralisação do governo dos Estados Unidos (conhecida como “shutdown”).

    A última vez que o dólar esteve nesse patamar foi em 6 de junho de 2024, quando fechou em R$ 5,254, segundo dados da Bloomberg.

    O dia também foi positivo para a Bolsa de Valores brasileira, que renovou o recorde histórico pelo 12º dia consecutivo e bateu a 15ª sessão seguida no positivo. Fechou em disparada de 1,77%, a 158.015 pontos, segundo dados preliminares. No melhor momento do pregão, chegou a 158.467 pontos.

    É a primeira vez que o Ibovespa roda acima de 156 mil pontos, e, por consequência, de 157 mil e 158 mil pontos também. Além do cenário dos Estados Unidos, o desempenho é atribuído às expectativas dos investidores sobre a taxa Selic, tendo a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e dados de inflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de pano de fundo.

    A forte valorização dos ativos brasileiros refletiu a disposição dos mercados globais por investimentos considerados mais arriscados. Esse movimento, apelidado de “apetite por risco” no jargão, teve início na noite de segunda-feira (10), quando o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para reestabelecer o financiamento para agências federais.

    Com 60 votos favoráveis e 40 contrários, a Casa deu o primeiro passo para encerrar a maior paralisação da história do governo norte-americano, em curso desde 1º de outubro.

    Para os mercados, o possível encerramento do shutdown guarda a promessa de normalização. A falta de financiamento deixou centenas de milhares de servidores em licença não remunerada, voos em atraso e, no ponto mais sensível para os operadores, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) no escuro.

    A paralisação afetou a divulgação de dados econômicos essenciais para balizar as decisões de política monetária do banco central, como de inflação e de desemprego. A falta de visibilidade sobre a temperatura da economia pode impedir a continuidade do ciclo de cortes de juros -possibilidade aventada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após a reunião de outubro.

    Nesse sentido, explica Fernanda Campolina, sócia da One Investimentos, a tendência é que, com o fim da paralisação, o Fed se sinta “mais confortável” para realizar novos cortes ainda em 2025, “o que favorece mercados emergentes como o Brasil”.

    O texto segue agora para a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil), cujo presidente, Mike Johnson, afirmou que pretende aprová-lo até quarta-feira (12). Depois, o projeto segue para sanção do presidente Donald Trump.

    A medida prorroga o financiamento federal até 30 de janeiro, mantendo o governo no caminho de adicionar cerca de US$ 1,8 trilhão por ano à dívida pública, que já soma US$ 38 trilhões.

    Reduções nos juros dos EUA costumam ser uma boa notícia para os mercados globais. Como a economia norte-americana é vista como a mais sólida do mundo, os títulos do Tesouro, também chamados de “treasuries”, são um investimento praticamente livre de risco.

    Quando os juros estão altos, os rendimentos atrativos das treasuries levam operadores a tirar dinheiro de outros mercados. Quando eles caem, a estratégia de diversificação vira o norte, e investimentos alternativos ganham destaque.

    Essa perspectiva desvalorizou o dólar globalmente. O índice DXY, que compara a moeda americana em relação a uma cesta de outras seis divisas fortes, caiu 0,14%, a 99,44 pontos.

    No caso do Brasil, há ainda mais um fator que favorece os ativos domésticos: o diferencial de juros. Quando a taxa nos Estados Unidos cai e a Selic permanece em patamares altos, investidores se valem da diferença de juros para apostar na estratégia de “carry trade”. Isto é: toma-se empréstimos a taxas baixas, como a americana, para investir em mercados de taxas altas, como o brasileiro.

    Por isso, a ata da última reunião do Copom, divulgada mais cedo, reforçou o otimismo. O documento mostrou que o comitê está mais convicto de que a manutenção da taxa básica de juros do país em 15% por tempo “bastante prolongado” será suficiente para levar a inflação à meta.

    O colegiado reconheceu que houve moderação gradual na atividade econômica, “certa” diminuição da inflação corrente e “alguma” redução nas expectativas de inflação. Apesar do avanço, as expectativas permanecem acima da meta buscada pelo BC, e esse cenário requer juros altos.

    “A mensagem passada pela ata é de que, mesmo com a inflação mais comportada, não há espaço para cortes de juros no curtíssimo prazo. O tom da ata busca preservar credibilidade e ancorar expectativas, mostrando que o foco segue no combate à inflação de forma consistente e duradoura”, afirma José Áureo Viana, Economista, assessor e sócio da Blue3 Investimentos.

    O mercado agora espera que o primeiro corte da taxa Selic aconteça na primeira reunião do ano que vem, em janeiro. Essa perspectiva impulsionou o Ibovespa, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

    Dados de inflação do IPCA, o índice oficial de inflação do país, também foram motor para o impulso. O indicador subiu 0,09% em outubro, abaixo da taxa de 0,48% de setembro e da mediana de projeções de 0,15% da Bloomberg. Em 12 meses até outubro a inflação foi de 4,68%, ante expectativa de 4,75%.

    “A inflação mais baixa e o recuo dos juros futuros ampliam o apetite por risco e sustentam o ingresso de capital estrangeiro”, diz Sashini.

    “Além disso, a alta do petróleo fortalece as ações de Petrobras, ajudando a consolidar a sequência de altas. Com o cenário externo mais estável e o diferencial de juros ainda elevado, o mercado projeta espaço para o índice continuar avançando nos próximos meses.”

    Dólar fecha em R$ 5,27, menor valor desde junho de 2024, e Bolsa bate 12º recorde seguido

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  • Inflação desacelera a 0,09% e tem menor taxa para outubro desde 1998

    Inflação desacelera a 0,09% e tem menor taxa para outubro desde 1998

    A inflação de outubro perdeu força devido a fatores como o alívio da energia elétrica. A conta de luz teve queda no mês passado (-2,39%), puxando o IPCA para baixo

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,09% em outubro, após marcar 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta terça (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    A taxa de 0,09% é a menor para meses de outubro em 27 anos, desde 1998 (0,02%). O resultado veio abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,15%, conforme a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,08% a 0,23%.

    O IPCA também desacelerou no acumulado de 12 meses. A inflação passou a 4,68% até outubro, após marcar 5,17% até setembro. A taxa mais recente é a menor desde a registrada até janeiro deste ano (4,56%).

