Categoria: ECONOMIA

  • Dólar e Bolsa caem após fim da paralisação nos EUA, com temporada de balanços no radar

    Dólar e Bolsa caem após fim da paralisação nos EUA, com temporada de balanços no radar

    No começo da tarde, a moeda norte-americana marcava variação negativa de 0,06%, cotada a R$ 5,288, desacelerando em relação às perdas de mais cedo

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar está em leve queda nesta quinta-feira (13), tendo o fim da paralisação do governo dos Estados Unidos como principal motor para as decisões de investimento.

    A temporada de balanços corporativos, por sua vez, pauta as movimentações na Bolsa, que, após oscilar entre os sinais durante a manhã, firmou em queda no início da tarde.

    Às 14h48, a moeda norte-americana marcava variação negativa de 0,06%, cotada a R$ 5,288, desacelerando em relação às perdas de mais cedo. Já o Ibovespa caía 0,38%, a 157.018 pontos.

    O Congresso norte-americano aprovou um acordo para encerrar a mais longa paralisação do governo na história do país.

    O processo engrenou na segunda-feira, quando o Senado aprovou um projeto de lei para reestabelecer o financiamento para agências federais. Na noite de quarta, a Câmara dos Representantes (o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) avalizou o acordo, aprovado por 222 votos a 209. Horas depois, o presidente Donald Trump o sancionou.

    A assinatura fez com que os funcionários federais voltassem aos postos de trabalho já nesta quinta, embora ainda não esteja claro o quão rápido os serviços e operações governamentais serão totalmente retomados.

    “Não podemos deixar isso acontecer de novo”, disse Trump no Salão Oval durante a cerimônia de assinatura. “Não é assim que se governa um país.”

    O acordo encerra oficialmente o shutdown de 43 dias, o mais longo da história do país. A medida estende o financiamento do governo até 30 de janeiro, mantendo o ritmo de expansão da dívida pública, que soma US$ 38 trilhões e cresce cerca de US$ 1,8 trilhão por ano.

    Para os mercados, o fim da paralisação diminui incertezas em relação à economia americana. Desde 1º de outubro, quando o shutdown começou, a falta de financiamento nas agências federais colocou a divulgação de dados econômicos oficiais em suspenso, deixando o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), dependente dos números da economia para balizar as decisões de juros, no escuro.

    Até agora, a falta de visibilidade sobre a temperatura da atividade era um fator que colocava em dúvida a continuidade do ciclo de cortes de juros, iniciada na reunião de setembro. A possibilidade foi aventada inclusive pelo presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após a reunião de outubro.

    “O que você faz quando está dirigindo sob neblina? Você diminui a velocidade”, afirmou, no que foi um banho de água fria para os investidores, até então convictos de que um novo corte ocorreria na reunião de dezembro.

    Agora, o mercado está dividido. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, 52,6% dos operadores apostam em uma nova redução de 0,25 ponto percentual no próximo encontro, enquanto os 46,4% restantes enxergam como mais provável a manutenção do atual patamar de 3,75% e 4%.

    Essas apostas podem mudar daqui para frente. “A paralisação prejudicou a coleta de informações econômicas pelas agências que estavam fechadas, e elas devem retomar a publicação do que for possível”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

    Fernanda Campolina, sócia da One Investimentos, afirma que a tendência é que, com o fim da paralisação, o Fed se sinta “mais confortável” para realizar novos cortes ainda em 2025, “o que favorece mercados emergentes como o Brasil”.

    Sob essa expectativa, o dólar está em queda em relação à maioria das moedas globais. O índice DXY, que o compara a uma cesta de outras seis divisas fortes, marcava queda de 0,29%, a 99,23 pontos, e outras moedas emergentes, como o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano, também se valorizavam.

    Isso porque reduções nos juros dos Estados Unidos costumam ser uma boa notícia para os mercados. Como a economia norte-americana é vista como a mais sólida do mundo, os títulos do Tesouro, também chamados de “treasuries”, são um investimento praticamente livre de risco.

    Quando os juros estão altos, os rendimentos atrativos das treasuries levam operadores a tirar dinheiro de outros mercados. Quando eles caem, a estratégia de diversificação vira o norte, e investimentos alternativos ganham destaque.

