Categoria: MUNDO

  • Explosão de bomba da II Guerra Mundial faz um ferido nas Ilhas Salomão

    Explosão de bomba da II Guerra Mundial faz um ferido nas Ilhas Salomão

    Artefato enterrado há mais de 80 anos detonou perto de um estádio de rúgbi em Honiara. O fogo em uma árvore próxima pode ter provocado a explosão, que reacende o alerta sobre bombas remanescentes no Pacífico

    Uma explosão causada por uma bomba da Segunda Guerra Mundial deixou um ferido e provocou pânico na noite de quinta-feira (31) em Honiara, capital das Ilhas Salomão, no Pacífico Sul. O artefato, que estava enterrado há mais de 80 anos, detonou nas proximidades de um estádio de rúgbi, na zona oeste da cidade.

    Segundo a Polícia Real das Ilhas Salomão, um jovem ficou ferido e foi levado ao hospital local, onde permanece em estado estável.

    Moradores relataram momentos de desespero após o forte estrondo. “Eram cerca de 18h30, quando uma enorme explosão aconteceu bem em frente ao estádio, causando muito pânico”, contou Robert Iroga, editor da Solomon Business Magazine Online, à emissora ABC News Australia. Ele mora próximo ao local e disse que a explosão foi “chocante e muito assustadora”.

    De acordo com Iroga, o artefato pode ter explodido após o fogo de uma árvore atingir o solo onde a bomba estava enterrada. “O fogo estava queimando há alguns dias e acabou alcançando as raízes da árvore e o ponto onde o explosivo estava”, explicou.

    O jornalista lembrou que o país já registrou outros acidentes semelhantes. Em 2021, uma explosão de outro artefato da Segunda Guerra matou uma pessoa e deixou três feridas durante um evento beneficente, quando moradores acenderam uma fogueira sem saber que havia uma bomba no local.

    Durante a Segunda Guerra Mundial, a ilha de Guadalcanal, onde fica Honiara, foi palco de batalhas intensas entre forças dos Estados Unidos e do Japão. Toneladas de granadas, minas e munições foram deixadas para trás após o conflito.

    Até hoje, milhares de artefatos explosivos não detonados permanecem espalhados pelas Ilhas Salomão e por outras nações do Pacífico. Autoridades locais e equipes internacionais trabalham na identificação e remoção desses materiais, mas especialistas afirmam que o risco de novas explosões ainda é alto, especialmente em áreas rurais e florestadas.

    Explosão de bomba da II Guerra Mundial faz um ferido nas Ilhas Salomão

  • Muito do que contaram a Trump sobre Brasil não é verdade, diz irmão de Joesley

    Muito do que contaram a Trump sobre Brasil não é verdade, diz irmão de Joesley

    Júnior Friboi diz ter visto prós e contras nos desdobramentos do tarifaço; primogênito dos irmãos Batista avalia que polarização teve impacto na crise entre EUA e Brasil

    LONDRES, REINO UNIDO (CBS NEWS) – Passadas as conversas que levaram à abertura de diálogo entre os governos americano e brasileiro sobre o tarifaço de Donald Trump, José Batista Junior, o primogênito dos irmãos Batista, avalia que a polarização teve impacto na crise.

    Júnior Friboi, como é conhecido o empresário da família gigante do setor de carnes, diz que ainda não se encontrou com Joesley depois que o irmão esteve pessoalmente com Trump para tratar do tema em setembro.

    Em entrevista concedida nesta sexta-feira (31), durante evento do Lide, que reuniu empresários em Londres, Júnior fez um relato sobre o encontro de Joesley com Trump. Ele afirmou que a ideia era falar do tamanho das operações que a família possui nos Estados Unidos. Com isso, relatou Júnior, Joesley também conversou com o presidente americano sobre a realidade brasileira.

    “Tem muita conversa distorcida, e nós fomos falar a verdade, a realidade do que está acontecendo no Brasil. E ele escutou e deu toda a atenção. E achou que seria muito favorável encontrar com o presidente do Brasil para que os dois países continuassem a conversar e a fazer bons negócios e voltar a ter um bom relacionamento. Tem muita coisa que estão dizendo para o governo americano que não é verdade”, disse Júnior aos jornalistas.

    Quando anunciou o tarifaço contra o Brasil, em julho, Trump citou expressamente entre as justificativas o caso de Jair Bolsonaro na Justiça brasileira em meio às movimentações do filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, em Washington.

    Questionado se Trump foi enganado antes de decidir sobretaxar o Brasil, Júnior afirma que algumas palavras podem ter sido incompatíveis.

    “Eu não digo que enganou, mas eu acredito que, em função da polarização em que o Brasil está hoje, da divisão política em que o Brasil está hoje, algumas informações para alcançar o poder, para tentar voltar ao poder, eu acredito que faz toda influência. Eu acho que tem algumas palavras, algumas conversas, que não são compatíveis com a realidade do que nós estamos passando hoje. É basicamente isso, nada diferente do que nós falamos para eles, que o Brasil é um país pacífico”, relatou Júnior.