    O acumulado segue acima do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central), mas parte dos analistas vê agora mais chances de o IPCA encerrar o ano dentro do intervalo de tolerância.

    “A gente está caminhando para ter uma inflação provavelmente dentro da meta ao final de 2025. O IPCA de dezembro deve escorregar para baixo de 4,5%. É a principal expectativa”, afirma Leonardo Costa, do Asa, que atua no setor financeiro.

    CONTA DE LUZ PUXA IPCA PARA BAIXO

    A inflação de outubro perdeu força devido a fatores como o alívio da energia elétrica. A conta de luz teve queda no mês passado (-2,39%), puxando o IPCA para baixo, com impacto de -0,10 ponto percentual.

    Se a energia fosse retirada dos cálculos, o índice teria subido 0,20%, de acordo com o IBGE.

    A redução veio após uma forte alta da conta de luz em setembro (10,31%). As faturas avançaram na ocasião com o fim do bônus de Itaipu, um desconto temporário que havia sido aplicado em agosto.

    Em outubro, o custo da energia continuou sob bandeira vermelha, mas no patamar 1. Isso significou uma sobretaxa menor que no patamar 2, em vigor em setembro.

    Com o impacto da conta de luz, o grupo habitação teve queda em outubro (-0,30%). Os outros dois segmentos em baixa foram artigos de residência (-0,34%) e comunicação (-0,16%).

    Economistas afirmam que a trégua do dólar contribuiu para frear os preços de bens industriais, uma das surpresas para baixo em outubro.

    GRUPO ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS PARA DE CAIR

    O grupo alimentação e bebidas, por sua vez, interrompeu uma sequência de quatro meses consecutivos em queda. Houve relativa estabilidade dos preços em outubro, com leve variação positiva (0,01%).

    O resultado reflete situações contrárias. De um lado, a alimentação fora do domicílio, em locais como restaurantes, acelerou o ritmo de alta na passagem de setembro (0,11%) para outubro (0,46%).

    Já a alimentação dentro do domicílio, ou seja, a comida consumida em casa, seguiu em queda pelo quinto mês consecutivo. A baixa dos preços em outubro (-0,16%), contudo, foi a menos intensa dessa sequência.

    O gerente da pesquisa do IPCA, Fernando Gonçalves, disse que a safra “mais abundante” de alimentos como o arroz reduziu a pressão sobre os preços nos últimos meses.

    O IBGE destacou as quedas desse produto (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%) em outubro. Do lado das altas, o instituto sublinhou a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).

    Para Fernando, é possível que o momento mais confortável dos preços da comida, com taxas negativas, tenha ficado para trás. Na reta final do ano, os alimentos costumam subir com o fim de parte das safras e a demanda típica do período.

    Enquanto a energia elétrica (-2,39%) puxou o IPCA de outubro para baixo, as altas do aluguel residencial (0,93%), da passagem aérea (4,48%) e do plano de saúde (0,50%) pressionaram o índice.

    A inflação dos serviços ainda é um ponto de atenção, dizem economistas. Acelerou de 0,13% em setembro para 0,41% em outubro.

    Houve impacto de componentes como alimentação fora do domicílio, aluguel e passagem aérea. Em 12 meses, os serviços acumularam alta de 6,20%, acima do IPCA (4,68%).

    PROJEÇÕES, META E JUROS

    Na mediana, as projeções do mercado financeiro apontam inflação de 4,55% nos 12 meses de 2025, conforme o boletim Focus, divulgado pelo BC na segunda (10).

    Em 2025, a instituição passou a perseguir a meta de maneira contínua, abandonando o chamado ano-calendário (janeiro a dezembro).

    No novo modelo, o objetivo é considerado descumprido quando o IPCA acumulado permanece por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro do alvo é 3%.

    O índice estourou a meta contínua pela primeira vez em junho. A volta para o teto de 4,5% até dezembro não aparecia no radar de analistas, mas esse cenário começou a mudar nas últimas semanas.

    “Diante das recentes surpresas para baixo, devemos revisar nossa projeção para o IPCA de 2025, que hoje é de 5%, e vemos a possibilidade de terminarmos o ano com a inflação dentro do intervalo de tolerância da meta”, disse a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, após a divulgação do IBGE.

    Ela e outros analistas afirmaram que alimentos e bens industriais mostraram números menores do que os esperados em outubro.

    O Copom (Comitê de Política Monetária) indicou nesta terça ter maior convicção de que a manutenção da taxa básica de juros (Selic) no atual patamar de 15% ao ano por tempo bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta, segundo ata divulgada pelo BC.

    “De modo geral, o dado [do IPCA] consolida a percepção de um ambiente mais favorável para o início de cortes na Selic, tendência que deve ganhar força nos próximos dias”, avaliou Rodrigo Marques, gestor de fundos e economista-chefe da Nest Asset Management.

    As projeções do mercado ainda indicam Selic inalterada até o final de 2025. O Copom tem mais uma reunião no ano, agendada para 9 e 10 de dezembro. A aposta dos analistas é que os cortes comecem em 2026.

    O juro alto dificulta parte do consumo e dos investimentos, já que o crédito fica mais caro. Ao reduzir a demanda, a Selic de dois dígitos tende a gerar uma pressão menor sobre os preços, aliviando a inflação.

    O efeito colateral esperado é a perda de ritmo da atividade econômica. Há dúvidas, porém, se o governo Lula (PT) abrirá mão de medidas de estímulo ao PIB (Produto Interno Bruto) perto das eleições de 2026.

    VITÓRIA TEM MAIOR ALTA

    Entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas no IPCA, Vitória mostrou a maior inflação acumulada nos 12 meses até outubro: 5,39%. São Paulo e Aracaju vieram na sequência, com altas de 5,17%.

    Os três locais são os únicos com variações acima de 5%.

    Seis metrópoles, por outro lado, registraram IPCA abaixo de 4,5%. Foram os casos de Campo Grande (3,83%), Rio de Janeiro (3,89%), Rio Branco (4,01%), Belo Horizonte (4,36%), Salvador (4,39%) e Brasília (4,44%).