    Já na ponta corporativa, balanços do terceiro trimestre norteiam as decisões de investimento. Destaque para os resultados do Banco do Brasil, que reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no período -60,2% menor que há 12 meses.

    O tombo se refletia nos papéis, em queda de mais de 3% no pregão da Bolsa.

    Também na ponta negativa, as ações da operadora de planos de saúde Hapvida desabavam quase 40%. A companhia divulgou um resultado na véspera que, na visão de analistas do Itaú BBA, apontou uma dinâmica mais desafiadora para a companhia do que o mercado esperava.

    Ajudando a amenizar o baque sobre o Ibovespa, Petrobras, Itaú e Bradesco saltavam 1% cada.

    Dólar e Bolsa caem após fim da paralisação nos EUA, com temporada de balanços no radar

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  • Correios decidem fatiar empréstimo de R$ 20 bi em tentativa de atrair mais bancos e reduzir juros

    Correios decidem fatiar empréstimo de R$ 20 bi em tentativa de atrair mais bancos e reduzir juros

    Os Correios decidiram dividir o empréstimo de R$ 20 bilhões em várias operações para atrair mais bancos e reduzir custos. A estatal, que acumula prejuízos desde 2022, precisa do crédito para evitar colapso financeiro e tenta fechar o acordo até o fim de 2025.

    (FOLHAPRESS) – Os Correios decidiram fatiar a contratação do empréstimo de R$ 20 bilhões para socorrer a empresa em mais de uma operação, em uma tentativa de atrair mais instituições financeiras e reduzir os custos de financiamento.

    Em uma primeira rodada de negociações, um sindicato de quatro bancos (Banco do Brasil, BTG Pactual, Citibank e ABC Brasil) aceitou conceder o crédito no valor pleiteado pela companhia, mas estipulou uma taxa de juros considerada elevada para um contrato com garantia soberana, que reduz consideravelmente o risco de perdas para as instituições financeiras, pois a União paga as prestações em caso de inadimplência.

    Procurados, os bancos não se manifestaram. Em ocasiões anteriores, as instituições disseram não comentar casos específicos.

    A conclusão das tratativas do empréstimo é essencial para dar fôlego de caixa à empresa, que passa por dificuldades financeiras. A companhia acumula prejuízos crescentes desde 2022. Até o fim de 2025, o rombo só neste ano deve alcançar R$ 10 bilhões -no primeiro semestre, o saldo já ficou negativo em R$ 4,4 bilhões.

    Projeções feitas pela companhia e apresentadas ao governo indicam que, sem recursos novos, a situação da estatal pode se agravar. O prejuízo pode chegar a R$ 20 bilhões em 2026, uma vez que os contratos com fornecedores preveem pagamento de multas em caso de atraso –ou seja, um ônus extra para uma empresa já em dificuldades.

    O rombo poderia alcançar valores ainda maiores, na casa de R$ 70 bilhões, daqui a cinco anos. Nesse cenário extremo, a empresa estaria em condição de falência e precisaria inclusive demitir empregados, arcando com os custos trabalhistas desses desligamentos (por isso um valor até maior do que hoje é a despesa anual da estatal).

    Segundo duas pessoas a par do assunto ouvidas pela Folha, a proposta dos bancos tinha um custo de 136% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
    No entanto, a tabela de custo máximo aprovada pelo comitê de garantias do Tesouro Nacional prevê um teto de 120% do CDI em operações desse tipo com prazo de dez anos.

    Como o valor contratado é significativo, a diferença da taxa de juros ao longo dos anos representaria um custo adicional de centenas de milhões para os Correios, e a aprovação de um financiamento nessas condições poderia deixar margem para questionamentos futuros, inclusive de órgãos de controle.

    Além disso, as instituições financeiras pleitearam uma taxa de comissão de 5% pela estruturação da operação, o equivalente a R$ 1 bilhão. Nos empréstimos concedidos a estados e municípios com garantia da União, esse percentual costuma ser de 1%.

    Segundo os interlocutores ouvidos pela reportagem, desde o anúncio da estratégia de socorrer os Correios via empréstimo com garantia da União, outros bancos (nacionais e estrangeiros) demonstraram interesse em conceder financiamento à empresa. Por isso, o comando da companhia decidiu fazer uma nova rodada de negociação, agora mais ampla.

