Categoria: MUNDO

  • Trump diz ter falado com Xi sobre trabalho conjunto para 'resolver' guerra da Ucrânia

    Trump diz ter falado com Xi sobre trabalho conjunto para 'resolver' guerra da Ucrânia

    Líderes se encontraram em Busan, na Coreia do Sul, para discutir tensões comerciais; norte-americano não detalhou como chinês respondeu às suas colocações

    BUSAN, COREIA DO SUL (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que conversou com o líder da China, Xi Jinping, sobre como os países podem ajudar na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de três anos.

    “A Ucrânia surgiu de forma muito enfática [no encontro]. Conversamos sobre isso por um bom tempo. E nós dois vamos trabalhar juntos para ver se conseguimos fazer algo. Concordamos que os lados estão travados e lutando”, disse.

    O americano afirmou ainda que a guerra não custa nada aos EUA, pelo contrário, gera lucro, mas um lucro que não o interessaria.

    “Mas, você sabe, nós enviamos armas para a Otan. Eles compram pelo preço cheio. Eles compram as armas, eles as entregam para quem quiserem. Mas acho que, em grande parte, elas acabam indo para a Ucrânia. E nós discutimos isso”, afirmou Trump. “Vamos trabalhar juntos para tentar resolver a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.”

    O americano não detalhou como Xi teria respondido às suas declarações.

    A fala ocorreu em conversa com repórteres a bordo do avião presidencial americano, o Air Force One, logo após o presidente embarcar rumo a Washington depois de um giro pela Ásia.

    Trump estava na Coreia do Sul para participar da cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em português) e para se encontrar com Xi para discutir as tensões comerciais que cercam os dois países, entre elas as tarifas sobre produtos chineses.

    Trump tem agido para negociar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Em sua passagem por Doha, no Qatar, parte do roteiro da viagem da última semana, o americano afirmou que não se encontrará com Putin até que haja um acordo de paz estabelecido.

    A imposição de sanções pelos EUA é outro fator que dificulta a comunicação entre os líderes. Dias antes, a Rússia criticou as sanções com relação ao seu setor petrolífero. O presidente russo, por sua vez, afirmou que não cederá à pressão dos americanos.

    Já a China mantém discurso de neutralidade, afirmando que sua posição é “objetiva e imparcial”, mas sofre críticas por ter a Rússia como uma aliada histórica.

    Em agosto, ao ser questionado sobre um ataque russo que matou cerca de 20 pessoas em Kiev, o porta-voz Guo Jiakun afirmou que o diálogo e a negociação são as vias de resolução do conflito e defendeu a não escalada, sem condenar os ataques russos.

    O país publicou em 2023 um posicionamento oficial em que pedia a retomada das negociações de paz, o fim das sanções unilaterais e a proteção de civis e prisioneiros de guerra, entre outras resoluções.

    No ano passado, China e Brasil assinaram um consenso com seis pontos propondo uma solução política para a guerra, reiterando a necessidade de diálogo e negociação, pedindo esforços para aumentar a assistência humanitária e condenando o uso de armas de destruição em massa, por exemplo. O plano, no entanto, não avançou por falta de apoio de outros atores internacionais.

    Trump diz ter falado com Xi sobre trabalho conjunto para 'resolver' guerra da Ucrânia

  • Holanda pode ter premiê gay pela 1ª vez após disputa apertada contra ultradireita

    Holanda pode ter premiê gay pela 1ª vez após disputa apertada contra ultradireita

    Ron Jetten, 38, pode se tornar também o mais jovem no cargo após campanha contra ‘Trump holandês’; negociações para formar governo costumam levar meses e exigirão pelo menos quatro partidos para atingir maioria

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O líder centrista Ron Jetten, 38, pode se tornar o primeiro premiê abertamente gay e o mais jovem da história da Holanda. Ele ainda terá que negociar uma coalizão com um Parlamento fragmentado, mas o seu partido, Democratas 66 (D66), teve um desempenho expressivo nas urnas.

    O resultado final segue indefinido devido a uma disputa acirrada com a legenda de ultradireita, o Partido pela Liberdade (PVV), que ganhou as eleições em 2023. Liderado por Geert Wilders, que ficou conhecido como o “Trump holandês”, o PVV superava por pouco o D66 na manhã desta quinta-feira (30), com 99,7% das urnas apuradas.