    Inflação desacelera a 0,09% e tem menor taxa para outubro desde 1998

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  • Lula assina decreto que muda regras para vale-refeição e alimentação

    Lula assina decreto que muda regras para vale-refeição e alimentação

    Principal mudança é criação do teto de 3,6% para taxa cobrada de restaurantes por empresas de tíquete; setores se dividem sobre novas medidas do programa; empresas terão 90 dias para se adequar às regras

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira (11) o decreto que regulamenta as novas regras do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), com objetivo de aumentar a concorrência no setor de vale-refeição e alimentação.

    Como antecipou a Folha, a principal mudança é a limitação de 3,6% nas taxas cobradas de restaurantes e supermercados por empresas de tíquetes. Outra novidade é a redução pela metade do prazo para esses estabelecimentos recebam os pagamentos pelas transações, de 30 dias para 15 dias. As empresas terão 90 dias para se adequar às regras.

    O ato de Lula contou com a presença dos ministros Luiz Marinho (Trabalho), Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), além do vice-presidente Geraldo Alckmin, e ocorreu a portas fechadas no Palácio da Alvorada. O decreto será publicado no DOU (Diário Oficial da União) na quarta-feira (12).

    Como mostrou a coluna Painel S.A., estava prevista uma grande cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação de representantes dos setores envolvidos. A mudança às vésperas gerou estranheza para integrantes da categoria.

    O processo de regulamentação do PAT trouxe à tona as divergências de vários participantes do mercado. Enquanto associações de tíquetes, bares e restaurantes criticam a criação de um teto para a taxa de desconto -conhecida como MDR (do inglês, Merchant Discount Rate)-, supermercados apoiam a medida.

    “Havia muita reclamação dessa cadeia de alimentos e refeições de que as taxas estavam abusivas, então, discutimos e tentamos uma pactuação com o setor. Não foi possível pactuar entre todo o setor”, disse Marinho após a assinatura da medida.

    “Uma parte desse setor disse que vai cair sua lucratividade, mas o governo Lula não pode preservar essa lógica de manter o lucro em prejuízo à cadeia de empresas pequenas que acaba prejudicando o trabalhador lá na ponta no preço do alimento”, acrescentou.

    Até então, não existia um limite para o montante pago pelos estabelecimentos comerciais para manutenção, administração e uso dos cartões de vale-refeição e alimentação. Para reduzir o impacto da mudança, o governo estabeleceu um período de transição para adequação às regras.

    O decreto estabelece também que as maiores empresas, com sistemas com mais de 500 mil trabalhadores, deverão operar no arranjo aberto em até 180 dias. Isso abre caminho para a implementação da chamada interoperabilidade.

    Na prática, significa que os vales de diferentes bandeiras poderão ser usados em qualquer maquininha de cartão. Empresas e operadoras terão até 360 dias para garantir a integração total entre bandeiras.

    O decreto, contudo, não traz os requisitos necessários para implementar a portabilidade, medida que consta em dispositivos anteriores, mas ainda depende de diretrizes específicas para sair do papel.

    O mecanismo daria a opção ao trabalhador de transferir, sem custos adicionais, o cartão da empresa de benefício escolhida pela companhia onde trabalha por outro de sua preferência.

    A mudança é vista com preocupação por alguns participantes do mercado de benefícios, que temem que a regulamentação estimule a volta da prática irregular chamada rebate -incentivos oferecidos pelas emissoras para atrair clientes.

    A regulamentação se insere em um contexto de mudanças no PAT que remonta ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2022, o Congresso Nacional aprovou uma medida provisória que alterava os principais pontos das regras referentes a vale-refeição e vale-alimentação. Um ano depois, o programa de alimentação ao trabalhador sofreu novas alterações com a publicação de um decreto.

    A promessa de regulamentação do PAT se arrastou ao longo do governo Lula. O anúncio de novas medidas chegou a ser debatido durante os preparativos para o 1º de Maio, mas acabou adiado. Nesse processo, Haddad chegou a jogar a responsabilidade pela regulamentação da medida para o Banco Central, que, por sua vez, rejeitou a ideia de assumir a função de fiscalizar esse mercado de benefícios.

    O Ministério do Trabalho e Emprego assumirá o papel de órgão regulador do PAT, que concede incentivo fiscal para as companhias que oferecem auxílio-alimentação para os seus funcionários. O programa que conta com quase 470 mil empresas beneficiárias, alcançado mais de 20 milhões de trabalhadores.

    Lula assina decreto que muda regras para vale-refeição e alimentação

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  • Dólar fica abaixo de R$ 5,30, e Bolsa dispara com possível fim do shutdown nos EUA

    Dólar fica abaixo de R$ 5,30, e Bolsa dispara com possível fim do shutdown nos EUA

    No começo da tarde desta terça-feira (11), a moeda americana marcava queda de 0,65% às 15h21, cotada a R$ 5,271 -abaixo do patamar de R$ 5,30 pela primeira vez desde setembro deste ano

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar está em queda nesta terça-feira (11), tendo a aprovação de uma proposta que pode acabar com a paralisação do governo dos Estados Unidos como motor das movimentações do mercado.

    A possibilidade do maior shutdown da história norte-americana chegar a um fim instaura apetite por risco entre os investidores, levando o dólar a se enfraquecer ante a maior parte das moedas globais.

    No Brasil, a divisa americana marcava queda de 0,65% às 15h21, cotada a R$ 5,271 -abaixo do patamar de R$ 5,30 pela primeira vez desde setembro deste ano. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,263.

    Já a Bolsa estava em forte disparada de 1,51%, a 157.616 pontos, a caminho de renovar o recorde histórico mais uma vez. No melhor momento do pregão, chegou a 158.467 pontos.

    É a primeira vez que o Ibovespa roda acima de 156 mil pontos, e, por consequência, de 157 mil e 158 mil pontos também. Além do cenário dos Estados Unidos, o índice está embalado nas expectativas dos investidores sobre a taxa Selic, tendo a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e dados de inflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de pano de fundo.

    O Senado dos Estados Unidos aprovou na segunda-feira um projeto de lei por 60 votos favoráveis e 40 contrários, como o apoio de quase todos os republicanos da Casa e de oito democratas. O texto restabelece os recursos para agências federais cujo orçamento expirou em 1º de outubro e suspende a campanha do presidente Donald Trump para reduzir o funcionalismo público, impedindo demissões até 30 de janeiro.