    Os bancos já foram comunicados das novas condições. O valor de R$ 20 bilhões foi mantido, mas, em vez de solicitar as condições da proposta (como a taxa de juros), a companhia vai perguntar às instituições financeiras quanto elas aceitam emprestar ao custo de até 120% do CDI.

    Sob esse desenho, o socorro pode acabar sendo pulverizado em várias operações de crédito com diferentes bancos. Se o valor ofertado não chegar aos R$ 20 bilhões, é possível que a empresa faça uma primeira leva de financiamentos com menor volume e volte ao mercado mais adiante para obter novos recursos.

    O Executivo já entrou na mira de órgãos de controle e de parlamentares da oposição pela decisão de colocar a União como fiadora do empréstimo, em vez de fazer um aporte direto de recursos (o que exigiria espaço no Orçamento e também nas regras fiscais). Se a operação ainda assim tiver um custo elevado, isso poderia virar munição no embate político e jurídico.

    A avaliação é de que é mais prudente fazer uma nova rodada de negociações, ainda que isso resulte em algum atraso na contratação do financiamento e deixe a companhia com o caixa sangrando por mais algumas semanas. Enquanto isso, o pagamento a fornecedores deve seguir represado, mas não há, segundo técnicos, risco de atraso no pagamento de salários de funcionários. A expectativa é que, mesmo com a demora, seja possível fechar a contratação até o fim de 2025.

    Inicialmente, a Caixa Econômica Federal também participava das conversas para integrar o sindicato de bancos para financiar os Correios. Segundo duas pessoas, no entanto, a instituição não enviou proposta.

    Nos bastidores, a Caixa era o banco que mais manifestava resistências à operação. No início, isso era atribuído à tentativa frustrada do comando da instituição de influenciar a escolha do sucessor de Fabiano Silva dos Santos, ex-presidente dos Correios que deixou o cargo em setembro. O nome escolhido pelo governo, com o apoio do ministro Rui Costa (Casa Civil), foi o de um funcionário de carreira do Banco do Brasil, Emmanoel Rondon.

    Mesmo após a troca na gestão da empresa, a Caixa continuou apontando dificuldades técnicas em participar da operação.

    O plano de reestruturação da empresa é tido como o “ponto central” para sustentar a decisão dos bancos sobre a capacidade de recuperação da empresa e, consequentemente, a viabilidade do pagamento das prestações. Embora a crise seja financeira, ela é vista como fruto de um problema estrutural de gestão, semeado pelos aumentos sequenciais de custos e pela estratégia deficiente de negócio.

    Correios decidem fatiar empréstimo de R$ 20 bi em tentativa de atrair mais bancos e reduzir juros

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  • Faturamento do e-commerce deve crescer 17% na Black Friday 2025

    Faturamento do e-commerce deve crescer 17% na Black Friday 2025

    Com crescimento previsto de até 17%, a Black Friday 2025 marca uma nova fase do e-commerce brasileiro, impulsionada por automação, planejamento e inteligência artificial. A antecipação das promoções e o aumento no volume de pedidos exigem operações mais eficientes e integração total entre tecnologia e logística.

    A Black Friday 2025 deve consolidar o e-commerce brasileiro em um novo patamar de maturidade tecnológica e eficiência operacional. Segundo dados da Neotrust, o setor deve crescer até 17% em faturamento neste ano, impulsionado pela ampliação do acesso digital e pela antecipação das promoções, que agora se estendem por todo o mês de novembro.

    A tendência conhecida como “Black November” transformou a principal data do varejo em um desafio de longa duração. As empresas precisam manter o ritmo acelerado de vendas por semanas consecutivas sem comprometer o nível de serviço. Essa nova dinâmica aumentou a necessidade de planejamento estratégico, automação e previsibilidade logística, especialmente entre grandes varejistas e marketplaces.

    Dados da Senior Sistemas, multinacional que fornece soluções de gestão e logística para parte das maiores operações do país, mostram que três das cinco principais empresas de e-commerce e quatro das dez maiores marcas de cosméticos on-line utilizam suas plataformas para orquestrar estoques, transportes e entregas.

