Categoria: ECONOMIA

  • Dia do pagamento: quando será o quinto dia útil de setembro de 2025?

    Dia do pagamento: quando será o quinto dia útil de setembro de 2025?

    O Conselho Monetário Nacional, órgão vinculado ao Banco Central (BC), determina que os sábados são incluídos na contagem de dias úteis; veja!

    O quinto dia útil de setembro de 2025 será na próxima sexta-feira, 5. Esta é a data limite para pagamento do salário do trabalhador, de acordo com o artigo 459 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Neste mês de setembro, os primeiros cincos dias úteis acontecem da seguinte forma:

    – Primeiro dia útil: segunda-feira, 1º de setembro

    – Segundo dia útil: terça-feira, 2 de setembro

    – Terceiro dia útil: quarta-feira, 3 de setembro

    – Quarto dia útil: quinta-feira, 4 de setembro

    – Quinto dia útil: sexta-feira, 5 de setembro

    O Conselho Monetário Nacional, órgão vinculado ao Banco Central (BC), determina que os sábados são incluídos na contagem de dias úteis, mas domingos e feriados não.

    E se o salário atrasar?

    Se o seu salário não for depositado até o quinto dia útil, o primeiro passo é procurar o setor de recursos humanos da sua empresa para entender o motivo do atraso.

    Caso o problema persista, você pode buscar apoio jurídico. O atraso no pagamento do salário é uma infração às normas da CLT, e pode gerar juros, multa e outras penalidades para o empregador.

    E os bancos?

    Para os bancos, a situação é um pouco diferente. Apesar de o sábado ser um dia útil para o pagamento de salários, este dia não é válido para o processamento de pagamentos e compensações bancárias, que só são efetivadas de segunda-feira a sexta-feira.

    Para tributos e impostos que vencem em dias sem compensação – sábado ou domingo -, o pagamento deve ser antecipado para evitar juros e multas. Isso acontece porque normalmente os tributos já vêm com datas ajustadas, principalmente ao calendário de feriados nacionais, estaduais e municipais.

    Caso não ocorra, a sugestão da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) é a de antecipar o pagamento ou, no caso dos títulos que têm código de barras, agendar o pagamento nos caixas eletrônicos, internet banking e pelo atendimento telefônico dos bancos.

    Dia do pagamento: quando será o quinto dia útil de setembro de 2025?

  • Conselheiro de Trump: 'Se perdermos caso das tarifas, será o fim dos EUA'

    Conselheiro de Trump: 'Se perdermos caso das tarifas, será o fim dos EUA'

    Na sexta-feira, um tribunal federal de apelações decidiu por 7 a 4 que as tarifas de Trump eram ilegais; processo foi enviado para a Suprema Corte dos Unidos, que irá dar um parecer final sobre o caso

    O Conselheiro da Presidência dos Estados Unidos, Peter Navarro, defendeu a imposição de tarifas por Donald Trump e disse que elas “qualificam a regulação das importações”. Segundo ele, se o governo perder o caso de legalidade das tarifas na Suprema Corte “o presidente Trump estará certo e será o fim dos EUA”.

    Na sexta-feira, um tribunal federal de apelações decidiu por 7 a 4 que as tarifas de Trump eram ilegais, e que ele não tinha autoridade para impor a maior parte das taxas aplicadas sobre produtos estrangeiros de todo o mundo.

    Em entrevista à Fox News, Navarro lembrou que nem ele nem o Trump disseram que as tarifas eram permanentes. Caso a China, México e Canadá atuem para diminuir as mortes dos americanos causadas pelo uso do fentanil, poderá haver negociação para a retirada das tarifas.

    Conselheiro de Trump: 'Se perdermos caso das tarifas, será o fim dos EUA'

  • Governo dos EUA tem postura errática e sem precedentes, afirma Haddad

    Governo dos EUA tem postura errática e sem precedentes, afirma Haddad

    Haddad manifestou esperança de uma mudança de postura americana após a divulgação de trechos de conversas entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, Jair Bolsonaro

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera que a postura “errática” e centralizadora do presidente Donald Trump tem dificultado ao Brasil encontrar um caminho para negociar as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

    O país aplicou taxas de importação de 50% aos produtos brasileiros. A medida entrou em vigor no último dia 6. Desde então, o governo Lula tem tentado um acordo, sem sucesso. Haddad chegou a ter um encontro marcado com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. A reunião foi cancelada.