    Agora, o texto segue agora para a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil), controlada pelos republicanos. O presidente da Casa, Mike Johnson, afirmou que pretende aprová-lo até quarta-feira (12) e enviá-lo a Trump para sanção, que classificou o acordo para reabrir o governo como “muito bom”.

    O projeto prorroga o financiamento federal até 30 de janeiro, mantendo o governo no caminho de adicionar cerca de US$ 1,8 trilhão por ano à dívida pública, que já soma US$ 38 trilhões.

    Para os mercados, o possível encerramento do shutdown guarda a promessa de normalização. A falta de financiamento deixou centenas de milhares de servidores em licença não remunerada, milhões de pessoas em risco de perder assistência alimentar, voos em atraso e, no ponto mais sensível para os operadores, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) no escuro.

    A paralisação afetou a divulgação de dados econômicos essenciais para balizar as decisões de política monetária do banco central, como de inflação e de desemprego. A falta de visibilidade sobre a temperatura da economia pode impedir a continuidade do ciclo de cortes de juros -possibilidade aventada pelo presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após a reunião de outubro.

    “O que você faz quando está dirigindo sob neblina? Você diminui a velocidade”, afirmou.

    O mercado se posiciona com otimismo, afirma Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, “porque se interrompem os efeitos negativos dessa paralisação, especialmente a falta de coleta e divulgação de estatísticas oficiais da economia americana”.

    “Essa perspectiva beneficia o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas emergentes, ajudando o real a se valorizar.”

    Na cena doméstica, perspectivas dos investidores sobre a taxa Selic dão ainda mais força aos ativos brasileiros.

    A ata da última reunião do Copom, divulgada mais cedo, trouxe detalhes sobre a visão do colegiado a respeito do atual processo de desinflação. O comitê disse ter maior convicção de que a manutenção da taxa básica de juros do país em 15% por tempo “bastante prolongado” será suficiente para levar a inflação à meta.

    No documento, o colegiado do Banco Central reconheceu que houve moderação gradual na atividade econômica, “certa” diminuição da inflação corrente e “alguma” redução nas expectativas de inflação. Apesar do avanço, as expectativas permanecem acima da meta buscada pelo BC, e esse cenário requer juros altos.

    Na análise de André Valério, economista sênior do Inter, a ata manteve o tom do comunicado ao reforçar os desafios da convergência da inflação à meta e enfatizou a importância de coordenar política monetária e política fiscal.

    A instituição financeira espera que o Copom inicie o ciclo de cortes de juros na reunião de janeiro, com uma redução de 0,25 ponto percentual.

    “Esperamos que na próxima reunião [em dezembro] a projeção do Copom para o horizonte relevante já indique uma inflação na meta, o que, juntamente com a desaceleração da inflação corrente, maior ancoragem das expectativas e continuidade da desaceleração da atividade, inclusive com a possibilidade de um PIB negativo no 3º trimestre, criem as condições necessárias para o início do ciclo de cortes [em janeiro].”

    Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA, o índice oficial de inflação do país, subiu 0,09% em outubro, abaixo da taxa de 0,48% de setembro e da projeção de 0,16% dos analistas ouvidos pela Reuters. Em 12 meses até outubro a inflação foi de 4,68%, ante expectativa de 4,75%.

    Para Valério, o cenário de curto prazo para a inflação permanece benigno e “não devemos observar uma reversão significativa nas próximas leituras, com inflação ao produtor acomodada e possível redução da bandeira de energia elétrica em dezembro, o que aumentam as chances de vermos o índice encerrando 2025 abaixo do teto da meta, que é de 4,5%”.

    “Juntamente com a ata do Copom, divulgada hoje mais cedo, vemos um cenário favorável para o início do ciclo de cortes na reunião de janeiro.”

    Já na cena corporativa, destaque para as ações da Petrobras, em disparada em meio a notícias de que o início das operações da plataforma P-79, em Búzios, elevará a capacidade de produção em 15,6%, para cerca de 1,3 milhões de barris/dia. Os papéis preferenciais e ordinários avançavam 3% cada.

    O setor bancário também empurra o Ibovespa para cima. Banco do Brasil avançava 2,63%, seguido por Bradesco (2,36%), Itaú (1,38%) e Santander (1,19%).

    Dólar fica abaixo de R$ 5,30, e Bolsa dispara com possível fim do shutdown nos EUA

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  • Veja os novos valores dos imóveis que podem ser financiados no Minha Casa, Minha Vida

    Veja os novos valores dos imóveis que podem ser financiados no Minha Casa, Minha Vida

    Reajuste nos tetos permitidos beneficia famílias das faixas 1 e 2, com renda mensal de até R$ 4.700; governo prevê que 263 municípios serão beneficiados; estratégia é atingir 3 milhões de moradias

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou o reajuste dos valores máximos de imóveis que podem ser financiados pelo Minha Casa, Minha Vida para as faixas 1 e 2, voltadas para famílias de menor renda. A medida não altera o subsídio direto às famílias (desconto dado no financiamento), mas vai permitir que mais imóveis possam ser financiados pelo programa de habitação.

    O limite máximo de financiamento para famílias que se enquadram nas duas primeiras faixas subiu para até R$ 275 mil, variando o valor de acordo com o município.

    Hoje, o teto de financiamento para famílias com renda familiar bruta de até R$ 4.700 por mês é de R$ 264 mil, também com variações municipais. Segundo técnicos do governo, 263 municípios serão beneficiados.
    Número de habitantes – Limite atual do valor do imóvel – Novo teto

    Acima de 750 mil – R$ 264 mil – R$ 275 mil
    Entre 300 mil e 750 mil – R$ 250 mil – R$ 270 mil
    Entre 100 mil e 300 mil – R$ 230 mil – R$ 245 mil
    O Ministério das Cidades afirma que norteou o reajuste após avaliar que o número de contratações caiu na faixa 1 e na região Norte do país.

    A expectativa do governo federal é que a atualização dos valores atraia mais construtoras e incorporadoras para atuar nas faixas mais baixas do programa e compense a alta nos custos da construção civil.

    Composto por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores, o Conselho Curador do FGTS é responsável por definir as diretrizes de uso dos recursos do Fundo de Garantia, que financia também o programa habitacional.

    A mudança deve permitir ao governo Lula atingir 3 milhões de unidades contratadas pelo Minha Casa, Minha Vida até o fim deste mandato, superando a meta inicial de 2 milhões no período de quatro anos.

