Categoria: MUNDO

  • Furacão Melissa atinge Cuba após matar 48 pessoas no Caribe

    Furacão Melissa atinge Cuba após matar 48 pessoas no Caribe

    Antes de chegar à ilha a 195 km/h, tempestade matou 40 no Haiti e deixou população jamaicana sem internet e luz; autoridades cubanas declararam estado de alerta em seis províncias; há relatos de inundações e enxurradas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O furacão Melissa atingiu Cuba na madrugada desta quarta-feira (29), com ventos chegando a 195 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), após deixar um rastro de destruição na Jamaica.

    A maioria dos jamaicanos ficou sem acesso à internet, e os principais aeroportos foram fechados, dificultando o trabalho das autoridades para avaliar a dimensão dos danos. O governo afirmou que o país é uma “zona de desastre” e que os moradores devem permanecer protegidos devido ao risco de inundações e deslizamentos de terra.

    Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais mostravam estradas e carros destruídos, além de árvores e destroços de telhados arrancados pelos ventos. O aeroporto de Montego Bay ficou com áreas de espera alagadas, vidros quebrados e tetos desabados. O Melissa foi uma das mais fortes tempestades de categoria 5 da escala Saffir-Simpson já registradas no país caribenho, com ventos de até 295 km/h.

    Até o momento, a tempestade causou mais de 45 mortes na região -pelo menos 40 no Haiti, segundo afirmou Steven Aristil, da Agência de Proteção Civil do país, à agência de notícias Associated Press, além de quatro na Jamaica, três no Panamá e uma na República Dominicana.

    Muitas áreas da Jamaica permanecem isoladas. No sudoeste, a paróquia de St. Elizabeth ficou debaixo d’água, e mais de 500 mil moradores ficaram sem energia elétrica.

    A tempestade levou horas para atravessar a Jamaica, o que reduziu seus ventos para a categoria 3, para depois subir novamente para 4, e o NHC descreveu o furacão como “extremamente perigoso”. Cerca de cinco horas após tocar o solo de Cuba, o NHC afirmou que o furacão havia perdido força novamente, atingindo a categoria 2.

    Aproximadamente 735 mil pessoas foram retiradas de suas casas na ilha à medida que a tempestade se aproximava. O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, alertou na terça-feira (28) que o furacão causaria “danos significativos” e pediu que a população obedecesse às ordens de retirada.

    As autoridades cubanas declararam “estado de alerta” em seis províncias: Granma, Las Tunas, Holguín, Camagüey, Santiago de Cuba e Guantánamo. Desde segunda-feira, a população começou a estocar mantimentos e a reforçar os telhados de suas casas com cordas. As aulas e atividades não essenciais foram suspensas.

    O centro da tempestade atingiu Guamá, uma área rural e montanhosa a cerca de 40 km a oeste de Santiago de Cuba, a segunda cidade mais populosa do país. Vídeos divulgados nas redes sociais mostravam enxurradas de água barrenta descendo por ruas de cidades aos pés da Sierra Maestra, próximas a Santiago.

    As autoridades relataram inundações generalizadas nas áreas baixas, desde Santiago até Guantánamo, onde mais de 35% da população deixou suas casas. O furacão não deve atingir a capital, Havana, diretamente. Cuba já enfrenta escassez de alimentos, combustíveis, eletricidade e medicamentos, o que tem dificultado a vida da população e provocado migração recorde desde 2021.

    Inundações repentinas e deslizamentos de terra também estão previstos para ocorrer no Haiti e na República Dominicana. As autoridades haitianas ordenaram o fechamento de escolas, comércios e escritórios administrativos nesta quarta-feira.

    Segundo análise da agência de notícias AFP com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o Melissa tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo da Jamaica em 90 anos.

    O último fenômeno com força comparável foi o chamado “furacão do Dia do Trabalho”, que devastou o arquipélago de Florida Keys, nos Estados Unidos, em 1935, com ventos também próximos de 300 km/h. Desde o início dos registros oficiais da NOAA, em 1842, poucas tempestades atingiram níveis semelhantes de intensidade ao tocar a terra.

    Na série histórica, o recorde absoluto de ventos mais fortes pertence ao furacão Patricia, que se formou no Pacífico antes de atingir o México em outubro de 2015, com rajadas de 343 km/h, e ao tufão Nancy, em 1961, que registrou a mesma marca.

    Furacões são tempestades formadas no Atlântico Norte e no nordeste do Pacífico. Quando ocorrem em outras regiões, recebem outros nomes: tufões, no noroeste do Pacífico, e ciclones, no oceano Índico e no sul do Pacífico.

    Furacão Melissa atinge Cuba após matar 48 pessoas no Caribe

  • Idosa é encontrada morta após ser deixada por cruzeiro na Austrália

    Idosa é encontrada morta após ser deixada por cruzeiro na Austrália

    A mulher teria ficado para trás depois de não regressar ao navio a tempo; o cruzeiro regressou algumas horas depois, quando perceberam que uma passageira estava desaparecida, mas as operações de busca encontraram o corpo na manhã seguinte

    Uma australiana de 80 anos foi encontrada morta, em uma ilha da Grande Barreira de Corais, após ter sido deixada para trás pelo navio de cruzeiro em que viajava. A mulher estava fazendo uma trilha na Ilha do Lagarto com outros passageiros do navio ‘Coral Adventurer’, no último sábado, mas teria se separado do grupo para ir descansar.

