Categoria: MUNDO

  • Jovem revela o "grande fator" que a levou acreditar que era Maddie McCann

    Jovem revela o "grande fator" que a levou acreditar que era Maddie McCann

    No seu primeiro depoimento em tribunal, Julia Wandelt frisou as diferenças físicas que tem de ambos os seus pais, dizendo que ambos se recusavam a lhe mostrar fotos de infância, a certidão de nascimento e a fazer um teste de DNA

    Pela primeira vez desde o início do julgamento, Julia Wandelt, acusada de perseguir a família de Madeleine McCann, alegando ser a criança desaparecida, falou em tribunal.

    Wandelt, questionada pelo seu advogado, começou por explicar quando e porque é que começaram a surgir as dúvidas quanto à sua própria identidade.

    “Quando eu era adolescente, comecei a fazer terapia, devido a níveis extremos de automutilação”, confessou a jovem de 24 anos. Foi nesta época que as dúvidas começaram a surgir.

    “A minha mãe tem cabelo e olhos castanhos. O meu pai tem cabelo escuro, agora grisalho, mas era escuro, e olhos castanhos também”, disse Wandelt, que tem cabelo e olhos claros e cujas memórias, segundo a própria, só começam a partir dos oito, nove anos.

    A partir daí as dúvidas só se intensificaram. Apesar de pedir para ver as suas fotografias de infância, durante vários anos, Wandelt disse que os seus pais sempre se recusaram a mostrar-lhe as imagens.

    Mais tarde, pediu para ver a sua certidão de nascimento “muitas vezes”: “Nunca me deixaram ver”.

    Nesta época, a jovem já acreditava ser adotada e, por isso, pediu aos pais para fazerem um teste de DNA, mas eles “recusaram sempre”.

    “Fiquei surpreendida, porque não estava à espera que eles dissessem que não, especialmente porque na época eu ainda estava lidando com muitos problemas emocionais”, recordou, citada pela Sky News.

    Após a rejeição, Wandelt ligou para o registo da cidade onde nasceu, pedindo uma cópia da sua certidão de nascimento, onde lhe foi dito, “de imediato” que ela não era adotada.

    “[Isto] fez-me questionar ainda mais, porque na Polônia [onde Wandelt nasceu], esta instituição não tem autorização para dar informação pessoal sem verificação”, disse.

    Questionada perentoriamente pelo advogado, se hoje achava que era filha dos pais que tinha conhecido uma vida inteira, Wandelt respondeu com um simples “não”.

    Abusador de Wandelt já teria raptado alguém

    A jovem contou ainda em tribunal que foi abusada por um familiar idoso, e que o seu pai comentou com ela que esse homem, em tempos, chegou a raptar uma pessoa. Terá sido isto que levou à etapa seguinte da sua investigação: começar a verificar dados de base de pessoas desaparecidas, na procura por alguém com caraterísticas semelhantes às suas.

    “Havia muitas pessoas com idades perto da minha”, disse, explicando que chegou a encontrar uma – Acacia Bishop – chegando a pensar que tinha uma ligação com a desaparecida.

    Mesmo assim, “achei que devia olhar para outras crianças desaparecidas” para continuar a procurar semelhanças.

    Foi em junho de 2022, que se deparou com o caso de Madeleine McCann, debruçando-se sobre sites dedicados a teorias sobre o desaparecimento da criança e até grupos de Facebook. Neles, Wandelt disse ter encontrado indicadores que a fizeram acreditar que podia ser a menina desaparecida em Portugal, há já duas décadas.

    “Foi atraída pelo caso de Madeleine por causa da publicidade?”, questionou o advogado de Wandelt.

    “Não”, respondeu.

    “Foi atraída pela possibilidade de ganhos financeiros?”, continuou o defensor da jovem.

    De novo: “Não”.

    “Qual foi o seu interesse?”, perguntou, por fim, o advogado

    “Eu só queria descobrir quem é que eu sou”, confessou Wandelt.

    Wandelt diz ter contactado McCann só após ter a certeza

    Em 24 de junho, convencida de que podia ser Maddie, enviou um e-mail à Operação Grange, a operação policial encarregada de investigar este desaparecimento.

    “Olá. Estou a escrever a vocês porque acho que posso ser Madeleine McCann, e a razão pela qual eu acho que posso ser a Maddie. Primeiro, eu vi fotografias de quando era mais nova, eu tinha a mesma marca no olho, apesar de agora estar mais desvanecida”, lê-se na mensagem.

    Entre outras razões, Wandelt enumera ainda que os seus documentos de identidade podiam ter sido falsificados e ela pode, na verdade, ser mais nova; os seus pais recusam-se a mostrar-lhe a sua certidão de nascimento; e não tinha memórias anteriores aos 9 anos.

    Não foi a única vez que Wandelt contactou as autoridades, nem foram estas as únicas a serem contactadas pela jovem, que achava ser Madeleine McCann. Embaixadas, ministros, jornalistas, investigadores privados no Reino Unido, Portugal e Polônia… Wandelt contactou todos na esperança de que alguém lhe pudesse dar respostas.

    “Eu não queria contactar Kate e Gerry [os pais de Maddie] e a família McCann antes de ter falado com todas as pessoas que podia”, garantiu Wandelt. “Eu queria tentar tudo, todas as instituições, antes de falar com eles. Não lhes queria dar falsas esperanças”, admitiu em tribunal.