    O programa é uma das vitrines da gestão petista. O reajuste dos tetos se soma a um conjunto de ações do governo, que inclui o aumento no subsídio para o valor de entrada, a redução das taxas de juros e a criação de uma nova faixa, voltada à classe média.

    Em 2025, o Minha Casa contratou quase 200 mil unidades na faixa 1 e quase 157 mil unidades na faixa 2, correspondendo a 29% das contratações. O governo estima fechar o ano com 660 mil unidades contratadas, das quais 620 mil serão financiadas somente com recursos do FGTS, o que representaria um recorde.

    Nesta terça, o Conselho Curador do FGTS aprovou ainda o orçamento de R$ 160,5 bilhões para empréstimo habitacional e projetos de saneamento em 2026. O valor é 5,4% maior do que os R$ 152,3 bilhões disponíveis para este ano Do total, R$ 144,6 bilhões serão destinados à habitação.

    O colegiado também aprovou o orçamento plurianual de 2027 a 2029. Em 2027, serão destinados R$ 144,50 bilhões para habitação. O montante cai para R$ 139,50 bilhões em 2028 e 2029.

    Para saneamento básico e infraestrutura urbana o orçamento permanecerá em R$ 8 bilhões ao ano de 2026 a 2029.

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  • Brasileiros sacaram R$ 455,68 milhões esquecidos em bancos em setembro

    Brasileiros sacaram R$ 455,68 milhões esquecidos em bancos em setembro

    O BC alerta os correntistas a terem cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos; mais de 48,6 milhões de pessoas ainda podem ter acesso ao dinheiro

    Os brasileiros sacaram, em setembro deste ano, R$ 455,68 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Banco Central (BC). No total, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 12,22 bilhões a clientes bancários, mas ainda há R$ 9,73 bilhões disponíveis para saque.

    O SRV é um serviço do BC no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição, como financeiras e corretoras.

    Para a consulta, não é preciso fazer login ─ basta informar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e data de nascimento do cidadão ou o Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a data de abertura da empresa, inclusive para empresas encerradas. 

    Caso o resultado seja positivo, é preciso acessar o sistema para verificar quanto de dinheiro há a receber, a origem desse valor, a instituição que deve fazer a devolução e seus dados de contato e outras informações adicionais. Para isso, há a necessidade de login com a conta Gov.br – nos níveis prata ou ouro e com verificação em duas etapas habilitada.

    Resgate

    O dinheiro pode ser resgatado de três formas: a primeira é entrar em contato diretamente com a instituição responsável pelo valor e solicitar o recebimento; a segunda é fazer a solicitação pelo próprio Sistema de Valores a Receber.Em maio deste ano, o Banco Central inaugurou uma nova funcionalidade no sistema: a solicitação automática de resgate de valores. Com ela, o cidadão não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome.

    Caso seja disponibilizado algum recurso por instituições financeiras, o crédito será feito diretamente na conta do cidadão. A solicitação automática de resgate é exclusiva para pessoas físicas e está disponível apenas para quem possui chave Pix do tipo CPF. A adesão ao serviço é facultativa.

    Beneficiários

    As origens dos valores esquecidos são:

    Contas-correntes ou poupanças encerradasCotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de créditoRecursos não procurados de grupos de consórcio encerradosTarifas cobradas indevidamenteParcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamenteContas de pagamento pré ou pós-paga encerradasContas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradasOutros recursos disponíveis nas instituições para devolução

    As estatísticas do SVR são divulgadas pelo BC com dois meses de defasagem, com a atualização de novas fontes de valores esquecidos no sistema financeiro.

    Em relação ao número de beneficiários, até o fim de setembro, 34.286.689 correntistas haviam resgatado valores, sendo 30.926.111 pessoas físicas e 3.360.578 pessoas jurídicas. Por outro lado, 53.374.323 beneficiários ainda não sacaram seus recursos. Destes, 48.639.667 são pessoas físicas e 4.734.656 pessoas jurídicas

    A maior parte das pessoas e empresas têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 64,63% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 23,84% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,72% dos clientes. Só 1,81% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

    Golpes

    O Banco Central alerta os correntistas a terem cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O BC ressalta que todos os serviços do Sistema de Valores a Receber são totalmente gratuitos, e que não envia links, nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

    A autarquia também pede que nenhuma pessoa forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

    Brasileiros sacaram R$ 455,68 milhões esquecidos em bancos em setembro

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  • Boreal marca entrada da Renault no segmento de SUVs médios no Brasil

    Boreal marca entrada da Renault no segmento de SUVs médios no Brasil

    O Renault Boreal, novo SUV médio da marca francesa, chega às concessionárias em 19 de novembro com versões entre R$ 179,9 mil e R$ 214,9 mil. Produzido no Paraná após investimento de R$ 2 bilhões, o modelo estreia com foco em conforto, tecnologia e exportação para 17 países latino-americanos.

    (FOLHAPRESS) – O Renault Boreal chega às lojas no dia 19 como um dos principais lançamentos de 2025, o que é relevante. Entre as principais novidades do ano, há Nissan Kicks, Volkswagen Tera e Honda WR-V. Para se destacar nesse cenário, a marca francesa não poupou tempo nem quilometragem para ajustar seu utilitário esportivo.

    De acordo com a montadora, o SUV de porte médio consumiu 1 milhão de horas de engenharia e rodou 1,5 milhão de quilômetros em testes durante três anos.

    O modelo será vendido em três versões: Evolution (R$ 179.990), Techno (R$ 199.990) e Iconic (R$ 214.990).

    “Para desenvolver e industrializar o Boreal no Brasil, nós investimos R$ 2 bilhões”, diz Ariel Montenegro, presidente e diretor geral da Renault do Brasil. O valor fez parte do ciclo de R$ 5,1 bilhões aplicados entre 2021 e 2025. O carro é feito na fábrica de São José dos Pinhais (PR), de onde seguirá para outros 17 países da América Latina a partir do próximo ano.

    Quarto lançamento do que a empresa chama de Renault International Game Plan -seu plano para fortalecer a presença mundial com oito novos modelos fora da Europa-, o Boreal é o segundo produto sobre a plataforma modular RGMP, cuja parte dianteira é fixa, mas a central e a traseira podem variar em comprimento conforme a categoria do veículo.

