Categoria: ECONOMIA

  • Exportações para os Estados Unidos caem 20,3% após tarifaço

    Exportações para os Estados Unidos caem 20,3% após tarifaço

    No acumulado de 2025, o Brasil exportou US$ 29,213 bilhões para os Estados Unidos, queda de apenas 0,6% em relação aos nove primeiros meses do ano passado; novos mercados, no entanto, garantem recorde nas vendas externas

    No segundo mês do tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump, as exportações do Brasil para os Estados Unidos recuaram 20,3%, em setembro, na comparação com igual período do ano passado, divulgou nesta segunda-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). No entanto, o crescimento das vendas para outros mercados garantiu recorde nas vendas externas brasileiras.

    No mês passado, o país vendeu US$ 2,58 bilhões ao mercado estadunidense, contra US$ 3,23 bilhões no mesmo período de 2024. As importações dos Estados Unidos, em contrapartida, subiram 14,3%, de US$ 3,8 bilhões para US$ 4,35 na mesma comparação.

    O aumento das importações, combinado com o recuo nas exportações, fez o saldo da balança comercial do Brasil com os Estados Unidos ficar negativo em US$ 1,77 bilhão no mês passado, o nono déficit comercial seguido com o país e o maior registrado neste ano. 

    No acumulado de 2025, o Brasil exportou US$ 29,213 bilhões para os Estados Unidos, queda de apenas 0,6% em relação aos nove primeiros meses do ano passado. As importações somaram US$ 34,315 bilhões, alta de 11,8%, fazendo o déficit comercial subir para US$ 5,102 bilhões em 2025.No mesmo período do ano passado, o Brasil acumulava déficit de US$ 1,317 bilhão com os Estados Unidos. O déficit comercial é desfavorável para o Brasil, mas favorável para os Estados Unidos. Antes de o governo de Donald Trump impor a tarifa de 50% sobre vários produtos brasileiros, o Brasil registrava déficit com o mercado estadunidense.

    Novos mercados

    A queda nas exportações para os Estados Unidos não se refletiu no resultado total da balança comercial. Isso porque as exportações para outros parceiros cresceram, com destaque para a Ásia. As exportações para Singapura subiram 133,1% US$ 500 milhões em relação a setembro do ano passado.

    Para a Índia, aumentaram 124,1% (US$ 400 milhões). Outros destaques foram Bangladesh (+80,6% ou US$ 100 milhões); Filipinas (+60,4% ou US$ 100 milhões); e China (+14,9% ou US$ 1,1 bilhão).

    Para a América do Sul, as vendas brasileiras cresceram 29,3%, impulsionadas pela Argentina, país para o qual as exportações aumentaram 24,9% de setembro do ano passado a setembro deste ano. No mesmo período, as vendas para a União Europeia aumentaram 2%.

    No mês passado, o Brasil exportou US$ 30,54 bilhões, valor recorde para o mês, com crescimento de 7,2% em relação a setembro de 2024. O superávit da balança comercial, no entanto, encolheu 41,1%, ficando em US$ 2,99 bilhões, por causa da compra de uma plataforma de petróleo de US$ 2,4 bilhões de Singapura.

    Exportações para os Estados Unidos caem 20,3% após tarifaço

  • Dólar e Bolsa caem, com mercado atento a falas de Galípolo e ligação entre Lula e Trump

    Dólar e Bolsa caem, com mercado atento a falas de Galípolo e ligação entre Lula e Trump

    A paralisação do governo dos Estados Unidos segue impondo cautela sobre as movimentações; a ligação de Trump para Lula também chamou a atenção do mercado financeiro

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar está em queda nesta segunda-feira (6), com investidores repercutindo falas do presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, em evento da Fundação Fernando Henrique Cardoso.

    A paralisação do governo dos Estados Unidos segue impondo cautela sobre as movimentações, e o mercado ainda tem no radar a ligação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump.

    Às 12h16, a moeda recuava 0,29%, a R$ 5,320, na contramão do exterior. Lá fora, a renúncia do novo primeiro-ministro da França e a possibilidade da eleição de uma premiê nacionalista no Japão têm aumentado a percepção de risco político e impulsionado a divida norte-americana em relação às de economias fortes.

    Já a Bolsa recuava 0,35%, a 143.693 pontos.

    Em evento que integra o ciclo “O Brasil na visão das lideranças públicas”, iniciado em 2024, Gabriel Galípolo afirmou que a dispersão da inflação tem recuado depois de atingir um nível “bastante elevado” em abril.

    Esse processo, porém, tem se concentrado nos preços de bens, com a inflação de serviços seguindo em nível incompatível com a meta. O presidente do BC ainda destacou que as expectativas inflacionárias do mercado apontam para uma inflação acima da meta de 3% até 2028, segundo o Boletim Focus -um indicativo “bastante incômodo” para o BC.

    No relatório divulgado nesta segunda, economistas ouvidos pelo BC esperam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação do país, feche 2025 em 4,8%. Para 2026, a projeção é de 4,28%.

    O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Galípolo reiterou que o BC persegue os 3%, vislumbrando a manutenção da taxa Selic em um patamar restritivo por um período prolongado a fim de atingir o objetivo.

    O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu por manter a Selic inalterada em 15% ao ano pela segunda vez consecutiva na última reunião, em setembro. A política monetária, de acordo com o colegiado, entrou em uma nova fase: agora, os dirigentes irão observar os efeitos acumulados dos juros altos sobre a economia, antevendo um período de manutenção do atual patamar por tempo indeterminado.

    A perspectiva de juros altos por mais tempo favorece a renda fixa brasileira, ainda que o Ibovespa tenha batido sucessivos recordes nominais no mês de setembro. A injeção de ânimo na renda variável doméstica deriva da chegada de investidores estrangeiros aqui, depois que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) cortou os juros pela primeira vez no ano, também na reunião de setembro.

    A continuidade do ciclo de cortes, no entanto, depende da evolução da economia norte-americana. O mercado espera novas reduções até dezembro, mas a paralisação do governo limita a visibilidade dos agentes ao congelar a divulgação de novos dados. O relatório de emprego “payroll”, por exemplo, estava previsto para sexta-feira e foi adiado indefinidamente.

    Sem os números oficias, o mercado se ampara em publicações laterais e em falas de autoridades. Na quarta, a ata da última reunião de política monetária do Fed será publicada, e investidores seguirão atento a pistas sobre os próximos da autoridade.

    A agenda da semana é relativamente leve, na visão de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad. “Destaque para as expectativas de inflação do Fed de Nova York na terça-feira, a divulgação da ata do Fed na quarta e o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan na sexta. Ao longo da semana, vários dirigentes do Fed discursam, entre eles [o presidente] Jerome Powell, podendo oferecer novas pistas sobre a trajetória da política monetária”, afirma.

    O mercado ainda repercute a ligação entre os presidentes Lula e Donald Trump nesta manhã.

    A conversa foi “positiva”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também participou da reunião.

    “Uma nota vai sair daqui a pouquinho do Palácio [do Planalto] sobre o tema, dando os detalhes que foram pactuados”, afirmou.

    No mês passado, ao discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Trump disse que teve “bastante química” com Lula e que havia combinado de ter uma reunião com o brasileiro durante um rápido encontro nos bastidores do evento.

    As falas de Trump seguiram a esteira de um aumento nas tensões entre Brasil e EUA. O presidente norte-americano anunciou tarifas comerciais de 50% sobre uma série de exportações e seu governo impôs sanções e revogou vistos de autoridades brasileiras, tendo a seara política como principal motivação. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, foi alvo da Lei Magnistiky por seu papel como relator nos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    “No momento, o mercado aguarda o resultado dessa ligação, que pode determinar o rumo da relação entre Brasil e EUA, o nosso segundo maior parceiro comercial. Isso pode afetar tanto o câmbio quanto os ativos em Bolsa que operam no exterior”, diz Dante Araújo, especialista da Valor Investimentos.
    A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês também segue no radar dos investidores. O projeto ainda precisa passar pelo Senado Federal antes de começar a valer em 2026, e a expectativa é que ele seja aprovado sem grandes intercorrências.

    O projeto levantou temores de ingerência fiscal no ano passado, o que, entre outros fatores, levou o dólar ao recorde histórico de R$ 6,20. Mais do que a isenção em si, o mercado temia que o texto fosse desidratado na Câmara sem uma compensação para a perda de receita, desequilibrando as contas públicas e impondo dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida do governo.

    Mas, mesmo com a medida compensatória de taxação dos superricos, investidores seguem temerosos. Circulam pelas mesas de operação rumores de que o governo Lula estaria estudando a possibilidade de um programa federal para implementar tarifa zero em transporte coletivo de passageiros em todo o Brasil.

    Há o receio de que iniciativas como essa possam se multiplicar com a proximidade do ano eleitoral, gerando mais gastos para o governo.

    “Essa ideia tem causado certa preocupação entre investidores. A questão fiscal tem sido um tema sensível, ainda que mais no ano passado do que nesse, e rumores como esse aumentam a percepção de risco sobre os ativos brasileiros”, comenta Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

    “Mas essa discussão sobre as tarifas zero parece ainda um pouco incipiente.”

    Dólar e Bolsa caem, com mercado atento a falas de Galípolo e ligação entre Lula e Trump

  • Trump diz a Lula que Brasil e EUA se darão bem juntos

    Trump diz a Lula que Brasil e EUA se darão bem juntos

    Donald Trump afirma ter gostado de conversar com o presidente brasileiro; Lula disse que o contato representa uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis” dos dois países

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter gostado da conversa que teve na manhã desta segunda-feira (6), por telefone, com o presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Nossos países se darão muito bem juntos”, postou ele em sua rede social.

    “Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal [abrange] a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos!”, afirmou Trump.

    O diálogo entre os dois chefes de Estado foi por videoconferência, e durou cerca de 30 minutos. 

    Na oportunidade, Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros.

    Tom amistoso

    “Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU [Organização das Nações Unidas]. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro”, informou o Palácio do Planalto.

    A ligação telefônica ocorreu por iniciativa de Trump. Os dois presidentes chegaram a trocar números de telefones para estabelecer uma via direta de comunicação.

    Na conversa, Lula disse que o contato representa uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.

    Sobretaxa

    Ele recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Na sequência, solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos nacionais, além das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.

    “O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad”, informou o Palácio do Planalto.

    Os dois presidentes concordaram em se encontrar pessoalmente em breve. Lula sugeriu que a reunião seja durante a Cúpula da Asean, na Malásia. Ele reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém, em novembro, e se dispôs também a viajar aos Estados Unidos.

    Trump diz a Lula que Brasil e EUA se darão bem juntos

  • Suécia compra 4 aeronaves C-390 Millennium da Embraer, com opção de outras 7

    Suécia compra 4 aeronaves C-390 Millennium da Embraer, com opção de outras 7

    Com a aquisição, a Suécia se torna mais um membro da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a se juntar à parceria estratégica já estabelecida pela Holanda e Áustria, que encomendaram aeronaves ao Brasil

    A Embraer informou nesta segunda-feira, 6, que vendeu quatro aeronaves multimissão C-390 Millennium para a Suécia. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o contrato também inclui outras sete opções de compra adicionais, “abrindo caminho para futuras aquisições por outras nações europeias.”

    “Este importante marco para a defesa na Europa faz parte de uma parceria trilateral mais ampla entre Áustria, Suécia e Holanda, com o objetivo de promover aquisições conjuntas, interoperabilidade e cooperação de longo prazo em torno da plataforma C390 Millennium”, informou a Embraer.

    Segundo a Embraer, com esta aquisição, a Suécia se torna mais um membro da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a se juntar à parceria estratégica já estabelecida pela Holanda e Áustria, que encomendaram coletivamente nove C-390s em 2024.

    “Esta aquisição é um grande marco na modernização e fortalecimento da Força Aérea Sueca. Com o C-390 Millennium, acredito que aumentaremos nossa eficiência operacional ao mesmo tempo em que aprimoraremos a interoperabilidade com nossos parceiros europeus”, diz Pål Jonson, Ministro da Defesa da Suécia, em nota.

    O presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, disse que essa parceria reforça a crescente reputação da aeronave como o novo padrão para transporte aéreo tático na Europa e entre as nações da OTAN. “Com o C-390 Millennium, a Embraer reuniu o melhor da tecnologia aeroespacial para fornecer à Suécia uma aeronave capaz de realizar as missões mais exigentes – a qualquer hora, em qualquer lugar.”

    Segundo a Embraer, a frota atual em operação demonstrou uma taxa de capacidade de missão de 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%. “O C-390 pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, operando em pistas temporárias ou não pavimentadas, como terra batida, solo e cascalho.”

    Suécia compra 4 aeronaves C-390 Millennium da Embraer, com opção de outras 7

  • Conversa entre Lula e Trump foi positiva, diz Haddad

    Conversa entre Lula e Trump foi positiva, diz Haddad

    O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad foi um dos auxiliares do presidente Lula que acompanhou a videoconferência entre os chefes de Estado

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta segunda-feira (6) que a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi positiva.

    “Vou ser parcimonioso. Vai sair uma nota daqui a pouquinho do Palácio [do Planalto] sobre o tema, dando os detalhes que foram pactuados”, disse Haddad. “O presidente já recomendou a divulgação de uma nota.”

    Questionado por jornalistas se o encontro virtual foi bom do ponto de vista econômico, Haddad se limitou a dizer que foi “positivo”.

    Em nota, o governo disse que Lula solicitou a retirada da sobretaxa aplicada pelos EUA a produtos brasileiros. “[O presidente Lula]… recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras”, afirmou.

    Sob Trump, o governo dos EUA impôs um tarifaço de 50% sobre uma série de produtos brasileiros, com exceções para diversos, como o de aviação (sujeito atualmente a uma tarifa linear de 10%). Ao defender o fim do tarifaço, Lula levantou argumentos já utilizados por autoridades brasileiras.

    A conversa por videoconferência durou cerca de 30 minutos e teve “tom amistoso”, de acordo com o comunicado divulgado pelo Planalto.

    O telefonema ocorreu cerca de duas semanas depois de aceno feito por Trump a Lula na Assembleia-Geral da ONU. Durante seu discurso, o republicano revelou que havia conversado com o brasileiro nos bastidores do evento e que houve excelente química entre eles. “Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro”, diz trecho da nota.

    Além de Haddad, também participaram da conversa telefônica o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o chanceler Mauro Vieira, o ministro Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação da Presidência) e Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais.

    Do lado americano, Trump designou o seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com os auxiliares de Lula.

    Ainda segundo a nota do Planalto, os líderes dos dois países concordaram em se encontrar pessoalmente em breve. Lula sugeriu como opção uma reunião na cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia, entre 26 e 28 de outubro, mas também se dispôs a viajar aos EUA.

    O brasileiro ainda reiterou o convite para o americano participar da COP30, em Belém, em novembro. Antes da videoconferência, integrantes do governo diziam que um encontro presencial entre os dois presidentes poderia ocorrer em um terceiro país. O petista tem ao menos duas viagens internacionais neste ano.

     

    Conversa entre Lula e Trump foi positiva, diz Haddad

  • Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,48 para R$ 5,45, projeta Focus

    Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,48 para R$ 5,45, projeta Focus

    A projeção para a moeda americana no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,56. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,60. A estimativa para o fim de 2028 também seguiu em R$ 5,56 Um mês antes, era de R$ 5,56

    A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu de R$ 5,48 para R$ 5,45. Um mês antes, era de R$ 5,55. A estimativa intermediária para o fim de 2026 passou de R$ 5,58 para R$ 5,53. Um mês antes, era de R$ 5,60.

    A projeção para a moeda americana no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,56. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,60. A estimativa para o fim de 2028 também seguiu em R$ 5,56 Um mês antes, era de R$ 5,56.

    A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

     

    Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,48 para R$ 5,45, projeta Focus

  • Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 permanece de 2,16%

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 permanece de 2,16%

    As projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira seguem estáveis, mas o Banco Central reduziu sua estimativa para 2025, citando incertezas ligadas ao impacto das tarifas dos EUA e à desaceleração da atividade doméstica, parcialmente compensadas pelo avanço da agropecuária e da indústria extrativa.

    A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu de 2,16%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando apenas as 31 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa subiu de 2,17% para 2,19%.

    O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

    A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também ficou estável, de 1,80%. Um mês antes, era de 1,85%. Considerando só as 29 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,80% para 1,79%.

    A mediana para o crescimento do PIB de 2027 seguiu de 1,90%. Quatro semanas antes, era de 1,88%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 82ª semana seguida.

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 permanece de 2,16%

  • Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,00%; fim de 2026 segue em 12,25%

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,00%; fim de 2026 segue em 12,25%

    Projeções do boletim Focus indicam estabilidade da taxa Selic em 15% até o fim de 2025, refletindo a cautela do Banco Central diante de um cenário de incertezas econômicas. Expectativas para 2026, 2027 e 2028 também permanecem inalteradas, segundo o relatório

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 15ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.

    Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

    O colegiado detalhou que, “na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

    Considerando apenas as 35 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano continuou em 15,0%.

    A mediana para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,25%. Considerando só as 35 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana permaneceu em 12,0%.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 34ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 41ª semana consecutiva.

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,00%; fim de 2026 segue em 12,25%

  • EUA sob Trump desaceleram, e 'caça' a imigrantes distorce taxa de desemprego

    EUA sob Trump desaceleram, e 'caça' a imigrantes distorce taxa de desemprego

    Sob Donald Trump, a economia dos Estados Unidos perdeu força, mas o mercado de trabalho segue aquecido por causa da redução na entrada de imigrantes. A combinação de tarifas, inflação persistente e restrições à imigração gera incerteza e pressiona o Federal Reserve em sua política de juros

    (FOLHAPRESS) – A economia norte-americana perdeu ímpeto sob o presidente Donald Trump, mas o emprego ainda mostra alguma resiliência devido a uma disrupção na oferta de mão de obra dos imigrantes.

    Após crescer 2,8% em 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve desacelerar para 1,8% neste ano, segundo previsões de mercado e de órgãos internacionais. Em dezembro, antes da posse do republicano e da imposição de tarifas, havia expectativa de crescimento de até 3%.

    A perda de ritmo na maior economia do mundo -US$ 29,2 trilhões (US$ 2,2 trilhões no Brasil)- ocorre em meio a pressões inflacionárias persistentes, sobretudo no gigantesco setor de serviços, que representa quase 80% do PIB.

    Em agosto, enquanto a inflação geral anual foi de 2,9%, ela rondava 3,6% nos serviços (exceto energia) e 3,2% no setor de alimentos. A meta perseguida pelo Fed, o banco central americano, é 2% ao ano.

    A questão central hoje não é quando a inflação cairá, mas se ela voltará a subir antes que o crescimento desacelere decisivamente. Isso pode colocar em xeque a intenção do Fed de seguir baixando os juros até 2026. Em setembro, a taxa foi reduzida em 0,25 ponto, para uma banda entre 4% e 4,25% anuais -mas Trump pressiona o Fed para que acelere os cortes.

    As duas políticas mais agressivas do republicano neste início de mandato -tarifas e perseguição a imigrantes- estão diretamente relacionadas ao quadro de incerteza.

    Para Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, muitas empresas estão diminuindo margens de lucro para absorver o impacto das tarifas, mas isso teria um limite.

    “Com o tempo, todos começarão a repassar custos, que aparecerão nos preços. Isso provavelmente elevará a inflação para 3,5% ou 4% no final deste ano. Há um debate sobre o quanto o Fed deveria se incomodar: por um lado, [o impacto] seria temporário e eles não deveriam se importar; por outro, estão preocupados com sua credibilidade após permitirem a grande inflação pós-pandemia”, diz.

    Professor em Harvard, o economista afirma que o Fed poderá optar por apenas mais um corte nos juros neste ano “por razões políticas”. Ele diz que a economia terá de desacelerar para conter os preços, mas não vê chance de recessão nos próximos meses.

    Enquanto o choque tarifário encarece produtos e matérias-primas importados, o combate à imigração reduz a oferta de mão de obra, distorcendo o mercado de trabalho.

    Segundo o Fed regional de São Francisco, os EUA terão saldo positivo líquido entre entradas e saídas de apenas 1 milhão de imigrantes neste ano -1,6 milhão e 2,6 milhões a menos que em 2024 e 2023, respectivamente. Entre 2022 e 2024, os imigrantes contribuíram com mais da metade do total de novos trabalhadores.

    A diminuição dessa oferta de trabalho, segundo o IIF (Instituto de Finanças Internacionais, que reúne 400 instituições financeiras), cria a ilusão de que o mercado laboral está aquecido, mas o que falta são pessoas para preencher vagas.

    Isso ocorre principalmente em estados dependentes de imigrantes, como Califórnia, Texas, Flórida e Nova York. Neles, a taxa de desemprego está menor que em estados menos dependentes da imigração. Enquanto o aumento salarial diminui em nível nacional, há aceleração nas regiões dependentes de imigrantes.

    Para Marcello Estevão, diretor-gerente do IIF, essa fragmentação implica que o Fed precisa interpretar os agregados nacionais com cautela, pois a taxa de desemprego geral (4,3% em agosto) pode indicar um mercado de trabalho mais frágil do que se supõe.

    “O ponto é que há fraqueza suficiente no emprego e no crescimento deste ano, que vai impor disciplina na formação de preços. O choque das tarifas pode até ser limitado sobre a inflação, mas ainda assim obrigará o Fed a uma calibragem paulatina [no corte de juros]”, diz. O IIF prevê crescimento entre 1,4% e 1,5% neste ano, metade da evolução do ano passado.

    \José Júlio Senna, ex-diretor do Banco Central e pesquisador do Ibre-FGV, concorda que a inflação segue pressionada, o que poderá atrapalhar o plano do Fed de cortar juros. Ele põe em dúvida, porém, a dimensão da desaceleração.

    Senna afirma que um dos principais indicadores observados pelo banco central dos EUA são as Vendas Finais para Compradores Domésticos, que destaca gastos e investimentos de residentes e empresas, deduzindo a variação de estoques privados.

    Após desaceleração entre janeiro e março frente às incertezas com a chegada de Trump, o indicador subiu 2,9% anualizados no segundo trimestre, próximo à média de 3% observada em 2023 e 2024 -quando a inflação fechou em 3,4% e 2,9%, respectivamente.

    “Por enquanto, a desaceleração não é significativa, e o Fed precisará manter a preocupação com os preços”, diz.

    Apesar dos ventos contrários de curto prazo, a economia dos EUA continua ostentando vantagens estruturais. Neste ano, o trabalhador americano médio deve gerar cerca de US$ 171 mil em produção, em comparação com US$ 120 mil na zona do euro e US$ 96 mil no Japão (considerando a paridade de poder de compra).

    Apesar da expectativa de crescimento menor, o mercado de ações também segue batendo recordes, mas pode haver distorção pelo peso e valorização das empresas de tecnologia. Hoje, as sete maiores companhias do ramo nos EUA valem juntas mais do que as bolsas de valores de Reino Unido, Canadá, Alemanha e Japão combinadas.

     

    EUA sob Trump desaceleram, e 'caça' a imigrantes distorce taxa de desemprego

  • 'A gente não pode errar', diz Lula sobre conversa com Trump

    'A gente não pode errar', diz Lula sobre conversa com Trump

    Lula classificou como “extraordinariamente boa” a conversa por telefone com Donald Trump e afirmou ter ficado surpreso com a cordialidade do republicano. O presidente brasileiro cobrou o fim das tarifas e das punições a ministros, destacando a importância de uma relação equilibrada entre os dois países

    (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a conversa que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (6), como “extraordinariamente boa” e disse ter ficado surpreso com a cordialidade com que foi tratado pelo republicano. Afirmou ainda que os dois não podem errar na negociação para evitar sofrimento da população dos dois países.

    Em entrevista à TV Mirante, do Maranhão, o presidente disse ter cobrado de Trump a suspensão das tarifas aos produtos brasileiros. Também exigiu a retirada das medidas de retaliação a ministros brasileiros, como a suspensão de vistos.

    “Eu falei para ele: para a gente começar a conversar, é importante que comece a ver o zeramento da taxação e a isenção de punição aos nossos ministros. A gente tem que começar a discutir com um pouco de verdade. Eu não sei quais as informações que o senhor tem sobre o Brasil, mas é importante que a gente converse olho no olho para a gente mostrar o que está acontecendo”, disse.

    O presidente também disse ter afirmado a Trump que o Brasil é um dos três países do G20 deficitário na relação comercial com os Estados Unidos, ao lado de Austrália e Reino Unido.

    Por fim, afirmou que o Brasil e os Estados Unidos têm que ser um exemplo para o mundo, destacou os 200 anos de relação diplomática entre os dois países e se disse otimista com as negociações.

    “Acho que ele entendeu, fiquei bastante surpreso com a cordialidade dele. São dois homens de 80 anos com muita responsabilidade, com muita experiência. A gente não pode errar. Nem o povo americano nem o povo brasileiro podem sofrer por conta de erros nossos”, afirmou.

    Mais cedo, Trump disse a ligação com o presidente Lula foi “muito boa” e disse que vários assuntos foram discutidos, mas os principais foram economia e comércio.

    “Esta manhã, tive uma ligação telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países”, disse o presidente americano em post no Truth Social.

    De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, Trump designou seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com autoridades brasileiras sobre o tema. Ambos os líderes concordaram ainda em realizar uma reunião presencial em breve.

    Lula esteve nesta segunda-feira na cidade de Imperatriz, no Maranhão, para participar da cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento do governo federal foi de R$ 358,6 milhões e deve atender cerca de 11 mil pessoas.

    'A gente não pode errar', diz Lula sobre conversa com Trump