    Empresas com automação registraram desempenho superior em 2024

    Durante a Black Friday de 2024, as operações que utilizaram sistemas da Senior processaram 7,6 milhões de pedidos — crescimento de 7,1% em relação ao ano anterior. No total, foram 706 milhões de itens expedidos, alta de 5,8%, e um pico de 1,52 mil itens processados por hora.

    No fim de semana da data, as soluções WMS da companhia movimentaram 1,6 milhão de pedidos, o equivalente a 8,8% de todo o volume nacional, com aumento de 16% sobre 2023. O desempenho reforça a importância da automação e da integração de sistemas para lidar com volumes recordes em curtos intervalos de tempo. Para o gerente de produto da Senior, Anderson Benetti, os resultados comprovam que tecnologia e planejamento antecipado são pilares indispensáveis de sucesso. “As empresas que estruturaram suas operações com base em automação conseguiram reduzir falhas, evitar gargalos e garantir entregas rápidas mesmo nos períodos de pico.”

    A análise também indica uma mudança no comportamento de compra: em 2024, 21% das transações do mês de novembro se concentraram na última semana, e 9% de todas as vendas ocorreram no dia oficial da Black Friday.

    Vendas se concentram no fim de novembro, mas operações duram o mês inteiro

    Com os consumidores antecipando as compras, as empresas passaram a operar sob demanda elevada por mais tempo. A estratégia de promoções contínuas, aliada a benefícios como frete grátis e cashback, impulsionou o número médio de itens por pedido, que cresceu 13% em relação a 2023, alcançando 7,61 produtos por transação no e-commerce e varejo integrados. “O aumento no número de itens por pedido é um indicativo de recuperação da confiança do consumidor. Também mostra que as empresas estão mais bem estruturadas para atender volumes maiores sem perder o controle operacional”, analisa Benetti.

    Tecnologia e dados impulsionam a previsibilidade logística

    A eficiência logística durante a Black Friday depende, cada vez mais, da capacidade das empresas de prever cenários e ajustar suas cadeias em tempo real. Ferramentas de inteligência artificial e automação preditiva já são amplamente utilizadas para calcular rotas, redistribuir estoques e gerenciar equipes conforme o fluxo de pedidos. “Previsibilidade é o novo diferencial competitivo. Com IA e dados integrados, as empresas conseguem simular cenários, antecipar picos e tomar decisões com base em fatos — não em tentativa e erro”, explica.

    O especialista destaca que a integração entre ERP, WMS e TMS tem permitido que grandes operações orquestrem todo o processo — do pedido à entrega — de forma coordenada. Esse modelo reduz custos e aumenta a produtividade em até 30% em comparação com operações manuais.

    Planejamento como vantagem estratégica

    À medida que as promoções se estendem por mais dias e o volume de pedidos cresce, o planejamento antecipado se consolida como o principal fator de sucesso.  Empresas que iniciam o ajuste de estoques e estratégias logísticas com mais de 30 dias de antecedência conseguem manter níveis de eficiência até 50% superiores durante a Black Friday, segundo análises do setor. “A automação entrega velocidade, mas é a equipe que transforma dados em decisões inteligentes. Quando tecnologia e pessoas trabalham em sincronia, o resultado aparece em toda a cadeia — da separação de produtos à satisfação do cliente”, conclui Benetti.

    Com o avanço da digitalização, a diversificação dos canais de venda e o uso crescente de inteligência artificial, a Black Friday 2025 tende a ser uma das mais complexas e desafiadoras da história do varejo nacional.
    As empresas que conseguirem unir automação, planejamento e análise de dados em tempo real estarão mais preparadas para absorver o crescimento de dois dígitos previsto para o período e converter eficiência operacional em vantagem competitiva duradoura.

    Faturamento do e-commerce deve crescer 17% na Black Friday 2025

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  • Polícia Federal prende ex-presidente do INSS em operação sobre descontos em aposentadorias

    Polícia Federal prende ex-presidente do INSS em operação sobre descontos em aposentadorias

    A Polícia Federal prendeu o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões. A ação, autorizada pelo STF, apura corrupção, estelionato previdenciário e falsificação de dados em um esquema que movimentou R$ 6,3 bilhões

    (FOLHAPRESS) – O ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13), pela Polícia Federal, na nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União).