    O carro foi avaliado em um trajeto de Guarulhos (Grande São Paulo) a Campos do Jordão.

    O banco do motorista traz ajustes elétricos com memória e massageador, o que Toyota Corolla Cross e Jeep Compass, líderes do segmento, não têm. O tom azul do revestimento dos bancos e das laterais de porta remete a modelos de categoria superior.

    Com ajustes de altura e profundidade, o volante é mais achatado nas laterais. Bem encaixado em seu posto, o motorista tem à disposição botões físicos para comandar o ar-condicionado. Em tempos de obsessão por telas, o característico controle para funções do rádio na coluna de direção também é um alívio.

    Na tela de dez polegadas da central multimídia, há o aplicativo GAS (Google Automotive Services), que comporta mapa com informações sobre o trânsito em tempo real e assistente virtual que aceita mais de 70 comandos por voz. Por meio do Google Play, torna-se possível acessar mais de cem apps.

    O painel de instrumentos digital se destaca pela facilidade em dispor as informações que o condutor busca e pelo visual, que foge da obviedade. À frente do motorista, surgem dados de velocidade, navegação e consumo em separações bem definidas. Pena que o conta-giros tenha sido reduzido a uma barrinha horizontal.

    O motorista fica sabendo do entrosamento entre o 1.3 turbo flex (163 cv) e o câmbio automatizado de dupla embreagem e seis velocidades pelo ronco suave e pela perceptível troca de marchas. O motor parece nem tomar fôlego entre as passagens, o que agrada a quem gosta de dirigir.

    Rápido, o Boreal exigiu atenção para que o limite de 120 km/h da rodovia Carvalho Pinto rumo à cidade de Campos do Jordão não fosse ultrapassado.

    Todas as versões do SUV da Renault trazem entre os principais equipamentos de série faróis full LED, ar-condicionado automático com duas zonas de temperatura e saída de ar traseira, console central com compartimento refrigerado, carregador de celular por indução, freio de estacionamento eletrônico, seis airbags e controle de velocidade adaptativo.
    *
    RENAULT BOREAL ICONIC
    Preço: R$ 214.990 (novembro/2025)
    Motorização: flex, 1.333 cm³; 156 cv a 5.000 rpm com gasolina e 163 cv a 5.250 rpm com etanol
    Torque: 27,5 kgfm a 2.000 rpm com gasolina e 27,5 kgfm a 1.750 com etanol
    Transmissão: câmbio automatizado de dupla embreagem, seis marchas
    Pneus: 205/55 R19
    Peso: 1.438 kg
    Porta-malas: 522 litros
    Comprimento: 4,56 m
    Largura: 1,84 m
    Altura: 1,65 m
    Entre-eixos: 2,70 m
    Capacidade do tanque: 50 litros
    Consumo urbano (km/l): 7,8 (etanol) e 11,2 (gasolina)
    Consumo rodoviário (km/l): 9,4 (etanol) e 13,6 (gasolina)

    Dados sobre preço, potência, dimensões e capacidades são de responsabilidade da montadora; números de consumo foram divulgados pelo Inmetro de acordo com seus padrões de medição.

    Boreal marca entrada da Renault no segmento de SUVs médios no Brasil

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  • Copom reforça em ata que Selic em 15% por 'período prolongado' fará inflação convergir à meta

    Copom reforça em ata que Selic em 15% por 'período prolongado' fará inflação convergir à meta

    Na ata divulgada nesta terça-feira (11), o Copom afirmou que a taxa Selic de 15% é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta, desde que mantida por um período prolongado. O comitê destacou a necessidade de cautela diante das incertezas econômicas e não descarta novos ajustes nos juros.

    O Comitê de Política Monetária (Copom) enfatizou, nesta terça-feira, 11, que considera a taxa Selic atual, de 15%, como suficiente para garantir a convergência da inflação à meta, desde que os juros sejam mantidos nesse nível por um período “bastante prolongado”.

    “A estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, afirmou o colegiado na ata da reunião de novembro, reiterando a mensagem que trouxe no comunicado, publicado na última quarta-feira, 5.

    A avaliação marca uma mudança na comparação com a comunicação de reuniões anteriores. Até o encontro de setembro, o colegiado dizia que estava avaliando se essa manutenção seria suficiente para garantir a convergência.

    O comitê, no entanto, conservou a ponderação de que segue vigilante e que os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados. “(O Copom) não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado.” No trecho da ata referente à decisão de política monetária, o colegiado repetiu que o cenário atual segue marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária.

    Disse que a manutenção da Selic em 15% é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, afirmou.

    O colegiado repetiu as projeções de inflação acumulada em 12 meses, já apresentadas no comunicado, para 2025 (4,6%), 2026 (3,6%) e o segundo trimestre de 2027 (3,3%) – este último, o horizonte relevante da política monetária. Todas as estimativas estão acima do centro da meta, de 3,0%. A trajetória considera uma desaceleração dos preços livres, de 4,5% este ano para 3,2% no horizonte relevante. Os preços administrados devem passar de 5,0% para 3,5% nesse mesmo período.

    Todas as projeções partem do cenário de referência, com trajetória de juros extraída do relatório Focus (publicado em 3 de novembro) e bandeira amarela de energia elétrica em dezembro de 2025 e 2026. A taxa de câmbio começa em R$ 5,40 e evolui conforme a paridade do poder de compra (PPC). Os preços do petróleo seguem aproximadamente a curva futura por seis meses e, depois, sobem 2% ao ano.

    Impacto da isenção do IR

    O Copom detalhou que optou por incorporar uma estimativa preliminar do impacto da medida de ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) no cenário de referência da sua última reunião, de novembro. Na ata do encontro, o colegiado disse considerar tal estimativa como bastante incerta e afirmou que irá acompanhar os dados para calibrar seus impactos.

    “Esta opção por uma postura conservadora e dependente de dados é reforçada por exemplos recentes de medidas, fiscais e creditícias, que se conjecturava que poderiam levar a uma discrepância em relação ao cenário delineado, mas não provocaram divergências relevantes em relação ao que se esperava\”, acrescentou.