    A diferença é tão pequena que os votos por correspondência dos holandeses que moram no exterior podem decidir as eleições, o que significa que o resultado final pode demorar vários dias para ser conhecido.

    Seja qual for o resultado definitivo, o líder da ultradireita não deverá ser premiê já que os principais partidos descartaram qualquer nova coalizão com ele, deixando Jetten com caminho livre para negociar o apoio de outras legendas para alcançar os 76 assentos necessários e formar um governo de coalizão.

    O líder centrista disse nesta quinta que está “muito confiante”, apesar da fragmentação de um Parlamento em que cinco grupos políticos obtiveram números expressivos de assentos.

    Segundo as projeções, o PVV teria conquistado 26 cadeiras das 150 do Parlamento, o que significaria uma queda de 11 em relação à vitória eleitoral impressionante de 2023. O D66 aparece empatado, também com 26 assentos, o que representaria o triplo de lugares em relação ao último pleito.

    O Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), de centro-direita, e a aliança entre o Partido do Trabalho (PvdA) e o Partido Verde (GL) teriam ficado em terceiro e quarto lugares, respectivamente, com 23 e 20 assentos. Em quinto, viria o Apelo Democrata-Cristão (CDA), com 19 cadeiras. Os lugares restantes estariam divididos entre outras dez siglas.

    Pelo menos quatro siglas serão necessárias para completar os 76 assentos necessários. Um cenário possível é um pacto incluindo o D66, os democratas cristãos conservadores, o VVD e a coalizão entre os verdes e trabalhistas.

    As negociações para formar um governo, que geralmente levam meses na Holanda, serão portanto particularmente complexas. A última gestão, por exemplo, precisou de 223 dias para ser formada.

    Os líderes partidários provavelmente se reunirão nesta sexta-feira (31) para decidir os próximos passos, podendo nomear um representante para iniciar as conversas de coalizão.

    A popularidade de Jetten aumentou com uma campanha focada em promessas de colocar fim à era política dominada por Wilders. O líder centrista cresceu em uma pequena cidade na província de Brabante, no sul da Holanda.

    Jetten já trabalhou para a rede ferroviária holandesa ProRail, foi deputado e ministro do Clima no governo do primeiro-ministro Mark Rutte. Ele está noivo do jogador de hóquei Nicolás Keenan.

    Já líder ultradireitista Wilders, conhecido por sua postura anti-islâmica, obteve uma vitória surpreendente nas eleições de 2023, quando seu partido entrou no governo pela primeira vez, mas fracassou ao tentar formar uma gestão e abandonou sua própria coalizão em junho depois que a aliança rejeitou seu plano de imigração -o movimento foi o responsável por desencadear a nova eleição.

    A eleição holandesa foi amplamente vista como um teste para verificar se a ultradireita poderia expandir seu alcance ou se já atingiu seu pico em partes da Europa.

    Holanda pode ter premiê gay pela 1ª vez após disputa apertada contra ultradireita

  • Após Argentina, Paraguai também anuncia reforço da fronteira por risco de fuga do CV

    Após Argentina, Paraguai também anuncia reforço da fronteira por risco de fuga do CV

    Conselho de Defesa Nacional mite alerta sobre possível fuga de membros da facção para países vizinhos; ministra argentina Patricia Bullrich solicita manual de reconhecimento de sinais que caracterizam grupos narcoterroristas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Após a Argentina, o governo do Paraguai também anunciou o reforço do controle das fronteiras. A medida acontece na esteira da operação Contenção, no Rio de Janeiro, com objetivo de conter a expansão do Comando Vermelho. Mais de 2.500 policiais invadiram o Complexo do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos e mais de 100 presos.

    Em um comunicado assinado nesta quarta-feira (29), o Codena (Conselho de Defesa Nacional) do Paraguai, afirmou que foi emitido um alerta para a tríplice fronteira sobre a possibilidade de membros do Comando Vermelho fugirem a países vizinhos.