    “O governo dos EUA tem tido uma postura errática em temas variados e está centralizado em uma pessoa só. Você não ouve falar do Congresso, sai tudo de uma cabeça. É um modo de governar sem precedentes naquele país”, disse Haddad em entrevista ao Canal Livre, programa da BandNews transmitido neste domingo (31).

    Ele manifestou esperança de uma mudança de postura americana após a divulgação de trechos de conversas entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, Jair Bolsonaro. Um dos motivos para as tarifas impostas por Trump é o processo contra ex-presidente por tentativa de golpe de estado.

    “Acredito que depois da quebra de sigilo O governo americano pode até fingir que não viu, mas viu. [A embaixada] Vai ter de informar à Casa Branca o que está acontecendo aqui. Aquela troca de mensagens entre filhos e pai, como [eles] retratam a situação já deve ter chegado ao governo dos EUA. Se conheço bem ali, o estado vai distensionar”, completa Haddad.

    Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde o final de fevereiro para pressionar o governo por sanções ao Brasil, a integrantes do governo e aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que serão responsáveis pelo julgamento de seu pai.

    “[A tarifa] Não é apenas injusta. Não é racional. Não tem lógica econômica. Penso que vai se abrir espaço [para negociação], a não ser que alguém sugira ao presidente americano que uma escaladas [de sanções] vai trazer alguma vantagem. Não acredito que vai acontecer, mas pode acontecer”, finalizou.

    OPERAÇÃO CONTRA O CRIME ORGANIZADO

    Fernando Haddad estimou que, nos desdobramentos das operações contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), será constatado que o crime organizado movimentou centenas de bilhões de reais nos últimos anos.

    Na última quinta-feira (28), Ministério Público, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e polícias federais, civis e militares de oito estados iniciaram três operações diferentes contra lavagem de dinheiro pelo PCC. Os alvos foram postos, distribuidores de combustíveis, fintechs (já reguladas pelo BC, exceto as com movimentação financeira muito reduzida, e a partir de agora também obrigadas a reportar as transações à Receita) e fundos de investimento.

    A estimativa é que a facção movimentou cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.

    “Não duvidaria que, com o aprofundamento das investigações, vamos chegar a centenas de bilhões de reais. Para chegar a 100, 200, 300 [bilhões] não precisa de muita coisa”, disse ele.

    O ministro considera que o número seria ainda mais expressivo se o governo não tivesse recuado da norma que intensificava a fiscalização sobre transações com uso de pix e obrigava as fintechs a fornecerem esses dados ao Banco Central.

    A pressão foi causada, em parte, por campanhas nas redes sociais, e o maior símbolo disso foi vídeo produzido pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

    Sem citá-lo, Lula disse um parlamentar fez campanha contra as mudanças e “agora está provado que ele estava fazendo campanha para defender o crime organizado.”

    Em suas redes sociais, Ferreira disse que vai processar o presidente.

    “Eu não quero acreditar que o deputado tenha feito aquele carnaval em janeiro [deste ano, quando houve a polêmica] para favorecer o crime organizado. Foi muito mais para criar polêmica nas redes sociais, lacrar, do que para favorecer o crime organizado. Mas para você ver como fake news atrapalha”, disse Haddad.

    Governo dos EUA tem postura errática e sem precedentes, afirma Haddad

  • Desvalorização do dólar faz rentabilidade de fundo cambiais cair, saques superam aportes

    Desvalorização do dólar faz rentabilidade de fundo cambiais cair, saques superam aportes

    Apenas no dia 20 de agosto, investidores sacaram R$ 20,6 milhões; no mês, o saldo está negativo em R$ 88,9 milhões.

    Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as saídas financeiras dos fundos cambiais em agosto colocaram a classe de ativos no campo negativo no ano. Apenas no dia 20 de agosto, investidores sacaram R$ 20,6 milhões; no mês, o saldo está negativo em R$ 88,9 milhões.