    Política monetária do Fed

    O Copom afirmou que o cenário externo ainda segue incerto e pontuou que o shutdown nos Estados Unidos aumenta a dificuldade para avaliar a conjuntura da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). \”Sobre as fontes de incerteza mais imediatas, destacam-se as negociações comerciais entre Brasil e EUA e a condução da política monetária norte-americana em ambiente de government shutdown, que aumenta a dificuldade de se avaliar a conjuntura corrente\”, disse.

    O colegiado também afirmou que os riscos de longo prazo se mantêm presentes, como a política comercial norte-americana, a precificação apropriada de fundamentos e a elevação de gastos fiscais em vários países. Disse ainda que manteve a visão de que a apreciação do câmbio está em parte relacionada ao diferencial de juros, em parte à depreciação da moeda norte-americana frente a diversas moedas.

    “A avaliação predominante no comitê é de que persiste maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela”, afirmou. “Como usual, o comitê focará nos mecanismos de transmissão da conjuntura externa sobre a dinâmica de inflação interna e seu impacto sobre o cenário prospectivo.”

    Copom reforça em ata que Selic em 15% por 'período prolongado' fará inflação convergir à meta

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  • Lula assina hoje decreto para limitar taxa a estabelecimentos no vale-alimentação e refeição

    Lula assina hoje decreto para limitar taxa a estabelecimentos no vale-alimentação e refeição

    O governo deve assinar o decreto que regulamenta o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), estabelecendo teto para as taxas cobradas sobre vale-refeição e vale-alimentação e reduzindo o prazo de repasse aos estabelecimentos. A medida, que prevê interoperabilidade entre bandeiras, enfrenta resistência das empresas tradicionais de benefícios

    Previsto para ser assinado nesta terça-feira, 12, o decreto de regulamentação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) terá, como um dos eixos principais, o limite à taxa de desconto (o chamado MDR, do inglês Merchant Discount Rate). Hoje sem teto estipulado, o porcentual é aplicado aos estabelecimentos sobre cada venda realizada nas operações com vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA), e é uma das principais queixas de supermercados, restaurantes e bares, que alegam que as altas taxas limitam seus lucros.

    Pesquisa realizada entre março e abril de 2025 pelo Ipsos-Ipec mostrou que as taxas cobradas pelas empresas tradicionais de benefícios para pagamentos feitos com vale-refeição são 61% maiores do que as praticadas pelas operadoras de cartão de crédito. Em média, a taxa de vale-refeição é de 5,19%, podendo chegar a até 7%. Segundo fontes ouvidas pela Broadcast, o governo deverá definir que a taxa fique sujeita a um teto entre 3,5% e 4%.

    Também é esperado o encurtamento do prazo de liquidação – a transferência, pelas operadoras, para os estabelecimentos dos valores pagos pelos cartões VR e VA. Em agosto, falava-se em uma redução desse prazo, hoje de 30 dias, em média – podendo chegar a até 60 dias -, para dois dias. As discussões levaram o prazo para um patamar intermediário, de cerca de 15 dias.

    Outra mudança que deverá constar do decreto é o arranjo aberto de pagamento, no qual os cartões de benefícios para alimentação serão aceitos em qualquer estabelecimento, independentemente da bandeira. Hoje, na prática, as quatro grandes tiqueteiras – Ticket, VR, Alelo e Pluxee (antiga Sodexo) – estão em arranjo fechado, ou seja, restritos a uma rede credenciada.

    Com o arranjo aberto, haverá interoperabilidade no PAT, pois as grandes bandeiras de cartão (Visa, Master, Elo) já são interoperáveis e têm uma rede credenciada grande. Isso significa a eliminação da exclusividade entre operadoras e empresas.

    Por outro lado, a portabilidade, que permitiria ao trabalhador escolher a empresa de benefício, deverá ficar de fora do texto, por razões técnicas. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho é publicamente contra. Já o Ministério da Fazenda, que se mostra favorável à transferência do saldo pelo empregado, não encontrou uma solução para criar esse instrumento sem a participação do Banco Central. A autoridade monetária já se posicionou contra a possibilidade de assumir essa responsabilidade, por entender que os cartões em questão não constituem meios de pagamento e o governo não conseguiu solucionar a questão.

    Quem acompanha as discussões vê ainda a possibilidade de que o decreto traga a criação de um comitê ou um grupo de trabalho (GT) para definir regras adicionais, uma vez que gestões petistas têm o costume de recorrer a esses fóruns. Interlocutores também esperam um prazo de transição para as empresas se adaptarem às mudanças, que pode ser de seis meses a um ano, para a maioria das mudanças.

    O decreto está previsto para ser assinado às 16h desta terça-feira, em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin e, possivelmente, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro Luiz Marinho, que deve conceder entrevista logo depois.

    Inicialmente, a cerimônia seria aberta a 100 pessoas, mas o cerimonial do Planalto informou que ela foi reduzida em função da logística do presidente, que retornou de Belém na noite desta segunda-feira, 10, após dias de agenda intensa na capital paraense e também na Colômbia, por ocasião da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE).

    A regulamentação do programa é muito aguardada pelas entrantes no segmento, como Caju, Mercado Pago, Nubank, Picpay e iFood, mas conta com a resistência da Associação Brasileira de Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), que representa as tiqueteiras tradicionais.

    Também estiveram envolvidas nas discussões com o governo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que representa estabelecimentos comerciais; a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que reúne as associações estaduais de supermercados; e a Câmara Brasileira de Benefícios ao Trabalhador (CBBT), que reúne empresas de tecnologia já atuantes no mercado (como Caju, Flash e Swile).

    O que dizem as interessadas

    As entrantes veem a medida como positiva por entender que ela possibilita a abertura do mercado e ajuda na redução das taxas. Segundo elas, a regulamentação deve fazer com que as atuais taxas cobradas pelas empresas tradicionais de benefícios se aproximem das cobradas pelas operadoras de cartão.

    “Taxas mais competitivas resultariam na redução dos preços da alimentação do trabalhador, pois muitos restaurantes vão repassar o custo das taxas para os clientes”, avalia Fernando de Paula, vice-presidente da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).

    Além da diminuição das taxas e custos para os restaurantes – o custo de intermediação, o aumento da concorrência é visto como benéfico ao trabalhador. Com a interoperabilidade, os restaurantes e supermercados poderão aceitar várias bandeiras a partir de uma única credenciadora, o que resultará no aumento de sua clientela. No entanto, não há garantia de que a redução da pressão nos preços sobre o comerciante seja imediatamente repassada ao consumidor, a exemplo do que acontece com a redução nos preços de combustíveis nas refinarias pela Petrobras, que não é automaticamente refletido nos postos.