    Abusador de Wandelt e suspeito no caso Maddie compartilhavam sobrenome

    As certezas de Wandelt ficaram ainda maiores quando descobriu que o homem que a tinha abusado quando era criança usava o mesmo sobrenome de um dos suspeitos iniciais do casos da Maddie: foi “um grande fator”, admitiu em tribunal, para que acreditasse que era efetivamente a criança desaparecida.

    Neste julgamento já foi feito um teste comparando o DNA de Wandelt com o dos pais de Maddie: ficou provado que não havia qualquer relação familiar entre as duas partes.

    “Poderíamos ficar tentados a pensar que isto tem alguma credibilidade. Mas, nesta fase inicial do julgamento, podemos deixar claro que Julia Wandelt não é Madeleine McCann”, referiu o procurador Michael Duck KC.

    Foi, neste momento, ao ouvir as palavras de Duck, que a polonesa começou a chorar, levantou-se e tentou sair por uma porta que dava acesso às celas. A jovem foi consolada pela amiga Karen Spragg, de 61 anos, que é também acusada de ajudar Wandelt a perseguir os McCann.

    Durante o julgamento, foi revelado que Wandelt já se havia feito passar por outras duas crianças desaparecidas – uma menina alemã, que nasceu oito anos antes de Julia, e uma norte-americana cuja avó foi julgada pelo seu assassinato.

    A jovem polonesa teria usado o ChatGPT para criar fotos falsas, que depois enviou para a irmã mais nova de Maddie e onde supostamente surgiam ambas quando eram mais novas. O procurador descreveu as mensagens enviadas a Amelie McCann como “manipulação emocional”.

    Julia Wandel declarou-se inocente da acusação de perseguição à família McCann em abril deste ano.

    A jovem polonesa foi presa no aeroporto de Bristol, no Reino Unido, em fevereiro, e foi acusada de quatro crimes de perseguição, tais como, fazer chamadas telefônicas, deixar mensagens de voicemail e enviar cartas e mensagens por WhatsApp aos pais de Maddie, Kate e Gerry McCann.

    Jovem revela o "grande fator" que a levou acreditar que era Maddie McCann

  • Eu vou dizer a Trump que podemos resolver a Guerra da Ucrânia, afirma Lula

    Eu vou dizer a Trump que podemos resolver a Guerra da Ucrânia, afirma Lula

    Segundo petista, conflito está em seu ‘ponto de maturidade’, e os dois lados já sabem quais são as demandas; encontro com americano ocorreu na Malásia, que sedia cúpula de países asiáticos

    KUALA LUMPUR, MALÁSIA (CBS NEWS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai dizer a Donald Trump que os países podem resolver juntos a guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

    Segundo o petista, o conflito está em seu “ponto de maturidade” e, por isso, os líderes envolvidos já sabem quais são as suas demandas.

    “Já estamos há três anos de guerra. O [Vladimir] Putin já sabe o que quer, o [Volodimir] Zelenski já sabe o que quer, cada um já sabe o que vai conseguir. O que está faltando é colocar isso na mesa de negociação. E eu acho que estamos chegando no ponto de acabar com essa guerra no mundo. E não precisa ter mais guerra”, disse ele em conversa com jornalistas na manhã desta segunda-feira (27).

    A fala ocorreu um dia após o encontro entre o brasileiro e o americano em Kuala Lumpur, na Malásia, onde ocorre a cúpula da Asean (Associação dos Países do Sudeste Asiático, em português), da qual os líderes participam como convidados.

    Na reunião bilateral, os líderes discutiram, principalmente, as tarifas impostas pelo americano a produtos brasileiros. Outros temas, porém, também entraram na pauta, incluindo a Guerra da Ucrânia.

    Desde que assumiu o governo, em 2023, Lula tenta se colocar como um possível mediador para o conflito, iniciado um ano antes da sua posse. Mas o brasileiro tem recebido críticas pelo que países consideram ser uma posição mais favorável à Rússia de Vladimir Putin -o petista evita culpar Moscou pela invasão.

    Lula já disse, por exemplo, que “quando um não quer, dois não brigam”, a despeito de a Rússia ter invadido o vizinho e iniciado a guerra. E ainda no início de seu mandato, o brasileiro tentou costurar com a China uma posição conjunta para uma negociação de paz na Ucrânia, mas a proposta também foi rechaçada por Zelenski.

    O ucraniano, aliás, já criticou o posicionamento de seu homólogo. “Lula quer ser original, e devemos dar essa oportunidade a ele. Agora, é preciso responder a algumas perguntas muito simples: o presidente acha que assassinos devem ser condenados e presos?”, disse o ucraniano também em 2023.

    Neste ano, Lula voltou a se engajar no tema. Após participar das celebrações dos 80 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial, em maio, ele pediu a Putin que fosse a Istambul negociar um cessar-fogo. Delegações dos dois lados se reuniram na Turquia para conversas, mas nem Putin nem Zelenski compareceram.

    Em setembro, Lula se encontrou pela segunda vez com Zelenski às margens da Assembleia-Geral da ONU. Na ocasião, o brasileiro disse que sentiu o ucraniano com “muito mais vontade de conversar” e prometeu dialogar sobre o assunto com Trump, o que ocorreu durante o encontro na Malásia.