    No acumulado de 2024, o dólar caiu cerca de 11% ante o real, e grande parte desses fundos é atrelada à moeda americana. O portfólio manager da B.Side Investimentos, Mauro Orefice, explica: \”não tem muito segredo, como os fundos são atrelados à variação da moeda, não tem para onde fugir. O câmbio caiu esse ano, e por isso os fundos estão no campo negativo\”.

    Quando olhamos para os dados em 12 meses, a captação nestes fundos, segue positiva em R$ 101,3 milhões, o Luciano Rais, líder da área de Renda Fixa Mercados da Santander Asset Management, entende que a janela está um pouco mais favorável para quem quer entrar nesta classe de ativos, mas reforça que na sua visão o real não deve se desvalorizar muito no curto prazo.

    \”É claro que comparado com o pior momento que a gente observou na virada do ano, o real teve uma valorização considerável, e o investidor pode pensar em recalibrar e reponderar a sua carteira, neste momento\” diz Rais.

    O líder do Santander Asset Management relata que o dólar deve se manter mais fraco do ponto de vista global – comparado a moedas de países desenvolvidos (fortes) e emergentes – e que esse movimento local não está necessariamente ligado a uma valorização única do real. \”Passamos por duas décadas de fortalecimento do dólar. Então, tem muito espaço para o seu enfraquecimento \”, afirma.

    Com relação ao investidor que está pensando em médio e longo prazo a recomendação do portfólio manager da B.Side é procurar entender qual a parcela do seu portfólio de investimentos vai estar atrelado ao dólar e a partir daí tomar as suas decisões de alocações.

    A Nomad, que se popularizou com contas digitais para viajantes, possui um índice de mensal que tem o objetivo de sinalizar qual seria a exposição ideal de uma carteira de investimentos arriscada – parte do portfólio ligado a ativos de risco – em ativos globais, o Índice Nomad de Diversificação Internacional (Indi), que na última divulgação estava em 60%. E serve de parâmetro para que os investidores tomem decisões sobre suas alocações no exterior.

    Para Daniel Miari, CMO e sócio fundador da INCO Investimentos, fintech que conecta opções de investimentos alternativos com investidores, explica que a população está ganhando consciência que não deve ficar 100% exposta a uma única moeda, e nem ficar exposto apenas ao Brasil, segundo ele o final do ano passado(2024) onde o dólar chegou a patamares muito altos e muito rapidamente, fez com que muita gente se assustasse e passasse a entender que não poderia está com todo o seu portfólio ligado ao real.

    Outro ponto que Miari usa para explicar o por quê o investidor deve ter uma parte dos seus recursos atrelados a moedas fortes, em especial o dólar é a instabilidade econômica brasileira, \”instabilidade gera incerteza, e a incerteza gera a necessidade de diversificação\”.

    Dentre as opções de se investir em dólar além dos Fundos cambiais estão:

    – BDRs (Brazilian Depositary Receipts) – Recibos que representam ações de empresas estrangeiras, negociados na B3 em reais. Permitem investir em gigantes globais como Apple, Microsoft e Amazon sem conta no exterior.

    – ETFs internacionais – Fundos de índice que replicam o desempenho de mercados ou setores no exterior, negociados em bolsa. Há opções que seguem índices como S&P 500, Nasdaq e MSCI World.

    – Títulos no exterior via fundos ou corretoras locais – Incluem títulos de renda fixa global, plataformas e bonds corporativos.

    Desvalorização do dólar faz rentabilidade de fundo cambiais cair, saques superam aportes

  • Quem são as mulheres mais ricas do Brasil segundo a lista de bilionários da Forbes?

    Quem são as mulheres mais ricas do Brasil segundo a lista de bilionários da Forbes?

    A Forbes afirma que o número de mulheres na lista de bilionários brasileiros aumentou neste ano em relação a 2025: são 60 mulheres no total, contra 48 no ano passado. Elas representam 20% do total de 300 bilionários do País.

    Vicky Safra ocupa novamente o posto de mulher brasileira mais rica, com patrimônio estimado em R$ R$ 120,5 bilhões, segundo a lista anual de brasileiros bilionários da revista Forbes. O ranking foi divulgado na quinta-feira, 28.