    Stefanutto havia assumido o órgão em julho de 2023, durante o governo Lula, e foi afastado em abril deste ano, após a deflagração da primeira fase da operação.

    Segundo a PF, estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.

    Ainda de acordo com o órgão, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas de prisão nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

    As medidas foram autorizadas pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do caso. De acordo com as investigações, as entidades descontaram o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.

    Uma outra auditoria feita pela CGU em 29 destas entidades identificou que muitas não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários, como descontos em academias, convênios com planos de saúde e auxílio funerário.

    Também verificou que 72% não tinham fornecido a documentação completa ao INSS. Onze foram alvo de medidas judiciais. Os pagamentos foram suspensos.

    Polícia Federal prende ex-presidente do INSS em operação sobre descontos em aposentadorias

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  • Mauro Vieira encontra chefe da diplomacia de Trump e diz que enviou proposta aos EUA

    Mauro Vieira encontra chefe da diplomacia de Trump e diz que enviou proposta aos EUA

    Donald Trump afirmou que vai reduzir em breve as tarifas de importação sobre o café, prometendo agilizar o processo para conter a alta de preços nos EUA. O Tesouro confirmou que o plano incluirá também produtos como bananas, mas sem detalhar quais países serão beneficiados.

    (FOLHAPRESS) – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou nesta quarta-feira (12) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e disse que o governo Lula (PT) encaminhou no início de novembro uma proposta negociadora aos americanos.

    Rubio foi designado pelo presidente Donald Trump o principal negociador dos EUA para o tarifaço aplicado contra o Brasil, que afetou uma gama de produtos com uma sobretaxa de até 50%.

    De acordo com membros do Itamaraty que acompanham o tema, Vieira e Rubio se encontraram à margem de uma reunião do G7 em Niagara-on-the-lake, no Canadá. Vieira disse a Rubio que o Brasil encaminhou, em 4 de novembro, uma proposta de negociação ao governo americano.

    Rubio e Vieira também concordaram em agendar uma nova reunião em breve. Segundo interlocutores, o encontro deve ocorrer nesta quinta-feira (13), em Washington.

    Lula e Trump tiveram em outubro uma reunião presencial em Kuala Lumpur (Malásia), durante uma reunião da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). O encontro ocorreu semanas após os dois líderes terem conversado por telefone e na esteira da “química” na abertura da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

    Na Malásia, Trump disse que as tarifas impostas ao Brasil poderiam ser negociadas muito rapidamente.

    O objetivo do governo brasileiro é que haja uma suspensão das sobretaxas durante o período de negociação.

    Desde que Rubio foi escalado como o principal negociador para o tarifaço contra o Brasil, Vieira realizou três reuniões com o secretário de Estado. A primeira delas ocorreu dias depois do telefonema entre Trump e Lula.
    Na ocasião, Vieira afirmou que aquele era um “início auspicioso de processo negociador” com os Estados Unidos.

    Ao longo das últimas semanas, negociadores brasileiros mantiveram conversas informais com responsáveis por questões comerciais dos EUA, em que os americanos apontaram as suas prioridades nas negociações: conseguir acesso ao mercado de etanol no Brasil e discutir a regulamentação de big techs, incluindo moderação de conteúdo.

    Os americanos afirmaram que a regulação das plataformas digitais está ligada a questões de liberdade de expressão. Já o etanol é uma queixa antiga dos americanos. A reclamação é que o etanol americano, feito de milho, enfrenta uma sobretaxa de 18% para entrar no Brasil, enquanto a barreira nos EUA era de apenas 2,5%.

    Já o lado brasileiro aponta que Washington nunca aceitou vincular discussões sobre o etanol a uma liberalização do mercado de açúcar nos EUA, altamente protegido.

    Na terça (11), Trump disse que vai reduzir “algumas tarifas” sobre o café, um dos principais produtos exportados pelo Brasil e que está sobretaxado. A declaração foi dada em entrevista ao programa The Ingraham Angle da Fox News.