    O navio deixou a ilha ao final da tarde, mas acabou regressando várias horas depois quando a tripulação percebeu que a mulher estava desaparecida. Depois de fazerem buscas pela ilha, encontraram o corpo na manhã de domingo, conta a BBC.

    Apesar de não terem sido divulgados muitos detalhes, sabe-se que a mulher, cuja identidade é mantida anônima, estava na primeira parada de um cruzeiro de 60 dias ao redor da Austrália. Juntou-se a uma caminhada em grupo até ao pico mais alto da ilha, antes de ter decidido que precisava de descansar. Mas nunca regressou ao navio, que acabou por partir sem ela.

    Traci Ayris, que estava fazendo vela perto da ilha no último fim de semana, contou à ABC News Australia que viu um helicóptero usar um holofote para procurar alguém em uma trilha da ilha, por volta da meia-noite de sábado.

    Além disso, viu também um grupo de pessoas com tochas se deslocando à ilha para fazer buscas, que foram canceladas cerca das 3h00 de domingo (hora local). O helicóptero regressou no domingo de manhã depois de o corpo ser encontrado.

    “Sabíamos que estava morta porque chamaram todo mundo de volta imediatamente. E ninguém foi ao local sobre o qual o helicóptero estava pairando, até mais tarde naquele dia quando a polícia chegou”, referiu.

    A Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, na sigla original) informou que está investigando o caso e que vai reunir-se com a tripulação do navio ainda esta semana.

    Um porta-voz da AMSA explicou que a agência foi alertada sobre o desaparecimento da mulher por volta das 21h00 de sábado pelo capitão do navio. Garantiu também que vai trabalhar em conjunto com outras agências relevantes para investigar o caso e que leva a segurança dos passageiros e da tripulação a bordo de embarcações comerciais muito a sério.

    Já a polícia de Queensland informou que será feito um relatório sobre a “morte súbita e não suspeita” da mulher pelo médico legista.

    O diretor executivo da ‘Coral Expeditions’, Mark Fifield, disse que a equipe entrou em contato com a família da mulher e ofereceu apoio devido à “morte trágica”.

    “Embora as investigações sobre o incidente continuem, lamentamos profundamente o ocorrido e oferecemos todo o nosso apoio à família. Estamos trabalhando em estreita colaboração com a polícia de Queensland e outras autoridades para apoiar a investigação”, disse.

    O ‘Coral Adventurer’, segundo a página da empresa, tem capacidade para até 120 hóspedes e 46 tripulantes. Foi construído especificamente para acessar a áreas remotas da costa australiana e está equipado com pequenas embarcações usadas para levar os passageiros em excursões de um dia. O cruzeiro prosseguiu depois viagem para Darwin.

    Idosa é encontrada morta após ser deixada por cruzeiro na Austrália

  • Joias do Louvre continuam desaparecidas 10 dias após roubo, diz procuradora

    Joias do Louvre continuam desaparecidas 10 dias após roubo, diz procuradora

    Laure Beccuau afirma que dois suspeitos presos admitiram parcialmente fatos apontados contra eles; sigilo é mantido em relação aos outros dois fugitivos para não prejudicar investigação

    PARIS, FRANÇA (CBS NEWS) – As joias roubadas do Louvre no último dia 19 ainda não foram encontradas, confirmou nesta quarta (29) a procuradora Laure Beccuau, encarregada do caso.

    Ela revelou novos detalhes da investigação, relacionados aos dois acusados que foram presos no último sábado (25). Mas explicou que é preciso manter o sigilo em relação aos outros dois cúmplices que ainda não foram capturados e deu a entender que pode haver outros envolvidos.

    “Ainda guardo a esperança de que as joias possam ser encontradas e devolvidas ao Louvre e à nação. Quem comprá-las será culpado de receptação. Ainda está em tempo para restituí-las”, alertou Beccuau. Foram levadas nove joias da coroa francesa, das quais só uma foi recuperada, a coroa da imperatriz Eugênia, abandonada perto do local do crime.

    Os dois acusados moram em Aubervilliers, cidade da periferia norte de Paris.

    Um deles, argelino, 34, foi preso às 20h de sábado no aeroporto internacional Charles de Gaulle, com uma passagem só de ida para a Argélia. Trabalhou como lixeiro e entregador, mas estava desempregado. Tinha condenações por roubo e infrações de trânsito. Foi pego graças ao DNA colhido em uma das scooters usadas na fuga.

    O outro, 39, foi preso perto da própria residência. Trabalhava como motorista de táxi clandestino e tem duas condenações por roubo, em 2008 e 2014. Em um deles, assaltou um caixa eletrônico usando um automóvel para arrombar o equipamento. Deixou traços de DNA em uma das vitrines e em objetos abandonados na fuga, o que permitiu identificá-lo. A procuradora desmentiu a informação, divulgada por alguns veículos franceses, de que ele estaria se preparando para fugir para o Mali.

    Os dois, que são os suspeitos que entraram na Galeria de Apolo, continuam presos, enquanto os cúmplices que os ajudaram a subir até a janela do Louvre continuam foragidos. Segundo a procuradora, os detidos admitiram parcialmente os fatos apontados contra eles. Os dossiês judiciais de ambos podem ser consultados pelos advogados, mas os inquéritos relacionados aos fugitivos seguem em sigilo.