    Vicky é viúva do banqueiro Joseph Safra, que morreu em 2020. Ela herdou cerca de metade da fortuna do falecido marido, que por muitos anos foi o banqueiro mais rico do mundo. Os demais herdeiros são os filhos: Jacob, Esther, Alberto e David. Vicky também ocupa a 2ª posição no ranking geral de brasileiros mais ricos, atrás apenas de Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, que é o 1º colocado, com fortuna de R$ 227 bilhões.

    A Forbes afirma que o número de mulheres na lista de bilionários brasileiros aumentou neste ano em relação a 2025: são 60 mulheres no total, contra 48 no ano passado. Elas representam 20% do total de 300 bilionários do País.

    Em segundo lugar na lista de mulheres mais ricas está Maria Helena Moraes Scripilliti, filha de José Ermírio de Moraes, fundador do grupo industrial Votorantim. Ela é viúva de Clovis Scripilliti, que ajudou a expandir o grupo pelo Nordeste brasileiro durante as décadas de 1960 e 1970.

    Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela aparece em terceiro lugar no ranking de mais ricas. Ela é herdeira do Itaú-Unibanco, o maior banco privado da América Latina, além de membro do conselho de administração do grupo. Ana Lúcia também é uma das maiores acionistas individuais da Itaúsa, holding do banco.

    Entre as dez mulheres brasileiras mais ricas, somente duas são consideradas \”self-made\”, classificação concedida pela Forbes àquelas que construíram seus patrimônios sozinhas, sem heranças: Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, e Lucia Maggi, da Amaggi. Veja a seguir quem são as 10 mulheres brasileiras mais ricas.

    1. Vicky Safra e família

    Patrimônio: R$ 120,5 bilhões

    Origem do patrimônio: Banco Safra

    2. Maria Helena Moraes Scripilliti e família

    Patrimônio: R$ 26,8 bilhões

    Origem do patrimônio: Votorantim

    3. Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela

    Patrimônio: R$ 9,8 bilhões

    Origem do patrimônio: Itaúsa

    4. Anne Werninghaus

    Patrimônio: R$ 9,1 bilhões

    Origem do patrimônio: Weg

    5. Cristina Helena Junqueira

    Patrimônio: R$ 8,7 bilhões

    Origem do patrimônio: Nubank

    6. Neide Helena de Moraes

    Patrimônio: R$ 8,4 bilhões

    Origem do patrimônio: Votorantim

    7. Vera Rechulski Santo Domingo

    Patrimônio: R$ 7,1 bilhões

    Origem do patrimônio: AB InBev

    8. Dora Voigt de Assis

    Patrimônio: R$ 6,6 bilhões

    Origem do patrimônio: Weg

    8. Lívia Voigt

    Patrimônio: R$ 6,6 bilhões

    Origem do patrimônio: Weg

    8. Lucia Borges Maggi

    Patrimônio: R$ 6,6 bilhões

    Origem do patrimônio: Amaggi

    Quem são as mulheres mais ricas do Brasil segundo a lista de bilionários da Forbes?

  • TST condena Volkswagen a pagar indenização por trabalho análogo à escravidão

    TST condena Volkswagen a pagar indenização por trabalho análogo à escravidão

    Trabalhadores foram submetidos a condições análogas à escravidão em uma fazenda da empresa na Amazônia entre 1974 e 1986. A montadora alemã era proprietária da área por meio de uma subsidiária. A fazenda era usada para pecuária e extração de madeira.

    O Tribunal Superior do Trabalho (TST) ordenou, na sexta-feira, 29, que a Volkswagen pague R$ 165 milhões por danos morais coletivos. Trabalhadores foram submetidos a condições análogas à escravidão em uma fazenda da empresa na Amazônia entre 1974 e 1986. A montadora alemã era proprietária da área por meio de uma subsidiária. A fazenda era usada para pecuária e extração de madeira.

     

    A Volkswagen Brasil informou, em comunicado, que recorrerá da decisão. A empresa afirmou que, em seus 72 anos de operação no País, defende a dignidade humana e cumpre rigorosamente todas as leis trabalhistas.

     

    O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu investigação em 2019 após receber documentos de um padre local que acompanhava o caso havia décadas. Depois de novas diligências e depoimentos, os promotores denunciaram formalmente a Volkswagen em 2024. Segundo eles, trata-se da maior reparação desse tipo no País.