    Mauro Vieira encontra chefe da diplomacia de Trump e diz que enviou proposta aos EUA

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  • INSS vai devolver dinheiro de aposentados vítimas da 'fraude da fraude'; veja lista de 17 associações

    INSS vai devolver dinheiro de aposentados vítimas da 'fraude da fraude'; veja lista de 17 associações

    O INSS vai devolver valores a aposentados e pensionistas vítimas da chamada “fraude da fraude”, esquema de descontos indevidos feitos por associações. Serão reembolsados os beneficiários que contestaram os descontos, mas ainda não receberam os valores por falta de resposta das entidades envolvidas

    (FOLHAPRESS) – O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) anunciou que vai devolver o dinheiro de aposentados e pensionistas vítimas da chamada “fraude da fraude” no escândalo dos descontos indevidos.

    Serão beneficiados os segurados que solicitaram a devolução por meio do sistema do INSS, mas que ainda não receberam o dinheiro porque as entidades afirmaram que houve autorização para as cobranças.

    A lista divulgada nesta quarta-feira (12) inclui 17 associações em que o reembolso será feito de forma administrativa, desde que o aposentado aceite o acordo proposto pelo INSS.

    Segundo a AGU (Advocacia-Geral da União), essas entidades foram identificadas após uma investigação da CGU (Controladoria-Geral da União). Três delas usaram apenas gravações de áudio como suposta prova de autorização dos aposentados, 13 são suspeitas de forjar assinaturas com softwares e uma teria utilizado os dois métodos.

    As entidades negam qualquer tipo de fraude e afirmam que os descontos foram feitos de forma regular.

    Quais são as associações envolvidas

    Aasap (Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista),
    ABCB (Amar Brasil Clube de Benefícios),
    CENAP.ASA (Central Nacional de Aposentados e Pensionistas – Santo Antônio),
    Master Prev,
    Anddap (Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas),
    Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares Rurais e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil),
    Abrapps (Associação Brasileira de Aposentados e Pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social),
    Cinaap (Círculo Nacional de Assistência dos Aposentados e Pensionistas),
    Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados, Pensionistas e Idosos),
    Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical),
    Aaspa (Associação de Assistência Social à Pensionistas e Aposentados),
    Unsbras (União Brasileira de Aposentados da Previdência),
    AAPB (Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil),
    Aapen (Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional),
    Caap (Caixa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas),
    Ambec (Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos) e
    Cebap (Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas).

    Para indígenas, quilombolas e idosos com 80 anos ou mais, a devolução será feita diretamente na folha de pagamento, sem necessidade de adesão ao acordo.

    O que dizem as associações

    O Sindnapi afirmou que enviou ao INSS toda a documentação exigida e que suas filiações são feitas com biometria facial, assinatura digital e cópia de documentos, conforme os acordos de cooperação técnica.

    Já a Ambec e a Cebap alegam que não realizam filiações diretas e que esse trabalho era feito por representantes comerciais externos. Segundo seus advogados, as entidades não cometeram irregularidades e aguardam esclarecimentos do INSS.

    O CINAAP declarou que todos os termos de associação foram assinados dentro do ambiente da Dataprev, com autenticação biométrica e demais validações exigidas.

    As demais entidades não responderam até a publicação da reportagem.

    Novos prazos e valores devolvidos

    O INSS também prorrogou por três meses o prazo para contestar descontos indevidos, agora até 14 de fevereiro de 2026. Desde julho, cerca de 3,7 milhões de segurados já foram ressarcidos administrativamente, somando R$ 2,5 bilhões devolvidos.

    Outros 1,1 milhão de beneficiários que contestaram os descontos, mas ainda não aderiram ao acordo, podem solicitar o reembolso. Para isso, é preciso abrir mão de eventuais ações judiciais por danos morais contra o INSS.

    Como aceitar o acordo pelo Meu INSS

    Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha.
    Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência”.
    Role a tela até o último comentário e selecione “Sim” no campo “Aceito receber”.
    Clique em “Enviar” e aguarde o pagamento.
    Como pedir a devolução dos descontos indevidos
    Pelo aplicativo Meu INSS:

    Acesse o site ou aplicativo Meu INSS.

    Faça login com CPF e senha.
    Na busca “Do que você precisa?”, digite “Consultar descontos de entidades”.
    Marque se os descontos foram ou não autorizados.
    Informe e-mail e telefone para contato, confirme as informações e envie.
    Presencialmente:
    Aposentados também podem procurar agências dos Correios para consultar e pedir a devolução de valores cobrados de forma indevida.
     