    Ainda segundo ela, não há indício de cumplicidade dentro do museu.

    “Não vou detalhar mais os elementos que conhecemos”, concluiu Beccuau.

    Um trabalho “minucioso e monumental” de análise de câmeras de segurança do Louvre e da cidade foi realizado pelos investigadores. Isso permitiu reconstituir o percurso antes do roubo -os quatro marcaram um ponto de encontro e pegaram a camionete com a plataforma usada para invadir o museu e as duas scooters. Deixaram o museu em direção ao leste de Paris e abandonaram as scooters, trocando-as por outro veículo.

    Ironicamente, a camionete foi roubada em uma cidade chamada Louvres, com “s”, no dia 10 de outubro. O dono da camionete foi chamado para um suposto serviço de mudança, mas, ao chegar, foi rendido por dois homens.

    Joias do Louvre continuam desaparecidas 10 dias após roubo, diz procuradora

  • EUA ofereceram dinheiro a piloto para desviar avião de Maduro e prendê-lo

    EUA ofereceram dinheiro a piloto para desviar avião de Maduro e prendê-lo

    A trama começou ainda no governo de Joe Biden, quando um informante foi à Embaixada dos Estados Unidos na República Dominicana em 24 de abril de 2024 e disse que tinha detalhes sobre os aviões de Maduro

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Um agente federal dos Estados Unidos tentou, por meses, comprar a lealdade do piloto pessoal do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para que ele traísse o ditador e o levasse para ser preso.

    A ideia era desviar avião e prender Maduro. O agente federal Edwin Lopez pediu ao piloto que levasse a aeronave presidencial a um lugar onde autoridades americanas pudessem deter o ditador. As informações foram divulgadas pela AP (Associated Press).

    Oferta para ser um “homem muito rico”. A conversa começou em abril de 2024, em uma reunião secreta realizada em um hangar de um aeroporto. O piloto, identificado pela AP como General Bitner Villegas, saiu do encontro sem se comprometer, mas deu ao agente seu telefone e os dois trocaram mensagens em um aplicativo de mensagens criptografadas.

    Meses depois, em 7 de agosto deste ano, o agente enviou ao piloto uma mensagem dizendo que ainda esperava pela resposta dele. O texto foi acompanhado por um link com o anúncio do Departamento de Justiça sobre o aumento da recompensa por Maduro para US$ 50 milhões. A essa altura, Lopez já estaria aposentado do cargo de agente.

    PLANO ARQUITETADO A PARTIR DE DICA SOBRE AVIÕES

    A trama começou ainda no governo de Joe Biden. Um informante foi à Embaixada dos Estados Unidos na República Dominicana em 24 de abril de 2024 e disse que tinha detalhes sobre os aviões de Maduro.

    Homem deixou um cartão e foi procurado por Lopez. Segundo o informante, as duas aeronaves do presidente estavam no país passando por reparos. A notícia intrigou o agente, considerando que a manutenção dos aviões é proibida pelas sanções americanas contra a Venezuela, já que as peças compradas seriam dos EUA, e os próprios aviões estavam sujeitos a apreensão.

    Agentes localizaram aeronaves, mas não chegaram a Maduro. Durante as investigações para encontrar o presidente, os agentes descobriram que ele enviou cinco pilotos para recuperar os dois jatos que estavam estacionados no aeroporto executivo La Isabela, em Santo Domingo.

    A ideia de persuadir piloto veio do próprio Lopez. Funcionários que conheciam a operação disseram à AP que o agente procurou superiores e autoridades dominicanas para interrogar os pilotos usando como prerrogativa o indiciamento de Maduro em 2020 por narcoterrorismo. Ele reuniu os aviadores no hangar dizendo que queriam conversar, e os agentes fingiram não saber das atividades dos pilotos com Maduro.

    Cada conversa durou cerca de uma hora, mas agentes já miravam Villegas. As apurações apontaram o piloto, que era membro da guarda de honra presidencial de elite e, à época, coronel da força aérea venezuelana, como o principal piloto de Maduro.

    Conversa começou trivial, depois passou a ser mais incisiva. Em um momento mais avançado da reunião, Lopez perguntou a Villegas se ele já havia voado para Chávez ou Maduro. O piloto tentou se esquivar, mas acabou admitindo já ter trabalhado para ambos, chegando a mostrar fotos com eles no celular e dando detalhes sobre instalações militares venezuelanas que já havia visitado.

    Proposta veio ao final da conversa. Além de oferecerem dinheiro, agentes americanos disseram a Villegas que ele seria amado por milhões de seus compatriotas. O piloto não revelou suas intenções, mas compartilhou seu número de celular.

    TENTATIVAS CONTINUARAM POR MAIS DE UM ANO

    Mesmo aposentado, Lopez continuava tentando dissuadir Villegas. A apuração da AP trouxe mensagens trocadas entre os dois mesmo após julho de 2025, quando o agente americano se aposentou. Além do prêmio em dinheiro, Lopez dizia ao piloto que “ainda havia tempo para ser o herói da Venezuela e estar do lado certo da história”. Villegas não respondeu às investidas do americano.

    Em setembro, o agente tentou mais uma vez, com outro número. Lopez enviou uma mensagem após ver nas redes sociais uma movimentação estranha do avião presidencial venezuelano. Perguntou onde o piloto estava indo, que respondeu questionando quem era. O agente insistiu na proposta feita no ano anterior e recebeu do piloto a resposta de que “a última coisa que somos (venezuelanos) é traidores”.

    Lopez chegou a ameaçar Villegas. Ao receber a resposta do piloto, o americano respondeu com uma foto dos dois conversando no hangar do aeroporto. Villegas respondeu “Você está louco?”, e Lopez disse que “um pouco”. Em seguida, o agente fez uma última tentativa apelando para a família de Villegas e oferecendo um futuro melhor nos EUA. O piloto, depois, bloqueou o número do agente.

    ÚLTIMA TENTATIVA FOI DE ENTREGAR VILLEGAS

    Negativas de piloto levaram a uma nova ideia. Sabendo do histórico de Maduro com os que ele considerava desleais, Lopez e aliados do movimento contrário ao presidente decidiram tentar abalá-lo. A ideia era falar sobre as tratativas com o piloto e levá-lo a questionar a lealdade do aliado.

    No dia seguinte à conversa em que Villegas bloqueou Lopez, uma nova operação entrou em curso. O americano Marshall Billingslea, aliado próximo da oposição venezuelana, incluiu o piloto nas provocações que fazia a Maduro há semanas.

    Mensagem de aniversário de opositor ao piloto. Billingslea escreveu no X uma mensagem para Villegas no dia em que ele completou 48 anos, acompanhado de fotos reveladoras. Uma delas era a que Lopez havia mandado ao piloto no dia anterior, a outra era uma foto oficial da Força Aérea indicando a nova patente do piloto.

    Fotos teriam causado impacto. Vinte minutos após a publicação, um avião que Maduro costuma pilotar e que havia decolado instantes depois da postagem retornou ao Aeroporto de Caracas. Nas redes sociais venezuelanas, começou a especulação de opositores sobre um possível interrogatório ou até mesmo prisão de Villegas.

    Piloto foi chamado de “patriota inabalável” pelo regime. Ele ficou sumido por dias, reaparecendo depois em um programa de TV apresentado pelo Ministro do Interior, Diosdado Cabello. Ao ser exaltado por sua lealdade, Villegas permaneceu em silêncio com punho cerrado erguido.

    EUA ofereceram dinheiro a piloto para desviar avião de Maduro e prendê-lo

  • Mulher morre de complicações causadas por margarita que bebeu há 2 anos

    Mulher morre de complicações causadas por margarita que bebeu há 2 anos

    A professora Holly Hill não imaginava que uma saída romântica com o seu marido, no Dia dos Namorados, fosse mudar a sua vida para sempre

    Uma professora de Oklahoma, nos Estados Unidos da América (EUA) morreu dois anos depois de ter ingerido uma bebida adulterada, que lhe provocou vários problemas de saúde e a obrigou a ser submetida a várias cirurgias ao longo dos últimos meses.

    Em 2023, Holly Hill, de 30 anos, foi a um passeio romântico com o seu marido, para celebrar o dia de São Valentim. O casal decidiu ir jantar ao restaurante mexicano ‘Hacienda La Margaritas Bar&Grill’, na localidade de Elgin, onde acabaria por solicitar a bebida que viria a mudar a sua vida.

    Saída acaba em tragédia

    Durante a sua saída, Holly decidiu pedir uma das especialidades da casa: uma Margarita. 

    Mas, mal colocou a bebida na boca, a mulher sentiu o seu corpo ‘queimar’, recorda a sua mãe em declarações citadas pelo Daily Mail. A causa, que viria ser apurada, estava o fato de a bebida conter um desengordurante industrial.

    “Ela percebeu logo que algo não estava bem. Levantou-se  e foi correndo para o banheiro, vomitou, e começou a lavar a boca com água”, contam familiares.

    Mais de 30 cirurgias após o incidente

    Depois do sucedido, e nos meses seguintes, a professora do ensino fundamental teve que se deslocar por diversas vezes aos serviços de urgência por complicações causadas pelas queimaduras que sofreu no esófago.

    Dias antes de morrer, Holly tinha sido sujeita a mais um procedimento médico, momento em que se percebeu que o buraco no esófago não estava curado, mas apresentava melhorias, sobretudo porque não estava inflamado. Um pneumologista foi então chamado para ajudar a suturá-lo.

    Após essa operação, a indicação médica era a de que Holly teria que continuar a ser alimentada por um tubo e que teria que regressar ao hospital em algumas semanas. 

    Holly acabou morrendo dias depois naquilo que a família considera ser uma consequência do incidente que aconteceu no restaurante mexicano.

    Dias antes de morrer, a mulher tinha feito uma publicação nas redes sociais em que afirmava que “dizer que isto mudou a minha vida, é subestimar o que aconteceu” e que confiava no seu médico para continuar a batalhar por “esta jornada sem fim”.

    Reação do restaurante

    Segundo a imprensa norte-americana, o restaurante nunca chegou a fazer um comunicado oficial sobre o sucedido, tendo simplesmente feito um pedido de desculpas geral, sem mencionar nomes.

    “Estamos muito consternados com o que aconteceu […] nunca nos nossos 10 anos de serviço tivemos uma situação destas, uma situação que nunca devia ter acontecido […] Nunca tentamos fugir às nossas responsabilidades e continuaremos a apoiá-los de todas as formas possíveis”, podia se ler em uma publicação feita no Facebook, sem nunca referir que o mesmo se dirigia a Holly e à sua família, causando ainda mais indignação junto dos mesmos.

    Investigação e queixa contra o restaurante

    A família de Holly apresentou um processo contra o restaurante, considerando ser o responsável pela morte da mulher, que deixa três filhos órfãos.

    “A primeira coisa que queremos é que as pessoas entendam o que aconteceu naquele restaurante e parem de apoiá-los. Queremos que assumam as consequências do que fizeram”, refere a mesma em comunicado.

    O departamento de Polícia de Elgin anunciou, entretanto, que foi aberta uma investigação ao sucedido.

    Mulher morre de complicações causadas por margarita que bebeu há 2 anos

  • Aliados de Trump rejeitam Brasil como mediador de conflito na Venezuela

    Aliados de Trump rejeitam Brasil como mediador de conflito na Venezuela

    Aliados de Trump rejeitaram a proposta de Lula para que o Brasil atue como mediador entre EUA e Venezuela. A sugestão, feita durante encontro na Malásia, foi considerada inoportuna por integrantes do governo americano, que defendem ações mais duras contra o regime de Nicolás Maduro

    (CBS NEWS) – Aliados do presidente Donald Trump rejeitam a ideia de ter o Brasil como mediador do conflito entre os Estados Unidos e a Venezuela. Esse grupo é formado por pessoas ligadas ao secretário de Estado, Marco Rubio, que tem defendido a abordagem belicosa em relação ao ditador Nicolás Maduro.

    A proposta do Brasil foi feita pelo presidente Lula (PT) a Trump durante viagem à Malásia, no domingo (26). Dois interlocutores do Departamento de Estado disseram à reportagem que a sugestão foi mal recebida porque a abordagem defendida pelos EUA agora não considera negociações diplomáticas. Pelo contrário, Washington manteve conversas com Caracas, até que, no mês passado, Trump mandou interrompê-las. Desde então, a tensão só escalou na América Latina.

    Para um grupo no governo Trump, o Brasil não apenas não deve se meter em um assunto liderado pelos EUA, como também não é o interlocutor ideal com Maduro. Aliados de Rubio afirmam que o governo brasileiro tem uma abordagem mais simpática ao ditador, enquanto os EUA têm trabalhado no sentido de mudar o regime venezuelano, inclusive autorizando a CIA a realizar operações com essa finalidade.

    Antes de iniciar o encontro com Lula, o americano expressou surpresa com a possibilidade de o assunto ser tratado na conversa. “Eu não acho que vamos discutir Venezuela. Eles [o Brasil] não estão envolvidos em Venezuela. Se eles quiserem, vamos discutir, mas não acho que vamos”, disse Trump.

    Lula, no entanto, já havia indicado ao americano que trataria do assunto. Em ligação telefônica de cerca de 30 minutos neste mês, o brasileiro mencionou o tema. Disse que defende uma saída diplomática para a questão da Venezuela e que esperava conversar mais com Trump a esse respeito, como a Folha de S.Paulo mostrou.

    Naquela ocasião, porém, Lula reconheceu que não conversa com Maduro desde a votação que deu ao ditador mais um mandato, sob amplas evidências de fraudes. O brasileiro argumentou que seu governo cobrou reiteradamente a apresentação das atas eleitorais -nunca fornecidas pelo regime.

    Depois do encontro entre os líderes no domingo, o chanceler Mauro Vieira contou que Lula afirmou ao Trump que a América do Sul é uma região de paz e que o Brasil estaria disposto a atuar pra a promoção da paz e do entendimento entre as nações.

    “[Lula] levantou o tema, disse que a América Latina e América do Sul, especificamente onde estamos, é uma região de paz e ele se prontificou a ser um contato, ser um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, afirmou o ministro das Relações Exteriores.

    Depois, o presidente confirmou ter tratado do tema. “Estou vendo que as coisas estão se agravando”, disse Lula ao relatar sua conversa com Trump. “Acho possível encontrar uma solução se houver disposição de negociação, e o Brasil tem interesse que não haja guerra na América do Sul.”

    Nesta terça-feira (28), o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou que as Forças Armadas destruíram mais quatro embarcações no oceano Pacífico supostamente tripuladas por narcotraficantes. Os ataques ocorreram na segunda-feira (27) e mataram 14 pessoas, com uma sobrevivente, relatou Hegseth.

    O secretário disse que os bombardeios -três, que atingiram quatro embarcações- foram realizados em águas internacionais. O anúncio da ofensiva, que teria sido a mais letal desde o início das operações, em setembro, eleva o total de ataques na região a 14, com 57 mortos.

    A acusação de Trump e de seu governo é que Maduro é um líder de organização criminosa e narcoterrorista. A operação militar é forjada no argumento de impedir a entrada de drogas nos EUA.

    Hegseth já comparou os supostos narcotraficantes a terroristas e disse que daria a eles tratamento parecido com o da Al Qaeda. Não há, contudo, evidências de que os alvos dos EUA são de fato ligados a traficantes, e a justificativa, frágil à luz do direito internacional, é criticada por governos da região, opositores americanos e especialistas.

    Aliados de Trump rejeitam Brasil como mediador de conflito na Venezuela

  • Brasileira é encontrada morta na Itália; companheiro confessa crime e é preso, diz imprensa

    Brasileira é encontrada morta na Itália; companheiro confessa crime e é preso, diz imprensa

    O brasileiro Douglas Reis Pedroso, com quem Jessica Stapazzolo Custodio tinha uma relação, foi preso e teria confessado o feminicídio, de acordo com a imprensa italiana

    MILÃO, ITÁLIA (CBS NEWS) – A brasileira Jessica Stapazzolo Custodio de Lima, 33, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (28) na cidade de Castelnuovo del Garda, no norte da Itália, onde vivia.

    Douglas Reis Pedroso, 41, também brasileiro, com quem ela tinha uma relação, foi preso e teria confessado o feminicídio, de acordo com a imprensa local. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.

    Foi Pedroso quem teria chamado a polícia na noite de segunda e indicado que o corpo estava em sua casa, onde ela também estaria morando havia um ano e meio.

    Segundo o jornal Corriere della Sera, o Ministério Público descreveu que Stapazzolo foi morta com um “número não especificado, mas enorme, de facadas”. A arma teria sido encontrada no carro de Pedroso.

    O brasileiro já tinha sido denunciado sob suspeita de agressões contra a companheira, que seriam cometidas desde o ano passado. Em abril deste ano, ele foi obrigado pela Justiça a usar tornozeleira eletrônica e a manter distância de ao menos 500 metros de Stapazzolo.

    No momento em que foi detido, ele não usava o aparelho.

    Pedroso também tinha sido denunciado sob suspeita de agressão à irmã de Stapazzolo e resistência a policiais, além de ter sido condenado por se recusar a fazer o teste de embriaguez ao volante.

    O crime, noticiado pelos principais jornais e canais de TV do país, acontece após dois feminicídios de grande cobertura midiática na Itália, nas últimas semanas. Está em debate público a eficácia de medidas como a tornozeleira eletrônica para prevenção a crimes contra mulheres.

    Luca Zaia, governador do Vêneto, onde fica Castelnuovo del Garda, classificou a morte da brasileira como um “fato terrível, agravado por elementos perturbadores”, em referência ao histórico criminal de Pedroso e à obrigação de uso de tornozeleira eletrônica.

    Segundo o Ministério do Interior, desde janeiro 44 mulheres já foram assassinadas por parceiros ou ex-parceiros na Itália. Em 2024, ao todo, foram 62 vítimas desse tipo de crime.

    Brasileira é encontrada morta na Itália; companheiro confessa crime e é preso, diz imprensa

  • Furacão Melissa atinge Jamaica com categoria máxima e pode ser a 'tempestade do século'

    Furacão Melissa atinge Jamaica com categoria máxima e pode ser a 'tempestade do século'

    ONU alerta para condições catastróficas, e Cruz Vermelha prevê 1,5 milhão de afetados; quatro mortes foram registradas no Haiti e na República Dominicana

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O furacão Melissa atingiu o solo da Jamaica nesta terça-feira (28) como um fenômeno de categoria máxima, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. Mais cedo, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que espera uma situação catastrófica no país caribenho, em decorrência das rajadas de vento superiores a 300 quilômetros por hora, sendo a pior tempestade a atingir a ilha neste século. A costa da cidade de New Hope, a oeste do país, foi a primeira região atingida pelos ventos.

    Pelo menos três pessoas já morreram por causas relacionadas à tempestade, informaram as autoridades do país. O Ministério da Saúde e Bem-Estar informou que esses óbitos ocorreram durante os preparativos para o furacão Melissa, em publicação na rede X na noite de segunda-feira.

    “É uma situação catastrófica esperada na Jamaica”, disse a especialista em ciclones tropicais da OMM, Anne-Claire Fontan, em uma entrevista coletiva em Genebra. “Para a Jamaica, será com certeza a tempestade do século.”

    A tempestade de categoria 5, a mais forte possível na escala Saffir-Simpson, deve levar rajadas de vento de mais de 300 km por hora e uma devastação generalizada à ilha, onde as autoridades ordenaram retiradas obrigatórias.

    Ondas de até quatro metros são esperadas, disse ela, com precipitação que deve ultrapassar 700 mm, cerca do dobro da quantidade normalmente esperada durante toda a estação chuvosa. “Isso significa que haverá inundações repentinas e deslizamentos de terra catastróficos”, disse ela.

    O Melissa já havia cuasado outras quatro mortes durante a semana: três no Haiti e uma na República Dominicana, onde um adolescente está desaparecido.

    O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) prevê que, depois de atingir a Jamaica na terça-feira, a tempestade atravesse o leste de Cuba para seguir sobre as Bahamas e o arquipélago de Turks e Caicos até quarta-feira.

    Em Cuba, com dificuldades para divulgar informações preventivas por causa da falta de eletricidade, as autoridades apressam os preparativos para receber na terça-feira os impactos do Melissa.

    O Conselho de Defesa Nacional declarou na segunda-feira a “fase de alerta” nas seis províncias do leste (Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguín, Camagüey, Granma e Las Tunas). As autoridades começaram a retirar cerca de 650 mil pessoas. A população faz estoques de mantimentos e tenta amarrar com cordas os telhados de suas casas. As aulas e as atividades não essenciais foram suspensas.

    TEMPESTADE SE INTENSIFICOU NA APROXIMAÇÃO

    O movimento lento do Melissa sobre as águas caribenhas incomumente mornas contribuiu para seu aumento de tamanho e força, disseram os meteorologistas do NHC. O furacão avança mais devagar que uma pessoa andando, a apenas 5 km/h ou menos, o que faz com que permaneça mais tempo em cada local por onde passa.

    O NHC informou, ainda na segunda-feira, que os ventos na parede do olho do Melissa são tão fortes que podem causar “falha estrutural total” e cortes generalizados de energia e comunicação.

    A Federação Internacional da Cruz Vermelha disse que até 1,5 milhão de pessoas na Jamaica devem ser diretamente afetadas.

    “Hoje será muito difícil para dezenas de milhares, senão milhões de pessoas na Jamaica”, disse Necephor Mghendi da Cruz Vermelha, por videoconferência a partir de Port of Spain, em Trinidad e Tobago.

    “Os telhados serão postos à prova, as águas das enchentes subirão, o isolamento se tornará uma dura realidade para muitos.” Mais de 800 abrigos foram montados para os deslocados das áreas mais afetadas, acrescentou.

    ORDENS DE EVACUAÇÃO

    Ventos brutais e chuvas intensas atingiram a Jamaica já na segunda-feira, com a aproximação do Melissa. O primeiro-ministro, Andrew Holness, emitiu uma ordem de retirada obrigatória em partes do sul da ilha, incluindo a histórica cidade de Port Royal.

    A tempestade, que se encontra ao sul, “provavelmente girará em direção ao norte, o que significa que poderá ter impacto em nossas costas, mais para o extremo oeste da Jamaica”, disse o primeiro-ministro em entrevista à CNN.

    “E se isso acontecer não acredito que exista infraestrutura nesta região capaz de resistir a uma tempestade de categoria 5; portanto, pode haver uma perturbação significativa”, acrescentou.

    Com ventos de 280 km/h, Melissa já alcançou a categoria 5, o nível máximo na escala Saffir-Simpson.

    Ele alertou sobre danos a plantações, residências e infraestrutura na ilha.

    Apesar das ordens de evacuação, muitos moradores da Jamaica decidiram permanecer em suas casas.

    “Não vou me mover. Não acho que consiga escapar da morte”, disse à AFP Roy Brown, falando da histórica área costeira de Port Royal, em Kingston. O homem mencionou as condições e más experiências anteriores em abrigos governamentais durante furacões como razões para não evacuar.

    “Simplesmente não quero sair”, afirmou à AFP Jennifer Ramdial, uma pescadora que ecoou as palavras de Brown.

    Holness afirmou que a retirada era “pelo bem nacional de salvar vidas”. “Foram avisados. Agora depende de vocês usar essa informação para tomar a decisão correta”, disse o primeiro-ministro em entrevista coletiva.

    Melissa é a décima terceira tempestade nomeada -ou seja, monitorada- da temporada de furacões do Atlântico, que se estende do início de junho ao fim de novembro. As fortes chuvas, combinadas com ventos intensos, podem causar uma devastação comparável à de furacões históricos como o Maria (2017) ou o Katrina (2005).

    Furacão Melissa atinge Jamaica com categoria máxima e pode ser a 'tempestade do século'

  • Netanyahu rompe trégua e ordena 'ataques poderosos' contra Gaza

    Netanyahu rompe trégua e ordena 'ataques poderosos' contra Gaza

    Familiares de sequestrados acusam grupo terrorista de quebrar cessar-fogo ao devolver restos mortais de refém já retornado; primeiro-ministro afirmou anteriormente que faria reunião para tratar sobre uma possível resposta

    SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, acusou o Hamas de violar o cessar-fogo e ordenou que o Exército israelense realize “ataques poderosos” à Faixa de Gaza nesta terça-feira (28).

    O Exército afirma que foi equipes de operações de engenharia em Rafah, no sul do território palestino, foram alvo de um atirador e de projéteis anti-tanque. Netanyahu teria tomado a decisão de reiniciar os ataques imediatamente após consultas a autoridades de defesa.

    Ao jornal israelense The Jerusalem Post, um funcionário do governo de Netanyahu afirmou que a resposta seria “mais significativa” do que da última vez em que Tel Aviv acusou o Hamas de violar o cessar-fogo e fez uma série de ataques a Gaza.

    No último dia 19, o Exército israelense afirmou que equipes tinham sido novamente alvo, também no sul do território, e anunciou a morte de dois soldados. Na ocasião, o Hamas negou ter conhecimento de qualquer ação no local.

    Aquele episódio foi o primeiro grande teste ao acordo de cessar-fogo costurado pelo presidente americano, Donald Trump, e países muçulmanos. Israel respondeu com ataques pontuais e, algumas horas depois, afirmou que voltaria a respeitar a trégua.

    O trato, de todo modo, mostrou sua fragilidade apesar dos esforços internacionais para encerrar o conflito, que já passa de dois anos, desde que o Hamas atacou comunidades no sul de Israel e matou cerca de 1.200 pessoas em 7 de outubro de 2023. Os atentados deram início à reação israelense, que deixou mais de 67 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, órgão controlado pela facção.

    Mais cedo nesta terça, o gabinete do primeiro-ministro havia afirmado que os restos mortais de um dos reféns devolvidos pelo grupo terrorista na véspera pertenciam a Ofir Tzarfati, cujo corpo já havia sido recuperado pelo Exército.

    Tzarfati foi sequestrado no festival de música Nova, onde 364 pessoas foram mortas nos ataques do 7 de Outubro. Segundo o governo, uma parte dos seus restos mortais já havia sido recuperada em uma operação militar há aproximadamente dois anos na Faixa de Gaza.

    Netanyahu afirmou que faria uma reunião para tratar sobre uma possível resposta. Ministros mais extremistas, como Bezalel Smotrich (Finanças) e Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), pediram que o premiê adotasse uma postura dura -posição que, somada à acusação de ataques ao Exército, parece ter prevalecido.

    O Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, principal associação de famílias dos sequestrados, acusou o Hamas de ter quebrado o acordo de cessar-fogo em vigor desde o último dia 10 e pediu que o governo aja “com firmeza contra essas violações”.

    O impasse eleva as tensões na região e estica ainda mais a corda do plano de paz, que corre risco de ruir após acusações de violações de ambas as partes. Pelo acordo, o Hamas libertou todos os reféns vivos em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos detidos durante a guerra, enquanto Israel recuou suas tropas e suspendeu sua ofensiva.

    Dos 28 cadáveres de reféns que permaneciam em poder do Hamas, 15 foram devolvidos às autoridades israelenses e puderam ser velados por suas famílias. O grupo terrorista afirma ter dificuldade de recuperar os 13 restantes sob o argumento de que os corpos estão sob escombros de construções atingidas por bombardeios de Tel Aviv.

    No domingo (26), o governo de Israel anunciou que autorizou equipes da Cruz Vermelha e do Egito a ingressarem em Gaza e procurarem os corpos de reféns mortos além da “linha amarela” que demarca o recuo militar israelense no território.

    As buscas se intensificaram com a chegada das máquinas. Nesta terça, escavadeiras trabalhavam em Khan Yunis, no sul de Gaza, e também em Nuseirat, mais ao norte, enquanto membros mascarados do Hamas faziam a segurança da área. Acredita-se que parte dos corpos esteja na rede de túneis do Hamas, que se estende sob todo o território.

    Já na Cisjordânia, território ocupado militarmente por Israel, forças de segurança israelenses mataram três palestinos nesta terça-feira. O Hamas afirma que dois deles eram integrantes da facção.

    Segundo o Exército de Israel, os militares atiraram contra palestinos que supostamente planejavam ataques na área do campo de refugiados de Jenin. A cidade serve de base para o Jihad Islâmico, uma facção terrorista aliada do Hamas.

    Netanyahu rompe trégua e ordena 'ataques poderosos' contra Gaza

  • Israel acusa Hamas de devolver restos mortais de reféns já recuperados

    Israel acusa Hamas de devolver restos mortais de reféns já recuperados

    Familiares de sequestrados acusam grupo terrorista de violar cessar-fogo, e ministros pedem postura dura; Binyamin Netanyahu afirmou que fará reunião para tratar sobre uma possível resposta

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (28) que os restos mortais de um dos reféns devolvidos pelo grupo terrorista Hamas na véspera pertenciam a Ofir Tzarfati, cujo corpo já havia sido recuperado pelo Exército.

    Ele foi sequestrado no festival de música Nova, onde 364 pessoas foram mortas nos ataques de 7 de Outubro. Segundo o governo, uma parte dos seus restos mortais já havia sido recuperada em uma operação militar há aproximadamente dois anos na Faixa de Gaza.

    Netanyahu afirmou que fará uma reunião para tratar sobre uma possível resposta. Ministros mais extremistas, como Bezalel Smotrich (Finanças) e Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), pediram que o premiê adote uma postura dura.

    O Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, principal associação de famílias dos sequestrados, acusou o Hamas de ter quebrado o acordo de cessar-fogo em vigor desde o último dia 10 e pediu que o governo aja “com firmeza contra essas violações”.

    O impasse eleva as tensões na região e estica ainda mais a corda do plano de paz, que corre risco de ruir após acusações de violações de ambas as partes. Pelo acordo, o Hamas libertou todos os reféns vivos em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos detidos durante a guerra, enquanto Israel recuou suas tropas e suspendeu sua ofensiva.

    Dos 28 cadáveres de reféns que permaneciam em poder do Hamas, 15 foram devolvidos às autoridades israelenses e puderam ser velados por suas famílias. O grupo terrorista afirma ter dificuldade de recuperar os 13 restantes sob o argumento de que os corpos estão sob escombros de construções atingidas por bombardeios de Tel Aviv.

    No domingo (26), o governo de Israel anunciou que autorizou equipes da Cruz Vermelha e do Egito a ingressarem em Gaza e procurarem os corpos de reféns mortos além da “linha amarela” que demarca o recuo militar israelense no território.

    As buscas se intensificaram com a chegada das máquinas. Nesta terça, escavadeiras trabalhavam em Khan Yunis, no sul de Gaza, e também em Nuseirat, mais ao norte, enquanto membros mascarados do Hamas faziam a segurança da área. Acredita-se que parte dos corpos esteja na rede de túneis do Hamas, que se estende sob o território.

    Já na Cisjordânia, território ocupado militarmente por Israel, forças de segurança israelenses mataram três palestinos nesta terça-feira. O Hamas afirma que dois deles eram integrantes da facção

    Segundo o Exército de Israel, os militares atiraram contra palestinos que supostamente planejavam ataques na área do campo de refugiados de Jenin. A cidade serve de base para o Jihad Islâmico, uma facção terrorista aliada do Hamas.

    Israel acusa Hamas de devolver restos mortais de reféns já recuperados