     

    De acordo com os autos, cerca de 300 trabalhadores foram contratados por meio de vínculos irregulares para desmatar a floresta e preparar pastagens. Eles eram vigiados por guardas armados, viviam em alojamentos precários, recebiam alimentação insuficiente e permaneciam na fazenda sob servidão por dívidas. Não havia assistência médica, nem para quem contraía malária.

    TST condena Volkswagen a pagar indenização por trabalho análogo à escravidão

  • Novo ataque hacker a empresa que opera Pix rouba R$ 420 mi

    Novo ataque hacker a empresa que opera Pix rouba R$ 420 mi

    A ação criminosa explorou vulnerabilidades nos servidores da empresa, que atuam como intermediários de comunicação com o Banco Central.

    Um ataque hacker contra a Sinqia, empresa brasileira que fornece tecnologia de conexão entre instituições financeiras e o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (Pix), desviou cerca de R$ 420 milhões na tarde da última sexta-feira (29).

    Segundo dados divulgados pelo Banco Central R$ 380 milhões foram retirados do banco HSBC e outros R$ 40 milhões da instituição financeira Artta. Apesar da gravidade, a infraestrutura central do Pix não foi comprometida e segue funcionando normalmente, de acordo com a própria Sinqia.

    A ação criminosa explorou vulnerabilidades nos servidores da empresa, que atuam como intermediários de comunicação com o Banco Central. Após identificar a tentativa de invasão, o BC interrompeu imediatamente a conexão da operadora com a rede do sistema financeiro nacional, para evitar que o ataque se espalhasse para outras instituições.

    A ofensiva foi contida a tempo de bloquear R$ 350 milhões. A Polícia Federal já foi acionada para investigar o caso, enquanto o Banco Central trabalha para recuperar o montante ainda não rastreado.

    Reações das instituições afetadas
    O HSBC, maior prejudicado, informou que nenhuma conta de clientes foi atingida. Segundo o banco, as movimentações suspeitas ocorreram exclusivamente no sistema de um provedor e foram bloqueadas. Em nota, a instituição destacou ter tomado medidas de segurança e afirmou estar colaborando com as autoridades.

    A Artta também se manifestou, afirmando que as contas afetadas estão vinculadas diretamente ao Banco Central e são utilizadas apenas para liquidações interbancárias, sem impacto às contas de clientes.

    Justificativas da Sinqia
    A Sinqia confirmou o episódio e disse ter contratado especialistas forenses para apurar a origem da invasão. A empresa destacou que apenas “um número limitado de instituições financeiras” foi atingido e que não há indícios de comprometimento de dados pessoais.

    A companhia afirmou ainda que está reconstruindo as plataformas em um novo ambiente, com monitoramento reforçado e camadas adicionais de segurança.

    Histórico de ataques
    O caso ocorre pouco tempo após outro ataque de grandes proporções, registrado em julho, quando hackers desviaram quase R$ 1 bilhão explorando falhas da C&M Software, outra fornecedora de serviços tecnológicos. À época, valores foram retirados irregularmente de contas vinculadas ao Banco Central. Até o momento, não há indícios de ligação entre os dois episódios.

    Alterações no Pix
    O ataque aconteceu apenas um dia depois de o Banco Central anunciar mudanças nas regras do Pix para reforçar mecanismos de devolução de valores em casos de fraude. As alterações começam a valer de forma facultativa em 23 de novembro e se tornam obrigatórias a partir de 2 de fevereiro.

    Segundo o BC, o novo modelo permitirá rastrear os caminhos percorridos pelo dinheiro, aumentando as chances de recuperação. “A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix e seu aprimoramento é um processo contínuo”, disse o órgão em nota.

     
    Veja a nota da Sinqia, na ÍNTEGRA:
    No dia 29 de agosto, a Sinqia detectou atividade suspeita no ambiente Pix. Nossa equipe agiu rapidamente e iniciou uma investigação para determinar a causa do incidente. Estamos trabalhando com o apoio dos melhores especialistas forenses nisto. Já estamos em contato com clientes afetados, que compreendem um número limitado de instituições financeiras.