     
     

    INSS vai devolver dinheiro de aposentados vítimas da 'fraude da fraude'; veja lista de 17 associações

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  • Usuários do Gov.br serão avisados sobre vencimento do passaporte

    Usuários do Gov.br serão avisados sobre vencimento do passaporte

    Notificações serão enviadas quando faltar meses para a expiração

    A partir desta quarta-feira (12), os usuários do aplicativo Gov.Br passaram a ser avisados sobre o vencimento do passaporte. A novidade é uma parceria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com a Polícia Federal (PF). 

    Segundo o governo, as notificações personalizadas são encaminhadas pelo serviço de caixa postal do aplicativo em três momentos: 

    • Quando faltar oito meses antes do vencimento, 
    • A três meses para o fim da validade e
      Com o documento vencido. 

    A expectativa é que, em 2026, sejam enviadas mensagens para mais de 1,9 milhão de pessoas para lembrar da renovação de seus passaportes.  

    Para acessar essas mensagens, os usuários devem ter uma conta com níveis Prata ou Ouro na plataforma de serviços. 

    “Essa é uma iniciativa que simplifica a vida das pessoas e fortalece a confiança na instituição”, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, em nota.

    Caixa Postal 

    A Caixa Postal do aplicativo Gov.Br, disponível desde fevereiro,  permite o envio de informações personalizadas do governo para cada pessoa usuária da plataforma. 

    Desde o início da Caixa Postal, já foram encaminhadas mais de 30 milhões de mensagens personalizadas sobre serviços como Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Concurso Público Nacional Unificado (CNU), Bolsa Verde, Meu SUS Digital, Emissão de Certificados Digitais e Pé-de-Meia.

    Plataforma

    Atualmente, a plataforma desenvolvida pelo governo federal tem 4,6 mil serviços digitais federais e outros 8,7 mil serviços de estados e municípios. Entre os mais utilizados pelos brasileiros estão a Assinatura Gov.Br, Meu INSS, Meu SUS Digital, Enem, Fies, Carteira de Trabalho Digital e Carteira Digital de Trânsito. 

    Os serviços estão disponíveis normalmente para quem tem contas com níveis Prata e Ouro.

    O nível Prata é possível a partir do reconhecimento facial para conferência da foto com a da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também é possível ter uma conta desse nível a partir da validação de seus dados em um dos 17 bancos credenciados na plataforma. 

    Já para ter uma conta Ouro, que permite acesso a qualquer serviço público digital e garante uma ampla segurança para os cidadãos, é preciso fazer o reconhecimento facial com base nos dados da Justiça Eleitoral ou pelo QR Code da Carteira de Identidade Nacional (CIN).

    Usuários do Gov.br serão avisados sobre vencimento do passaporte

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  • Produção de motos cresce 21,8% em outubro e setor tem melhor desempenho do ano, diz Abraciclo

    Produção de motos cresce 21,8% em outubro e setor tem melhor desempenho do ano, diz Abraciclo

    Segundo a Abraciclo, que representa 97% do mercado, outubro foi o melhor mês do ano; 2025 caminha para ser 3º melhor ano na história do setor

    A produção de motos teve crescimento de 21,8% em outubro, na comparação com igual período de 2024, chegando a 188.220 unidades, conforme balanço da Abraciclo, a entidade que representa as fábricas de motocicletas do polo industrial de Manaus (AM). Foi o melhor desempenho mensal da produção de motos neste ano.

    Na comparação com setembro, houve crescimento de 11,6%, também segundo a Abraciclo.

    Desde o início do ano, já foram produzidas 1,684 milhão de motos, o que também corresponde ao melhor resultado em 14 anos e a um crescimento de 14% em relação ao volume dos dez primeiros meses de 2024.

    O desempenho reflete a expansão dos serviços de entrega (delivery), além da demanda por veículos mais baratos e econômicos tanto na manutenção quanto no consumo de combustível.

    Vendas

    As vendas em outubro somaram 209.790 unidades, segundo a Abraciclo, uma alta de 25,8% na comparação com o mesmo mês de 2024. A alta foi de 1,9% em relação a setembro.