    Do ponto de vista econômico, ele afirma ter visto prós e contras nos desdobramentos do tarifaço.

    “Por um lado, é ruim porque você deixa de vender. Por outro lado, foi muito bom, porque nós abrimos outros mercados que não tínhamos. Deu uma grande oportunidade. Essas tarifas impostas pelos Estados Unidos fizeram com que o mundo procurasse o Brasil”, disse Júnior.

    “Abrimos [mercado em] China, Indonésia, Vietnã, abrimos tantos outros mercados. Os mercados asiáticos que nós começamos a buscar estão buscando o Brasil para substituir alguns produtos americanos por causa dessas condições de taxação americana”, afirmou.

    Júnior afirmou que, a despeito da taxação imposta por Trump, a exportação ainda compensa. “Ainda é viável exportarmos para os EUA por causa da diferença do preço que está no mercado interno americano para o mercado interno brasileiro.

    “Para se ter uma ideia, o boi nos EUA hoje está a US$ 120 a arroba. No Brasil é US$ 60”, disse.

    Ele argumenta que os Estados Unidos estão reduzindo a produção de rebanho, o que eleva a necessidade de carne brasileira para a indústria.

    Muito do que contaram a Trump sobre Brasil não é verdade, diz irmão de Joesley

  • Número de mortos pelo furacão Melissa no Caribe sobe para 50

    Número de mortos pelo furacão Melissa no Caribe sobe para 50

    Haiti diz que há 20 desaparecidos; tempestade passa pela região das Bermudas, com ventos máximos de 155 km/h; segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, o fenômeno deve se transformar em um ciclone extratropical

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O número de mortos pelo furacão Melissa subiu para 50, segundo balanços oficiais divulgados nesta sexta-feira (31), enquanto continuava avançando pela região das Bermudas, com ventos máximos de 155 km/h. A tempestade, porém, perdeu força. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), o fenômeno deve se transformar em ciclone extratropical.

    No Haiti, o balanço de vítimas subiu para 31, com outras 20 pessoas ainda desaparecidas. Do total de mortes, dez eram crianças. O país, o mais populoso do Caribe, não foi atingido diretamente, mas sofreu dias de chuvas torrenciais com a passagem do furacão.

    A maioria dos óbitos ocorreu em Petit-Goâve, uma cidade costeira a 64 km a oeste da capital, onde um rio transbordou, arrastando casas e destruindo estradas e plantações.

    Na Jamaica, o número de mortes foi de 5 para 19, segundo o governo. Os trabalhos de busca e de resgate continuam. Centenas de estradas foram bloqueadas por quedas de árvores e postes, deixando áreas inteiras isoladas.

    O Exército jamaicano convocou reservistas para atuar nas operações para limpar as vias e alcançar pessoas nessas regiões pouco acessíveis. Mais de 70% da população ficou sem luz elétrica, segundo o ministro de Energia, Daryl Vaz.

    A capital, Kingston, foi poupada dos piores danos, e o principal aeroporto internacional reabriu para permitir o pouso de voos com ajuda humanitária. Autoridades disseram que algumas cidades estavam submersas.

    O Melissa chegou a alcançar a categoria 5, o nível máximo na escala de intensidade, e, na Jamaica, tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo na costa do Atlântico em 90 anos na terça-feira (28), com ventos próximos de 300 km/h, segundo análise da agência de notícias AFP com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

    Em Cuba, o furacão deixou um rastro de destruição nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo, com ventos de categoria 3. Cerca de 735 mil pessoas foram deslocadas para abrigos ou casas de familiares. Apesar dos danos, o líder cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que não foram registradas mortes.

    Nas Bahamas, por onde o fenômeno passou na quarta-feira (29), os alertas de furacão foram suspensos, mas autoridades mantêm regiões esvaziadas de forma preventiva.

    O Melissa foi rebaixado para a categoria 2 e, na noite de quinta, estava a 264 km das Bermudas. Uma tempestade tropical atingiu o país, mas os moradores permaneciam calmos. As autoridades anunciaram o fechamento da ponte principal da ilha e a suspensão das aulas e balsas nesta sexta.

    Os Estados Unidos enviaram equipes de busca e resgate à Jamaica, ao Haiti, à República Dominicana e a Bahamas, e ofereceram ajuda a Cuba. Outros países também anunciaram apoio. O Reino Unido prometeu US$ 3,3 milhões (R$ 17,7 milhões) em ajuda emergencial e iniciou voos de repatriação para britânicos na Jamaica. A Venezuela enviou 26 toneladas de suprimentos a Cuba, e El Salvador anunciou que enviaria três aviões de ajuda humanitária para a Jamaica.