    O conselho anunciou que, diante dessa situação, as autoridades adotaram medidas extraordinárias de prevenção e vigilância em toda a faixa fronteiriça do leste do Paraguai.

    Entre as medidas citadas, o Codena afirmou que será reforçado o controle migratório e do trânsito na fronteira, aumento do patrulhamento e monitoramento de zonas fronteiriças, a fim de prevenir entradas ilegais, intensificação de operações de emergência e ações conjuntas com os governos do Brasil e da Argentina.

    A ministra de Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich afirmou pelas redes sociais, também na quarta-feira, que as fronteiras do país estão sendo reforçadas para “proteger os argentinos de qualquer ‘desmobilização’ que possa ser gerada pelos conflitos no Rio de Janeiro. A segurança do nosso país vem sempre em primeiro lugar”.

    No comunicado, a ministra solicita à Secretaria de Segurança Nacional “envio aos agentes posicionados na fronteira o manual de reconhecimento de sinais que caracterizam esses grupos narcoterroritas” com objetivo de facilitar as possíveis identificações.

    “Ao mesmo tempo, que sejam ativados os contatos com as forças policiais do Brasil e do Paraguai para uma tarefa conjunta, com o objetivo de garantir o intercâmbio de informações e as capacidades operacionais”, pede a ministra.

    Após Argentina, Paraguai também anuncia reforço da fronteira por risco de fuga do CV

  • Furacão Melissa segue para Bermudas após rastro de destruição no Caribe

    Furacão Melissa segue para Bermudas após rastro de destruição no Caribe

    Ao menos 23 pessoas morreram no Haiti, 1 na República Dominicana e 5 na Jamaica, segundo autoridades; tempestade, agora na categoria 2 após recorde de intensidade, pode atingir leste do Canadá no sábado

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Após avançar pelas Bahamas na madrugada desta quinta-feira (30), o furacão Melissa -agora de categoria 2- ganhou velocidade enquanto avança pelo Atlântico em direção às Bermudas. Enquanto isso, autoridades e equipes de resgate seguem tentando contabilizar os mortos deixados pelo rastro de destruição no Caribe.

    Autoridades informaram que pelo menos 23 pessoas morreram no Haiti, 1 na República Dominicana e 5 na Jamaica. O Melissa foi o terceiro furacão mais intenso já registrado no Caribe e, por ter avançado lentamente, foi particularmente destrutivo, segundo o serviço meteorológico AccuWeather.

    Na noite de quarta-feira (29), o Melissa trouxe ventos fortes, chuvas intensas e ressaca no mar enquanto se deslocava para o nordeste pelo arquipélago das Bahamas. O governo local já havia retirado cerca de 1.500 pessoas da rota da tempestade, naquela que classificou como uma das maiores operações do tipo de sua história.

    A previsão é de que o furacão siga acelerando em sentido nordeste e passe por Bermudas na noite desta quinta-feira, antes de enfraquecer na sexta-feira (31), segundo o serviço de previsão meteorológica da Flórida.

    O Melissa poderá ainda atingir ou passar perto da ponta sudeste de Terra Nova, no leste do Canadá, no início da manhã de sábado (1º). Ainda não se sabe, no entanto, se a tempestade ainda terá a força de um furacão ao atingir a costa.

    O Melissa chegou a alcançar a categoria 5, o nível máximo na escala de intensidade, e, na Jamaica, tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo em 90 anos na terça-feira (28), com ventos próximos de 300 km/h, segundo análise da agência de notícias AFP com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). Depois, perdeu força.

    A devastação provocada pelo Melissa atingiu níveis sem precedentes, afirmou na quarta-feira o principal representante da ONU na Jamaica. Segundo ele, mais de um milhão de pessoas -cerca de um terço da população do país- foram diretamente afetadas pela tempestade.

    Autoridades jamaicanas informaram que a prioridade era restabelecer os serviços de energia e telecomunicações e desobstruir as estradas bloqueadas e alagadas para permitir uma avaliação mais precisa dos danos.

    Os problemas de comunicação e os cortes de energia dificultavam os esforços de resposta e emergência. Quase 80% do país estava sem eletricidade na manhã de quarta-feira, informou Dana Morris Dixon, ministra da Informação da Jamaica.