    Entre janeiro e outubro foram comercializadas 1,8 milhão de motocicletas no País, um volume 15,6% maior do que o registrado em 2024.

    Produção de motos cresce 21,8% em outubro e setor tem melhor desempenho do ano, diz Abraciclo

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  • Novo marco do Brasil para vales-refeição e alimentação derruba ações de empresas francesas

    Novo marco do Brasil para vales-refeição e alimentação derruba ações de empresas francesas

    Nesta terça-feira, 11, o governo Lula anunciou planos de reformular o setor, para aumentar a concorrência

    As ações das francesas Pluxee e Edenred operam em forte baixa na Bolsa de Paris nesta quarta-feira, 12, após o governo brasileiro estabelecer um novo marco para o sistema de vales-refeição e alimentação, medida que, segundo as empresas, pode gerar impacto financeiro. Por volta das 7h35 (de Brasília), os papéis da Pluxee e da Edenred tombavam 11% e 9%, respectivamente.

    Na terça-feira, 11, o Brasil anunciou planos de reformular o setor, para aumentar a concorrência. A Edenred disse ter sido surpreendida pelas medidas, sobretudo por mudanças na taxa de desconto cobrada dos estabelecimentos e no prazo de reembolso. Segundo a companhia, que oferece soluções de serviços e pagamentos, os termos diferem significativamente do que vinha sendo discutido com o governo e com a associação do setor.

    Se o decreto entrar em vigor, a Edenred projeta que seu Ebitda orgânico de 2026 fique de 8% a 12% abaixo do previsto anteriormente (alta de 2% a 4%). O negócio de vales-refeição e alimentação no Brasil respondeu por 9,5% da receita operacional da Edenred em 2024.

    A Pluxee afirmou na segunda-feira, 10, temer que as medidas comprometam a sustentabilidade de longo prazo do programa de alimentação ao trabalhador, alegando maior risco de descumprimento, uso indevido e desequilíbrio de crédito, principalmente com clientes públicos. A companhia disse que avaliará impactos financeiros e eventuais ações mitigadoras quando o decreto completo for publicado. Ambas informaram que estudam possíveis medidas judiciais contra o novo marco.

    Novo marco do Brasil para vales-refeição e alimentação derruba ações de empresas francesas

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  • Governo amplia alcance de programa de apoio a empresas afetadas por tarifas de Trump

    Governo amplia alcance de programa de apoio a empresas afetadas por tarifas de Trump

    Prioridade em plano que garante linhas especiais de financiamento se estenderá também a empresas com exportações afetadas equivalentes a 1% ou mais de seu faturamento

    Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) editaram uma portaria conjunta ampliando o alcance das medidas do Plano Brasil Soberano, lançado pelo governo federal em agosto com linhas especiais de financiamento para contrabalançar o tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

    A portaria original garantia prioridade de acesso às medidas de apoio às empresas cujo porcentual do faturamento bruto decorrente de exportações afetadas pelo tarifaço entre julho de 2024 e junho de 2025 fosse igual ou superior a 5% do faturamento total apurado no período. Agora, de acordo com novo texto publicado no Diário Oficial da União (DOU), a prioridade se estende também para aquelas afetadas em 1% ou mais de seu faturamento.

    A nova portaria também dá prioridade às empresas que tenham “fornecido bens para pessoa jurídica de direito privado exportadora de bens com faturamento bruto decorrente de exportações afetadas pelas tarifas dos EUA igual ou superior a 5% do faturamento total apurado no mesmo período; e cujo porcentual de faturamento bruto decorrente do fornecimento de bens apurado no período seja igual ou superior a 1% do faturamento total.

    A tarifa de 50% sobre as exportações do Brasil para os Estados Unidos entrou em vigor no início de agosto. Uma semana depois, o governo Lula anunciou medidas do chamado “plano de contingência”, a fim de mitigar os efeitos da sobretaxa e socorrer as empresas atingidas. Entre as propostas estavam uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, aporte em fundos garantidores, aumento de compras governamentais, adiamento de pagamento de impostos e a reforma do Fundo de Garantia à Exportação (FGE).

    Governo amplia alcance de programa de apoio a empresas afetadas por tarifas de Trump

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