    Cientistas do Imperial College de Londres afirmaram que a intensidade e o poder destrutivo de Melissa foram amplificados pelas mudanças climáticas. Especialistas alertam que o aquecimento dos oceanos tem tornado furacões mais frequentes e intensos.

    O serviço meteorológico AccuWeather classificou o Melissa como o terceiro furacão mais intenso já registrado no Caribe e também o mais lento, o que aumentou o impacto destrutivo nas áreas afetadas.

    Número de mortos pelo furacão Melissa no Caribe sobe para 50

  • Trump diz não considerar ataques dentro da Venezuela após pressão sobre Maduro

    Trump diz não considerar ataques dentro da Venezuela após pressão sobre Maduro

    Presidente americano autorizou operações secretas no país da América do Sul com objetivo de derrubar o ditador; Washington reforça presença militar nas águas internacionais sul-americanas sob pretexto de combater tráfico

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (31) que não considera ordenar ataques dentro da Venezuela. A declaração ocorre após semanas de tensão nas águas internacionais da América do Sul e de pressão sobre o regime do ditador Nicolás Maduro.

    É, ainda, um recuo retórico de Trump. O presidente americano havia insinuado na semana passada que poderia ordenar bombardeios em solo contra cartéis de drogas latino-americanos -necessariamente, isso implicaria em violações da soberania de países como México, Colômbia e Venezuela.

    Nos últimos meses, os EUA reforçaram a presença militar na região com o envio de caças, navios de guerra e milhares de soldados, superando o poder de fogo de toda a Venezuela. Washington devem expandir essa presença ainda mais com os deslocamentos do USS Gerald R. Ford, o maior e mais poderoso porta-aviões do mundo, e outras embarcações que o acompanham.

    Questionado nesta sexta por jornalistas a bordo do avião presidencial americano se avalia a possibilidade de ataques dentro da Venezuela, Trump foi monossilábico: “Não”.

    Em outubro, Trump confirmou ter autorizado a CIA, a agência de espionagem dos EUA com histórico de interferência na América Latina, a fazer operações secretas e letais dentro da Venezuela com o objetivo de derrubar Maduro do poder. Em conversa com a imprensa na Casa Branca, no último dia 15, o republicano disse que o país sul-americano “está sentindo a pressão” e, na ocasião, não descartou operações em terra.

    Nesta quinta-feira (30), o Wall Street Journal disse em reportagem que as Forças Armadas americanas já identificaram alvos do Exército da Venezuela supostamente relacionados ao tráfico de drogas que poderiam ser atacados caso Trump dê a ordem. Um ataque direto contra solo venezuelano seria uma mensagem inequívoca de que Maduro precisa renunciar, segundo autoridades ouvidas pelo jornal sob condição de anonimato.

    O ditador é acusado pelos EUA de tráfico internacional e de corrupção, o que ele nega. Ele diz que Trump tenta mudar o regime, mas que o povo e as Forças Armadas do país impedirão qualquer tentativa de derrubá-lo. O líder chavista foi empossado para um terceiro mandato neste ano, apesar de organizações internacionais independentes indicarem a vitória da oposição nas eleições que ocorreram no ano passado.

    Trump tem justificado ataques contra embarcações na América Latina, desde setembro, com o argumento de combate ao narcotráfico. Segundo dados divulgados por Washington, 62 pessoas morreram em 16 ações do tipo. No entanto, nenhuma evidência foi apresentada de que os barcos estivessem ligados ao tráfico de drogas.

    Mesmo que estivessem, a justificativa da Casa Branca é considerada vaga e controversa por especialistas em direito internacional, e o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, disse nesta sexta que os ataques são inaceitáveis. “Os EUA devem interrompê-los e tomar todas as medidas necessárias para impedir a matança extrajudicial das pessoas a bordo dessas embarcações, não importa os crimes dos quais são acusadas”, afirmou.

    A campanha militar também é questionada por parlamentares americanos, que se movimentam há semanas para aprovar uma legislação a fim de restringir os ataques. Membros do comitê das Forças Armadas do Senado, que fiscaliza os militares americanos, disseram não ter recebido informações detalhadas sobre os bombardeios ou sobre os supostos traficantes mortos.

    A Casa Branca afirma que, tendo classificado os cartéis de drogas latino-americanos como grupos terroristas, está autorizada a agir contra eles mesmo quando não há ameaça iminente, assim como os EUA fizeram em países como a Líbia, a Somália e o Iraque durante a Guerra ao Terror.

    Senadores democratas e alguns republicanos, entretanto, citam o fato de que os supostos traficantes poderiam ter sido capturados, que facções criminosas não são comparáveis a grupos terroristas com objetivos políticos, e que não há provas suficientes de que os mortos de fato eram traficantes de drogas.

    Diante da crescente presença militar americana na região, a oposição na Venezuela se divide sobre como reagir. O grupo liderado pela vencedora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, apoia o governo Trump e defende o reforço americano na região. Já a ala comandada por Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência, rejeita qualquer intervenção armada e propõe retomar negociações com Maduro e Washington, apesar do histórico de impasses.