    Na reunião com o americano, Lula se ainda colocou à disposição para atuar como mediador da tensão dos EUA com a Venezuela e tratou das punições impostas pelos EUA a autoridades, como a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e a restrição aplicada ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Nova York, que teve sua circulação e a de sua família restringidas a cinco quarteirões na viagem que faria à cidade para participar de eventos da ONU.

    A avaliação do governo é de que o encontro entre os líderes foi muito produtivo e que o americano entendeu o senso de urgência das autoridades brasileiras para que as sobretaxas fossem discutidas.

    No mesmo dia, pela noite, representantes do governo brasileiro, entre eles o chanceler Mauro Vieira, conversaram por telefone com negociadores americanos. Já na manhã seguinte, na segunda, uma reunião foi conduzida na capital malaia, onde Vieira e Márcio Rosa, secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, encontraram-se com representantes do comércio dos EUA e com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

    Nesse encontro, ficou acordado que assuntos políticos ficariam fora da mesa de negociação das tarifas.

    A jornalistas Lula disse que “as questões políticas foram colocadas na presença dos dois presidentes da República, não na mesma negociação sobre negócios”. “Quem vai discutir política, nesse negócio do Brasil, é o presidente Trump e o presidente Lula. Eles vão negociar as taxações comerciais que foram impostas.”

    Eu vou dizer a Trump que podemos resolver a Guerra da Ucrânia, afirma Lula

  • Trump confunde teste de demência com teste de QI? "É muito difícil"

    Trump confunde teste de demência com teste de QI? "É muito difícil"

    Em declarações aos jornalistas, no seu Air Force One, Trump afirmou ter realizado um “teste de QI”, no Centro Médico de Walter Reed, desafiando duas representantes democratas a fazerem o mesmo teste

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparentemente se vangloriou dos resultados que teve em um teste de demência, confundindo-o com um teste de Quociente de Inteligência (QI).

    Em declarações aos jornalistas, no seu Air Force One, esta segunda-feira (28), Trump, de 79 anos, afirmou ter realizado um “teste de QI”, no Centro Médico de Walter Reed, desafiando duas representantes democratas (Jasmine Crockett, de 44 anos, e Alexandria Ocasio-Cortez, de 36 anos) a fazerem o mesmo teste.

    “Eles têm Jasmine Crockett, uma pessoa de baixo QI. AOC [apelido de Alexandria Ocasio-Cortez] também tem baixo QI. Dêem a ela um teste de QI, vejam de se ela passa, por exemplo, os exames que eu decidi fazer em Walter Reed”, disse o presidente norte-americano.

    E acrescentou: “São muito difíceis. São, de certa forma, testes de aptidão, mas são testes cognitivos. Deixem a AOC desafiar Trump”.

    “As primeiras perguntas são fáceis: um tigre, um elefante, uma girafa, vocês sabem. Quando chegam à quinta ou à sexta, e depois quando chegam à 10.ª, à 20.ª, à 25.ª… Elas não conseguiam nem chegar perto de responder a qualquer uma dessas perguntas.”

    O teste a que Trump se refere aparenta ser a Avaliação Cognitiva de Montreal, “uma avaliação de 10 minutos concebida para identificar sinais de demência ou Alzheimer”, segundo a revista The New Republic.

    Presume-se que em 2020 Trump, na época, com 74 anos, tenha realizado o mesmo teste, mas sabe-se que dois anos antes em 2018 foi sujeito a esta avaliação, tendo um resultado perfeito: acertou em todas as 30 questões.

    O teste foi criado pelo neurologista canadense, o Doutor Ziad Nasreddine, e é suposto ter uma duração de dez minutos. A avaliação inclui desenhar um relógio, copiar a imagem de um cubo e identificar imagens de animais.

    É do gênero, você diz: Pessoa, mulher, homem, câmera, televisão”, explicou o presidente em uma entrevista à Fox News, em 2018, onde também se gabou dos seus resultados no teste. “E eles te dizem: ‘Pode repetir tudo?’. E eu respondo: ‘Sim. É pessoa, mulher, homem, câmêra, televisão’”.

    “Eles dizem que nunca ninguém acerta na ordem, que na verdade não é assim tão fácil. Mas foi fácil para mim. E não é uma questão fácil”, disse Trump.

    Apesar das afirmações de Trump, e da sua realização ao presidente dos Estados Unidos, esta avaliação é, na verdade, bastante controversa no mundo acadêmico da medicina.

    “É uma barra muito muito baixa para alguém que tem no bolso os códigos nucleares, e, de certeza, que não é nada que valha a pena alguém se vangloriar”, disse Jonathan Reiner, professor e cardiologista da Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde George Washington, ao Washington Post o ano passado.

    Trump não especificou se realizou efetivamente o teste, mas sabe-se que o presidente esteve no Centro Médico de Walter Reed este mês para uma consulta de rotina. Durante a visita, fez uma série de exames e “avaliações preventivas de saúde”, segundo relatou o médico da Casa Branca.

    Na conversa com jornalistas esta segunda-feira, o presidente norte-americano revelou ainda que fez uma ressonância magnética quando esteve na unidade de saúde, sem revelar o porquê do exame. Segundo Trump, os seus resultados foram “perfeitos”.

    Trump confunde teste de demência com teste de QI? "É muito difícil"

  • Milei teve 'muita ajuda' dos EUA para vencer eleições legislativas, diz Trump

    Milei teve 'muita ajuda' dos EUA para vencer eleições legislativas, diz Trump

    Donald Trump, disse nesta segunda-feira (27) que o presidente da Argentina, Javier Milei, teve “muita ajuda” dos EUA na vitória de seu partido nas eleições legislativas desse domingo (26)

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que seu homólogo na Argentina, Javier Milei, contou com “muita ajuda” de Washington para obter a vitória surpreendente nas eleições legislativas da véspera, cujos resultados fortaleceram o líder ultraliberal e seus correligionários mesmo após uma sequência de crises.

    Em viagem à Malásia, Trump celebrou o resultado, que descreveu como uma “grande vitória” e algo “muito positivo” para toda a região. “Ele [Milei] teve muita ajuda nossa. Eu dei a ele um endosso, um endosso muito forte”, disse o republicano, mencionando também a atuação de integrantes de sua equipe, entre eles o secretário do Tesouro, Scott Bessent, responsável por supervisionar o apoio financeiro a Buenos Aires.

    “Estamos mantendo o compromisso com vários países da América do Sul. Temos um foco muito forte na América do Sul”, acrescentou o presidente americano.

    Antes do pleito, Milei teve de apelar ao líder americano para evitar uma crise cambial em seu país. Segundo Trump, o governo americano ofereceu um pacote de resgate financeiro que pode chegar a US$ 40 bilhões com o objetivo de impulsionar o ultraliberal nas vésperas da votação.

    Com mais de 97% das mesas apuradas, o partido governista A Liberdade Avança obteve 40,8% do total de votos e 64 cadeiras na Câmara dentre as 127 que estavam em disputa -metade dos 257 assentos da Casa foi renovada. Do lado opositor, o peronismo, pelo Força Pátria nacional e regionais, conseguiu 31,6%, com 44 cadeiras; o Províncias Unidas teve 7,1%, ou 8 assentos; e a Frente de Esquerda, 4,8%, com 3 cadeiras vagas. Forças provinciais e outros grupos independentes ficaram com 15,7%, ou 8 vagas.

    O Senado tinha 24 das 72 vagas em disputa. A Liberdade Avança ganhou 13, o peronismo somou outras 6, e partidos regionais ficaram com as outras 5.

    O desempenho fortaleceu Milei para continuar com sua agenda de reformas econômicas radicais, mesmo diante de descontentamento popular com as medidas de austeridade. O apoio dos EUA incluiu um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões, já assinado, e a proposta de um fundo de investimento em dívida de mesmo valor.

    Segundo Trump, o pacote também trouxe ganhos aos EUA. “Ganhamos muito dinheiro com essa eleição porque os títulos argentinos subiram. A classificação de crédito deles melhorou”, afirmou, embora tenha acrescentado que o interesse americano “não é exatamente pelo dinheiro”.

    Bessent, que acompanhava o presidente americano na viagem, descreveu o auxílio como uma ponte para sustentar o projeto econômico de Milei. “Ele está enfrentando cem anos de más políticas”, disse o secretário. “Vai conseguir quebrar esse ciclo graças ao apoio dos EUA.”

    A agência Fitch Ratings avaliou, na semana passada, que a ajuda americana aos mercados argentinos evitou um rebaixamento da nota de crédito do país. Ainda assim, alertou que o país sul-americano precisa apresentar um plano mais amplo de reconstrução de reservas internacionais para alcançar uma eventual melhora em sua avaliação.

    O resultado positivo para Milei e seu partido foi registrado mesmo após crises que desgastaram a imagem da Casa Rosada nos últimos meses: da promoção de um criptoativo sem lastro pelo líder argentino aos áudios do ex-diretor da agência para pessoas com deficiência, sugerindo que Karina Milei, a irmã e braço-direito do presidente, fosse beneficiada em um esquema de propinas na compra de medicamentos.

    Antes do pleito, Milei chegou a interromper suas viagens de campanha pelas províncias para ir até a Casa Branca, onde recebeu apoio de Trump. O republicano chegou a condicionar sua ajuda ao resultado eleitoral, o que irritou parte da opinião pública e assustou o mercado.

    Milei teve 'muita ajuda' dos EUA para vencer eleições legislativas, diz Trump

  • Lento e poderoso: por que furacão Melissa pode ser catastrófico na Jamaica

    Lento e poderoso: por que furacão Melissa pode ser catastrófico na Jamaica

    Furacão já matou três pessoas no Haiti e uma na República Dominicana e ganhou grande intensidade nas últimas 24 horas em direção à Jamaica

    (UOL/CBS NEWS) – O furacão Melissa, de categoria 5, pode ser o mais forte da história a atingir a Jamaica, com efeitos catastróficos. A previsão é que ele chegue ao território caribenho na noite desta segunda-feira (27) ou na manhã de terça, segundo fontes ouvidas pela emissora americana ABC.

    O QUE ACONTECEU

    Melissa pode se tornar o pior furacão que a Jamaica já enfrentou. Ordens de evacuação já foram emitidas para áreas costeiras vulneráveis, segundo a rede americana CNN. É possível que haja uma Jamaica antes e depois do furacão, salientou ainda a emissora americana ABC.