    Nesta segunda-feira, 10, a ABBT, que representa as tiqueteiras tradicionais, publicou um texto na Folha de S.Paulo em que sustentou que o arranjo fechado garante a fiscalização dos estabelecimentos credenciados e disse que, no arranjo aberto, as bandeiras de cartões de crédito e débito e as empresas de maquininhas têm foco “estritamente financeiro, privilegiando seus próprios negócios, e não o trabalhador”.

    “A introdução do ‘arranjo aberto’ prejudica o trabalhador, abre brechas para fraudes e desvia a finalidade social do PAT. Com o controle implantado pelas empresas de arranjo fechado, cerca de 3,5 mil estabelecimentos são descredenciados todos os anos por irregularidades, inclusive pela venda ilegal dos vales\”, afirmou a associação.

    Contrária às mudanças, a ABBT conseguiu esticar as discussões para que a regulamentação não saísse. “O presidente Lula está prestes a deixar uma marca negativa em sua história, às vésperas de um ano eleitoral, ao colocar em risco a sobrevivência do PAT e a comida de qualidade no prato do trabalhador”, criticou a associação.

    PAT

    Existente há quase 50 anos, o PAT é um programa de adesão voluntária que prevê incentivos fiscais às empresas em troca da oferta de vale-alimentação e vale-refeição aos empregados. Em outubro de 2024, o Ministério do Trabalho vetou o uso do PAT em benefícios pagos aos empregados sem relação direta com a alimentação, como telemedicina e desconto na academia. Credenciados, bares não podem vender bebidas alcoólicas pelo PAT, sujeitos a fiscalização do Ministério do Trabalho.

    Segundo dados da Pasta, o PAT atende atualmente mais de 21,5 milhões de trabalhadores brasileiros, dos quais aproximadamente 86% recebem até cinco salários mínimos. Esses trabalhadores recebem o benefício por meio das cerca de 300 mil empresas beneficiárias inscritas no programa em todo o Brasil. O volume anual de negócios do mercado de benefícios no País está na casa dos R$ 150 bilhões.

    Lula assina hoje decreto para limitar taxa a estabelecimentos no vale-alimentação e refeição

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  • Trump mostrou o dedo do meio ao Brasil com as tarifas, diz governador da Califórnia

    Trump mostrou o dedo do meio ao Brasil com as tarifas, diz governador da Califórnia

    Durante evento em São Paulo, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou a decisão dos Estados Unidos de impor sobretaxas de 50% a produtos brasileiros, chamando-a de “ato de desrespeito”. O democrata também atacou o governo Trump, o lobby do petróleo e defendeu uma parceria sustentável com o Brasil.

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Para Gavin Newsom, governador da Califórnia, o anúncio de 50% de sobretaxas a produtos brasileiros foi um ato de desrespeito do governo dos Estados Unidos.

    “Nenhuma pessoa da administração deveria mostrar desrespeito por nenhum de vocês. Esqueçam a política. O Brasil é um dos nossos grandes parceiros comerciais. É o país com o qual deveríamos nos envolver. No entanto, dedo do meio com 50% de tarifas. Isso é vergonhoso”, afirmou Newsom durante evento do Milken Institute, em São Paulo, nesta segunda-feira (10), antes de embarcar para Belém.
    O democrata também criticou a falta de representantes do governo de Donald Trump na COP30.

    “A razão de eu estar aqui é a ausência de liderança vinda dos EUA, este vácuo. É algo bastante infantil. Não há nenhuma representação, nem mesmo um observador”, disse Newsom.

    O governador, cotado para a próxima eleição presidencial, afirmou que a Califórnia se difere do restante do país, sendo um estado mais sustentável, com dois terços de energia limpa, segundo Newsom.

    Espero que eu esteja deixando em vocês a sensação de que marchamos no compasso de um tambor diferente na Califórnia, um parceiro estável e confiável. Estamos aqui para o longo prazo”, disse ele.

    “Há uma razão pela qual a Tesla foi criada na Califórnia. Não haveria Elon Musk como o conhecemos hoje, e perdoem-nos por isso”, afirmou.

    O americano também criticou o lobby da indústria petroleira e o investimento de companhias americanas em veículos tradicionais.

    “Temos fabricantes de automóveis tradicionais que estão vivendo, mas as cabeças deles estão enterradas na areia. A GM está tentando recriar o século 19. A China está dominando o software, não apenas as baterias. Mas nos Estados Unidos há todos esses interesses cativados, com visão de curto prazo. Nos tornamos um petroestado.”

    “Estamos dobrando a aposta na estupidez nos Estados Unidos da América. Mas não nesse estado da Califórnia”, completou.

    Newsom também criticou seus colegas do Partido Democrata em Washington.
    “Eu pensei que o nosso sistema imunológico tivesse sido despertado na última terça-feira [4] com as eleições. Mas agora estou preocupado. É como se alguns dos meus colegas e amigos no Senado simplesmente tivessem decidido que estamos jogando pelas regras antigas. Não pelas novas regras. Eles podem ter se rendido um pouco”, afirmou o governador.

    Perguntado sobre planos futuros, já que seu mandato acaba em 2026, Newsom disse não saber o que acontecerá.

    “Como você pode perceber, estou muito preocupado com o que está acontecendo no meu país. Com os acordos de armamento, a militarização das cidades americanas, homens mascarados e pessoas desaparecendo, comunidades em alerta máximo”, afirmou Newsom.

    O democrata também comentou a pauta da desigualdade, um dos principais assuntos nas eleições recentes, das quais democratas saíram fortalecidos.

    “Plutarco, em 50 D.C., alertou os atenienses sobre o desequilíbrio entre ricos e pobres. Esse é o mais antigo e fatal dos males de todas as revoltas. Não é sustentável. Então, espero que haja uma transferência de riqueza e uma mentalidade diferente, afastando-nos dos valores situacionais, do imediatismo, para valores sustentáveis, não apenas com a Mãe Natureza, mas no contexto do livre mercado. Também vamos ter que democratizar nossa economia se quisermos salvar nossa democracia.

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