    Já o regime em Caracas teria pedido assistência militar a aliados como China, Rússia e Irã em preparação para uma escalada militar, de acordo com documentos da inteligência americana aos quais o jornal The Washington Post teve acesso. Segundo o veículo, a Venezuela teria solicitado radares, peças de reposição de aviões e mísseis a Pequim, Moscou e Teerã.

    Trump diz não considerar ataques dentro da Venezuela após pressão sobre Maduro

  • Não é só Rússia e Estados Unidos: saiba quais países têm armas nucleares

    Não é só Rússia e Estados Unidos: saiba quais países têm armas nucleares

    Estima-se que existam atualmente cerca de 12.500 armas nucleares no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU)

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) que o país estava retomando em caráter imediato os testes de seu arsenal nuclear. Trump justificou a decisão afirmando que Rússia e China devem supostamente equiparar o número de armas americanas em cinco anos.

    QUAIS PAÍSES TÊM ARMAS NUCLEARES?

    Há cerca de 12.500 armas nucleares no mundo, estima a ONU (Organização das Nações Unidas). Além disso, mais de 2.000 testes já foram conduzidos desde a invenção das armas mais perigosas do mundo.

    Nove países possuem armas nucleares atualmente: Rússia, EUA, China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte. A informação é de levantamentos de 2025 da Ican (Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares) e da FAS (Federação de Cientistas Americanos), organização fundada em 1945 por cientistas que participaram do Projeto Manhattan, criador da primeira bomba atômica.

    Nenhum dos nove assinou o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, firmado na ONU em 2017. O documento entrou em vigor em 2021.

    Irã é ponto de interrogação potencialmente ameaçador. O país do Oriente Médio assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, entre outros compromissos de interrupção de seu programa nuclear, mas teria violado os termos. A acusação formal foi feita por representantes da França, do Reino Unido e da Alemanha na ONU em setembro. Por isso, o Irã volta a enfrentar sanções ocidentais. Não se sabe, contudo, qual é o seu “poder de fogo”.

    EUA é o único país do “grupo dos nove” cujo arsenal encolheu, segundo a FAS. Em 2025, os EUA perderam 1.477 armas nucleares, mas não incrementaram o portifólio. Os russos também aposentaram 1.150 armas, mas seu arsenal estaria em fase de expansão. Os arsenais de Reino Unido, China, Coreia do Norte, Índia e Paquistão também crescem, enquanto França e Israel se mantêm estáveis.

    Há países que apenas armazenam armas nucleares para outras nações. Atualmente, a Bielorrússia ainda guarda armamentos para a Rússia, segundo o Sipri (Instituto Internacional de Pesquisa sobre a Paz de Estocolmo, na tradução da sigla em inglês). Cazaquistão e Ucrânia, no entanto, entregaram seus arsenais à antiga União Soviética ao se separarem do antigo país.

    OS ARSENAIS DO “G9 NUCLEAR”

    1º: Rússia

    Número de armas nucleares: 5.459, que podem ser lançadas de mísseis, submarinos e aeronaves, segundo a Ican. Já a FAS estima que o número hoje seja menor, de cerca de 4.309, mas ainda, sim, em franco crescimento. 1.150 foram “aposentadas” recentemente.

    Estratégia: Os EUA já acusaram a Rússia de manter armas nucleares também no espaço, enquanto o país confirmou que ainda mantém a “Mão Morta”, o sistema soviético semiautomático de armas nucleares que tem fama de “apocalíptico”.

    Histórico: Em 2024, a Rússia gastou cerca de US$ 8,1 bilhões para construir e manter forças nucleares. Entre 1949 e 1990, a ex-URSS testou 715 armas nucleares no Cazaquistão, na Ucrânia e no território russo atual.

    2º: EUA

    Número de armas nucleares: 5.177, que podem ser lançadas de mísseis, submarinos e aeronaves, segundo a Ican. Já a FAS estima que o número hoje seja menor, de cerca de 3.700, após 1.477 terem sido “aposentadas”.

    Estratégia: Seus mísseis balísticos intercontinentais estão situados em silos em Montana, Dakota do Norte e Wyoming. Outras bases com mísseis importantes também estão espalhadas pelo meio-oeste, como no Missouri, por questões estratégicas: de lá, é possível chegar rapidamente a qualquer uma das duas costas do país.

    Histórico: Em 2024, os EUA gastaram cerca de US$ 56,8 bilhões para construir e manter forças nucleares. Entre 1945 e 1992, o único país a já ter usado bombas atômicas conduziu 1.030 testes nucleares, a maioria no estado de Nevada e nas Ilhas Marshall, mas alguns nas ilhas Malden e Kiritimati, no Alasca, Colorado, Mississippi, Novo México e no Oceano Atlântico.