    Chuvas podem chegar a um acumulado de 102 cm nos próximos quatro dias. A média para o mês de outubro -um dos mais úmidos do ano na Jamaica- em Kingston é de 234 mm, segundo o Serviço Meteorológico da Jamaica. Mas a previsão é que chova cerca de 4,35 vezes a média do mês nos próximos quatro dias.

    A tempestade também pode produzir ondas gigantes. Sua combinação com os ventos pode causar “extenso dano de infraestrutura”, alertou o Centro Nacional de Furacões. Ondas podem chegar a quatro metros.

    Melissa se movimenta lentamente, o que pode torná-lo ainda mais perigoso. Ele tem se movido para oeste a apenas 4,8 km/h, ou seja, ele também permanecer por mais tempo destruindo a ilha. O ideal seria que ele perdesse força antes disso.

    Furacão já matou três pessoas no Haiti e uma na República Dominicana. Ele ganhou quase 113 km/h de intensidade apenas nas últimas 24 horas.

    “Explosão de força” no fim de semana aconteceu por combinação de fatores. O movimento mais lento do Melissa sobre águas mornas e profundas se uniu a fortes ventos em grandes altitudes na atmosfera.

    Melissa pode se tornar ainda mais poderoso nas próximas 12h a 24h. A estimativa é de diversos centros de previsão meteorológica consultados pela BBC britânica.

    Seus ventos já atingem 265,5 km/h. Seu epicentro está localizado a apenas 233 km da capital Kingston, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA nesta manhã.

    Monitoramento do governo dos EUA capturou imagens de forte atividade elétrica no olho do furacão nesta manhã. Poluição atmosférica provocada por queima de combustíveis criou mais sistemas que estão se intensificando rapidamente e trazendo mais chuvas.

    Águas mais quentes no oceano devido às mudanças climáticas têm aumentado o risco de intensificação rápida dos furacões. Ou seja, fica mais difícil evacuar as áreas potencialmente atingidas e prevenir maiores desastres.

    JAMAICA ESTÁ PREPARADA PARA O MELISSA?

    Governo anunciou que ergueu 881 abrigos pelo país. Equipes do serviço nacional de ônibus, das Forças Armadas da Jamaica e times de defesa civil estão liderando as evacuações. “Vão aos abrigos. Vão a lugares altos porque isso pode salvar vidas”, pediu o ministro de Água, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Jamaica, Matthew Samuda, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27).

    “Hora de preparação acabou”. Samuda destacou que agora é o momento de ouvir essas instruções das autoridades. Evacuações foram ordenadas para Kingston, mas toda a ilha está sob o status de “ameaçada”, segundo a BBC.

    Jamaicanos devem usar recursos com moderação. Pode faltar água a partir da noite desta segunda-feira (27), alertou o ministro, já que redes de transmissão podem ser afetadas pelo furacão. “Cada gota vai contar”, alertou. Por isso, ele recomendou que a população faça estoque da água que tem em casa.

    Ministro acredita que jamaicanos estão melhor preparados do que nos anos 1980. “Mas quando você fala de ventos de 265 km/h, nós nunca testamos a nossa nova infraestrutura desta forma”, disse.

    Faz 13 anos desde que o último furacão chegou à costa da Jamaica. Foi o Sandy, em 2012. No entanto, o último de categoria 4 (ou mais forte) a “aterrissar” pela ilha foi o Gilbert, em 1988, que matou pelo menos 40 pessoas. Ele tinha ventos de 217,3 km/h ao tocar o solo.

    “Não há infraestrutura que seja construída, acredito, em qualquer lugar do mundo para navegar este tipo de risco. Nós esperamos que, se ele chegar à nossa costa, estaremos encarando dano significativo”, disse Matthew Samuda, ministro de Água, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Jamaica, em coletiva nesta segunda-feira (27).

    No entanto, furacões não precisam tocar o solo para fazer um estrago. O furacão Beryl, de categoria 4, provou isso em julho de 2024. Bem mais fraco que o Melissa, ele causou enchentes, danos a residências, plantações e outras estruturas no sul da ilha, além de ter matado quatro pessoas e causado um prejuízo de US$ 1 bilhão (R$ 5,37 bilhões), segundo um relatório do centro de furacões obtido pela CNN.

    Todos os aeroportos da Jamaica foram fechados neste domingo (26) em preparação para a vinda do Melissa. O anúncio foi feito pelo ministro do Transporte do país, de acordo com a ABC.

    Até Elon Musk ofereceu apoio. A Starlink, subsidiária de telecomunicações via satélite da empresa espacial do bilionário, a SpaceX, ofereceu sua infraestrutura ao governo para manter a comunicação durante e após a passagem do furacão, também segundo a ABC.

    O QUE É UM FURACÃO DE CATEGORIA 5?

    É a categoria mais forte na Escala Saffir-Simpson de intensidade dos furacões. Ela foi criada em 1970 pelo engenheiro Herbert Saffir e Robert Simpson, então diretor do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, tendo como inspiração a escala Richter, que mede a intensidade dos terremotos.

    Lento e poderoso: por que furacão Melissa pode ser catastrófico na Jamaica

  • Rússia invade cidade estratégica no leste da Ucrânia

    Rússia invade cidade estratégica no leste da Ucrânia

    Pokrovsk serve de centro logístico para as forças de Zelenski nos 25% que ainda controlam de Donetsk; Kiev envia reforços, mas situação no bastião é crítica; sua queda pode comprometer toda a região

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Unidades de assalto russas começaram a operar dentro de Pokrovsk, cidade que serve como centro logístico para as forças da Ucrânia na região de Donetsk, no leste do país invadido em fevereiro de 2022 por Vladimir Putin.

    Kiev enviou reforços emergenciais para o local, mas o relato de blogueiros militares de ambos os lados é de uma situação bastante precária para as tropas de Volodimir Zelenski. Se Pokrovsk cair, a defesa do restante de Donetsk ainda em mãos ucranianas ficará bastante comprometida.

    O avanço ocorre no momento em que as negociações por um cessar-fogo, promovidas por Donald Trump, estão travadas. O presidente americano cancelou uma reunião que anunciou que faria com Putin, alegando falta de perspectiva de sucesso.

    Na quinta-feira (23), o republicano partiu para o ataque e editou as primeiras sanções contra a Rússia em seu novo mandato, visando pressionar Putin. As punições sobre as duas maiores petroleiras russas miram os compradores do óleo do país, principalmente como China e Índia, e podem atingir indiretamente o Brasil, que importa 60% do diesel que consome de Moscou.

    Pokrovsk é vital para o suprimento das forças de Zelenski em Kramatorsk, o centro administrativo da região de Donetsk desde que a capital homônima da província foi capturada por separatistas pró-Rússia em 2014, logo depois de Putin anexar a Crimeia como represália pela derrubada do governo aliado de Moscou em Kiev.

    Em agosto, pouco antes da reunião de cúpula entre o russo e Trump no Alasca, forças russas fizeram um avanço grande em sua direção, efetivamente cercando a cidade. Kiev reagiu e conseguiu conter a ofensiva, mas alto custo segundo analistas militares.

    Segundo o Estado-Maior ucraniano disse nesta segunda-feira (27), mais de 200 soldados russos invadiram a cidade em pelo menos dois grupos distintos, e lutam no seu centro arruinado. Dos cerca de 60 mil habitantes que tinha antes da guerra, Pokrovsk hoje tem cerca de 1.300.

    Kiev deslocou a 7ª Unidade de Resposta Rápida de suas forças aerotransportadas para tentar salvar a cidade. “Os ocupantes querem dispersar nossas forças e bloquear os corredores logísticos”, disse a força numa postagem do Facebook.

    Segundo o referencial site ucraniano Deep State, um quinto da cidade já é uma zona contestada. No domingo (26), o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Gerasimov, havia dito que 5.500 soldados ucranianos estavam cercados na cidade, informação que foi negada por Kiev. Ele também disse que outros 5.000 militares de Zelenski estavam presos num bolsão em Kupiansk, na região de Kharkiv (norte).

    Nos objetivos explícitos da guerra, colocados em papel pela Rússia na tentativa de retomar as negociações com a Ucrânia, Putin exige o controle das quatro regiões que anexou ilegalmente em 2022.

    Hoje, ele controla no leste toda a província de Lugansk e 75% de Donetsk, com proporções similares nas áreas ao sul de Zaporíjia e Kherson. Em conversas com Trump, Putin sugeriu que trocaria as frações que não domina dessas duas últimas regiões pela entrega de Donetsk, o que Zelenski rejeitou.

    Já do lado ucraniano, a noite desta segunda foi marcada por um dos maiores ataques com drones contra posições russas. Moscou disse ter derrubado 193 aviões-robôs em 13 regiões do país, 36 dos quais se dirigiam para a capital.

    Zelenski também tem escalado a guerra para mostrar força no momento em que pede a Trump o fornecimento de mísseis de cruzeiro Tomahawk, o que o americano se recusa a fazer por temer reação da Rússia.

    PUTIN ELEVA RETÓRICA MILITARISTA

    Com o escopo das sanções ainda sendo analisado, a Rússia tem avançado em campo e na retórica militarista. Na semana passada, promoveu exercício de ataque nuclear em paralelo à manobra anual da Otan, a aliança militar do Ocidente.

    Na mesma reunião com Gerasimov no domingo, um Putin vestindo uma rara farda anunciou ter testado com sucesso pela primeira vez o míssil Burevestnik, um modelo de cruzeiro com propulsão nuclear que pode ficar meses a fio no ar.

    Nesta segunda, Trump criticou o ensaio, dizendo que Putin deveria acabar com a guerra e não ficar testando mísseis. O Kremlin respondeu dizendo que a Rússia age “de acordo com seus próprios interesses”.

    O armamento voou cerca de 14 mil km em 15 horas, provavelmente em círculos no Ártico russo. O míssil é definido pelo especialista russo em armas nucleares Pavel Podvig, do Instituto das Nações Unidas para Pesquisas de Desarmamento, como uma “peça de propaganda”, pois sendo subsônico ele é facilmente derrubável.

    Os defensores da arma dizem que, como voa a até 25 metros do chão e é altamente manobrável, o Burevestnik conseguiria escapar da maior parte dos radares. A arma é desenhada para carregar uma ogiva nuclear de até 1 megaton.

    Rússia invade cidade estratégica no leste da Ucrânia

  • Bilionário amigo de Trump pagou militares durante o shutdown, diz jornal

    Bilionário amigo de Trump pagou militares durante o shutdown, diz jornal

    Apoiador de Donald Trump, Timothy Mellon é herdeiro bancário e foi identificado como doador anônimo; contribuição pode violar lei que limita gastos do governo sem autorização do Congresso

    (UOL/CBS NEWS) – Timothy Mellon, amigo e um dos maiores apoiadores financeiros de Donald Trump, doou US$ 130 milhões para pagar militares durante a paralisação que atinge o governo dos Estados Unidos. Informação foi revelada pelo jornal The New York Times.

    O QUE ACONTECEU

    Trump anunciou a doação na semana passada, mas não revelou o nome do doador. O presidente se limitou a dizer que o montante foi doado por um “patriota” e “amigo”, mas o jornal afirma que fontes revelaram a identidade do bilionário.

    O presidente foi questionado novamente sobre a identidade do doador. Em uma entrevista no avião presidencial, Trump se negou a revelar o nome de Mellon e disse que a doação foi feita por um “grande cidadão americano”, destacando que o bilionário não queria publicidade.

    Pentágono aceitou doação como presente. O porta-voz-chefe do órgão informou em um comunicado que “A doação foi feita sob a condição de ser usada para compensar o custo dos salários e benefícios dos militares”. Ainda assim, existe a possibilidade de ela violar a chamada Lei Antideficiência, que proíbe agências federais de gastar dinheiro fora do determinado pelo Congresso ou de aceitar serviços voluntários.

    O jornal afirma não ter conseguido declarações de Trump ou de Mellon. Segundo a reportagem, eles foram procurados diversas vezes, mas não se manifestaram.

    QUEM É TIMOTHY MELLON

    Herdeiro de banco e magnata ferroviário. Mellon é neto do ex-secretário do Tesouro Andrew W. Mellon e um apoiador de longa data de Donald Trump. Ele já doou milhões de dólares antes para a campanha do presidente, incluindo uma das maiores contribuições únicas já divulgadas, de US$ 50 milhões, no ano passado.

    Mellon mantém perfil discreto no interior do país. O magnata vive principalmente em Wyoming e é um grande apoiador financeiro de causas políticas. Segundo o The New York Times, ele já doou para a campanha de Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde que concorreu à presidência no ano passado, e para o grupo anti-vacina liderado por ele, o Children’s Health Defense.

    SHUTDOWN NOS ESTADOS UNIDOS

    Paralisação chega à quarta semana com impactos na segurança. Cerca de 60 mil trabalhadores, responsáveis pela segurança nos aeroportos e pelo controle do tráfego aéreo no país, ficaram sem receber salários na semana passada. As informações são da Reuters.

    Os últimos pagamentos dos funcionários foram feitos em meados de outubro, mas chegaram incompletos. Sem previsão de acordo de financiamento, muitos recorrem a economias, cartões de crédito ou trabalhos temporários para se manter.

    Alguns receberam apenas parte do salário, enquanto outros receberam quantias simbólicas, como US$ 6,34 (cerca de R$ 34 na cotação atual). Muitos controladores de voo podem ficar sem pagamento na próxima semana.

    Funcionários reclamam que seus salários viraram moeda de troca na negociação política. “Não há negociações de verdade acontecendo”, afirma um agente da TSA em Ohio.

    ALTA DE EMPRÉSTIMOS

    Impactos logísticos. Durante a paralisação, aeroportos como o de Minneapolis-St. Paul planejam distribuir alimentos não perecíveis e, se a situação se prolongar, oferecer almoços. Ainda assim, trabalhadores relatam dificuldades para pagar aluguel, carro e contas básicas, recorrendo a empréstimos.

    Negociações continuam no Congresso. Os republicanos aliados do presidente Donald Trump detêm maioria em ambas as casas, mas precisam de sete votos democratas no Senado para aprovar o orçamento. Os democratas, por sua vez, exigem continuidade e ampliação dos subsídios de saúde para quem usa o plano Affordable Care Act, que visa expandir o acesso a planos de saúde para mais pessoas.

    Bilionário amigo de Trump pagou militares durante o shutdown, diz jornal

  • Furação no Caribe chega à categoria 5, a mais destrutiva

    Furação no Caribe chega à categoria 5, a mais destrutiva

    A classificação indica ventos superiores a 252 km/h com potencial de causar destruição severa; Melissa pode ser o furacão mais forte da história a atingir a Jamaica

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Autoridades dos Estados Unidos elevaram para 5 a categoria do furacão Melissa nesta segunda-feira (27). O fenômeno natural se aproxima da Jamaica.

    Expectativa de estragos na Jamaica. Segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês), o furacão está no mar do Caribe e se aproxima da Jamaica com ventos de até 260km/h. O comunicado do NHC ainda alerta para o risco de inundações catastróficas.

    O governo do país ordenou a evacuação de comunidades vulneráveis. Na ordem emitida na noite deste domingo (26), o governo lista sete regiões a serem esvaziadas pelo risco trazido pelo Melissa, incluindo a capital Kingston. Os moradores estão sendo encaminhados a abrigos disponibilizados pelo governo.

    Furacão deve atingir a Jamaica na terça-feira. Segundo a previsão, a tempestade ainda deve subir para Cuba e para as Bahamas até quarta-feira.

    Categoria é a mais alta da escala Saffir-Simpson. A classificação indica ventos superiores a 252 km/h com potencial de causar destruição severa, danificando ou até demolindo casas e tornando o local inabitável por semanas ou até meses.

    Melissa pode ser o furacão mais forte da história a atingir a Jamaica. Com a escala em 5 e expectativas de destruição generalizada, o país deve enfrentar o fenômeno mais catastrófico de sua existência.

    Furação no Caribe chega à categoria 5, a mais destrutiva

  • Trump parabeniza Lula e diz que negociações com Brasil prosseguem

    Trump parabeniza Lula e diz que negociações com Brasil prosseguem

    Presidente brasileiro completa 80 anos nesta segunda-feira; “Ele é um sujeito muito vigoroso, na verdade, e fiquei muito impressionado”, disse Trump sobre Lula

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (27) que teve uma ‘boa reunião’ com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. Ele descreveu Lula como “um sujeito muito vigoroso” e afirmou que negociações prosseguem. 

    “Tivemos uma boa reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver. No momento, eles estão pagando, acho, uma tarifa de 50%. Mas tivemos uma ótima reunião”, disse.

    Trump ainda parabenizou Lula, que faz aniversário nesta segunda-feira. “E feliz aniversário. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele, você sabia disso? Ele é um sujeito muito vigoroso, na verdade, e fiquei muito impressionado. Mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário, certo? Você poderia avisá-lo, por favor?” 

    Na noite desta segunda-feira, noite na Malásia, Lula conversou rapidamente com jornalistas na saída do hotel e afirmou que ele e o presidente dos Estados Unidos têm canal aberto para um diálogo direto, caso seja necessário.

    “Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, disse. Ao final da conversa, o presidente brasileiro agradeceu rapidamente as felicitações de Trump pelo aniversário. “Eu vi a mensagem. Eu agradeço”.Horas antes, em coletiva de imprensa, Lula já havia mostrado otimismo em uma suspensão das tarifas impostas pelos EUA. Ele disse que teve uma “boa impressão” de que os dois países chegarão a uma solução nas questões comerciais.

    “Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre do jeito que dizia o Gonzaguinha na sua música”.

    Trump parabeniza Lula e diz que negociações com Brasil prosseguem

  • Trump: "Putin devia acabar com a guerra em vez de ficar testando mísseis"

    Trump: "Putin devia acabar com a guerra em vez de ficar testando mísseis"

    Donald Trump afirmou que os testes de mísseis de cruzeiro com propulsão nuclear da Rússia “não eram apropriados”; Putin disse neste domingo (26) que os testes tinham sido “bem sucedidos”

    O presidente dos Estados Unidos considerou esta segunda-feira (27), que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, deveria estar priorizando terminar a guerra na Ucrânia, em vez de estar realizando testes com mísseis de cruzeiro com propulsão nuclear.

    “Ele devia estar acabando com a guerra; a guerra que devia ter durado uma semana já está no seu quarto ano. É isso que ele devia fazer em vez de estar testando mísseis”, afirmou Donald Trump, citado pela Reuters, aos jornalistas a bordo do seu Air Force One.

    O chefe de Estado norte-americano considerou que os testes “não eram apropriados” tendo em conta a crescente tensão entre Moscou e Washington (que inclusive impôs sanções às duas maiores petrolíferas russas, na semana passada).

    No domingo, Vladimir Putin anunciou, em um vídeo publicado pelo Kremlin, que os testes ao míssil de cruzeiro com propulsão nuclear tinham sido bem sucedidos, elogiando esta arma “única” com um alcance de até 14 mil quilômetros, em resposta ao escudo antimísseis dos EUA.

    Trump teve também comentou esta situação, afirmando que os Estados Unidos não precisavam de sobrevoar 14 mil quilômetros para chegar à Rússia.

    “Eles sabem que nós temos um submarino nuclear, o melhor no mundo, ao lado da costa deles, portanto, quer dizer, não tem de andar 14 mil quilômetros”, afirmou o presidente norte-americano.

    Vladimir Putin anunciou em 2018 o desenvolvimento pelo exército russo destes mísseis, capazes, segundo ele, de superar praticamente todos os sistemas de interceptação.

    Putin destacou que se trata de “uma peça de armamento única que mais ninguém tem no mundo” e lembrou que especialistas do mais alto nível previram que o projeto seria “irrealizável”.

    “E agora concluímos os testes finais”, afirmou orgulhosamente, acrescentando ser preciso construir a infraestrutura necessária para a sua implantação e colocá-lo ao serviço das Forças Armadas, para o que ainda há “muito trabalho pela frente”.

    Putin anunciou pela primeira vez em outubro de 2023 um teste bem-sucedido com o Burevéstnik, um míssil envolvido em controvérsia devido aos numerosos testes falhados realizados no final da década passada.

    A Rússia decidiu avançar com o desenvolvimento desses mísseis quando os EUA abandonaram, em 2001, o tratado antimísseis, assinado por Moscou e Washington em plena Guerra Fria (1972), para criar o seu próprio escudo antimísseis.

    Putin dirigiu esta semana manobras das forças nucleares russas por terra, mar e ar, logo após o cancelamento da cimeira de Budapeste com o seu homólogo dos EUA, Donald Trump, devido à recusa de Moscovo em cessar as hostilidades na Ucrânia.

    Trump: "Putin devia acabar com a guerra em vez de ficar testando mísseis"