    Neste momento, verificamos que o incidente se limita apenas ao ambiente Pix. Não há evidências de atividade suspeita em nenhum outro sistema da Sinqia além do Pix e esse problema afeta apenas a Sinqia no Brasil. Além disso, neste momento, não temos indicação de que quaisquer dados pessoais tenham sido comprometidos.
    Enquanto nossa investigação ainda está em andamento, colocamos em prática um plano detalhado para alcançar uma restauração completa. Primeiro, isolamos o ambiente Pix de todos os outros sistemas da Sinqia e o desconectamos proativamente do Banco Central, enquanto conduzimos nossa análise.

    Em segundo lugar, por precaução, estamos trabalhando ativamente para reconstruir os sistemas afetados em um novo ambiente com monitoramento e controles aprimorados. Também estamos trabalhando com especialistas externos adicionais para nos ajudar a acelerar esse processo e complementar os recursos de nossa própria equipe. Depois que o ambiente for reconstruído e estivermos confiantes de que está pronto para ser colocado de volta em funcionamento, o Banco Central irá revisá-lo e aprová-lo antes de colocá-lo novamente online.

    Assim que tivermos uma previsão clara sobre quando o novo sistema estará online, forneceremos mais atualizações aos nossos clientes. A segurança das transações realizadas em nossos sistemas é nossa primeira prioridade.

    Agradecemos o apoio de nossos clientes e pedimos desculpas pelo inconveniente. Estamos tratando essa situação com a maior seriedade e continuamos comprometidos com a transparência e em manter nossas partes interessadas informadas à medida que novas informações se tornem disponíveis.

    Veja a nota da Artta, na ÍNTEGRA:

    No dia 29/08, a Sinqia S.A., empresa homologada e autorizada pelo Banco Central para operar o SPB e o Pix, registrou um incidente em sua infraestrutura tecnológica que afetou diversas instituições financeiras, entre elas a Artta Sociedade de Crédito Direto S.A. e bancos como o HSBC.
     
    IMPORTANTE DESTACAR!
    Não houve ataque ao ambiente da Artta nem às contas de nossos clientes. As contas envolvidas são mantidas junto ao Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária.
    Como medida preventiva, interrompemos as transações de saída no mesmo dia, priorizando a segurança e a proteção integral dos recursos de nossos clientes.

    Estamos em contato direto com o Banco Central e a Sinqia e atuando para que a normalização das operações aconteça com a máxima agilidade e total segurança.

    Reafirmamos nosso compromisso com a integridade do sistema financeiro, a proteção dos clientes e a transparência em nossas comunicações.

    Em caso de dúvidas, nossa equipe está disponível pelo e-mail: suporte@artta.com.br.

    Novo ataque hacker a empresa que opera Pix rouba R$ 420 mi

  • Posts falsos tentam incentivar saques em massa do Banco do Brasil

    Posts falsos tentam incentivar saques em massa do Banco do Brasil

    A ofensiva foi considerada pela Advocacia-Geral da União (AGU) uma tentativa de “gerar caos no sistema financeiro nacional”. Acionada pelo Banco Central, a AGU enviou notícia-crime à PF pedindo abertura de investigação. Segundo o órgão, houve “disparo massivo de publicações que buscam aterrorizar a sociedade”.

    Mensagens alarmistas que circulam em grupos de WhatsApp e Telegram, nas últimas semanas, colocaram o Banco do Brasil (BB) no centro de uma onda de boatos. Vídeos, imagens e textos com frases como “Tire seu dinheiro do Banco do Brasil” e “Brasileiros sacando seu dinheiro pelo risco Moraes/Dino” se espalharam rapidamente e chegaram às mãos da Polícia Federal.

    A ofensiva foi considerada pela Advocacia-Geral da União (AGU) uma tentativa de “gerar caos no sistema financeiro nacional”. Acionada pelo Banco Central, a AGU enviou notícia-crime à PF pedindo abertura de investigação. Segundo o órgão, houve “disparo massivo de publicações que buscam aterrorizar a sociedade”.

    Um levantamento feito pela empresa Palver, especializada em análise de tendências sociais, mostrou que, entre mais de 100 mil grupos públicos de WhatsApp e 5 mil do Telegram monitorados, o Banco do Brasil se tornou tema frequente a partir da segunda quinzena de agosto. Para os pesquisadores, as mensagens tinham caráter alarmista e exploraram receios antigos da população, como inflação e confisco de poupança.