    3º: China

    Número de armas nucleares: Cerca de 600, que podem ser lançadas de mísseis, submarinos e aeronaves, segundo a Ican.

    Histórico: Em 2024, a China gastou US$ 12,5 bilhões para construir e manter suas forças nucleares. Entre 1960 e 1996, o país conduziu um total de 45 testes nucleares em seu território.

    4º: França

    Número de armas nucleares: 290, que podem ser lançadas de submarinos ou mísseis lançados de aeronaves, segundo a Ican.

    Estratégia: Sua frota de submarinos está situada na península de Île Longue, ao sul de Brest, na região francesa da Bretanha.

    Histórico: Em 2024, a França gastou US$ 6,9 bilhões para construir e manter suas forças nucleares. Entre 1960 e 1996, o país conduziu um total de 210 testes nucleares na Argélia e na Polinésia Francesa.

    5º: Reino Unido

    Número de armas nucleares: 225, que podem ser lançadas de submarinos, segundo a Ican.

    Estratégia: Seus submarinos nucleares estão localizados na costa da Escócia; um se mantém de patrulha o tempo inteiro. Em 2021, o Reino Unido anunciou que aumentaria o limite de seu arsenal nuclear pela primeira vez em décadas, em vez de diminuir para o antigo alvo de 180 ogivas na década de 2020. O objetivo atual é chegar a 260.

    Histórico: Em 2024, o Reino Unido gastou cerca de US$ 10,4 bilhões para construir e manter forças nucleares. Entre 1952 e 1991, o país conduziu 45 testes nucleares, além de 12 explosões e 600 testes “menores” entre 1952 e 1963 na Austrália. Entre 1957 e 1962, realizou ainda 33 testes com os EUA em Malden e Kiribati.

    6º: Índia

    Número de armas nucleares: 180, que podem ser lançadas de mísseis ou aeronaves, segundo a Ican. Não está claro se o país possui submarinos com estas habilidades.

    Histórico: Em 2024, a Índia gastou US$ 2,6 bilhões para construir e manter suas forças nucleares. Entre 1971 e 1998, o país conduziu três testes nucleares.

    7º: Paquistão

    Número de armas nucleares: 170, que podem ser lançadas de mísseis ou aeronaves, segundo a Ican. Ainda está em desenvolvimento o lançamento de submarinos.

    Histórico: Em 2024, o Paquistão gastou US$ 1,1 bilhão para construir e manter suas forças nucleares. O país só realizou dois testes até nesta hoje, em 1998.

    8º: Israel

    Número de armas nucleares: 90. Não há informações oficiais sobre este arsenal, que Israel não confirma nem nega ter. Mas a Ican estima que o país seja capaz de lançamentos de submarinos, mísseis e aeronaves.

    Histórico: Em 2024, Israel teria gasto US$ 1,1 bilhão para construir e manter suas forças nucleares. O país ainda teria conduzido um teste nuclear com a África do Sul, que já aposentou seu programa nuclear, em 1979. O lançamento foi feito no oceano, entre o sul da África e a Antártida.

    9º: Coreia do Norte

    Número de armas nucleares: 50, que podem ser lançadas de mísseis, segundo a Ican.

    Histórico: Em 2023, os parlamentares norte-coreanos votaram para garantir o programa nuclear em sua constituição, como política básica de Estado. O país é o único a ter realizado testes nucleares no século 21, com seis conduzidos entre 2006 e 2017.

    Não é só Rússia e Estados Unidos: saiba quais países têm armas nucleares

  • Trump não descarta explodir ogiva nuclear em teste

    Trump não descarta explodir ogiva nuclear em teste

    Presidente foi questionado porque não deixou claro se a retomada de ensaios que ordenou incluía a bomba em si; EUA divulgam alerta de perigo de navegação que sugere teste com míssil desarmado no Pacífico em 5 ou 6 de novembro

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente Donald Trump não descartou que a retomada dos testes com armas nucleares dos Estados Unidos inclua a detonação subterrânea de uma ogiva atômica, algo que o país parou de fazer há 33 anos.

    Falando a jornalistas no Air Force One nesta sexta-feira (31), o americano voltou a jogar na confusão, dois dias após ter dito que iria retomar testes com essas armas de destruição em massa em resposta aos recentes ensaios de novos armamentos russos e ao crescimento do arsenal chinês.

    Como não ficou claro se ele falava em testar mísseis desarmados, por exemplo, ele foi questionado se seu anúncio na visita à Coreia do Sul incluía a explosão de um artefato nuclear. “Você vai descobrir logo, mas nós vamos ter que fazer algum teste”, disse, com a usual imprecisão.

    “Outros países fazem. Se eles estão fazendo, nós vamos fazer, OK?”, completou. O mais recente teste nuclear conhecido de uma das nove potências atômicas do mundo ocorreu em 2017, na Coreia do Norte.