    Dayton Campbell, membro do Parlamento jamaicano, relatou que “diversas comunidades foram isoladas” e que, em algumas delas, “a maioria dos edifícios foi danificada”. Segundo ele, “o que estamos vendo acontecer no leste de Westmoreland é devastador”, em referência a uma área costeira no oeste da ilha.

    Cinco corpos foram encontrados em St. Elizabeth, uma paróquia no sudoeste da Jamaica que ficou praticamente debaixo d’água. Entre as vítimas estavam 4 homens e 1 mulher, disse o superintendente Coleridge Minto, chefe da polícia local. “Tudo foi levado pelas águas da enchente, então a situação é, de fato, muito ruim”, afirmou, destacando “uma necessidade urgente de ajuda”.

    A capital, Kingston, escapou dos piores danos e seu principal aeroporto estava programado para reabrir na quinta-feira. Todos os 25 mil turistas que estão na Jamaica foram localizados e poderão começar a deixar o país em poucos dias, afirmou Edmund Bartlett, ministro do Turismo da Jamaica, citado pelo New York Times.

    A tempestade levou horas para atravessar a Jamaica, o que reduziu seus ventos para a categoria 3, para depois subir novamente para 4. Cerca de cinco horas após tocar o solo de Cuba, o furacão havia perdido força novamente, atingindo a categoria 2.

    Em Cuba, pelo menos 241 comunidades permaneceram isoladas e sem comunicação após a passagem da tempestade pela província de Santiago, segundo informações preliminares da mídia estatal. As inundações e os deslizamentos decorrentes afetaram cerca de 140 mil moradores.

    Em toda a região leste do país, as autoridades haviam retirado cerca de 735 mil pessoas antes da chegada do furacão, em uma das maiores operações preventivas já realizadas na ilha. O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, alertou na terça-feira que o furacão causaria “danos significativos” e pediu que a população obedecesse às ordens de retirada.

    A tempestade não atingiu diretamente o Haiti, o país mais populoso do Caribe, mas o castigou com dias de chuva. Segundo autoridades citadas pelo jornal New York Times, pelo menos 23 morreram no país, em grande parte devido às inundações em Petit-Goave, uma cidade costeira a 64 km a oeste da capital, onde um rio transbordou.

    Pelo menos 10 crianças morreram e outras 12 pessoas estão desaparecidas, informou a agência de gestão de desastres do Haiti, acrescentando que mais de mil casas foram inundadas em todo o país e quase 12 mil pessoas foram levadas para abrigos de emergência.

    Cientistas afirmam que os furacões estão se intensificando mais rapidamente e com maior frequência como resultado do aquecimento das águas oceânicas causado pelas emissões de gases de efeito estufa.

    Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência do aquecimento global. Outro órgão ligado à ONU, o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), já afirmou em relatório que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças foi causada pela ação humana.

    Muitos líderes caribenhos têm pedido que nações ricas e altamente poluentes ofereçam reparações na forma de ajuda ou alívio da dívida de países da região.
    O Departamento de Estado anunciou que os Estados Unidos enviarão equipes de resposta a desastres para os países caribenhos afetados pelo furacão Melissa. Em anos anteriores, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) liderava os esforços de resposta a desastres relacionados a furacões no Caribe. Mas o governo Trump fechou a agência no início deste ano.

    O último fenômeno com força comparável foi o chamado “furacão do Dia do Trabalho”, que devastou o arquipélago de Florida Keys, nos Estados Unidos, em 1935, com ventos também próximos de 300 km/h. Desde o início dos registros oficiais da NOAA, em 1842, poucas tempestades atingiram níveis semelhantes de intensidade ao tocar terra.

    Entre todas essas categorias, apenas o tufão Goni, que atingiu as Filipinas em 2020, provocou ventos mais fortes e pressão mais baixa do que Melissa próximo à costa, embora os dados da NOAA não confirmem se essa intensidade se manteve no momento do impacto.

    Na série histórica, o recorde absoluto de ventos mais fortes pertence ao furacão Patricia, que se formou no Pacífico antes de atingir o México em outubro de 2015, com rajadas de 343 km/h, e com o tufão Nancy, em 1961, que registrou a mesma marca.