    O pano de fundo da narrativa foi a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de sanções da Lei Magnitsky, nos Estados Unidos. A legislação congela bens e proíbe transações de pessoas acusadas de violações de direitos humanos. Como Moraes recebe salários pelo BB, mensagens distorcidas passaram a associar o banco à punição americana.

    O movimento ganhou força após nota divulgada pelo próprio BB em 19 de agosto, na qual reforçava atuar em conformidade com as leis brasileiras e normas internacionais. A frase foi usada em publicações que sugeriam risco à instituição.

    Os boatos se intensificaram entre os dias 14 e 21 de agosto, período em que o banco divulgou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre — 60% inferior ao do ano anterior. A notícia, somada ao adiamento do pagamento de dividendos para dezembro de 2025, foi explorada em postagens que estimulavam desconfiança sobre a solidez do banco.

    De acordo com a Palver, no dia 21 houve pico de 120 menções ao BB a cada 100 mil mensagens — número próximo a grandes temas políticos, como “Bolsonaro”. Entre os dias 28 de julho e 26 de agosto, 53% das mensagens eram favoráveis a saques no banco, enquanto 30% defendiam a instituição.

    A AGU identificou perfis que propagaram as mensagens, entre eles os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do advogado Jeffrey Chiquini. Este último alegou que sua fala tratava apenas de realocação de investimentos.

    Com a escalada, o BB divulgou nova nota no dia 22, classificando as mensagens como “inverídicas e maliciosas”. A AGU formalizou o pedido de investigação à PF em 25 de agosto.

    A crise mobilizou também sindicatos. Em ato na Avenida Paulista, bancários exibiram cartazes em defesa da instituição e da soberania nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os ataques nas redes tinham motivação política.

    Posts falsos tentam incentivar saques em massa do Banco do Brasil

  • Governo brasileiro informa EUA sobre acionamento de Lei da Reciprocidade

    Governo brasileiro informa EUA sobre acionamento de Lei da Reciprocidade

    O acionamento do primeiro passo da Lei da Reciprocidade ocorreu na noite de quinta-feira (28). O governo Lula (PT) decidiu por avaliar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deu margem nas últimas semanas para a abertura de negociações sobre o tarifaço de 50% imposto sobre produtos brasileiros.

    MARIANA BRASIL E JULIA CHAIB
    BRASÍLIA, DF E WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A Embaixada do Brasil nos Estados Unidos enviou na noite desta sexta-feira (29) o comunicado sobre a aplicação da Lei da Reciprocidade em relação às tarifas de 50% aplicadas por Donald Trump ao país. A partir de agora, a Camex precisa analisar o caso e os americanos devem dizer se querem fazer consultas.

    O acionamento do primeiro passo da Lei da Reciprocidade ocorreu na noite de quinta-feira (28). O governo Lula (PT) decidiu por avaliar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deu margem nas últimas semanas para a abertura de negociações sobre o tarifaço de 50% imposto sobre produtos brasileiros.

    A lei estabelece os critérios que podem ser utilizados pelo Brasil para reagir com medidas retaliatórias contra sanções econômicas aplicadas por outro país.

    Segundo integrantes do governo que acompanham as discussões, o acionamento da lei ocorreu para delimitar etapas e deixar claro que o início do processo retaliatório se deu porque o Brasil é vítima de uma agressão dos americanos.

    Ainda de acordo com essas fontes, a tendência é que o Brasil não retalie os EUA com a imposição de sobretaxas sobre produtos americanos, devido aos prejuízos que uma decisão como essa traria à economia. O foco devem ser outras frentes previstas na legislação, como a suspensão de direitos de propriedade intelectual, a exemplo de patentes de medicamentos.

    Ainda segundo os envolvidos, a decisão de acionar a lei na quinta não tem relação com a aproximação do julgamento contra Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal), que está marcado para começar na próxima terça-feira (2). O caso de Bolsonaro foi usado por Trump como motivação das sanções, mas o governo Lula rejeita incluir esse tema na mesa de negociações.

    O governo já havia estabelecido quatro frentes de atuação para lidar com o tarifaço: negociação, mitigação dos efeitos (com o anúncio de medidas de contingência para amparar empresas, com o Plano Brasil Soberano), busca por novos mercados internacionais e, por fim, a aplicação da reciprocidade.