    Os testes feitos pela Rússia, anunciados com pompa pelo presidente Vladimir Putin, foram de duas novas armas capazes de transportar ogivas atômicas que são movidas por reatores nucleares miniaturizados, o que lhes dá autonomia quase ilimitada.

    São elas o torpedo autônomo Poseidon e o míssil de cruzeiro Burevestnik.

    Como não foram apresentadas imagens ou dados dos testes, especialistas no setor receberam o sucesso dos ensaios com ceticismo, mas bem mais moderado do que quando Putin anunciou que as produziria, no famoso discurso das “armas invencíveis” de 2018.

    Após os anúncios de Putin, Trump retomou o tema. O Kremlin reagiu dizendo o óbvio, que não havia explodido nenhuma bomba, mas voltou a dizer que o faria se os EUA o fizessem, dando início a uma marcha da insensatez retórica, agora reforçada pelo americano novamente.

    “É difícil saber o que ele [Trump] quer dizer. Como de costume, é incerto, exagerado e errado”, afirmou no X o dinamarquês Hans Kristensen, um dos mais reconhecidos especialistas em armas nucleares, da FAS (Federação dos Cientistas Americanos).

    “Espero que fique apenas em alguns testes de Minuteman”, escreveu por sua vez o russo Pavel Podvig, pesquisador do centro da ONU que estuda questões de desarmamento, em referência ao míssil padrão para lançamento de silos terrestres dos EUA.

    Ele pode estar certo. Nesta sexta, os americanos emitiram um alerta de perigo à navegação na região do campo de testes Ronald Reagan, no oceano Pacífico.

    É lá que caem os mísseis Minuteman-3 lançados em testes da base de Vandenberg, na Califórnia. A previsão é de bloqueio da região a navios nos dias 5 e 6 de novembro.

    Além da Rússia, a China também se queixou de Trump na quinta (9). O americano fizera seu primeiro anúncio na véspera, publicando em rede social a informação pouco antes de se encontrar com o líder Xi Jinping no porto sul-coreano de Busan.

    O Pentágono já expressou mais de uma vez preocupação com o crescimento do arsenal chinês, que mais que dobrou nos últimos anos, chegando segundo a FAS a 600 ogivas. Ainda é pálido ante as 5.459 russas e as 5.177 americanas, espólio da Guerra Fria, mas está aumentando.

    Os americanos também dizem temer a aliança existente entre Moscou, Pequim e Pyongyang, a potência com menor arsenal, cerca de 50 bombas, em uma hipotética guerra coordenada contra Washington.

    A preocupação com a ligeireza com que o tema da proliferação e dos riscos nucleares voltou ao noticiário nos últimos anos, mas acentuou-se com as ameaças nucleares de Putin depois de invadir a Ucrânia, a tensão na península coreana e com a volta de Trump ao poder. O assunto chegou a best-sellers (“Guerra Nuclear – Um cenário) e ao cinema (“Casa de Diamante”).

    A associação japonesa dos sobreviventes da bomba de Hiroshima, a primeira arma do tipo usada em guerra, em 1945, enviou carta pedindo ao americano para não fazer testes.

    Os EUA realizaram seu último teste de arma nuclear em 1992. A União Soviética promoveu a última detonação em 1990, o Reino Unido em 1991, França e China, em 1996, e o Paquistão em 1998. Já os belicosos norte-coreanos explodiram seis bombas entre 2006 e 2017.

    Existe um tratado banindo os testes nucleares completamente, de 1996, assinado por EUA, Rússia e China, mas ele não está valendo porque vários países, incluindo essas potências, ainda não o ratificaram.

    Trump não descarta explodir ogiva nuclear em teste

  • Rússia alerta Estados Unidos contra possíveis testes nucleares

    Rússia alerta Estados Unidos contra possíveis testes nucleares

    Sergei Shoigu, ex-ministro da Defesa russo, disse que os testes nucleares dos Estados Unidos afetam a estabilidade estratégica de vários países

    Nesta sexta-feira (31), o secretário do Conselho de Segurança russo alertou que os testes nucleares dos Estados Unidos afetam a estabilidade estratégica de vários países, garantindo que a Rússia está pronta para realizar também ensaios nucleares.

    Sergei Shoigu, ex-ministro da Defesa russo, disse à imprensa russa que as recentes declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, não são vistas com ‘bons olhos’.

    “Não queremos que a estabilidade estratégica continue a se deteriorar”, afirmou Shoigu.

    No entanto, observou que a Rússia sempre manteve os seus campos de testes abertos “para que conservem as suas capacidades e possam ser utilizados, se necessário”.

    “Trata-se, naturalmente, o campo de testes de Novaya Zemlya”, localizado no arquipélago ártico com o mesmo nome, indicou.

    Shoigu esclareceu, no entanto, que a Rússia não realizará testes nucleares se os Estados Unidos não o fizerem, uma posição que “não é nova”.

    Acrescentou que, embora não tenham sido realizados testes nucleares nas últimas décadas, “os testes não pararam em nenhum país, nem por um único dia, nem por uma única hora. Apenas foram realizados digitalmente; não foram realizados testes físicos, mas sim com modelos matemáticos”.

    “Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra para começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de circunstâncias. Este processo começará imediatamente”, afirmou Trump na quinta-feira através da plataforma Truth Social.

    No entanto, permanece incerto se o líder norte-americano se referia aos testes de lançamento de armas nucleares ou a testes nucleares reais, sejam eles acima ou abaixo do solo.

    Mais tarde, a bordo do Air Force One, após retorno da Coreia do Sul, Trump afirmou que o seu anúncio de retomada imediata dos testes nucleares tinha como foco alcançar a “desnuclearização” e incluir a China nas negociações do tratado de não-proliferação com a Rússia.

    O anúncio de Trump surgiu depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado exercícios nucleares terrestres, marítimos e aéreos a partir do Kremlin, em 22 de outubro, e anunciado, nos últimos dias, testes de dois sistemas de armas nucleares de nova geração: o míssil de cruzeiro Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon.

    Em resposta, o Kremlin esclareceu Trump que a Rússia não realizou qualquer teste nuclear, sendo o último deles realizado pela União Soviética em 1990.

    Rússia alerta Estados Unidos contra possíveis testes nucleares

  • Jovem em coma acorda, denuncia namorada por acidente e morre dias depois

    Jovem em coma acorda, denuncia namorada por acidente e morre dias depois

    Daniel Waterman, de 22 anos, contou à polícia que a namorada acelerou o carro de propósito durante uma discussão. Ela foi acusada de homicídio após a morte do jovem e a família luta pela guarda da filha do casal

    Um jovem norte-americano que havia entrado em coma após um grave acidente de carro conseguiu acordar tempo suficiente para denunciar a própria namorada como responsável pela tragédia — pouco antes de morrer.

    Daniel Waterman, de 22 anos, morador de Nova York, sofreu o acidente na noite do Super Bowl, em fevereiro deste ano. Ele estava no carro com a namorada, Leigha Mumby, de 24 anos, que dirigia o veículo em alta velocidade quando perdeu o controle e bateu contra uma árvore.

    Daniel ficou gravemente ferido e precisou ser colocado em coma induzido. Segundo o New York Post, em maio ele recobrou a consciência por tempo suficiente para prestar depoimento à polícia.

    De acordo com o relato de Daniel, o casal discutia no momento do acidente. Ele contou que a namorada, durante a briga, acelerou o carro e disse: “Você vai ter o que merece.” A discussão teria começado depois que Leigha revelou estar grávida e, em seguida, viu mensagens de outra mulher no celular de Daniel.

    Leigha também ficou ferida, mas se recuperou. À polícia, afirmou não se lembrar do que causou o acidente. A mulher deu à luz meses depois.

    Após despertar do coma, Daniel apresentou melhoras e chegou a ser transferido para outro hospital. Porém, em outubro, contraiu uma pneumonia e morreu no dia 8 daquele mês.

    Inicialmente, Leigha Mumby foi acusada de condução imprudente com lesão grave. Depois da morte do namorado, a acusação foi alterada para homicídio, segundo a revista People.

    Agora, a família de Daniel trava uma batalha judicial para obter a guarda da bebê, que acreditam ser filha dele.
    “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para trazê-la para casa. Ele queria que ela fosse criada em Nova York, com a família dele”, declarou a mãe da vítima.

    Jovem em coma acorda, denuncia namorada por acidente e morre dias depois

  • Polonesa que diz ser Madeleine McCann chora e reafirma: “Sou eu”

    Polonesa que diz ser Madeleine McCann chora e reafirma: “Sou eu”

    Julia Wandelt, de 24 anos, declarou novamente em tribunal que acredita ser Madeleine McCann, desaparecida em 2007, apesar de exames de DNA comprovarem que não há qualquer ligação entre elas

    Julia Wandelt, de 24 anos, voltou a chorar em tribunal ao afirmar diante do júri que é Madeleine McCann, a menina britânica que desapareceu em Portugal em 2007, aos três anos de idade. A jovem polonesa é acusada de perseguir a família McCann após alegar ser a própria Maddie. A promotoria, no entanto, insiste que é “extremamente óbvio” que ela não é a criança desaparecida.

    Durante a audiência, o promotor Michael Duck KC voltou a dizer que não há qualquer evidência que ligue Julia à família McCann. Em prantos, ela respondeu: “Acredito que sou. Não me importo se as pessoas disserem que não. Estou simplesmente exausta. Quero saber quem sou. Se eu não for, tudo bem. Só estou cansada”.

    O promotor apresentou em tribunal os resultados de testes de DNA que mostram que Julia não tem qualquer relação genética com Madeleine. Ao ser questionada se aceitava essa conclusão, ela respondeu: “Supondo que o teste seja da Madeleine, então sim”.

    Questionada sobre o motivo de os McCann não responderem às suas mensagens e ligações, Julia afirmou que “talvez não lhes fosse permitido”. “Ainda não consigo acreditar que os pais de uma criança desaparecida não queiram seguir uma pista”, disse, acrescentando que “desperdiçou três anos e meio tentando descobrir quem é” e que “não deveria estar no banco dos réus”.

    No primeiro dia do julgamento, Wandelt também chorou ao ser confrontada com o fato de não haver qualquer vínculo entre ela e os McCann. Na ocasião, tentou deixar a sala de audiências em prantos.

    O julgamento teve início em outubro e já contou com depoimentos de Kate e Gerry McCann, dos filhos gêmeos Amelie e Sean, e de amigos da família. Julia foi presa em fevereiro, no aeroporto de Bristol, no Reino Unido, e responde a quatro acusações de perseguição. Entre as ações atribuídas a ela estão ligações telefônicas, mensagens de voz, cartas e mensagens de WhatsApp enviadas aos pais de Madeleine.

    Em seu primeiro depoimento, Julia contou que começou a desconfiar da própria identidade na adolescência, quando fazia terapia por episódios de automutilação. Ela afirmou que sempre estranhou suas diferenças físicas em relação aos pais e que eles se recusavam a mostrar fotos de infância, a certidão de nascimento ou a fazer um teste de DNA.

    Durante outra sessão, a jovem relatou que chegou a ir até a casa da família McCann, em 7 de dezembro de 2024, para tentar falar com Kate e Gerry. “Disse ‘Kate’, ela se virou e começou a chorar. Eu também chorei”, contou Julia, afirmando que Kate se recusou a conversar e ameaçou chamar a polícia.

    Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007, enquanto dormia com os irmãos em um apartamento na Praia da Luz, no Algarve. O caso, que ganhou repercussão mundial, continua sem solução. Em 2023, o alemão Christian Brückner foi apontado como principal suspeito pelo Ministério Público português, mas ainda não foi formalmente acusado por falta de provas.

    Polonesa que diz ser Madeleine McCann chora e reafirma: “Sou eu”

  • Fotógrafo registra a 1ª imagem de um lince-ibérico branco: “Paralisado"

    Fotógrafo registra a 1ª imagem de um lince-ibérico branco: “Paralisado"

    Fotógrafo espanhol registra pela primeira vez um raro lince-ibérico branco em serra de Jaén. O animal, uma fêmea chamada Satureja, intriga cientistas por ter mudado de cor sem apresentar sinais de albinismo ou leucismo

    Um jovem fotógrafo espanhol registrou pela primeira vez um lince-ibérico branco. A descoberta, confirmada por especialistas, aconteceu no dia 22 de outubro, em uma serra na região de Jaén, na Espanha.

    Nas redes sociais, o fotógrafo Ángel Hidalgo Garrido, de 29 anos, contou que começou a fotografar a serra “há alguns meses” e acabou captando “algo em que não conseguia acreditar” em uma de suas câmeras: “O fantasma branco da floresta mediterrânea”.

    “Desde então, comecei a dedicar todo o tempo livre que tinha. Precisava ver aquela maravilha com meus próprios olhos. O tempo foi passando — horas, dias, semanas e até meses sem sucesso —, e muitas vezes pensei em desistir”, relatou.

    Mas, em uma manhã após uma noite de chuva, ele decidiu voltar ao local e avistou ao longe “uma silhueta branca que parecia emitir luz própria”.

    “Quando vi pela primeira vez um lince-ibérico branco, com a pelagem de inverno tão branca quanto a neve e aqueles olhos penetrantes, fiquei paralisado. Não conseguia acreditar no que estava vendo”, contou.

    Ángel disse ainda se sentir “muito sortudo por ter testemunhado esse momento” e por poder observar “esse magnífico lince em seu habitat natural”.

    Segundo o jornal espanhol El País, o animal já era conhecido pelo programa de recuperação do lince-ibérico na Andaluzia. Trata-se de uma fêmea chamada Satureja, nascida em 2021.

    Javier Salcedo, coordenador do plano de recuperação da espécie na Andaluzia, explicou ao El País que Satureja nasceu com a coloração normal, mas seu pelo começou a ficar branco com o tempo.

    “Não se trata de albinismo nem de leucismo. Estamos investigando o que pode ter acontecido. Acreditamos que possa estar relacionado à exposição a algum fator ambiental”, disse Salcedo.

    Ele acrescentou que a alteração ocorreu na melanina responsável pela pigmentação marrom e alaranjada, e não na que produz o pigmento escuro, por isso o lince mantém o padrão característico das manchas pretas.

    Fotógrafo registra a 1ª imagem de um lince-ibérico branco: “Paralisado"