    Furacão Melissa segue para Bermudas após rastro de destruição no Caribe

  • Hamas afirma que entregará mais dois corpos de reféns nesta quinta

    Hamas afirma que entregará mais dois corpos de reféns nesta quinta

    Grupo terrorista havia suspendido devolução de cadáveres após ofensiva que matou centenas, segundo palestinos; Tel Aviv bombardeou o território nesta quinta (30); não há registros de mortos ou feridos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O braço armado do grupo terrorista Hamas anunciou que entregará os corpos de mais dois reféns nesta quinta-feira (30), dois dias após o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ordenar novos ataques aéreos contra a Faixa de Gaza.

    Tel Aviv justificou a ofensiva afirmando que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo, acusando o grupo de ter forjado a recuperação dos restos mortais de reféns.

    Os bombardeios mataram 104 pessoas, segundo autoridades palestinas ligadas ao Hamas, e representaram o episódio mais grave desde a entrada em vigor do acordo, escancarando a fragilidade da trégua estabelecida na região no último dia 10.

    Em resposta, o Hamas suspendeu a entrega de um corpo que estava prevista para ocorrer naquele mesmo dia. Israel então anunciou, nesta quarta-feira (29), ter retomado o cessar-fogo em Gaza. Diante do novo comprometimento, as Brigadas al-Qassam afirmaram que devolveriam os dois cadáveres às 16h (11h de Brasília) -segundo o Exército de Israel, a Cruz Vermelha busca os corpos, como tem feito desde o início da trégua.

    Ainda nesta quinta, segundo testemunhas relataram à Reuters, aviões israelenses realizaram dez ataques aéreos em Khan Yunis, no sul de Gaza, enquanto tanques bombardearam áreas a leste da Cidade de Gaza, no norte. Nenhum ferido ou morto foi relatado.

    O Exército israelense afirmou ter realizado “ataques precisos” contra “infraestruturas terroristas que representavam uma ameaça às tropas” nas áreas ainda ocupadas por Israel.

    Dos 28 cadáveres de reféns que permaneciam em poder do Hamas, 15 foram devolvidos às autoridades israelenses e puderam ser velados por suas famílias. O grupo terrorista afirma ter dificuldade de recuperar os 13 restantes sob o argumento de que os corpos estão sob escombros de construções atingidas por bombardeios de Tel Aviv.

    Na terça, o gabinete de Netanyahu afirmou que o Hamas entregou, na véspera, um caixão com parte dos restos mortais de Ofir Tzarfati, cujo corpo já havia sido parcialmente recuperado pelo Exército, em vez de corpos de reféns ainda não devolvidos.

    Tzarfati foi sequestrado nos ataques de 7 de outubro de 2023. Segundo o governo, uma parte dos seus restos mortais já havia sido recuperada em uma operação militar há aproximadamente dois anos.

    O Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, principal associação de famílias dos sequestrados, acusou o Hamas de ter quebrado o acordo de cessar-fogo em vigor desde o último dia 10 e pediu que o governo agisse “com firmeza contra essas violações”.

    Pelo acordo firmado, o Hamas libertou em 13 de outubro os 20 reféns vivos que ainda mantinha desde o ataque do 7 de Outubro. A facção deveria, segundo o acordo, ter entregado também os corpos de 28 reféns mortos.

    Hamas afirma que entregará mais dois corpos de reféns nesta quinta

  • Indiano preso injustamente por 40 anos nos EUA agora pode ser deportado

    Indiano preso injustamente por 40 anos nos EUA agora pode ser deportado

    Após ser absolvido por um assassinato cometido em 1980, Subramanyam Vedam, que passou 40 anos preso injustamente nos EUA, enfrenta agora o risco de deportação por uma antiga condenação por drogas, emitida quando ele tinha apenas 20 anos

    Subramanyam Vedam, de 64 anos, vive um novo pesadelo jurídico após ser libertado em agosto deste ano, depois de passar quatro décadas preso injustamente nos Estados Unidos. Condenado em 1983 pelo assassinato de seu colega de universidade, Thomas Kinser, em 1980, o indiano foi absolvido recentemente graças a novas provas de balística que haviam sido ocultadas pela promotoria.