    O bloqueio dos EUA às tentativas de negociação do Brasil e a falta de abertura determinaram o acionamento da lei na noite de quinta.
    Desde o anúncio do tarifaço, a gestão de Lula vinha buscando contato com os americanos por meio do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além do chanceler, Mauro Vieira, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    Além dos entraves no contato com as autoridades americanas -havendo, por exemplo, o cancelamento da reunião entre Haddad e o secretário do Tesouro, Scott Bessent-, o clima na tratativa do tema piorou após os Estados Unidos abrirem uma investigação comercial contra o Brasil por meio do USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA). O objetivo é apurar supostas práticas injustas do Brasil no comércio bilateral.

    Na ação de quinta, o Ministério de Relações Exteriores deu um prazo de 30 dias para que a Camex (Câmara de Comércio Exterior) analise os argumentos sobre a legalidade do acionamento dos instrumentos de retaliação.

    Por determinação de Lula, a equipe da Fazenda já vinha elaborando nos últimos dias, com a ajuda de outras pastas, um conjunto de medidas para eventual resposta às sanções impostas pelo governo de Trump contra o Brasil.

    De lá para cá, o governo brasileiro reforçou um discurso mais nacionalista e com reforços à ideia de soberania nacional. Em suas falas públicas, Lula tem reiterado mensagens de que o Brasil não será “subalterno” e de que não iria se humilhar diante de Trump.

    Um telefonema entre os dois chegou a ser aventado, mas, até o momento, não ocorreu. Em paralelo, Lula enviou uma carta convidando seu homólogo americano a participar da COP30, a conferência climática da ONU (Organização das Nações Unidas) que será realizada em novembro, em Belém.

    Segundo auxiliares do presidente, o texto da carta não menciona o tarifaço, limitando-se ao convite, nos mesmos moldes do que foi enviado aos demais chefes de Estado. Um dos objetivos do envio da carta é reforçar a mensagem de que Lula não tem problema direto com Trump.

    Governo brasileiro informa EUA sobre acionamento de Lei da Reciprocidade

  • Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro

    Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro

    O responsável por escolher a bandeira tarifária mensalmente é a Aneel. É aplicada uma cobrança a depender da cor (verde, amarela, vermelha patamar 1 ou vermelha patamar 2)

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (29) que a bandeira tarifária de setembro será a vermelha patamar 2, mesmo nível de agosto. A sinalização indica que os consumidores receberão as contas de luz com adicional de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos.

    Segundo a agência, as condições de afluência dos reservatórios da usina, hoje abaixo da média, não são favoráveis para a geração hidrelétrica. O quadro exige maior acionamento de usinas termelétricas, com maiores custos de geração, o que segundo o órgão justifica a manutenção da bandeira no próximo mês.

    O QUE SÃO AS BANDEIRAS TARIFÁRIAS?

    O sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz, que permite repassar mensalmente aos consumidores os maiores custos do país com a geração de energia, completou dez anos de implementação em 2025.

    O mecanismo faz com que preços maiores para gerar energia, sobretudo pelo menor volume de água nas hidrelétricas, sejam transmitidos de forma mais imediata à famílias para que elas, informadas do maior custo, consumam de maneira mais consciente.

    Antes, o repasse era feito de maneira defasada no reajuste anual das tarifas -o que poderia, sem uma moderação no uso da energia, impulsionar ainda mais o acerto de contas.

    O responsável por escolher a bandeira tarifária mensalmente é a Aneel. É aplicada uma cobrança a depender da cor (verde, amarela, vermelha patamar 1 ou vermelha patamar 2).

    A definição usa diferentes variáveis, sendo a principal o PLD (Preço de Liquidação de Diferenças) -indicador que leva em conta o valor da geração de energia e é influenciado principalmente pelas condições dos reservatórios das hidrelétricas e pela consequente necessidade de acionamento de termelétricas (ou seja, menos água significa mais custos).

    DIFERENÇA ENTRE AS BANDEIRAS

    – Bandeira verde: custo normal, sem cobrança adicional.
    – Bandeira amarela: custo moderado, com um pequeno acréscimo.
    – Bandeira vermelha: custo alto, com acréscimo maior, dividido em patamar 1 e patamar 2.

    Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro