Categoria: MUNDO

  • Família francesa tem barco afundado por sete orcas no Atlântico; vídeo

    Família francesa tem barco afundado por sete orcas no Atlântico; vídeo

    A embarcação, que iniciava uma expedição pelo Atlântico, foi atingida repetidas vezes pelos animais até ser destruída. Adrien Deparis, sua companheira e as duas filhas pequenas conseguiram se salvar após passarem horas à deriva, sendo resgatados por pescadores.

    Uma família francesa viveu momentos de desespero ao ter seu barco afundado por um grupo de orcas na costa de Portugal, no último dia 10 de outubro. A embarcação, que iniciava uma expedição pelo Atlântico, foi atingida repetidas vezes pelos animais até ser destruída. Adrien Deparis, sua companheira e as duas filhas pequenas conseguiram se salvar após passarem horas à deriva, sendo resgatados por pescadores.

    O episódio ocorreu pouco depois das 18h (horário local), quando a família, que havia partido de Mayenne, iniciava a primeira etapa da viagem planejada há cerca de um ano. De acordo com Adrien, sete orcas cercaram o barco e começaram a golpeá-lo com as cabeças e as caudas, concentrando os ataques principalmente no leme e na estrutura inferior da embarcação.

    “Elas batiam sem parar. Foi quando percebi que o barco ia afundar”, contou Adrien à rede francesa BFMTV, em entrevista divulgada nesta sexta-feira (11).

    Le bateau d’une famille française attaqué par des orques au large du Portugal pic.twitter.com/NuDvZVFAxh

    — BFMTV (@BFMTV) October 24, 2025 ” target=”_blank” rel=”noopener”>

    Em poucos minutos, o sistema de direção foi destruído e a cabine começou a encher de água. Diante da gravidade da situação, a família acionou os guardas costeiros portugueses, que enviaram um barco e um helicóptero para tentar localizá-los. O resgate, no entanto, demorou a chegar, e os quatro precisaram lutar para sobreviver enquanto as orcas permaneciam por cerca de 40 minutos próximas à embarcação, circulando o barco e provocando mais danos.

    “Entramos em modo de sobrevivência”, relatou Adrien. Segundo ele, o bote salva-vidas se soltou no meio da confusão, obrigando-o a mergulhar no mar para recuperá-lo, enquanto tentava manter a calma das filhas.

    Após horas de busca, os quatro foram encontrados e resgatados por um barco de pesca, que os levou em segurança até a costa. “Quando subimos a bordo, foi muito emocionante. Ver nosso barco desaparecer foi doloroso, mas o mais importante é que estamos vivos. Perdemos tudo, mas continuamos juntos”, declarou Adrien.

    Comportamento das orcas

    O caso reacende o debate sobre o comportamento das orcas ibéricas, que têm sido observadas interagindo com embarcações nas costas de Portugal e Espanha com frequência crescente. Embora os episódios causem medo entre navegadores, especialistas afirmam que não se trata de ataques deliberados.

    De acordo com Christine Grandjean, presidente da associação C’est Assez!, as orcas podem agir por curiosidade ou aprendizado coletivo, e não com intenção de causar danos.

    “Não há agressividade nem vontade de machucar. Nenhum humano jamais foi atacado por orcas”, explicou Grandjean.

    Pesquisas recentes sugerem que esses mamíferos marinhos podem estar desenvolvendo novas técnicas de interação com embarcações, especialmente envolvendo o leme, uma das partes mais vulneráveis dos barcos. Os cientistas ainda tentam entender as razões desse comportamento, que pode estar ligado à exploração territorial ou ao simples jogo entre os animais.

    Apesar do susto, a família francesa não sofreu ferimentos. O caso se soma a dezenas de outros incidentes semelhantes registrados desde 2020, especialmente entre as costas da Galícia, Espanha, e o sul de Portugal, regiões que concentram rotas de navegação e populações de orcas residentes.

    Autoridades marítimas alertam navegadores a manter distância dos animais e a evitar manobras bruscas em caso de aproximação.

    Família francesa tem barco afundado por sete orcas no Atlântico; vídeo

  • Fantasma? Câmaras de vigilância de castelo inglês captam figura sem rosto

    Fantasma? Câmaras de vigilância de castelo inglês captam figura sem rosto

    Um dos guardas do Castelo de Chester foi alertado para um possível intruso, após serem detectados movimentos estranhos nas câmaras de vigilância. Ao chegar, o guarda sentiu como se “centenas de olhos” estivessem pousados sobre ele. Mas não estava lá ninguém.

    O Halloween está chegando — e com ele, começam a surgir histórias estranhas, macabras… daquelas que fazem a gente se perguntar: será que o sobrenatural realmente existe?

    Essa dúvida passou pela cabeça dos funcionários do Castelo de Chester, em Cheshire, na Inglaterra, depois de um incidente curioso na propriedade.

    Certo dia, a sala de controle de segurança do castelo detectou movimentos estranhos no terreno. Como manda o protocolo, um dos seguranças foi acionado para verificar se havia algum intruso e garantir que tudo estava em ordem.

    Ao chegar ao local, o guarda teve a sensação de que “centenas de olhos” estavam observando-o. Dentro do carro, o seu cão — normalmente corajoso e “do tamanho de um pequeno urso” — encolheu-se, começou a gemer baixinho e se recusou a sair do veículo.

    O segurança ficou “genuinamente apavorado”: não havia ninguém lá.

    Mesmo assim, a sala de controle insistiu que havia detectado movimento. Apesar do medo, ele refez a ronda, sem encontrar nada.

    Mais tarde, ao revisar as imagens, a equipe descobriu o motivo do alerta: uma figura encapuzada, aparentemente sem rosto, caminhando pela chuva.

    A história foi contada pela English Heritage, agência de preservação cultural responsável pelo castelo e por diversos monumentos históricos na Inglaterra, em entrevista ao The Guardian.

    A instituição não confirmou que a figura seria um fantasma… mas também não negou. A imagem, aliás, ilustra o topo do artigo original.

     
    Relatos de fantasmas se espalham pelo país

    O vídeo foi captado após a English Heritage pedir que funcionários relatassem experiências estranhas — sons inexplicáveis, aparições ou fenômenos em propriedades históricas. O pedido fazia parte de uma campanha de Halloween, criada para atrair o público aos monumentos.

    Contudo, a resposta dos trabalhadores foi além do esperado.

    Em Belsay Hall, em Northumberland, foi encontrada uma mão humana — apenas a mão, sem qualquer sinal do resto do corpo.

    Em Bedfordshire, próximo a Wrest Park, funcionários afirmam ter visto um grupo de soldados desaparecendo na floresta ao redor. E na escadaria da propriedade, mesmo depois de todos os visitantes irem embora, ouve-se constantemente o som de uma bola quicando.

    A cerca de duas horas dali, no Castelo de Bolsover, em Derbyshire, os funcionários relatam ouvir música de piano vinda das paredes — embora não exista nenhum piano no local.

    E esse não é um caso isolado. A gerente da propriedade, Louise Fountain, contou que há tantos relatos semelhantes que o castelo mantém um “caderno de fantasmas”, onde visitantes e funcionários podem registrar suas experiências sobrenaturais.

    “Temos um livro de fantasmas”, contou Louise. “Assim, quando as pessoas dizem que viveram algo estranho, nós registramos — e às vezes, elas até desenham o que viram.”

    “Já tivemos visitantes passeando pelos jardins que, de repente, sentiram a mão de uma criança segurando a deles — o que é muito assustador”, acrescentou. “Alguns até dizem que foram empurrados… por ninguém.”
     
    “Histórias de fantasmas ajudam a entender nossa relação com os mortos e com o passado”

    O curador de história da English Heritage, Michael Carter, explicou que esses relatos fazem parte de uma tradição secular de histórias de fantasmas associadas a locais históricos na Inglaterra.

    “Isso não é apenas uma coleção de histórias modernas. As pessoas podem acreditar ou não em fantasmas, mas, como historiador, vejo uma nova e extraordinária evolução da tradição de narrativas sobrenaturais associadas a ruínas e lugares históricos — algo que remonta ao século XVI”, afirmou.

    Carter contou que seu próprio avô foi zelador do Abbey House Museum, em Kirkstall Abbey, Leeds — outro local histórico.

    “Quando trabalhava à noite, ele levava sua cadela pequinesa, e ela sempre ficava parada no fim de uma escada em espiral, rosnando para o topo. Eu ouvi essa história antes mesmo de entrar na escola, e ela me marcou. Demorei muito para conseguir subir aquela escada”, recordou.

    O historiador concluiu dizendo que contar histórias de fantasmas é uma forma simbólica de compreender nossa relação com os mortos e com o passado.

    Essas narrativas, explicou ele, nasceram como alertas para afastar saqueadores de locais sagrados — dizendo que os espíritos puniriam quem profanasse tais lugares. No século XVIII, com o surgimento da arte gótica, as ruínas inglesas passaram a ser associadas a essas histórias de assombração — tradição que logo se espalhou também pela literatura, com obras como Drácula, de Bram Stoker.

    Fantasma? Câmaras de vigilância de castelo inglês captam figura sem rosto

  • Rainha-mãe da Tailândia morre aos 93 anos

    Rainha-mãe da Tailândia morre aos 93 anos

    A rainha Sirikit, mãe do rei Vajiralongkorn da Tailândia, morreu na noite de sexta-feira aos 93 anos, anunciou o Gabinete da Casa Real.

    A rainha-mãe da Tailândia faleceu “tranquilamente” em um hospital de Bangkok às 21h21 (horário local) da sexta-feira, segundo um comunicado oficial.

    Sirikit, que estava hospitalizada desde 2019, sofreu uma infecção no sangue neste mês, informou a mesma fonte.

    Durante mais de seis décadas, a rainha Sirikit foi casada com o rei Bhumibol Adulyadej, que faleceu em 2016 e foi o monarca com o reinado mais longo da história da Tailândia.

    As aparições públicas da rainha tornaram-se raras desde 2012, quando ela sofreu um acidente vascular cerebral.

    O rei Vajiralongkorn emitiu “uma ordem real para que o Gabinete da Casa Real organize o funeral com as mais altas honras, de acordo com a tradição real”, determinando ainda que o corpo da rainha-mãe repouse na Sala do Trono Dusit Maha Prasat, no Grande Palácio.

    O aniversário de Sirikit, celebrado em 12 de agosto, é reconhecido em todo o país como o Dia das Mães. Nessa data, prédios públicos, escritórios, shoppings e residências exibem retratos em homenagem à soberana.

    Sirikit tornou-se mundialmente conhecida por seu sorriso constante e por seu estilo elegante, frequentemente usando vestidos de seda tailandesa.

    Dentro da Tailândia, a rainha dedicou-se a apoiar várias fundações reais e organizações paramilitares que, durante a Guerra Fria, defenderam a monarquia da ameaça do comunismo, segundo a agência de notícias EFE.

    Nascida em 1932 em uma família aristocrática, Sirikit estudou em Bangkok até os 14 anos, quando se mudou para a Europa, acompanhando o pai, o príncipe Nakkhatra, que servia como embaixador em diversos países.

    Ela conheceu Bhumibol em Paris, e os dois se aproximaram quando Sirikit passou a visitá-lo com frequência durante sua recuperação em um hospital de Lausanne, após um acidente de carro. Casaram-se em 28 de abril de 1950, na Tailândia — apenas sete dias depois da coroação de Bhumibol.

    O casal teve quatro filhos: Vajiralongkorn (nascido em 1952, atual rei desde 2016), e as princesas Ubolratana (1951), Sirindhorn (1955) e Chulabhorn (1957).

    Rainha-mãe da Tailândia morre aos 93 anos

  • EUA impõem sanções ao presidente da Colômbia e família; saiba o Porquê

    EUA impõem sanções ao presidente da Colômbia e família; saiba o Porquê

    A administração Trump impôs hoje sanções contra o Presidente da Colômbia, a sua família e um membro do seu governo, devido a acusações de envolvimento no comércio global de drogas.

    O Departamento do Tesouro aplicou sanções contra Gustavo Petro; sua esposa, Verónica del Socorro Alcocer García; seu filho, Nicolás Fernando Petro Burgos; e o Ministro do Interior da Colômbia, Armando Alberto Benedetti.

    Petro “permitiu que os cartéis de drogas prosperassem e se recusou a interromper essa atividade”, disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado.

    “O presidente Trump está tomando medidas firmes para proteger nossa nação e deixar claro que não toleraremos o tráfico de drogas para nosso país”, acrescentou Bessent.

    A medida intensifica um confronto crescente entre o presidente republicano dos EUA e o primeiro líder de esquerda da Colômbia, especialmente por causa dos ataques americanos — que resultaram em mortes — a supostos barcos transportando drogas na América do Sul.

    O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, confirmou hoje que ele, seus filhos e sua esposa constam na lista do Office of Foreign Assets Control (Ofac) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, conhecida como “Lista Clinton”, algo que classificou como um “paradoxo” e atribuiu à sua luta contra o narcotráfico.

    “Lutar contra o narcotráfico durante décadas e com eficácia me traz essa medida do governo da sociedade que tanto ajudamos a conter o consumo de cocaína”, escreveu Petro na rede social X, em um momento de escalada de tensões entre a Colômbia e os Estados Unidos devido ao combate às drogas.

    “Um verdadeiro paradoxo, mas sem dar um passo atrás e nunca de joelhos”, afirmou Petro.

    A administração Trump expandiu sua repressão para o Oceano Pacífico oriental, onde grande parte da cocaína dos maiores produtores mundiais, incluindo a Colômbia, é contrabandeada, com o destacamento de forças militares para a região.

    O Exército dos EUA está enviando um porta-aviões para as águas da América do Sul, anunciou hoje o Pentágono.

    Esperava-se que as sanções fossem aplicadas depois que Trump afirmou recentemente que cortaria a ajuda à Colômbia e imporia tarifas sobre suas exportações, referindo-se a Petro nas redes sociais, nos últimos dias, como “um líder do tráfico de drogas ilegal”. “É um cara que está produzindo muitas drogas”, disse Trump a repórteres na Sala Oval na quarta-feira.

    “É melhor ele tomar cuidado, ou tomaremos medidas muito sérias contra ele e seu país.”

    No mês passado, os EUA adicionaram a Colômbia — o maior destinatário de ajuda americana na região — à lista de nações que não cooperam na guerra contra as drogas, pela primeira vez em quase 30 anos.

    Depois de Trump acusá-lo de ter ligações com o tráfico de drogas, Petro disse na quarta-feira que recorrerá ao sistema judicial dos EUA para se defender. “Contra as calúnias que altos funcionários lançaram sobre mim em solo americano, defenderei juridicamente, com advogados americanos, nos tribunais dos EUA”, escreveu Petro no X, sem citar Trump, mas mencionando uma reportagem sobre os comentários dele.

    Um dia antes, a política antidrogas de Petro foi tema de uma reunião entre ele e o encarregado de negócios dos EUA na Colômbia, John T. McNamara. McNamara também se encontrou com a Ministra das Relações Exteriores, Rosa Yolanda Villavicencio Mapy, na quinta-feira.

    EUA impõem sanções ao presidente da Colômbia e família; saiba o Porquê

  • Trump volta à Ásia, mas é a Ásia que está 'de olho' nele. Porquê?

    Trump volta à Ásia, mas é a Ásia que está 'de olho' nele. Porquê?

    O chefe de Governo dos EUA, Donald Trump, visita a Malásia, o Japão e a Coreia do Sul, com os países a terem planos delineados para estas reuniões. Rumores de um encontro com o líder da Coreia do Norte surgiram também, e Trump mostrou-se “100%” disponível: “Ele sabe onde estou”.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou no fim desta semana uma viagem pela Ásia, tendo como primeira parada a Malásia. O líder norte-americano chegará ao país na manhã de domingo — ainda madrugada em Portugal continental — para o que será sua primeira viagem pelo continente asiático neste mandato.

    A visita ocorre meses depois de Washington abrir a possibilidade de uma guerra comercial, ao impor tarifas alfandegárias consideradas “recíprocas”. A medida, adotada em abril, mexeu com os mercados e gerou negociações, além de sucessivos adiamentos de sua aplicação — e acabou transformando Trump e seu famoso “quadro gigante” em alvos de memes.

    Embora as paradas na Malásia, Japão e Coreia do Sul estejam confirmadas, Trump ainda manifesta o desejo de ir além e se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

    Mas antes de Kim Jong-un, a agenda: o que Trump busca com esse trio de países?

    Malásia
    Ao chegar à Ásia, mais precisamente a Kuala Lumpur, Trump espera assinar um acordo comercial com a Malásia, onde também será firmado um acordo de paz entre o Camboja e a Tailândia — países que, nos últimos meses, aumentaram o tom das tensões entre si, resultando inclusive em mortes. Uma escalada na fronteira deixou pelo menos 50 mortos e centenas de milhares de deslocados.

    Trump chegou a ameaçar impor tarifas aos dois países caso não interrompessem os combates. Sob pressão, Camboja e Tailândia firmaram uma trégua, embora continuem se acusando mutuamente de violar o acordo. Essa foi uma das oito disputas que Trump afirma ter ajudado a encerrar — um dos argumentos que ele usa para justificar por que deveria receber um Prêmio Nobel da Paz.

    De acordo com o The New York Times, na Malásia Trump também se reunirá com pelo menos dez líderes regionais que participam da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Para os Estados Unidos, o Sudeste Asiático tem grande valor não apenas pelo tamanho de seu mercado, mas também por sua importância estratégica como um “bastião” contra a influência da China.

    O Sudeste Asiático também é vital para as empresas norte-americanas, muitas das quais transferiram suas operações da China para a região. Por outro lado, os EUA são um dos principais mercados para países como Vietnã, Filipinas e Tailândia — vizinhos atentos à natureza dos acordos que serão firmados entre Washington e Kuala Lumpur.

    Japão
    De lá, Trump segue para o Japão, onde se encontrará com a nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, a primeira mulher a ocupar o cargo no país. Em seu primeiro discurso sobre política geral do governo, na sexta-feira, Takaichi destacou o papel dos Estados Unidos:

    “A aliança nipo-americana continua sendo a pedra angular de nossa política externa e de segurança”, declarou, segundo a Agência France-Presse.
    A chefe de governo afirmou ainda que pretende “elevar as relações nipo-americanas a novos patamares”. Trump é esperado em Tóquio na segunda-feira. O Japão, inclusive, já antecipou em dois anos o cumprimento de algumas exigências de Washington, como destinar 2% do PIB ao setor de defesa.

    Coreia do Sul
    A viagem se encerra na Coreia do Sul, onde ocorrerá, em Gyeongju, uma reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) — o evento mais importante da presidência de Lee Jae Myung desde que ele assumiu o cargo em junho.

    Segundo o New York Times, as atenções estarão voltadas para um possível avanço nas negociações sobre tarifas. Desde a Guerra da Coreia, Washington e Seul mantêm uma estreita aliança, especialmente no enfrentamento da influência chinesa na região.

    A Coreia do Sul abriga a maior base militar dos EUA fora do país, e sua proximidade com a China e a Coreia do Norte é vista como uma vantagem estratégica para Washington.

    A economia sul-coreana, fortemente voltada para a exportação, depende bastante do comércio com a China — e, diferentemente de seu antecessor conservador, Lee busca evitar um confronto direto com Pequim. A reunião em Gyeongju será, portanto, um teste à habilidade diplomática do presidente sul-coreano.

    E quanto a Kim Jong-un?
    Apesar de a agenda oficial já estar definida, Trump tem manifestado interesse em se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Na sexta-feira, um funcionário norte-americano, sob anonimato, afirmou que o encontro “não está programado”.

    Antes disso, a Coreia do Sul havia dito que havia grande possibilidade de uma reunião entre os dois líderes. Segundo o ministro da Unificação de Seul, Chung Dong-young, a Coreia do Norte “parece estar prestando atenção” aos Estados Unidos.

    “Há vários sinais que sugerem uma forte possibilidade de encontro entre os dois líderes”, declarou o ministro.
    Ao embarcar para a Ásia, Trump falou com jornalistas sobre o assunto:

    “Estou 100% disponível para me encontrar com o líder norte-coreano. Dou-me muito bem com ele”, afirmou já a bordo do avião presidencial.
    Questionado antes de embarcar, respondeu de forma enigmática:

    “Ele sabe que eu estou indo até lá.”

    Trump volta à Ásia, mas é a Ásia que está 'de olho' nele. Porquê?

  • Coreia do Sul pede que Trump e Kim não percam oportunidade de encontro

    Coreia do Sul pede que Trump e Kim não percam oportunidade de encontro

    Imprensa americana noticiou que funcionários do governo americano estavam discutindo em caráter privado a organização de uma reunião entre Trump e Kim

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ministro da Unificação da Coreia do Sul convidou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para se encontrar com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante sua próxima visita à Ásia, instando os dois a aproveitarem uma rara chance de paz, afirmou a agência de notícias Yonhap nesta sexta-feira (24).

    Principal formulador de políticas de Seul para as relações entre as Coreias, Chung Dong-young, disse que o encontro pode ajudar a impulsionar a posição global do vizinho do norte e sua economia. “Os líderes da Coreia do Norte e dos EUA não devem perder esta oportunidade”, disse Chung à imprensa. “Eles precisam tomar uma decisão ousada.”

    Nos últimos dias, a imprensa americana noticiou que funcionários do governo americano estavam discutindo em caráter privado a organização de uma reunião entre Trump e Kim, embora muitos estivessem céticos de que o encontro aconteceria.

    Durante seu mandato anterior, o presidente dos EUA se encontrou três vezes com Kim antes de o processo de diálogo entre os dois líderes colapsar em 2019 devido a divergências sobre o fim do programa nuclear de Pyongyang e o levantamento de sanções.

    A Coreia do Norte está sob sanções da ONU e embargos de armas desde seu primeiro teste nuclear, em 2006. Embora as punições tenham reduzido o financiamento da ditadura para o desenvolvimento militar, a nação continuou avançando na construção de armas nucleares e poderosos mísseis balísticos.

    Autoridades em Seul, incluindo o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, têm se mostrado céticas quanto à possibilidade de uma nova reunião na próxima semana, mas receberam com satisfação a perspectiva de um avanço na diplomacia com Pyongyang, caso isso aconteça.

    Lee assumiu o cargo em junho, após uma eleição antecipada convocada depois que seu antecessor foi destituído em dezembro por tentar dar um golpe de estado. Na ocasião, prometeu adotar uma abordagem mais moderada em relação ao vizinho.

    Trump deixa Washington na noite desta sexta-feira (24) para uma viagem de cinco dias que abrange Malásia, Japão e Coreia do Sul -sua primeira visita à região desde que assumiu o cargo, em janeiro.

    Para Chung, a viagem é uma oportunidade de pular os preparativos e a coordenação normalmente necessários para um encontro entre os líderes. “Isso ajudaria a posição internacional da Coreia do Norte e melhoraria a vida de seu povo. (…) Para isso, a paz e a estabilidade precisam ser garantidas, e isso só é possível por meio de um encontro com o presidente Trump”, disse Chung, segundo a agência.

    Há cerca de um mês, Kim disse que estaria aberto a futuras conversas com os EUA, mas impôs como condição que Washington abandone a exigência de que o país asiático renuncie às armas nucleares. Antes disso, em agosto, Trump havia afirmado que gostaria de se reunir com o ditador sob a justificativa de que o conhecia “melhor que ninguém, quase, com exceção da irmã dele”.

    Coreia do Sul pede que Trump e Kim não percam oportunidade de encontro

  • EUA sancionam Petro e família e alegam ligação com tráfico de drogas

    EUA sancionam Petro e família e alegam ligação com tráfico de drogas

    Donald Trump chamou o presidente colombiano Gustavo Petro de “líder do tráfico de drogas ilícitas” no domingo e disse que os Estados Unidos cessariam “pagamentos e subsídios em larga escala” ao país sul-americano

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (24) que impuseram sanções contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, por apoio do país ao “tráfico global de drogas”. A primeira-dama, Verônica Garcia, e o filho do colombiano, Nicolás Petro, também foram alvos das medidas.

    Petro diz que “ameaça” do senador republicano Bernie Moreno foi cumprida. O líder colombiano afirmou que Dany Kovalik, dos EUA, será o seu advogado de defesa. Sanção contra Petro é por ele ter se envolvido ou tentado se envolver com atividades que representam risco para a proliferação internacional de drogas ilícitas, informou o Departamento do Tesouro dos EUA, em comunicado.

    Presidente também fez críticas aos Estados Unidos. Segundo Petro, a medida foi tomada mesmo após a Colômbia realizar o “combate efetivo ao narcotráfico há décadas” e a colaborar para o fim do uso de cocaína na sociedade norte-americana.

    Secretário do Tesouro diz que Petro permitiu que os cartéis de drogas prosperassem e não impediu essa atividade. Scott Bessent declarou que a produção de drogas na Colômbia teve o ritmo mais rápido em décadas após Petro assumir o país, provocando a inundação das substâncias nos EUA.

    Tesouro afirma que cocaína colombiana é comprada por cartéis mexicanos, que contrabandeiam as substâncias para os EUA. Em nota, o departamento acusa Petro de se aliar ao “regime narcoterrorista de Nicolás Maduro [Venezuela] e ao Cartel de Los Soles”.

    EUA sancionam Petro e família e alegam ligação com tráfico de drogas

  • EUA enviam maior porta-aviões do mundo à América Latina em escalada militar

    EUA enviam maior porta-aviões do mundo à América Latina em escalada militar

    Medida anunciada por autoridade do Pentágono aumenta pressão de Washington contra regime de Nicolás Maduro; deslocamento do USS Gerald R. Ford para o Oriente Médio em junho foi feito dias antes de ataque americano a instalações nucleares do Irã

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (24) que vão enviar o USS Gerald R. Ford, a maior classe de porta-aviões do mundo, e outras embarcações que o acompanham para a América Latina e o Caribe, em movimento que representa escalada da presença militar americana e da tensão na região.

    “A presença reforçada das forças americanas na área de responsabilidade do Comando Sul reforçará a capacidade dos EUA de detectar, monitoras e desmantelar atividades e atores ilícitos que comprometam a segurança e a prosperidade do território nacional dos Estados Unidos e nossa segurança no Hesmifério Ocidental”, escreveu Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, em publicação no X.

    A fala do porta-voz do Pentágono carrega o argumento de combate ao narcotráfico que tem sido usado pelo presidente americano, Donald Trump, para justificativa a explosão de embarcações na América Latina desde setembro, muito embora nenhuma evidência de que os barcos fossem ligados ao narcotráfico tenha sido apresentada —mesmo que fossem, a explicação usada pela Casa Branca para os ataques é nebulosa à luz do direito internacional.

    A presença do maior porta-aviões do mundo, que tem 333 metros de comprimento e capacidade para carregar até 90 aeronaves, no entanto, sugere outra coisa: maior pressão contra Maduro, que tem pedido paz a Trump após seguidas ameaças do presidente americano e ataqs no Caribe.

    Em junho, Trump ordenou o deslocamento do mesmo porta-aviões para perto do Oriente Médio em meio a momento de grande tensão entre Israel e Irã. Dias depois, os EUA executaram o ataque aéreo a instalações nucleares iranianas.

    O porta-aviões não chega sozinho. Sua escolta costuma conter de três a seis destróieres, um cruzador, navios de apoio e um submarino nuclear de ataque com funções defensivas —poder de fogo que por si só é maior do que a maioria das aeronáuticas e marinhas do mundo.

    EUA enviam maior porta-aviões do mundo à América Latina em escalada militar

  • Homem detona explosivo em estação de trem, e quatro pessoas morrem na Ucrânia

    Homem detona explosivo em estação de trem, e quatro pessoas morrem na Ucrânia

    Caso ocorreu próximo à fronteira com Belarus; suspeito havia sido detido recentemente por tentar deixar país ilegalmente; desde o início da guerra, milhares tentaram escapar, em alguns casos colocando suas vidas em risco

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Quatro pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em uma explosão numa estação de trem no norte da Ucrânia nesta sexta-feira (24). Segundo as autoridades, um homem que havia sido detido recentemente por tentar deixar o país de forma ilegal detonou um artefato durante uma verificação de documentos na estação ferroviária de Ovruch, cidade próxima à fronteira com a Belarus.

    Três mulheres morreram, sendo uma delas agente da guarda de fronteira e duas civis, de 29, 58 e 82 anos. O homem responsável pela explosão, de 23 anos, chegou a receber atendimento médico em uma ambulância, mas também morreu. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, ainda segundo as autoridades.

    As causas e circunstâncias do ataque ainda estão sendo investigadas. A imprensa local chegou a relatar que o agressor usou uma granada, mas o Ministério do Interior da Ucrânia afirmou à agência de notícias AFP que o tipo de artefato não foi confirmado.

    Imagens divulgadas pelo serviço de fronteira no Telegram mostram equipes de resgate atuando na plataforma e socorrendo as vítimas logo após a detonação. As autoridades não mencionaram qualquer relação do caso com a guerra em curso no país desde fevereiro de 2022.

    Desde o início da invasão russa, milhares de homens tentaram escapar de forma ilegal da Ucrânia, em alguns casos colocando suas vidas em risco. De acordo com dados da ONU, mais de 5,6 milhões de ucranianos se refugiaram no exterior desde 2022, a maioria em países da Europa.

    Em agosto, as autoridades ucranianas anunciaram uma mudança na lei marcial imposta desde o início da invasão. Desde então, homens de 18 a 22 anos podem deixar o país livremente, sem restrições, mesmo durante o período de guerra. Até então, cidadãos do sexo masculino de 18 a 60 anos estavam proibidos de deixar a Ucrânia, salvo em situações excepcionais.

    A primeira-ministra ucraniana, Iulia Sviridenko, escreveu em plataformas de mensagens na ocasião que a medida vale para todos os cidadãos dessa faixa etária, incluindo aqueles que já estão no exterior. Nesses casos, eles poderão retornar ao território ucraniano e voltar a sair sem impedimentos. Segundo ela, o objetivo é permitir que os cidadãos mantenham vínculos com seu país, mesmo durante o conflito.

    Homem detona explosivo em estação de trem, e quatro pessoas morrem na Ucrânia

  • Jovem é operado após engolir 100 ímãs; plataforma Temu investiga caso

    Jovem é operado após engolir 100 ímãs; plataforma Temu investiga caso

    Um jovem de 13 anos foi submetido a uma cirurgia ao intestino, na Nova Zelândia, depois de ter engolido cerca de 100 ímãs supostamente comprados na Temu, porém a comercialização dos objetos é proibida no país

    Um adolescente da Nova Zelândia de 13 anos foi submetido a uma cirurgia no intestino, depois de ter engolido cerca de 100 ímãs alegadamente comprados na plataforma Temu.

    Ao fim de quatro dias de dores abdominais, o menor foi levado para o Tauranga Hospital, de acordo com o caso relatado em um estudo divulgado esta sexta-feira (24), pelo New Zealand Medical Journal.

    “Ele disse que ingeriu aproximadamente 80 a 100 ímãs de alta potência, de 5 x 2 mm, cerca de uma semana atrás”, apontou o trabalho, citado pela AFP.

    Os investigadores detalharam ainda que os ímanes – que estão banidos no país desde janeiro de 2013 – teriam sido comprados na plataforma Temu.

    Os ímãs juntaram-se em quatro linhas retas dentro dos intestinos do menor e, de acordo com os profissionais de saúde, a pressão provocou a morte dos tecidos em quatro zonas do intestino delgado e do cego (início do intestino grosso).

    “Pareciam estar em partes separadas do intestino, aderidos uns aos outros devido às forças magnéticas”, indicaram.

    O menino foi operado, para que os tecidos mortos e os ímãs fossem removidos. Ao fim de oito dias hospitalizada, a criança pôde regressar a casa.

    “Este caso destaca não só os perigos da ingestão de ímãs, mas também os perigos do mercado online para a nossa população pediátrica”, consideraram os autores do artigo, Binura Lekamalage, Lucinda Duncan-Were e Nicola Davis.

    Os estudiosos sustentaram também que esta cirurgia pode ter complicações mais tarde, entre elas obstrução intestinal, hérnia abdominal e dor crônica.

    A Temu, por seu lado, abriu uma investigação para garantir que cumpre os requisitos de segurança na Nova Zelândia, ao mesmo tempo que lamentou a situação.

    “Iniciamos uma investigação interna e contactamos os autores do artigo da revista New Zealand Medical Journal para obter mais detalhes sobre o caso”, disse um porta-voz, em comunicado.

    A plataforma ressalvou, ainda assim, que não era possível, até ao momento, “confirmar se os ímãs envolvidos foram comprados através da Temu, nem identificar o produto em questão”.

    “As nossas equipes estão a analisar os produtos relevantes para garantir o cumprimento total dos requisitos de segurança locais”, assegurou.

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