    Vedam foi libertado da prisão na Pensilvânia no início de outubro, mas, em vez de voltar para casa com a irmã, acabou detido novamente — desta vez por agentes de imigração, devido a uma antiga ordem de deportação emitida em 1999.

    Natural da Índia, ele chegou legalmente aos Estados Unidos com apenas nove meses de idade e cresceu no Estado da Pensilvânia, onde sua família se estabeleceu na década de 1960. Na juventude, influenciado pelo movimento da contracultura dos anos 1970, Vedam passou a usar drogas. Em 1980, pediu carona ao amigo Kinser para comprar LSD em Lewisburg — o colega desapareceu e foi encontrado morto nove meses depois.

    Sem testemunhas e sem um motivo claro para o crime, a promotoria o transformou em principal suspeito. Ele foi condenado à prisão perpétua sem direito a condicional, além de responder por acusações de posse e venda de LSD.

    Durante os 40 anos de prisão, Vedam concluiu diversos cursos universitários, atuou como tutor de outros detentos e manteve um comportamento exemplar — tendo recebido apenas uma punição disciplinar em todo o período, por tentar levar arroz para dentro do presídio.

    Agora, seus advogados tentam impedir a deportação sob as rígidas políticas de imigração dos Estados Unidos. Eles argumentam que a antiga condenação por drogas, da época em que Vedam tinha 20 anos, não deve se sobrepor à injustiça de quatro décadas de encarceramento.

    “Quarenta e três anos de prisão injusta compensam qualquer erro de juventude”, afirmou a advogada de imigração Ava Benach à NBC News. “Ele construiu uma vida notável, mesmo atrás das grades.”

    Enquanto aguarda a decisão da Justiça de imigração, Subramanyam Vedam permanece sob custódia do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA), na Pensilvânia.

    Indiano preso injustamente por 40 anos nos EUA agora pode ser deportado

  • Trump ordena "início imediato" de testes de armas nucleares dos EUA

    Trump ordena "início imediato" de testes de armas nucleares dos EUA

    Donald Trump ordenou o início de testes nucleares nos Estados Unidos em resposta às recentes demonstrações de poder militar da Rússia e da China. A decisão, anunciada antes de seu encontro com Xi Jinping, reacende tensões globais e marca uma nova escalada na corrida armamentista

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ordenou ao Departamento de Defesa o início de testes com armas nucleares americanas. A medida foi divulgada poucas horas antes de um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, e ocorre em resposta a recentes ações da Rússia e da China no setor militar.

    “Devido aos programas de testes conduzidos por outros países, solicitei ao Departamento de Defesa que inicie imediatamente os nossos próprios testes de armas nucleares, em condições de igualdade”, escreveu Trump na Truth Social, sua rede social.

    O republicano destacou que os EUA detêm o maior arsenal nuclear do mundo. “Detesto ter que tomar essa decisão, mas não tenho alternativa. A Rússia está em segundo lugar, e a China, embora ainda distante, estará no mesmo patamar em cinco anos”, afirmou.

    O anúncio vem após o presidente russo, Vladimir Putin, ter comemorado o sucesso de um teste com o míssil de cruzeiro Bourevestnik, com propulsão nuclear e alcance ilimitado, que segundo ele seria capaz de escapar de qualquer sistema de defesa. Além disso, Putin revelou nesta semana um novo teste com o drone submarino Poseidon, também movido a energia nuclear e capaz de transportar ogivas atômicas.

    Durante visita a um hospital militar, o líder russo afirmou que o drone opera em grande profundidade e velocidade, o que, segundo ele, o torna “impossível de ser interceptado”.

    Trump criticou as ações de Moscou, chamando os testes russos de “inadequados” e pediu que Putin “ponha fim à guerra na Ucrânia”. O Kremlin não respondeu publicamente à declaração.
     

     
     
     
     
     

    Trump ordena "início imediato" de testes de armas nucleares dos EUA

  • Furacão Melissa deixa 32 mortos e um rastro de destruição no Caribe

    Furacão Melissa deixa 32 mortos e um rastro de destruição no Caribe

    Furacão Melissa provoca 32 mortes no Caribe, alaga cidades, derruba casas e deixa milhares de pessoas isoladas, sem energia e água potável em países como Haiti, Jamaica, Panamá, Cuba e República Dominicana. Equipes de resgate ainda tentam acessar regiões devastadas

    O furacão Melissa já causou, ao menos, 32 mortes em sua passagem pelo Caribe, com impactos severos no Haiti, Jamaica, Panamá, República Dominicana e Cuba. O Haiti é o país mais afetado até o momento, com 23 mortos, incluindo 20 vítimas de uma enchente causada pelo transbordamento do rio La Digue, na cidade de Petit-Goâve, a sul de Porto Príncipe.

    Segundo autoridades locais, entre os mortos estão 10 crianças. As inundações também deixaram 17 feridos, 13 desaparecidos e mais de 13 mil pessoas desalojadas. Várias regiões haitianas seguem sob chuvas torrenciais, e pelo menos dez rios transbordaram, comprometendo estradas, moradias, escolas e igrejas.

    Na Jamaica, o furacão atingiu a costa na terça-feira (28), em Black River, no sudoeste da ilha, como um dos mais fortes já registrados no Atlântico. Quatro pessoas morreram, mais de 500 mil ficaram sem energia elétrica e milhares estão desalojadas. A destruição levou o primeiro-ministro Andrew Holness a decretar o país como “zona de desastre”.

    Na República Dominicana, ainda que o fenômeno não tenha passado diretamente pelo país, as chuvas associadas ao furacão deixaram um morto e afetaram o abastecimento de água de mais de 1 milhão de pessoas, com diversos aquedutos comprometidos.

    O Panamá também foi atingido pela cauda do furacão, que provocou a morte de quatro pessoas — três delas menores de idade — e afetou diretamente mais de 1.100 moradores em diferentes províncias, segundo a Defesa Civil local.

    Em Cuba, Melissa tocou terra no extremo leste da ilha com ventos de até 193 km/h, causando inundações, deslizamentos de terra e grandes danos materiais. Milhões ficaram sem energia, centenas de casas desabaram, plantações foram alagadas e áreas inteiras estão isoladas. A Defesa Civil cubana alerta que as equipes de resgate ainda não conseguiram acessar algumas zonas rurais e montanhosas gravemente afetadas.

    O furacão Melissa, que começou como tempestade tropical, já deslocou mais de 700 mil pessoas na região e segue causando estragos, mesmo com a perda de intensidade nas últimas horas.
     
     

     

    Furacão Melissa deixa 32 mortos e um rastro de destruição no Caribe

  • Wole Soyinka, vencedor do Nobel, diz ter visto revogado após fazer crítica a Trump

    Wole Soyinka, vencedor do Nobel, diz ter visto revogado após fazer crítica a Trump

    O nigeriano afirmou ainda que não tem vontade de pisar em solo americano novamente, mas que deseja que os princípios de direitos humanos sejam respeitados

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O escritor nigeriano Wole Soyinka, que venceu o Nobel de Literatura, afirmou que teve seu visto americano revogado pelo governo Trump.

    Segundo afirmou em uma coletiva de imprensa nesta quarta, ele acredita que o motivo da recusa tenha sido um comentário que fez acerca do estilo e forma de governo do presidente americano.

    Soyinka, primeiro escritor negro a vencer o Nobel, havia dito que Trump é “uma versão branca de Idi Amin”, em referência ao ditador ugandense responsável por um governo brutal que matou estimadas 100 mil pessoas.

    Em sua fala nesta quarta, segundo o jornal britânico The Guardian, o autor não se mostrou afetado pela decisão do governo americano e disse que não acha que tenha sido um movimento feito para atacá-lo pessoalmente, mas algo relacionado às restrições da imigração dos Estados Unidos.

    O autor já teve um green card americano, mas, em protesto à primeira vitória de Trump, destruiu seu documento. Ele brincou, na época, que o papel teria “caído no meio de uma tesoura”.

    Em seu pronunciamento à imprensa, Soyinka leu uma carta em que denuncia a rejeição do governo americano. Ele afirma estar mais preocupado com “as pessoas que desaparecem por um mês após serem pegas ilegalmente em território estadunidense, as mães que são separadas de seus filhos por oficiais da Justiça”.

    O nigeriano afirmou ainda que não tem vontade de pisar em solo americano novamente, mas que deseja que os princípios de direitos humanos sejam respeitados no mundo inteiro.

    O governo Trump tem sido notório por recusar vistos por motivos políticos e retirar permissões já existentes, como no caso de estudantes universitários que se posicionaram a favor da Palestina. Aconteceu também com integrantes do governo brasileiro como ministros do Supremo Tribunal Federal e o chefe da pasta da Saúde, Alexandre Padilha.

    O Consulado Americano da Nigéria em Lagos decidiu não comentar sobre a remoção do visto do dramaturgo e poeta, que brincou que a ausência de resposta é uma “carta de amor”.

    Wole Soyinka, vencedor do Nobel, diz ter visto revogado após fazer crítica a Trump

  • Presos por roubo do Louvre 'admitem parcialmente' envolvimento no crime

    Presos por roubo do Louvre 'admitem parcialmente' envolvimento no crime

    Suspeitos foram detidos graças a rastros de DNA que deixaram na cena do crime; um deles tentava fugir do país; procuradora Laure Beccuau afirma que joias ainda não foram encontradas, mas que tem esperança de reavê-las

    PARIS, FRANÇA (CBS NEWS) – Os dois homens detidos no sábado (25) suspeitos de roubar joias do Louvre no último dia 19 “admitiram parcialmente” seu envolvimento no crime, informou nesta quarta-feira (29) a procuradora Laure Beccuau, encarregada do caso. As joias ainda não foram encontradas.

    Ela revelou novos detalhes da investigação, mas explicou que é preciso manter o sigilo em relação aos outros dois cúmplices que ainda não foram capturados e deu a entender que pode haver outros envolvidos.

    “Ainda guardo a esperança de que as joias possam ser encontradas e devolvidas ao Louvre e à nação. Quem comprá-las será culpado de receptação. Ainda está em tempo para restituí-las”, alertou Beccuau. Foram levadas nove joias da coroa francesa, das quais só uma foi recuperada, a coroa da imperatriz Eugênia, abandonada perto do local do crime.

    Os dois acusados moram em Aubervilliers, cidade da periferia norte de Paris.

    Um deles, argelino, 34, foi preso às 20h de sábado no aeroporto internacional Charles de Gaulle, com uma passagem só de ida para a Argélia. Trabalhou como lixeiro e entregador, mas estava desempregado. Tinha condenações por roubo e infrações de trânsito. Foi pego graças ao DNA colhido em uma das scooters usadas na fuga.

    O outro, 39, foi preso perto da própria residência. Trabalhava como motorista de táxi clandestino e tem duas condenações por roubo, em 2008 e 2014. Em um deles, assaltou um caixa eletrônico usando um automóvel para arrombar o equipamento. Deixou traços de DNA em uma das vitrines e em objetos abandonados na fuga, o que permitiu identificá-lo. A procuradora desmentiu a informação, divulgada por alguns veículos franceses, de que ele estaria se preparando para fugir para o Mali.

    Os dois, que são os suspeitos que entraram na Galeria de Apolo, continuam presos, enquanto os cúmplices que os ajudaram a subir até a janela do Louvre continuam foragidos. Os dossiês judiciais dos detidos podem ser consultados pelos advogados, mas os inquéritos relacionados aos fugitivos seguem em sigilo.

    Ainda segundo ela, não há indício de cumplicidade dentro do museu.

    “Não vou detalhar mais os elementos que conhecemos”, concluiu Beccuau.

    Um trabalho “minucioso e monumental” de análise de câmeras de segurança do Louvre e da cidade foi realizado pelos investigadores. Isso permitiu reconstituir o percurso antes do roubo -os quatro marcaram um ponto de encontro e pegaram a camionete com a plataforma usada para invadir o museu e as duas scooters. Deixaram o museu em direção ao leste de Paris e abandonaram as scooters, trocando-as por outro veículo.

    Ironicamente, a camionete foi roubada em uma cidade chamada Louvres, com “s”, no dia 10 de outubro. O dono da camionete foi chamado para um suposto serviço de mudança, mas, ao chegar, foi rendido por dois homens.

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